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2 - Núcleos

Prótese Fixa II (Universidade Federal do Paraná)

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Baixado por Erica patricia santos (erica030899@hotmail.com)
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Núcleos
Restituir a parte coronária do dente para que haja retenção da prótese. O núcleo
não aumenta a resistência do dente nem da prótese.
Sempre que possível manter o dente vital, porém às vezes é necessário o
tratamento endodôntico e a colocação de um núcleo intraradicular.

Começou com elemento único, onde a parte radicular era junto com a parte
coronária, hoje em dia as próteses são feitas separadas, primeiramente o núcleo é
cimentado dentro do conduto radicular desobturado e depois a porção coronária é
cimentada.

O núcleo precisa ficar dentro do conduto radicular, porém não pode prejudicar a
estrutura dentária.

Comprimento
O comprimento deve ser de 2/3 do comprimento total do remanescente dentário,
medir após preparo.
Além disso, a obturação apical deve conter 4mm. Esse material endodôntico
serve para fechar o delta apical e evitar alguma periodontite futura.
Um dente preparado com 15 mm, deve-se preparar 10mm e deixa 5 de material
obturador. O dente, antes do preparo, era maior.
O núcleo deve ter o comprimento igual metade da inserção óssea da raiz no
alvéolo. Essa regra é valida para dentes com perdas ósseas. Um dente com 8 mm de
inserção, deve ter no mínimo 4mm do pino dentro da raiz que está dentro do alvéolo.

Forma
O conduto desobturado deve ser uma forma do canal radicular ampliado. A
desobturação deve seguir a forma, oitavada, circular ou oval.
Quanto mais paralelas as paredes do núcleo, maior retenção este terá. Ele deve
seguir uma forma cônica continua em direção ao ápice.
Pinos paralelos não permitem cimentação e escoamento do material.
Analisar a anatomia da raiz pela radiografia, entrada dos canais e conhecimento
prévio.

Diâmetro
O diâmetro ideal de um pino dentro do canal é de 1/3 do diâmetro do dente.
Pinos finos não apresentam resistência e os grossos tem chance de fraturar a
raiz.

Superfície do Pino
As superfícies podem ser lisos, rosqueados, serrilhados e jateados.

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Núcleo metálico fundido geralmente é jateado com óxido de alumínio que gera
micro retenções, que fazem um atrito mecânico nestas retenções aumentando assim a
retenção à tração.
Os rosqueados são os mais resistentes, porém só são instalados intra dentinários,
não no conduto radicular, eles enfraquecem muito quando colocados no canal. Ele cria
tensões internas que levam a fratura do dente.
Os serrilhados são muito utilizados.

Remanescente Coronário
O ideal é um chanfro supragengival. Quanto maior o remanescente dentário,
melhor a retenção e resistência.
Ele determina qual material usar. Mais de dois milímetros de estrutura pode-se
usar núcleo metálico fundido, pino de fibra de vidro ou pino de fibra de carbono.
Se tiver menos que 2 mm, só pode usar núcleo metálico fundido.

Material
O pino de fibra de vidro tem uma elasticidade mais baixa que a do metal, ou
seja, ele tem maior flexão. Uma coroa com esforço mastigatório tende a movimentar o
pino de fibra de vidro, permitindo a recidiva de cárie.
O metálico fundido pode ser usado sempre, porém ele é ruim de estética. A fibra
permite melhor passagem de luz, favorecendo o efeito de translucidez do esmalte.

Efeito Férula

Cimentação

Moldagem radicular Direta

Desobturar com a broca de largo o tamanho ideal para a instalação do núcleo.


Moldagem com o Pinjet. Ele deve entrar suave sem pressão. Se necessário afinar
um pouco o pinjet.
Passar vaselina em todo o conduto para a resina acrílica não grudar. Envolver
uma lima com algodão e esfregar. Muita vaselina altera a polimerização do monômero.
Levar a resina acrílica no conduto radicular, ela pode ser levada por 3 formas,
técnica de Nylon levando com pincel, monômero e pó; levar com Lentulo, essa broca
funciona no micro motor, em baixa velocidade e no sentido horário, na fase arenosa
(inicial) ou com o pinjet quando a resina estiver na fase fibrosa.

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O acrílico deve ser bem manipulado, para a resina obter melhores propriedades.
Fazer a parte coronária. Molhar a espátula no monômero e esculpir a parte
coronária, dando o formato de um dente preparado.
Analisar a moldagem e ver se o conduto tem ou não degraus e retenções.
Restaurar essa falha ou alargar um pouco mais o canal obtendo maior expulsividade.
Quando entrar na fase borrachosa, retirar do canal e jogar na agua fria para a
fase de liberação de calor e evitar a contração e deformação.
Preparar a porção coronária, deixando-a no formato normal. Usar fresas ou
brocas diamantadas em baixa rotação.

O preparo coronário deve conter as duas inclinações em torno de 2º e 6º


convergência a oclusal, 2mm a menos de comprimento que o dente vizinho, tem que ter
uma área de retenção palatina acompanhada da concavidade e apresentar o efeito
férula.
A parte radicular deve copiar a forma interna do canal. Em tamanho e espessura.

1. Remover o provisório, neste caso há o pino daves ou remover o cotosol.


2. Antes de provar o núcleo metálico que veio do laboratório, limpar o
canal com EDTA. Sempre ficam restos de cimentos.
3. Adaptar o núcleo, na fundição pode criar bolhar. Se necessário, usar o
carbono liquido ou em spray. Onde ele sair, significa que está tocando.
4. Cuidar com a contaminação do canal, o ideal é trabalhar com isolamento
absoluto, mas o relativo já é o suficiente. Não pode ir saliva para dentro
do canal.
5. Adaptar se necessário.
6. Fazer o jateamento com oxido de alumínio. Fazer micro retenções no
pino que favorecem a cimentação.
7. Radiografia de confirmação da posição do pino.
8. Nova limpeza do conduto para remover o carbono líquido. Usar EDTA.
9. Secar o conduto com pontas de papel absorvente.
10. Cimentação com Cimento de Fosfato de Zinco ou Cimento Resinoso.

A cimentação do Cimento Fosfato de Zinco deve ser peita numa placa grossa
para liberação do calor, espalhar bem na placa com uma espátula 24 até consistência
fluida. 1/16, 1/16, 1/8, ¼ , ¼ e ¼.
Pinos com pouca retenção usar os cimentos Multilink ® e Panalink 21®

O cimento deve ser levado com lentulo e depois colocar no pino e levar ao
conduto.
Segurar de 5 a 7 minutos que é a presa inicial.
Não colocar broca antes de 48 horas da cimentação, pois ele demora a pegar a
presa final.

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Moldagem radicular indireta


Essa situação exige mais horas clinicas e sofre a variação dos materiais de
moldagem. Ela é vantajosa quando se trata de grandes reabilitações.

Moldagem com o pinjet ou dente de pente de cabelo.


O pinjet já deve estar cortado para não bater na moldeira.
A moldagem deve ser feita com silicona de condensação ou adição, tanto o
pesado com o alivio e o leve.
Injetar o material fluido dentro do canal radicular, ir com lentulo ou pinjet
movimentando para não formar bolhas.
Quando for mais de um dente, moldar cada canal separadamente.

Vazar o gesso
O núcleo é feito indiretamente no laboratório. Os pinos dos molares são feito
bipartido.
Provisório também feito no laboratório.

Núcleo Bipartido
Muita estrutura dentária apenas o canal distal ou palatino já é o suficiente,
porém quando tem pouco esmalte dentina remanescente, é necessário dois canais.
Se esses canais estiverem paralelos, o núcleo é único, porém se estiverem
divergentes, fazer o núcleo bipartido, um encaixa no outro, formando um ângulo.
Cimentar os dois juntos.
Outra opção é o trans passado, onde um núcleo encaixa no outro.

Núcleos de Fibra de Vidro

Passar silano duas vezes, durante um minuto, com o microbrush, no pino de


fibra de vidro de acordo com a recomendação do fabricante.
O sistema de Dentisply® tem que misturar dois líquidos diferentes, base e
catalizador, esperar um tempo, e depois passar duas vezes de 20 segundos, secar e
passar uma nova camada, seca e fotopolimerizar.
O silano forma uma camada hibrida no conduto radicular.

Para preparar o conduto radicular, seguir as mesmas recomendações do


fabricante.
Limpar o conduto com pedra pomes e agua, jato de bicarbonato ou clorexidina.
Irrigar bem com hipoclorito. Secar o conduto radicular, mas não ressecar.
Aplicar o produto durante 20 segundos no interior do canal, remover o sistema
adesivo em excesso. Ele só toma presa com a presença do cimento.
E usar o sistema adesivo que varia de acordo com a técnica.

Baixado por Erica patricia santos (erica030899@hotmail.com)


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A partir dai já temos o núcleo preparado na parte coronária e dai só resta


restaurar com resina composta.

A Dentisply® criou um sistema de união ao dente diferente, sistema adesivo


primer-bond dual, para isso ela criou o self-plus que é um liquido que se mistura ao
adesivo e o transforma em auto polimerizável. E esfregar durante um minuto dentro do
canal, remover o excesso e cimentação do pino.

Para cimentar o pino, usa-se o Cimento Resinoso indicado, a cor não interfere
tanto. O cimento é dual, então precisa polimerizar durante um minuto e depois disso
faz-se a porção coronária. Remover o excesso de cimento da câmera pulpar.

Para indicar o pino de fibra, deve-se ter no mínimo 2mm de estrutura


dentária. A própria estrutura dentária reconstruída é pequena. O risco de flexão é
menor, logo não infiltra a cárie.
Menos que 2mm ocorre movimentação do núcleo, podendo fraturar ou se soltar.

Esse sistema deve ser feito com isolamento absoluto, a umidade aqui interfere
com a presa do adesivo e do cimento resinoso.
Preparar o canal na mesma medida de 2/3 do remanescente dentário e 1/3 do
diâmetro. Nessa situação não é necessário preparar o dente, apenas remover a cárie e
preparar o conduto.
Usar o pino de acordo com a raiz existente. O sistema da Angelus® tem várias
numerações, o pino número 1 tem 1,0 mm, largo 3, o número 2: x 1,25mm, largo 4, e o
número 3: 1,5mm, largo 5. Para cada pino tem uma broca específica, alguns usam a
broca largo.
A broca sempre será um pouquinho maior para escoamento do cimento e melhor
posicionamento.
Existem pinos anatômicos que além de ter diâmetros diferentes, tem a
possibilidade de ter a parte apical mais cônica para não enfraquecer a estrutura dentária
e não fraturar ou perfurar.

Baixado por Erica patricia santos (erica030899@hotmail.com)

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