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JOÃO GABRIEL OLIVEIRA DE PAULA

SERVIÇOS JURÍDICOS

A Consolidação da Ordem Capitalista- A revolução industrial

Introdução

Durante o século XVII, mais precisamente durante a Revolução Gloriosa e a


Revolução Puritana, que ocorreu durante entre 1640 e 1688, a potência da
época que era a Inglaterra, sofreu diversas revoluções de grandes proporções.
Ambos os movimentos acreditavam em uma superação feudal, sobrepondo o
Antigo Regime e suas bases, possibilitando o surgimento de uma classe social
burguesa e uma base capitalista no país. Graças a Revolução Industrial do
século XVIII e as Revoluções Inglesas, que teriam eliminado os obstáculos
feudais que impediam o surgimento às forças produtivas capitalistas,
acelerando o êxodo rural para os centros urbanos, substituindo as antigas
corporações e criando condições para o surgimento da Revolução Industrial.

Conceito de Revolução Industrial


A Revolução Industrial é um processo que se originou na Inglaterra por volta do
século XVII, que engloba as diversas mudanças no modelo de produção e
consumo de bens, transformando por completo a vida econômica do momento,
passando de uma sociedade agrícola para uma sociedade industrializada e
originando grandes mudanças políticas e sociais.

A Revolução Industrial e a noção de “tempo útil”


Com a acentuação da industrialização propiciada pela Revolução Industrial, no
século XVII, e a inserção de novas tecnologias no meio social, a Inglaterra teve
uma modificação em suas paisagens urbanas com a inserção de um número
cada vez maior de fábricas e operários, juntamente com o rápido crescimento
das cidades.
As transformações aconteceram na esfera urbana e no cotidiano das cidades.
As fábricas trouxeram uma nova maneira de usar o tempo: o chamado “tempo
das fábricas”, isto é, o tempo do relógio, das horas, permeado pelas relações
de produção nas fábricas, onde prevaleceu o tempo do trabalho, da
alimentação e do descanso.
O tempo da sociedade foi regularizado com a divisão dos dias em 24 partes
iguais. A nova concepção de tempo foi confirmada e efetivada primeiramente
nas cidades. Dessa maneira, com o desenvolvimento urbano, permitiu-se o
controle do uso do tempo, ou seja, com as práticas comerciais, a organização
da vida passou a ser ritmada pelas horas.
O relógio passou a ser o elo entre o tempo e a sociedade industrial. Além
disso, regulou a vida privada e pública das populações inseridas nesse
processo.

A manufatura e o sistema fabril


As manufaturas surgiram durante a Revolução industrial. Eram pequenas
oficinas já com produção em série, porém com trabalho praticamente manual.
As fábricas ou indústrias tinham porte e mecanização muito maior. Atualmente
não existe mais esta distinção, e o termo manufaturado é sinônimo de
industrializado.
No contexto da economia, na manufatura é iniciada a hierarquização das forças
de trabalho em mais qualificadas e menos qualificadas. Os trabalhadores com
maior qualificação costumam ter mais necessidade de esforço mental do que
os que ocupam cargos menos qualificados. Nessa diferenciação qualitativa
surge a diferenciação de salário a receber, além de um conhecimento menor
dos procedimentos de produção por parte dos que tem qualificação inferior.
Já o sistema fabril, alimentado pelo progresso tecnológico, tornou a produção
muito mais rápida, mais barata e mais uniforme, mas também desconectou os
trabalhadores dos meios de produção e os colocou sob o controle de
poderosos industriais.
O Pioneirismo inglês
Uma série de fatores acabou por determinar que o processo da Revolução
Industrial iniciasse na Inglaterra, foram eles:
- Acumulação de capital: seria o acúmulo de capitais que a Inglaterra havia
alcançado pelo monopólio comercial durante a Expansão Marítima europeia,
desde o século XVII, a Inglaterra implantou uma política Mercantilista de
acúmulo de metais preciosos (ouro e prata) oriundos de suas colônias e das
colônias portuguesa e espanhola. O Mercantilismo inglês colocou a economia
em crescimento;
- Política de Cercamentos: Os proprietários rurais através de decretos reais
puderam incorporar as terras comunais, antes pertencentes à igreja católica e
camponeses. Esses últimos foram expulsos das terras e se deslocaram para as
cidades para trabalhar nas indústrias. As terras passaram a ser utilizadas pelos
grandes proprietários para criação de ovelhas e produção de lã, matéria-prima
essencial para produção de tecidos nas pioneiras manufaturas têxteis;
- Presença de energia natural: O território inglês era constituído por
importantes reservas de minério de ferro e carvão mineral (Minas inglesas),
que posteriormente se tornou o principal combustível das inovações técnicas,
ou seja, das máquinas a vapor que substituíram as máquinas movidas à força
motriz humana, pela força motriz mecanizada, ampliando bruscamente a
produção de mercadorias;
- Inovações técnicas: A principal inovação técnica no século XVIII foi a
máquina a vapor, a criação desta ferramenta para as fábricas. Acabou por
revolucionar o processo de produção de mercadorias, a substituição da energia
humana pela energia a vapor (carvão mineral e minério de ferro) levou ao
aumento da produção de mercadorias e a crescente industrialização e
urbanização da Inglaterra no século XVIII.

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