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Introdução.

O entendimento do que significa o termo “interação” é aberto, sendo assim muito difícil
tratar mal-uso deste termo, já que não existe uma maneira certa ou errada. Sendo assim
não podemos usar isso como uma propriedade ao falarmos de software, pois a interação
não é algo exclusivo dele, em qualquer outro forma de mídia há uma forma de interagir do
emissor para com o receptor.
Ao pensar na fabricação desse software o projetista vai primeiro definir suas regras antes
de interagir com ele, mas o caminho para o usuário e diferente, primeiro ele é atraído pela
visual e a medida que ele vai interagindo e que percebe as regras. A relação de um e
inversamente proporcional ao outro. Sendo assim a sociedade onde o software e feito
influencia no seu visual.

HCI
O primeiro paradigma de interação o Human-computer interactions (HCI) surgi com o
primeiro computador, mas por ser ele feito apenas para laboratório, seu foco era apenas
ter resposta da máquina na medida em que os dados eram colocados.
Sendo assim uma relação de dominância, na qual a máquina e apenas uma ferramenta
de manipular dados e informações. Tudo não passa de uma operação, na qual o operador
faz uma ação e espera que a resposta seja executada pela máquina.
Para eles as Interações são, em um sentido mais amplo, os efeitos e transformações que
estes instrumentos causam em nossa sociedade.
Mesmo este sendo o primeiro paradigma, a sua matriz ainda é usada hoje em grande
parte das interações.

IA & ID
Esses novos paradigmas Information architecture (IA) & Interface design (ID) retiraram os
computadores de meras ferramentas e passaram a enxergá-los como mídia por conta de
sua complexidade, por conta dessa complexidade sua interação passou a ser programa
por outras pessoas não se restringindo apenas a laboratório, já que eles faziam parte do
cotidiano, assim as interfaces ficaram cada vez mais desenvolvidas.
Foi aqui que surgiu o axioma “relação forma x função”, nesse processo de evolução o que
sempre foi buscado era um software mais fácil de ler para os usuários, sendo assim
através desse axioma vemos que não importando para onde ele vai pender a forma nunca
está dissociado de sua função e vice-versa, o que molda esse processo.
A partir disso podemos ver uma diferença entre a IA e A ID, enquanto designers de
interface peçam na interação a partir da interface com o usuário e em como ela pode
ajudá-lo em suas ações, os arquitetos pesam em como resolver a partir das estruturas
subjacentes que produz a materialidade da mídia.
Ainda não saímos completamente da ideia inicial de dominância mais a interação aqui
tornar acessível e fácil de entender as informações o computador armazena e mais
navegar pelo computador do que a somente resolver problemas.

UCD
Aqui se introduz através do User centered design (UCD) pela primeira vez o conceito de
usabilidade, que se define por já no início projetar o software pensando na melhor
maneira do usuário utilizar.
Através disso o foco e o centro do projeto muda, não sendo mas o software mas sim seu
usuário e como facilitar o uso para ele, os comportamentos e as reações dele influenciam
o projeto, mesmo que isso resulto em uma maior complexidade na estrutura do projeto,
sua busca e fazer com que a lógica da máquina venha para o ambiente humano.
Saímos completamente da dominância, aqui o que se busca é um dialogo entre usuário e
máquina, tudo e visto como uma forma de comunicação. A interação aqui e construir uma
mídia que responda de maneira objetiva as necessidades dos usuários e que é capaz de
compreendê-lo.

IxD
O Interaction Design (IxD) praticamente herdou toda a abordagem anterior do UCD, mas
tem em sua matriz uma nova forma de interação mais dinâmica.
Aqui se perdeu a ideia de enxerga a tela dos aparelhos como uma imagem estática em
uma folha de papel, por isso os profissionais de design são treinados em motion graphics
que é uma especialização que se desenvolveu para lidar com vinheta e apresentações
em produtos audiovisuais.
Foi pensado mais para pessoas que gastam logas e pesadas horas de trabalho na frente
da tela, como uma forma de deixar mais fluida e interativa seu contato com a máquina,
deixando assim a interface mais ‘humana’ para o ‘dialogo’ com o usuário ocorresse da
melhor forma.
Por conta disso o tempo passou a ser um problema para essa nova matriz, já que devia
ser pensado o tempo de interação e das animações na tela, pois isso era algo
completamente novo que não poderia ser reproduzido fora do computador.
Para eles assim como para antecessor a interação é uma forma de comunicação, mas
indo além já que ela se estabelece através de comportamentos do usuário e da máquina.
A mídia responde e reage ao usuário, e projetar esta interação é criar meios para que o
computador responda adequadamente às necessidades do seu usuário.

User Experience (UX)


O User Experience (UX) e o paradigma mais recente e visa colocar todas as experiências
de um usuário ao se fazer um sistema, por conta disso esse é ainda hoje um terro muito
pantanoso.
Já que qualquer área que minimamente esteja relacionada ao que é uma experiência para
um usuário entraria aqui, por isso o projeto para esse paradigma é vago e perdeu a
capacidade de guiar o processo.
Sendo assim novas formas de entender o Ux acabaram surgindo, elas cópias das
matrizes anteriores em novas combinações, o que deixo tudo ainda mais vago e confuso,
pois cada um faz o que julga correto.
Até agora tudo sobre essa paradigma e superficial, sendo que ainda é impossível conter
uma experiência pois ele não depende apenas do objeto projetado mas também de com
quem esse objeto vai se relacionar e para isso teriam que se prever os eventos que o
usuário vai realizar e os acontecimentos que resultariam.
Um bom caminho pare se começar a trabalhar com isso, é pensar nisso como um jogo,
algo que você tem controle e ao mesmo tempo não tem, vendo tudo como um controle
parcial sobre a interação.
A ideia de interação para eles permanece confusa. A Única ideia fornecida e que se deve
projetar algo que impacte a vida das pessoas, algo que envolva essas pessoas como um
jogo envolve seus jogadores.

Sandbox
São as novas formas de interação que vão além de uma simples tela não sendo limitadas
por ela, afetam nosso espaço físico.
Essas novas formas de interação tem seus riscos já que ela muitas vezes não necessitam
do ser humano para ser realizada. Ultrapassando o fator usuário humano elas fazem uma
iteração entre as máquinas.
Tudo sobre essa nova forma de interação e muito especulativo. Não podemos determinar
oque é interação através dessa matriz pois ainda não o conhecemos totalmente. O que
podemos observar e que eles apontam para um sentido de conexão ou ate mesmo fusão
através do trans humanismo.

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