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APOSTILHA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

Campo Maior, Piauí. Agosto de 2016.


MÓDULO I

EDUCAÇÃO E PRAXIS PEDAGÓGICA


ESTÁGIO SUPERVISIONADO E PRÁXIS PEDAGÓGICA

ESTÁGIO PROFISSIONAL
O estágio é a prática profissional que
realiza um estudante para pôr em prática os
seus conhecimentos e as suas competências.
O estagiário é o aprendiz que leva a cabo esta
prática com a intenção de obter experiência
de campo, ao passo que quem se encarrega de
o orientar e formar é o tutor.
O objetivo do estágio, por
conseguinte, é proporcionar experiência
laboral ao estagiário e prepará-lo para que se
possa desenvolver no sector de atividade
associado à sua futura profissão. A
remuneração que aufere pelo estágio é nula
ou fraca, o que, em muitos casos, é
aproveitado pelas empresas para contratar
mão-de-obra barata.
O estágio implica a formação do
estudante. Quando uma empresa contrata estudantes para um estágio e se limita a admiti-los sem se
preocupar com a formação, trata-se de uma violação do espírito do conceito e do direito laboral.
Não se deve confundir o estágio com a bolsa de estudos, uma vez que esta serve para subsidiar os
estudos dos estudantes com bons resultados escolares, mas com dificuldades econômicas, de modo a ajudá-
los a concluírem os seus estudos.

LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008, REGULAMENTA O ESTÁGIO.


CAPÍTULO I - DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO
Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que
visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em
instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos
anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
§ 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do
educando.

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§ 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à
contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o
trabalho.
Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes
curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.

MODALIDADE DE ESTÁGIOS
§ 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é
requisito para aprovação e obtenção de diploma (constitui-se como componente do currículo pleno dos
cursos de graduação).
§ 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga
horária regular e obrigatória (extracurricular constitui-se em atividade complementar à formação acadêmico-
profissional do aluno, realizado por livre escolha do mesmo).

Quem pode estagiar


Para ser estagiário, é necessário ser estudante de cursos de ensino superior, médio ou de educação
profissional de nível médio.
Atenção: para fazer estágio, é preciso estar frequentando o curso, ter idade mínima de 16 anos e possuir RG
e CPF próprio.

ESTÁGIO SUPERVISIONADO E PRÁXIS PEDAGÓGICA


Segundo Bianchi (2002), Estágio - ―Período de estudos práticos, exigido dos candidatos ao exercício
de certas profissões liberais: estágio de engenharia; estágio pedagógico./Período probatório, durante o qual
uma pessoa exerce uma atividade temporária numa empresa. / Aprendizagem, experiência‖.
É um momento de estudos práticos para o ensino/aprendizagem e experiência docente, pois envolve
supervisão, revisão, correção e planos cuidadosos.
Estagiar é tarefa do aluno; supervisionar é incumbência da universidade, que
está representada pelo professor. Acompanhar, fisicamente se possível,
tornando essa atividade incomum, produtiva é tarefa do professor, que
visualiza com o aluno situações de trabalho passíveis de orientação
(BIANCHI, 2002).
O artigo 82 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, aponta o seguinte
sobre o estágio: ―Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para a realização dos estágios dos alunos
regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição‖.
Sendo assim, o estudante deve está com a atenção voltada para demonstrar seu conhecimento pela
teoria trabalhada, realizar seu trabalho com dignidade procurando, dentro da sua área de atuação, demonstrar
que tem competência, habilidade, simplicidade, humildade e firmeza, lembrando-se que ser humilde é saber

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ouvir para aprender, ser simples é ter conceitos claros e sabê-los demonstrar de maneira cordial que
possibilitem o entendimento de terceiros.

Papel e Importância do Estágio Supervisionado


A finalidade do Estágio Supervisionado é propiciar a complementação do ensino/aprendizagem a ser
planejado, executado, acompanhados e avaliado segundo currículos, programas, calendários escolares, a fim
de se constituírem em um processo integrador, ou seja, prático, científico e sócio-cultural.
O Estágio Supervisionado na instituição escolar é mais do que uma experiência prática na vida do
aluno, é uma oportunidade para o educando refletir sobre os saberes trabalhados durante o Curso de
Pedagogia.
Podemos definir o Estágio supervisionado como uma parte do currículo muito importante na
formação do futuro professor porque é a oportunidade de experienciar e realizar, na prática, o conhecimento
teórico adquirido no decorrer da sua formação acadêmica. No estágio, diversas atividades relacionadas com
o ensino/ aprendizagem são realizadas por docentes e discentes.
O estágio possibilita ampliar e aprofundar a integração entre os conhecimentos técnicos e as práticas,
bem como desenvolver análises crítico-reflexivas sobre a atuação profissional do professor.
Nesse sentido, o estágio tem por objetivo maior a integração entre aprendizagem acadêmica e
compreensão da dinâmica das instituições escolares de ensino.
É uma ocasião oportuna para os estudantes estarem diretamente em contato com outros profissionais
da área, a fim de ampliar os saberes sobre a mesma, refletindo a partir da ação profissional. Através do
estágio, os estudantes têm a possibilidade de relacionar os assuntos abordados na sala de aula com a prática,
sendo uma importante fonte de experiência, principalmente para os que já estão atuando na área.
Segundo Schon apud Alarcão (1996) o estágio deve ser considerado tão importante como os demais
conteúdos do currículo. Assim, os’ próprios docentes, como as universidades ainda não deram o devido valor
à prática da formação do professor.
O estágio pedagógico é considerado ―[...] o parente pobre de
todas as disciplinas [...]‖, isso porque ―[...] a Universidade se
demite da sua função de ajudar o aluno a relacionar teoria e
prática e a saber servir-se do seu saber para com ele resolver
problemas práticos [...]‖. Para valorizá-lo é preciso conhecer
o trabalho realizado, pois além de encaminhar o aluno para o
local de estágio, o professor/orientador faz-se presente,
acompanhando e orientando o aluno durante todo o
processo, bem como em encontros individuais e coletivos
(ALARCÃO, 1996, p. 38).

Os conhecimentos adquiridos na prática e a troca de experiências são considerados as melhores


formas de aprendizagem, o que reforça a necessidade de se discutir como essa aprendizagem ocorre no
período de estágio. Assim, o estagiário para construir o seu presente e o seu futuro, tem de ser capaz de
interpretar o que vê fazer, de imitar sem copiar, de recriar, de transformar (ALARCÃO, 1996).

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Nesse sentido, o professor, enquanto estagiário, deve dialogar, demonstrar, questionar, refletir,
orientar a tomada de decisões, mas deve também, sempre que preciso informar, explicar, descrever, teorizar
sobre assuntos que se façam necessários. Portanto, o seu ser/fazer deve integrar o dizer com o escutar, a
demonstração com a imitação (ALARCÃO, 1996), além de ter, na reflexão, o caminho para a decisão. Todos
esses questionamentos reforçam a importância de se elaborar um projeto de estágio que privilegie o
conhecimento prático aliado ao conhecimento teórico, objetivando formar o professor para o exercício
consciente da sua profissão.

Etapas do Estágio Supervisionado


1. Integração e Planejamento (Conhecimento e integração do aluno às realidades sociais, econômicas
e do trabalho na sua área de atuação profissional);
2. Pesquisa e Plano de Ação (Iniciação à pesquisa e ao ensino na qual a realidade escolar é seu objeto
de ação-reflexão-ação);
3. Prática e Intervenção (Iniciação profissional no campo específico de sua formação).
A primeira etapa do estágio é entendida como um instrumento de integração do aluno às realidades
sociais vigentes e possibilita a interlocução com os referenciais teóricos. Permite ao estagiário construir seu
plano de estudos — Projeto — e optar pelos temas de aprofundamento que irão fundamentar sua prática
durante o estágio e que estarão presentes na sua atividade orientada.
A segunda etapa direciona-se para iniciação à pesquisa e ao ensino, na forma de articulação de
teoria-prática, partindo do pressuposto de que a formação profissional não deve jamais se desvincular da
pesquisa. A reflexão sobre a realidade observada a partir de uma problematização que se constitui em uma
forma de iniciação à pesquisa educacional.
A terceira etapa destina-se a iniciação profissional do estagiário através de um ―saber fazer‖ que
busca orientar-se por teorias de ensino-aprendizagem adequando-as aos conhecimentos históricos, sem
perder de vista a realidade de cada instituição e de cada aluno acompanhado.
A integração da teoria à prática, vivenciada em situações e problemas relativos à profissão escolhida,
estimula o pensamento crítico do estudante e possibilita a formação de um profissional apto a enfrentar
desafios.
O objetivo principal do estágio é o de proporcionar ao estudante oportunidades de desenvolver suas
habilidades, analisar situações e propor mudanças no ambiente em que vive. Além disso, têm-se como
objetivos específicos:
· Incentivar o desenvolvimento das potencialidades individuais, propiciando o surgimento de novas
gerações de profissionais capazes de refletir e construir processos inovadores e metodologias alternativas;
· Complementar o processo ensino teórico, através da vivência educacional com investigações e
pesquisas, buscando incentivar o aprimoramento pessoal e profissional;
· Refletir, sistematizar e testar conhecimentos teóricos históricos e instrumentos discutidos em sala
de aula, através de experiências concretas, de observação, reflexão sobre a realidade e as influências dos
acontecimentos históricos nas relações humanas;
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· Propiciar ao aluno-estagiário vivência da realidade profissional e familiarização com o futuro
ambiente de trabalho;
· Estabelecer integração efetiva entre a faculdade e o ambiente educativo, contribuindo para a
atualização e o aprimoramento constante do currículo escolar, possibilitando a expansão dos serviços
comunitários propostos pela academia;
· Favorecer o conhecimento e a aplicação de novas tecnologias, metodologias e organização do
trabalho.
O estágio compreende atividades de avaliação e diagnóstico de estudo de caso, de observação, nas
quais contextualiza e transversaliza as áreas e os eixos de formação curricular, associando teoria e prática.
Dessa maneira, incorpora três diferentes modalidades:
1. Conhecimento e integração do aluno às realidades sociais, econômicas e do trabalho na sua área de
atuação profissional;
2. Iniciação à pesquisa e ao ensino na qual a realidade escolar é seu objeto de açãoreflexão-ação;
3. Iniciação profissional no campo específico de sua formação.

O Trabalho Docente e a Construção da Práxis Pedagógica

Como habilidade principal, o profissional da educação deve se preparar para se comunicar e se


relacionar com as pessoas, desenvolver espírito de liderança, iniciativa e criatividade. Atualmente, o
processo educativo é caracterizado como informal e formal: a primeira diz respeito a transmissão de
conhecimentos construídos na vivência cotidiana fora da escola, sendo dado em todos ambientes sociais que
o indivíduo se encontre como: família, igreja, trabalho e outros lugares; a segunda, é oferecida em um
ambiente destinado a este fim, o escolar, onde a finalidade consiste em ampliar os conhecimentos de quem a
freqüenta, instrumentalizando como cidadão capaz de atuar na sociedade em constante transformação.
Nesse contexto, faz-se necessário que professor esteja sempre repensando sua prática pedagógica,
procurando refletir sobre a importância do seu papel na sociedade, a fim de estar cada vez mais, em busca de
atividades que proporcione a satisfação dos educandos na obtenção de novas aprendizagens. Para que os
educandos se envolvam nas atividades escolares é preciso que os educadores tenham o cuidado de estar
praticando ações que estejam de acordo com o grupo em que trabalha, promovendo formas de trabalho que
despertem seu interesse.
A prática pedagógica do professor cristaliza uma tendência de acordo com cada época, estas vão
sendo transformadas devido às exigências sociais, percorrendo, assim, um longo caminho na educação,
partindo de saberes variados, os quais foram produzidos pela humanidade. A maneira como a escola organiza
o processo de ensino-aprendizagem sistematiza a tendência abordada em determinado momento no decorrer
do tempo.
As tendências pedagógicas discutidas atualmente foram definidas com base no pensamento
pedagógico europeu, o qual foi propagado por todo o mundo, dentre elas destacam-se a Pedagogia

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Tradicional e a Pedagogia Renovada (LIBÂNEO,1991). Estas se opõem por divergirem no que acreditam ser
correto na forma de como ensinar e aprender atitudes necessárias para sobrevivência do indivíduo.

PEDAGOGIA TRADICIONAL PEDAGOGIA RENOVADA

- A educação tem uma proposta centrada no - A Pedagogia Renovada propõe a renovação


professor, o qual é o detentor do saber sendo escolar, na qual o mais importante é o processo de
superior ao aluno, pois é ele quem vigia corrige e aprendizagem do individuo. Nesta pedagogia o
transmite conhecimentos, ocupando o cargo de aluno é visto e valorizado como um ser livre, social
autoridade máxima na sala de aula. Os alunos são e ativo, que aprende a partir de suas descobertas e
tidos como ―tábua rasa‖, por acreditar que os interesses, sendo sua livre expressão valorizada pelo
mesmos nada sabem e vão à escola como seres professor.
passivos com o intuito de acumular conhecimentos, - O professor tem como função facilitar a busca de
estes são tratados de forma isolada do cotidiano. conhecimento do aluno, proporcionando situações
- É valorizado o ensino da cultura geral, em que os que desenvolvem as capacidades e habilidades
conteúdos são vistos como verdades acabadas intelectuais, assim ―...enquanto a escola tradicional é
inquestionáveis, e expostos de forma oral seguindo julgada como aquela adequada aos sistemas sociais
passos fixos e pré-determinados que são utilizados estáveis, cuja continuidade do status quo é desejada
em qualquer contexto escolar. a escola nova é apropriada as sociedades em
Acredita-se, com essa metodologia que o aluno desenvolvimento, que necessitam de espíritos
aprende ouvindo, repetindo da mesma maneira como empreendedores e adaptados às mudanças
lhe foi passado em diversos exercícios, aceleradas‖. (PORTO, 1999, p.40). Devido a tantas
memorizando e reproduzindo o mesmo na avaliação modificações ocorridas no mundo as escolas vão
feita pelo professor, ―A escola centrou-se cada vez transformando suas atividades a fim de que seus
mais no conhecimento teórico, científico, um alunos acompanhem.
conhecimento distanciado da vida, de caráter
abstrato, cuja aplicação não se vê imediatamente. E
a escola, muitas vezes, parte do pressuposto de que
os alunos devem estar interessados em adquirir esse
conhecimento...‖ (DELVAL, 2001, p.84). Sendo
assim, a mesma ocupa um lugar responsável na
transmissão de conhecimentos científicos, os quais
são desinteressantes para os alunos por ser distante
da sua vivência.

Na tentativa de formular uma educação transformadora que favorecesse o interesse do povo, foi
surgindo primeiro a Pedagogia Libertadora, inspirada por Paulo Freire e a Pedagogia Crítico-Social dos
Conteúdos, estas ―[...] trata-se de duas tendências pedagógicas progressistas, propondo uma educação escolar
crítica a serviço das transformações sociais e econômicas, ou seja, de superação das desigualdades sociais

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decorrentes das formas sociais capitalistas de organização da sociedade. No entanto, diferem quanto a
objetivos imediatos, meios e estratégias de atingir essas metas gerais comuns‖ (LIBÂNEO, 1991, p.69). Essa
pedagogia tem como objetivo proporcionar o funcionamento de escola mediadora entre os alunos e os
conteúdos, e estes são tidos como conhecimentos dinâmicos e questionáveis.
Na Pedagogia Libertadora a proposta é de uma educação que favoreça aos estudantes um
pensamento crítico que transforme a realidade social, a fim de superar as desigualdades existentes. Nesta
tendência, o professor é visto como o coordenador de atividades, as quais são em torno de temas sociais e
políticos, envolvendo problemas a serem analisados com o intuito de estruturar uma forma para atuar na
transformação da realidade concreta, após o conhecimento da mesma.
Uma das coisas que o docente precisa privilegiar em sua seqüência didática é o de elaborar
atividades de acordo com o interesse do aluno, para que não proponha algo que desestimulem seus desejos,
por ser muito fácil de resolver ou por não terem construído ainda os esquemas cognitivos para a mesma.
No entanto, muitos educadores vão em busca de estudos que os ajudem na descoberta de novos
conhecimentos, os quais despertem em seus educandos o gosto do aprender. A procura do crescimento
profissional faz com que o indivíduo se depare com situações conflitantes em relação suas atitudes e as de
outras pessoas e as informações estudadas. O conflito de muitos educadores ocorrem no instante em que têm
a oportunidade de estar observando a prática pedagógica do outro, analisando e refletindo sobre a forma de
agir do colega, e muitas vezes se encontrando nas atitudes do mesmo.

A Ética Profissional do Educador


A qualificação dos alunos como sujeitos de refletir historicamente exige
do professor convicção e persistência para executar um processo demorado
cujos resultados no curto prazo podem deixar a desejar, especialmente
considerar-se o peso da tradição escolar (CALLAI, 1997).

Moral e ética às vezes são palavras


empregadas como sinônimos: conjunto de
princípios ou padrões de conduta (PCN, 1998, p.
69). A ética pode também significar filosofia da
moral, portanto, um pensamento reflexivo sobre os
valores e as normas de conduta. Em outro sentido,
ética pode significar um conjunto de princípios e
normas que um grupo estabelece para seu exercício
profissional.
Em outro sentido ainda pode referir-se a
uma distinção entre princípios que dão rumo ao pensar sem, diante mão, prescrever formas precisas de
conduta (Ética) e regras precisas e fechadas (Moral). Neste sentido, é importante atentar para o fato da
expressão moral ter, para muitos, adquirido sentido pejorativo associado a moralismo. Desta forma, cabe ao
docente entender ética como valores e regras, não como apenas regras, em seu sentido estrito.

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Partindo-se do pressuposto de que é preciso o professor possuir critérios, valores e, ainda mais,
estabelecer relações e hierarquias entre esses valores para nortear sua prática é imprescindível perceber que o
universo do conhecimento é amplo e complexo. Compreender que somos seres humanos inacabados e
estamos buscando a melhoria da qualidade de ensino, constantemente, requer dos profissionais da educação
uma conduta, uma ética profissional, um diagnóstico da realidade na qual está inserido, e mais que isso,
compreender o seu aluno em suas dificuldades e possibilidades.

MÓDULO II
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL

Desenvolvimento Cognitivo dos Alunos


Em uma sociedade democrática, o professor tem vários desafios. Um dos mais importantes é o de
estimular a aprendizagem e desenvolver habilidades e competências estruturais e básicas nos alunos,
preparando-os para se tornarem cidadãos plenos e emancipados em todos os campos de sua vida. De acordo
com Jacques Delors, a educação deve se fundamentar nos quatro pilares da educação para o século XXI:
aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver.
Em seu livro Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa, Paulo Freire
oferece contribuições valiosas para conduzir à reflexão sobre a competência docente.

Ensinar exige razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino
dos conteúdos [...]. Ensinar exige disponibilidade para o diálogo [...] nas
relações com os outros que não fizeram necessariamente as mesmas opções
que eu fiz, no nível da política, da ética, da estética, da pedagogia [...], que
me encontro com eles ou com elas [...]. Ensinar exige o reconhecimento e a
assunção da identidade pensante, comunicante, transformador, criador,
realizador de sonhos [...]. Ensinar exige a apreensão da realidade [...],
transformar a realidade para nela intervir, recriando-a [...]. Ensinar exige
segurança, profissional e generosidade [...]. O fundamental no aprendizado
do conteúdo é a construção da responsabilidade da liberdade que se assume
[...] (FREIRE, 1996, p. 35).

Segundo Fonseca (2003, p. 117), nos últimos anos do século XX, o ensino deveria ser precedido nas
produções de conhecimento no cotidiano escolar. A autora focaliza a possibilidade de organização do ensino,
especificando o de história, por projetos de pesquisa na atual realidade escolar brasileira.
Zabala (1998, p. 27) complementa que por trás de qualquer proposta metodológica se esconde uma
concepção de valor que se atribui ao ensino, assim como certas idéias mais ou menos formalizadas e
explícitas em relação aos processos de ensinar e aprender.
Neste sentido, o educador precisa acompanhar as mudanças, promovendo na sala de aula o
entendimento entre o tradicional, o novo e o diferente, trabalhando os conflitos, transformando a escola em
um espaço de convivência prazerosa do aprender e do saber, valorizando a cultura original do aluno.

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Uma atividade que agrega ludicidade e teoria é o reflexo de como deve pensar uma escola no século
XXI. Segundo os PCN’s (1998, p. 40), no processo de aprendizagem, o professor é o principal responsável
pela criação de situações de trocas, de estímulos na construção de relações entre o estudado e o vivido, de
integração com outras áreas de conhecimento, de possibilidade de acesso dos alunos a novas informações, de
confrontos de opiniões, de apoio ao estudante na recriação de suas explicações e de transformação do meio
em que vive.

Inteligências Múltiplas e Diversidade em Sala de Aula

―As inteligências em um ser humano são mais ou menos como janelas de um quarto.
Abrem-se aos poucos, sem pressa, e pra cada etapa dessa abertura existem múltiplos
estímulos... Os estímulos não atuam diretamente sobre a janela, mas se aplicado
adequadamente, desenvolve habilidades e estas, sim, conduzem a
APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS (ANTUNES, 19980).‖

De acordo com Gardner (1996), seriam oito as inteligências, denominadas inteligências múltiplas:
inteligências lingüística ou verbal, a lógica-matemática, a espacial, a musical, a cinestésica corporal, a
naturalista e as inteligências pessoais, isto é, intrapessoal e a interpessoal. Posteriormente, outras
inteligências vêm sendo estudadas. Mas para efeito do nosso trabalho educativo entendemos que o trabalho
de Antunes ainda nos satisfaz.
Vejamos como Antunes (1998, p.111-113) inspirado em Gardner, apresentou as inteligências:
 Lingüística: capacidade de processar rapidamente mensagens lingüísticas, de ordenar palavras e
de dar sentido lúcido às mensagens;
 Lógico-matemática: facilidade para o cálculo e para a percepção da geometria espacial. Prazer
específico em resolver problemas embutidos em palavras cruzadas, charadas ou problemas
lógicos como os do tangram, dos jogos de gamão ou xadrez;
 Espacial: capacidade de perceber formas e objetos mesmo quando apresentados em ângulos não-
usuais, capacidade de perceber o mundo visual com precisão, de efetuar transformações sobre as
percepções, de imaginar movimento ou deslocamento interno entre as partes de uma
configuração, de recriar aspetos de experiência visual e de perceber as direções no espaço
concreto e abstrato;
 Musical: facilidade para identificar sons diferentes, perceber nuanças em sua intensidade e
direcionalidade. Reconhecer sons naturais e, na música, perceber a distinção entre tom, melodia,
ritmo, timbre e freqüência. Isolar sons em agrupamentos musicais; Cinestésica corporal:
capacidade de usar o próprio corpo de maneira diferenciada e hábil para propósitos expressivos.
Capacidade de trabalhar com objetos, tanto os que envolvem motricidade específica, quanto os
que exploram uso integral do corpo;

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 Pictórica: capacidade de expressão por traço, desenho ou caricatura. Sensibilidade para dar
movimento e beleza a desenhos e pinturas, autonomia para captar e retransmitir as cores da
natureza, movimentar-se com facilidade de diferentes níveis da computação grafia;
 Naturalista: atração pelo mundo natural e sensibilidade em relação a ele, capacidade de êxtase
diante da paisagem humanizada ou não;
 Pessoais: interpessoal – capacidade de perceber e compreender outras pessoas, descobrir as
forças que as motivam e sentir grande empatia pelo outro indistinto. Intrapessoal – capacidade de
auto-estima, automotivação, de formação de um modelo coerente e verídico de si mesmo e do
uso desse modelo para operacionalizar a construção da felicidade pessoal e social;
Neste sentido, Antunes (1998), apresentou algumas sugestões de ações no intuito de desenvolver tais
habilidades nos educandos:
 Espacial: exercícios físicos e jogos operatórios que explorem a noção de direita, esquerda, em
cima e em baixo. Natação, judô e alfabetização cartográfica;
 Lingüística ou verbal: as crianças precisam ouvir muitas palavras novas, participar de conversas
estimulantes, construir com palavras imagens sobre composição com objetos, aprender, quando
possível, uma língua estrangeira;
 Sonora ou musical: cantar junto com a criança e brincar de ―aprender a ouvir‖ a musicalidade
dos sons naturais e das palavras são estímulos importantes, como também habituar-se a deixar
um som de CD no aparelho de som, com música suave, quando a criança estiver comendo,
brincando ou mesmo dormindo;
 Cinestésica corporal: desenvolver brincadeiras que estimulem o tato, o paladar e o olfato.
Simular situações de mímica e brincar com a interpretação dos movimentos. Promover jogos e
atividades motoras diversas;
 Pessoais (intra e interpessoal): abraçar a criança carinhosamente, brincar bastante. Compartilhar
de sua admiração pelas descobertas. Mimos e estímulos na dosagem e na hora corretas são
importantes;
 Lógico-matemática: acompanhar com atenção a evolução das funções motoras. Exercícios com
atividades sonoras que aprimorem o raciocínio lógico-matemático. Estimular desenhos e facilitar
a descoberta das escalas presentes em todas as fotos e desenhos mostrados;
 Pictórica: estimular a identificação de cores. Usar figuras, associando-as às palavras descobertas.
Brincar de interpretação de imagens. Favorecer figuras de revistas e estimular o uso de
abstrações nas interpretações;
 Naturalista: estimular a percepção da temperatura e do movimento do ar e da água. Brincar de
―descobrir‖ a chuva, o mar, o vento.
Assim, conheça os caminhos para estimular as inteligências múltiplas em sala de aula, segundo
Armstrong (2000):
Variar a maneira de apresentar o material;
Criar centros de atividades;

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Dar aos alunos opções de tarefas de casa;
Ensinar aos alunos sobre as Inteligências Múltiplas;
Concentrar-se nas potencialidades de alunos rotulados;
Usar as Inteligências múltiplas para desenvolver avaliações;
Preparar alunos para o mundo (das Inteligências Múltiplas) real.

Durante o Estágio Supervisionado a ser desenvolvido nas instituições de ensino, torna-se


fundamental estarmos atentos no que diz respeito ao desenvolvimento das múltiplas inteligências, e possíveis
relações com o desenvolvimento da aprendizagem. Identificá-las e analisar suas implicações com a
aprendizagem é importantíssimo, para que durante a sua co-participação nas atividades escolares, você
obtenha sucesso.

Princípios Orientadores da Ação Pedagógica na Sala de Aula:


Interdisciplinaridade e Contextualização
A prática reflexiva, profissionalização, trabalho em equipe e por projetos, autonomia e
responsabilidades crescentes, pedagogias diferenciadas, centralização sobre dispositivos e sobre as situações
de aprendizagem, sensibilidade à relação com o saber e com a lei delineiam o roteiro para o novo ofício.
Logo, a dimensão do ensino e da aprendizagem é marcada por um tipo especial de relação, mediada pela
apropriação do saber.
O ofício de professor não é imutável. Suas mudanças passam principalmente pela emergência de
novas ―competências‖ (ligadas, por exemplo, ao trabalho com outros profissionais ou à evolução das
didáticas) ou pela acentuação de competências reconhecidas, por exemplo, para enfrentar a crescente
heterogeneidade dos efetivos escolares e a evolução dos programas.
Segundo Perrenoud (2000), todo referencial tende a se desatualizar pela mudança das práticas e,
também, porque a maneira de concebê-las se transforma. Há 30 anos, não se falava tão correntemente de
tratamento das diferenças, de avaliação formativa, de situações didáticas, de prática reflexiva, de
metacognição... Podendo ir mais longe, de multidisciplinaridade, de interdisciplinaridade, de
transdisciplinaridade, de inteligências múltiplas e assim por diante.

Princípios Orientadores da Ação Pedagógica em Sala de Aula: Transposição


Didática
A sala de aula é uma realidade que contém muitas realidades. Talvez esteja enganado aquele que
imagina estar claro para os educadores e professores o sentido desta coisa com a qual lidam todos os dias: a
sala de aula. Esta pode ser pensada em termos do que é, bem como em termos do que deve ser.
Desde a concepção formal que o aponta como ―local eleito pela civilização para a transmissão do
saber‖, até a concepção anarquista que o vê como ―um picadeiro privilegiado pela sociedade‖, a sala de aula

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é o ambiente específico para as inter-relações vivenciadas pelos sujeitos na escola, mas não pode ser
considerada apenas o único ambiente no qual a educação se configure em sua magnitude e competências.
Em síntese...
 O professor possui papel significativo no processo ensino-aprendizagem que transpõe o
ambiente de sala de aula quando possibilita a si e ao aluno intervir no meio seguindo seu próprio
ritmo;
 Dentro deste papel, o professor potencializa um caráter interativo, não só com o aluno, mas com
a disciplina a que se propôs trabalhar e o ambiente ao seu redor.

BLOCO III

DO PLANEJAMENTO À AÇÃO DOCENTE


PLANEJAMENTO E AÇÃO DOCENTE NO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO
Projeto de Intervenção: a Importância

O Projeto é o instrumento para sistematizar a ação concreta do professor, a fim de que seus objetivos
sejam atingidos. É a previsão dos conhecimentos e conteúdos que serão desenvolvidos na sala de aula, a
definição dos objetivos mais importantes, assim como a seleção dos melhores procedimentos e técnicas de
ensino, como também os recursos humanos e materiais que serão usados para um melhor ensino-
aprendizagem.
Além disso, o projeto possibilita a investigação de técnicas mais eficazes e instrumentos de avaliação
para verificar o alcance dos objetivos em relação a aprendizagem. A partir da filosofia educacional da escola,
dos objetivos específicos do curso, e dos objetivos da clientela, os professores vão planejar para atender estes
aspectos fundamentais, favorecendo, deste modo, um melhor e mais eficaz ensino.
Ao planejar o projeto de intervenção e seus conteúdos, o docente sempre deve ter em mente que os
conteúdos são meios para atingir os objetivos, pois eles não são fins. Tendo a missão de assegurar um ensino
de qualidade mediado por todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, o professor se propõe a
observar o indivíduo na sua própria comunidade, tentando acompanhá-lo na construção do seu
conhecimento, ensinando e aprendendo junto com ele, desenvolvendo, ao mesmo tempo, atitude de reflexão
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e análise, preparando-o para a sua construção cognitiva e afetiva, ajudando a formação do seu caráter e
preparando-o para o futuro.
O aluno e o professor dentro de uma linha construtivista se tornam elementos ativos na troca de
conhecimentos, onde o professor estabelece os parâmetros em que se deve promover atividade mental do
aluno, passando por momentos de equilíbrio, desequilíbrio e reequilíbrio.
Portanto, o conhecimento é construído e não assimilado pelo aluno que deve ser capaz de formular
hipóteses, estabelecer relações e analisar o mundo a sua volta. A prática educativa deverá ser trabalhada na
Unidade Escolar de forma a construir no indivíduo um conhecimento que o possibilite no futuro exercer o
papel de cidadão autônomo e participativo.
Pensar antes de agir é um ato de habilidade e de sabedoria. Pois, é de muita importância para o
docente planejar da melhor forma possível a sua disciplina em todos os aspectos, inclusive a partir da
necessidade de construir um projeto de intervenção para agir em uma realidade determinada.
O projeto de intervenção é importante para o professor porque:
- Ajuda ao professor a definir os objetivos que atendam os reais interesses dos educandos e da
comunidade;
- Possibilita selecionar e organizar os conteúdos mais significativos para o meio em que está
inserido;
- Facilita a organização dos conteúdos de forma lógica, obedecendo a estrutura da disciplina;
- Ajuda a selecionar os melhores procedimentos e os recursos para desencadear um ensino mais
eficiente, orientando no como e com que deve agir;
- Ajuda a agir com maior segurança dentro e fora da sala de aula; - O professor evita a improvisação,
a repetição, e a rotina do ensino;
- Facilita uma melhor integração com as mais diversas experiências de aprendizagem;
- Facilita a integração e a continuidade do ensino;
- Ajuda a ter uma visão global de toda a ação docente e discente;
- Ajuda o professor e os alunos a tomarem decisões de forma cooperativa e participativa.

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BLOCO IV
OS RECURSOS DIDÁTICOS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO: SELEÇÃO E
USO
Inteligências Múltiplas como princípio de seleção e uso de recursos didáticos

Todos erram: a maioria usa os erros para se destruir; a minoria, para


se construir. Estes são sábios‖
(Augusto Cury)
Segundo Armstrong (2000);
A Teoria de inteligências múltiplas é conectada a diferentes símbolos (por exemplo, palavras, números,
pinturas, notação musical, etc), e a diferentes áreas do cérebro (por exemplo, inteligência lingüística envolve
áreas do hemisfério esquerdo.
Sendo assim, o educador ao considerar qualquer objetivo instrucional (desde os objetivos baseados
em habilidades como ajudar os alunos a dominar subtração em aritmética, até objetivos baseados em
conteúdos a como ensinar aos alunos a história do mundo e do seu país), existe um número de questões
simples que podem auxiliar os educadores a refletirem sobre estratégias de ensino que englobam
inteligências as várias inteligências.
Armstrong (2000), ao discutir as inteligências múltiplas, apresenta oito questionamentos que os
professores devem fazer para tornar sua práxis mais eficiente:
- Lingüística Como eu posso ensinar este objetivo usando a palavra falada ou escrita?
- Matemática Lógica Como eu posso ensinar este objetivo usando números, cálculos, classificações,
ou pensamento crítico?
- Espacial Como eu posso ensinar este objetivo usando arte, cor, metáfora, visualização ou mídia
visual
- Cinestésica-corporal Como eu posso ensinar este objetivo usando interpretação de personagem,
drama, ou atividades mão-à-obra.
- Musical Como eu posso ensinar este objetivo usando melodia, ritmo, tom, ou músicas ou canções
específicas.
- Interpessoal Como eu posso ensinar este objetivo usando trabalho em duplas, aprendizagem
cooperativa, ou simulações em grupo?
- Intrapessoal Como eu posso ensinar este objetivo conectando-o com os sentimentos e memórias
pessoais dos alunos, ou dando-lhes opções.
- Naturalista Como eu posso ensinar este objetivo conectando-o à fauna e à flora, outros fenômenos
naturais, ou ecossistemas?
- Existencial Como eu posso ensinar este objetivo conectando a questões fundamentais de interesse
da vida?
Desta forma, os educadores deveriam tentar ensinar de oito ou nove maneiras diferentes. Cientes de
seus objetivos claros e bem definidos ficará mais fácil ensinar por meio de inteligências específicas.
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A teoria das IM (Inteligências Múltiplas) fornece aos educadores a oportunidade de rever que uma
informação pode ser ensinada de várias maneiras diferentes, para que busque sempre novas estratégias
possíveis de serem usadas.
Podemos também considerar que as inteligências múltiplas oferecem oportunidade de encontrar o
dom de cada estudante, e a possibilidade de provê-los com métodos próprios de ensino para ajudá-los a
experimentar o sucesso na escola e na vida.
Segundo Gardner, fundador da teoria das Inteligências Múltiplas, as escolas devem criar um acesso
para a educação mais balanceado, que forneça aos estudantes possibilidades de desenvolver as habilidades
múltiplas.
Os professores devem apresentar recursos didáticos não apenas por meio de leituras, discussões,
livros texto, resolução de situações-problema, mas também trabalhos que utilizem a arte, visualizações,
mídia visual (inteligência espacial), interpretação de personagens, dramatizações, atividades ―mãos à obra‖
(inteligência cinestésica corporal), ritmo, melodia, música ambiente, discografias (inteligência musical),
trabalhos em dupla, aprendizado cooperativo, simulações em grupo (inteligência interpessoal), aprendizado
individual, projetos independentes, oportunidades para reflexão (inteligência intrapessoal) e trazendo seres
vivos ou ecossistemas naturais para o currículo (inteligência naturalista).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) simbolizam uma proposta que visa orientar, de maneira
coerente, as muitas políticas educacionais existentes nas diferentes áreas territoriais do país e que contribuem
para a melhoria de eficiência, atualização e qualidade de nossa educação.
A proposta orientada pelos PCN está situada nos princípios construtivistas e apoiasse em um modelo
de aprendizagem que reconhece a participação construtiva do aluno, a intervenção do professor nesse
processo e a escola como um espaço de formação e informação em que a aprendizagem de conteúdos e o
desenvolvimento de habilidades operatórias favoreça a inserção do aluno na sociedade que o cerca e,
progressivamente, em um universo cultural mais amplo.
Para que essa orientação se transforme em realidade concreta é essencial a interação do sujeito com o
objeto a ser conhecido e, assim, à multiplicidade na proposta de jogos ou outras propostas que valorizem a
materialização dessas interações.

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