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Por sua vez, as contribuições sociais, dentre as quais se incluem aquelas destinadas ao
custeio de seguridade social, têm sido consideradas espécies de tributos, embora o artigo 145
dessa mesma constituição não faça referência expressa às contribuições sociais como sendo
espécies de tributos. Diante dessas considerações, responda, fundamentadamente, com base
nas normas constitucionais:
Embora o Código Tributário Nacional institua apenas três tipos de tributos - impostos,
taxas e contribuições de melhoria -, o Supremo Tribunal Federal adota a corrente
pentapartite, de forma que os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais também
passam a integrar o rol em questão de espécies tributárias*. Nesta matéria, a Constituição
Federal de 1988, além de conferir competência aos entes federados para que eles possam
instituir tributos, prevê, também, as limitações deste poder.
A Carta Magna, em seu artigo 150, veda à União, por exemplo, de instituir impostos
sobre o patrimônio e a renda de produtos e serviços dos demais entes federativos. Esta
limitação, conhecida por imunidade recíproca, abrange também as autarquias e as fundações
de direito público(,); e, segundo a jurisprudência do STF, pode abranger as empresas
públicas e as sociedades de economia mista quando as atividades por elas desenvolvidas não
tiverem finalidade econômica. Ainda que a CF/88 seja clara em seu texto e se refira(-se)
apenas aos impostos, o pretório excelso estende esta possibilidade também às taxas.
Notadamente, os demais tributos não ficam adstritos a tal limitação.
Sistemática semelhante abrange as demais incompetências tributárias imunidades
previstas no mesmo artigo, quais sejam: a imunidade religiosa, a qual abarca templos de
qualquer culto e atividades para o fim de devoção; a imunidade cultural, que abrange livros e
o papel destinado a sua impressão(,); a imunidade de partidos políticos, entidades sindicais
dos trabalhadores e instituições de educação e assistência social; e ainda aquela a imunidade
em favor da produção musical brasileira. Todo o rol exposto abrange apenas os impostos,
não se impedindo a instituição de contribuições sociais. Esta, por sua vez, não poderá ser
cobrada das entidades de assistência social, desde que cumpram os critérios estabelecidos
em lei.
É notório que as imunidades se aplicam a algumas espécies de tributos, mas não a
outros, diferentemente do que ocorre com os princípios que regem o sistema tributário
nacional. Segundo o preceito de legalidade, todo tributo será criado e majorada por meio de
lei, salvo exceções previstas na Constituição, não fazendo parte deste destaque as
contribuições sociais. Estas, por sua vez, também respeitam a irretroatividade, ou seja, não
podem atingir fato pretérito à sua instituição sendo esta aplicada a todos tributos.
O princípio da anterioridade anual, porém, não se aplica às contribuições sociais*, de
forma que(,) estes tributos poderá poderão ser cobrados no mesmo ano em que for
publicada lei que a os institua ou majore. De todo o modo, é necessário respeitar o
interstício de noventa dias para efetuar a cobrança, pois, conquanto as contribuições sociais
sejam exceção à anterioridade anual, elas ainda devem observar o preceito de noventena.