Você está na página 1de 33

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA- FACULDADE DE

TECNOLOGIA VICTOR CIVITA – FATEC TATUAPÉ CURSO DE TECNOLOGIA EM


TRANSPORTE TERRESTRE

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO METRÔ E DA CPTM – SÃO PAULO

Paula Alves de Carvalho

Flavio Britto

Camila Silva Joaquim

São Paulo, 2020


1. INTRODUÇÃO

Sistema de Gestão Ambiental é um conjunto de ações para gerir e administrar uma empresa. Ele
determina como as empresas deverão realizar a gestão de meio ambiente, quais indicadores precisam
ser monitorados e como os processos afetarão o meio ambiente. Ele é estabelecido pela NBR ISO 14001
e pela ISO 14000. Esse sistema pode ser aplicado, independente do porte da empresa.

 Normas

ISO 14000 são um conjunto de normas com requisitos para as empresas que desejam uma
certificação, visando reduzir os danos ambientais de suas atividades.

ISO 14001 é uma norma internacional que regularmenta o SGA.

ISO 19001 é uma norma que certifica os SGA e define os requisitos de padronização para
implantação do sistema.

ISO 19011 é uma norma criada para orientar a realização de auditoria dos sistemas de gestão.

1.1 Empresa de transporte coletivo de passageiros em São Paulo

Conta com ações voltadas para a sustentabilidade e meio ambiente, como o programa 5S,
Destinação de rejeitos de óleos e lubrificantes para empresas de refino e reciclagem, sistemas de
tanques para separação de óleo e graxa da água, após lavagem de peças; estopas substituídas por
flanelas, descarte correto de pilhas e baterias, separação de lixo e redução de uso de papel através da
instalação de secadores automáticos de mão nos banheiros.
A empresa conta com autorização e alvarás de funcionamento da CETESB, IBAMA, Bombeiros e
ANP devido à presença de postos de abastecimento.
1.2 Programa 5S

é um programa de gestão de qualidade empresarial desenvolvido no Japão, cuja principal vantagem é


estimular a mudança comportamental em todos os funcionários da empresa, tornando todos
comprometidos com a organização, zelo e administração do local.

 Seiri – Senso de utilização – separar o necessário do desnecessário

 Seiton – Senso de organização – manter as coisas em seus devidos lugares

 Seiso – Senso de limpeza – limpar e cuidar do ambiente

 Seiketsu – Senso de padronização – regras para limpeza e organização

 Shitsuke – Senso de disciplina – comprometimento para transformar regras em hábitos


2. COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO- METRÔ

O Metrô e suas atividades estão inseridas dentro de um contexto no meio ambiente, sua
existência deve ser harmônica com tudo o que tem ao seu redor evitando ações que possam impactar
de maneira o solo, a água, o ar, a fauna, a flora, o ser humano e tudo o que está em seu entorno.

Para tanto, precisamos que as pessoas estejam conscientes e com a mentalidade voltada ao
equilíbrio social, econômico e de preservação para podermos adequar as atividades e rotinas visando
eliminar ou reduzir a possibilidade de gerar impactos ao meio ambiente.

O Sistema de Gestão Ambiental implantado no Metrô está estruturado para trabalhar o desafio
de proporcionar o alcance dos resultados esperados aliados com a preservação do meio ambiente.

Partes Interessadas no Sistema de Gestão Ambiental

 Sociedade
 Lindeiros
 Passageiros
 Órgãos Fiscalizadores (CETESB, IBAMA, etc.)

O Sistema de Gestão Ambiental segue a Política Integrada de Qualidade, Meio Ambiente,


Segurança e Saúde Ocupacional.

2.1 Sistema De Gestão Ambiental - SGA (ABNT NBR ISO 14001:2015)

Parte do sistema de gestão é usado para gerenciar aspectos ambientais, cumprir requisitos legais
e outros requisitos e abordar riscos e oportunidades.

Objetivos do Sistema de Gestão Ambiental ISSO 14001

 Objetivo 1 - Reduzir o consumo de água potável.

 Objetivo 2 - Aprimorar o gerenciamento dos aspectos ambientais provenientes dos serviços


prestados por empresas contratadas.

 Objetivo 3 - Racionalizar a utilização de recursos e reduzir a geração de resíduos.

 Objetivo 4 - Reduzir consumo de energia elétrica nos edifícios e estações.

 Objetivo 5 - Sistematizar o processo de compras e contratações sustentáveis


2.2 Aspectos Ambientais

Os processos desenvolvidos na empresa geram Aspectos Ambientais, ou seja, elementos que


podem impactar o meio ambiente. Nesses processos são gerados produtos indesejáveis, por exemplo:

Em um processo de manutenção, além do equipamento revisado e reparado também são


gerados resíduos como panos contaminados, estopas sujas com graxa, embalagens vazias, emissões e
efluentes. Esses Aspectos Ambientais podem gerar impactos ao meio ambiente seja na hora de dar
destinação a um resíduo ou pela emissão de poluentes ou liberação de efluentes contaminados na água
ou mesmo no consumo demasiado de recursos da natureza.

Para evitar e minimizar os Impactos ao meio ambiente é preciso levantar os Aspectos Ambientais
gerados nas atividades de cada área da Companhia e seus potenciais impactos e gerar ações de controle,
redução e eliminação.

3.LEVANTAMENTO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS – LAIA

O LAIA gerado em cada processo no Metrô e seus potenciais impactos foram identificados e são
avaliados regularmente para evitar ocorrências e impactos.

A Companhia criou o Manual MAN-09-204 para atender principalmente o 5º objetivo do Sistema


de Gestão Ambiental: Sistematizar o processo de compras e contratações sustentáveis. Esse manual
elenca critérios de sustentabilidade que devem ser considerados nos processos de contratação desde o
seu estudo de viabilidade. Exemplos de Critérios de Sustentabilidade: Assegurar economia no consumo
de água e energia; minimizar a geração de resíduos; utilizar produtos de baixa toxidade; buscar maior
vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra. O procedimento PG 70-013 define os tipos de
resíduos perigosos gerados, as rotinas para armazenamento e destinação correta. Os locais de
acondicionamento dos resíduos e seus recipientes são identificados com rótulos e cartazes. Esses
resíduos perigosos possuem Ficha de Dados de segurança de resíduos químicos, essas fichas trazem as
características de cada resíduo, cuidados no manuseio, EPIs necessários e cuidados no armazenamento.
Figura: bacia de contenção: evita que derramamento de óleo caia diretamente no solo

Fonte: Metroclick

4.DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS

Em 2019, o Metrô de São Paulo destinou 231,65 toneladas de resíduos classe I, reciclando e
reaproveitando 32,4‰ deste total e o restante, 67,6‰ foi encaminhado para coprocessamento.

O Coprocessamento é uma tecnologia que permite utilizar resíduos industriais e urbanos como
combustíveis alternativos na produção de cimento, evitando que esses resíduos sejam descartados no
meio ambiente e ao mesmo tempo reduz a necessidade de recursos energéticos não renováveis pela
indústria.

OS RESÍDUOS DE CLASSE I são resíduos que apresentam periculosidade e características como


inflamabilidade, toxidade, corrosividade, patogenicidade e reatividade. Os locais de acondicionamento
dos resíduos e os recipientes utilizados são identificados com rótulos e cartazes.
Figura: Resíduos perigosos- Tipo I

Fonte: Metroclick

4.1 RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS – CLASSE II

São resíduos como borracha, vidro, madeira, sucatas metálicas, papéis, todos não contaminados.

Em 2019, foram encaminhados, aproximadamente, 570 toneladas em caçambas brancas para o


aterro Classe II:

 Borracha
 Fibra de vidro
 Madeira
Figura: resíduo classe II armazenado

Fonte: Metroclick

Em 2019, foram encaminhadas aproximadamente 990 toneladas de resíduos para


reaproveitamento/reciclagem vendidos por meio de leilão.

Figura: Alumínio e Papelão para reciclagem


Fonte: Metroclick

Figura: Trilhos vendidos como sucata

Fonte: Metroclick

5. MONITORAMENTO E MEDIÇÃO
 Uma organização precisa estabelecer, implementar e manter procedimentos para monitorar e
medir as principais características que podem ter um impacto socioambiental significativo.

No Metrô de São Paulo são realizados monitoramentos e medições para que sejam garantidos os
aspectos da Política Integrada e atender aos requisitos da legislação vigente.

São monitoradas e medidas atividades provocadas por ruídos e vibrações, áreas contaminadas e
efluentes em pátios de manobra, estações, linhas, arredores e obras de futuras estações.

Figura: Barreira Acústica da estação Brás

Fonte: Metroclick

6. COLETA SELETIVA
O Metrô separa para destinação adequada materiais como papel, plástico, metal, vidro e
resíduos não recicláveis, atendendo a lei nº 14.973 de 11 de Setembro de 2009, que dispõe sobre a
organização de sistema de coleta seletiva nos grandes geradores de resíduos sólidos no município de
São Paulo.

A coleta seletiva está presente em diversos ambientes do Metrô: escritórios, estações e pátios.

Figura: lixeira de coleta seletiva na estação

Fonte: Paula Alves

A melhoria contínua do desempenho e, em consequência, da satisfação do conjunto de partes


interessadas é objetivo permanente do Metrô – SP. Para isto a empresa investe constantemente no
aprimoramento tecnológico, na melhoria de seus processos de trabalho e em modelos de gestão
administrativa que assegurem eficiência e eficácia em sua gestão.

Explicita estes compromissos em seus direcionadores estratégicos e em sua política integrada


de qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional.
Na última década, passou também a buscar conformidade com normas internacionais em sua
abordagem para lidar com a qualidade de seus serviços, a saúde e segurança de seus empregados e
eventuais impactos adversos de suas operações sobre o meio ambiente.

7. CPTM
O planejamento estratégico empresarial elaborado pela CPTM, para o exercício 2019 à 2024,
estabeleceu os objetivos e as metas estratégicas que serão adotadas para atuação da empresa no
mercado, trazendo assim, um impulso inovador,com definição de perspectivas, objetivos e estratégias
institucionais, regulado de acordo com as diretrizes de sustentabilidade, transparência e governança,
bem como com a legislação vigente, proporcionando, desta forma, a interação de todos os empregados
de todos os departamentos da empresa, com o firme propósito de ofertar um serviço de transporte
público de qualidade e excelência e de notória satisfação.

Para tanto, uma das ferramentas para a prática das diretrizes ambientais inseridas no
planejamento estratégico da empresa é a promoção de uma Política de Meio Ambiente, a qual visa
readequar a estruturação dos processos internos executados pela empresa, através da adoção de um
sistema integrado de gestão ambiental, composto de normas ambientais e de qualidade.

A Política Ambiental da CPTM, definirá, metas, programas, objetivos e responsabilidades a serem


seguidas pela empresa referentes às atividades de gestão ambiental para regularização legal dos
processos e serviços executados pela CPTM. A Política Ambiental da CPTM foi desenvolvida pela
Gerência de Meio Ambiente- GEA e está em processo de aprovação.

7.1 PLANEJAMENTO E METAS ESTRATÉGICAS

As metas estratégicas atribuídas à Gerência de Meio Ambiente – GEA, estão associadas ao


OBJETIVO ESTRATÉGICO 7: “PROMOVER UMA INTENSA POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO
AMBIENTE” sendo apresentadas a seguir:

Regularização de 100% das Licenças Ambientais de Instalação (LI) e de Operação (LO);

Atendimento de 100% das compensações ambientais de manejo arbóreo – Fase 1;

Regularização das condicionantes e exigências das Licenças Ambientais de Instalação (LI) – 100% e de
Licenças Ambientais de Operação (LO) – 100% da Linha 13 e 30% LO Regularização;

Realizar o Gerenciamento e Recuperação de 30% das áreas consideradas contaminadas.

As atividades de planejamento e gestão sustentadas por uma estratégia ambiental bem definida
e integrada aos processos e as rotinas de trabalho das equipes da CPTM, garantem benefícios sob o
aspecto econômico, financeiro e ambiental para a Empresa, para os funcionários e para os passageiros
que utilizam o sistema como por exemplo:

Os principais objetivos da Gerência de Meio Ambiente e seus departamentos são:

 Garantir a regularidade ambiental da CPTM através do cumprimento das normas e leis vigentes
 Atender ao licenciamento ambiental em todas as suas etapas
 (concepção, projetos, obras, operação e manutenção), promovendo a melhoria contínua
 Internalizar as variáveis ambientais na concepção de projetos, empreendimentos futuros da
Companhia, na operação e manutenção
 Garantir a viabilidade econômica, ambiental e social dos empreendimentos
 Implementar o conceito de sustentabilidade na elaboração projetos, obras, operação e
manutenção da Empresa.
8. Gestão Ambiental.

A Gerência de Meio Ambiente – GEA desenvolve diversas ações no sentido de consolidar um


Sistema de Gestão Ambiental com o objetivo principal de regularização ambiental da Empresa.

Essas ações são resumidas da seguinte forma:

 Implantação de uma nova Política de Meio Ambiente;


 Estruturação e implementação de 9 Programas Ambientais Corporativos, que estabelecem
critérios e criam uma base de dados
 Criação do INFOGEA;
 Atualização de normas e procedimentos, simplificando e facilitando suas aplicações e
entendimento;
 Melhoria na relação institucional, através de reuniões periódicas com todas as áreas de interesse
da CPTM;
 Estabelecimento de critério único para a gestão ambiental na empresa que possibilitará a criação
de indicadores ambientais;

Essas ações são estruturantes deste novo sistema de gestão ambiental da CPTM que somadas a
outras ações técnicas e práticas de sua rotina, formam a engrenagem necessária para atingir a plenitude
do seu plano de metas, totalmente voltado em um primeiro momento para a regularização ambiental da
empresa, principalmente perante aos órgãos ambientais e aos órgãos fiscalizadores.
Na imagem abaixo e possível visualizar como o novo conceito de gestão ambiental é atualmente
praticado na Companhia.
9. PROGRAMAS AMBIENTAIS.

Os programas ambientais objetivam apresentar e consolidar as diretrizes e ações necessárias


para o atendimento legal e normativo, incluindo o licenciamento ambiental do sistema ferroviário frente
ao órgão ambiental.

Considerando as atividades exercidas pela CPTM e os impactos ambientais ocasionados, foram


desenvolvidos programas ambientais para minimização de seus impactos negativos.

9.1 PROGRAMA PARA ÁREAS AMBIENTALMENTE PROTEGIDAS E VEGETAÇÃO:

Objetivam-se com a execução deste Programa a estão eficazes da vegetação com potencial de
interferência nas atividades da CPTM, bem como o planejamento das ações de expansão e
modernização da rede ferroviária, garantindo a minimização dos impactos sobre a vegetação nativa e
áreas ambientalmente protegidas e consequentemente, reduzindo a necessidade de ações de
compensação.

9.2 PROGRAMA PARA GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS:

O objetivo deste programa é orientar a CPTM no gerenciamento de áreas contaminadas


existentes em seu território, visando reduzir para níveis aceitáveis os riscos a que estão sujeitos a
população e o meio ambiente em decorrência da exposição às substâncias provenientes das áreas
contaminadas.

9.3 PROGRAMA DE GESTÃO DE EFLUENTES E EMISSÕES:

Este programa tem como objetivo estabelecer processos, procedimentos e boas práticas nas
atividades da CPTM, visando o atendimento da

legislação e normas vigentes


9.4 Programa para Tratamento, Conservação e valorização do Patrimônio Histórico e Cultural:

Este programa visa preservar o acervo histórico cultural da Companhia, de acordo com as normas e
legislação pertinentes e em conformidade com os órgãos competentes para segurança do patrimônio da
Ferrovia, bem como de seus funcionários e usuários.

Para a preservação e eventuais adequações do patrimônio histórico cultural, é indispensável diferentes


tipos e níveis de intervenções, como manutenção, reforma, restauro e até interferências de novas
construções.

9.5 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE PROCESSOS MORFODINÂMICOS:

O programa em questão objetiva propor ações que permitam a correta internalização e tratativa
desta variável ambiental no desenvolvimento das diversas fases de funcionamento da Companhia, com
a implementação de rol de atividades que permitam desenvolver projetos qualificados, realizar obras
com menor impacto ambiental, e sanar passivos ambientais através de medidas preventivas e corretivas
de controle e mitigação de processos morfodinâmicos na faixa ferroviária da CPTM, que possam
ocasionalmente paralisar parcial ou totalmente a circulação ferroviária, ou comprometer o acesso às
estações e plataformas pelos passageiros e funcionários da empresa.

9.6PROGRAMA PARA GESTÃO DA ÁGUA E TRATAMENTO DAS INTERFERÊNCIAS EM RECURSO HÍDRICO:

Este programa tem como objetivo a gestão da água e o tratamento das interferências em
recursos hídricos, através da preservação da qualidade ambiental das águas, ações de controle quanto
ao consumo do recurso hídrico e a gestão das interferências conforme determina a legislação vigente.

9.7PROGRAMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E PRODUTOS PERIGOSOS:

O Programa de Gestão de Resíduos Sólidos e Produtos Perigosos tem como objetivo estabelecer
processos, procedimentos e boas práticas nas atividades desenvolvidas pela CPTM, visando o
atendimento da legislação e normas vigentes.
9.8 PROGRAMA PARA TRATAMENTO E ADEQUAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES EM ÁREAS
LINDEIRAS:

O programa em questão objetiva a adequação das emissões acústicas e vibratórias em atendimento à


legislação em vigor sobre vizinhança de toda a faixa de domínio da rede da CPTM, bem como a
integridade das edificações ali consolidadas.

10 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O licenciamento ambiental é um instrumento legal utilizado com o

objetivo de exercer controle prévio e de realizar o acompanhamento de atividades que utilizem recursos
naturais, que sejam poluidoras ou que possam causar degradação do meio ambiente.

Etapas do licenciamento ambiental:


A CPTM, orientada pelas diretrizes definidas pela GEA e seus departamentos, vem adotando
todas as ações necessárias à obtenção de todas as licenças ambientais legalmente exigíveis, bem como o
cumprimento de suas condicionantes ambientais, para a implantação das obras de modernização e
operação de suas linhas. Cabe destacar o caráter multidisciplinar do processo de licenciamento
ambiental, em que as interfaces com as definições das etapas de projetos, obras, operação e
manutenção tem grande influência e importância para obtenção e atendimento das licenças ambientais
1
0.1 Licenças Ambientais Por Linhas:
11. NOSSA ESTRUTURA

Na CPTM, a área ambiental está inserida na Diretoria de Engenharia, Obras e Meio Ambiente, e é
responsável pela definição de diretrizes ambientais para todas as diretorias, gerências e departamentos
da Companhia.

Atualmente a Gerência de Meio Ambiente – GEA, possui dois departamentos: DEAE- Departamento de
Meio Ambiente – Empreendimentos e DEAO – Departamento de Meio Ambiente – Operação.

Em linhas gerais, a gerência e seus departamentos atuam conforme segue:

 GEA: Formulação de políticas e diretrizes ambientais para a Companhia, coordenação da


implementação do Plano e Sistema de Gestão Ambiental, condução dos processos de
licenciamento ambiental, incluindo a definição de estratégias e as relações institucionais com
órgãos e entidades intervenientes.

 DEAE: Fiscalização, supervisão e monitoramento ambiental e de segurança do trabalho das obras


de modernização e expansão e apoio às gerências e departamentos da DE.

 DEAO: Fiscalização e monitoramento ambiental durante as atividades de operação e manutenção


da CPTM e apoio às gerências e departa- tamentos da DO.
As questões ambientais devem ser consideradas sempre que houver elaboração e
desenvolvimento de projetos de expansão, modernização e manutenção, interferências com vegetação
(por exemplo: quedas de árvores, necessidade de corte e poda), cursos d àgua, fauna (cobra, escorpião,
aranhas, ratos), descarte irregular de resíduos e efluentes na via, gestão de efluentes e fumaça preta,
bens tombados, gestão de resíduos, ruído e vibração.

12. AÇÕES AMBIENTAIS REALIZADAS PELA CPTM

Destinação De Óleo Ascarel De Para Raios

O ascarel é um tipo de PCB, bifenilas poli cloradas, substâncias perigosas (classe 9 – ONU e classe
I – NBR 10004). São quimicamente estáveis, não inflamáveis, isolantes elétricos e apresentam alto ponto
de ebulição. Devido a suas propriedades o ascarel foi utilizado em um grande número de atividades
industriais e equipamentos, como transformadores e capacitores elétricos.

NO meio ambiente, o ascarel não é facilmente quebrado quimicamente, permanecendo longos


períodos no ar, água, solo e água subterrânea. São bi acumulativos e altamente persistentes na
natureza, podendo ser transportados por milhares de quilômetros, sendo encontrados em regiões
distantes do local onde foram lançados.

Os PCBs podem causar câncer e causam diversos outros problemas à saúde, afetando os sistemas
reprodutivo, imunológico, nervoso e endócrino, podendo levar a morte.

Geração do Resíduo: O consórcio Comafer, contratado pela CPTM para a prestação de serviço de
manutenção de trens, informou que na unidade da oficina Luz foram gerados resíduos quantificados em
48 para raios contaminados com ascarel.

Plano de Gestão Ambiental de Resíduos Sólidos: O Plano Ambiental de Resíduos Sólidos estabelece
medidas para orientar o processo de gestão ambiental dos resíduos sólidos gerados nas atividades
produtivas da CPTM, como ação complementar à identificação e avaliação de aspectos e impactos
ambientais.

Baseando-se neste plano, para o correto acondicionamento, armazenamento, transporte e


destinação final dos para raios foram adotadas normas técnicas e legais vigentes para a realização
destas atividades. Os para raios contaminados com ascarel são considerados resíduos sólidos industriais
(Política Federal nº 12305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos) e, de acordo com ABNT NBR
10004/04, são classificados como resíduos classe I – Perigosos, devido sua toxicidade.

Desenvolvimento do Plano de Gestão Ambiental de Resíduos Sólidos: O acondicionamento foi feito em


19 tambores, que, posteriormente, foram armazenados em local adequado na Luz, conforme NBR 12325
– Armazenamento de resíduos sólidos classe I – Perigosos, com devida rotulação de identificação.

Foi obtido o CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental) junto a


CETESB e emitidos: o MTR (Manifesto para Transporte de Resíduos Perigosos), e ficha de emergência e
outros documentos necessários exigidos pelos órgãos federais e estaduais envolvidos no transporte de
resíduos perigosos. A transportadora devidamente regulamentada utilizou um veículo devidamente
identificado, em conformidade com as exigências legais para o transporte desse tipo de carga.
R
EFERÊNCIAS

http://www.metro.sp.gov.br/metro/institucional/certificacao.aspx

intranet: metroclick.com.br (site interno da empresa)

https://meuresiduo.com/categoria-1/a-importancia-do-sistema-de-gestao-ambiental-
nas-empresas-2/.

https://amblegis.com.br/meio-ambiente/sistema-de-gestao-ambiental-sga-conceito-
aplicabilidade-e-beneficios/.
https://www.logicambiental.com.br/sga/.

https://ferramentasdaqualidade.org/5s/

http://www.mobibrasil.com.br/
www.grupovip.com.br/politica.asp

intranet: site interno CPTM

Você também pode gostar