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São Paulo
2017
Beatriz P. Bover 201507437
São Paulo
2017
Sumário
I. Introdução ....................................................................................... 4
II. Pesquisa em sites oficiais (Prefeitura, Estado, Universidades). . 5
III. Fotografias ................................................................................... 7
IV. Croqui, desenhos, mapas. ........................................................ 16
V. História da Edificação .................................................................. 22
VI. História do entorno .................................................................... 24
VII. Teoria: conceitos discutidos em aula....................................... 28
VIII. Teoria: conceitos dos autores/pensadores referenciais ......... 45
IX. Pesquisas Bibliográficas........................................................... 47
X. Conclusão ..................................................................................... 48
XI. Bibliografia ................................................................................. 49
I. Introdução
Com base nesse recorte será analisado como se deu a construção da Chácara,
seus realizadores, e moradores, a influencia econômica e social, suas
características arquitetônicas e contexto urbano.
II. Pesquisa em sites oficiais (Prefeitura, Estado,
Universidades).
Uma chácara do final do século 19, intitulada hoje de Chácara Lane, a propriedade
foi construída por George Chamberlain, um missionário presbiteriano norte-
americano, em 1980 quando a Rua da Consolação ainda era uma estrada rural,
trilha natural para a região de pinheiros, com casas dispersas e população escassa.
Em 1870 foi formada uma pequena escola, origem da futura Escola Americana, por
Chamberlain e Mary Annesley, sua esposa. A escola começou na sala de sua casa,
depois foi para dois prédios improvisados, após um crescimento significativo no
número de alunos, Chamberlain almejou consolida-la no atual bairro de Higienópolis.
Por volta de 1880 ele também a adquiriu terrenos na quadra onde, atualmente, é
localizado o Instituto Presbiteriano Mackenzie.
O Hospital Samaritano foi a instituição que Job Lane ajudou a fundar e também era
onde ele exercia sua profissão de médico. O doutor também atendia seus pacientes
em uma sala reservada na casa-sede, mais tarde foi necessária à construção de um
edifício de uso exclusivo para o seu consultório, também localizado na Rua da
Consolação, onde trabalhou com seu primogênito que exercia a mesma profissão
que ele.
A Chácara Lane foi tombado em 2004 pelo CONPRESP, Resolução n°. 25/2004,
que declara:
Em 2008 iniciaram-se obras de restauração que se alongaram até 2012, quando foi
reaberta ao público, só que agora abrigando o ´´Gabinete do Desenho´´, onde vai
hospedar exposições temporárias e o acervo de papel da Coleção de Arte da
Cidade. O Gabinete do Desenho provem além da ocupação da Chácara Lane e a
necessidade de um espaço para a discussão e expansão da Coleção de Arte da
Cidade.
III. Fotografias
Não foi encontradas informações sobre o arquiteto que construiu a Casa-sede e nem
sobre o arquiteto Jorge Krug que fez as reformas com linhas arquitetônicas.
VI. História do entorno
A Rua da Consolação é uma das ruas mais antigas da cidade de São Paulo, sendo
provavelmente anterior à sua fundação. Historiadores dizem ter sido parte da Trilha
Tupiniquim, que ligava São Vicente a Assunção, no. Se é que pode ser chamada de
rua esta trilha estreita no meio da selva fechada utilizada apenas por índios.
Fonte: www.enciclopedia.itaucultural.org.br/
Região da Consolação
Fonte: www.estacoesferroviarias.com.br
Rua da Consolação
Fonte: www.trilhosdaviagem.blogspot.com
VII. Teoria: conceitos discutidos em aula
O Brasil colonial.
Fonte: http://4.bp.blogspot.com
Até o ano de 1889, século XIX o Brasil pertencia ao reino de Portugal e ainda
utilizava em grande parte da mão de obra escrava como força de trabalho para a
maioria dos serviços braçais como as lavouras e plantação e até serviço doméstico,
porém já alguns anos antes sabendo que o fim da escravidão estava próximo (viria a
acontecer em 1988) iniciou-se o processo de imigração de trabalhadores europeus
vindos para trabalhar aqui, imigrantes em sua maioria italianos em busca de
oportunidades. Olhando a partir desse recorte temos a pequena cidade de São
Paulo em meio a essas transformações. O centro da cidade até então habitado
apenas pela alta classe começava a sofrer um processo de “degradação” com o
grande número de escravos libertos que ali se abrigaram e também o grande
número de trabalhadores imigrantes que começaram a fazer dali e de seus
arredores seu novo local de moradia. Inconformados com esses novos moradores,
com a super popularização do local, também com o risco de epidemias os
burgueses começaram a procurar alternativas para o auto isolamento do convívio
com essas pessoas. Foi aí que o prefeito da cidade da época promoveu a
construção do Viaduto do Chá que facilitava a travessia do Vale do Anhangabaú um
local de difícil acesso tanto por motivos naturais como chuvas e alagamentos como
por quem ali frequentava geralmente escravos refugiados que encontraram no local,
condições para construírem suas casas.
Avenida Higienópolis
Fonte: www.sampahistorica.files.wordpress.com
Com este pequeno resumo sobre o início da expansão da cidade em meio a
mudanças da forma de moradia e de produção podemos ver que um grande
influenciador de como o sujeito habitava era suas condições materiais, mais forte
ainda como marcador das mudanças foram as novas características das relações de
trabalho. A burguesia então que possuía o poder de escolha e decisão ditou não só
como eles mesmos iriam morar, mas de maneira direta provocou o isolamento das
pessoas que as serviam que passaram a habitar de maneira precária locais sem
infraestrutura urbana e cada vez mais longe do centro e dos donos do poder.
Os principais problemas eram: lixo falta de água, esgoto, ruas sem pavimentação,
doenças, transporte e inexistência de infraestrutura urbana. Com essas condições
precárias na cidade, começaram a ocorrer intervenções focadas em um só lugar
para um problema específico, aglomeração de população nos grandes centros.
Depois veio a necessidade da cidade´moderna´´, traz uma valorização do campo e,
simultaneamente, do modo de vida na cidade.
.Para melhor visibilidade, aberturas de espaços livres para comícios e lazer são
feitos na cidade com esquemas chanfrados nos cruzamentos;
A distribuição de diferentes usos (comércio, indústria, residência e parques) foram
distribuídos de uma forma equilibrada;
.Movimento e repouso, conceito que diz a importância do sistema viário e da quadra
para a estruturação da cidade;
.A infraestrutura localizada nas ruas tem como objetivo entregar uma melhor
ventilação e iluminação das residências e possibilitar o transporte;
Seus principais objetivos eram: valorizar os monumentos, os unindo através de eixos viários;
melhorar a mobilidade dentro da cidade, entre bairros; a luz e a arborização tem o papel de,
através da ventilação, evitar a degradação dos bairros e dizimar a insalubridade.
Algumas medidas adotadas para a reforma de Paris:
. Uma cidade retalhada, por vias que tem pontos específicos, funcionando como
rotatórias para dar destaque a monumentos ou edificações importantes; O
quarteirão, base para a ocupação do território, resultante do traçado viário; Evitar
que os lotes possuíssem aberturas para duas vias ou lotes muito extensos foi uma
preocupação do projeto; O edifício não é livre, ele deve respeitar tipos arquitetônicos
impostos para que a paisagem urbana possa ser construída, juntamente com os
imóveis; As partes internas dos lotes funcionam como um acréscimo de atividades
para as edificações dos lotes; Foram acrescentados: parques, vias e casas.
Com todas essas medidas que foram adotadas houve: construção de uma
infraestrutura, reestruturação fundiária e um novo traçado urbano.
SORIA Y MATA – CIDADE LINEAR
Este urbanista defende esses principais pontos urbanísticos: onde não vive uma
árvore não vive um ser humano, a forma da cidade é o resultado da sociedade que
as ocupa e o problema de locomoção é gerado por todos os demais da urbanização.
Em 1882, próximo ao centro de Madrid foi feita a construção da Cidade Linear. Esta
cidade esta ligada ao transporte e a crescente necessidade da implementação do
sistema viário no plano de uma cidade.
Principais caracteristicas da cidade linear:
. Uma cidade que foi devenvolvida linearmente, possuindo uma via central que
funciona como estrutura principal, é dela que as vias secundárias saem e começam
a se desenvolver;
. Nessa via principal é onde tem toda a infraestrutura que a cidade precisa;
. Há uma preocupação para que todas as habitações tenham as mesmas condições;
. A cidade pode expandir o quanto for necessário;
. Não há concentrações de edificações de alto gabarito;
. Possui fácil acesso ao campo;
. É uma critica a cidade circular.
1- Cidade Antiga
2- Estação Central
3- Bairros
residenciais 4-
Centro
5- Escolas primárias
6- Escolas profissionais 7- Hospital 8- Estação 9- Zona industrial 10- Estação industrial 11- Cemitério
12- Matadouro
Howard considerou três pontos importantes para atração da população, a cidade inchada, o
campo vazio e a cidade-campo. Em 1899 funda a associação das Garden-Cities e quatro
anos depois adquire Letchworth, cidade jardim.
Principais características da Cidade-Jardim:
Lendo e discutindo sobre as teorias e explicações de Marx sobre como uma cidade
burguesa se desenvolve, podemos achar muitos aspectos em comum com a cidade
de São Paulo. A história de toda sociedade capitalista se resume em luta de classes,
e de acordo com Marx isso gera a segregação social e consequentemente a
segregação da infraestrutura, em São Paulo isso fica bem claro nos bairros mais
periféricos ou mais pobres. Quando Marx em suas citações fala sobre a falta de
infraestrutura, residências hostis, e a extrema falta de elementos básicos da
necessidade humana no urbanismo ele fala da cidade industrial Inglesa, que não é
exatamente o caso de São Paulo. Por mais que São Paulo tenha regiões que se
encontram (ou já estiveram) em grande estado de insalubridade, os motivos foram
outros; A grande vantagem que tivemos aqui foi que o modelo de cidade industrial já
veio com a consciência de dar uma qualidade de vida melhor aos operários, as vilas
industriais tinham boa infraestrutura, como por exemplo, Belém, Mooca, Luz, e o que
mais gerou os bairros decadentes foi a descontrolada migração de população rural e
de outros estados, que passaram a ocupar locais inapropriados para moradia.
Porém, focando mais na região onde se encontra a Chácara Lane, temos outro
ponto de vista da cidade, o ponto de vista do crescimento e desenvolvimento do
centro econômico e comercial, que também é citado por Marx. O centro da cidade foi
o ponto de mais investimento da classe burguesa, o que levou a uma região de
arquitetura, urbanismo e infraestrutura esplêndida, porém esse crescimento fez com
que o centro crescesse por todos os lados, os altos edifícios passaram a enclausurar
a região, fazendo com que os burgueses procurassem outro lugar para morar, um
lugar mais calmo e arejado (que é o caso da Chácara Lane, uma residência de
veraneio, em um lugar afastado do centro naquela época). Porém o deslocamento
da burguesia trazia com si a infraestrutura, que trazia um novo crescimento
comercial (que é o caso da Av. Paulista e região), e assim a cidade se desenvolve
até os dias de hoje. O autor diz sobre a perda de funcionalidade dos grandes
casarões ou edifícios de luxo deixados pela burguesia nos centros antigos, e isso
são muito notados no centro velho de São Paulo, muitos casarões foram demolidos,
outros se tornaram museus, empresas, ou só estão vazios se deteriorando,
protegidos por patrimônio histórico, alguns edifícios até foram invadidos por grupos
de sem teto, fazendo com que o centro velho fique cada vez mais pobre e
deteriorado, o abandono da burguesia é facilmente notado, e a teoria de Marx que
diz que a cidade se desenvolve de acordo com as classes econômicas fica
evidenciado, segundo o autor o capitalismo gera com o tempo uma autodestruição, e
as cidades capitalistas mostram indícios disso.
As novas classes emergentes com sua política liberal querem transpassar sua
ideologia para a urbanização, baseados na funcionalidade, decoro e segregação
espacial, como uma nova utopia para a cidade.
Congressos com muitos urbanistas foram realizados para que houvesse essa
discução sobre a nova urnabnizaçõa no período pós-guerra como “Primeira
Exposição Alemã de Cidades”, onde pós a apresentação do novo plano (214), outros
luagares do mundo visitaram o evento.
Victor Freire esteve nos congressos de 1910 e 1913 muitos dos paradigmais de
freire foram retirados de suas longas viagens a Europa, quando se licenciou da
escola Politécnica e do cargo de Secretário da Prefeitura de São Paulo.
O alinahmento das fachadas em relação à rua, para que houvesse uma lineariedade
entre o público e o privado, e proporcionanod ampla perspectiva.
Entre todos os princípios todos foram incorporados por Freire para a cidade de São
Paulo, para uma regularização da cidade de forma que houvesse um planejamento
urbano dos novos centros da cidade.
VIII. Teoria: conceitos dos autores/pensadores referenciais
Friedrich Engels
Não acredita nos métodos gerais, não quer separar os alojamentos, considera uma
solução provisória e pragmática, de seu contexto econômico e político.
Karl Marx
A alta classe migra para o centro e recebe infraestrutura urbana, e devido à criação
do cemitério recebem melhoria na higienização do bairro.
Joao Teodoro Xavier de Matos presidente na província de São Paulo naquela época
foi um dos primeiros urbanistas do país. Dedicou-se muito ao planejamento urbano,
fazendo com que os grandes cafeicultores que possuíam residências nas áreas
urbanas construíssem chácaras perto do centro da cidade para lazer. Logo apos
receber
A chácara doada pela senhora Mary Amnesty Chamberlain serviu como sede da
Escola Americana. Neste período a vinda de imigrantes para o Brasil gerou um
crescimento populacional e com isso a criançao desta escola para a classe alta e
com está vinda de imigrantes exerceu impacto sobre a construção das cidades e da
sociedade brasileira.
IX. Pesquisas Bibliográficas
Referências:
ARRUDA, Beatriz Cavalcante de. O Museu da Cidade de São Paulo e seu Acervo
Arquitetônico. 2014. 117 f. Tese (Doutorado) - Curso de A, Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em:
<file:///C:/Users/isabe/Downloads/BeatrizArudaORIGINAL.pdf>. Acesso em: 28 set.
2017.