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Atividade 4 - Ética e Cidadania

Proposta: Apresentar a diferença que o contato com esses materiais sobre a crise ambiental
e sobre a história dos povos indígenas.

O documentário e o livro trouxeram questões de suma importância da nossa


atualidade que é de suma importância ter conhecimento, principalmente porque
trata da causa indígena e também trás a crise ambiental. Embora sejam diferentes
especificidades em questão de título, nota-se o quão paralelos tais assuntos são. O
documentário trata sobre a invasão dos portugueses em 1500, mas quando eles
chegaram a essas terras elas já tinham donos, então, primeiro eles usaram o aço e
a pólvora, depois, de um modo mais paternalista, o álcool e a religião, agora eles
usam as leis (deles), bombas de gás e balas de borracha. Ao longo da história nós
indígenas fomos dizimados e seguimos na luta até nos dias de hoje pela
demarcação de terras indígenas.
É triste assistir um documentário onde vejo o quão ruim foi para meus
antepassados sofrer daquele jeito, ainda que por inocência acolheram os brancos e
em troca receberam violência, foram escravizados e ainda obrigados a se negar.
Com isso pode-se afirmar que diversos povos perderam suas origens e suas
culturas. No documentário Guerras do Brasil, pude refletir sobre diversas coisas e a
principal reflexão foi sobre a origem. Pode-se notar que vivemos em uma constante
guerra de mundos diferentes, a desigualdade é inacreditável. Infelizmente o cenário
da educação atual é tão escasso a ponto de não atualizar os livros de história, com
isso acredita-se que o Brasil foi descoberto sendo que na realidade foi invadido e
desde daí já começamos a perder a nossa história. Boa parte dos indígenas
perderam sua origem por conta da colonização, tanto que na cidade onde eu nasci a
maior população índigena já não mantém a sua cultura, muitos sequer sabem a
história dos seus antepassados, há indígenas que se desenvolveram na cultura de
brancos e não imaginam o quão triste é a verdade história. Lá o catolicismo é
assíduo, a questão da religião nem chega a ser um problema pelo fato de ser
ocultado nas próprias escolas indígenas, ainda que seja a cidade com o maior
número de população indígena.
E no livro de Ailton ele diz que isso é resultado da convicção do
pertencimento a uma humanidade civilizada ou seja a alienação entre natureza e
humano. Assim causando a perda de sua origem e ainda distanciando o vínculo
com a ancestralidade.no livro foi possível perceber a visão da exaustão pela
exploração excessiva da natureza. A reflexão de Ailton Krenak sob a ideia da
humanidade e se “somos mesmo uma humanidade” destaca-se pelo fato de a
humanidade ainda ser uma justificativa para as ações violentas que ainda é
constante em diversos momentos históricos.
Me sinto contemplada em todas as falas de Sônia Guajajara, mas destaco
onde ela se refere que nós indígenas somos guerreiros, pois tive a experiência de
participar de três mobilizações nacionais em Brasília ainda este ano e dentre elas a
primeira vivência de um confronto com a polícia. Foram momentos tensos, onde
havia diversos indígenas protestando contra a aprovação do Projeto de Lei 490 (PL
490/2008) que afeta diretamente indígenas e suas terras. Nesse momento em que
me refiro foi nítido o ódio daqueles policiais brancos, balas de borrachas para todos
os lados, spray de pimenta e bombas de efeito moral, aquele momento foi de luta,
de resistência, o medo de perder a vida foi grande, mas a luta foi maior. Atualmente
estamos em uma crise ambiental, decorrente da ambição por dinheiro, os exemplos
claros que se pode citar é o garimpo, o extrativismo, o agronegócio e assim
sucessivamente. As crises climáticas estão vindo à tona, o homem age e a mãe
natureza reage com isso os principais prejudicados somos todos nós. Estamos
sofrendo um impacto ambiental constante, infelizmente tende a piorar e o Ailton trás
essas questões em seu livro o que justifica a primeira parte com o título “ideias para
adiar o fim do mundo”.

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