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CAPÍTULO VII
CONTAMINAÇÃO. ESTRATÉGIAS DE CONTROLO E DE REMEDIAÇÃO.
7.0 Resumo
7.1 Contaminação
Se possível deve ser escolhido uma formação onde o solo apresente boa
capacidade de adsorção. Os solos argilosos apresentam essa capacidade, mas,
frequentemente, nestes solos o nível freático está próximo da superfície. Uma situação
de atenuação natural dos lixiviados é apresentada na figura seguinte.
Em alternativa, nas zonas onde não seja possível promover a filtragem dos
lixiviados pelo solo, pode recorrer-se à impermeabilização da base do aterro com uma
camada de 1 a 3 metro de argila, cuja permeabilidade deve ser da ordem dos 10-9 m/s
ou inferior. O revestimento de argila pode ser reforçado com revestimento de
geomembrana. A fim de evitar que se acumule no interior dos alvéolos grandes
quantidades de água, cuja pressão sobre a base do aterro conduziria a uma maior
percolação, devem ser instaladas redes de drenagem na base do aterro que promovam
a recolha dos lixiviados, constituídas por tubos perfurados rodeados por areias e
gravilhas. Esta rede pode ser colocada acima da camada de argila e reforçada por uma
segunda rede de recolha abaixo da camada de argila, entre a geomembrana e a argila,
como ilustra a figura seguinte.
PROTECÇÃO E CONTAMINAÇÃO DE AQUÍFEROS Capítulo VI I 7
Nas zonas onde o lençol de água está próximo da superfície sendo o solo de
baixa permeabilidade, da ordem dos 10-8 m/s ou inferior, pode tirar-se proveito dessas
condições para construir um aterro com protecção dinâmica. Reveste-se a base do
aterro com argila, colocando-se por cima desta uma rede de drenagem envolvida por
areia. A água do lençol freático penetra no aterro de baixo para cima, sendo recolhida
nos drenos e bombeada, juntamente com as soluções lixiviadas do aterro. Este tipo de
solução é mais vantajoso, na perspectiva de contaminação, durante a fase de
exploração, visto não haver possibilidade de contaminação do aquífero, já que não há
circulação de dentro para fora do aterro. No entanto, após o fecho do aterro, pode ser
necessário bombear água e proceder ao tratamento dos lixiviados, já que a alternativa,
de abandonar sem continuar a bombagem, conduz ao progressivo alagamento dos
alvéolos, com posterior passagem de lixiviados de dentro para fora do aterro,
provocado pela circulação subterrânea da água. A figura seguinte ilustra um aterro
deste tipo.
PROTECÇÃO E CONTAMINAÇÃO DE AQUÍFEROS Capítulo VI I 8
A colecta dos lixiviados e da água do lençol freático pode ser feita de forma
independente nos locais de alto nível freático, recorrendo a uma instalação semelhante
à representada na figura seguinte.
Alvéolo revestido
PROTECÇÃO E CONTAMINAÇÃO DE AQUÍFEROS Capítulo VI I 10
Compactação
Quando a pluma contém produtos químicos muito lesivos para a saúde opta-se
por soluções dinâmicas, que evitem o mais possível a continuação da contaminação.
Recorre-se inclusivamente a captações localizadas no interior da pluma, que
provoquem uma estabilização da pluma através da sua imobilização. De facto, a
colocação de poços nas auréolas da pluma tende a aumentar a sua dimensão. O
tratamento das águas recolhidas nas zonas contaminadas depende, evidentemente, das
substâncias em presença, podendo consistir na volatilização em colunas tratamento
biológico, adsorção em carvão activado, permuta iónica, etc…
PROTECÇÃO E CONTAMINAÇÃO DE AQUÍFEROS Capítulo VI I 17
7.3 Conclusão
6) Ground Water Polution Control - L. W. Canter and R.C. Knox, Lewis Publisher,
Inc.
Waste Disposal in Rock - R. Pusch, Elsevier
7) Flow and Contaminant Transport in Fracured Rock . edited by Jacob Bear, Chin Fu
Tsang, Ghislan de Marsily, Academic Press Inc.