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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA


CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

Acadêmicos: Luciana Carla Perussolo


e Rafael Pegoraro

Sistema de Gestão Ambiental


para uma empresa de motores elétricos

Passo Fundo, 2021.


2

LISTA DE FLUXOGRAMAS

Fluxograma 1: O processo de recuperação ..................................................................... 28


3

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Equipe ................................................................................................. 10


Tabela 2: Matriz GUT ........................................................................................ 31
Tabela 3: Referência para o cálculo .................................................................... 32
Tabela 4: Oportunidades ..................................................................................... 33
Tabela 5: Objetivos e metas ................................................................................ 35
Tabela 6: Responsabilidades............................................................................... 35
Tabela 7: Planilha 5W2H.................................................................................... 41
Tabela 8: 5W2H .................................................................................................. 42
Tabela 9: Objetivos e metas ................................................................................ 45
Tabela 10: Objetivos e metas .............................................................................. 46
4

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização ......................................................................................... 14


Figura 2: Localização da Empresa ...................................................................... 15
Figura 3: A empresa ............................................................................................ 16
Figura 4: Logomarca da Empresa ....................................................................... 16
Figura 5: Verificação do motor........................................................................... 17
Figura 6: Verificação .......................................................................................... 18
Figura 7: Rebobinar o motor............................................................................... 18
Figura 8: Cortar o fios......................................................................................... 19
Figura 9: Medir os fios ....................................................................................... 20
Figura 10: Remoção da fiação ............................................................................ 21
Figura 11: Limpeza do motor ............................................................................. 22
Figura 12: Isolamento do motor ......................................................................... 23
Figura 13: Reparo da fiação ................................................................................ 24
Figura 14: Renovação do motor ......................................................................... 25
Figura 15: Processo final .................................................................................... 26
Figura 16: Motor recuperado .............................................................................. 26
5

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 8

2 EQUIPE EXECUTORA .................................................................................. 10

3 OBJETIVOS .................................................................................................... 11

3.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................. 11

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................... 11

4 METODOLOGIA ............................................................................................ 12

4.1 NORMA ABNT NBR ISO 14.001: 2015 ................................................. 12

4.2 CICLO PLAN DO CHECK ACT (PDCA) .............................................. 12

5 DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 14

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .................................................... 14

5.2 LOCAL DE ESTUDO .............................................................................. 15

5.3 LAYOUT DA EMPRESA ........................................................................ 16

5.3 DESCRIÇÃO DO PROCESSO ................................................................ 17

5.4 FLUXOGRAMA DO PROCESSO .......................................................... 28

5.5 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ...................................................... 29

5.6.1 Matriz GUT ....................................................................................... 30

5.6.2 Aplicação da Matriz GUT ................................................................. 31

6 PLANEJAMENTO DE AÇÕES ..................................................................... 34

6.1 COMPROMETIMENTO ......................................................................... 34

6.2 RECURSOS .............................................................................................. 34

6.3 COMPETÊNCIAS .................................................................................... 34

6.4 DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES .......................................................... 35

6.4.1 Comunicação ..................................................................................... 37

6.4.2 Objetivos ambientais e planejamento para avaliação da execução dos


objetivos ................................................................................................................. 37

6.4.3 Conscientização na empresa .............................................................. 37

7 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ............................................................... 39


6

7.1 CHECK LIST ........................................................................................... 39

7.2 REUNIÕES MENSAIS ............................................................................ 39

7.3 AUDITORIA DO SGA ............................................................................ 39

7.4 ACOMPANHAMENTO .......................................................................... 39

8 LIDERANÇA .................................................................................................. 40

8.1 LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO .............................................. 40

8.1.1 Planilha 5W2H................................................................................... 40

8.1.2 Aplicação da planilha 5W2H ............................................................. 41

9 POLÍTICA AMBIENTAL DA EMPRESA .................................................... 43

10 PLANEJAMENTO ........................................................................................ 44

10.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS PROCESSOS/ATIVIDADES.......... 44

10.2 OBJETIVOS AMBIENTAIS E PLANEJAMENTO PARA ALCANÇÁ-


LOS ............................................................................................................................. 44

10.3 PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA ALCANÇAR OS OBJETIVOS


AMBIENTAIS ........................................................................................................... 45

11. APOIO .......................................................................................................... 46

11.1. RECURSOS ........................................................................................... 46

11.2 COMPETÊNCIA .................................................................................... 46

11.3 CONSCIENTIZAÇÃO ........................................................................... 47

11.4 COMUNICAÇÃO .................................................................................. 47

11.5 GENERALIDADES ............................................................................... 47

11.6 COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA ........................................ 48

11.7 INFORMAÇÃO DOCUMENTADA ..................................................... 49

11.7.1 Generalidades .................................................................................. 49

11.7.2 Criação, Atualização e Controle da Informação Documentada ....... 49

12 OPERAÇÃO .................................................................................................. 51

12.1 OPERAÇÃO E CONTROLE OPERACIONAL .................................... 51

12.2 PREPARAÇÃO E RESPOSTA A EMERGÊNCIAS ............................ 51


7

13 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ............................................................. 52

13.1 MONITORAMENTO, MEDIÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO......... 52

13.2 AUDITORIA INTERNA........................................................................ 52

13.3 ANÁLISE CRÍTICA PELO PROPRIETÁRIO...................................... 52


8

1 INTRODUÇÃO

A preocupação ecológica mundial tem ganho um destaque significativo devido a


sua relevância para uma melhor qualidade de vida das populações.
Os países começaram a perceber que as medidas de proteção ambiental não foram
criadas para impedir o desenvolvimento econômico. Mas, o continente europeu e asiático,
juntamente com a América do Norte, em seus estudos, tem inserido, modelos de avaliação
de impacto e custo-benefício ambiental na análise dos projetos econômicos, os quais têm
produzido novas diretrizes, regulamentações e leis, ou seja, formulam suas políticas e
executam seus projetos de governo.
Cada vez mais a questão ambiental se torna matéria obrigatória das agendas dos
executivos das empresas. A globalização dos negócios, a internacionalização dos padrões
de qualidade ambiental, conscientização crescente dos consumidores e a disseminação da
educação ambiental, permitem perceber que a exigência dos futuros consumidores em
relação à conservação do meio ambiente e à qualidade de vida deverá ser intensificada.
Diante disso, as organizações devem manter uma postura responsável quanto à questão
ambiental.
As experiências das empresas pioneiras nos permitem identificar resultados
econômicos e estratégicos no engajamento da causa ambiental. Que, não se viabilizam de
imediato, exigindo necessidade que sejam corretamente planejados e organizados todos
os passos para a interiorização da variável na organização, para ela poder atingir, no
menor prazo possível, o conceito de excelência ambiental, que poderá lhe trazer
importante vantagem competitiva.
O sistema de gestão ambiental cumpre com o gerenciamento dos problemas
ambientais e a adoção de processos produtivos não prejudiciais ao meio ambiente.
Promove a harmonização no campo da gestão ambiental, área bastante complexa e de
enfoque multidisciplinar, auxilia as empresas a mostrar o seu comprometimento com o
desenvolvimento sustentável, por meio da normalização voluntária que possibilita a
obtenção da certificação ambiental. Parte dos consumidores exige informações sobre as
características dos produtos disponíveis no mercado, bem como dos impactos ambientais
gerados nos seus respectivos processos produtivos. Com este pensamento, os
consumidores através de seu poder de decisão, no ato da compra, podem afetar a
9

lucratividade das empresas. Porém, antes de se gerenciar ambientalmente, a empresa,


necessita definir sua política ambiental.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar considerações acerca das
vantagens econômicas, sociais e ambientais decorrentes do Sistema de Gestão Ambiental,
das empresas, com a intenção de conscientizar as mesmas.
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2 EQUIPE EXECUTORA

Tabela 1: Equipe
Luciana Carla Perussolo Engenheira Ambiental e
Sanitarista CREA 472901
Rafael Pegoraro Engenheiro Ambiental e
Sanitarista CREA 537190
Fonte: Os autores, 2021.
11

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Este trabalho consistiu na possibilidade da implantação do plano de gestão


ambiental (SGA) em uma empresa de reparo e consertos de motores com a finalidade de
reduzir desperdícios e otimizar o processo produtivo.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Desenvolver em conjunto com a empresa um Sistema de Gestão Ambiental eficaz


e viável para a empresa;
 Construir um plano de ação, que atenda os requisitos da política ambiental;
 Assegurar as condições para o cumprimento dos objetivos e metas ambientais e
implementar as ferramentas de sustentação necessárias;
 Realizar avaliações periódicas de conformidade ambiental da empresa;
 Revisar e aperfeiçoar a política ambiental, os objetivos e metas e as ações
implementadas para assegurar a melhoria contínua do desempenho ambiental da
empresa.
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4 METODOLOGIA

A metodologia aplicada na elaboração deste estudo de caso foi baseada nas


diretrizes apresentadas pela norma ABNT NBR ISO 14.001, em que se levantou os
aspectos mais importantes na implantação de um Sistema de Gestão Ambiental em uma
empresa de reparo e concerto de motores elétricos.
Dentro do escopo do estudo foram abordados o levantamento sobre as legislações,
normas e regulamentações aplicáveis ao contexto da organização, a identificação das
áreas e atividades na empresa a serem contempladas no SGA, a identificação de aspectos
e impactos ambientais, a avaliação de significância dos impactos ambientais
identificados, e a proposição de uma política ambiental para a empresa.

4.1 NORMA ABNT NBR ISO 14.001: 2015

A norma ABNT NBR ISO 14.001 utilizada como suporte na implantação do SGA,
na empresa de motores elétricos, proposta é a versão atualizada e revisada, de 2015. Esta
norma sugere diretrizes para auxiliar as organizações, auditorias e certificadores na
implantação e no controle da gestão ambiental das empresas, sejam elas de qualquer porte
ou atividade.
Esta norma é baseada na metodologia conhecida como PDCA, da sigla em inglês
Plan, Do, Check, Act, ou seja, Planejar, Executar, Verificar e Agir. Essas quatro fases de
um Sistema de Gestão Ambiental devem ser periodicamente avaliadas, em busca da
melhoria constante do sistema.

4.2 CICLO PLAN DO CHECK ACT (PDCA)

Para melhorar a visualização do desempenho e do gerenciamento do processo do


SGA a empresa irá adquirir como procedimento padrão para a tomada de ações a
ferramenta denominada ciclo PDCA. Que tem como inspiração os sistemas de gestão de
qualidade, o PDCA foi concebido para - Planejar, Executar, Verificar e Agir (Plan, Do,
Check, Act, em inglês).
O ciclo PDCA é aplicado para atingir resultados dentro de um sistema de gestão,
e pode ser utilizado em qualquer organização, possuindo como princípio a garantia do
sucesso nos negócios, independentemente da área de atuação.
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Tendo por objetivo tornar mais claros os processos envolvidos na execução da


gestão, que pode ser dividida em quatro passos principais, o ciclo do PDCA, pode ser
descrito da seguinte maneira:
P - Planejar: estabelece os objetivos e processos necessários para atingir os resultados,
em concordância com a política ambiental da organização. Estabelecendo metas e
elaboração de plano de ação.
D - Executar: implementar o que foi planejado, conforme o plano de ação.
C - Verificar: monitorar e medir os processos em conformidade com a política ambiental,
objetivos, metas, requisitos legais e outros requisitos e relatar os resultados.
A - Agir: implementar ações necessárias para melhorar continuamente o desempenho do
sistema de gestão ambiental, podendo atuar sobre o planejamento.
14

5 DESENVOLVIMENTO

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa se encontra em Tapejara, que localiza-se na Região Sul do Brasil, no


estado do Rio Grande do Sul, sendo que este situa-se a nordeste, na zona de relevo do
planalto médio, pertencente à mesorregião noroeste do Rio Grande do Sul e microrregião
geográfica de Passo Fundo (segundo IBGE).
A altitude média é de 658m.
Coordenadas de limites do município se insere: entre 52º 07’ 27” e 51º 55’ 55” de
longitude oeste, e 28º 01’ 23” e 28º 07’ 24” de latitude sul.

Figura 1: Localização

Fonte: Prefeitura Municipal de Tapejara, 2021.

A empresa se localiza no bairro São Cristóvão, Rua Fioravante Rech, na entrada


de Tapejara sentido vindo de Coxilha, é uma empresa relativamente nova no mercado,
sendo o seu planejamento e desenvolvimento de trabalho com um pouco mais de 13 anos
15

de serviço na área de motores elétricos, sendo uma das empresas que presta assessoria
para AURORA Alimentos de Tapejara.

Figura 2: Localização da Empresa

Fonte: Os autores, 2021.

5.2 LOCAL DE ESTUDO

O local de estudo é a empresa ELETRO MOTORES AVENIDA, aonde foi


realizado pesquisas para desenvolver um meio de aproveitamento de todo material
descartado e o mesmo para os materiais com potencial para fazer um aproveitamento
melhorado e ainda encorajando os sócios e donos da empresa para elaborar um plano mais
sustentável com uma visão futura bem estabelecida dentro da empresa.
Para que o planejamento possa elevar a economia dentro da empresa em médio a
longo prazo, principalmente quando haverá investimentos inicial para que futuramente
16

possa a retornar em formas de economia e ganhos, a necessidade de investimento inicial,


para que possa economizar o suficiente e dar retorno, pode ser um pouco abrangente de
forma que desencorajaria muitos investidores, mas visando o custo futuro, o empresário
e sócios quiseram ver a aplicabilidade do projeto, visando um retorno futuro.

Figura 3: A empresa

Fonte: Os autores, 2021.

5.3 LAYOUT DA EMPRESA

Figura 4: Logomarca da Empresa

Fonte: Os autores, 2021.

Alguns dos serviços prestados são:


- Rebobinagem de motores elétricos, incluindo transformadores e geradores.
- Adequação de maquinas NR 12
- Consertos de bombas de água.
- Lavadoras de alta preção em geral.
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- Conserto de ferramentas elétricas.


- Quadros de comando e proteção de motores.
- Serviço de torno e solda.

5.3 DESCRIÇÃO DO PROCESSO

1-Passo para desenvolver o trabalho com segurança e para não haver baixas é
necessário verificar se o motor está realmente queimado, necessitando testar suas
ligações, se não haver resposta será necessária uma nova fiação no motor.

Figura 5: Verificação do motor

Fonte: Os autores, 2021.

2-Desmontar o motor para verificar se está queimado, caso necessite é


recomendável a troca de rolamentos se estiverem danificados.
18

Figura 6: Verificação

Fonte: Os autores, 2021.

3-Verificar a fiação para que esteja no formato correto, e na ordem correta para
rebobinar o motor.

Figura 7: Rebobinar o motor

Fonte: Os autores, 2021.

4-Necessitando cortar os fios de cobre de um lado, é necessário uma talhadeira


para cortar os fios e um martelo, sendo assim necessita a retirada de uma camada de fio
para contar quantas voltas a bobina necessitaria e também é necessário medir a espessura
do fio com um micrometro.
19

Figura 8: Cortar o fios

Fonte: Os autores, 2021.


20

Figura 9: Medir os fios

Fonte: Os autores, 2021.


21

5-Remover toda a fiação

Figura 10: Remoção da fiação

Fonte: Os autores, 2021.

6-Limpar o restante dos papeis de isolamento derretidos, que são plásticos


revestidos de um papel para suportar alta temperatura e isolar a fiação.
22

Figura 11: Limpeza do motor

Fonte: Os autores, 2021.

7-Isolar novamente as ranhuras do motor, para que esteja pronto para receber as
novas bobinas de fio de cobre.
23

Figura 12: Isolamento do motor

Fonte: Os autores, 2021.

8-Tirado a medida do fio e as medidas do tamanho das boninas é necessário fazer


o enrolamento do fio para que possa ser recolocada e reparado a fiação.
24

Figura 13: Reparo da fiação

Fonte: Os autores, 2021.

9-Processo utilização das bobinas para renovar o motor queimado.


25

Figura 14: Renovação do motor

Fonte: Os autores, 2021.

10-Isolar as ligações do motor e fazer a amarração dos fios para que possa ser
finalizado o processo, se quiser pode ser feita aplicação de verniz para que as bobinas se
juntem e fiquem mais duras.
26

Figura 15: Processo final

Fonte: Os autores, 2021.

11-Após todo o processo é só entregar para o cliente.

Figura 16: Motor recuperado

Fonte: Os autores, 2021.


27

De todo o material que sobra do reparo dos motores uma parte é reutilizada e outra
parte vai para a logística reversa.
A logística reversa se dá na elaboração de um meio para que possa ser tratado o
resíduo final de cobre, nesse meio seria uma forma de devolve-lo para a empresa que o
produziu, sendo motivado pelo ganhos, tanto quanto da empresa fabricante que está
pegando de volta seu produto, quanto a empresa que está realizando a logística inversa, é
baseado na separação, distribuição inversa para que a empresa utilizadora do cobre tenha
descontos e a empresa produtora do cobre tenha uma rentabilidade melhorada na
elaboração do material usado.
O cobre é um dos metais mais utilizados na produção de fiação e meios de
condutividades elétricos, sendo assim o valor dele é consideravelmente bom, sendo alvo
de possíveis furtos, a grande capacidade do cobre se moldar facilmente o torna um item
especialmente pratico, o recolhimento desse material é feito por uma empresa
terceirizada, os ganhos realizados com a logística reversa é o suficiente para distribuir os
ganhos para o transporte e realizar o porcentual de desconto da empresa utilizadora do
cobre.
A empresa utilizadora do cobre, ganhará descontos relativamente consideráveis
quanto a quantidade de cobre recolhidos, se o cobre estiver limpo sem muitas sujidades,
o desconto da empresa é maior em relação ao que está sujo, pois é necessário fazer o
processo de limpeza para que possa ser derretido e assim continuar com sua boa
integridade e qualidade do produto, realizado o procedimento será levado em conta o
processo de fabricação, para que o desconto seja aplicado a empresa deverá solicitar
novos rolos de fio de cobre, ou seja, na próxima compra.
28

5.4 FLUXOGRAMA DO PROCESSO

Fluxograma 1: O processo de recuperação

Fonte: Os autores, 2021.


29

5.5 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

O problema nas maiorias dos casos, é o motor queimado, nesse quesito foi
elaborado um projeto de gestão para que possa ser tratado o possível acumulo de cobre e
sua necessidade de haver uma logística reversa, sendo assim para amenizar os impactos
para empresa e reestabelecer o contato com sua revendedora de fio de cobre.
O levantamento foi acompanhado de perto, para que não ocorresse divergências
nos dados coletados, conversado com o dono e seus sócios, elaboramos uma possível
hipótese para que se aplicasse uma logística e um aproveitamento melhor do cobre, sendo
assim trazendo um possível ganho para empresa ou um desconto melhorado na aquisição
de novos rolos de fio de cobre.
Verificamos também outros problemas, como o alto valor de conta de luz e resíduo
gerado de cobre que foram detalhados no gráfico 1 e gráfico 2.

Gráfico 1: Gastos mensais de luz

Conta de Luz
R$ 700,00

R$ 600,00

R$ 500,00

R$ 400,00

R$ 300,00

R$ 200,00

R$ 100,00

R$ -

Fonte: Os autores, 2021.


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Gráfico 2: Cobre gerado mensalmente

Resíduo de Cobre Gerado


250,00

200,00

150,00

100,00

50,00

0,00

Fonte: Os autores, 2021.

5.6 APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DE AUXÍLIO NA TOMADA DE DECISÃO

Com base nas constatações citadas acima será utilizado a ferramenta GUT
(Gravidade, Urgência e Tendência) para nos auxiliar na tomada de decisão. Onde
identificamos os problemas apresentados abaixo:
 Utilização de placas fotovoltaicas;
 Adquirir equipamentos que consomem menos energia;
 Evitar desperdícios;
 Educação ambiental;
 Prevenção de riscos;
 Boas práticas de produção;
 Logística reversa;
 Reutilização de materiais;
 Realizar a separação correta.

5.6.1 Matriz GUT

A matriz de priorização GUT (Gravidade x Urgência x Tendência) foi proposta


por Charles H. Kepner e Benjamin B. Tregoe, em 1981 como uma ferramenta utilizada
na Solução de Problemas. Portanto é uma ferramenta de Qualidade utilizada para definir
a prioridade dada nas diversas alternativas de ação.
31

Tem como objetivo a prioridade das ações de forma racional, considerando a


gravidade, a urgência e a tendência do fenômeno, nos permitindo fazer uma escolha na
tomada de ação menos prejudicial.
GRAVIDADE: a intensidade, profundidade dos danos que o problema poderá causar se
não atuar sobre ele;
URGÊNCIA: o tempo para eclodir os danos ou resultados indesejáveis se não atuar sobre
os problemas;
TENDÊNCIA: o desenvolvimento que o problema terá na ausência de ação.
É um instrumento que complementa outras ferramentas de Gestão da Qualidade e
está ligada ao ciclo PDCA na fase de Planejar.
Essa ferramenta responde às questões de “o que devemos fazer primeiro”, “por
que” e “por onde devemos começar”. Suas vantagens nos permitem a alocação de
recursos nos tópicos mais importantes, contribui para elaborar um planejamento
estratégico, além de ser de simples implementação.

5.6.2 Aplicação da Matriz GUT

Primeiro utilizamos a matriz, tabela 2, para focarmos nos principais problemas


enfrentados pela empresa. Onde cada valor de gravidade, urgência e tendência está
destacado na tabela 3.

Tabela 2: Matriz GUT


Matriz GUT
Problema Gravidade Urgência Tendência Ranking
Consumo de água 1 1 1 1
Efluentes Industriais 1 1 1 1
Consumo de energia elétrica 5 5 5 125
Sensibilização dos Funcionários 5 5 5 125
Geração de Resíduos Sólidos 5 5 5 125
Desperdício de Materiais 2 2 2 8
Emissões Atmosféricas 1 2 3 6
Ruídos 1 2 3 6
Necessidade de Otimização de Layout 1 2 3 6
Fonte: Os autores, 2021.
32

Tabela 3: Referência para o cálculo

Como Consumo de energia elétrica, sensibilização dos funcionários e Geração de


resíduos sólidos resultou nas maiores pontuações, pensamos em três alternativas para
amenizar cada um dos três problemas, resultando na tabela 4.
33

Tabela 4: Oportunidades

Foco de Oportunidades
Valor
estrat Impact Tempo Necessidad
é- o no para e de Facilida Ranki
Opções
gico Sucess Implemen Recurso de ng
da o tação Financeiro
ação
Utilização de
placas 10 5
fotovoltaicas 10 5 10 10
Adquirir
equipamentos
10 6
que consomem
menos 8 8 10 10
Evitar
10 6
desperdícios 10 1 5 10
educação
8 24
ambiental 10 10 1 3
Prevenção de
5 8
riscos 10 5 10 2
Boas práticas
8 17
de produção 10 10 8 3
Logística
10 22
reversa 10 10 5 3
Reutilização de
10 14
materiais 5 5 5 1
Realizar a
separação 10 15
correta 10 1 5 1
Fonte: Os autores, 2021.

Utilizamos o parâmetro alto, com nota 10; o parâmetro médio com nota 5 e o
parâmetro baixo com nota 1 e também ponderamos os valores em alguns casos.
Tendo como resultado, a maior pontuação na educação ambiental, na logística
reversa e em boas práticas de produção. Nos levando a perceber que os maiores resultados
serão obtidos somente se os funcionários e o proprietário se engajarem na causa.
34

6 PLANEJAMENTO DE AÇÕES

6.1 COMPROMETIMENTO

O apoio e o comprometimento da gerência são vitais para que se garanta uma


ampla compreensão e comprometimento com as questões ambientais, pois assim adotar
o SGA será fácil, também será possível manter o sistema ao longo do tempo, de forma
que reduza os impactos ambientais. Além desse comprometimento, também é importante
que haja o mesmo envolvimento dos funcionários, pois eles são os meios que mantêm o
SGA em funcionamento e, por isso, precisam ser desenvolvidos.

6.2 RECURSOS

A empresa deve assegurar a disponibilidade dos recursos que serão necessários


para o estabelecer, implantar, manter e melhorar do SGA.

6.3 COMPETÊNCIAS

A empresa tem conhecimento da importância do comprometimento da sua


administração com a implementação e manutenção do Sistema de Gestão Ambiental.
Então a administração comprometeu-se a:
 Adequar suas atividades para estarem de acordo com a Norma ISO 14001;
 Capacitar todos os colaboradores para que estejam aptos a seguir o SGA;
 Identificar as possíveis necessidades de treinamento;
 Através de documentos verificar se os treinamentos foram realizados e se houve
participação efetiva dos colaboradores.
Abaixo a tabela 5 descreve a meta que será tomada para cumprir os objetivos
citados
35

Tabela 5: Objetivos e metas


OBJETIVOS METAS
Adequar as atividades para ficarem de
Criar o Plano de Gestão Ambiental
acordo com a Norma ISO 14001
Capacitar os colaboradores para estarem
Realizar treinamentos
aptos a seguir o SGA
Analisar documentos e auditorias
Identificar as necessidades de treinamento
ambientais
Ver através de documento se os
treinamentos foram realizados e se houve Conferir documentos
participação efetiva dos colaboradores
Fonte: Os autores, 2021.

Serão feitas pequenas reuniões quinzenais para examinar o andamento do SGA,


onde serão discutidas as seguintes pautas: Ações que obtiveram sucesso, ações que não
obtiveram sucesso, possíveis soluções para as ações que não obtiveram sucesso e se
surgiu um novo problema. Informações que serão registradas em ata pelo gestor da
empresa, para manterem o programa SGA com contínua melhoria.

6.4 DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES

Para a implementar e manter o sistema de gestão ambiental, deve-se distribuir as


responsabilidades para cada colaborador. As tarefas deverão divididas entre
administração, coordenação do SGA e colaboradores, bem como, suas respectivas
responsabilidades para contribuir no desempenho da implementação do sistema.
É de fundamental importância que todos estejam diretamente envolvidos na
elaboração e no comprometimento do funcionamento do Sistema de Gestão Ambiental.
Na tabela 5 estão elencadas as responsabilidades de cada colaborador.

Tabela 6: Responsabilidades
Responsabilidades Coordenadores do Administrativo Operacional
SGA

Identificação de x x x
36

aspectos ambientais

Classificação dos x
impactos
ambientais

Desenvolvimento x x
da política
ambiental

Desenvolvimento x x
de objetivos e
metas

Desenvolver e x x
coordenar
treinamentos

Desenvolver x
procedimentos para
situações de
emergenciais

Implantação do x x
SGA

Comunicação x x x
Interna e Externa

Verificações e x x x
Ações Corretivas

Promover x x x
Melhoria Contínua

Fonte: Os autores, 2021.


37

6.4.1 Comunicação

Em relação aos aspectos ambientais, SGA, ISO 14001 a empresa deve estabelecer
e manter procedimentos para a comunicação interna e externa, visando a expansão que
serão desenvolvidas ações junto a sociedade, compartilhando os objetivos da empresa
tornando a comunicação acessível a toda a sociedade. As informações repassadas para a
empresa serão de qualidade, confiabilidade, consistência, transparência, precisa e
verdadeira com as práticas da organização.

6.4.2 Objetivos ambientais e planejamento para avaliação da execução dos objetivos

Os objetivos ambientais serão estabelecidos e mantidos para que se consiga atingir


a política ambiental determinada pela empresa. Para isso foram definidas metas e
responsabilidades sendo incluídas:

1ª- Atribuição de responsabilidades para atingir os objetivos e metas em cada


função e nível da organização;

2ª- Desenvolvimento de aplicação de técnicas e operações, e os respectivos prazos


determinados;

3ª- O alcance de objetivos e metas ambientais.

6.4.3 Conscientização na empresa

A empresa deverá estabelecer e manter procedimentos para fazer com que seus
colaboradores estejam conscientes:
 Da importância da conformidade com a Política Ambiental, procedimentos e
requisitos do SGA;
 Dos impactos ambientais de suas atividades e dos benefícios ao meio ambiente
que a melhoria do seu desempenho pessoal irá trazer;
 De suas funções e responsabilidades para atingir a conformidade com a Política
Ambiental;
38

As pessoas que irão executar tarefas que poderão causar impactos ambientais
significativos deverão ser competentes, com base em educação, treinamento e
experiências apropriadas.
39

7 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

7.1 CHECK LIST

O administrador irá conferir as medições e monitoramentos através de check lists,


onde serão realizados diariamente pelos colaboradores e o responsável irá verificar todos
os itens avaliados realizando a compilação dos dados.

7.2 REUNIÕES MENSAIS

A empresa fará uma reunião mensal com seus colaboradores com o intuito de
reforçar os itens propostos na elaboração do SGA, ouvir seus colaboradores para
esclarecer dúvidas além de receber novas ideias para futuras melhorias.

7.3 AUDITORIA DO SGA

A auditoria deverá ser realizada anualmente, verificando o preenchimento das


documentações propostas na elaboração do SGA, e também os demais requisitos legais e
ambientais que a empresa deverá estar seguindo.

7.4 ACOMPANHAMENTO

A empresa deverá estabelecer e manter procedimentos documentados para


acompanhar e medir as características principais de suas operações e atividades que
poderão ter um impacto significativo sobre o meio ambiente. Esses procedimentos devem
incluir o registro de informações para acompanhar o desempenho, controles operacionais
pertinentes e a conformidade com os objetivos e metas ambientais da empresa.
A equipe fará o acompanhamento constante das melhorias que estão sendo
alcançadas e a medição do grau de evolução obtido em relação aos seus objetivos e metas
ambientais. Onde serão monitorados os seguintes aspectos:
 Quantificação dos resíduos;
 Quantificação de energia elétrica gasta quando o sistema de gestão ambiental está
sendo seguido;
 Quantificação do volume de cobre recebido e destinado.
40

8 LIDERANÇA

8.1 LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO

Durante reuniões coletivas para discutir sobre os objetivos do programa, bem


como a responsabilidade para cada funcionário da empresa, buscando o desenvolvimento
sustentável, através de oportunidades de melhoria e soluções variadas, em relação a
implementação do sistema de gestão ambiental.
Para realizar o desenvolvimento inicial, será implementada a planilha 5W2H, que
é uma ferramenta que vai registrar de maneira mais organizada e planejada como serão
efetuadas as ações, por quem, quando, onde, porquê, como e qual o custo para a empresa.

8.1.1 Planilha 5W2H

A ferramenta 5W2H pode ser usada sozinha para colocar em prática uma decisão
simples na empresa, como a aquisição de um novo equipamento ou a execução de uma
atividade pontual. Nessas situações mais simples, o preenchimento dos campos dos
5W2H em um formulário já é suficiente para a elaboração do plano de ação.
A ferramenta 5W2H é composta por sete campos, em que devem constar as
seguintes informações:
1º) Ação ou atividade que deve ser executada ou o problema ou o desafio que
deve ser solucionado (what);
2º) Justificativa dos motivos e objetivos daquilo estar sendo executado ou
solucionado (why);
3º) Definição de quem será o responsável pela execução do que foi planejado
(who);
4º) Informação sobre onde cada um dos procedimentos será executado (where);
5º) Cronograma sobre quando ocorrerão os procedimentos (when);
6º) Explicação sobre como serão executados os procedimentos para atingir os
objetivos pré-estabelecidos (how);
7º) Limitação de quanto custará cada procedimento e o custo total do que será
feito (how much)?
41

8.1.2 Aplicação da planilha 5W2H

Tabela 7: Planilha 5W2H

Fonte: Os autores, 2021.


42

Tabela 8: 5W2H
2H
Quanto Status
Como? (How?) Custa? (How
much?)

Trabalho
representativo
Avaliando ao final do dia. Feito
não
remunerado

Avaliar durante o dia/ duas vezes


2.000 reais Fazendo
ao dia

estimado no
Uma vez ao mês a fazer
início

Uma vez ao mês, incluindo


30.000 reais a fazer
limpeza

verificando semanalmente a
quantidade de produto e repondo 50 reais o litro a fazer
quando estiver acabando

4.000 reais
Avaliando ao final do dia. incluindo o a fazer
encanamento

Fonte: Os autores, 2021.


43

9 POLÍTICA AMBIENTAL DA EMPRESA

A empresa de eletromotores em suas atividades operacionais sempre busca


aprimorar seus serviços, visando questões relacionadas ao meio ambiente e reafirma o
compromisso como empresa ambientalmente responsável, desenvolvendo uma política
ambiental visando a proteção do meio ambiente, evitando impactos ambientais e
priorizando o uso sustentável dos recursos naturais no desenvolvimento de seus serviços.
Além de todas as atividades exercidas promoverem a prevenção de acidentes de
trabalho, cuidados com a saúde dos colaboradores e a minimização de riscos identificados
dentro da empresa e também orientar os colaboradores a fim de incentivar na política
ambiental.
Com base nestes conceitos foram desenvolvidas as seguintes diretrizes:
 Utilizar de forma racional e sustentável os recursos naturais e insumos necessários
aos processos de trabalho;
 Desenvolver e ofertar um serviço que possibilite o uso racional dos recursos
naturais;
 Prevenir a poluição e riscos ambientais decorrentes de suas atividades;
 Cumprir a legislação aplicável às suas atividades;
 Realizar a gestão de resíduos de modo similar aos conceitos de redução,
reciclagem e reuso;
 Avaliação sistemática dos aspectos e impactos ambientais de suas operações
atuando de forma preventiva e, integrá-los aos processos internos e de tomada de
decisão;
 Incentivar a adoção de sistemas de gestão ambiental certificados;
 Ampliar a utilização de instrumentos e indicadores ambientais para aferir
resultados e aprimorar a gestão;
 Buscar sempre a melhoria contínua de seu desempenho ambiental por meio de
modelos de gestão, avaliação periódica de resultados, inovações e tecnologias;
 Assegurar a adoção de práticas e processos que visem à saúde e segurança
ocupacional dos colaboradores nas atividades da empresa.
44

10 PLANEJAMENTO

A fase de planejamento foi iniciada através do levantamento das áreas a serem


limitadas na implantação do SGA. Após essa fase, realizou-se um levantamento dos
aspectos e impactos ambientais com a consequente avaliação de significância dos
impactos identificados. Após essas duas etapas foi feito um estudo das legislações,
normas e resolução ambientais vigentes, para a organização conhecer quais são as suas
obrigações legais. No final desta avaliação foi proposta a política ambiental da empresa
com base na situação ambiental da empresa e nos anseios e visão de sua administração
em relação ao SGA.

10.1 IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS PROCESSOS/ATIVIDADES

A identificação das áreas da empresa que fará parte do Sistema de Gestão


Ambiental a ser implementado é extremamente importante, pois ela determina qual o
escopo das futuras auditorias, e qual o grau que irá abranger no controle dos impactos
ambientais da organização.
O escopo para o estudo de caso, foi determinado por meio da identificação em
campo por meio de, vistorias no local. Foram consideradas todas as áreas, atividades e
processos da organização na implantação do SGA, pois diminui as chances de poluição
ambiental e inconformidade legal.

10.2 OBJETIVOS AMBIENTAIS E PLANEJAMENTO PARA ALCANÇÁ-LOS

Os objetivos e as metas ambientais direcionam a empresa para um melhor


desempenho ambiental. Objetivos ambientais podem ser, reduzir o uso de água, reduzir o
descarte de resíduos sólidos ou mesmo melhorar a eficiência energética. A empresa irá
focar em consumir menos matéria-prima e insumos, para gerar menos resíduos,
adquirindo hábitos de reutilizar, reciclar, e assim lucrando mais com seus resíduos e
gastando menos com o manejo do mesmo.
45

Tabela 9: Objetivos e metas


OBJETIVOS METAS
Adequar as atividades para ficarem de
Criar o Plano de Gestão Ambiental
acordo com a Norma ISO 14001
Capacitar os colaboradores para estarem
Realizar treinamentos
aptos a seguir o SGA
Analisar documentos e auditorias
Identificar as necessidades de treinamento
ambientais
Ver através de documento se os
treinamentos foram realizados e se houve Conferir documentos
participação efetiva dos colaboradores
Fonte: Os autores, 2021.

10.3 PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA ALCANÇAR OS OBJETIVOS


AMBIENTAIS

Uma forma de alcançar os objetivos ambientais e medi-los, é através do


monitoramento de indicadores de desempenho ambientais que é um princípio
fundamental da gestão ambiental, pois sua medição permite controlar o processo,
compreendê-lo e aperfeiçoá-lo.
Os indicadores são ferramentas capazes de sintetizar informações sobre
determinada realidade.
O impacto ambiental das atividades da empresa pode ser medido por meio de
indicadores como a geração de resíduos sólidos (em toneladas), e as emissões de gases de
efeito estufa por unidade produzida (em tCO2/produto) ao longo de determinado período.
Como o objetivo ambiental da empresa é reduzir a geração de resíduos e a emissão de
gases de efeito estufa a empresa irá criar uma meta para essa redução.
Pois a empresa atualmente se desfaz do cobre através da logística reversa dando
lucro a empresa distribuidora da fiação. Ou seja, o objetivo desta empresa é reduzir a
quantidade de resíduo enviado a logística reversa.
A capacidade de avaliação do desempenho da empresa em relação à sua política
ambiental e aos objetivos a ela associado é um dos benefícios obtidos por uma
organização que calcula seu desempenho ambiental. É possível identificar oportunidades
e detectar riscos que a empresa está submetida.
46

11. APOIO

11.1. RECURSOS
Logo após o acordo de ambas as partes, a empresa irá assegurar e disponibilizar
os recursos necessários para o estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria
do SGA.

11.2 COMPETÊNCIA

A empresa de eletromotores tem conhecimento da importância do


comprometimento da sua administração com a implantação da Gestão Ambiental. Assim
sua administração compromete-se a:
 Adequar suas atividades para que estejam de acordo com a Norma ISO 14001;
 Capacitar todos os colaboradores para estarem aptos a seguir o SGA;
 Identificar as necessidades de treinamentos;
Através de documentos fará a verificação, se os treinamentos foram realizados, e
se houve participação efetiva dos colaboradores;

A tabela 10 descreve cada meta que será tomada para cumprir os objetivos citados.

Tabela 10: Objetivos e metas


OBJETIVOS METAS
Adequar as atividades para ficarem de
Criar o Plano de Gestão Ambiental
acordo com a Norma ISO 14001
Capacitar os colaboradores para estarem
Realizar treinamentos
aptos a seguir o SGA
Analisar documentos e auditorias
Identificar as necessidades de treinamento
ambientais
Ver através de documento se os
treinamentos foram realizados e se houve Conferir documentos
participação efetiva dos colaboradores
Fonte: Os autores, 2021.
47

11.3 CONSCIENTIZAÇÃO

A empresa deverá estabelecer e manter procedimentos que façam com que seus
empregados estejam conscientes:
 Da importância da conformidade com a Política Ambiental, procedimentos e
requisitos do SGA;
 Dos impactos ambientais de suas atividades e dos benefícios ao meio ambiente da
melhoria do seu desempenho pessoal;
 De suas funções e responsabilidades em atingir a conformidade com a Política
Ambiental.
As pessoas que executarão tarefas que poderá causar impactos ambientais
significativos devem ser competentes, com base em educação, treinamentos e
experiências apropriadas.

11.4 COMUNICAÇÃO

Em relação aos aspectos ambientais e SGA, a organização deverá estabelecer e


manter procedimentos para a comunicação interna entre vários níveis e funções de
organização; recebimento, documentação e resposta a comunicações pertinentes das
partes interessadas externas. As informações repassadas para a empresa precisam ser de
qualidade, confiabilidade, consistência, transparências, verdadeiras condizentes com as
práticas da organização.

11.5 GENERALIDADES

Os envolvidos no processo do SGA estão aptos a repassar as informações


necessárias aos demais membros da equipe, também, cada funcionário, pode repassar
avisos aos colaboradores responsáveis do SGA, e estes, repassam aos demais
colaboradores da empresa. Tratando-se da empresa de porte pequeno Eletromotores
Avenida, as informações sobre qualquer mudança serão de fácil acesso a todos.
48

11.6 COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA

A comunicação com partes interessadas permite assegurar a implementação eficaz


do sistema de gestão ambiental.
A ISO 14001 explicita a comunicação como um processo do sistema de gestão
ambiental, ela engloba a comunicação interna e a externa. Nas organizações fica a critério
definir:
- O quê;
- Como;
- Com quem;
- Quando comunicam.
A organização tem que assegurar a qualidade da informação a comunicar,
inclusive a sua consistência e confiabilidade. Esse é um aspecto chave da comunicação.
A informação comunicada deve ser consistente com as práticas da organização, isto é, a
comunicação tem que ser transparente, apropriada ao público a comunicar, precisa,
verdadeira, baseada em fatos e perceptível pelas partes interessadas.
A comunicação interna, entre as funções da organização, tem como objetivo
facilitar o entendimento e a cooperação de todos os colaboradores incluídos no
desempenho ambiental, para assegurar a implementação eficaz do sistema de gestão
ambiental.
Já a comunicação externa a organização deve levar em conta:
- Obrigações de conformidade, por exemplo, comunicações obrigatórias com os
organismos oficiais: tais como informação de controle dos aspectos ambientais;
- Obrigações de conformidade que a organização escreveu voluntariamente,
como: comunicação de informação ambiental relevante para um cliente no âmbito do
contrato estabelecido, publicação de relatórios ambientais, como o Relatório de
Sustentabilidade.
O processo de comunicação tem que assegurar a organização, pois responde a
comunicações relevantes sobre o seu sistema de gestão ambiental. Onde deve ser dado
destaque às formas de tratar os pedidos de informação provenientes das partes
interessadas externas, assegurando a resposta.
49

11.7 INFORMAÇÃO DOCUMENTADA

11.7.1 Generalidades

Conforme acordado com a empresa, todas as informações pertinentes aos


processos de trabalho, orçamentos, faturas de pagamento, notas fiscais de compra e
venda, documentos relacionados ao SGA, dentre as quais também destacam- se as
informações documentadas exigidas pela ISO 14001/2015 e listadas logo abaixo. Todas
estas informações deverão ser armazenadas de forma digital no computador da empresa,
separadas por pastas de acordo com diferentes assuntos.
Informações documentadas e exigidas pela ISO 14001/2015:
 Escopo disponível para as partes interessadas;
 Política Ambiental para as partes interessadas;
 Riscos e oportunidades;
 Processos;
 Aspectos e Impactos ambientais;
 Requisitos Legais Aplicáveis;
 Objetivos Ambientais;
 Evidências e Competências;
 Comunicações Internas e Externas;
 Planejamento e controle de respostas a Emergências;
 Evidências de Monitoramento, Medição, Análise e Resultados;
 Evidência de avaliação de requisitos legais;
 Programa de Resultados de Auditoria;
 Resultados das Análises Críticas;
 Natureza de Não Conformidades, Ações e Resultados.

11.7.2 Criação, Atualização e Controle da Informação Documentada

Ficou acordado entre a empresa requerente e a equipe executora que todas as


informações da empresa, independente do assunto, serão documentadas de forma digital
e deverão ficar salvas no computador da empresa.
50
51

12 OPERAÇÃO

12.1 OPERAÇÃO E CONTROLE OPERACIONAL

Serão estabelecidos alguns critérios para os processos, para atender os requisitos


do Sistema de Gestão Ambiental:
 Todas as informações referentes à empresa serão documentadas de forma clara e
de fácil compreensão a todos os colaboradores e arquivadas digitalmente no
computador da empresa, realizando revisões e atualizações mensalmente ou
sempre que necessário;
 Todos os colaboradores da empresa devem estar cientes e compreender a nova
política ambiental, respeitando e pondo em prática todas as atividades,
obedecendo às diretrizes da política ambiental implantada;

12.2 PREPARAÇÃO E RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

Algumas medidas devem ser adotadas para evitar riscos e emergências:


 Sinalizar a empresa com as saídas de emergência;
 Promover treinamentos com os colaboradores, dando as instruções necessárias de
como utilizar extintores de incêndio;
 Orientar, prover e impor ao funcionário o uso de equipamentos de proteção
individual;
 Disponibilizar acesso rápido em casos de urgência, contatos de emergências,
como: ambulâncias e bombeiros;
 Pôr à disposição kit de primeiros socorros.
52

13 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

13.1 MONITORAMENTO, MEDIÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO

A empresa deverá estabelecer e manter procedimentos documentados para


monitorar e medir as características principais de suas operações e atividades para
verificarem aquelas que poderão ter um impacto significativo sobre o meio ambiente. Tais
procedimentos deve incluir o registro de informações para acompanhar o desempenho,
controles operacionais pertinentes e a conformidade com os objetivos e metas ambientais
da empresa.
A equipe fará o monitoramento constante das melhorias que estão sendo
alcançadas e a medição do grau de evolução obtido relacionados aos seus objetivos e
metas ambientais.

13.2 AUDITORIA INTERNA

A auditoria vai ser realizada anualmente, onde irá ser verificado o preenchimento
das planilhas propostas na elaboração do SGA, além dos demais requisitos legais e
ambientais que a empresa deve estar seguindo.
Os responsáveis fiscalizarão a empresa para confirmar se todos os colaboradores
conseguiram se adaptar e realizar os procedimentos sugeridos no SGA, bem como avaliar
as sugestões da equipe executora e dar sua opinião sobre ações de melhorias, correções
ou mudanças necessárias.

13.3 ANÁLISE CRÍTICA PELO PROPRIETÁRIO

Como estabelecido inicialmente, a equipe executora do SGA vai gerar relatórios


e gráficos com os índices de adequação da empresa ao SGA, mostrando os resultados
obtidos e os pontos que deverão ser melhorados ou monitorados com uma frequência
maior.
Assim, o proprietário da empresa poderá analisar internamente os resultados
alcançados, juntamente com seus funcionários e determinar a eficácia do sistema de
gestão ambiental, possibilitando assim, a definição de novas estratégias para dar
53

continuidade a ampliação e aperfeiçoamento do Sistema de Gestão Ambiental da


empresa.
54

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, Otávio José de; PINHEIRO, Camila Roberta Muniz Serra. Implantação de
sistemas de gestão ambiental ISO 14001: uma contribuição da área de gestão de
pessoas. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/gp/a/95dxqvXqmwD3csMx9HmZXdw/?lang=pt&format=pdf. .
Acesso em 03 nov. 2021.

COELHO, Maria Aparecida. Sistema de Gestão Ambiental Responsável em uma


empresa multinacional: Certificação ISSO 14.000. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/291824964_Sistema_de_gestao_ambiental_ap
licado_em_uma_empresa_multinacional_certificacao_ISO_14000/link/56a66bd108ae4
4a674fe1cc7/download . Acesso em 03 nov. 2021.

CONCEIÇÃO, Aldeano da. Et al. A importância do sistema de gestão ambiental (sga) -


estudo de caso na empresa Grande Rio Honda em Palmas – Tocantins. Disponível em:
https://intranet.ifs.ifsuldeminas.edu.br/eder.clementino/GEST%C3%83O%20E%20QU
ALIDADE%20AMBIENTAL/A_IMPORTANCIA_DO_SISTEMA_DE_GESTAO_A
MBIENTAL_(SGA).pdf . Acesso em: 03 de nov. 2021.

FILHO, Jailson Rodrigues dos Santos. A importância do sistema de gestão ambiental


nas organizações . Disponível em: https://portal.fslf.edu.br/wp-
content/uploads/2016/12/Jailson_Rodrigues.pdf . Acesso em: 03 de nov. 2021.

ERBE, Margarete Casagrande Lass. Sistemas de Gestão Ambiental. Disponível em:


http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1388/Sistemas%20de%20Gestao%20
Ambiental.pdf?sequence=1&isAllowed=y . Acesso em: 03 de nov. 2021.

PM Tech Capacitação de Projetos. Disponível em:


https://www.pmtech.com.br/PMP/Dicas%20PMP%20-%20Matriz%20GUT.pdf .
Acesso em: 03 de nov. 2021.

Disponível em: https://www.tapejara.rs.gov.br/. Acesso em: 16 novembro de 2019.

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