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AO JUIZO DA *** VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE MANAUS

PROCESSO: *******

EMPRESA CAMPOS DE ORQUÍDEA LTDA, inscrita no CNPJ sob o número ***,


com sede na Rua***, n°.***, bairro, cidade, Estado, CEP, com endereço eletrônico ***, nos
autos da Reclamação Trabalhista em epígrafe, movida por Rita das Flores (já qualificada nos
autos), vem a presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado (procuração
anexa) ******, com fulcro no artigo 847, da CLT e artigo 336, do CPC apresentar
CONTESTAÇÃO, nos termos que seguem:

DA PRELIMINAR

- Da Justiça Gratuita (art. 740, 4° da CLT)

Devido a atual situação pós-pandemia, a Reclamada vem passando por graves crises
financeiras. No período de dois anos de pandemia, a empresa se manteve de portas fechadas,
sem produzir, respeitando as normas e condutas impostas para todos. O art. 790, §4º, da CLT,
garante a justiça gratuita para a parte que não tem condições de arcar com as despesas
processuais, o que ocorre com a reclamada no caso em concreto. Diante do exposto, requer a
concessão dos benefícios da justiça gratuita à reclamada.
- Da inépcia do pedido de adicional de periculosidade:
A Reclamante laborava na função de Supervisora de Produção, responsável pela manutenção e
gestão dos usos de equipamentos de segurança. Contudo, a reclamante pleiteia um adicional de
periculosidade, sendo que ela não trabalhava numa atividade perigosa, onde a coloca em risco.
Ademais, pedidos genéricos, incompatíveis ou que não apresentem valores determinados ao
pedido devem ser impugnados, pois este não foi apresentado na petição inicial. Dito isto, com
base no art. Art. 330, § 1º, I, requer o acolhimento da preliminar da inépcia do pedido de
periculosidade, para a fim de que seja extinto o processo sem resolução do mérito, nos termos
do Art. 485, I, CPC e art. 337, IV do CPC.

DO MÉRITO

- Das Horas Extras:


Dispõe os artigos 7°, XIII, CF/88 e 58, da CLT; respectivamente:
“Artigo 7º da CF/88: ….
…..
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho.”
“Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada,
não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.”
É indevido as horas extras exigida pela Reclamante pois como consta nos artigos acima, a
jornada de trabalho exigida pelo dispositivo constitucional foi salientada e cumprida pela
Reclamante Rita de Flores, no período que ela labutava na Empresa Campos de Orquídea.

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS

À luz do artigo 791-A, da CLT, prevê: “Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão
devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do
proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da
causa.”
Sendo assim, requer que seja arbitrado pelo juízo a condenação dos honorários advocatícios no
percentual de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da sobre o valor atualizado da
causa.

DOS REQUERIMENTOS FINAIS

a) Isto posto, requer a Vossa Excelência o recebimento da presente Contestação, bem como sua
apreciação para acolher a preliminar e indeferir a AJG ao Reclamante, bem como julgar
Improcedente a presente demanda, com extinção do feito com resolução de mérito, condenando
o Reclamante ao pagamento das custas processuais;
b) Protesta por todos os meios de prova em direito admitido, em especial depoimento pessoal do
Reclamante e testemunhal;
Nestes termos,
Pede deferimento.
Manaus, 30 de outubro de 2021

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