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1. Introdução...................................................................... 3
2. Gasometria arterial..................................................... 9
3. Acidose metabólica..................................................17
4. Alcalose metabólica.................................................20
Referências Bibliográficas..........................................22
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 3
Metabolismo Metabolismo
aeróbico da glicose anaeróbico da glicose
Corpos cetônicos
Ácido sulfúrico H+
ácidos
Ácido fosfórico
Ácido fosfórico
Figura 2. Produção de ácido decorrente dos processos metabólicos. Fonte: Powers, 2005.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 6
+0,3
+0,2
+0,1
Alterações no pH dos líquidos corporais
0 Normal
-0,1
-0,2
-0,3
-0,4
-0,5
Figura 3. Ventilação alveolar X pH. Fonte: Adaptado de Guyton & Hall, 2017.
amônio (NH4+).
Túbulo proximal: Uma molécula de 2. GASOMETRIA ARTERIAL
glutamina na célula tubular se quebra
formando dois NH4+, que são secre- A gasometria arterial é um exame que
tados, e dois HCO3-, que são reab- tem por objetivo avaliar a quantida-
sorvidos ao sangue. Mecanismo de de dos gases dissolvidos no plasma
produção de novo íon bicarbonato, sanguíneo do leito arterial e avaliar o
por quebra de aminoácido. O NH4+ equilíbrio ácido-base no sangue arte-
sai em troca do sódio. No lúmen, se rial, antes deste sofrer trocas gasosas
liga ao Cl-, e vai ser eliminado sob a nos capilares dos tecidos periféricos.
forma de cloreto de amônio, subs- Os comandos para o início da respi-
tância que auxiliará a excreção de ração partem do centro respiratório,
hidrogênio. localizado no bulbo. A partir de então,
Túbulo coletor: Não há quebra de glu- ocorre a transmissão do estímulo até a
tamina. Lá existe a amônia, que é um medula espinhal, que resulta na con-
produto nitrogenado de trânsito li- tração diafragmática, aumentado ou
vre entre os compartimentos. Ela se diminuindo o volume da caixa toráci-
ligará ao hidrogênio que está sendo ca, modificando a pressão no interior
constantemente eliminado para a luz do pulmão. Assim, o ar atmosférico
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 10
Artéria
femoral
Artéria
radial
Figura 4. Artérias para realização de gasometria arterial. Fonte: Netter & Machado – Atlas Interativo 3.0, 2004.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 12
SAIBA MAIS!
Não é necessário puxar o êmbolo para refluir o sangue, exceto em dois casos principais: Pa-
ciente que apresenta um pulso muito fraco ou a agulha utilizada para punção é pequena (Ex:
25-Gauge).
de ar da seringa. Sangramento
SAIBA MAIS!
A gasometria pode ser realizada tanto em sangue venoso como em sangue arterial. Duas
informações práticas, porém, podem ser obtidas pela análise da gasometria venosa:
A diferença arteriovenosa pequena com progressivo aumento da pO2 venosa indica um agra-
vamento das trocas teciduais. Portanto, o principal dado fornecido pela gasometria venosa é
a pO2.
Basicamente, as maiores diferenças entre os resultados gasométricos arteriais e venosos são
os seguintes: maiores pH e pO2 nas amostras arteriais e maiores pCO2 e teores de bicarbo-
nato e de TCO2 nas venosas; geralmente não se encontram diferenças nas concentrações
de BE.
Os valores de referência são:
pH 7.32-7.42
pCO2 41-51 mmHg
pO2 25-40 mmHg
Bicarbonato (HCO3) 24-25 meq/L
PH ALTO (>7,45)
↑ [HCO3 -] Alcalose
Disturbio misto metabólica
Acidemia
↓ PaCO2 e ↓ [HCO3 -]
↑ PaCO2 e ↑ [HCO3 -]
↑ Ânion gap 1. ↓ PaCO2 Alcalose
↓ [HCO3-] Acidose
respiratória
Metabólica
↑ PaCO2 Acidose
Respiratória
• Acidose respiratória aguda: HCO3 Passo 4: Avaliar ânion Gap (AG). Nor-
esperado = 24 + {[pCO2 atual - malmente existe no nosso organismo
40] / 10} um equilíbrio entre as cargas positi-
vas e negativas. O anion gap (AG)
• Acidose respiratória crônica: HCO3
corresponde a diferença entre cátions
esperado = 24 + 4x {[pCO2 atual -
e ânions mensuráveis. O sódio (Na+)
40] / 10}
é a principal carga positiva, enquanto
• Alcalose respiratória aguda: HCO3 o cloro (Cl-) e o bicarbonato (HCO3-)
esperado = 24 – 2x {[40 – pCO2 compõem as cargas negativas.
atual] / 10}
• Alcalose respiratória crônica:
HCO3 esperado = 24 – 5x {[40 –
pCO2 atual] / 10} (variação +/- 2).
DISTURBIO RESPOSTA
Para cada mEq/L de queda na
Acidose concentração plasmática de bi-
Metabólica carbonato abaixo de 25 mEq/L a
PaCO2 cai 1 mm Hg abaixo de
40 mmHg
Para cada mEq/L de aumento
na concentração plasmática
Alcalose
de bicarbonato acima de 25
Metabólica
mEq/L a PaCO2 sobe 0,7
mmHg acima de 40 mmHg
Acidose Para cada mm Hg de aumento
Respiratória na PaCO2 acima de 40 mm Hg
a concentração plasmática de
Aguda
bicarbonato sobe 0,1 mEq/L
Para cada mm Hg de aumento
na PaCO2 acima de 40 mm Hg
Crônica
a concentração plasmática de
bicarbonato sobe 0,3 mEq/L
Alcalose Para cada mm Hg de queda
Respiratória na PaCO2 abaixo de 40 mm
Hg a concentração plasmática
Aguda
de bicarbonato cai 0,2 mEq/L
Para cada mm Hg de queda
na PaCO2 abaixo de 40 mm
Crônica
Hg a concentração plasmática
de bicarbonato cai 0,5 mEq/L
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 17
AG representa estes ânions não men- representam o Buffer Base. Este valor
suráveis e pode ser calculado pela é fixo, e funciona como uma espécie
fórmula: de valor de referência esperado para
AG = Na – (HCO3 + Cl), cujo valor a soma das bases. Se todas as bases
normal é 8-12. somadas não correspondem ao va-
lor de referência do Buffer Base, esse
excesso é o Base Excess.
Excesso de base (EB)
O componente metabólico do equi- 3. ACIDOSE METABÓLICA
líbrio ácido-básico do sangue é re-
fletido no Excesso de Base ou Base Causas
Excess. O bicarbonato não é a única A alteração básica é a queda do
base presente no organismo, há di- HCO3 com consequente redução do
versas outras que quando somadas
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 18
ACIDOSE
METABÓLICA
Perda de
bicarbonato Cetoacidose Alcalose metabólica
(urina, intestino..)
Hipóxia - acidose
láctica
Taxa filtração
glomerular ↓-
Insuficiencia renal
ALCALOSE
METABÓLICA
Ingestão de alcali
Cloro urinário >
(associada a baixa taxa
20 mEq/L
de filtração glomerular)
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13.
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
AIRES, Margarida M. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
Power, S. Howley, E. Fisiologia do exercício. Ed Manole. 2005
Souza M H L & Elias D O. Fundamentos da circulação extracorpórea. Rio de Janeiro, Centro
Editorial Alfa Rio, 2006
Carlotti APCP. Abordagem clínica dos distúrbios do equilíbrio ácido-base. Medicina (Ribei-
rão Preto) 2012.
Furoni, R. et al. Disturbios do equilíbrio ácido-básico. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 12,
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SHELLY, P.; MELINDA, D.H.; FERRI, M. Arterial puncture for blood gas analysis. The New
England Journal of Medicine, v. 364,n. 5, p. e7 , Fev 2011.
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Évora PRB, Garcia LV. Equilíbrio ácido-base. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 301-11
Maricondi, Wagner. Interpretação dos gases sanguíneos arterial. Maricondi. 2017
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