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Lição 01
Começar a aula
1. Introdução
As primeiras manifestações de gestão ambiental, ou seja, de administração de recursos com fins de
obter uma relação positiva com meio ambiente, inicialmente, foram compreendidas como o esforço
para solucionar problemas de escassez de recursos apresentados, sobretudo, por ocasião da
Revolução Industrial. Porém, os problemas eram tratados de forma pontual, local, sem que
houvesse uma abordagem sistêmica e sistemática, contribuindo, assim, para o surgimento de uma
necessidade de gestão ambiental pública exercida pelo Estado.
Atualmente, a política ambiental tem sido um tema muito frequente em discussões tanto em nível
nacional, local, até em esferas maiores como aquelas que são exercidas dentro das relações de
comércio internacional. Isso ocorre, principalmente, quando se trata de relações entre países
industrializados e não industrializados, sendo aplicada comumente com a denominação de
“barreiras não tarifárias”.
A política ambiental pode, também, ser vista como um processo com passos encadeados, conjunto
de metas e instrumentos que visam reduzir os impactos negativos da ação humana sobre o meio
ambiente. Ela pode, segundo Matias-Pereira (2008), inserir tanto atores políticos que podem ser:
públicos (aqueles que representam nossos interesses no âmbito do Governo como políticos eleitos,
burocratas, etc.), privados (empresários, trabalhadores, etc.) ou nem públicos e nem privados,
como as organizações de terceiro setor que representam a sociedade civil.
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De qualquer forma, é através de sua aplicação que o governo determina como irá condicionar as
ações dos agentes, como nós. Ele utiliza a estrutura já existente, mas pode adequar seus objetivos,
escolher os instrumentos que irá utilizar, e assim, provocar as mudanças que deseja.
2. Meio ambiente
Ao falar em “Meio Ambiente”, na cabeça dos brasileiros, segundo a pesquisa de opinião realizada
pela Agência Nacional das Águas (ANA, 2006), surgem alguns itens relacionados ao tema. São eles:
“matas” (73%), “rios” (72%), “água” (70%) e “animais” (59%). Será que meio ambiente é isso? Nessa
mesma pesquisa, 67% relataram que o homem nunca deve interferir na natureza, pois ela é sagrada.
Será isso uma verdade? Qual a sua opinião?
Floresta Amazônica.
Então, o que é considerado meio ambiente? Essa resposta não é tão simples. Vamos analisar
algumas definições presentes na literatura.
Se fossemos consultar o Dicionário Aurélio on-line (2018, p.1), teríamos a seguinte definição para
meio ambiente: “Conjunto das condições biológicas, físicas e químicas nas quais os seres vivos se
desenvolvem”.
Já a Lei 6938/81, que trata da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), apresenta a definição
para meio ambiente como sendo: “o conjunto de condições, leis, influências e infraestrutura de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”
(BRASIL, 1981, p.1). Então, já temos, nessa definição, as palavras leis, influências e infraestruturas.
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A Constituição Federal Brasileira de 1988 (BRASIL, 1988, p.1) se preocupou com as questões
ambientais e trouxe no capítulo VI, art. 225 que: “todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às presentes
e futuras gerações”.
Vimos pelo exposto que não existe uma definição perfeita e única para meio ambiente, pois ele é
dinâmico. O importante é ficar claro que meio ambiente não é só animais e plantas e que ele está
em constantes mudanças; meio ambiente também é cuidar e preservar para nossa geração e para a
geração futura; é dever de todos. Será que estamos cuidando bem do meio ambiente?
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Reflita: você já assistiu ao vídeo: “Carta escrita no ano de 2070”? Se não, assista-o e veja o que a
negligência do ser “humano” promoveu na terra. Depois, reflita se é esse mundo que você quer
para você e para seus descendentes.
Saiba Mais
Conheça um pouco mais sobre como as questões ambientais se desenvolveram por meio do texto
escrito pela ONU, acessando este link.
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A Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) foi instituída pela Lei nº 6.938 de 31 de agosto de
1981, portanto, precedeu à Constituição de 1988; a ela foi incorporada com sua promulgação e fez,
também, com que elevasse seus preceitos a nível Constitucional e, com isso, fizesse chegar os temas
pertinentes ao Meio Ambiente a todos os níveis da Administração Pública (FARIAS, 2019).
“Artigo 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
É importante evidenciar que os objetivos gerais estão apresentados no caput do Artigo 2º acima.
Já os objetivos específicos estão elencados e disciplinados no artigo 4º da mesma Lei, em
que visará:
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Em 22 de fevereiro de 1989, regulamentado pela Lei nº 7.735, foi criado o Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), uma autarquia vinculada ao
Ministério do Meio Ambiente (MMA), com função de executar a PNMA. Dentre as diversas
atribuições desse órgão, destacam-se a preservação e a conservação do patrimônio natural, exercer
o controle e fiscalização sobre o uso dos recursos naturais e atender às demandas de licenciamento
ambiental dos empreendimentos de sua competência.
As políticas públicas ambientais são aplicadas para resolver os problemas ambientais ou manter
áreas do meio ambiente conservadas, preservadas ou até recuperá-las. Assim, ela provoca -
implícita ou explicitamente - uma mudança de comportamento dos agentes econômicos.
Como visto nos tópicos anteriores e abordada no item relacionado à Política Nacional de Meio
Ambiente, a legislação ambiental começou a dar os primeiros passos muito tardiamente, já que, até
a década de 70, a poluição ambiental era vista como um “mal necessário devendo ser aceita
pela sociedade em benefício do progresso” (MARCONDES, 2005, p. 131). Assim, escassez
de recursos, emissão de poluentes e deposição inadequada de resíduos de produção e
consumo eram vistos como consequências inevitáveis e, portanto, ‘normal’.
Nos anos 90, essa realidade já havia mudado e isso contribuiu para a necessidade de uma maior
sistematização de normas de conduta em relação ao meio ambiente (AZEVEDO, 2009, p. 26) com a
utilização de instrumentos de política pública ambiental para atender a objetivos explícitos
e/ou implícitos.
Considerando a forma de sua aplicação, os instrumentos ambientais podem ser agrupados em:
Gênero Espécies
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A escolha dos instrumentos a serem aplicados, a forma e até o momento devem ser considerados na
sua escolha e tudo isso condiciona sua eficácia. Esta, portanto, não depende apenas do(s)
instrumento(s) escolhido(s), mas também do contexto socioeconômico e das circunstâncias de
como e onde é aplicado.
Eles impõem modificações no comportamento dos agentes poluidores, segundo Almeida (1997, p.
2) e Barbieri (2012, p. 68) através de:
qualidade;
emissão;
desempenho;
tecnológicos;
poluição, para fontes específicas: limites para emissão de determinados poluentes, por
exemplo, de dióxido de enxofre.
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Instrumento de Comando e controle impõem o estabelecimento de padrões de emissão; e controle de equipamentos que
se tornam obrigatórios como filtros em chaminés.
A principal característica da política de “comando e controle” é que a mesma, em base legal, trata o
poluidor como “ecodelinquente” e, como tal, não lhe dá chance de escolha: ele tem que obedecer à
regra imposta; caso contrário, sujeita-se às penalidades em processos judiciais ou administrativos.
A aplicação de multas [e até prisão] em casos de não cumprimento da obrigação é bastante usual
(ALMEIDA ,1997, p. 3).
Várias são as críticas a favor e contra a utilização dos instrumentos de comando e controle, sendo
as principais aquelas que apontam as vantagens e desvantagens da utilização desses instrumentos.
Segundo Almeida (1997) e Barbieri (2012), podem ser apontados como vantagens:
não dão chance de escolha ao poluidor: ele tem que obedecer à regra imposta; caso contrário,
sujeita-se às multas e penalidades em processos judiciais ou administrativos;
elevada eficácia ecológica: uma vez fixada a norma, ela será cumprida;
a determinação de um padrão tecnológico é apresentada como uma vantagem no sentido de
nivelar a competição entre empresas, ‘puxando-as’ positivamente.
E como desvantagens:
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“Não dá chance de escolha ao poluidor, já que eles não têm liberdade para selecionar e
promover os ajustes que lhes convém, inviabilizando algumas atividades e encarecendo
produtos em curto prazo;
Alguns reclamam que “não é uma regra justa”, pois não leva em consideração as distintas
situações dos agentes individuais para cumprir a obrigação, como porte do negócio,
região, etc., principalmente, no caso de um país continental como o Brasil;
Não consideram as diferentes estruturas de custo dos agentes privados para a redução de
poluição;
Seus custos administrativos são muito altos, pois envolvem o estabelecimento de
normas/especificações tecnológicas por agências oficiais, bem como um forte esquema de
fiscalização;
Uma vez atingido o padrão ou que a licença seja concedida, o poluidor não é encorajado a
introduzir novos aprimoramentos tecnológicos (antipoluição);
Os padrões tecnológicos são difíceis de serem determinados: têm que estar disponíveis em
quantidade e preço (pois, se forem inacessíveis, não serão instalados); mas não podem ser
ultrapassados, pois não serão efetivos. Além disso, não podem ser traçados como o ‘estado-
da-arte’ e têm que sofrer revisões periódicas para não ficarem defasados;
Possuem custos muito altos para o governo;
Podem sofrer influência de determinados grupos de interesse”.
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Almeida (1997, p. 4) se refere aos instrumentos econômicos da seguinte forma: “[...] tratam-se
de um mecanismo atrelado a um componente monetário, que age via preço (pelo uso
ou abuso do meio ambiente) e não via quantidade”. Ainda, segundo o mesmo autor, os
instrumentos econômicos baseiam-se na definição do valor “correto” de forma que ajuste os custos
aos benefícios, assim menciona: o “[...] agente poluidor, influenciando suas decisões, no
sentido de produzir uma melhoria na qualidade ambiental”.
Vantagens:
“Permite flexibilidade ao poluidor, pois ele é livre para responder aos estímulos da
maneira e no tempo que melhor lhe convier economicamente;
A adesão é frequentemente maior, pois representa um menor custo para o poluidor”.
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Desvantagens:
“A fixação da taxa ideal é, na prática, uma ‘missão quase impossível’ pois exige o
conhecimento completo sobre o valor monetário do dano ambiental provocado por
unidade de poluição emitida - o custo econômico das externalidades – e os benefícios
econômico-sociais gerados;
A fixação das taxas pode ser feita de forma a atender interesses políticos de um mandato
de governo, pois, os governantes podem pressionar para que o valor das taxas seja
estabelecido “aos níveis que eles consideram suficiente para atingir seus objetivos
políticos”;
Transfere para o mercado um dever que é do Estado: o de estabelecer os níveis de poluição
aceitáveis, produzindo uma “mercantilização” do meio ambiente;
Os resultados esperados, às vezes, são superestimados”.
“As Licenças de Poluição Comercializáveis permitem aos agentes comprar ou vender direitos
(cotas) de poluição. Entretanto, a fim de não provocar discussões, outras denominações têm
sido utilizadas como: créditos ou certificados de redução de emissão (CRE), evitando a
insinuação de que as pessoas possam adquirir ‘direitos de poluir’”.
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Mas, de onde podem vir os créditos de carbono? Eles são o resultado de um projeto bem-sucedido
de sequestro de carbono. Mas, como “sequestra-se” (ou retira-se) um carbono (que é um gás
poluente lançado por indústrias, carros, excrementos de animais, etc. na forma combinada de CO2)
da atmosfera? Veja a seguir:
Por isso, a manutenção e recuperação das florestas têm sido consideradas assunto tão importante.
Mas, além do plantio de árvores para sequestrarem carbono, existem outras opções que
apresentam, como resultado, uma redução na emissão de carbono na atmosfera, como o
armazenamento do CO2 produzido pelo ser humano em camadas de carvão, campos de petróleo e
aquíferos salinos (armazenamento em formações geológicas).
A ilustração a seguir mostra uma crítica que nos leva a uma reflexão acerca da negociação de
créditos de carbono e quotas de poluição:
Crédito de Carbono.
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Sabia que você (empresa ou pessoa física) também pode participar deste mercado de redução de
carbono? Veja como neste link.
O subsídio é um pagamento de um valor ou taxa por parte do governo às empresas para incentivar
os poluidores a reduzir os níveis de poluição e incentivar a redução do custo de adoção de produção
mais limpa, produzindo abaixo de um determinado volume de produção e, portanto, reduzindo a
quantidade global de poluição produzida pela indústria (ALMEIDA, 1997).
Vantagens:
“Quanto à licença de poluição comercializável: ele “[...] é o mais liberal dos instrumentos
econômicos de controle ambiental, pois a despeito da interferência do governo no
momento da sua alocação, a partir daí o poluidor tem flexibilidade para realizar ou não
melhorias ambientais, não precisando, inclusive, contribuir para os cofres públicos, como
ocorre com as taxas”.
Quanto à adoção de subsídios: mais rápida implementação de formas mais limpas de
produção”.
No caso dos subsídios, ao diminuir, no curto prazo, os custos médios das empresas que já fazem
parte da indústria, pode fazer com que estes custos fiquem abaixo do preço de mercado e atraiam
novas empresas para a indústria, o que, em longo prazo, se traduzirá num aumento da quantidade
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5. Conclusão
Meio ambiente não é somente constituído por plantas e animais em harmonia, mas sim toda
relação que permite vida a todas as formas existentes no planeta. O meio ambiente equilibrado é
direito de todos e é essencial uma vida saudável. O que fazemos ao meio ambiente, estamos fazendo
a nós mesmo.
As condições ambientais têm piorado com o passar do tempo, pois os padrões de desenvolvimento
adotados pela sociedade não têm sido sustentáveis e a consequência é que a degradação
ambiental vem aumentando os problemas.
A intervenção do Governo por meio de uma estrutura torna-se necessária para reverter os
problemas ambientais que se avolumaram ao longo dos séculos, em decorrência da falha do
mercado em alocar, eficientemente, os recursos naturais. Por isso, a atuação do Estado no papel de
regulador é estratégica para defender interesses múltiplos da sociedade, investidores, empresas,
entre outros, estabelecendo negociação e regulação entre eles.
Um aspecto fundamental relacionado à escolha das políticas públicas ambientais diz respeito à
disposição da sociedade em ‘internalizar o custo ambiental’, ou seja, incorporar no preço dos
produtos e serviços a degradação ambiental, assumindo custos e impactos sobre preços, o que se
torna particularmente de difícil aceitação em países onde as condições socioeconômicas não são
favoráveis. Nesses casos, as principais formas de intervenção pública na área ambiental
caracterizam-se por medidas de comando e controle, apesar de também apresentarem
desvantagens e serem severamente criticadas.
6. Referências
ALMEIDA, L. T. O debate internacional sobre instrumentos de política ambiental e questões para o
Brasil. In: II Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (ECOECO) da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ) – Mesa 1. São Paulo (SP): 1997.
Disponível em: <//www.ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/ii_en/mesa1/3.pdf>.
Acesso em: 12 jan. 2019.
ANA. Caminho das águas. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2006.
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BRASIL. Constituição (1988). Constituição [da] República Federativa do Brasil. Brasília: Senado
Federal, 1988.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, 31 ago. 1981. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm>. Acesso em: 02 jan. 2019.
______. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 17 jan.
2019.
______ . Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília,
1981. Disponível em: <http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=313> . Acesso
em: 30 out. 2018.
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26/11/2020 Política Nacional de Meio Ambiente e Instrumentos de Política Pública Ambiental
______ . Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Subsídios para construção da Política
Nacional de Saúde Ambiental / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde. Brasília: Editora
do Ministério da Saúde, 2009.
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