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UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


LICENCIATURAS EM ECONOMIA E GESTÃO

MICROECONOMIA
Ano Lectivo 2015/16 – 1.º Semestre
PROVA GLOBAL – 06/01/16
Duração: 2h45 + 15 minutos de tolerância

1) É permitida a CONSULTA LIMITADA a duas folhas de apontamentos manuscritos.


2) Procure ser PRECISO E CONCISO nas suas respostas.
3) Responda a cada grupo EM FOLHAS SEPARADAS.
4) Não é permitida a utilização de EQUIPAMENTOS ELETRÓNICOS.

I
(4 valores)
Considere a seguinte notícia:
“Lisboa gasta um milhão por ano para limpar graffiti.
Remoção de pinturas por autarquias e empresas de transportes envolve milhões de euros e
obriga a ter equipas antigraffiti.

Apesar de ser considerado crime, o graffiti continua a ser feito nas zonas urbanas e é um
problema para as autarquias. Por ano, a Câmara Municipal de Lisboa gasta cerca de um
milhão de euros em operações de limpeza dos graffiti e tags espalhados pela cidade. (...)”

Diário de Notícias, 10 de dezembro de 2015


1. (1,5 valores) Explique, recorrendo a conceitos económicos, o tipo de problema referido no
texto, identificando ações que se poderiam desenvolver para atenuar ou anular esse problema.

Admita que duas determinadas cidades são capazes de produzir dois bens: portas e janelas. Cada
uma delas trabalha 8 horas por dia, sabendo-se que a cidade A é capaz de produzir uma porta em
cada 4 horas e uma janela em cada 2 horas; pelo contrário, a cidade B demora o dobro do tempo a
produzir cada porta, mas o mesmo tempo a produzir cada janela.
2. (2,5 valores) Considerando que um determinado mês é composto por 20 dias úteis,
identifique as vantagens de cada uma das cidades na produção de portas e de janelas e
determine se existiriam ganhos na produção total associados à especialização de cada cidade
a 60% de acordo com a respetiva vantagem comparativa, repartindo a restante capacidade
produtiva em partes iguais na produção dos dois bens. Justifique detalhadamente a sua
resposta.

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II
(5 valores)
1. A explicação dos factos económicos tratados nesta disciplina foi feita de acordo com os
princípios de uma corrente do pensamento económico designada de “neoclássica”. Um desses
princípios é o da racionalidade instrumental.
a. (0,25 valor) Enuncie esse princípio de um modo geral, ou seja, para qualquer tipo de
agente económico, sem especificar se se trata, por exemplo, do consumidor, do
produtor, ou doutro.
b. (1 valor) Considere agora o caso do consumidor. Explique como é que esse princípio
da racionalidade instrumental foi posto em prática no capítulo da disciplina sobre este
agente económico. Mais precisamente, considere o modo como esse capítulo está
organizado e como é que aí foi conduzida a explicação do facto económico mais
relevante aí em análise (não se esqueça de referir que facto é esse) e explique como é
que isso está influenciado pelo princípio da racionalidade instrumental.
2. Na teoria neoclássica do consumidor uma das principais “peças” que a constitui chama-se
“restrição orçamental”.
a. (0,25 valor) Explique que restrição é esta.
b. (1 valor) Em relação com esta restrição, fala-se de um conceito chamado “recta do
orçamento”. Explique do que é que se trata e diga se há alguma razão para se ter
escolhido aqui a palavra “recta”. Explique, também, se este conceito tem sempre que
corresponder geometricamente a uma recta.
3. A outra “peça” fundamental de que é feita a teoria neoclássica do consumidor é a relação de
preferências deste agente económico.
a. (1 valor) Na versão desta teoria exposta nas aulas consideraram-se alguns
pressupostos que, a verificarem-se, fazem com que essas preferências sejam ditas
“racionais”. Que pressupostos são esses?
b. (1 valor) Explique uma consequência desses pressupostos no que diz respeito ao modo
como pode ser representada graficamente a relação de preferências.
c. (0,5 valor) Dizer que as preferências do consumidor são “racionais” é a mesma coisa
que dizer que este agente económico se comporta de acordo com o princípio da
racionalidade instrumental?

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III
(5 valores)
Considere que um automóvel híbrido como uma tecnologia de produção do serviço “distância
percorrida” que utiliza 2 fatores de produção: eletricidade e gasolina. Assuma que a utilização do
fator electricidade (E) é medido em kW e a do fator gasolina em litros; é claro que existe um
terceiro fator, que é o próprio automóvel (K), mas esse é fixo em 1 unidade (K=1).
Dadas as melhores práticas conhecidas, a função de produção de “distância percorrida” é dada pela
expressão: = ; onde d representa a distância anual percorrida pelo automóvel, em km, e E
e G as quantidades consumidas de electricidade e gasolina, respetivamente.
1. (1 valor) Explique por que razão a função acima pode também designar-se por uma fronteira de
produção.
2. (2 valores) (i) Calcule a equação da isoquanta para uma produção de 10 000 km por esse
automóvel, e (ii) explique o seu significado económico.
3. (2 valores) Só usando gráficos legendados, explique como poderíamos chegar à combinação de
fatores que um condutor instrumentalmente racional minimizador do custo escolheria para fazer
10 000km.

IV
(6 valores)
A empresa UCPAR é monopolista no mercado de produção de açúcar refinado, produzindo
actualmente 10 toneladas desse produto. A curva da procura agregada inversa neste mercado é dada
por: P  1000  20Q , onde P designa o preço em euros de cada tonelada de açúcar refinado e Q
designa a quantidade total de açúcar refinado em toneladas.
1. (2 valores) Com base na informação acima, calcule a receita marginal da empresa na situação actual.
Interprete o resultado. Na interpretação que efectuar decomponha o resultado global em três elementos.
Para tal utilize exactamente três números da lista seguinte: {-22; -21; -20; 780; 790; 800; 10; 11; 12}.
Interprete cada um dos elementos.
Em 2015 existiam em Portugal cerca de 2500 pescadores de sardinha, que concorriam numa estrutura
de mercado de concorrência perfeita. A indústria encontrava-se sujeita a uma quota anual de 13500
toneladas, imposta pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Assuma que a curva da oferta agregada inversa da indústria na ausência da quota é representada
por: P  500  0,05Q , onde P designa o preço em euros de cada tonelada de sardinha e Q designa
a quantidade total de sardinha em tonelada. Assuma também que a curva da procura agregada inversa
por sardinha é representada por: P  3090  0,1Q .
2. (1,5 valores) Com base na informação acima, calcule e represente graficamente o equilíbrio do mercado
da sardinha em Portugal em 2015.
3. (2,5 valores) Para 2016, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera defende a redução da quota da
sardinha para 9000 toneladas. Os pescadores de sardinha ficam melhor ou pior com esta decisão?
Quantifique o impacto para o agregado dos 2500 pescadores e represente-o graficamente.

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Tópicos de Resolução

Grupo I

1) Externalidade negativa: alguém faz alguma coisa (graffiti) com efeitos sobre outras pessoas que não
são previamente negociados entre as duas partes. Efeitos esses que são negativos (prejudicam o bem
estar) para muitos dos habitantes de Lisboa, sem que quem causa esses efeitos faça alguma coisa
para os reduzir, ou para compensar quem é prejudicado.
Custos privados (materiais de pintura, custo de oportunidade do tempo gasto) < custos sociais
(custos privados + gastos da Câmara com a limpeza).
Internalização da externalidade: aumentar o custo privado e reduzir o custo social associado à
produção de graffitis (através por exemplo da imposição de coimas aos graffiters, obrigando-os a
pagar as obras necessárias à sua remoção).

2)

Portas Janelas
(unidades / dia) (unidades / dia)
Cidade A 2 4
Cidade B 1 4

Cálculo dos custos de oportunidade (exemplo – cidade A):

+1 dia dedicado à produção de portas → +2 portas


+x dias na produção de portas → +1 porta
x = 1/2 dia
-1 dia na produção de janelas → -4 janelas
-1/2 dias na produção de janelas → -y janelas
y=2 janelas
CO de portas CO de janelas em
em termos de termos de porta
janelas
Cidade A 2 0,5
Cidade B 4 0,25

Vantagens absolutas na produção de portas: cidade A


Não existem vantagens absolutas na produção de janelas.
Vantagens comparativas na produção de portas: cidade A (menor custo de oportunidade)
Vantagens comparativas na produção de janelas: cidade B (menor custo de oportunidade)
Especialização a 60% de acordo com a vantagem comparativa:
- Cidade A – 16 dias na produção de portas, 4 dias na produção de janelas
- Cidade B - 16 dias na produção de janelas, 4 dias na produção de portas

Sem especialização Com especialização


Ganhos com
Cidade Cidade Cidade Cidade
Total Total especialização
A B A B
Portas 20 10 30 16x2=32 4x1=4 36 6
Janelas 40 40 80 4x4=16 16x4=64 80 0
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Grupo II

1. a) Tendo em conta as restrições de meios (0,1 valores) ao seu alcance que delimitam o
conjunto das suas decisões possíveis, cada agente económico escolhe a decisão possível
(0,05 valores) que melhor satisfaz os seus objectivos (0,1 valores).

b) Este princípio enforma, da seguinte maneira, o modo como o capítulo da teoria do


consumidor está organizado:
- Nesta teoria há duas componentes fundamentais que são o conjunto das possibilidades de
consumo e a relação de preferências do consumidor;
- O conjunto das possibilidades de consumo corresponde à parte do princípio da
racionalidade instrumental onde se diz que os meios de que um agente económico dispõe
para atingir os seus objectivos são limitados (0,35 valores)
- A relação de preferências do consumidor é o modo como ele ordena as decisões de maneira
a poder definir qual é a melhor, o que corresponde à outra parte do princípio da
racionalidade instrumental onde se diz que cada agente económico escolhe o que para ele é
a melhor decisão, dentro das possíveis. (0,4 valores)
É com base nestes dois conceitos que a teoria neoclássica do consumidor explica as decisões
deste agente económico relativas às quantidades dos vários bens e serviços de consumo
final que ele decide adquirir e ao modo como ele reage às alterações nas variáveis exógenas
que influenciam essas decisões e que determinam a configuração do conjunto das
possibilidades de consumo.
Na versão apresentada nas aulas essas variáveis são aos preços dos vários bens e serviços de
consumo final (pressuposto da concorrência perfeita nos mercados destes bens e serviços)
e o rendimento do consumidor.
Assim sendo, de acordo com esta teoria, para cada conjunto de possibilidades de consumo
definido por um determinado sistema de preços dos bens e serviços de consumo final e valor
do rendimento do consumidor, este escolhe a combinação de quantidades de bens e
serviços (“cabaz de consumo”) que melhor o satisfaz, de acordo com as suas preferências.
(0,25 valores)

2. a) A despesa total do consumo não pode exceder, isto é, tem que ser menor ou igual ao
rendimento (0,25 valores) que o consumidor tem disponível para consumo.

b) A “recta do orçamento” é o conjunto dos cabazes de consumo que esgotam o rendimento


do consumidor (0,25 valores)
A escolha do termo “recta” tem que ver com os dois pressupostos seguintes:
- Há concorrência perfeita no mercado dos bens e serviços de consumo e, portanto, para o
consumidor, agindo individualmente, os preços desses bens e serviços são exógenos;
- Nesta versão simples da teoria do consumidor estudada nas aulas o rendimento do
consumidor disponível para consumo é uma variável exógena, ou seja, nesta versão não se
estudam as decisões do consumidor que têm influência nesse rendimento (ex. decisões
sobre investimento em educação e formação profissional, decisões sobre a escolha da
profissão, decisões sobre fazer ou não horas extraordinárias, etc.). (0,25 valores)
Se estes pressupostos se verificarem, a “recta do orçamento” matematica e
geometricamente é uma recta.
No caso de dois bens ou serviços:

q2= (p1/p2)q1+(m/p2)

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com p1, p2 e m constantes devido aos dois pressupostos atrás referidos e q1 e q2 variáveis
porque são as variáveis endógenas nesta versão da teoria do consumidor.

A “recta do orçamento” matemática e geometricamente deixa de ser uma recta quando não
se verifica um, ou os dois pressupostos atrás referidos. Se, por exemplo, não houver
concorrência perfeita no mercado de um ou mais dos bens e serviços que o consumidor
adquire, a expressão da recta do orçamento deixa de ser a equação de uma recta porque os
preços desses bens ou serviços passam a ser função das quantidades consumidas e
possivelmente, também, doutros factores. (0,5 valores)

q2= (p1(q1, ...)/p2(q2,...))q1+(m/p2(q2,...))

3. a)
Comparabilidade: dados dois “cabazes de consumo” quaisquer A e B, o consumidor é
sempre capaz de os comparar, ou seja, é sempre capaz de dizer ser prefere A a B, ou B a A,
ou se é indiferente para ele consumir A ou B (0,3 valores)

Assimetria da relação de preferência estrita: se o consumidor preferir um cabaz A a um


cabaz B, então, o mesmo consumidor, no mesmo momento do tempo e sem que nada de
relevante para esta comparação se tenha alterado, não pode preferir B a A. (0,3 valores)

Transitividade da relação de preferência estrita, ou da relação de indiferença: se consumidor


preferir (ou for indiferente) um cabaz A a um cabaz B, e se preferir (ou for indiferente) este
cabaz B a um cabaz C, então prefere (ou é indiferente) A a C. (0,4 valores)

b) Uma consequência destes pressupostos é que eles estabelecem uma partição do conjunto
dos cabazes de consumo em sub-conjuntos chamados “curvas de indiferença”. Estas são
conjuntos de cabazes de consumo que o consumidor considera indiferentes. (0,5 valores)
Dizer que o conjunto das “curvas de indiferença” constitui uma partição do conjunto dos
cabazes de consumo é dizer, entre outras coisas, que duas curvas de indiferença diferentes
não se intersetam. (0,5 valores)
(cf. pp. 88-89 do “livro”).

c) Há alguma relação entre os dois conceitos, mas eles referem-se a situações diferentes.
(0,25 valores) Preferências racionais são um modo de ordenação das decisões pelo agente
em questão (consumidor ou outro) que estão de acordo com os pressupostos atrás
referidos. Racionalidade instrumental é uma forma de tomada de decisão pelo agente em
questão (consumidor ou outro) de acordo com o que foi dito na resposta à questão 1.a).
(0,25 valores)

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Grupo III

1) (1 valor)
A função pode designar-se por fronteira (das possibilidades) de produção, pois sendo a expressão
matemática de uma tecnologia (melhores práticas conhecidas), dá-nos a máxima distância que é
possível percorrer para cada combinação dos três fatores de produção. É uma fronteira, porque para
cada combinação de fatores, embora não seja possível mais do que a distância calculada pela
função, é possivel percorrer menos, mas nesse caso com desperdício.

2) (2 valores)
(i) (1 valor)
Para K=1 fica: =2 ⇔ 10000 = 2 ⇔ =
(ii) (1 valor)
A equação calculada representa o conjunto de todas as combinações de quantidades consumidas de
eletricidade e gasóleo que permitem, sem desperdício, percorrer 10 000 km, dada a tecnologia
expressa pela função de produção fornecida.

3) (2 valores) Representação da reta de isocusto mais baixo (para uma hipotética relação de preços
pg/pE de aproximadamente 18/110) que toca a isoquanta, pois essa é a condição da combinação de
(G,L) na isoquanta de menor custo total:

18

110

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Grupo IV

1. A receita marginal representa o efeito sobre a receita total resultante do acréscimo do volume de
produção em uma unidade, mantendo-se constantes os preços dos factores e não se alterando a
tecnologia. Como a receita total é dada por RT  P (Q )Q , tem-se que a receita marginal pode ser
aproximada por (sendo que esta aproximação é exacta para variações do volume de produção
infinitesimais):
RT P(Q)
Rmg   P (Q )  Q.
Q Q

No caso em concreto da questão, tem-se que P  1000  20Q , pelo que a receita marginal é dada por:
Rmg  1000  20Q   20Q.

Na medida em que o volume de produção actual da empresa é de 10 toneladas de açúcar refinado


( Q  10 ), a receita marginal é de:
Rmg  1000  2010  2010 
 800  2010 
 600.

De acordo com este resultado, aumentar o volume de produção da empresa em uma unidade (isto é,
passar de 10 toneladas para 11 toneladas) aumenta a receita total em 600 euros.

Como se pode ver, o efeito da variação, em uma unidade, da quantidade produzida na receita total da
empresa tem três componentes: 600  800  2010 .
- A receita da unidade adicional produzida, receita essa que coincide, obviamente, com o
preço do produto: 800 euros;
- O impacto que essa unidade adicional (na medida em que faz variar a quantidade disponível
no mercado para os consumidores) tem no preço do produto: -20 euros por tonelada
(produzir e vender mais uma tonelada de açúcar, tornando disponível 11 toneladas de
açúcar no mercado, diminui o preço máximo que os consumidores estão dispostos a pagar
em 20 euros por tonelada);
- Aquele impacto no preço impacta as receitas resultantes da quantidade que a empresa
produzia antes de aumentar o volume de produção, isto é, impacta as 10 toneladas de açúcar
que a empresa produzia.

2. O equilíbrio obriga a que oferta e procura agregadas se intersectem. A curva da procura agregada
inversa é dada por: P  3090  0,1Q . A curva da oferta agregada inversa é dada por P  500  0,05Q
, mas apenas até ao volume de produção que esgota a quota anual: Q  13500 . A partir desse ponto,
a curva da oferta traduz-se numa recta vertical, que expressa a limitação imposta.

Na ausência da quota, a interseção entre a oferta e procura agregadas dar-se-ia nas 17266, 6 
toneladas de sardinha:
500  0,05Q  3090  0,1Q  Q  2590 / 0,15  2590100  / 15  259020  / 3  17266, (6) .

Como a quota é inferior àquela quantidade, a intersecção entre a oferta e procura agregadas dá-se no
valor da quota, o volume máximo de sardinhas que os pescadores podem capturar: 13500 toneladas.
Esta constitui a quantidade de equilíbrio no mercado. Para determinar o preço de equilíbrio basta
introduzir Q  13500 na curva da procura agregada inversa. Tem-se que
P  3090  0,113500  1740 .

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Em jeito de conclusão, em equilíbrio os pescadores capturam 13500 toneladas de sardinha e vendem-
na a um preço de 1740 euros por tonelada (ou 1,74 euros por kilo),

Graficamente tem-se:

3. A redução da quota desloca a curva da oferta para a esquerda, dando origem a um novo equilíbrio:
em que os pescadores capturam 9000 toneladas de sardinha e vendem-na a um preço de
P  3090  0,19000  2190 euros por tonelada (ou 2,19 euros por kilo). Graficamente, tem-se:

Para avaliar se os pescadores de sardinha ficam melhor ou pior com esta decisão, é necessário calcular
a variação do excedente do produtor de 2015 para 2016. E para tal, é necessário calcular
separadamente, o excedente do produto em 2015 e em 2016.

Em 2015, o excedente do produtor era dado pela área azul no gráfico abaixo (que pode ser calculada
com a soma da área de um rectângulo com a área de um triângulo).

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Em 2016, o excedente do produtor será dado pela área a laranja no gráfico abaixo (que também pode
ser calculada com a soma da área de um rectângulo com a área de um triângulo).

Comparando a área laranja com a área azul, tem-se que, de 2015 para 2016, o excedente do produtor
variou:
- Positivamente no valor da área verde no gráfico abaixo, que corresponde a
2190 17409000 euros;
- Negativamente no valor da área rosa no gráfico abaixo, que corresponde a
1740  117513500  9000  1175  95013500  90001/ 2 euros.

No total tem-se que o agregado dos 2500 pescadores de sardinha ficará em 2016 melhor em 1001250
euros. Assumindo que este ganho é repartido igualitariamente por todos os pescadores, tem-se que
cada pescador beneficiará em 400,5 euros anuais.
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