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18/09/2019

REFINO DE PETRÓLEO
Prof. Daniela Sayão

REFINARIA
❖ Uma refinaria de petróleo, ao ser planejada e construída, pode destinar-se
a dois objetivos básicos:

✓ produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas;


▪ Maioria dos casos – a demanda por combustíveis é muitíssimo maior
que a de outros produtos.

✓ produção de lubrificantes básicos e parafinas.


▪ grupo minoritário cujo objetivo é a maximização de frações básicas,
lubrificantes e parafinas

▪ Estes produtos têm valores agregados cerca de duas a três vezes


maiores que os combustíveis

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REFINARIA

❖ Produção de lubrificantes básicos e parafinas

▪ No Brasil, não temos nenhuma refinaria dedicada exclusivamente à


produção de lubrificantes e parafinas

▪ Algumas refinarias possuem conjuntos que têm esse objetivo e


funcionam quase como refinarias independentes.

▪ Reduc (Refinaria Duque de Caxias – RJ), RLAM (Refinaria Landulpho


Alves – BA) e Lubnor (Lubrificantes do Nordeste – CE)

REFINARIA
❖ Óleos Lubrificantes

▪ Frações de petróleo compreendidas na faixa do gasóleo

▪ Cada tipo de óleo lubrificante é adequado para um tipo de lubrificação

▪ As refinarias produzem óleos lubrificantes básicos de diferentes faixas de


viscosidade
✓ Os cortes combinados entre si e aditivados cobrem uma vasta gama de
aplicações

▪ Apenas óleos de origem parafínicas e naftênicas são utilizados na


fabricação de óleos lubrificantes

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REFINARIA
❖ Óleos Lubrificantes

▪ Automotivos ▪ Ferroviários ▪ Industriais


✓ Veículos leves ✓ Mancais ferroviários ✓ Hidráulicos
✓ Veículos pesados ✓ Motores ferroviários ✓ Turbinas
✓ Agricultura/Offroads ✓ Motores a gás
✓ Engrenagens ▪ Marítimos ✓ Lubrificação por névoa
✓ Fluidos ✓ Engrenagens
✓ Pequenas embarcações
✓ Graxas ✓ Óleos isolantes
- gasolina
✓ Hidráulicos ✓ Óleos básicos
- diesel
✓ Compressores de ar
✓ Navios
▪ Aeronáuticos ✓ Compressores de refrigeração
- motores marítimos
✓ Compressores de gás
▪ Motores radiais
✓ Aplicações diversas
▪ Motores a pistão
✓ Graxas

REFINARIA
❖ Óleos Lubrificantes de origem naftênica

▪ Baixos pontos de fluidez , baixos índices de viscosidade e elevado poder de


solvência

▪ São óleos relativamente baratos

▪ São utilizados na formulação de óleos de lavagem (flushing), óleos para


compressores frigoríficos e óleos para lubrificação em condições de baixa
temperatura

▪ São produzidos apenas na Lubnor

Hidrocarbonetos Naftênicos = Cicloalcanos

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REFINARIA
❖ Óleos Lubrificantes de origem parafínica

▪ São de excelente qualidade

▪ Possuem alto índice de viscosidade embora tenham um alto ponto de


fluidez e um baixo poder de solvência (quando comparados com óleos
naftênicos)

▪ Indicados para a formulação de lubrificantes para motores a combustão,


óleos para sistemas hidráulicos, para engrenagens, e para trabalhos em
condições severas (altas temperaturas e pressões)

Hidrocarbonetos Parafínicos = Alcanos

REFINARIA
❖ Óleos Lubrificantes

ÓLEOS BÁSICOS
Desasfaltação a propano
Desaromatização a furfural
Desparafinação a MIBC
Desoleificação a MIBC

ÓLEOS
LUBRIFICANTES

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REFINARIA
❖ Produção de lubrificantes básicos e parafinas.

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Desasfaltação a Propano

▪ O resíduo da destilação a vácuo pode conter um gasóleo de alta viscosidade

HC de baixa massa
molar solubilizam as Possui um
DESASFALTAÇÃO bom poder
cadeias iso/parafínicas e
precipitam as resinas e A PROPANO solvente e
os asfaltenos seletividade

▪ Utiliza-se um processo de separação que consiste no uso de propano líquido


a alta pressão como agente de extração.

▪ Este gasóleo seria impossível de ser obtido através da destilação

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Desasfaltação a Propano

▪ Trata-se de um processo relativamente simples, formado por três seções


principais: extração, recuperação de extrato e recuperação de rafinado.

▪ Temperatura de extração: 65 – 90ºC

Propano e óleo
desasfaltado

Asfalto e
propano

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Desasfaltação a Propano

De acordo
com o
esquema
do refino

▪ Óleo desasfaltado será incorporado ao gasóleo pesado (GOP) e seguir para a


unidade de craqueamento catalítico – para conversão em nafta e GLP

▪ Óleo desasfaltado irá gerar, em função da sua viscosidade, um óleo


básico Brightstok ou óleo de cilindro, que serão submetidos a processos
posteriores para melhoria de sua qualidade

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Produção de lubrificantes

▪ Para melhorar algumas de suas propriedades físicas, os lubrificantes básicos


são submetidos a processos de tratamento

Temperatura Viscosidade

▪ Viscosidade do lubrificante deve ser mais constante possível:


✓ Não queremos que o óleo “afine” (diminua a viscosidade)
✓ Não queremos que o óleo “engrosse” (aumente a viscosidade)

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Produção de lubrificantes

▪ Para se avaliar o modo que a viscosidade varia com a temperatura foi criado
o Índice de Viscosidade (I.V):
✓ Viscosidade do óleo a 2 temperaturas (100ºF e 210ºF – 37,8ºC e 98,9ºC)
✓ Quanto MAIOR o I.V MENOR é a variação com a temperatura
(melhor será a qualidade do óleo sob esse aspecto)

▪ Os hidrocarbonetos parafínicos apresentam as menores variações de


viscosidade X temperatura

▪ Os hidrocarbonetos aromáticos apresentam as maiores variações de


viscosidade X temperatura Menores I.V

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Produção de lubrificantes

▪ Para se avaliar o modo que a viscosidade varia com a temperatura foi criado
o Índice de Viscosidade (I.V):
✓ Viscosidade do óleo a 2 temperaturas (100ºF e 210ºF – 37,8ºC e 98,9ºC)
✓ Quanto MAIOR o I.V MENOR é a variação com a temperatura
(melhor será a qualidade do óleo sob esse aspecto)

▪ Os hidrocarbonetos parafínicos apresentam as menores variações de


viscosidade X temperatura

▪ Os hidrocarbonetos aromáticos apresentam as maiores variações de


viscosidade X temperatura Menores I.V

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Desaromatização

▪ Desenvolvimento de vários processos de desaromatização (através de


extrações)
▪ Solventes de características aromáticas

Fenol

▪ O objetivo é promover o aumento do índice de viscosidade dos óleos


lubrificantes (quanto maior I.V, menor será a variação da viscosidade do
produto com a temperatura)

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Desaromatização a furfural

▪ Emprego do Furfural como solvente de extração de compostos aromáticos


polinucleados de alto peso molecular no processo de fabricação de
lubrificantes
▪ Temperatura de extração: 50 – 150ºC

90% óleo e
10% furfural

90%Furfural e 10%
resíduo aromático

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Desparafinação a MIBC

▪ Objetivo: remover determinados compostos parafínicos que possuem


altos pontos de fluidez

▪ Estes compostos dificultam o escoamento do óleo lubrificante quando se


está a baixas temperaturas
n - parafinas

metil-isobutilcetona
(MIBC)

▪ O solvente ideal para esta operação deve ser tal que todo o óleo seja
diluído, ao mesmo tempo em que ocorra precipitação das parafinas.

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
Adicionada ao gasóleo como carga de
craqueamento catalítico ou sofre
❖ Desparafinação a MIBC desoleificação para produção de
parafinas comerciais

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Desoleificação a MIBC

▪ A desoleificação a MIBC é um processo idêntico à desparafinação, apenas


realizada em condições mais severas, visando à remoção do óleo contido
na parafina, de forma a enquadrá-la como produto comercial.

▪ Para fins comerciais, obtém-se o produto conhecido como parafina dura,


que pode ainda ser processado na unidade de hidrotratamento para
posterior especificação.

▪ O produto principal, no entanto, é conhecido como parafina mole, obtida


após o tratamento a MIBC da fração oleosa vinda do processo de
desparafinação e posterior filtração. A parafina mole pode ser utilizada
na produção de geléias, óleos, vaselinas e outros produtos
farmacêuticos, bem como ser reprocessada através de craqueamento.

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
❖ Desoleificação a MIBC

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