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LUCAS ASSUNÇÃO

PAULO VICTOR DE OLIVEIRA


RAFAEL VIEIRA COSTA
SÁVIO PRETO MENEZES
TÚLIO MONTEIRO RAMALHO
VITOR SODRÉ DE MELO

AULA PRÁTICA Nº 10 – CÉLULAS GALVÂNICAS OU PILHAS


AULA PRÁTICA Nº 11 – CORROSÃO

Relatório Experimental apresentado ao


curso de bacharelado em Engenharia Civil
da Faculdade Evangélica de Goianésia
como requisito parcial para obtenção de
nota na 2ª avaliação da disciplina de
Química Experimental.

Orientador(a): Ma. Jois N. Sousa

Goianésia, GO
2016

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO I 12
1. REFERENCIAL TEÓRICO 12
1.1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 12
1.2. CONSTRU-BUSINESS 14
1.3. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 18
1.3.1. Construções verdes ou sustentáveis 19
CAPÍTULO II 22
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA 22
2.1. POPULAÇÃO E AMOSTRAGEM 23
2.2. COLETA DE DADOS 23
2.3. FORMA VIÀVEL DE GERENCIAR OS PROJETOS 23
CAPÍTULO III 22
3. ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 25
3.1. PRODUTOS E SERVIÇOS PARA CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS
25
3.2. CENÁRIO DA CONSTRUÇÃO CIVIL E CONCEITO DE CONSTRUÇÃO
SUSTENTÁVEL 28

3.3. CERTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO AMBIENTAL 28

3.4. PARÂMETROS DE PROJETO SUSTENTÁVEL 29

3.5. A REUTILIZAÇÃO DE MATERIAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 31

4. CONCLUSÕES 32
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33

6. APÊNDICE 35

6.5. PROJETO DE PESQUISA 36

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1. INTRODUÇÃO

Em um laboratório de química, é primordial que o acadêmico assuma uma


postura cuidadosa e responsável durante as experiências. Estes cuidados têm o
objetivo não só de evitar acidentes, como também de diminuir o gasto dos
reagentes, geralmente muito caros. Não se deve ter medo de manusear os
reagentes, vidrarias ou equipamentos, pois dessa forma, o objetivo da aula prática
não será compreendido, deve-se apenas ter cautela para se trabalhar, evitando
assim acidentes. A concentração sobre o trabalho e o conhecimento sobre o mesmo
são fatores primordiais no combate aos erros e acidentes em laboratório. Muitas das
experiências realizadas durante o ensino de química são seguras, desde que
efetuadas com seriedade

1.1. Células Galvânicas ou Pilhas

A eletroquímica é um ramo da química que lida com o uso de reações químicas


espontâneas para produzir eletricidade, e com o uso da eletricidade para fazer com
que reações químicas não-espontâneas aconteçam. A classe de reações químicas
envolvidas nestes processos é chamada de reações de oxiredução, ou reações
REDOX. Um conhecimento dos princípios do comportamento de todas as reações
redox permitirá entender o princípio de funcionamento de baterias e pilhas bem
como todos os dispositivos em que os processos químicos e elétricos funcionam em
cadeia. Uma das contribuições mais importantes da eletroquímica para o nosso dia
a dia são as baterias portáteis usadas em diversos equipamentos eletro-eletrônicos.
A bateria é uma célula eletroquímica na qual a corrente - fluxo de elétrons através
do circuito - é produzida por uma reação química espontânea ou é usada para forçar
o processamento de uma reação não espontânea. ( SKOOG, 2006).
Chamamos de célula galvânica a célula eletroquímica que apenas gera uma
corrente. A pilha de Daniell é um exemplo antigo de célula galvânica. Ela foi
inventada pelo químico britânico John Daniell em 1836 para suprir a necessidade de
energia confiável e estável para operar aparelhos de telégrafos. Daniell sabia que a
reação redox Zs(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu2(s) era espontânea porque quando
um pedaço se zinco é colocado numa solução aquosa de sulfato de cobre (II), o

3
cobre metálico é depositado na superfície do zinco. Em termos atômicos, quando a
reação acontece, os elétrons são transferidos do Zn para os íons de Cu 2+ através da
solução.
Estes elétrons reduzem os íons de Cu2+ a átomos de Cu, que aderem à superfície
do zinco ou forma um precipitado no fundo do frasco. O pedaço de Zn desaparece
progressivamente enquanto seus átomos doam elétrons e formam íons de Zn 2+ que
migram para a solução.
Daniel notou que poderia rearranjar a reação para realizar trabalho separando as
semi-reações de oxidação e de redução em compartimentos distintos (observação
interessante: o elétron ainda não havia sido descoberto). Ver figura 1.

Figura 1: O Zn(s) se oxida e os elétrons reduzem o Cu2+(aq).

Assim, conforme indicado na Figura 2, para que os elétrons dos átomos de Zn


passem para os íons de Cu2+, eles devem transitar através de um circuito externo
(fio, lâmpada, motor, etc) no qual realizam trabalho.
A Figura 2 mostra esquematicamente como uma célula galvânica produz energia
elétrica a partir de reações redox. A reações de oxiredução podem ser monitoradas
quando introduzimos um voltímetro num circuito, no qual as semi-reações de
oxidações e de redução estão separadas. Um voltímetro é um instrumento que
mede a capacidade ou potencial de uma pilha (ou qualquer outra fonte de tensão)
impulsionar os elétrons através de um circuito externo, no qual normalmente
efetuarão algum trabalho útil tal como a produção de luz, calor ou geração de um
campo magnético, que deflete um ponteiro. O voltímetro ligado aos terminais de
diferentes células galvânicas nos diz os potenciais em unidades de Volt (V) de cada
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pilha e, portanto, dá uma indicação da capacidade de cada uma delas de realizar
trabalho.

Figura 2: Elétrons deixam uma célula galvânica no anodo (-), atravessam o circuito
externo conforme indicado pelo voltímetro e entram no catodo (+). A fonte de elétrons
é a oxidação no anodo, no caso acima, do Zn(s), que passam pelo circuito externo e
causam redução no catodo, no caso acima, do Cu 2+(aq). O circuito é completado na
célula pela migração dos íons através da ponte salina.

Em todas as células galvânicas os elétrons movem-se do anodo para o catodo,


através do circuito elétrico. O sentido deste movimento é indicado pelo sinal da
tensão medida pelo voltímetro. O anodo e o catodo são conhecidos como
eletrodos. A ponte salina completa o circuito, permitindo o fluxo de elétrons quando
os ions m1r+ são introduzidos no compartimento anódico e os ions m 2p+ deixam o
compartimento catódico. No processo eletroquímico haverá perda de massa no
anodo e ganho de massa no catodo.

1.1.1. Reações

(1) Reação no anodo: m1o ⎯ → mr+ + r e-


(2) Reação no catodo: m2p+ + p e- ⎯ → m2
Multiplicando-se a equação (1) por p elétrons e a equação (2) por r elétrons, temos:
Reação total: p m1o + r m2p+ ⎯ → p m1r+ + r m2

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As células galvânicas podem apresentar variações na sua construção, mas
basicamente geram energia de uma reação de oxidação-redução.

1.2. Corrosão

De acordo com (DEMICHELI, 2010) a corrosão é um processo resultante da ação


do meio sobre um determinado material, causando sua deterioração. É um
fenômeno que está associado à ferrugem que é aquela camada de cor marrom-
avermelhada que geralmente se forma em superfícies metálicas. A ferrugem nada
mais é do que o desgaste sofrido pelas construções que representam os sinais de
reações químicas. Este fenômeno não ocorre somente com metais mas também
com outros materiais dentre eles os polímeros orgânicos, o concreto,
eletrodomésticos, grades, instalações industriais, automóveis, etc., conforme pode
ser visualizado na figura 3.

Figura 3: Corrosão no ferro.

A ferrugem se forma quando o ferro se oxida na presença de ar e água. Ocorre a


oxidação do ferro metálico a cátion ferro:

Reação de anódica (oxidação): Fe → Fe2+ + 2e-


Simultaneamente, há a seguinte redução da água.
Reação de catódica (redução): 2H2O + 2e- → H2 + 2OH-

Neste processo , os íons Fe 2+ migram em direção à região catódica, enquanto os


íons OH- direciom-se para a anódica. Assim, em uma região intermediária, ocorre a
formação do hidróxido ferroso:

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Fe2+ + 2OH- → Fe(OH)2
Em meio com baixo teor de oxigênio, o hidróxido ferroso sofre a seguinte
transformação:

3Fe(OH)2 → Fe3O4 + 2H2O + H2

Por sua vez, caso o teor de oxigênio seja elevado,


tem-se:

2Fe(OH)2 + 2H2O + ½ O2 → 2Fe(OH)3

2Fe(OH)2 → Fe3O4.H2O + 2H2O

Assim, o produto final da corrosão, ou seja, a ferrugem, consiste nos compostos


Fe3O4 (coloração preta) e Fe2O3.H2O (coloração alaranjada ou castanho-vermelhada)

Outro exemplo desse tipo de corrosão ocorre quando se colocam dois metais
diferentes ligados na presença de um eletrólito. Na figura 4, tem-se o exemplo de
uma pilha galvânica, onde a área anódica (Fe) sofre o
desgaste. O eletrólito é uma solução condutora ou
condutor iônico que envolve simultaneamente as áreas
anódicas e catódicas (MERÇON; GUIMARÃES;.MAINIER,
2004).

Figura 4: pilha de corrosão eletroquímica com dois eletrodos diferentes (MERÇON;


GUIMARÃES;.MAINIER, 2004)

Indicadores de Corrosão

Os Indicadores mais empregados são:

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1 - Indicador de Corrosão do Ferro (Aço)
A corrosão do ferro segundo a equação: Fe → Fe2+ + 2e ,demanda certo
tempo para se tornar perceptível. O ânion [ Fe(CN) 6 ]3- (ferricianeto) é reagente
sensível ao cátion Fe2+ , permitindo rapidamente sua percepção e em consequência
a corrosão do ferro pela formação de cor azul intensa

3 Fe2+ + 2 [ Fe(CN)6 ]3- → Fe3 [ Fe(CN)6 ]2

2 - Indicador de Região Catódica


A região catódica, devida a presença do ânion OH 1-, é indicada pela fenolftaleína
através da cor vermelha característica.

3 - Identificação Conjunta de Regiões Anódicas e Catódicas.

As regiões anódicas e catódicas de materiais ferrosos podem ser mais facilmente


reconhecidas, empregando-se o indicador ferroxil. O Indicador FERROXIL é obtido,
adicionando-se a 1 litro de água quente as seguintes quantidades aproximadas: 1 g
de ferricianeto de potássio, 1 g de cloreto de sódio, 10 g de agar-agar (se interessar
produto geleificável) e gotas de fenolftaleína previamente preparada.

Nas reações anódicas : surgem manchas azuis de ferricianeto ferroso


(Fe3[Fe(CN)6]2 )

Nas zonas catódicas : resulta vermelho característico devido a presença de OH-


em contato com a fenolftaleína.

2. OBJETIVOS

2.1. Células Galvânicas ou Pilhas


• Entender que a eletroquímica estuda da relação entre a energia elétrica e as
transformações químicas;
• Aplicar os princípios básicos da eletroquímica;
• Entender o funcionamento de uma célula galvânica.
2.2. Corrosão
• Comprovar conceitos relacionados aos processos de corrosão e oxidação de
metais;
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• Estudar a corrosão de metais em diferentes meios.

3. MATERIAIS E REAGENTES

3.1. Células Galvânicas ou Pilhas

• Béquers de 250 ml
• 1 Béquers de 600 ml
• 1 proveta de 100 ml
• Balões de 100 ml
• Bastões de vidro
• Espátulas
• Funil de vidro
• Tubo em U (pedaço de mangueira para a ponte salina)
• Pinças
• Multímetro com cabos ponta “jacaré”
• Algodão
• “Bombril”
• Papel toalha
• Eletrodos de ferro (prego) níquel (moeda), cobre (fio/plaqueta), zinco
(plaqueta), Alumínio (fio/plaqueta) e eletrodo inerte (grafite de pilha).
• Sulfato de cobre (CuSO4·5H2O)
• Sulfato de níquel (NiSO4·6H2O)
• Sulfato de zinco (ZnSO4·7H2O)
• Sulfato de ferro (FeSO4·7H2O)
• Cloreto de alumínio (AlCl3)
• Cloreto de sódio (NaCl) para ponte salina.

3.2. Corrosão
3.2.1. Experimento N° 1

 Etiquetas e caneta para vidro;


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 “Bombril" (verificar a necessidade de trazer);
 1 Proveta de 25mL;
 Papel toalha;
 1 Béquer de 100mL;
 Frasco lavador.

3.2.2. Experimento N° 2

 1 chapa de ferro;
 Solução de ferricianeto de potássio 0,1 mol/L;
 Solução de cloreto de sódio 0,1 mol/L;
 Solução de fenolftaleína 1%.

3.2.3. Experimento N° 3

 1 bequer de 50 mL.
 Lâmina de zinco
 Solução de H2SO4 0,2 mol/L
 Lâmina de cobre (ou pedaços de fio de cobre).

3.2.4. Experimento N° 4

 2 béquer de 250 mL.


 Lâmina de ferro (ou pregos médios ou grandes)
 Espátula metálica.
 Lâmina de cobre (ou pedaços de fio de cobre)
 Cloreto de sódio sólido.
 Lâmina de zinco
 Solução de fenolftaleína;
 Fios condutores de energia (com jacarezinho)
 Solução de ferrocianeto de potássio.
 Pinças
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 Bastão de vidro.

3.2.5. Experimento N° 5

 9 pregos de ferro idênticos, que caibam completamente nos tubos de


ensaio.
 9 tubos de ensaio (aprox 15mL)
 Suporte para tubos de ensaio.
 Fio de cobre.
 Fita de zinco metálico.
 Fita de magnésio metálico.
 Fita de estanho metálico.)
 Água de torneira.
 Caneta pincel para identificar os tubos de ensaio.
 Uma lixa comum, ou esponja de aço dura.
 Cloreto de cálcio sólido
 Cloreto de sódio
 Óleo de cozinha
 Chapa aquecedora
 Água da torneira

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. Células Galvânicas ou Pilhas:


No procedimento experimental de células galvânicas ou pilhas, teve-se a
possibilidade de formação de possíveis pilhas de Cu/Zn, Zn/Fe, Fe/Ni, e Ni/Cu.
Preparou-se 100 ml 0,1M das soluções conforme as pilhas que foram indicadas pelo
orientador, logo em seguida fez-se a identificação de cada béquer, em seguida
adicionou-se 500 ml de solução concentrada de cloreto de sódio (NaCl) para a
formação da ponte salina, que deve ter aproximadamente 4g para 100ml. Preparou-
se então a ponte salina, preenchendo a mesma com a solução descrita
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anteriormente, vedando as pontas com algodão, sem excesso. Após os eletrodos
formal limpos com água, sabão e bombril e secos com papel toalha. Prenderam-se
então os eletrodos nos cabos ponta jacaré e conectou-se aos polos do multímetro,
consultando a tabela dos potenciais, garantindo a espontaneidade das reações. O
multímetro foi ajustado para medir a voltagem em corrente contínua e emergiram-se
os eletrodos e as pontas da ponte salina nas soluções para obter-se o potencial de
célula, conforme demonstrado na figura 6. Por fim, os valores dos potenciais foram
anotados após o início, com intervalos de 2, 5, 15 e 30 minutos de imersão, onde
considerou-se este valor se o potencial verificou-se estável, caso não, medidas
adicionais foram feitas em intervalos de tempo maiores.

4.2. Corrosão:

Para o procedimento experimental de corrosão, dividiram-se as experiências


conforme abaixo:

EXPERIMENTO N º 1 – Corrosão do ferro na atmosfera:

Para esse procedimento, colocou-se um pedaço de esponja no fundo de uma


proveta, preenchendo-a com água, fazendo com que a mesma entre na malha da

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esponja de aço. Em seguida curvou-se essa proveta em um béquer contendo água,
deixando o ar penetrar por aproximadamente 10 cm. Marcou-se ao final o nível da
água na proveta, datando a mesma para observação posterior do conjunto após
uma semana, conforme pode ser observado na figura 7.

Figura 7 – Corrosão do Ferro na Atmosfera

Fonte: Arquivo Pessoal

EXPERIMENTO N º 2 – Verificação da área anódica e catódica::

No experimento Nº2 uma das superfícies de uma chapa de ferro foi limpa,
colocando sobre a mesma duas à três gotas de solução de cloreto de sódio,
uma gota de fenolftaleína e duas gotas de solução de ferricianeto de potássio.
Após aguardar entre 5 à 10 minutos observou-se as colorações que se
formaram na região central e na região periférica da película líquida. Obervar
imagem 8.

COLOCAR IMAGEM 8.

QUESTIONÁRIO

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1) Qual o fator que provoca a corrosão do ferro?
2) O que indicam as colorações observadas?

3) Escrever as semi-reações que ocorrem nas regiões anódica e catódica da pilha


de corrosão formada.

EXPERIMENTO N º 3 – Corrosão provocada por impurezas metálicas::

Este procedimento de Nº3 não foi realizado em virtude do tempo para


realização dos demais experimentos seguintes.

EXPERIMENTO N º 4A – Corrosão provocada por materiais diferentes:

No experimento de Nº4 colocou-se em um béquer de 250 ml, com um auxílio de


uma espátula metálica, certa quantidade de NaCl, juntamente com
aproximadamente 200 ml de água deionizada. Na solução obtida, adicionou-se 10
gotas de fenolftaleína e 1ml de solução de ferricianeto de potássio, homogeneizando
a solução utilizando um bastão de vidro. Ligaram-se um bastão de ferro a um bastão
de cobre, previamente limpos, através de um fio condutor. Imergiram-se esses
metais, ligados entre si, na solução de NaCl, observando o aparecimento de
coloração avermelhada em torno do bastão de cobre e um resíduo azul em torno do
bastão de ferro.

QUESTIONÁRIO
1) Qual dos metais, Fe ou Cu, sofre corrosão?
2) escrever as semi-reações que ocorrem nas regiões anódica e catódica
da pilha formada?

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3) qual a razão das colorações observadas nas regiões anódicas e
catódicas?

EXPERIMENTO N º 4B – Corrosão provocada por materiais diferentes:

Repetiram-se o procedimento descrito no experimento 4ª, porém usando


um bastão de ferro e uma lâmina previamente limpos. Após a imersão
desses metais, ligados entre si, na solução de NaCl, observou-se o
aparecimento de coloração avermelhada em torno do bastão de ferro.

QUESTIONÁRIO
1) Qual dos metais (Fe ou Zn) sofre corrosão (oxidação)?
2) Escrever as semi-reações que ocorrem nas regiões anódicas e catódica da
pilha de corrosão formada.
3) Em que consiste a proteção catódica?

EXPERIMENTO Nº 5 – Fatores que causam a ferrugem:


Neste procedimento final, cerca de 9 tubos de ensaio foram numerados
sequencialmente, realizando os seguintes critérios:
Tubo 1: Cuidadosamente, colocou-se um prego no tubo de ensaio, com a ponta
para cima e inclinando o tubo para que o prego não quebre-o ao bater no fundo.

Tubo 2: Cuidadosamente, colocou-se um prego no tubo de ensaio, com a ponta


para cima e inclinando o tubo para que o prego não quebre-o ao bater no fundo.
Colocou-se água até cobrir o prego. Esse é o tubo de referência.

Tubo 3: Colocou-se em um tubo de ensaio aproximadamente 1,0 g de um agente


secante (CaCl2) ou sílica, cobrindo-o com um pedaço de algodão seco juntamente
com um prego limpo e polido, fechando assim o sistema com uma rolha.

Tubo 4: Este tubo não foi adicionado por não conter no momento óleo de soja no
laboratório.

Tubo 5: Colocou-se em um tubo de ensaio 1,0 g de NaCl, em seguida colocou-se


um prego no tubo de ensaio, com água da torneira até cobrir o prego
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Tubo 6: Enrolou-se uma fita de zinco (Mg) no prego, inseriu-se o conjunto no tubo e
completou-se com água da torneira até cobrir os metais.

Tubo 7: Enrolou-se a fita de estanho (Sn) no prego, inseriu-se o conjunto no tubo e


completou-se com água da torneira até cobrir os metais.

Tubo 8: Enrolou-se um fio de cobre (Cu) no prego, inseriu-se o conjunto no tubo e


completou-se com água da torneira até cobrir os metais.

Tubo 9: Enrolou-se cuidadosamente uma fita de magnésio (Mg), sendo este


quebradiço, em um prego. Como esse metal é muito frágil, a fita pode quebrar; mas
não tem problema: ela precisa ter pelo menos alguns pontos de contato com o
prego, não precisa estar totalmente amassada em torno dele. Coloque o conjunto no
tubo de ensaio e complete com água até cobrir os metais. Com todos os tubos
organizados no suporte de tubos, fotografe a série ou os tubos inicialmente. Deixe
em repouso por 7 dias. Fotografe novamente os tubos após o período de repouso
e anote suas observações.

QUESTIONÁRIO
1) Quais dos tubos apresentaram maior grau de corrosão do prego de ferro? O que
aconteceu com os metais do mesmo conjunto?
2) Quais dos tubos apresentaram menor grau de corrosão do prego de ferro? O que
aconteceu com os metais do mesmo conjunto?

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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1. Células Galvânicas ou Pilhas

O funcionamento da pilha de Daniel se deu imediatamente após sua montagem


acusando no voltímetro uma corrente elétrica. Podemos afirmar que o valor obtido
foi satisfatório, pois trabalhamos em condições de trabalho diferentes das da
literatura, que podem ter influenciado no resultado.

A placa de zinco era bastante espessa, logo não foi possível notar sua
diminuição, mas houve seu desgaste causado pelo deslocamento de seus átomos
da placa para a solução depositando na placa seus elétrons que fluíram pelo foi
condutor para o eletrodo de cobre. O zinco da placa saiu da sua forma Zn 0 para Zn+2
na solução, o que levou a um aumento de íons de zinco na solução de sulfato de
zinco, pois o zinco apresenta maior potencial de oxidação.

Já a placa de cobre sofreu um aumento de massa, pois o cobre apresenta


potencial para se reduzir. Os elétrons que estavam fluindo por meio do fio condutor
da placa de zinco se depositaram na placa de cobre carregando-a negativamente.
Os íons de cobre presentes na solução de sulfato de cobre foram atraídos pela
carga negativa da placa e se depositaram nela na forma de cobre metálico,
diminuindo a concentração de íons de cobre na solução.

O controle das cargas para que a pilha funcionasse foi mantido através da ponte
salina, que possibilitou a passagem gradual dos íons e impediu o contato direto
entre as soluções de sulfato de zinco e sulfato de cobre: os íons sulfato, SO 4-2,
fluíram por intermédio da ponte salina da solução de sulfato de cobre (onde estava
em maior concentração devido à migração dos íons de cobre da solução para a
placa) para a solução de sulfato de zinco (onde havia déficit de íons sulfato, pois os
íons de zinco presentes na placa migravam para a solução), mantendo assim a
neutralidade elétrica das soluções.

No interior da ponte salina havia o cloreto de potássio e esta estava fechada nas
extremidades com maços de algodão. O KCl é um eletrólito forte e o mais indicado
para ponte salina, pois seus íons apresentam tamanhos similares. Esse fator facilita

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sua mobilidade na ponte salina: os íons potássio (k +) se moveram para o lado
correspondente da solução de sulfato de cobre, porque havia nesta solução maiores
concentrações de íons sulfato; os íons cloreto (Cl -) se deslocaram para a solução de
sulfato de zinco, onde havia maior concentração de íons de zinco. Deste modo, a
ponte salina fechou o sistema mantendo o fluxo de íons e o fio condutor mantendo a
migração dos elétrons.

5.2. Corrosão
5.2.1. Experimento Nº 1: Corrosão do ferro na atmosfera:

Após uma semana, o a palha de aço Fe(s) que foi embebedada em água
enferrujou-se, características das reações:
Fe(s) + H2O(l) + 1/2O2(g) -> Fe(OH)2(aq)
Fe(OH)2(aq) + H2O(l) +3/2O2(g) -> Fe(OH)3(aq) + H2O(l)
Fe(OH)3(aq) -> H2O(l) + Fe2O3(s)
As quais produziram a ferrugem: Fe2O3(s) de coloração alaranjada e textura
áspera.
O O2 necessário para a reação é retirado da coluna de ar, que ao final do
experimento tinha 10,85ml, ou seja, foi consumido 16,54% da coluna, e como sabe-
se que o ar atmosférico possui cerca de 20% de oxigênio, pode-se dizer que todo
este foi usado na reação, explicando a alteração de volume.

5.2.2. Experimento Nº 2: Verificação da área anódica e catódica:

A solução gotejada no ferro era uma solução de indicadores: fenolftaleína que


indica presença de meio básico e K 3[Fe(CN)6] indicador de Fe2+ em solução, cuja
coloração característica é o azul. Na placa de ferro verificou-se que nas bordas da
gota - onde há contato do ferro com O 2(g) - está delimitada a porção catódica da
solução, corroborado pela coloração rósea da fenolftaleína, a qual indica excesso de
OH- na região; e no centro das gotas a porção anódica, com formação de Fe 2+ pela
oxidação do ferro, indicados pela coloração azul características do indicador
(oxidação do ferro à Fe2+).
5.2.3. Experimento Nº 4A: Corrosão provocada por materiais diferentes:

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Em uma solução contendo NaCl, água deionizada, fenolftaleína e ferricianeto de
potássio, ligou-se um bastão de ferro e um de cobre através de um fio condutor,
observando coloração rósea em torno do bastão de cobre e resíduo azul em torno
do bastão de ferro.
A adição do ferrocianeto de potássio foi necessária para que a corrosão do ferro
acontecesse mais rapidamente, caracterizando a região anódica, gerando
Fe4[Fe(CN)6]3, conhecido como azul de prússia . À medida que a reação ocorre na região
catódica, é observado o surgimento de coloração rósea em torno do bastão de
cobre, explicada pela formação de íons hidroxila (redução da água) indicada pela
fenolftaleína.

Fe(s) → Fe2+(aq) + 2e- (semi-reação anódica)


2H2O(l) + O2(g) + 4e- → 4OH-(aq) (semi-reação catódica)

5.2.4. Experimento Nº 4A: Corrosão provocada por materiais diferentes:

Em uma solução contendo NaCl, água deionizada, fenolftaleína e ferricianeto de


potássio, ligou-se um bastão de ferro e um de zinco através de um fio condutor,
observando coloração rósea em torno do bastão de ferro e ausência de coloração
azul.
A corrosão do ferro não acontece, pois se caso esta oxidação ocorresse haveria a
formação do azul de prússia, em reação do Fe 2+ com o ferricianeto de potássio. Nas
condições utilizadas, o ferro atua como cátodo da pilha e encontra-se protegido por
estar acoplado ao eletrodo de zinco, que funciona como ânodo e metal de sacrifício.

Zn(s) → Zn2+(aq) + 2e- (semi-reação anódica)


2H2O(l) + O2(g) + 4e- → 4OH-(aq) (semi-reação catódica)

O aparecimento do resíduo esbranquiçado em torno da lâmina de zinco resulta do


hidróxido de zinco formado de acordo com a equação:
Zn2+(aq) + 2OH-(aq) → Zn(OH)2(s)
5.2.5. Experimento Nº 5: Fatores que causam a ferrugem:

Após uma semana os resultados obtidos em cada tubo foram:


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Tubo 1: Houve corrosão do ferro de acordo com as reações:
Fe(s) + H2O(l) + 1/2O2(g) -> Fe(OH)2(aq)
Fe(OH)2(aq) + H2O(l) +3/2O2(g) -> Fe(OH)3(aq) + H2O(l)
Fe(OH)3(aq) -> H2O(l) + Fe2O3(s)
A ferrugem podia ser encontrada ao redor do prego e no fundo do tubo de ensaio
Tubo 2: Houve oxidação do prego de acordo com as reações:
Fe(s) + H2O(l) + 1/2O2(g) -> Fe(OH)2(aq)
Fe(OH)2(aq) + H2O(l) +3/2O2(g) -> Fe(OH)3(aq) + H2O(l)
Fe(OH)3(aq) -> H2O(l) + Fe2O3(s)
Percebe-se que a corrosão foi maior que no primeiro tubo devido a maior
presença de sólido alaranjado no fundo do tubo, assim como, percebe-se a
presença de uma tonalidade verde na solução, que pode ser explicada pela reação:
2Fe(s) + 6HCl(aq) -> 2FeCl2(aq) + 4H2(g)
O composto FeCl2 é solúvel em meio ácido e caracteristicamente verde.
Tubo 3: Mesmos resultados que os observados no tubo 2, porém com maior
intensidade e proporção dos produtos da corrosão, porque que há maior
concentração do ácido corrosivo e consequentemente maior número de
eletrólitos, os quais geram mais fluxo de elétrons no meio.
Há também formação de um sólido preto ao redor do prego, que pode ser
explicado pela reação:
3Fe(OH)2(aq) -> H2O(l) + O2(g) + Fe3O4(s)
O sólido em questão é o Fe3O4(s), de coloração preta, também conhecido como
magnetita.
Tubo 5: As reações de corrosão são as mesmas apresentadas no tubo 1,
todavia, a presença de um maior número de eletrólitos por causa do NaCl
dissolvido aumenta o fluxo de elétrons e consequentemente corrosão mais
intensa.
Tubo 6: Após o período verificou-se que o zinco sofreu oxidação por ser
agente oxidante através da seguinte equação: Zn(s) -> Zn2+ (aq) + 2 e-
Tubo 7: O revestimento de Estanho, ao ser mais nobre que o aço (material
base), ao ser quebrado, fez com que o prego fosse preferencialmente
atacado.

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Tubo 8: Após o período de uma semana verificou-se que o ferro sofreu
oxidação por ser agente redutor através da seguinte equação:
Fe(s) -> Fe2+ (aq) + 2 e-

Tubo 9: Após o período de uma semana verificou-se que o Magnésio sofreu


oxidação por ser agente oxidante através da seguinte equação:
Mg(s) -> Mg2+ (aq) + 2 e-

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6. CONCLUSÕES

A partir dos experimentos realizados puderam-se relembrar conceitos da


eletroquímica que são de fundamental importância para os entendimentos das
técnicas eletroanalíticas. Observou-se a produção de corrente elétrica a partir da
transferência de elétrons, mas também a utilização de corrente elétrica na produção
dessas reações químicas, nos experimentos de pilhas e eletrólise, respectivamente.
O estudo das reações de corrosão é importante na prevenção e tratamento
especial de megaempreendimentos que utilizem metais pesados cuja aquisição é
difícil, evitando assim as perdas desnecessárias de capital. Tais experimentos
demonstraram as principais maneiras macroscópicas de verificar a ocorrência de
corrosão, como também métodos simples de sacrifício e prevenção a fim de
aumentar a durabilidade de empreendimentos que utilize metais susceptíveis à
corrosão.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MERÇON, F.; GUIMARÃES, P. I. C.; MAINIER, F. B. Corrosão : um exemplo usual


de fenômeno químico. Química Nova na Escola, no 19, 11-14, 2004.

SKOOG, Douglas A.; WEST, Donald M.; HOLLER, James F.; STANLEY R. Crouch.
Fundamentos de Química Analítica. 8ª ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006,
999p.

DEMICHELI, Cynthia Peres. Apostila de práticas de Química Geral – UFMG 2010

http://www.reocities.com/ResearchTriangle/4480/academic/academic-
files/daniellcell.html Acessado em 26/05/2016 às 15:00

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