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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica

DISCIPLINA: Comunicações Sem Fio

FICHA 1

INTRODUÇÃO ÀS COMUNICAÇÕES SEM FIO


(Aspectos Gerais)

4º Ano – 2º SEMESTRE 2021 (PL)

1 Equipe de Trabalho: Eng.º Eng.º Luís Massango e Hélder Baloi.


1. Introdução às Comunicações
O privilégio extraordinário das comunicações que nos dias de hoje convivemos com ele de
forma normal, só se tornou possível há muito pouco tempo, à escala da evolução do Homem.
Durante séculos as trocas de informação à distância faziam-se por intermédio de mensageiros
que viajavam entre o emissor e o destinatário.

Hoje o conceito das comunicações ganhou uma nova abordagem, as vezes até complexa. Apesar
da complexidade que possa ter, na sua forma mais elementar, um circuito de comunicações é
constituído por 3 partes: emissor (ou transmissor), receptor e canal de comunicação.

Figura 1.1 – Circuito elementar de comunicação.

O canal de comunicação pode ser um cabo (caso do telefone) ou ser ar (telefones celulares). A
figura 1.1 mostra um sistema em que o canal de comunicação é misto (cabo e ar) tal como
acontece por exemplo numa comunicação via rádio.

Devemos recordar que as comunicações só são possíveis porque os sinais que pretendemos
transmitir são transformados em sinais eléctricos e transmitidos sob a forma de ondas
electromagnéticas que se propagam em cabos e no espaço.

Quanto às comunicações sem fios, podemos dizer que a aventura começou por volta de 1873,
quando James Clerk Maxwell escreveu as equações que previam a existência de ondas
electromagnéticas (OEM), capazes de propagar com uma velocidade finita e igual à da luz.

A comprovação experimental da existência de OEM só veio a ser feita por Hertz, em 1887.
Hertz encarou o desafio como um mero trabalho académico, sem suspeitar que seria o precursor
de uma nova era e que as ondas de rádio iriam ter um impacto extraordinário para o avanço da
civilização.

Alguns cientistas como Oliver Lodge, Chandra Bose, e Alexander Popov, reproduziram a
experiência de Hertz, aperfeiçoaram a tecnologia e demonstraram-na para sinalização sem
fios. Mas foi Guglielmo Marconi quem anteviu a possibilidade de explorar comercialmente as
OEM para telegrafia sem fios. Patenteou o seu sistema de transmissão e estabeleceu um serviço
comercial de telegrafia sem fios em 1902 que se generalizou rapidamente por todo o mundo
Comunicações sem fio.

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Figura 1.2 – James Maxwell (1831-1879); Heinrich Hertz (1857-1894); Guglielmo Marconi (1874-1937).

1.1. A experiência de Hertz


Hertz, enquanto estudante de doutoramento na Universidade de Berlim, começou por declinar
um desafio lançado por Helmoltz em 1879 para investigar a relação entre os campos
electromagnéticos e a polarização dieléctrica de materiais isolantes. Hertz analisou o problema e
considerou não ser tecnicamente viável na altura, por requerer o uso de frequências muito
elevadas.

No entanto manteve o interesse e voltou ao assunto quando se tornou professor em 1886 na


Technische Hochschule Karlsruhe na Alemanha. Apercebeu-se de como poderia gerar e detectar
ondas electromagnéticas ao descarregar uma garrafa de Leyden através de uma bobina. Observou
por acaso o aparecimento de uma faísca na fenda de uma espira que estava próxima da bobina.

Esse circuito que desenvolveu e que pode agora ser visto como um sistema de rádio completo,
está representado esquematicamente na Figura 1.3.

Figura 1.3 – Esquema da montagem apresentada por Hertz em 1886.

 O emissor é constituído por uma bobina de indução (A) ligada a um par de varões
metálicos colocados topo a topo com uma pequena fenda entre si (B) e terminados por

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esferas (C) e (C’). Estes varões e esferas com cerca de meio comprimento de onda
formam o elemento radiador, a que hoje chamamos o dipolo de Hertz – a antena. O
receptor é uma simples espira com uma pequena fenda (M) cujo espaçamento pode ser
ajustado para facilitar a faísca;

 Quando se alimenta a bobina de indução e se produzem faíscas na fenda (B) do dipolo,


aparecem em simultâneo, faíscas na fenda (M) da espira colocada a uma certa distância.
O perímetro da espira usada na montagem da Figura 1.3 indica que estava sintonizada
para um comprimento de onda da ordem da ordem de 8 m, ou seja para uma frequência
de 37.5 MHz;

 Posteriormente Hertz incluiu uma capacidade (garrafa de Leyden) no circuito da bobina


de indução para formar um circuito ressonante e assim controlar a frequência da onda
radiada. A utilização de circuitos ressonantes permitiu melhorar significativamente a
sensibilidade da detecção. (Analisar o vídeo da experiência).

1.2. Comparação entre Comunicações com e sem fio


Durante o processo de instalação de um enlace para o estabelecimento de uma comunicação,
deve-se decidir que será com ou sem fio para a troca de informações. Por isso, faz se necessário
o conhecimento sobre as suas diferenças.

Para os locais de difícil acesso ou em locais onde as redes com fio não podem chegar, ou
representar um gasto desmedido, ou ainda serem instaladas como salas de reuniões, auditórios,
halls, etc., wireless torna-se a solução para empresas, meios acadêmicos e até residenciais, pois
tem flexibilidade, facilidade de instalação, configuração a partir do próprio uso. Segue lista de
algumas vantagens:

 Flexibilidade de instalação - Podem ser instaladas em locais impossíveis para cabos e


facilitam configurações temporárias e remanejamentos;

 Mobilidade - Sistemas de redes locais sem fio podem prover aos usuários acesso à
informação em tempo real em qualquer lugar;

 Maior produtividade - Proporciona acesso "liberado" à rede em todo o campus e à


Internet. Wireless oferece a liberdade de deslocamento mantendo-se a conexão”;

 Redução do custo de propriedade - Wireless reduzem os custos de instalação porque


dispensam cabeamento; por isso, a economia é ainda maior em ambientes sujeitos às
mudanças frequentes;

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 Escalabilidade - Acessos sem fio podem ser configurados segundo diversas topologias
de acordo com as necessidades da empresa. As configurações podem ser facilmente
alteradas e as distâncias entre as estações adaptadas desde poucos usuários até centenas;

 Crescimento progressivo - A expansão e a reconfiguração não apresenta complicações


e, para incluir usuários, basta instalar o adaptador de wireless no dispositivo cliente;

 Interoperabilidade - Os clientes e usuários podem ficar tranquilos com a garantia de


que outras marcas de produtos compatíveis de rede e cliente funcionarão com as
soluções propostas;

 Alta imunidade a ruídos - Os rádios utilizados operam na frequência 2,4 GHz. Eles
trabalham num sistema de espalhamento de frequência ou frequence hope, o que reduz
drasticamente a possibilidade de interferências, garantindo a qualidade do sinal e a
integridade das informações;

 Segurança - Suporta encriptação Wired Equivalente Privacy (WEP) com chave de até 128
bits. Todo o tráfego de rede passa por uma VPN (Virtual Private Network) utilizando o
protocolo IPSec (IP Secure) com chave de 1024 bits, garantindo proteção à rede contra
ataques externos;

Como algumas desvantagens a serem consideradas de um modo geral, temos:

 Soluções proprietárias - Devido ao lento procedimento de padronização, muitas


empresas precisam apresentar soluções proprietárias, oferecendo funções padronizadas
mais características adicionais (tipicamente uma taxa de transmissão mais rápida
utilizando uma tecnologia de codificação patenteada). Porém, estas características
adicionais funcionam apenas em um ambiente homogêneo, isto é, quando adaptadores
do mesmo fabricante são utilizados em todos os nós da rede. Deve-se seguir sempre uma
mesma padronização, sendo que a utilizada é a 802.11b;

 Restrições - Todos os produtos sem fio precisam respeitar os regulamentos locais.


Várias instituições governamentais e não-governamentais regulam e restringem a
operação das faixas de frequência para que a interferência seja minimizada. Um grande
empecilho para o uso deste equipamento é necessidade de visada direta entre os pontos;

 Segurança e privacidade - A interface de rádio aberta é muito mais fácil de ser burlada
do que sistemas físicos tradicionais. Para solucionar deve-se sempre utilizar a criptografia
dos dados através de protocolos tais como WEP ou IPsec”.

 Taxas de Transmissão - As redes sem fio oferecerem taxas mais baixas que as redes
cabeadas alcançam, também tem problemas durante a propagação (como a energia é

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transportada ao longo do meio) principalmente devido ao comportamento aleatório do
meio sujeito Por fim, existem os obstáculos e propagação por multi-percursos;

 Custos - O alcance do sinal pode ser insuficiente dependendo da distância que se quer
cobrir. Quanto maior a distância, maior será o número de repetidores ou pontos de
acesso que deverão ser utilizados.

2. Comunicação sem Fio


Em telecomunicações, as comunicações sem fio (do inglês: wireless) consistem na transferência
de dados e informações sem a utilização de cabos. As distâncias envolvidas podem ser curtas
(poucos metros, como a que há entre uma televisão e seu controle remoto) ou longas (milhares
ou mesmo milhões de quilômetros, como ocorre nas transmissões das rádios).

Poderíamos dizer, como exemplo lúdico, que durante uma conversa entre duas pessoas, temos
uma conexão wireless, partindo do princípio que sua voz não utiliza cabos para chegar até o
receptor da mensagem. Portanto, a rede sem fio nada mais é do que o compartilhamento de
informações entre dois ou mais dispositivos feita através de ondas de rádio.

Nos dias que correm, as redes sem fio vêm sendo muito estudadas e utilizadas. Muitos produtos
vêm sendo lançados no mercado, mostrando sua facilidade tanto para leigo como para o
profissional, devido sua mobilidade e facilidade nas instalações, suas configurações. O que
diferencia das redes cabeadas é o fácil acesso a banco de dados e também à internet, onde exista
um ponto de cobertura de uma rede sem fio fornecendo esse acesso.

2.1. Ondas Electromagnécticas


Na comunicação via rádio, as informações são convertidas em sinal eléctrico (áudio por
exemplo), amplificadas e tratadas convenientemente para depois serem lançadas ao ar (meio de
transmissores). Assim, o sinal eléctrico que chega à antena transmissora varia de acordo com as
informações recolhidas pelos sistemas de captação (modulação).

Esta abordagem tem sua génese no facto de que sempre que num condutor circula corrente
variável, existirá um campo magnético (figura 2.1a) e sempre que há diferença de potencial,
existe campo eléctrico (figura 2.1b). Estes conceitos já são familiares da electrotecnia e de
electromagnetismo, onde o campo magnético aparece normalmente associado à bobina e o
campo eléctrico associado ao condensador.

Figura 2.1 - Campo eléctrico e campo magnético.

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Os campos magnético e eléctrico, por serem provocados por um sinal variável, também serão
variáveis, variação esta, correspondente ao sinal eléctrico que percorre o condutor/antena.

Assim, como um campo eléctrico variável provoca o surgimento de um campo magnético


também variável, e a variação de um campo magnético provoca o surgimento de um campo
eléctrico (corrente elétrica induzida), se gerarmos inicialmente um sinal eléctrico variável (sinal a
transmitir), criar-se-á a sequência seguinte:

Figura 2.2 – Aparecimento dos campos electrico e magnético.

Esta sequência dos campos: o eléctrico (E) e o magnético (H), variáveis no tempo e
perpendiculares entre si, cria uma onda electromagnética (onda hertziana) que pode viajar ao
longo do meio de propagação, conforme a figura 2.3.

Figura 2.3 – Propagação da ondas electromagnéticas.

Vale dizer que, toda comunicação sem fio é baseada neste princípio. No vácuo, todas as ondas
electromagnéticas viajam em uma mesma velocidade, não importando qual é sua frequência.
Essa velocidade, geralmente chamada velocidade da luz ( c ), é aproximadamente 3.108 m/seg.

As comunicações wireless ocorrem dentro de uma frequência específica. O conjunto infinito de


frequências que podem existir no espaço é delimitado e ordenado, para conter as frequências
que podem ser utilizadas em telecomunicações. A este espaço é chamado de Espectro
Eletromagnético. A tabela abaixo apresenta o conjunto dessas frequências, bem como a
nomenclatura de cada grupo delas. Nela torna-se oportuno fazer uma referência exclusiva as
bandas paras as comunicações sem fio:

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2.2. Propagação das Ondas Electromagnéticas
Os sinais de rádio que se propagam no ar podem percorrer caminhos diferentes e com
características diferentes. A energia radiada por uma antena de emissão viaja no espaço em
muitas direcções e à medida que a distância vai aumentado, essa energia espalha-se por uma área
cada vez maior e consequentemente, a intensidade de campo diminui.

Figura 2.4 – Atenuação das OEM.

Normalmente existem vários caminhos pelos quais o sinal emitido por uma antena emissora
pode atingir uma antena receptora. O melhor desses caminhos é sempre aquele que tem uma
menor atenuação do sinal e consequentemente o que produz uma maior intensidade de campo
na antena receptora.

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2.2.1. Quanto ao meio onde se propagam as ondas podem ser:
a) Propagação por onda terrestre – As ondas de rádio se propagam próximo à superfície
da Terra, acompanhando a sua curvatura. Possibilitando comunicações além do
horizonte, para transmissões nas faixas de LF e MF.

Figura 2.5 - Onda terrestre.

b) Propagação por visibilidade – As antenas transmissora e receptora estão visíveis entre


si, com alta directividade, ou seja, o feixe se propaga praticamente em linha recta. Os
obstáculos entre as antenas de transmissão e recepção podem interromper a
comunicação. As transmissões de rádio nas faixas de VHF e UHF (FM, TV VHF e TV
UHF) propagam-se por visibilidade (ou linha de visada).

Figura 2.6 - Onda espacial.

c) Propagação por onda celeste – Conhecida também como propagação ionosférica. As


ondas de rádio sofrem refrações na ionosfera e retornam à Terra, favorecendo as
comunicações a longa distância. As transmissões em HF (ondas curtas) propagam-se
desse modo.

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Figura 2.7 - Onda celeste.

2.2.2. Características da Atmosfera e Superfície Terrestre


Para ampliar o entendimento da radiopropagação, é necessário conhecer a composição das
camadas da atmosfera terrestre e os fatores que a afectam, além das características de relevo e
conductividade da região na qual se deseja implantar um enlace.

A atmosfera terrestre é dividida em cinco camadas, de acordo com a altitude, densidade,


concentração de gases e ionização: troposfera, estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera. Aqui
nos interessa as quatro primeiras (figura 2.6).

Figura 2.6 - Quatro camadas da atmosfera terrestre.

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2.2.2.1. Troposfero

É uma camada mais baixa, estendendo-se do solo até cerca de 15 km de altitude. Com alta
concentração de gases, nela ocorrem praticamente todos os fenômenos climáticos (chuva, neve
etc.) do planeta. Por causa desses fenômenos, a propagação de ondas se dá por meio de
atenuações. Na troposfera observam-se turbulências decorrentes do aquecimento desigual da
superfície, o que influencia a eficiência em sistemas de comunicação que utilizam essa camada.
Um bom exemplo são as inversões térmicas, que criam dutos troposféricos, prejudicando a
propagação a longas distâncias. Vide a figura 3.5:

Figura 3.5 - Formação de dutos.

As comunicações não são estáveis porque os dutos troposféricos não tem tempo certo de
duração. E necessário que as duas antenas estejam situadas dentro do duto para haver
comunicação. Se um duto se forma deixando uma das antenas acima da camada refletora, as
comunicações são impossíveis.

1.1.1. Estratosfera
É uma região isotérmica, ou seja, apresenta temperatura praticamente constante; portanto, não
está sujeita a inversões térmicas e, por consequência, não há refrações significativas. Na
propagação das ondas de rádio, é considerada uma camada inerte.

1.1.2. Ionosfera
É uma região de constituição não homogênea e de grande ionização, devido à baixa
concentração de gases e da intensa radiação. O grau de ionização varia no decorrer do dia, sendo
menos intenso no período noturno, por causa da ausência de radiação solar, o que permite maior
recombinação de partículas.

Portanto, a comunicação de rádio a longas distâncias é, em grande parte, viável graças a ionosfera
(entre aproximadamente 90Km e 320Km de altitude).

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Porque a ionosfera não é uniforme, por isso é subdividida, para efeito de análise, em camadas -
algumas delas instáveis. Assim, do solo para cima a ionosfera se divide em camadas de ionização.
Estas variam conforme a hora do dia, estações do ano e condições solares. As camadas iónicas
da ionosfera são: D, E, F1 e F2, conforme a figura 3.5.

Figura 3.5 - As camadas ionosféricas.

Analisando separadamente cada camada, podemos compreender melhor a ionosfera e também a


grande variação de qualidade e alcance na recepção por ondas de rádio:

 Camada E: Localizada a cerca de 100 Km acima da superfície da Terra, é considerada a


camada útil mais baixa da ionosfera. Nesta camada os íons recombinam-se rapidamente,
dando origem a um grande número de partículas neutras, que não refletem as ondas de
rádio. Por esse motivo, a camada E só tem utilidade durante o dia, sendo mais activa
ao meio dia, normalmente; após o pôr-do-sol, ela praticamente desaparece.
A comunicação pela camada E costuma ocorrer num único "salto" do sinal, cobrindo
distâncias entre 650Km e 2000Km.

 Camada F: Localizada a 280 Km de altitude, é a principal responsável pelas


comunicações a longas distâncias. Durante o dia divide-se em duas áreas distintas,
batizadas F1 e F2. Ficam a 225 Km e 320 Km de altura, respectivamente, nos dias em
que o nível de ionização está elevado; após o cair do sol voltam a se recombinar em uma
só camada. A máxima distância permitida pela camada F, num único "salto", é de 4000
Km, aproximadamente.

 Camada D: Fica logo abaixo da camada E e, ao invés de auxiliar as comunicações, acaba


por "absorver" transmissões com frequências inferiores a aproximadamente 8 MHz. No
entanto, a maior frequência absorvível e o próprio nível de absorção vão depender da
ionização, que por sua vez é função da distância em relação ao sol.

Essa camada costuma ser bastante ativa em torno do meio dia, no alto verão, sendo
muito menos intensa no inverno.

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3. Padrões
Nos pontos anteriores, nos referimos às vantagens das redes sem fio, contudo, uma nota
importante deve ser considerada, é que mesmo com essas facilidades e flexibilidades existem
preocupações no que diz respeito à segurança. Como toda novidade tecnológica traz curiosidade,
o interessado acaba adquirindo o produto mais por impulso do que em usufruir das reais
vantagens com segurança. Uma outra questão não menos importante, é que como em uma rede
sem fio o usuário tem mobilidade no espaço de alcance do sinal, temos que ter em mente que à
medida que estamos distante do ponto de propagação do sinal maior será a perda de dados.

Assim, para tornar possível a comunicação, na comunicação entre dispositivos de rede sem fio,
foi criado um padrão para garantir que equipamentos de fabricantes distintos comuniquem entre
eles. O IEEE criou um grupo para reunir uma série de especificações que definem como deve
ser a comunicação entre os dispositivos. A este conjunto de especificações que comunica
dispositivos de rede sem fio é conhecido como padrão IEEE11 802.11. A cada novas
características operacionais e técnicas são criadas novas extensões do padrão 802.11.

A rede sem fio IEEE 802.11 foi uma das grandes novidades tecnológicas dos últimos anos.
Actuando na camada física, o 802.11 define uma série de padrões de transmissão e codificação
para comunicações sem fio. Como prova desse sucesso pode-se citar o crescente número de
hotspots e o fato de a maioria dos computadores portáteis novos já saírem de fábrica equipados
com interfaces com o padrão.

Para as diversas tecnologias das comunicações sem fio, o principal componente para
comunicação é um equipamento chamado ponto de acesso (AP - Access Point). Alguns
equipamentos incluem também as funções de roteador (Router), o que permite compartilhar o
acesso à internet.

Figura 3.1 - Exemplos de aparelhos de Ponto de Acesso

Além do ponto de acesso, cada máquina ou estação irá precisar de uma placa wireless, que pode
ser interna ou externa. No caso dos notebooks e dos handhelds, existem modelos que já têm a
tecnologia embutida no próprio processador dispensando o uso do adaptador adicional.

O padrão 802.11 em termos de velocidade de transmissão exerce no máximo 2Mbps,


trabalhando com a banda de 2,4GHz. Contudo, dentro de cada padrão temos diversos sub-

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padrões que definem as características particulares de cada um. Essas características são definidas
por velocidade, alcance, frequência e até mesmo protocolos de segurança.

3.1.1. Padrão 802.11a


Foi definido após os padrões 802.11 e 802.11b. Chega a alcançar velocidades de 54 Mbps dentro
dos padrões da IEEE e de 72 a 108 Mbps por fabricantes não padronizados. Esta rede opera na
frequência de 5,8GHz e inicialmente suporta 64 utilizadores por Ponto de Acesso (PA). As suas
principais vantagens são a velocidade, a gratuidade da frequência que é usada e a ausência de
interferências. A maior desvantagem é a incompatibilidade com os padrões no que diz respeito a
Access Points 802.11 b e g, quanto a clientes, o padrão 802.11a é compatível tanto com 802.11b
e 802.11g na maioria dos casos, já se tornando padrão na fabricação.

3.1.2. Padrão 802.11b


Ele alcança uma taxa de transmissão de 11 Mbps padronizada pelo IEEE e uma velocidade de
22 Mbps, oferecida por alguns fabricantes. Opera na frequência de 2.4GHz. Inicialmente suporta
32 utilizadores por ponto de acesso. Um ponto negativo neste padrão é a alta interferência tanto
na transmissão como na recepção de sinais, porque funcionam a 2,4GHz equivalentes aos
telefones móveis, fornos micro ondas e dispositivos Bluetooth. O aspecto positivo é o baixo
preço dos seus dispositivos, a largura de banda gratuita bem como a disponibilidade gratuita em
todo mundo. O 802.11b é amplamente utilizado por provedores de internet sem fio. Na tabela 2
apresentada abaixo é demonstrada a associação entre canal e a respectiva frequência:

Canal Frequências Canal Frequências


1 2,412 8 2,447
2 2,417 9 2,452
3 2,422 10 2,457
4 2,427 11 2,462
5 2,432 12 2,467
6 2,437 13 2,472
7 2,442 14 2,484

3.1.3. Padrão 802.11d


Habilita o hardware de 802.11 a operar em vários países onde ele não pode operar hoje por
problemas de compatibilidade, por exemplo, o IEEE 802.11a não opera na Europa.

3.1.4. Padrão 802.11e


O 802.11e agrega qualidade de serviço (QoS) às redes IEEE 802.11. Neste mesmo ano - 2005 -
foram lançados comercialmente os primeiros pontos de acesso trazendo pré-implementações da
especificação IEEE 802.11e. Em suma, 802.11e permite a transmissão de diferentes classes de

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tráfego, além de trazer o recurso de Transmission Oportunity (TXOP), que permite a
transmissão em rajadas, otimizando a utilização da rede.

3.1.5. Padrão 802.11f


Recomenda prática de equipamentos de WLAN para os fabricantes de tal forma que o Access
Points (APs) possa interoperar. Define o protocolo IAPP (Inter-Access-Point Protocole)

3.1.6. Padrão 802.11g


Baseado na compatibilidade com os dispositivos 802.11b e oferece uma velocidade de até 54
Mbps. Funciona dentro da frequência de 2,4GHz. Tem os mesmos inconvenientes do padrão
802.11b (incompatibilidades com dispositivos de diferentes fabricantes). As vantagens também
são as velocidades. Usa autenticação WEP estática já aceitando outros tipos de autenticação
como WPA (Wireless Protect Access) com criptografia (método de criptografia TKIP e AES).
Torna-se por vezes difícil de configurar, como Home Gateway devido à sua frequência de rádio
e outros sinais que podem interferir na transmissão da rede sem fio.

3.1.7. Padrão 802.11h


Suporta medidas e gerenciamento em sinais de 5 GHz nas redes sem fio como o padrão 802.11a.
Esse padrão conta com dois mecanismos que ajudam a transmissão via rádio: Um é a tecnologia
TPC, que permite que o rádio ajuste a potência do sinal de acordo com a distância do receptor e
o outro mecanismo é a tecnologia DFS, que permite a escolha automática de canal, diminuindo a
interferência em outros sistemas que opera na mesma banda.
3.1.7.1.1. Padrão 802.11i
Padrão que tem por vantagem um protocolo de segurança chamado RSN (Robust Security
Network), permitindo que os meios de comunicação sejam mais seguros que os difundidos
atualmente. Criado em junho de 2004, esse padrão destaca pelos mecanismos de autenticação e
privacidade. Esse padrão também possui o protocolo WPA (Wi-fi Protected Access), que foi
desenhado para prover soluções mais robustas, em relação ao padrão WEP (Wired Equivalent
Privacy) – mais detalhes no capítulo 3.1.1.4.2.

3.1.7.1.2. Padrão 802.11k


Esse padrão “possibilita um meio de acesso para o PA transmitir dados de gerenciamento”.

3.1.7.1.3. Padrão 802.11n


Já em final de homologação, esse padrão também é conhecido como WWiSE (World Wide
Spectrum Efficiency) onde tem por finalidade o aumento da velocidade que varia de 100 Mbps até

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500 Mbps, permitindo a distribuição de mídias e a compatibilidade retroativa com os padrões já
existentes.
Opera na faixa de 2,4 GHz e 5 GHz, podendo trabalhar com canais de 40 MHz e, também,
manter compatibilidade com os 20 MHz atuais, mas neste caso as velocidades máximas oscilam
em torno de 135 Mbps.

Com pouca diferença dos padrões atuais, destaca-se por uma modificação de OFDM
conhecida como MIMO-OFDM (Multiple Input, Multiple Out-OFDM) que traz maior eficiência na
propagação do sinal e ampla compatibilidade reversa com demais protocolos. Esse padrão
(MIMO), “libera multiplos sinais de entrada/saída usando antenas distintas, dividindo um único
sinal rápido em vários, com velocidade menor ao mesmo tempo. Os sinais mais lentos são
enviados por uma antena diferente utilizando um mesmo canal de frequência. O receptor
reorganiza os sinais formando uma única informação. Isso proporciona uma capacidade maior
de velocidade e um alcance nominal de quatro vezes mais área do que o alcançado atualmente,
aproximadamente 400m nominais.” (Mobile Life, Agosto/2004). Veja na figura 2.9, aparelho
com três antenas criado pela empresa Belkin, onde torna o padrão turbinado.

Figura 3.2 - aparelho que permite turbinar o padrão 802.11n.


3.1.7.1.4. Padrão 802.11r
Padroniza o hand-off (troca de sinais) rápido permitindo um cliente com rede sem fio se reassociar
quando houver a locomoção de um PA para outro na rede.

3.1.7.1.5. Padrão 802.11s


Criada recentemente pela empresa Intel, fazem com que permite que os pontos de acessos se
comuniquem entre si, permitindo um sistema de auto-configuração, onde tem por principal
funcionalidade a cobertura de grandes áreas com vários usuários utilizando a tecnologia de forma
simultânea.

3.1.7.1.6. Padrão 802.11x


Esse padrão tem a mesma mecânica dos demais diferenciando apenas no controle de acesso, pois
permite autenticação baseada em métodos já consolidados como o RADIUS (Remote
Authentication Dial-in User Service), de forma escalável e expansível, que permite desenvolver vários

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métodos de autenticação independentemente da tecnologia. Permite também manter a base de
usuários em um único repositório, tanto em banco de dados convencional, LDAP como em
qualquer outro reconhecido pelo servidor de autenticação.
Como destaque nesse padrão, é permitida a utilização de diversos métodos de autenticação no
modelo EAP (Extensible Authentication Protocol), onde é definido formas de autenticação baseadas
em usuário e senha, senhas descartáveis (OneTime Password), algoritmos unidirecionais (hash) e
outros que envolvam algoritmos criptográficos como a chave WEP.

3.1.7.1.7. Padrão 802.11 Multimídia


Uma versão também recente da família 802.11, é considerara um padrão destinado à aplicação
residenciais e/ou entretenimentos, pois a transmissão é de conteúdo rico, ou seja, vídeo, áudio,
etc. Esse padrão também tem por destaque de antecipar alguns recursos e avanços de outro
protocolo.
3.1.7.1.8. Padrão 802.16
Podendo considerar o futuro das redes sem fio, o padrão 802.16 (Air Interface for Fixed Broadband
Wireless Access Systems), conhecido como Wi-Max (Worldwide Interoperability for Microwave Access),
promete cobrir uma área bem maior comparado a todos os padrões já apresentado. Esse padrão
cobre uma área metropolitana por cerca de até 50 Km (na teoria) e com velocidade de 75 Mpbs.
Esse padrão também divide-se em sub-padrõe, conforme a tabela:

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SUB-PADRÕES REFERENTE AO PADRÃO 802.16

Standart Characteristics Status

"Air interface for fixed broadband wireless access systems" Completed


802.16
Operates in the 10/66 GHz frequency band and requires Line of Sight (LoS) 2002

Na amendment to the base 802.16 standart that addresses the low frequency
2/11 GHz spectrum
Completed
802.16a
Licensed and unlicensed spectrum 2003

Allows for Non Line of Sight (NLoS)

Na amendment for adding quality of service (QoS) specification to the Completed


802.16b
802.16 standart 2003

An amendment for defining test suite structures and test purposes to ensure Completed
802.16c
interoperability 2003

Rolled
into
802.16d Focuses on fixing the errata and other protocols not covered by 802.16c
Revision
D

Sucessor to 802.16d that revises 802.16ato incorporate 802.16b and 802.16c


into the base standart
802.16a In addition, revises power amplifier specifications - allowing them to be To be
(Revision smaller and cheaper published
D) July 2004
Provides key hooks for using antenna diversity, MIMO, etc.

Allows for some nomadic portability

To be
completed
802.16e Adds support for mobility to the vase 802.16 standard
December
2004

3.1.7.1.9. Padrão 802.20


Apelidado de Mobile-Fi foi estabelecido em fevereiro de 2003 antes do lançamento da ratificação
da extensão a do 802.16, proporcionando taxas de transmissão de 1 Mbps a 4 Mbps em
espectros licenciados abaixo de 3,5 GHZ em distâncias de 15 km aproximadamente, fazendo
com que tenha menos potência que o Wi-Max porém inteiramente móvel (mobile) permitindo
uma latência de 10ms (podendo utilizá-lo com um veículo em alta velocidade).

18 Equipe de Trabalho: Eng.º Eng.º Luís Massango e Hélder Baloi.


4. Tipos de Comunicação sem fio

4.1. Rádio Broadcast

A primeira comunicação sem fio criada foi a transmissão de ondas de rádio abertas para qualquer
um interceptar e escutar, tecnologia ainda utilizada hoje nas estações de rádio. Rádio com
multicanais permitem que cidades e pilotos ou marinheiros possam se comunicar entre si quando
necessário. T

Figura 4.1 - Torres de rádio broadcast localizadas na Inglaterra.

Também é possível transmitir informações digitais através do espectro de rádio frequência.


Normalmente funciona através de ondas de rádio transmitidas pelo ar partindo de uma torre de
transmissão para todas as antenas receptoras que estejam sintonizadas na mesma frequência que
a torre de transmissão naquele momento.

4.2. Comunicações telefônicas


O avanço das redes de telefonia vêm avançando por várias gerações até os dias de hoje e é um
dos melhores exemplos de tecnologia de comunicação sem fio.

Figura 4.2 - Telefone celular comumente utilizado em comunicações telefônicas.

19 Equipe de Trabalho: Eng.º Eng.º Luís Massango e Hélder Baloi.


O sistema de telefonia utiliza ondas de rádio para estabelecer a comunicação entre as torres de
transmissão e os celulares e transmitir os dados. É possível que um usuário desse serviço seja
capaz de realizar ligações e enviar mensagens através do mundo todo, desde que o provedor do
serviço tenha algumas antenas ou torres de transmissão próximas do local onde o usuário se
encontra. Alguns tipos de celular e telefones móveis se utilizam de comunicações via satélite, o
que faz com que a área de cobertura do sinal seja muito maior do que os celulares que só se
utilizam de transmissões rádio broadcast.

4.3. Infravermelho
Comunicação infravermelha transmite informações em um dispositivo ou sistema através de
radiação infravermelho. Esse tipo de comunicação é chamada assim pois é composta por
energia eletromagnética com um comprimento de onda que é maior do que uma simples luz
vermelha.

Figura 4.3 - Sinal infravermelho de coloração azulada.

É utilizada para controles de segurança, controles remotos de televisão e comunicações de curto


alcance. No espectro eletromagnético, a luz infravermelha se localiza entre microondas e luz
visível. Para que esta comunicação seja utilizada, é necessário um transmissor de sinais, que irá
transmitir o infravermelho na forma de luz não visível, e um receptor que vai capturar e
interpretar os sinais transmitidos.

4.4. Bluetooth
A principal função da tecnologia Bluetooth é conectar vários dispositivos eletrônicos sem fio a
um sistema para transmitir dados entre si.

Figura 4.4 - Caixa de som que utiliza tecnologia Bluetooth.

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Celulares são conectados a fones de ouvido sem fios, teclados sem fios, entre outros acessórios.
A tecnologia Bluetooth utiliza ondas de rádio para se comunicar entre dispositivos e tem um
alcance entre 4,5 metros e 15 metros. Antes do início da transmissão de dados, é necessário que
os dispositivos que irão se conectar passem por um processo de reconhecimento e pareamento.
Esse processo existe com o intuito de reduzir a interferência de dispositivo não pareados durante
a transmissão de dados para os dispositivos pareados.

4.5. Comunicação via Micro-ondas

Comunicação via microondas é um método efetivo de comunicação, normalmente esse tipo de


transmissão utiliza ondas de rádio e o comprimento de onda dos sinais é medido em
centímetros. Nessa comunicação os dados ou informação podem ser transmitidos usando dois
métodos: via satélite ou terrestre. Quando transmitidos via satélite, os dados são enviados através
de um satélite para estações que vão receber e enviar os dados na terra. Esse tipo de transmissão
normalmente utiliza frequência entre 11GHz e 14GHz e tem velocidade entre 1Mbps e 10Mbps.
No método terrestre, é necessário que as duas torres de microondas tenham uma linha clara de
visão entre elas garantindo que não há obstáculos entre os dois para atrapalhar a transmissão.
Este método normalmente é utilizado com o objetivo de obter uma maior privacidade. No
sistema terrestre, normalmente a frequência utilizada fica entre 4GHz e 6GHz e a velocidade de
transmissão é similar ao modo via satélite ficando entre 1Mbps e 10Mbps.

A maior desvantagem da comunicação via microondas é que a transmissão é afectada por climas
ruins, como por exemplo chuvas, aumentando o índice de ruídos e interferências.

4.6. Comunicação via satélite


Comunicação via satélite é um tipo de comunicação sem fio que é amplamente difundida pelo
mundo e permite que usuários estejam conectados em praticamente qualquer lugar do planeta a
qualquer momento.

Figura 5.5 - Exemplo de antena no segmento da terra para comunicações via satélite.
Esse tipo de comunicação transmite informações através de raios modulados de micro-ondas.
Quando o sinal é enviado para o satélite, ele amplifica o sinal e o manda de volta para a
superfície da terra onde se encontra a antena receptora.

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4.7. Wi-Fi
Wi-Fi é uma comunicação sem fio de baixa potência que é utilizada por vários dispositivos
electrônicos como Smart Phones, laptops, entre outros. No Wi-Fi um roteador funciona como
uma central de comunicação conectada a uma rede cabeada.

Figura 4.6 - Exemplo de roteador utilizado em redes Wi-Fi.


Os dispositivos móveis podem se conectar e comunicar via ondas de rádio com o roteador
trocando dados e informações. Em redes Wi-Fi normalmente são utilizadas senhas que fazem
com que o acesso a essas redes não seja público e, ao mesmo tempo, essas senhas são utilizadas
no processo de cifragem dos dados que estão sendo transmitidos entre os clientes e roteador.
O tipo de transmissão sem fio Wi-Fi segue os padrões estabelecidos pelo IEEE 802.11. Em
redes Wi-Fi é possível utilizar pontos de acesso e repetidores para expandir o alcance do
roteador e oferecer uma maior área de cobertura para o sinal.

Vale aqui dizer que de entre todas as tecnologias de comunicação e informação sem fio que nos
envolvem no dia-a-dia, os telemóveis são os dispositivos que usamos quase como uma extensão
inseparável do nosso corpo. Conferem-nos o poder de comunicar à distância instantaneamente,
em movimento e sem fios, praticamente sem restringir o local onde nos encontramos, onde se
encontra o destinatário ou a fonte de informação. Proporcionam a possibilidade de conversação,
a partilha de imagem e de dados em tempo real e até a possibilidade de controlar outros
dispositivos. Portanto, serão um dos maiores focos para a disciplina em causa, deixando para a
componente investigativa (Trabalhos de investigação em Grupo) outros temas não menos
relevantes.

FIM.

22 Equipe de Trabalho: Eng.º Eng.º Luís Massango e Hélder Baloi.

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