DO MEIO AMBIENTE
2021
1. Introdução
As mudanças climáticas são um dos problemas ambientais mais desafiadores por interferirem
no desenvolvimento dos biomas e afetarem a vida no planeta. E esta problemática precisa de
soluções para frear as alterações provocadas pela ação humana sobre o clima.
Segundo a Health Care Without Harm (HCHW), as emissões de gases de efeito estufa (GEE)
têm sido apontadas como uma das principais fontes de alterações climáticas do mundo e o setor
de saúde representa 4,4% das emissões globais.
Frente a esta problemática, o Hospital Pequeno Príncipe (HPP) muito mais do que compensar
as emissões, explicita o compromisso com a saúde da biosfera e tem como missão garantir um
legado de sustentabilidade de vida à sociedade, bem como, possui uma relação íntima com a
saúde, e conservar a natureza é uma forma de garantir qualidade de vida à presente e às futuras
gerações, por meio do projeto de redução de compensação das emissões de gases de efeito
estufa com proteção de área na Grande Reserva Mata Atlântica, utilizando uma metodologia
embasada pelo mecanismo REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e
Degradação florestal) que envolve conservação dos estoques de carbono florestal, manejo
sustentável das florestas e aumento dos estoques de carbono florestal.
2. Objetivo
3. Desenvolvimento
A iniciativa de diminuir e compensar suas emissões de Gases do Efeito Estufa (GEEs) faz parte
de uma estratégia do Pequeno Príncipe de valorização da sustentabilidade ambiental e diante
desta questão, foi implementada uma gestão ambiental ativa que vem se focando na redução do
consumo de energia, água, geração de resíduos e minimização dos riscos, evitando impactos e
agressões ao meio ambiente, bem como redução dos custos pelo melhor aproveitamento dos
recursos em todo o seu processo assistencial.
Diante da necessidade de melhorar continuamente, o HPP realiza o inventário das suas
emissões de GEEs, através da Ferramenta de Cálculo Intersetorial GHG Protocol e também
investe em ações para mitigação destas emissões da seguinte forma:
Além disso, para as emissões que não podem ser evitadas pela estratégia de sustentabilidade,
o Pequeno Príncipe iniciou um projeto de compensação de suas emissões. A iniciativa de
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4. Resultados obtidos
Para definir o tamanho da área necessária para a compensação, a empresa parceira do HPP,
SPVS, possui um método de mensuração e monitoramento da biomassa de carbono montado
em suas reservas naturais do litoral do Paraná, que estimou que:
Sendo assim, as 802 toneladas de carbono emitidas pelo HPP, são compensadas através da
manutenção de florestas nativas, que visam a proteção e manejo de alta qualidade dos 10
hectares da Floresta Ombrófila Densa em um período de 5 anos, para garantir o estoque das
1.529 toneladas de carbono consolidado, e incrementá-lo com o passar dos anos.
A Mata Atlântica é a segunda maior floresta tropical da América do Sul, atrás apenas da
Amazônia. Originalmente, sua cobertura se estendia ao longo da costa brasileira, desde o estado
do Rio Grande do Norte até o do Rio Grande do Sul. Em contraponto a toda esta riqueza natural,
70% da população brasileira vive atualmente na Mata Atlântica, incluindo algumas das maiores
capitais do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba.
Como resultado deste processo de ocupação, aproximadamente 93% da cobertura original de
Mata Atlântica foi destruída ou severamente alterada. E apesar de ser um bioma protegido por
uma legislação específica, dados coletados entre os anos de 2018 e 2019 comprovam que o
desmatamento e a degradação continuam chegando a números 30% maiores do que em
períodos anteriores.
Diante deste cenário, onde o desmatamento e a degradação de florestas e as mudanças
constantes de uso do solo, que inclui agropecuária em larga escala, contribuem em 24% de todas
emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) ao redor do mundo. Já no Brasil, essas atividades
resultaram em 71% de todas as emissões em 2017 segundo dados do Sistema de Estimativas
de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) publicados em 2019. Desta forma,
a necessidade de se trabalhar alternativas mais inovadoras, em quaisquer tipos de bioma, que
valorizem a floresta em pé, torna-se fundamental.
6. Próximos passos
Estão em fase de captação de recursos, a expansão dos projetos de mitigações das emissões
dos GEEs, como é o caso da ampliação do projeto Compostar com a aquisição de um biodigestor
para decompor 100% dos alimentos da cozinha do HPP; adesão do HPP no mercado livre de
energia; adesão do HPP na campanha Race to Zero para reduzir as emissões pela metade até
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o ano 2030; bem como, a ampliação do projeto de Compensação de emissões de carbono, com
o aumento da área florestal para a compensação das emissões.
7. Informações gerais
8. Equipe envolvida:
SEEG 2019. Análises das Emissões Brasileiras de Gases de Efeito Estufa e suas Implicações
para as Metas do Brasil – 1970 a 2018. Disponível em: https://www.oc.eco.br/wp-
content/uploads/2019/11/OC_SEEG_Relatorio_2019pdf.pdf