Você está na página 1de 24

Universidade Paulista EAD

Projeto Integrado Multidisciplinar PIM III

Fernando Ramos Gabriel

INTERLIGAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE DISPOSITIVOS ENTRE MATRIZ E


FILIAL DA EMPRESA 2SHOW.IE

São José dos Campos

2020
Fernando Ramos Gabriel

RA: 2076013

INTERLIGAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE DISPOSITIVOS ENTRE MATRIZ E


FILIAL DA EMPRESA 2SHOW.IE

Projeto Integrado Multidisciplinar III


apresentado à Universidade Paulista EAD –
UNIP, campus de São José dos Campos,
como parte dos requisitos necessários para a
obtenção do título de Tecnólogo em Análise e
Desenvolvimento de Sistemas, sob orientação
da Prof. Me. Rodrigo Rodrigues;

São José dos Campos

2020
Fernando Ramos Gabriel

RA: 2076013

INTERLIGAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE DISPOSITIVOS ENTRE MATRIZ E


FILIAL DA EMPRESA 2SHOW.IE

Projeto Integrado Multidisciplinar III


apresentado à Universidade Paulista EAD –
UNIP, campus de São José dos Campos,
como parte dos requisitos necessários para a
obtenção do título de Tecnólogo em Análise e
Desenvolvimento de Sistemas, sob orientação
da Prof. Me. Rodrigo Rodrigues;

_______________________________________________________

Prof.º _______________________ - _________

_______________________________________________________

Prof.º _______________________ - _________

_______________________________________________________

Prof. Me Rodrigo Rodrigues - Orientador - UNIP

___ / ___ / ______

Data da aprovação
4

“Não deixe que os seus medos tomem o lugar dos seus sonhos”.

Walt Disney
5

RESUMO

Nesse trabalho é descrito o projeto de uma rede de interligação entre a matriz


de uma empresa de marketing digital e sua filial.

A empresa teve sua expansão e necessidade de abrir um novo escritório para


atender os seus clientes, porém não existir estrutura pronta para comunicar os
escritórios e os seus dispositivos.

O projeto foi desenvolvido de forma a comunicação total entre todos os


dispositivos independente de qual dependência esteja alocado, foram criadas devidas
permissões com usuários multiníveis que modificam a liberdade dentro da rede do
mesmo, o projeto conta com especificação dos equipamentos e infraestrutura
indicadas.

Palavras-chave: Rede. Interligação Dados. Interligação Comunicação. Cabeamento


Estruturado.
6

ABSTRACT

This work describes the design of an interconnection network between the head
office of a digital marketing company and its subsidiary.

The company had its expansion and the need to open a new office to serve its
customers, but there is no structure ready to communicate the offices and their
devices.

The project was developed so that total communication between all devices
regardless of which dependency is allocated, permissions were created with multilevel
users that modify freedom within the network, the project has the specification of the
equipment and infrastructure indicated.

Keywords: Network. Data Interconnection. Communication Interconnection.


Structured Cabling.
7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Sistemas de Telecomunicações – Fases características da rede de


comutação. ................................................................. Erro! Indicador não definido.0

Figura 2: Topologia Estrela ........................................ Erro! Indicador não definido.1

Figura 3: Topologia Barramento ................................. Erro! Indicador não definido.1

Figura 4: Topologia Anel ............................................ Erro! Indicador não definido.2

Figura 5: Cabos UTP .................................................. Erro! Indicador não definido.8


8

SUMÁRIO

1 - Introdução .............................................................................................................. 9

1.1 – Tipologias de Rede .................................................................................... 9

Figura 1: Sistemas de Telecomunicações – Fases características da rede de


comutação. ................................................................................................................ 10

Figura 2: Topologia Estrela ....................................................................................... 11

Figura 3: Topologia Barramento ................................................................................ 11

Figura 4: Topologia Anel ........................................................................................... 12

1.2 – Endereços IP ........................................................................................... 12

1.3 – Interligação de Redes .............................................................................. 16

1.4 – Cabeamento ............................................................................................ 17

Figura 5: Cabos UTP ................................................................................................. 18

Conclusão ................................................................................................................. 22

Referência Bibliográfica ............................................................................................ 23

Anexo A ..................................................................................................................... 24
9

1 - Introdução

O objetivo deste trabalho é propor uma solução de interligação de dados para


a empresa 2SHOW.IE, analisando suas redes de computadores e telecomunicações
e modelagem de processos.

Para tanto, buscar saber como é o desenho das topologias das redes
implantadas e quais são seus principais componentes e acessórios da LAN
(LocalAreaNetwork), WAN (WideAreaNetwork) e redes sem fio. Descrever e avaliar a
metodologia de desenvolvimento utilizada, detalhando como é feita a modelagem de
processos. Verificar, também, o motivo da escolha da topologia e modelagem de
processos, apontando o que a levou a aderi-los.

Verificar as melhores práticas de topologias a serem utilizadas por eles, uma


vez que são escritórios de criação e a integridade das informações e sigilos se tornam
muito importantes, segredos de negócios e campanhas estratégicas irão trafegar pela
topologia proposta, por isso o quesito segurança também é importante, tanto quanto
estabilidade da rede.

Averiguar como as redes de computadores e TI adicionam valor ao negócio;


aproximando parceiros e clientes, conquistando novos mercados, enfim, apontando
todas as dificuldades em se fazer negócios e como a tecnologia da informação as
ameniza ou corrige.

1.1 – Tipologias de Rede

Comunicação é o mesmo que transmissão de informações entre pessoas. Ela


pode ocorrer através de falas, cartas escritas e gestos. Telecomunicação é definido
como emissão, transmissão ou recepção de sinais, sons ou mensagens por via
elétrica ou eletrônica (fio, telefonia, rádio, radiotelegrafia, televisão, radar, etc), a
palavra inclui o prefixo grego tele, que significa distância ou longe.

Entendida como a ciência e a técnica de transmissão à distância, a


telecomunicação conta com recursos tecnológicos baseados em fenômenos
eletromagnéticos. Tanto as redes de computadores quanto as redes de
telecomunicações são formadas por sistemas e subsistemas, os quais permitem a
comunicação entre as pessoas por meio de equipamentos. O sistema telefônico pode
10

ser dividido em quatro partes, que são: rede de comutação, redes de acesso, rede de
transmissão e infraestrutura para sistemas de telecomunicações.

A comutação é o conjunto de operações para interligar circuitos que permitem


a conexão entre dois ou mais hosts.

Figura 1: Sistemas de Telecomunicações – Fases características da rede de


comutação.

As redes de acesso referem-se às séries de fios, cabos e equipamentos que se


encontram entre um ponto de terminação e a central dos dados.

A rede de transmissão de dados serve para oferecer suporte ao fluxo de dados


ente dois pontos. Computadores em rede ficam interligados por meio de fios elétricos,
fibras ópticas, ondes de rádio ou raios de luz e nas redes com fio pode-se utilizar o
par trançado ou cabo coaxial (este último já em desuso nos dias atuais).

Em infraestrutura para os sistemas de telecomunicações ficam situados os


sistemas secundários, como o sistema de energia elétrica, apoiando os equipamentos
de transmissão e comutação.

Elas possuem um layout físico e lógico. O layout é o seu desenho e determina


a topologia para a qual pertence. O layout físico se encarrega em desenhar a sua
aparência (arranjo geométrico dos nós e cabos) e o layout lógico em desenhar o seu
fluxo de dados. Barramento, anel, estrela, árvore, híbrida, rede ponto a ponto e redes
multiponto são modelos de topologias existentes. Estrela, barramento (bus) e anel
(tokenring) são utilizados com maior frequência nas empresas de pequeno e médio
porte. Embora o modelo bus esteja obsoleto, algumas empresas ainda o utilizam.
11

Na topologia estrela os computadores são interligados por meio de cabos a um


concentrador e distribuidor de sinais – o conhecido Hub/Switch. Ela oferece uma alta
tolerância a falhas e facilita a manutenção, além de contar com uma excelente
performance – a qual atinge velocidade de até 100 Mbps. A grande vantagem desta
topologia é que quando um nó (computador) para de funcionar a rede continua
operante, ou seja, os demais nós continuam se comunicando, porém, se o Hub/Switch
deixar de funcionar, todos os computadores ligados a ele perdem a comunicação.
Entretanto, basta substituí-lo para tudo voltar ao normal.

Figura 2: Topologia Estrela.

Na topologia barramento todos os computadores estão ligados por cabos em


barramentos físicos de dados. Apesar de os dados não passarem por dentro de cada
um dos nós, apenas uma máquina pode escrever no barramento num dado momento,
as outras apenas escutam e recolhem para si os dados destinados a elas.

Figura 3: Topologia Barramento.


12

Na topologia anel, os dispositivos são conectados em série, formando um


circuito fechado (anel). Os dados são transmitidos unidirecionalmente de nó em nó
até atingir o seu destino. Uma mensagem enviada por uma estação passa por outras
estações, através das retransmissões, até ser retirada pela estação destino ou pela
estação fonte.

Figura 4: Topologia Anel.

1.2 – Endereços IP

Quando pensamos em internet, um conjunto de termos nos vem a cabeça,


como HTTP, WWW e endereço IP. Esse último, define a localização e identificação
de cada dispositivo ou página que está conectado a uma rede. A internet, rede mundial
de computadores, é formada por bilhões de endereços IP, que trocam arquivos
majoritariamente via protocolo HTTP.

Para falarmos sobre endereço IP, devemos buscar o significado da primeira


palavra, “endereço”. Um endereço nada mais é do que uma referência de um local
para onde queremos ir ou enviar algo. Se você quer enviar uma encomenda para
alguém, basta que você coloque o endereço da pessoa no pacote, que a
transportadora entregará o item na casa da pessoa.

O endereço IP tem um objetivo parecido, que é dar uma referência única para
cada dispositivo, site ou aplicação que estiver em uma rede. Quando você cria uma
rede wifi em sua casa, o roteador criará um endereço IP único para cada dispositivo
conectado.
13

Quando digitamos o endereço de um site na barra de um navegador, ele é


convertido em um endereço IP da página, que está armazenada em um servidor. Os
domínios surgem da necessidade de criar endereços mais amigáveis para as páginas,
para facilitar a memorização e a personalização.

Enquanto os endereços residenciais são compostos por informações como rua,


número, CEP, cidade, bairro etc, o endereço IP é composto por uma sequência
numérica de 32 bits. Essa combinação é formada por quatro sequências de 8 bits,
também chamado de octetos, que podem receber um número de 0 a 255, separados
por um ponto. Um exemplo de endereço IP seria 198.16.10.10.

Essa divisão em quatro partes não é em vão, pois, assim como os endereços
postais são separados em rua, número, CEP, bairro etc, para facilitar a localização,
no endereço IP cada sequência tem um significado. Por exemplo, é comum que os
dois primeiros octetos representem a rede e os dois últimos sirvam para fazer a
identificação do dispositivo conectado.

Como sabemos, todo site tem um endereço IP, mas você sabe como a máquina
faz para transformar um domínio como, “www.minhaempresa.com”, em um IP no
formato 186.192.90.5? Faça o teste, digite esse IP em seu navegador e veja o
resultado. Quando você digita o domínio do site no navegador, é feita uma consulta
ao servidor DNS — Domain Name System — que informa a qual IP esse endereço
está associado.

O DNS tem uma hierarquia muito bem definida, e, em nosso exemplo, temos
um site de uma empresa genérica, “www.minhaempresa.com”. Para fazer a conversão
para o IP desse site, é enviada uma requisição para o servidor que é responsável por
extensões“.com”. Esse servidor que localizará o IP correspondente e responderá à
solicitação. Se o site termina em “.br” um servidor responsável por essa extensão será
consultado e assim por diante.

O padrão de endereço IP tradicional, que abordamos até aqui neste post é o


chamado IPv4, mas há um formato mais recente, o IPv6, que está ganhando cada vez
mais espaço. Durante um bom tempo, a única forma que tínhamos de nos conectar à
internet era com computadores e notebooks.
14

Depois, surgiram os smartphones e tablets e, mais recentemente, outros


objetos conectáveis, como os relógios inteligentes, smart TVs e até carros. Em breve,
teremos as casas inteligentes, em que praticamente tudo estará conectado à rede.

Com esse crescimento de pontos ligados à internet, a tendência é que não haja
endereços IPs disponíveis para tantas conexões. O IPv6 surge para suprir essa
demanda, pois suporta um número enorme de endereços. Isso não se deve apenas a
aumento da quantidade de octetos, mas também a uma maior variação de caracteres.
Um endereço IPv6 pode trazer a seguinte sequência:

• FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF

Além de poderem ser divididos em tipos, os IPs podem ser separados em


classes. Já sabemos que um IP pode ser utilizado para identificar um dispositivo em
uma rede local e para identificá-lo a internet. Em uma rede local corporativa, se o seu
computador tem o IP 198.13.100.10, um computador em outra rede pode ter o mesmo
endereço, pois as duas redes não se comunicam. O que não pode acontecer é ter
mais de um dispositivo com o mesmo endereço em uma mesma rede.

A internet é uma rede global, ou seja, os bilhões de dispositivos conectados a


ele devem ter um endereço único. Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo
endereço IP, temos um problema chamado de conflito de IP, gerando interferências
que podem atingir desde o dispositivo em questão, até toda a rede.

Para facilitar a organização entre IPs de redes locais e IPs globais, para a
internet, a IANA, Internet Assigned Numbers Authority, e a ICANN, Internet Coporation
for Assigned Names and Numbers, têm um esquema de distribuição dividido em três
classes principais e mais duas complementares, que são as seguintes:

• Classe A — IPs de 0.0.0.0 até 127.255.255.255 — que permite até 128


redes, cada uma podendo ter até 16.777.214 dispositivos conectados;

• Classe B — 128.0.0.0 até 191.255.255.255 — que permite até 16.384


redes, cada uma podendo ter 65.536 dispositivos;

• Classe C — IPs de 192.0.0.0 até 223.255.255.255 — que permite até


2.097.152 redes, cada uma podendo ter até 254 dispositivos;
15

• Classe D — endereços de 224.0.0.0 até 239.255.255.255 — multicast;

• Classe E — de 240.0.0.0 até 255.255.255.255 — multicast reservado.

O VPN é uma das formas mais seguras de esconder um endereço IP, sendo
que você pode utilizar uma conta gratuita, que apenas muda o seu endereço, ou uma
opção paga, que traz melhores mecanismos de segurança, privacidade e
desempenho.

A função de um serviço de VPN é atribuir um endereço de IP virtual ao usuário,


deixando o seu endereço real oculto. Os provedores de VPN de credibilidade contam
com servidores em vários locais do mundo, oferecendo opções para esconder ou
modificar o seu IP para as mais diversas situações, colocando seu endereço como
sendo originário de várias partes do globo.

Um dos benefícios de esconder o seu IP com um VPN de qualidade é aproveitar


a alta velocidade de conexão, pois, diferente de outros métodos de camuflarem de IP,
você não precisará lidar com conexões lentas e irritantes, podendo, por exemplo,
assistir aos seus filmes e séries favoritas, sem travamentos.

Para quem quer manter a segurança na hora de baixar torrents, as VPNs


também se apresentam como ótimas opçãos, pois, além de protegerem o seu
endereço de IP, os bons VPNs são capazes de proteger também a sua identidade,
sendo que alguns provedores oferecem perfis que são totalmente dedicados a P2P e
torrenting.

Os provedores de VPN confiáveis oferecem criptografia de dados de alta


qualidade e bons protocolos de segurança que reduzem drasticamente o risco de
vazamentos de seu endereço de IP real.

Existem conteúdos que apresentam bloqueio geográfico, seja por imposição


estatal ou por restrições de direitos autorais. A Netflix, por exemplo, oferece um
catálogo diferente para cada país, de acordo com os direitos que adquiriu naquela
região. As melhores VPN têm a capacidade de contornar essas restrições propiciando
ao usuário o acesso a diferentes catálogos de filmes que são liberados em países
diferentes.
16

1.3 – Interligação de Redes

A Interligação de redes – “Pontos” (fisicamente separados) é a interligação de


unidades fisicamente separadas (matriz e filiais) seja através da tecnologia wireless
(sem fio) de alta performance ou cabeamento via UTP ou fibra óptica para provimento
de Internet, comunicação de dados com total privacidade, segurança e estabilidade.

É um serviço onde são interligados setores públicos ou privados usando para


isso a estrutura do provedor, por meio de raios especiais ou serviços lógicos,
aumentando o alcance das redes para fora dos domínios da empresa ou entidade
pública.

Definição das redes LAN, MAN, WAN, PAN, SAN e VLAN

LAN (Local Area Networks – Rede de Área Local) – também designada de rede
local é o tipo de rede mais comuns uma vez que permitem interligar computadores,
servidores e outros equipamentos de rede, numa área geográfica limitada (ex.: sala
de aula, casa, espaço Internet, etc).

MAN (Metropolitan Area Networks – Rede de Área Metropolitana) – permite a


interligação de redes e equipamentos numa área metropolitana (ex.: locais situados
em diversos pontos de uma cidade).

WAN (Wide Area Netwoks – Rede de Área Larga ou Rede de Longa Distância)
– permite a interligação de redes locais, metropolitanas e equipamentos de rede,
numa grande área geográfica (ex.: país, continente, etc).

PAN (Personal Area Networks – Rede de Área Pessoal) – é uma rede que usa
tecnologia de rede sem fio para interligar os mais variados dispositivos
(computadores, smartphones, etc.) numa área muito reduzida (ex.: uma rede ad-hoc).

SAN (Storage Area Networks – Área de Armazenamento em Rede) – também


designadas de redes de armazenamento têm como objetivo a interligação entre vários
computadores e dispositivos de storage (armazenamento) numa área limitada.
Considerando que é fundamental que essas redes possuam grandes débitos (rápido
acesso à informação). Utilizam tecnologias, como por exemplo: Fiber Channel.

Uma VLAN (Virtual Local Area Network – Rede Local Virtual) – é basicamente
uma rede lógica onde podemos agrupar várias máquinas de acordo com vários
17

critérios (ex.: grupos de utilizadores, por departamentos, tipo de tráfego, etc.). As


VLANs permitem a segmentação das redes físicas, sendo que a comunicação entre
máquinas de VLANs diferentes terá de passar obrigatoriamente por um router ou outro
equipamento capaz de realizar encaminhamento.

1.4 – Cabeamento

O meio de transmissão de dados serve para oferecer suporte ao fluxo de dados


entre dois pontos. Computadores em rede ficam interligados por meio de fios elétricos,
fibras ópticas, ondas de rádio ou raios de luz e nas redes com fio, pode-se utilizar o
par trançado ou cabo coaxial.

• Cabo par trançado

O cabo de par trançado é formado de pares de fios entrelaçados, separados


por material isolante, que normalmente são recobertos por uma proteção de PVC
(Poly VinylChloride). Cada par constitui um condutor positivo (normalmente um fio de
cor laranja, verde, azul ou marrom) e negativo (normalmente de cor branca), que ao
serem dispostos como estão geram um campo eletromagnético que faz o papel de
barreira contra interferências externas, reduzindo a diafonia (ruídos provocados pelos
sinais elétricos que trafegam em sentidos opostos).

Cabos de Par Trançado não Blindado (UTP)

Geralmente combina quatro tipos de pares de fios dentro da mesma capa


externa. Cada par é trançado com um número diferente de voltas por polegada. Esse
trançamento evita o ruído elétrico dos pares adjacentes e de outras interferências do
meio. Embora ele pareça externamente com os cabos de telefone, estes não servem
para transportar dados.

Os cabos sem blindagem são chamados de UTP (Unshielded Twisted Pair, que
significa, literalmente, “cabo de par trançado sem blindagem”).

✓ Velocidade e Fluxo: Rápido o Bastante


✓ Custo Médio por Nó: O Mais Barato
✓ Mídia e Tamanho do Conector: Pequeno
✓ Comprimento do Cabo: Curto
18

Cabos de Par Trançado Blindado (STP)

A maioria dos Cabos de Par Trançado Blindado (STP – Shielded Twisted Pair)
utilizam um encapsulamento de PVC , o que, no entanto, não é indicado em
instalações próximas à dutos de ar, já que este material emite gases tóxicos quando
é inflamado (nesses casos outro material deve ser utilizado, normalmente teflon).

Usado apenas para especificações das redes locais Token-Ring, utiliza um


tecido de cobre trançado, um envoltório metálico entre e em volta dos pares de fios,
para oferecer alto grau de proteção contra corrente elétrica externa.

✓ Velocidade e Fluxo: Rápido o Bastante


✓ Custo Médio por Nó: O Mais Barato
✓ Mídia e Tamanho do Conector: Pequeno
✓ Comprimento do Cabo: Curto

Figura 5: Cabos UTP.

Hoje em dia, os cabos de pares trançados mais usados são os não blindados,
nas seguintes classificações e características:

• Categoria 3 / Classe C = 16 MHz, utilizado em ligações de até 10 Mbps;

• Categoria 4 / Classe B = 20 MHz, utilizado em ligações de até 16 Mbps,


utilizado em redes Token Ring e Ethernet;
19

• Categoria 5 / Classe D = 100 MHz, utilizado em ligações de até 100 e


1000 Mbps;

• Categoria 5e = Existe de 100/110/125/155 MHz, utilizado em ligações


de até 100 e 1000 Mbps, com alcance de até 100 metros;

• Categoria 6 / Classe E = 250 MHz, utilizado em ligações de até 10


Gbps, com alcance de até 55 metros;

• Categoria 6a = 500 MHz, utilizado em ligações de até 10 Gbps, com


alcance de até 100 metros;

• Categoria 7 / Classe F = 500/600 MHz, utilizado em ligações de até 100


Gbps;

• Cabo Coaxial

O cabo coaxial é constituído de dois condutores dispostos axialmente (na forma


de eixo), separados entre si e envoltos por material isolante. O condutor interno, mais
rígido, é feito de cobre e pode ser torcido ou sólido (o condutor sólido é mais indicado
em redes locais, já que os dados fluem com mais facilidade num meio homogêneo).
O condutor externo é uma malha metálica que, além de atuar como a segunda metade
do circuito elétrico, também protege o condutor interno contra interferências externas
(campos eletromagnéticos estranhos). Quando esta malha externa é feita de alumínio
o cabo coaxial é dito cabo coaxial grosso (especificação RG-213 A/U), ou de banda
larga, pois possui uma resistência de 75 ohms, transmitindo dados numa velocidade
de até 10 mbps (megabits por segundo) à freqüência de 10 ghz (gigahertz).
Os cabos coaxiais possibilitam uma taxa de transferência de até 10 mbps, e se
forem instalados adequadamente oferecem uma boa resistência contra interferências
externas, ou ruídos (EMI – Eletromagnetic Interference, Interferência
Eletromagnética; RFI – Radiofrequency Interference, Interferência de
Radiofreqüência). Não obstante, o seu processo de instalação é mais complicado e
também tem custo elevado.
✓ Velocidade e Fluxo: Muito Rápido
✓ Custo Médio por Nó: Não muito Caro
✓ Mídia e Tamanho do Conector: Médio
✓ Comprimento do Cabo: Médio
20

• Fibra Óptica

O inventor da fibra óptica foi um indiano chamado Narinder Singh. Na década


de 60 as fibras ópticas tiveram aplicação prática devido ao aparecimento dos LEDs,
fontes de luz de estado sólido – inclusive a luz do tipo laser. As fibras ópticas
começaram a ser fabricadas comercialmente em 1978 e nos anos 80 elas foram
substituindo os cabos coaxiais. No Brasil o uso da fibra óptica foi iniciado com a
implantação dos backbones (conexão de grande porte, espinha dorsal na qual se
ligam diversas redes).

O cabo de fibra óptica possui um filamento condutor interno feito de substância


derivada de material vítreo ou plástico, revestida por um material com baixo índice
refratário, normalmente silicone ou acrilato. Podemos ter um agrupamento de fibras
envoltas por gel, encapsuladas num revestimento secundário de náilon e, finalmente,
uma capa externa de PVC.

A tecnologia empregada em cabos de fibra óptica é muito complicada se


comparada com a que é empregada em cabos coaxiais. Seu custo de produção ainda
é elevado, e sua instalação também requer a utilização de equipamentos sofisticados.
Por isso, a fibra óptica não é tão empregada em redes locais como o cabo coaxial ou
o cabo de par trançado. Dois problemas oferecidos: a conexão com a fibra óptica
é ponto-a-ponto, não podemos “espetar” um novo segmento de rede a um que já
existe, como se faz com cabos coaxiais; o cabo de fibra óptica também não pode
apresentar uma curvatura intensa, primeiro porque ele quebra com facilidade, e
segundo porque o sinal emitido poderia chocar-se com a superfície do revestimento e
ser refletido, interferindo na transmissão.

Os dados trafegam pela fibra óptica, como o próprio nome indica, na forma de
sinais luminosos que são gerados ou por tecnologia laser
(Light Amplification by StimulatedEmission of Radiation) ou por um diodo emissor de
luz (LED – Light Emissor Diode). Tirando o alto custo e a dificuldade de instalação (os
repetidores de sinal devem ser colocados numa faixa que pode ir de dois a cem
quilômetros, de acordo com as especificações) a fibra óptica apresenta, na prática,
uma série de vantagens com relação ao cabo coaxial e cabo de par trançado. Primeiro
a velocidade de transmissão, conseguimos taxas de até 16 tbps (terabits por segundo,
ou 16 trilhões de bits por segundo), operando à freqüências de até 800 terahertz.
21

Outra vantagem é a economia de espaço (nesse aspecto a fibra óptica facilita o


processo de instalação).

Um cabo de um centímetro de diâmetro pode comportar 144 fibras,


possibilitando até oito mil conversações simultâneas em ambos os sentidos de
transmissão. Por último, a fibra óptica é totalmente imune às variações
eletromagnéticas externas, o que torna a transmissão altamente confiável. Ambientes
sujeitos a uma variação extrema de ruídos EMI e/ou RFI requerem
a implementação de redes de computadores baseadas em fibra óptica. A tendência
atual é que nos próximos anos ocorra uma queda brusca de preços nas tecnologias
envolvidas com este tipo de cabeamento.

Os cabos de fibra óptica utilizam o fenômeno da refração interna total para


transmitir feixes de luz a longas distâncias. Um núcleo de vidro muito fino, feito de
sílica com alto grau de pureza é envolvido por uma camada (também de sílica) com
índice de refração mais baixo, chamada de cladding, o que faz com que a luz
transmitida pelo núcleo de fibra seja refletida pelas paredes internas do cabo. Com
isso, apesar de ser transparente, a fibra é capaz de conduzir a luz por longas
distâncias, com um índice de perda muito pequeno.

O núcleo e o cladding são os dois componentes funcionais da fibra óptica. Eles


formam um conjunto muito fino (com cerca de 125 microns, ou seja, pouco mais de
um décimo de um milímetro) e frágil, que é recoberto por uma camada mais espessa
de um material protetor, que tem a finalidade de fortalecer o cabo e atenuar impactos
chamado de coating, ou buffer. O cabo resultante é então protegido por uma malha
de fibras protetoras, composta de fibras de kevlar (que têm a função de evitar que o
cabo seja danificado ou partido quando puxado) e por uma nova cobertura plástica,
chamada de jacket, ou jaqueta, que sela o cabo.

Cabos destinados a redes locais tipicamente contêm um único fio de fibra, mas
cabos destinados a links de longa distância e ao uso na área de telecomunicações
contêm vários fios, que compartilham as fibras de kevlar e a cobertura externa.
22

Conclusão

Conclui-se com esta pesquisa que as redes de computadores e


telecomunicações são essenciais para as empresas, porque elas permitem a
transposição geométrica de distância, a partir de dois pontos de acesso, possibilitando
o compartilhamento de recursos, reduzindo custos, oferecendo serviços de
comunicação, garantindo a consistência de dados e aumentando a produtividade.

Devido à conexão entre as redes depender de fatores como a própria topologia,


as empresas necessitam analisar muito bem quais modelos e sistemas escolher,
olhando sempre à frente, para não perderem seus investimentos por falta de
planejamento.

A solução de cabeamento estruturado serve para instalar de forma simples


equipamentos como servidores, desktops, switches, roteadores, pabx, ramais,
câmeras de segurança, entre outros.

Desta forma, um ponto que hoje é utilizado como ramal, por exemplo, amanhã
pode ser facilmente redirecionado para utilização de um computador, câmera ou outro
equipamento de baixa voltagem, sem a necessidade de uma nova instalação.

É muito comum ver empresas que sofrem com lentidão na rede de


computadores, inatividade da rede, telefones com falhas constantes, entre outros
problemas.

Na maioria dos casos, isso acontece porque muitas empresas fazem a


ampliação e interligação dos equipamentos de forma improvisada e sem nenhum
planejamento ou análise das necessidades técnicas.

Um cabeamento de rede não estruturado e feito de qualquer forma, representa


uma parcela muito grande nos problemas que costumam ocorrer nas soluções de voz
(PABX, PABX Virtual ou Call Center) e dados e aumenta bastante a necessidade de
intervenções técnicas.

Além de prejudicar a produtividade da empresa, aumenta consideravelmente


os custos com manutenções.
23

Referência Bibliográfica

Hun, switch e roteadores. Disponível em < https://jose-jardel.weebly.com/estrutura-de-


redes.html>. Acesso em: 10 de Setembro de 2020.

Estruturas de rede e conectividades: tecnologias e vantagens competitivas. Disponível


em < https://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2008_3_Alcir.pdf>. Acesso em: 10 de
Setembro de 2020

10 dicas de como montar uma rede estruturada para a sua empresa. Disponível em <
https://www.hostgator.com.br/blog/como-montar-uma-rede-estruturada/>. Acesso em:
10 de Setembro de 2020

Interligação de redes. Disponível em <


https://pt.wikipedia.org/wiki/Interliga%C3%A7%C3%A3o_de_redes>. Acesso em: 12
de Setembro de 2020.

As redes de comunicação no mundo globalizado. Disponível em <


https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/as-redes-comunicacao-no-mundo-
globalizado.htm>. Acesso em: 12 de Setembro de 2020.

Interligação de redes / redes IP. Disponível em <


https://web.fe.up.pt/~jruela/redes/teoricas/7_ip_v1011_mieec_2slides.pdf>. Acesso
em: 15 de Setembro de 2020.

Interligação de redes protocolos TCP/IP. Disponível em <


https://web.fe.up.pt/~mricardo/02_03/cdrc1/teoricas/ip_v5.pdf>. Acesso em 16 de
Setembro de 2020

NUNES, Roberto; COLOSSETTI, Adriane Paulieli. Organização de Computadores.


São Paulo: Editora Sol, 2019

Rodrigues, R. Orientação do PIM III. São Paulo, 31 pag, color. Disponível em


<http://unipinterativa.edu.br/pdf/>. Acesso em: 01 de Setembro de 2020

Comer, Douglas E. Interligação de redes com TCP-IP – Vol 1 6ª Ed. GEN LTC Exatas
didático, 2014
24

Anexo A

Topologia sugerida

Você também pode gostar