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SUMÁRIO

1. Introdução...................................................................... 3
2. Gasometria arterial..................................................... 9
3. Acidose metabólica..................................................17
4. Alcalose metabólica.................................................20
Referências Bibliográficas..........................................22
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 3

1. INTRODUÇÃO ALCALI = METAIS ALCALINOS +


ÍON BÁSICO + ÍON HIDROXILA
A regulação do íon hidrogênio é es-
sencial para um bom funcionamento
de quase todos os sistemas de en- A porção base dessas moléculas re-
zimas no corpo; assim, variações da age rapidamente com H+ para remo-
concentração de H+ alteram, pratica- vê-las da solução, e portanto, são ba-
mente, todas as funções celulares e ses típicas. [/SE LIGA]
corporais.
O H+ é um próton único livre, liberado CONCEITO! O termo alcalose é referen-
do átomo de hidrogênio. Moléculas te a remoção excessiva de H+ dos líqui-
dos corporais. O termo acidose é refe-
contendo átomos de hidrogênio que rente a adição excessiva de H+
podem liberar íons hidrogênio são co-
nhecidos como ácidos. A base é ca-
racterizada como um íon ou molécula
capaz de receber H+. Concentração de ácidos e bases
O ácido será forte quando se dissocia
A concentração plasmática de H+,
rapidamente e libera grandes quan-
normalmente, é bem baixa, de apro-
tidades de H+ na solução. Já os áci-
ximadamente, 0,00004 mEq/K (=40
dos fracos têm tendência menor de
nEq/L), que é quase um milhão de
se dissociar e assim liberam H+ com
vezes menor que a concentração de
menos vigor. A base segue o mesmo
bicarbonato. Variações normais fi-
princípio. Uma base forte será aque-
cam entre 3-5 nE/L e em condições
la que reage rapidamente com o H+
estemas, pode variar de 10-160 nE-
e assim, remove-o prontamente de
q/L sem levar ao óbito. Observe que
uma solução. Já uma base fraca se
a concentração de H+ é muito baixa
liga ao H+ com muito menos força. A
e números muito pequenos, por isso
maioria dos ácidos e bases no líquido
utilizamos uma escala logarítmica
extracelular, envolvidos na regulação
para expressar a concentração, sendo
acidobásica normal, são FRACOS. Os
esta em unidades de pH. O pH está
mais importantes são H2CO3 e HCO-3.
relacionada a inversamente à con-
centração real de H+, ou seja, pH bai-
SE LIGA! Álcali é usado como sinônimo xo = H+ elevado e pH alto=H+ baixa.
de base. Porém, álcali é uma molécu-
la formada pela combinação de um ou
mais dos metais alcalinos (por exemplo:
sódio, potássio, lítio, etc.) com um íon
muito básico com um íon hidroxila (OH-).
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 4

gás carbônico (ex: ácido metanoico,


ácido carbônico), e de fixo (ou não vo-
látil), quando não estão em equilíbrio
BASES com uma forma gasosa (ex: ácido lác-
|HCO3-| = 24mmol/L tico, fosfórico, fosfato ácido).
ÁCIDOS

Produção dos ácidos


|H+| = 40mmol/L

A nossa dieta contém muitos cons-


tituintes que podem ser ácidos ou
básicos e o próprio metabolismo ce-
lular produz ácido e base. Como efei-
Figura 1, Concentração de ácidos e bases to final, temos a adição de ácido aos
fluidos corporais. Para manter o ba-
lanço, o ácido deve ser excretado em
O H+ tem alta afinidade de ligação às intensidade equivalente à sua adição.
proteínas no pH intracelular e quando A produção ácida normalmente varia
sua concentração aumenta, ele se liga de 50-100 mmol/dia.
às proteínas intracelulares, o que al-
tera sua carga, forma e, possivelmen- Os maiores constituintes da dieta são
te, sua função. Portanto, é importante os carboidratos e as gorduras. Quan-
que as concentrações de H+ sejam do a perfusão do tecido é adequada,
mantidas em valores muito baixos. o oxigênio está disponível para os te-
cidos, a insulina está presente em ní-
CONCENTRAÇÃO H+
PH veis normais e os carboidratos e gor-
(MEQ/L)
duras são metabolizados em CO, e
Líquido
extracelular 4,0 x 10-5 7,4
H,0. Todo dia, 15 a 20 mol de CO são
Sangue arterial gerados por esse processo. Em geral,
4,5 x 10-5 7,35
Sangue venoso essa grande quantidade de CO, é efe-
Líquido
4,5 x 10-5 7,35 tivamente eliminada do corpo pelos
intracelular
pulmões. Portanto, esse CO derivado
3,0 x 10-2 - 4,0 x
Urina
10-5
4,5-8 do metabolismo, não causa impacto
HCl gástrico 160 0,8 sobre o balanço ácido-básico.
Tabela 1. pH e concentração de H+ nos líquidos corpo- Assim temos que a produção de H+
rais. Adaptado de Guyton & Hall, 2017.
no organismo ocorre normalmente
pelo:
Podemos classificar os ácidos em vo- • Metabolismo das proteínas: ami-
látil, quando está em equilíbrio com o noácidos contendo enxofre, como
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cisteína e metionina, e aminoácidos aminoácidos contendo enxofre, re-


catiônicos, como lisina e arginina; sultam em ácido sulfúrico quando
metabolizados, enquanto o ácido hi-
• Metabolismo dos carboidratos:
droclorídrico resulta do metabolismo
ácido lático, na hipóxia. A concen-
da lisina, arginina e histidina. Em si-
tração de ácido láctico presente no
tuação de doença os ácidos sulfúrico,
músculo leva à produção de lacta-
clorídrico e fosfórico são produzidos
to, que está associado à diminui-
demasiadamente.
ção do pH junto à célula muscular.
Por outro lado, o metabolismo de
• Metabolismo de gorduras: cetoáci- ânions orgânicos, como o citrato e o
dos, no déficit de insulina. acetato, provenientes de frutas e ve-
getais, gera HCO3- e remove íons H+
O metabolismo celular de outros cons- do corpo. O metabolismo de certos
tituintes da dieta também tem impac- ânions orgânicos (ex: citrato) resulta
to sobre o balanço ácido-básico. Por na produção de HCO3- que compen-
exemplo, a cisteína e a metionina, sa em certo grau a produção de ácido
não volátil

Metabolismo Metabolismo
aeróbico da glicose anaeróbico da glicose

Ácido carbônico Ácido lático

Corpos cetônicos
Ácido sulfúrico H+
ácidos

Oxidação de aminoácidos Oxidação incompleta


que contêm enxofre de ácidos graxos

Ácido fosfórico

Ácido fosfórico

Figura 2. Produção de ácido decorrente dos processos metabólicos. Fonte: Powers, 2005.
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Mecanismos compensatórios • Bicarbonato: atua principalmente


no plasma e na hemácia
Em algumas situações patológicas,
tais como ventilação respiratória in- • Não-bicarbonato: hemoglobina,
suficiente, vômitos, diarreia ou insufi- proteínas do plasma, fosfato orgâ-
ciência renal podem causar perda ou nico, fosfato inorgânico
ganho incomuns de ácido ou base.
Para combater esses distúrbios, o
organismo utiliza três mecanismos Tampão bicarbonato - É o mais im-
principais: tamponamento químico, portante no extracelular, pois é muito
ajuste respiratório da concentração abundante no plasma, apesar de ter
sanguínea de CO2 e excreção de íons um PK ruim. Devido a abundância de
hidrogênio e bicarbonato pelos rins. bicarbonato e a presença da anidrase
carbônica, essa reação é muito rápi-
- Sistema tampão: Tampão é qual- da, ela pode ir de um lado ou pro ou-
quer substância capaz de se ligar, tro, favorecer a formação de bicarbo-
reversivelmente, ao H+. Respondem nato ou de hidrogênio ou de um sal a
em fração de segundo para minimizar depender da nossa necessidade por
as alterações. Os sistemas tampão conta da ação da anidrase carbônica.
não eliminam ou acrescentam íons Um ácido fraco (H2CO3), um sal de
H+ ao corpo, mas apenas os mantem bicarbonato (NaHCO3).
controlados até que o balanço possa
ser reestabelecido. Podem ser:

*AC: anidrase carbônica

O sódio estará sempre acompanhan- intracelular, portanto quando a situa-


do o bicarbonato quando ele estiver ção já está desfavorável no plasma, é
dissociado, formando o bicarbonato um indicativo que o meio intracelular
de sódio, pois ele é mais facilmente está muito mais prejudicado.
transportado pelo plasma. A hemoglobina pode se ligar a íons
Tampão proteínas - São os tampões hidrogênio formando compostos car-
mais abundantes do intracelular. Na bônios, as próprias proteínas do plas-
prática clínica, o que ocorre no intrace- ma podem fazer o tamponamento,
lular pode ser somente estimado/de- fosfato orgânico faz tamponamento
duzido. Descobriu-se que 60 a 70% principalmente na luz tubular e no
do tamponamento químico ocorre no intracelular.
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SISTEMA TAMPÃO CONSTITUINTES AÇÕES


Bicarbonato de sódio Converte ácido forte em ácido fraco
Sistema bicarbonato
Ácido carbônico Converte base forte em base fraca
Sistema fosfato Fosfato de sódio Converte ácido forte em ácido fraco
Grupo COO- de uma
Aceita hidrogênios em presença de excesso de ácido
molécula
Sistema proteico
Grupo NH3 de uma
Aceita hidrogênios em presença de excesso de ácido
molécula
Tabela 2. Sistemas de tamponamento acidobásico químicos.

SE LIGA! Os sistemas-tampão não eli- para aproximadamente o dobro do


minam ou acrescentam íons H+ ao corpo,
mas apenas os mantêm controlados até
normal aumenta o pH do liquido ex-
que o balanço possa ser restabelecido. tracelular por cerca de 0,23. Se o pH
dos líquidos corporais for de 7,4 com
ventilação alveolar normal, duplicar a
- Componente pulmonar: É a se- ventilação aumentaria o pH para 7,63
gunda linha de defesa. Consiste no (7,4 + 0,23). Por outro lado, a redu-
controle da concentração de CO2 no ção na ventilação alveolar para ¼ do
líquido extracelular pelos pulmões. O normal reduz o pH em 0,45. Ou seja,
aumento da ventilação elimina o CO2 se o pH for de 7,4 com ventilação al-
do líquido extracelular, que irá reduzir veolar normal, a redução levaria a um
a concentração de H+. Assim como, pH de 6,95. Como a ventilação alve-
uma menor ventilação aumenta o olar pode variar de modo acentuado,
CO2, também elevando a concentra- de muito baixa a muito alta (até 15x
ção de H+ no líquido extracelular. o normal), pode-se associar que o pH
No gráfico abaixo podemos observar dos líquidos corporais pode ser alte-
que o aumento da ventilação alveolar rado pelo sistema respiratório.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 8

+0,3

+0,2

+0,1
Alterações no pH dos líquidos corporais

0 Normal

-0,1

-0,2

-0,3

-0,4

-0,5

-0,5 1,0 1,5 2,0 2,5


Ventilação alveolar
(normal = 1)

Figura 3. Ventilação alveolar X pH. Fonte: Adaptado de Guyton & Hall, 2017.

Bicarbonato: É totalmente filtrado


SE LIGA! A hiperventilação é vigorosa
na acidose, enquanto que a hipoventila- pelo glomérulo renal (TGF x HCO3
ção é pobre na alcalose metabólica. plasmático = 4320mmol/dia), mas
tem de ser completamente reabsor-
vido pelos túbulos para manter a ho-
- Componente renal: Os rins contro- meostase. Cerca de 80-90% desta
lam o equilíbrio ácido-básico ao ex- reabsorção (e excreção de H+) ocorre
cretarem urina ácida ou básica. Ape- no túbulo proximal, e apenas uma pe-
sar de ser o terceiro componente na quena quantidade flui para os túbulos
linha de defesa contra alterações do distais e ductos coletores. No túbulo
equilíbrio ácido-básico, levando horas proximal o bicarbonato de sódio pas-
a dias para agir, é o mais duradouro sa para o lúmen tubular, rapidamente
de todos os mecanismos regulatórios. se dissocia em Na+ e HCO3-. Este só-
Tal controle se dá através dos seguin- dio será trocado por um H+, o qual se
tes mecanismos: ligará o HCO3- formando o H2CO3.
• Reabsorção de íons bicarbonato O H2CO3 vai sofrer ação da anidra-
se carbônica da membrana apical, se
• Produção de novos íons bicarbonato
dissociando em água e gás carbôni-
• Secreção de íons hidrogênio co, os quais atravessarão a membra-
na, entrando na célula.
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No meio intracelular, sofrerão nova- do túbulo, formando o amônio. Este


mente ação da anidrase carbônica, se ligará ao Cl-, formando o cloreto de
se juntando em H2CO3 e depois se amônio.
dissociando em H+ e HCO3-. Este
HCO3- atravessa a membrana ba- Támpão
Intracelular
solateral através de uma proteína em 2A4
HORAS
direção ao capilar peritubular. O H+
retorna ao lúmen pelo antiporte com
o sódio.
Tampão Tampão
Hidrogênio: Ocorre sua secreção ati- Extracelular EXCESSO
respiratório: ↓
CO2
Bicarbonato DE H+
va pelos túbulos proximal e coletor, IMEDIATO
MINUTOS A
HORAS
na relação 1:1 com o bicarbonato.
Tampão amônia: Se tudo que já foi
dito acima não resolver a acidose do ↑ excreção
renal de H+
paciente, este tampão será ativado HORAS A
DIAS
(acidoses crônicas). É quantitativa-
mente mais importante na luz tubular.
Composto por amônia (NH3) e o íon Esquema 1: Mecanismos compensatórios

amônio (NH4+).
Túbulo proximal: Uma molécula de 2. GASOMETRIA ARTERIAL
glutamina na célula tubular se quebra
formando dois NH4+, que são secre- A gasometria arterial é um exame que
tados, e dois HCO3-, que são reab- tem por objetivo avaliar a quantida-
sorvidos ao sangue. Mecanismo de de dos gases dissolvidos no plasma
produção de novo íon bicarbonato, sanguíneo do leito arterial e avaliar o
por quebra de aminoácido. O NH4+ equilíbrio ácido-base no sangue arte-
sai em troca do sódio. No lúmen, se rial, antes deste sofrer trocas gasosas
liga ao Cl-, e vai ser eliminado sob a nos capilares dos tecidos periféricos.
forma de cloreto de amônio, subs- Os comandos para o início da respi-
tância que auxiliará a excreção de ração partem do centro respiratório,
hidrogênio. localizado no bulbo. A partir de então,
Túbulo coletor: Não há quebra de glu- ocorre a transmissão do estímulo até a
tamina. Lá existe a amônia, que é um medula espinhal, que resulta na con-
produto nitrogenado de trânsito li- tração diafragmática, aumentado ou
vre entre os compartimentos. Ela se diminuindo o volume da caixa toráci-
ligará ao hidrogênio que está sendo ca, modificando a pressão no interior
constantemente eliminado para a luz do pulmão. Assim, o ar atmosférico
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entra no aparelho respiratório, pois Para iniciarmos é necessário saber


este sempre se movimenta do local que existem quatro alterações primá-
de maior para o de menor pressão rias do equilíbrio ácido-básico:
dos gases no ambiente.
• Acidose metabólica: quando há re-
A partir do contato com os capilares dução do HCO3 ou aumento do H+.
pulmonares e da mistura com os ou-
tros gases aprisionados no sistema • Alcalose metabólica: quando há au-
respiratório, a pressão parcial de O2 mento do HCO3 ou redução do H+.
dentro dos alvéolos se equilibra em • Acidose respiratória: quando há
100 mmHg (160 mmHg é o valor da aumento da pCO2.
pressão parcial de O2 no ar ambien-
• Alcalose respiratória: quando há
te), ao passo que a pressão parcial
redução da pCO2.
de CO2 (ar atmosférico é próximo de
zero) atinge 40 mmHg. Seguindo o
mesmo raciocínio do fluxo aéreo, as Cada um desses distúrbios desen-
trocas gasosas entre o pulmão e os cadeia uma resposta compensatória
vasos sanguíneos pulmonares ocor- que direciona o parâmetro oposto.
rem da região de maior pressão par- Essa resposta tenta manter o pH o
cial do gás para a de menor pressão mais próximo do normal, porém sem
parcial do mesmo. As trocas entre os conseguir normalizá-lo. Distúrbios
alvéolos e capilares pulmonares são metabólicos levam a compensação
então favorecidas, uma vez que as respiratória. Distúrbios respiratórios
vênulas drenam sangue com pres- levam a compensação metabólica.
sões parciais de 40 mmHg para o O2
A compensação respiratória dos dis-
e de 45 mmHg para o CO2. Após as
túrbios metabólicos é rápida (minutos
trocas, o capilar pulmonar também
a horas), enquanto a compensação
apresenta, normalmente, pressão
metabólica dos distúrbios respirató-
parcial de 100 mmHg para o O2 e de
rios é lenta (dias). Por esse motivo,
40 mmHg para o CO2, em equilíbrio
não se separa a compensação respi-
com o ar alveolar.
ratória em fase aguda e crônica. En-
Monitorização de pacientes em ventilação tretanto, a compensação metabólica
mecânica
tem a fase aguda (sistema-tampão) e
Monitorização de pacientes críticos em UTI
a fase crônica (componente renal).
Avaliação de pacientes no intraoperatório
Acompanhamento de pacientes com doenças
Os processos primários são chama-
pulmonares crônicas dos de alcalose e acidose. Os proces-
Acompanhamento de pacientes com doenças renais sos compensatórios são chamados
Tabela 1. Indicações de coleta de gasometria arterial
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 11

apenas de compensação (não utilizar gasosas. O pH, a concentração de


“acidose secundária”, por exemplo). HCO3- e o BE representam os com-
Os distúrbios mistos ocorrem quando ponentes do equilíbrio ácido-base.
o grau de compensação não é ade-
quado ou a resposta é maior do que a
Valores de normalidade na
esperada. Isso implica a existência de
gasometria
dois distúrbios diferentes. Para iden-
tificação desses casos lançamos mão ITENS VALORES
de cálculos dos limites de compensa- pH 7,35 – 7,45

ção esperados em cada caso. pO2 90 – 100


pCO2 35 – 45
HCO3 22 – 26
Componentes BE -3,5 a +3,5

Os componentes da gasometria arte- Saturação O2 93,5 – 98,1%

rial geralmente incluem pH, pressão


parcial de O2 (PaO2), pressão par- Técnica de coleta da gasometria
cial de CO2 (PaCO2), concentração
de íon bicabornato (HCO3-), excesso A coleta da gasometria arterial é re-
de base (BE) e saturação periférica alizada por meio de uma punção ar-
de O2 (SaO2). A PaO2, a PaCO2 e terial, normalmente na artéria radial,
a SaO2 são componentes das trocas braquial ou femoral.

Artéria
femoral

Artéria
radial

Figura 4. Artérias para realização de gasometria arterial. Fonte: Netter & Machado – Atlas Interativo 3.0, 2004.
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Os materiais utilizados são: • Realizar o Teste de Allen: comprimir


Materiais gasometria arterial simultaneamente as duas artérias
(radial e ulnar) pedindo ao pacien-
Seringa heparinizada
te que feche e abra várias vezes a
Clorexidina alcóolico (Solução antisséptica)
mão; esta apresentará isquemia na
Gaze
forma de palidez. Em seguida com
Micropore
a mão do paciente aberta, retira-se
os dedos da artéria ulnar. A colo-
Atualmente, existem seringas que já ração rósea deve voltar, indicando
vem heparinizadas, ou seja, seringas boa circulação colateral.
com agulhas acopladas exclusivas
para coletas de sangue arterial prepa-
radas com anticoagulante. Caso não
tenha disponível no serviço, pode-se
preparar. Para isto deve-se utilizar a
heparina sódica 5.000 UI/mL, seringa
(de 1 a 5 mL) e agulha (13x4,5, 25x7,
25x8). Aspira a heparina e lubrifica a Figura 5. Teste de Allen.
seringa em toda sua extensão. A he-
parinização tem a finalidade de faci-
litar a subida do êmbolo ao puncio- • Palpar o pulso. Ordem de priori-
nar a artéria e impedir a coagulação dade dos locais de punção: radial,
sanguínea. braquial, pedioso e femoral.
As etapas são as seguintes: • Realizar antissepsia do local
• Higienizar as mãos.
• Preparar ambiente. Posicionar a agulha inclinada a 45°
e o bisel disposto lateralmente. Ob-
• Explicar para o paciente os ris- servar o enchimento espontâneo de
cos/benefícios e objetivos do sangue na seringa ou realizar aspi-
procedimento. ração até o volume predeterminado.
• Posicionar confortavelmente o Para os demais locais a angulação da
paciente em decúbito dorsal ou agulha deve respeitar: 45-60º para
sentado. braquial, 30-45º para pedioso e 60-
90º para femoral.
• Calçar luvas de procedimento e
óculos de proteção.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 13

ARTÉRIA ANATOMIA OBSERVAÇÃO


Palpar o processo estiloide do rádio e o ten-
Sente-se o pulso radial entre essas
Radial dão dos flexores do
duas estruturas anatômicas
carpo
Entre o epicôndilo medial do úmero e o tendão Palpar pulsos distais ao braquial. Se
Braquial
do bíceps braquial, na fossa antecubital. ausentes, considerar outro sítio.
Realizar abdução do braço e rotação externa,
Axilar Puncionar o mais alto possível.
palpar axila.
Na linha média entre a sínfise púbica e a
crista ilíaca anterossuperior; 2 - 4 cm distal ao Palpar pulsos distais ao femoral. Se
Femoral
ligamento inguinal. Medial ao nervo femoral e ausentes, considerar outro sítio.
lateral à veia.
Pediosa dorsal Lateral ao tendão do extensor longo do hálux.

SAIBA MAIS!
Não é necessário puxar o êmbolo para refluir o sangue, exceto em dois casos principais: Pa-
ciente que apresenta um pulso muito fraco ou a agulha utilizada para punção é pequena (Ex:
25-Gauge).

• Retirar a agulha e pressionar o lo- Riscos da gasometria arterial.


cal até hemostasia completa. Hematoma

• Remover imediatamente as bolhas Dissecção arterial

de ar da seringa. Sangramento

• Realizar rotação da seringa entre


SE LIGA! Fique atento aos erros na
as mãos. amostra, podendo ser: Atraso na leita
(> 30 minutos); bolhas de ar na serin-
• Colocar a seringa dentro do saco
ga (Pode aumentar o pO2); volume de
plástico. sangue insuficiente (Deve ser > 1 ml);
coagular o sangue; quantidade excessi-
• Retirar as luvas e higienizar as va de heparina (pode reduzir o pCO2 e
mãos. alterar o pH).

• Encaminhar imediatamente a se-


ringa ao laboratório, de preferência
em gelo.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 14

Interferências na gasometria A pO2 venosa quando comparada


Níveis elevados de carboxihemoglobina, meta-he-
com a pO2 arterial dá uma ideia do
moglobina e Bilirrubina (aumentam SatO2) débito cardíaco (diferença arteriove-
Soluções lipídicas (interferem no SatO2) nosa grande com a pO2 venosa baixa
Amostras hemolisadas (interferem no SatO2) significa baixo débito, com os tecidos
Amostras diluídas (Interferem no pCO2) extraindo muito o oxigênio da hemo-
globina pelo fluxo lento).

SAIBA MAIS!
A gasometria pode ser realizada tanto em sangue venoso como em sangue arterial. Duas
informações práticas, porém, podem ser obtidas pela análise da gasometria venosa:
A diferença arteriovenosa pequena com progressivo aumento da pO2 venosa indica um agra-
vamento das trocas teciduais. Portanto, o principal dado fornecido pela gasometria venosa é
a pO2.
Basicamente, as maiores diferenças entre os resultados gasométricos arteriais e venosos são
os seguintes: maiores pH e pO2 nas amostras arteriais e maiores pCO2 e teores de bicarbo-
nato e de TCO2 nas venosas; geralmente não se encontram diferenças nas concentrações
de BE.
Os valores de referência são:

pH 7.32-7.42
pCO2 41-51 mmHg
pO2 25-40 mmHg
Bicarbonato (HCO3) 24-25 meq/L

Interpretando a gasometria Se o pH está baixo, o paciente está


em acidose.
Passo 1: O paciente está acidêmico
ou alcalêmico? Veja o pH. • Metabólica: HCO3 está diminuído.
• < 7,35: acidêmico. • Respiratória: CO2 está aumentado
• 7,45: alcalêmico.
Se o pH está alto, o paciente está em
alcalose.
Passo 2: Veja a PaCO2 e o HCO3 e de-
termine se eles estão nos valores normais. • Metabólica: HCO3 aumentado.
Qual é o distúrbio ácido-básico • Respiratória: CO2 está diminuído.
primário?
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 15

FLUXOGRAMA 1 - INTERPRETAÇÃO GASOMETRIA ARTERIAL

PH ALTO (>7,45)

Baixo (<7,35) 7,35-7,45 Alcalemia

↑ [HCO3 -] Alcalose
Disturbio misto metabólica
Acidemia
↓ PaCO2 e ↓ [HCO3 -]
↑ PaCO2 e ↑ [HCO3 -]
↑ Ânion gap 1. ↓ PaCO2 Alcalose
↓ [HCO3-] Acidose
respiratória
Metabólica

↑ PaCO2 Acidose
Respiratória

Passo 3: Verificar se há resposta Quando o desequilíbrio ácido-básico


compensatória esperada. Até agora está descompensado ou parcialmen-
falamos dos valores de gasometria te compensado, o pH permanece fora
arterial sem qualquer evidência de da faixa normal. Enquanto nos esta-
compensação. Entretanto, se o dese- dos totalmente compensados, o pH
quilíbrio ácido-básico persiste por um retorna a sua faixa normal, embora os
período maior, o organismo tentará demais valores ainda possam estar
compensar. anormais. Deve-se ter ciência de que
Compensação é uma resposta home- nenhum sistema tem a capacidade
ostática para um desequilíbrio ácido- de se compensar.
-básico que o organismo tenta res- Fórmulas:
taurar a taxa de HCO3- e PCO2 para
• Ácidose metabólica: pCO2 espe-
o normal, na qual envolve ou uma
rada = 1,5 x [HCO3] + 8 (variação
resposta ventilatória (mudança na
+/- 2)
PCO2) para uma anormalidade me-
tabólica, ou uma resposta metabólica • Alcalose metabólica: pCO2 espe-
(mudança no HCO3 -) para uma anor- rada = 0,7 x [HCO3] + 20 (variação
malidade ventilatória.  +/- 5)
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 16

• Acidose respiratória aguda: HCO3 Passo 4: Avaliar ânion Gap (AG). Nor-
esperado = 24 + {[pCO2 atual - malmente existe no nosso organismo
40] / 10} um equilíbrio entre as cargas positi-
vas e negativas. O anion gap (AG)
• Acidose respiratória crônica: HCO3
corresponde a diferença entre cátions
esperado = 24 + 4x {[pCO2 atual -
e ânions mensuráveis. O sódio (Na+)
40] / 10}
é a principal carga positiva, enquanto
• Alcalose respiratória aguda: HCO3 o cloro (Cl-) e o bicarbonato (HCO3-)
esperado = 24 – 2x {[40 – pCO2 compõem as cargas negativas.
atual] / 10}
• Alcalose respiratória crônica:
HCO3 esperado = 24 – 5x {[40 –
pCO2 atual] / 10} (variação +/- 2).
DISTURBIO RESPOSTA
Para cada mEq/L de queda na
Acidose concentração plasmática de bi-
Metabólica carbonato abaixo de 25 mEq/L a
PaCO2 cai 1 mm Hg abaixo de
40 mmHg
Para cada mEq/L de aumento
na concentração plasmática
Alcalose
de bicarbonato acima de 25
Metabólica
mEq/L a PaCO2 sobe 0,7
mmHg acima de 40 mmHg
Acidose Para cada mm Hg de aumento
Respiratória na PaCO2 acima de 40 mm Hg
a concentração plasmática de
Aguda
bicarbonato sobe 0,1 mEq/L
Para cada mm Hg de aumento
na PaCO2 acima de 40 mm Hg
Crônica
a concentração plasmática de
bicarbonato sobe 0,3 mEq/L
Alcalose Para cada mm Hg de queda
Respiratória na PaCO2 abaixo de 40 mm
Hg a concentração plasmática
Aguda
de bicarbonato cai 0,2 mEq/L
Para cada mm Hg de queda
na PaCO2 abaixo de 40 mm
Crônica
Hg a concentração plasmática
de bicarbonato cai 0,5 mEq/L
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 17

Figura 6. Anatomia Iônica do Soro. Fonte: Rocha, 2012.


A soma de todos os cátions plasmáticos é igual à soma de todos os ânions. Isto fica claro no diagrama de barras
à esquerda, onde existem 152 meq/L de cargas positivas e negativas. Portanto, se somássemos todos os cátions
e deste resultado subtraíssemos a soma de todos os ânions, obteríamos o valor zero. Na fórmula do ânion gap, no
entanto, consideramos apenas os principais cátions e os principais ânions. No diagrama do centro da figura, note que
retiramos 7 cargas positivas (Ca++ = 5 e Mg++ = 2) e 7 cargas negativas (PO4- + SO4- = 2, An. Or- . = 4 e Pr- . = 1),
dando origem à fórmula do ânion gap que inclui o potássio. Como a maioria dos autores utiliza a fórmula da direita,
sem o potássio, é preciso retirar mais cinco cargas negativas, reduzindo o valor médio do ânion gap para aproximada-
mente 10 meq/L.

AG representa estes ânions não men- representam o Buffer Base. Este valor
suráveis e pode ser calculado pela é fixo, e funciona como uma espécie
fórmula: de valor de referência esperado para
AG = Na – (HCO3 + Cl), cujo valor a soma das bases. Se todas as bases
normal é 8-12. somadas não correspondem ao va-
lor de referência do Buffer Base, esse
excesso é o Base Excess.
Excesso de base (EB)
O componente metabólico do equi- 3. ACIDOSE METABÓLICA
líbrio ácido-básico do sangue é re-
fletido no Excesso de Base ou Base Causas
Excess. O bicarbonato não é a única A alteração básica é a queda do
base presente no organismo, há di- HCO3 com consequente redução do
versas outras que quando somadas
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 18

pH, hiperventilação compensatória e Sinais e Sintomas


redução da PpCO2.
As principais manifestações clínicas
A acidose metabólica pode ser dividi- da acidose metabólica são respira-
da em duas: ção profunda e rápida (ritmo de Kus-
• Acidose metabólica com AG smaul), diminuição da contratilidade
aumentado cardíaca, arritmias cardíacas, vaso-
dilatação arterial e vasoconstrição
• Acidose metabólica com AG venosa, distensão abdominal (íleo) e
normal proteólise.

E as causas serão de acordo com esta


divisão:
ÂNION GAP
ÂNION GAP NORMAL
AUMENTADO
• Perda direta de
NaHCO3
- Gastrintestinal (diar-
reia, íleo, fístulas)
- Urinária (acidose
tubular renal proximal,
uso de
• Acúmulo de ácidos
acetazolamida)
- Acidose láctica (L ou
• Perda indireta de
D)
NaHCO3
- Cetoacidose (diabéti-
- Baixa excreção de
ca, alcoólica)
NH4+
- Intoxicação por
- Cetoacidose com ceto-
metanol, etilenoglicol,
núria excessiva
salicilato
- Inalação de cola (into-
• Insuficiência renal
xicação por tolueno)
• Ingestão de HCl,
NH4Cl , sais cloreto de
aminoácidos
• Administração in-
travenosa de grandes
volumes de NaCl
Tabela 5. Causas de acidose metabólica. Adaptado de
Carlotti
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 19

FLUXOGRAMA 2 – DIAGNÓSTICO DE ACIDOSE METABÓLICA

ACIDOSE
METABÓLICA

PaCO2 normal PaCO2 alterada

AG normal AG ↑ = ↓ [HCO3-] AG ↑ > ↓ [HCO3-] Acidose ou alcalose


respiratória

Perda de
bicarbonato Cetoacidose Alcalose metabólica
(urina, intestino..)

Hipóxia - acidose
láctica

Taxa filtração
glomerular ↓-
Insuficiencia renal

Tratamento  O uso de bicarbonato de sódio é con-


troverso, embora seja utilizado na
Realizar medidas gerais iniciais: per- maioria dos serviços em situações de
meabilizar vias aéreas, garantir oxi- acidose metabólica (pH < 7,1 e BIC
genação e ventilação adequadas e <6) e cetoacidose com pH <7. A ad-
restabelecer a circulação. Deve-se ministração de bicarbonato de sódio
tratar a causa subjacente, tomando resulta na produção de CO2 e H2O e,
medidas para diminuir a produção de portanto, é importante garantir uma
H+, como otimizar o débito cardíaco ventilação adequada para que o CO2
em pacientes com acidose lática, ad- produzido seja eliminado apropriada-
ministrar insulina em pacientes com mente pelos pulmões.
cetoacidose ou remover substâncias
tóxicas em intoxicações.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 20

4. ALCALOSE METABÓLICA Sinais e sintomas


Causas As principais manifestações clínicas
ASSOCIADAS À ASSOCIADAS AO
da alcalose metabólica são diminui-
CONTRAÇÃO DO VO- AUMENTO DO VOLU- ção do drive respiratório, hipóxia, hi-
LUME DO ME DO percapnia, desvio da curva de dis-
COMPARTIMENTO COMPARTIMENTO
sociação da oxihemoglobina para
EXTRACELULAR EXTRACELULAR
a esquerda e diminuição da libera-
Cloro urinário baixo
- Perda de secreção ção de oxigênio aos tecidos, retendo
gástrica (vômitos, CO2, que leva ao edema cerebral,
drenagem podendo apresentar sonolência, hi-
gástrica) Ingestão de álcali com
- Perda intestinal de redução importante
potensão postural e confusão men-
NaCl (cloridorreia da taxa de filtração tal. Pacientes também podem cursar
congênita) glomerular com hipopotassemia, hipocloremia e
- Uso crônico de Excesso de
hipocalcemia.
diuréticos mineralocorticoide
- Pós-correção de hi- - Hiperaldosteronismo
percapnia crônica primário
- Fibrose cística - Hiperaldosteronismo
Cloro urinário alto secundário
- Uso recente de
diuréticos
- Síndrome de Bartter
- Síndrome de Gitelman

FLUXOGRAMA 3 – DIAGNÓSTICO DE ALCALOSE METABÓLICA

ALCALOSE
METABÓLICA

↑ HCO3- ↓ volume extracelular

Ingestão de alcali
Cloro urinário >
(associada a baixa taxa
20 mEq/L
de filtração glomerular)

Excesso de Cloro urinário <


mineralocorticoide 10 mEq/L
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 21

Tratamento bicarbonato de sódio, denominado


Em pacientes com déficit de sais de “resistente a cloreto” está indicado o
Cloro (HCl, NaCl ou KCl), deve-se tratamento especifico da causa sub-
repor o déficit apropriadamente, en- jacente. Pode-se administrar agentes
quanto que naqueles com alcalose que bloqueiam a reabsorção de Na+
metabólica por retenção de bicarbo- no duto coletor, como a amilorida, e
nato de sódio, deve-se induzir a per- antagonistas da aldosterona, como a
da de bicarbonato pelo tratamento da espironolactona.
causa subjacente. A suplementação de potássio deve
Em pacientes com diminuição do vo- ser cuidadosa quando administra-
lume do extracelular, a administração da em conjunto com diuréticos pou-
de NaCl restaura o volume e diminui a padores de K+ pelo risco de induzir
concentração de HCO3 - por diluição. hiperpotassemia. Pode-se utilizar o
Em pacientes com déficit de KCl, de- inibidor da anidrase carbônica (aceta-
ve-se administrar K+, visando corrigir zolamida) para melhorar a alcalemia
a depleção de K+ e a acidose intrace- durante o desmame da ventilação
lular. Este grupo é denominado “res- mecânica, mas esta pode agravar a
ponsivo a cloreto”. depleção de potássio por aumentar
a carga de fluido rico em bicarbonato
O grupo de pacientes com alcalose entregue ao néfron cortical distal.
metabólica secundária à retenção de
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE 22

REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13.
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
AIRES, Margarida M. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
Power, S. Howley, E. Fisiologia do exercício. Ed Manole. 2005
Souza M H L & Elias D O. Fundamentos da circulação extracorpórea. Rio de Janeiro, Centro
Editorial Alfa Rio, 2006
Carlotti APCP. Abordagem clínica dos distúrbios do equilíbrio ácido-base. Medicina (Ribei-
rão Preto) 2012.
Furoni, R. et al. Disturbios do equilíbrio ácido-básico. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 12,
n. 1, p. 5 - 12, 2010
SHELLY, P.; MELINDA, D.H.; FERRI, M. Arterial puncture for blood gas analysis. The New
England Journal of Medicine, v. 364,n. 5, p. e7 , Fev 2011.
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relato de experiência. Revista de Enfermagem, v. 11(11), p.72-79, 2015.
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Évora PRB, Garcia LV. Equilíbrio ácido-base. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 301-11
Maricondi, Wagner. Interpretação dos gases sanguíneos arterial. Maricondi. 2017
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