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WALTER RAMOS DE ARAÚJO

CONCURSO DE REDAÇÃO
PROPOSTA 5
PROF.: TAMIRES EVELIN

TEMA: “Os Desafios da convivência em ciberespaços”

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema “Os Desafios da convivência em ciberespaços” apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
O espaço e a cultura cibernética

Falar em cibercultura e ciberespaço sem imaginar um mundo referenciado por automatização,


robôs e sons tecnológicos não faz tanto sentido. Estamos tão ligados tecnologicamente e
desligadosresponsável pelo número de informações que recebemos, causando a famosa
dependência com um tempero à mais de ansiedade. É preciso ter cuidado com a intensidade no
mundo cibernético.

De acordo com o artigo “Cibercultura – perspectivas conceituais, abordagens alternativas de


comunicação e movimentos sociais”, escrito por Dostoiewski Mariatt de Oliveira
Champangnatte e Marcus Alexandre de Pádua Cavalcanti, o ambiente foi modi􀂦cado para
garantir uma troca de conhecimento e informação. De maneira clara, a cibercultura e
ciberespaço são expressões criadas para explicar a expansão dos meios digitais (computadores
e celulares) e o quanto eles garantem a agilidade de conhecimento e infuência sobre o homem
de forma cultural e no espaço de convivência. Com esses objetos de socialização, a interação
com quem está do outro lado do mundo ficou mais fácil, e temos a oportunidade de conversar
com pessoas que se quer imaginaríamos a possibilidade há 30 anos.

Segundo o artigo, ciberespaço é o local de “interação e expressão para variadas atividades que
envolvem coletivos de resistência”, isto é, usamos do mundo tecnológico para garantir o nosso
espaço no ambiente comunitário, fazendo parte de movimentos que estejam atrelados com
nossas perspectivas de vida. No ciberespaço a falsa sensação de proteção toma conta. Pensamos
que somos donos do mundo e que a nossa razão se sobrepõe a opinião de quem pensa diferente,
mas esquecemos que somos responsáveis pelas nossas atitudes dentro e fora da internet.

A ânsia por mostrar uma falsa realidade e a segurança em agarrar com unhas e dentes uma
notícia sem algum viés responsável transforma positiva e negativamente a inteligência do
homem. Algo que foi criado para facilitar o conhecimento hoje é um dos principais inimigos da
humanidade. O ciberespaço e a cibercultura chegaram na mesma velocidade que interagem
conosco, e essa crises depressivas e achismos.
(www.gazetainformativa.com.br/o-espaco-e-a-cultura-cibernetica/)
TEXTO II
A “cultura de cancelamento” foi eleito como o termo do ano em 2019

A “cultura de cancelamento” foi eleita como o termo do ano pelo Dicionário Macquarie, um
dos responsáveis por selecionar anualmente as palavras e expressões que mais moldaram o
comportamento humano. Trata-se de uma eleição que leva em conta a língua inglesa, mas
que, por meio das redes sociais e da comunicação, sempre acaba escorrendo para outros
idiomas — como o próprio destaque de 2019 comprova.

Movimento que tem força principalmente nas redes sociais, a cultura do cancelamento
envolve uma iniciativa de conscientização e interrupção do apoio a um artista, político,
empresa, produto ou personalidade pública devido à demonstração de algum tipo de postura
considerada inaceitável. Normalmente, as atitudes que geram essa onda são do ponto de vista
ideológico ou comportamental.

Nas palavras do Dicionário Macquarie, a cultura do cancelamento é “um termo que captura
um aspecto importante do estilo de vida deste ano. Uma atitude tão persuasiva que ganhou
seu próprio nome e se tornou, para o bem ou para o mal, uma força poderosa”. O termo é
selecionado por um comitê de linguistas, especialistas e teóricos selecionados pela instituição,
encabeçando uma lista de quatro que também é submetida à votação do público.

(https://canaltech.com.br/redes-sociais/a-cultura-de-cancelamento-foi-eleita-como-termo-do-
ano-em-2019-156809/)

TEXTO III
Gafes on-line

De acordo com Almeida, a internet mostra uma representação de quem se é. O problema é


que, muitas vezes, simulações mal-acabadas se tornam evidentes demais. Este é o indício de
que os fiascos podem acontecer a qualquer momento. “Há pessoas que simulam viagens,
outras que só sorriem diante das câmeras e são infinitamente mais bonitas nas redes do que
no mundo real”, exemplifica.

Existem, também, as gafes ofensivas, que, para o professor, são as mais problemáticas. “Tudo
aquilo que tem cunho político, social ou religioso, por exemplo, vai ultrajar alguém. Isso
acontece não necessariamente porque sua frase foi ofensiva, mas porque sentir-se ofendido
por grupos opositores vem se tornando outro imperativo da internet”, comenta o professor.

A liberdade de postar o que quiser acaba trazendo aos usuários a sensação de um ambiente
livre, sem leis ou consequências. Para Almeida, esse comportamento é reforçado pelo
anonimato que a internet permite. “O filósofo francês Michel Foucault apresenta uma analogia
interessante, a do panóptico, uma espécie de prisão circular onde todos os presos podem ser
vigiados ininterruptamente. O sociólogo polonês Zygmunt Bauman expande esse conceito e
afirma que, hoje, a sociedade atingiu a era do pós-panóptico, em que ninguém mais precisa ser
vigiado, pois as pessoas se expõem livremente. Sendo assim, a vigilância, como ferramenta de
punição, foi substituída pela punição do anonimato: todos querem ter os próprios programas
de televisão e serem, eles mesmos, as estrelas principais. Nestes programas digitais, corpo,
tempo e ações se tornam a própria mídia. A programação dessas ‘nanomídias’ é simples, o
cotidiano, e a audiência, curiosamente, cresce todos os dias”, diz Almeida.

Na atualidade, os usuários das plataformas digitais têm experimentado uma liberdade de


expressão que fascina. Segundo a psicóloga Ane, basta pensar, por exemplo, nos imigrantes
digitais — pessoas que nasceram e se construíram antes da internet: hoje, eles podem falar e
se expressar como jamais poderiam na adolescência, o que produz alguns efeitos. Já os nativos
digitais — que já nasceram conectados — parecem não estranhar o “microfone coletivo” que
caracteriza as redes. “Para eles, a exposição da palavra e da imagem é natural e, por isso, têm
menos pudores em relação a isso”, explica a especialista.

Ane afirma que esses comportamentos impulsivos são uma tendência humana. “Já nascemos
com um circuito curto na busca por satisfações. Os seres humanos precisam exercitar a
reflexão e o adiamento dessas satisfações de desejos imediatos desde o início da vida social. É
aos poucos que o sujeito se dá conta dos riscos de falar, de escrever, de se expor física e
intelectualmente de forma inadvertida, ingênua e espontânea demais”, explica a psicóloga.

A capacidade de antecipação, de planejamento e de associação de hipóteses, fatos e


consequências resulta em escolhas e posicionamentos que afetarão não só o indivíduo, mas o
meio social em que ele está inserido. “Reconhecer o desejo de falar de si, de forma mais íntima
e pessoal, pode ajudar o sujeito a se dar conta de que há espaços mais adequados para isso
que não o coloquem em risco. Vale considerar, entre eles, os consultórios de psicólogos,
psicanalistas e psiquiatras, profissionais que possuem ferramentas adequadas para auxiliar o
sujeito em suas tomadas de posições, inclusive, no discurso”, afirma a psicóloga. Buscar
recursos adequados pode ajudar a minimizar a necessidade de exposição nas redes sociais em
busca de reconhecimento e de atenção. “O sujeito poderá se dar conta de seu posicionamento
subjetivo e produzir, a partir daí, um cálculo das consequências da forma de ser e estar no
mundo”, acrescenta Ane.

(https://www.revide.com.br/editorias/capa/bom-comportamento-na-internet/)

TEXTO IV
(https://br.pinterest.com/pin/843650942680802006/?amp_client_id=CLIENT_ID(_)&mweb_u
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