Você está na página 1de 16

UNIVERSIDADE CEUMA - UNICEUMA

CURSO DE ENGENHARIA: MECÂNICA, PRODUÇÃO, AMBIENTAL,


ELETRICA, CIVIL E COMPUTAÇÃO
DISCIPLINA: FÍSICA I
PROF. DR. PATRÍCIO ARAÚJO

Relatório de Laboratório
ROTEIRO DE EXPERIÊNCIA 4 – PLANO INCLINADO: RELAÇÃO
ENTRE FORÇA x ACELERAÇÃO

Daniel Lima de Sousa


CPD: 80638

São Luís – MA
2021
Relatório de Laboratório
ROTEIRO DE EXPERIÊNCIA 4 – PLANO INCLINADO: RELAÇÃO
ENTRE FORÇA x ACELERAÇÃO

Relatório de Laboratório apresentado ao curso de


Engenharia Elétrica da Universidade Ceuma, a ser
utilizado como requisito para obtenção de nota.

Professor: Dr. Patrício Araújo

São Luís – MA
2021
PLANO INCLINADO: RELAÇÃO ENTRE FORÇA x ACELERAÇÃO

SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................................. 4
2. Objetivos................................................................................................................... 5
3. Materiais Utilizados .................................................................................................. 6
4. Parte Experimental .................................................................................................... 7
5. Resultados e Discussões .......................................................................................... 15
6. Conclusão ............................................................................................................... 16
Bibliografia......................................................................................................................17
1. INTRODUÇÃO

De acordo com as leis de Newton quando um corpo se move livremente


em um plano inclinado, sem atrito, a componente Pn do peso se cancela com a
força normal, portanto a força resultante é responsável por sua aceleração é a
componente tangencial de seu peso. Por outro lado, conhecida a aceleração (a),
facilmente se calcula a aceleração da gravidade g = 9,81m/s².

O plano inclinado é um exemplo de máquina simples. Como o nome sugere, trata-


se de uma superfície plana cujos pontos de início e fim estão a alturas diferentes. Acredita-
se que os egípcios tenham construído sua pirâmide usando o plano inclinado, no modo
de uma rampa. Acontece que os blocos das pirâmides possuíam grandes peso sem vários
newtons e seria muito difícil, por exemplo, para os egípcios levarem esses blocos para o
topo das pirâmides sem usar essas rampas.
Um corpo em repouso, apoiado numa superfície horizontal, aplica sobre esta uma
força F de compressão, cuja intensidade é igual à do seu peso. A superfície de apoio exerce
no corpo uma força N de reação, que pôr ser perpendicular às superfícies de contato é
chamada de reação normal de apoio.

Figura 01- Força N e P


2. OBJETIVO

Esse relatório teve como objetivo estudar a relação entre a força, massa e
aceleração. o movimento, com atrito desprezível, de um carinho sobre um trilho,
inclinado em relação ao plano horizontal, como propósito
de definir a aceleração de descida da partícula, bem como sua velocidade inicial
para que fosse possível construir a equação posição da partícula em função do
tempo.

Figura 2

A figura 2 representa uma situação que chamamos, na física, de plano


inclinado. Nesse plano inclinado, sem atrito, há um bloco de massa m, e as forças
que nele atuam são: a força peso , direcionada para baixo em virtude da atração
da Terra; e a força normal , exercida pelo plano inclinado, perpendicular à
superfície de contato. Podemos ver que essas duas forças não possuem a mesma
direção, portanto elas nunca irão se equilibrar. Nesse caso, como são as únicas
forças exercidas sobre o bloco, elas admitem uma resultante que faz o plano com
aceleração constante .
Para determinar o valor da aceleração desse bloco no plano inclinado é
necessário calcular o valor da força resultante exercida no bloco. Para isso,
devemos decompor o peso P em dois componentes: um componente perpendicular
ao plano ( ) e outro paralelo ao plano ( ).
3. MATERIAIS UTILIZADOS

 01 Plano Inclinado com ajuste angular regulável


 01 Carrinho de movimento
 01 Conjunto de massas aferidas (balança)
 01 Cabo tracionado
 01 Dinamômetro
 01 Cronômetros

Foto 1

Foto 2
4. PARTE EXPERIMENTAL

A experiência consiste em analisar a aceleração “a” de um sistema de massa total


(Mt) formado, por uma massa que, num plano horizontal, é puxada por outra massa, (M),
que se movimenta na vertical. Neste caso, a massa total do sistema deverá permanecer
constante, mas deverá ser transferida massa do carrinho para as porta massas (copinho
plástico). As duas massas estão ligadas por um fio de massa desprezível, que passa por
uma roldana. (ver Figura 2).

Figura 2 – Sistema de Massas

Através de um gráfico da força de tração versus aceleração média, deverá ser


verificada a relação entre força, massa e aceleração. Para isto, deveremos proceder da
seguinte maneira:
1. Medir as massas de m1, m2, m3 e m4, e massa do carrinho, em seguida, adicione
a massa na extremidade do conjunto (haste com gancho) uma após outra.
2. Retire massas aferidas do carrinho e coloque-as nas extremidades livre do
barbante. Anote o peso em Newton, dessa massa, na Tabela. Este peso será a força
resultante que atua no sistema. Dessa maneira, a massa do sistema permanece constante.
3. Posicione o sensor a 40 cm do carrinho.
4. Libere o carrinho e anote o tempo gasto para percorrer aquela distância.
5. Repita as tarefas 2, 3, e 4, variando a massa na extremidade do barbante.
Cálculos das leituras para a Aceleração, Força Resultante, Força Resultante
pela Aceleração e Média (Ângulo 20°)

Para leitura 01
 M1 = 0,271 kg
 Massa do Carinho = 0,263 kg
 G = 9,81 m/s²
 𝛼 = 20°
 a =?

A aceleração é:
𝑔∗(𝑀−𝑚∗𝑠𝑒𝑛𝛼)
a=
𝑀+𝑚

9,81∗(0,271−0,263∗𝑠𝑒𝑛(20°))
a= = 3,32 m/s²
0,271+0,263

Para leitura 02
 M1 = 0,321 kg
 Massa do Carinho = 0,263 kg
 G = 9,81 m/s²
 𝛼 = 20°
 a =?
9,81∗(0,321−0,263∗𝑠𝑒𝑛(20°))
a= = 3,88 m/s²
0,321+0,263

Para leitura 03
 M1 = 0,371 kg
 Massa do Carinho = 0,263 kg
 G = 9,81 m/s²
 𝛼 = 20°
 a =?
9,81∗(0,371−0,263∗𝑠𝑒𝑛(20°))
a= = 4,34 m/s²
0,371+0,263
Para leitura 04
 M1 = 0,393 kg
 Massa do Carinho = 0,263 kg
 G = 9,81 m/s²
 𝛼 = 20°
 a =?
9,81∗(0,393−0,263∗𝑠𝑒𝑛(20°))
a= = 4,53m/s²
0,393+0,263

 Calculando a força resultante para leitura 01


FR = m.a
FR = 0,271 x 3,32
FR = 0,899 N
 Calculando a força resultante para leitura 02
FR = 0,321 x 3,88
FR = 1,245 N
 Calculando a força resultante para leitura 03
FR = 0,371 x 4,34
FR = 1,610 N
 Calculando a força resultante para leitura 04
FR = 0,321 x 3,88
FR = 1,245 N

FORÇA RESULTANTE PELA ACELRAÇÃO (FR(N)/a)


Para leitura 01:
𝐹𝑟 0,899
= = 0,270 N
𝑎 3,32
Para leitura 02:
𝐹𝑟 1,245
= = 0,320 N
𝑎 3,88
Para leitura 03:
𝐹𝑟 1,610
= = 0,370 N
𝑎 4,34
Para leitura 04:
𝐹𝑟 1,780
= = 0,392 N
𝑎 4,53
VALOR MÉDIO (FR(N)/a)

0,270+0,320+0,370+0,392
(FR(N)/a) = = 0,338 N/a
4

 Quadro dos resultados obtidos através das medidas e cálculos.

Observador Observador
Média
1 2
Valor médio
Leituras m(Kg) FR(N) X(m) t(s) t(s) Tm(s) a(m/s2) FR(N)/a
FR(N)/a
1 0,271 0,899 0,035 0,030 0,032 3,32 0,270
2 0,321 1,245 0,029 0,027 0,028 3,88 0,320 0,338
0,40
3 0,371 1,610 0,025 0,023 0,024 4,34 0,370
4 0,393 1,780 0,022 0,020 0,021 4,53 0,392

Média do Tempo (s):

Tm(s) = 0,026 s

 Cálculo da aceleração considerando a distância

S = S0 + V0t + ½ at²

V0 = 0 e Δs = 0,4 m
0,4 = a(0,026)²/2
ae = 0,295m/s

 Cálculo da aceleração considerando o tempo

at = g.senα
at = 9,81 x sen(20º)
3,35 m/s²

 Cálculo do erro

E% = [(at -ae)/at] . 100


E% = [(3,35 -0,295)/3,35] . 100
E% = 0,91%
Cálculos das leituras para a Aceleração, Força Resultante, Força Resultante
pela Aceleração e Média (Ângulo 15°).

Para leitura 01
 M1 = 0,271 kg
 Massa do Carinho = 0,263 kg
 G = 9,81 m/s²
 𝛼 = 15°
 a =?

A aceleração é:
𝑔∗(𝑀−𝑚∗𝑠𝑒𝑛𝛼)
a=
𝑀+𝑚

9,81∗(0,271−0,263∗𝑠𝑒𝑛(15°))
a= = 3,72 m/s²
0,271+0,263

Para leitura 02
 M1 = 0,321 kg
 Massa do Carinho = 0,263 kg
 G = 9,81 m/s²
 𝛼 = 15°
 a =?
9,81∗(0,321−0,263∗𝑠𝑒𝑛(15°))
a= = 4,24 m/s²
0,321+0,263

Para leitura 03
 M1 = 0,371 kg
 Massa do Carinho = 0,263 kg
 G = 9,81 m/s²
 𝛼 = 15°
 a =?
9,81∗(0,371−0,263∗𝑠𝑒𝑛(15°))
a= = 4,68m/s²
0,371+0,263
Para leitura 04
 M1 = 0,393 kg
 Massa do Carinho = 0,263 kg
 G = 9,81 m/s²
 𝛼 = 15°
 a =?
9,81∗(0,393−0,263∗𝑠𝑒𝑛(15°))
a= = 4,85m/s²
0,393+0,263

 Calculando a força resultante para leitura 01


FR = m.a
FR = 0,271 x 3,72
FR = 1,00 N
 Calculando a força resultante para leitura 02
FR = 0,321 x 4,24
FR = 1,36 N

 Calculando a força resultante para leitura 03


FR = 0,371 x 4,68
FR = 1,73 N
 Calculando a força resultante para leitura 04
FR = 0,321 x 4,85
FR = 1,90 N

FORÇA RESULTANTE PELA ACELRAÇÃO (FR(N)/a)


Para leitura 01:
𝐹𝑟 1
= = 0,269 N
𝑎 3,72
Para leitura 02:
𝐹𝑟 1,36
= = 0,290 N
𝑎 4,68
Para leitura 03:
𝐹𝑟 1,73
= = 0,369 N
𝑎 4,34
Para leitura 04:
𝐹𝑟 1,9
= = 0,391 N
𝑎 4,85
VALOR MÉDIO (FR(N)/a)
0,262+0,235+0,369+0,391
(FR(N)/a) = = 0,314 N/a
4

 Quadro dos resultados obtidos através das medidas e cálculos.

Observador Observador
Média
1 2
Valor médio
Leituras m(Kg) FR(N) X(m) t(s) t(s) Tm(s) a(m/s2) FR(N)/a
FR(N)/a
1 0,271 1,00 0,40 0,023 0,024 0,023 3,72 0,262
2 0,321 1,36 0,40 0,018 0,021 0,019 4,24 0,235 0,314
3 0,371 1,73 0,40 0,014 0,016 0,015 4,68 0,369
4 0,393 1,90 0,40 0,012 0,014 0,013 4,85 0,391

Média do Tempo (s):

Tm(s) = 0,017 s

 Cálculo da aceleração considerando a distância

S = S0 + V0t + ½ at²

V0 = 0 e Δs = 0,4 m
0,4 = a(0,017)²/2
ae = 0,692m/s

 Cálculo da aceleração considerando o tempo

at = g.senα
at = 9,81 x sen(15º)
2,53 m/s²

 Cálculo do erro

E% = [(at -ae)/at] . 100


E% = [(2,53 -0,692)/0,692] . 100
E% = 3,84%
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com este experimento foi possível observar que a (ae) apresentou uma aceleração
menor em relação a (at), com os erros de 0,91% para o ângulo de 20° e 3,84 % para o
ângulo de 15°. ao determinar ae foi necessária a marcação do tempo, através de um
cronômetro, com isso ocorre a probabilidade de maiores erros durante a medição, pois
não existe apenas os erros dos equipamentos, e sim os erros durante a marcação do tempo
no momento da partida do carrinho, e no andamento de sua parada, procedimento que
envolve diretamente a sensibilidade humana.
Já na determinação da (at), a probabilidade de erro é menor em relação a (ae), pois
sua determinação envolve o ângulo formado pelo trilho, que é determinado considerando
as medições, em metros, do cateto oposto ao ângulo e da hipotenusa do triângulo formado.
Tais medições podem ser verificadas por mais de um observador, diferente da medição
do tempo utilizando um cronômetro, que depende da sensibilidade de apenas uma pessoa.
6. CONCLUSÃO

Com este experimento foi possível finalizar e quanto menor o ângulo de


inclinação, maior à distância a percorrer e menor o esforço a ser empregado. E
quanto maior o Ângulo, menor a distância, sendo o esforço maior. A aceleração e
seu efeito no movimento dos corpos foram perfeitamente explicados pela primeira
vez por Galileu Galilei, que realizou diversas experiências para determinar o
processo de queda dos corpos e fenômenos semelhantes. Com o plano inclinado,
ele pode “reduzir” à aceleração da gravidade, aumentando a duração do
movimento de queda livre.
BIBLIOGRAFIA

1. Erro De Medição. Disponível Em: < Http://Www.Labmetro.Ufsc.Br/>.


Acesso 19/Abril.
2. Lira, F. A. De. Metrologia Dimensional: Técnicas De Medição E
Instrumento Para Controle E Fabricação Industrial. Saõ Paulo: Erica, 2015a.
Metrologia Na Indústria. 3. Ed. Sao Paulo: Erica, 2015b.
3. Walker, Jearl; Resnick, Robert; Halliday, David. Fundamentos Da Física. V.
2. Rio De Janeiro: Ltc, 2009.
4. Tipler, Paul A. Física Para Cientistas E Engenheiros. V. 2. Rio De Janeiro:
Ltc, 1999.
5. Resnick, Halliday & Krane. Fundamentos De Física. V. 2. Rio De Janeiro:
Ltc, 1996.
6. RESNICK, R. , HALIDAY, D. , Fundamentos da Física, Volumes I e II,
6aEdição, Livros Técnicos Científicos, 1996
7. SERWAY, R. A., Física, Volumes I e II, , 3aEdição, Livros Técnicos e
Científicos, 1992.
8. RAMOS, Luis Antônio Macedo, Física Experimental, Porto Alegre,
Mercado Aberto, 1984.
9. DANO, Higino S., Física Experimental I e II, Caxias do Sul, Editora da
Universidade de Caxias do Sul, 1985. 5. SILVA, Wilton Pereira, CLEIDE
M. D. , Tratamento de Dados Experimentais, 2aEdição, João Pessoa, Editora
Universitária, 1998.
10. VUOLO, Jose Henrique, Fundamentos da Teoria de Erros, 2aEdição, Editora
Edgar BLUCHER
11. CRUZ, Carlos H. B., FRAGNATO H. L., Guia para Física Experimental,
Instituto de Física Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, 1997 7.
GOLDEMBERG, JOSÉ, Física Geral e Experimental, Volume I.

Você também pode gostar