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Curso: Contabilidade Avançada p/ ICMS PR

Teoria e Questões comentadas


Prof. Luciano Moura - Aula 04

Aula 04
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Professor: Luciano Moura

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Aula 04 – Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e


valores mobiliários: Objetivo, alcance, definições, procedimentos,
divulgação e demais aspectos objeto da Resolução nº 1.313/2010
do CFC. Conceitos e procedimentos: Contabilização das captações
de recursos para o capital próprio, da aquisição de ações de
emissão própria (ações em tesouraria), captação de recursos de
terceiros e contabilização temporária dos custos de transação.
Subvenção e assistência governamentais: Objetivo, alcance,
definições, procedimentos, divulgação e demais aspectos objeto da
Resolução nº 1.305/2010 do CFC.

Assunto Página

1. Emissão de títulos e valores mobiliários 4

2. Subvenções Governamentais 15

3. Questões Comentadas 20

4. Risco Exponencial 37

5. Lista de Questões 39

6. Gabarito 49

E para facilitar sua referência, abaixo as esquematizações disponíveis nesta


aula:

Esquema 1 – Contabilização de Prêmios na Emissão ............................................................ 7


Esquema 2 – Encargos Financeiros X Custos de Transação X Despesas Financeiras ................. 8
Esquema 3 – Contabilização dos Custos de Transação ........................................................ 14
Esquema 4 – Principais aspectos das Subvenções Governamentais ...................................... 16

Olá meu caro aluno,


Preparado para iniciarmos nossa Aula 04, penúltima aula do curso de
Contabilidade Avançada? Tenho certeza que sim, pois já estamos na reta final
da nossa preparação, momento em que os assuntos estudados possuem
vários relacionamentos com outros já vistos em aulas anteriores, o que
demanda de você mais atenção e afinco na revisão das matérias já vistas.
Aproveite nossas esquematizações para fazer sua revisão, pois elas trazem os
principais aspectos de cada assunto e facilitarão sua memorização.
Na aula de hoje, abordaremos os principais aspectos relacionados ao
tratamento dos custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores
mobiliários, todos de acordo com a Resolução CFC nº 1.313/2010, e
alterações posteriores – CPC 08 (R1), assunto este bastante cobrado em
prova. Falaremos, também, das subvenções e assistências governamentais,

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em conformidade com a Resolução CFC nº 1.305/2010, e alterações
posteriores – CPC 07 (R1).
Por fim, como de costume, resolveremos diversos exercícios de provas
anteriores, para que você sinta a forma de cobrar o assunto nas questões de
provas. Vamos começar?
Bons estudos! 

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1. Emissão de títulos e valores mobiliários

No ciclo normal de uma companhia, é muito comum a necessidade de


captação de recursos para serem aplicados nas atividades da entidade, seja
para aumento de capital de giro, seja para aplicação em novos investimentos.
Essa captação de recursos pode se dar, entre outras maneiras, por intermédio
da emissão de títulos patrimoniais e/ou de instrumentos de dívida.
Título patrimonial é qualquer contrato (ou título ou valor mobiliário)
que evidencie um interesse residual nos ativos da entidade após a dedução de
todos os seus passivos. Como exemplos citam-se as ações e os bônus de
subscrição, detalhados a seguir:
o Ações: são títulos representativos do Capital Social da sociedade,
podendo ser divididas em ações ordinárias, que pagam dividendos
e dão direito a voto, e ações preferenciais, que somente pagam
dividendos. Cada ação pode ou não ter um valor nominal, que é o
valor indicado em moeda no certificado de propriedade do acionista.
o Bônus de Subscrição: são títulos patrimoniais que concedem a
seus titulares a preferência na subscrição de ações da
companhia, mediante apresentação dos bônus e pagamento do
valor das ações. Por não serem títulos de dívida (não configuram
obrigações da companhia para com os titulares), não dão direito a
participação nos lucros da sociedade. O produto de sua alienação é
registrado no PL, à conta de Reserva de Capital.

Instrumentos de dívida, por sua vez, são empréstimos,


financiamentos ou títulos de dívida, tais como debêntures, partes beneficiárias
ou outros valores mobiliários, detalhados a seguir:
o Debêntures: são títulos de dívida com valor nominal emitidos pela
companhia, os quais dão direito de participação nos lucros da
sociedade a seus proprietários. As debêntures podem ou não ser
conversíveis em ações.
o Partes Beneficiárias: são títulos de dívida sem valor nominal que
conferem a seus proprietários o direito de participação nos lucros
da empresa (no máximo 10% dos lucros) e que, se não são
resgatados dentro do prazo de emissão, são convertidos em ações
da companhia. O produto da alienação de Partes Beneficiárias,
assim como os Bônus de Subscrição, também é será registrado no
PL, à conta de Reservas de Capital.

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1.1. Prêmios na Emissão
A emissão de títulos e valores mobiliários pode ser acompanhada de
prêmio (ou ágio) na emissão, que é o valor recebido que supera o valor
de resgate desses títulos na data do próprio recebimento ou o valor
formalmente atribuído aos valores mobiliários. Por exemplo:
o Caso uma ação tenha um valor nominal de R$ 10,00 e sejam
negociadas 100 ações por R$ 15,00 cada, haverá o registro de
prêmio na emissão dessas ações, no valor de R$ 500,00, que deve
ser registrado no PL, à conta de Reserva de Capital. Veja:
Emissão de Ações com Ágio
D Banco Conta Movimento (AC) 1.500,00
C Capital Social (PL) 1.000,00
C Ágio na Emissão de Ações – Reserva de Capital (PL) 500,00
o Outro exemplo se da na emissão de debêntures conversíveis em
ações, no valor de R$ 1.000,00. No momento da conversão, caso a
empresa pague aos debenturistas um valor aquém ao valor de
emissão dos títulos (R$ 900,00), haverá, novamente, o registro de
Ágio na Emissão de Ações. Veja a contabilização dos fatos:
Emissão de Debêntures
D Banco Conta Movimento (AC)
C Debêntures a Resgatar (PC ou PNC) 1.000,00
Conversão das Debêntures em Ações, com Ágio
D Debêntures a Resgatar (PC ou PNC) 1.000,00
C Capital Social (PL) 900,00
C Ágio na Emissão de Ações – Reserva de Capital (PL) 100,00

O mesmo pode ocorrer na conversão de Partes Beneficiárias em ações,


caso a empresa pague aos proprietários dos títulos um valor aquém ao valor
recebido quando de sua emissão.
Portanto, recordando, compõem as Reservas de Capital:
 O Ágio na Emissão de Ações;
 O produto da alienação de partes beneficiárias; e
 O produto da alienação de e bônus de subscrição.

É importante destacar, ainda, que até 2007 outros dois itens


compunham esse rol, mas foram revogados com a edição da Lei nº
11.638/07 e agora não compõem mais as Reservas de Capital. São eles:
o O prêmio recebido na emissão de debêntures; e
o As doações e as subvenções para investimento.

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Já na emissão de valores mobiliários acompanhada de prêmio (ou
ágio) na emissão, este deve ser registrado a título de Receita Diferida, no
passivo, sendo apropriado ao resultado de acordo com o prazo de emissão dos
títulos, conforme abaixo:
Emissão de Debêntures com Ágio
D Banco Conta Movimento (AC) 1.500,00
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 500,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 1.000,00

Vamos resolver a primeira questão da nossa aula de hoje?

1- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas -


Gestão Tributária / 2013) A Cia. Caleidoscópio, conforme deliberação da
Assembleia de Acionistas, aumentou seu capital social de R$ 50.000,00 para
R$ 60.000,00, com a emissão de 10 mil ações, cujo valor nominal foi de R$
1,00 por ação. Dado o interesse do público pelas ações da empresa, foi
resolvido que se cobraria um ágio de R$ 0,15 por ação. Dessa maneira, cada
ação da Cia. Caleidoscópio foi colocada à venda por R$ 1,15. Os investidores
pagaram à vista pelas ações.
Quando do pagamento efetuado pelos investidores, a Cia. Caleidoscópio
reconheceu contabilmente um aumento no Capital Social de:
a) R$ 11.500,00
b) R$ 10.000,00 e uma Receita de R$ 1.500,00.
c) R$ 10.000,00 e a constituição de uma Reserva de Capital de R$ 1.500,00
d) R$ 10.000,00 e a constituição de uma Reserva de Lucros de R$ 1.500,00.
e) R$ 11.500,00 e uma Despesa de R$ 1.500,00
Resolução:
Com base nos dados do enunciado, verificamos que se trata de um
aumento de capital com emissão de ações com ágio. Conforme vimos há
pouco, tal operação deve ser contabilizada pela empresa da seguinte maneira:
Emissão de Ações com Ágio
D Banco Conta Movimento (AC) 11.500,00
C Capital Social (PL) 10.000,00
C Ágio na Emissão de Ações – Reserva de Capital (PL) 1.500,00
Desta feita, a empresa reconheceu um aumento no Capital Social de
R$ 10.000,00 e a constituição de uma Reserva de Capital de R$ 1.500,00.
Gabarito: C

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Assim, podemos esquematizar a contabilização dos prêmios na
emissão de títulos e valores mobiliários da seguinte maneira:

Ações,
inclusive conversão Reserva de Capital
de debêntures e (PL)
Prêmio partes beneficiárias
(ou Ágio) na
Emissão
Debêntures Receita Diferida
e outros valores
mobiliários
(PC)
Valor Recebido
menos
Valor do Resgate

Esquema 1 – Contabilização de Prêmios na Emissão

1.2. Custos de Transação


Normalmente, a emissão de títulos patrimoniais e/ou de instrumentos
de dívida vem acompanhada dos chamados Custos de Transação, que são
os gastos incorridos e diretamente atribuíveis às atividades necessárias
exclusivamente à consecução das operações, sendo, por natureza, gastos
incrementais, já que não existiriam ou teriam sido evitados se essas
transações não ocorressem. São exemplos de custos de transação:
i. Gastos com elaboração de prospectos e relatórios;
ii. Remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados,
contadores, auditores, consultores, profissionais de bancos de
investimento, corretores etc.);
iii. Gastos com publicidade;
iv. Taxas e comissões;
v. Custos de transferência;
vi. Custos de registro etc.
Todavia, os custos de transação não incluem ágios ou deságios na
emissão dos títulos e valores mobiliários, despesas financeiras, custos
internos administrativos ou custos de carregamento.
Despesas Financeiras são os custos ou as despesas que representam
o ônus pago (ou a pagar) como remuneração direta do recurso tomado
emprestado do financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação,
câmbio, índice específico de variação de preços e assemelhados. Incluem,
portanto, os juros, a atualização monetária, a variação cambial etc.
Todavia, não incluem gastos com taxas, descontos, prêmios, despesas
administrativas, honorários etc.

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Por fim, outro conceito importante é o de Encargos Financeiros, o
qual representa a diferença entre os valores recebidos e os valores
pagos (ou a pagar) a terceiros e é dado pela soma das despesas financeiras,
dos custos de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e
assemelhados.

Esquematizando esses três conceitos, temos:

Encargos Financeiros
- prêmios, descontos, ágios, deságios e
assemelhados (além dos custos de
transação e das despesas financeiras)
- Valor Recebido menos Valor Pago
Custos de Transação
- gastos incrementais
- prospectos, relatórios, serviços
profissionais, publicidade, taxas,
comissões, transferência, registro etc.

Despesas Financeiras
- remuneração do recurso tomado
- juros, atualização monetária, variação
cambial etc.

Esquema 2 – Encargos Financeiros X Custos de Transação X Despesas Financeiras

1.3. Captações de recursos para o capital próprio


O registro inicial do montante dos recursos captados por intermédio
da emissão de títulos patrimoniais deve corresponder aos valores líquidos
disponibilizados para a entidade pela transação, pois essas transações são
efetuadas com sócios já existentes e/ou novos, não devendo seus custos
influenciar o saldo líquido das transações geradoras de resultado da entidade.
Por exemplo, a empresa emite 1.000 ações, com valor nominal de R$
1,00 cada:
Emissão de Ações
D Banco Conta Movimento (AC)
C Capital Social (PL) 1.000,00
Os custos de transação incorridos, por sua vez, devem ser
contabilizados, de forma destacada, em conta redutora de patrimônio
líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais. Esta conta deverá ser
apresentada após o capital social e somente pode ser utilizada para redução

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do capital social ou absorção por reservas de capital.
No exemplo anterior, se a empresa incorrer em custos de transação na
emissão de ações, no valor de R$ 100,00, seria registrada a seguinte
contabilização:
Emissão de Ações, com Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 900,00
D (–) Gastos com Emissões de Ações (PL) 100,00
C Capital Social (PL) 1.000,00

Contudo, os prêmios recebidos (excedente de capital) devem ser


reconhecidos em conta de reserva de capital, mas nas operações em que
exista prêmio originado da subscrição de ações ao qual os custos de
transação se referem, deve o prêmio, até o limite do seu saldo, ser utilizado
para absorver os custos de transação registrados na conta redutora do PL.
Ainda no exemplo anterior, supondo a existência de ágio na emissão de
ações no valor de R$ 300,00 e os mesmos custos de transação no valor de R$
100,00, tais custos devem ser absorvidos pela Reserva de Capital,
permanecendo a diferença (R$ 200,00), registrada nessa conta. Assim, nesse
caso teríamos a seguinte lançamento:
Emissão de Ações com Ágio, e com Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 1.200,00
C Reserva de Capital – Ágio na Emissão de Ações (PL) 200,00
C Capital Social (PL) 1.000,00

Por fim, quando a operação de não for concluída, inexistindo


aumento de capital ou emissão de bônus de subscrição, os custos de
transação devem ser reconhecidos como despesa destacada no resultado do
período em que se frustrar a transação.
Custos de Transação de emissões não concluídas
D Custos de Transações (D)
C Banco Conta Movimento (AC) 100,00

1.4. Contabilização da aquisição de ações de emissão própria


(Ações em Tesouraria)
A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também
transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem
afetar o resultado da entidade.
Os custos de transação incorridos nas operações de aquisição de
ações de emissão própria devem ser tratados como acréscimo do custo de
aquisição de tais ações.

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Por exemplo, a empresa compra 1.000 ações de emissão própria, ao
valor total de R$ 1.000,00 pelas ações, mais um custo de transação de
R$ 200,00. Assim, a contabilização desse fato será a seguinte:
Aquisição de ações de emissão própria
D (–) Ações em Tesouraria (PL)
C Banco Conta Movimento (AC) 1.200,00

Já os custos de transação incorridos na alienação de ações em


tesouraria devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do
prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no
patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à
aquisição de tais ações, não afetando o resultado da entidade.
No exemplo anterior, se a empresa revender essas 1.000 ações ao
valor total de R$ 1.000,00, pagando novamente um custo de transação de
R$ 200,00, a contabilização se dará da seguinte maneira:
Alienação de Ações em Tesouraria
D Banco Conta Movimento (AC) 800,00
D Reserva ou Lucros Acumulados (PL) 400,00
C (–) Ações em Tesouraria (PL) 1.200,00

Como na aquisição das ações de emissão própria, os custos de


transação foram acrescidos ao custo de aquisição das ações, quando da sua
alienação a empresa deve considerar o mesmo valor registrado na compra, ou
seja, R$ 1.200,00.
A diferença entre o valor pago na compra e o recebido na venda deve
ser registrada no PL, na conta que foi utilizada como suporte à aquisição de
tais ações na compra, que pode ser uma conta de Reserva ou a conta Lucros
Acumulados.

Vejamos como isso já foi cobrado em provas anteriores.

2- (FCC / SEFAZ-PI - Auditor Fiscal da Fazenda


Estadual / 2015) Em 30/06/2014, a Cia. Pro & Pina adquiriu 50.000 ações
de sua própria emissão e incorreu nos seguintes gastos:
• Valor pago pelas ações = R$ 375.000,00
• Custos de transação = R$ 5.000,00
Em 15/12/2014, a empresa revendeu estas ações por R$ 350.000,00 à vista,
incorrendo em custos de transação no valor de R$ 2.000,00.
Com base nestas informações, é correto afirmar que a Cia. Pro & Pina

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a) apurou um prejuízo com a venda das Ações em Tesouraria de R$
25.000,00.
b) reduziu, em 15/12/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 350.000,00.
c) reconheceu, em 30/06/2014, como Ações em Tesouraria o valor de R$
375.000,00.
d) aumentou, em 30/06/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 380.000,00.
e) aumentou, em 15/12/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 348.000,00.
Resolução:
Vejamos como são registradas as operações efetuadas pela empresa:
1) Em 30/06/2014, aquisição de 50.000 ações de sua própria emissão
(retenção em tesouraria), no valor de R$ 375.000,00, com custos de
transação no valor de R$ 5.000,00 (valor total pago igual a R$
380.000,00). Recordando, os custos de transação incorridos nas
operações de aquisição de ações de emissão própria devem ser
tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.
Assim, temos:
Aquisição de ações de emissão própria
D (–) Ações em Tesouraria (PL)
C BCM (AC) 380.000,00

Assim, temos uma variação negativa do PL (diminuição), no valor de


R$ 380.000,00. (Eliminamos as letras C e D)
2) Em 15/12/2014, revenda destas ações por R$ 350.000,00 à vista,
incorrendo em custos de transação no valor de R$ 2.000,00 (valor total
recebido igual a R$ 348.000,00). Como vimos há pouco, os custos de
transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser
tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa
transação, resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio
líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de
tais ações, não afetando o resultado da entidade. Assim, temos:
Alienação de Ações em Tesouraria
D BCM (AC) 348.000,00
D Reserva ou Lucros Acumulados (PL) 32.000,00
C (–) Ações em Tesouraria (PL) 380.000,00

Assim, verificamos que o prejuízo com a venda das ações foi de R$


32.000,00 (Eliminamos a letra A). Além disso, temos uma variação positiva
do PL (aumento), no valor de R$ 348.000,00. (Eliminamos a letra B)
Gabarito: E

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1.5. Contabilização da captação de recursos de terceiros
O registro inicial do montante dos recursos captados de terceiros por
meio da contratação de instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos
ou títulos de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros valores
mobiliários), classificáveis no passivo exigível, deve corresponder ao seu
valor justo líquido dos custos de transação diretamente atribuíveis à
emissão do passivo financeiro.
Os prêmios na emissão de debêntures devem ser acrescidos ao
valor justo inicialmente reconhecido na emissão desse instrumento
financeiro, também para evidenciação do valor líquido recebido.
Já os custos de transação incorridos na operação devem ser
contabilizados como redução do valor justo inicialmente reconhecido do
instrumento financeiro emitido, para evidenciação do valor líquido recebido.
Supondo a emissão de 1.000 debêntures, ao valor nominal de R$ 1,00
cada, obtendo-se o valor total de recursos de R$ 1.500,00 (prêmio de
R$ 500,00) e gastos incorridos na emissão no valor de R$ 200,00. Assim, no
exemplo acima, teríamos o registro do passivo pelo valor da emissão das
debêntures, mais o valor do prêmio, diminuído dos custos de transação, ou
seja, R$ 1.300,00 (1.000,00 + 500,00 – 200,00). Portanto, temos:
Emissão de Debêntures, com Prêmio e Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 1.300,00
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 200,00
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 500,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 1.000,00

Continuando, os encargos financeiros incorridos na captação de


recursos junto a terceiros devem ser apropriados ao resultado em função
da fluência do prazo (Regime de Competência), pelo custo amortizado
usando o método dos juros efetivos.
No exemplo anterior, supondo que a emissão das debêntures se deu a
uma taxa de juros de 12% ao ano, mas que devido ao prêmio registrado na
emissão, a taxa de custo efetivo da emissão passou a ser de 11% ao ano.
Desta feita, no primeiro ano após a emissão, teríamos um total de encargos
financeiros calculados da seguinte maneira:
Encargos = Valor Líquido da dívida * Taxa Efetiva de Juros
Encargos = (1.000,00 + 500,00 – 200,00) * 0,11
Encargos = R$ 143,00

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Como de costume, vamos ver como esse assunto já foi explorado
em provas:

3- (FCC / TRE-AP - Analista Judiciário -


Contabilidade / 2015) Um lote de 10.000.000 de debêntures foi emitido
pela empresa pelo valor nominal unitário de R$ 6,00 para obtenção de um
total de recursos no valor de R$ 60.000.000,00. As características dos títulos
emitidos foram as seguintes:
− Data da emissão: 31/12/2011
− Prazo total: 20 anos
− Taxa de juros: 12% ao ano
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 8.032.726,80
− Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures:
R$ 1.032.760,80
Como as taxas de juros no mercado apresentavam tendência de queda nos
próximos anos, houve uma grande demanda pelas debêntures emitidas e a
empresa conseguiu vendê-las pelo valor total de R$ 65.000.000,00, o que fez
com que a taxa de custo efetivo da emissão fosse de 11% ao ano.
O valor da despesa total com os encargos financeiros das debêntures
contabilizado no resultado de 2012 foi, em reais:
a) 8.232.760,80.
b) 7.036.396,31.
c) 8.182.760,80.
d) 7.632.760,80.
e) 8.832.760,80.
Resolução:
Inicialmente, verificamos que o enunciado apresenta a emissão de
debêntures que totalizam o valor nominal de R$ 60.000.000,00, com prêmio
(diferença entre o valor de venda e o valor nominal) de R$ 5.000.000,00. Os
gastos incorridos na emissão e colocação das debêntures foram de
R$ 1.032.760,80, culminando no seguinte reconhecimento inicial:
Emissão de Debêntures, com Prêmio e Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 63.967.239,20
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 1.032.760,80
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 5.000.000,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 60.000.000,00
A questão pede para calcularmos o valor da despesa total com os
encargos financeiros das debêntures contabilizado no resultado de 2012, que

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nada mais é que o valor líquido do passivo registrado, multiplicado pela taxa
efetiva de juros (11%). Assim, temos:
Encargos2012 = Valor Líquido da dívida * Taxa Efetiva de Juros
Encargos2012 = (60.000.000 + 5.000.000 – 1.032.760,80) * 11%
Encargos2012 = 63.967.239,20 * 0,11
Encargos2012 = R$ 7.036.396,31
Gabarito: B

Por fim, da mesma forma que na captação de recursos para o capital


próprio, os custos de transação de captação não efetivada devem ser
reconhecidos como despesa no resultado do período em que se frustrar essa
captação.
Custos de Transação de captaçoes não concluídas
D Custos de Transações (D)
C Banco Conta Movimento (AC) 200,00

Como de costume, vamos esquematizar a contabilização dos


custos de transação, para facilitar sua memorização:

Conta Retificadora
Emissão de do PL
Ações (se houver prêmio,
(captação de diminui da Reserva de
recursos próprios) Capital até o limite do
prêmio)

Aquisição:
Conta Ações em
Tesouraria
Ações em (acréscimo no custo)
Tesouraria
(ações de emissão
Custos de própria) Alienação:
Transação Conta do PL
(redução do lucro ou
acréscimo do prejuízo)

Emissão de
Valores Conta Retificadora
Mobiliários do Passivo
(captação de (redução do valor
recursos de justo reconhecido)
terceiros)

Emissão ou
captação não Conta de Despesa
concluídas

Esquema 3 – Contabilização dos Custos de Transação

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1.4. Divulgação
A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada natureza
de captação de recursos (títulos patrimoniais ou de dívida):
a) A identificação de cada processo de captação de recursos,
agrupando-os conforme sua natureza;
b) O montante dos custos de transação incorridos em cada processo
de captação;
c) O montante de quaisquer prêmios obtidos no processo de captação
de recursos por intermédio da emissão de títulos de dívida ou de
valores mobiliários;
d) A taxa efetiva de juros (TIR) de cada operação; e
e) O montante dos custos de transação e prêmios (se for o caso) a
serem apropriados ao resultado em cada período subsequente.

2. Subvenções Governamentais

Subvenção governamental, também chamada de subsídio,


incentivo fiscal, doação, prêmio etc., consiste em uma assistência
governamental, geralmente na forma de contribuição de natureza pecuniária,
mas não só restrita a ela, concedida a uma entidade normalmente em troca do
cumprimento passado ou futuro de certas condições relacionadas às atividades
operacionais da entidade.
A subvenção governamental, inclusive subvenção não monetária a valor
justo, não deve ser reconhecida até que exista razoável segurança de que:
a) A entidade cumprirá todas as condições estabelecidas e
relacionadas à subvenção; e
b) A subvenção será recebida.

O simples recebimento da subvenção não é prova conclusiva de que as


condições a ela vinculadas tenham sido ou serão cumpridas.
Além disso, as subvenções governamentais devem ser razoavelmente
quantificadas em dinheiro e devem ser transações com o governo que
podem ser distinguidas das transações comerciais normais da entidade.
O benefício econômico obtido com um empréstimo governamental por uma
taxa de juros abaixo da praticada pelo mercado deve ser tratado como
uma subvenção governamental.
Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao
longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar,
em base sistemática, não podendo ser creditada diretamente no patrimônio
líquido. Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento da receita

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com subvenção na demonstração do resultado, a contrapartida ao registro no
ativo deve ser feita em conta específica do passivo.

Assim, podemos apontar as principais características das


subvenções governamentais:

Subvenções Reconhecimento:
Governamentais Existir razoável segurança de:
- cumprimento de todas as condições estabelecidas; e
- recebimento da subvenção.
Contabilizadas como Receitas Diferidas (passivo)
- apropriadas ao resultado (receitas) ao longo do
período, pelo confronto com as despesas
correlacionadas

Devem ser:
- Qualificáveis em dinheiro;
- Dintiguíveis das transações comerciais normais.

Empréstimos governamentais a taxa de juros abaixo da


praticada são subvenções

Esquema 4 – Principais aspectos das Subvenções Governamentais

2.1. Contabilização das Subvenções Governamentais


Do exposto, verificamos que as subvenções governamentais, em geral,
são contabilizadas da seguinte maneira:
1) Pela existência de razoável segurança de que a entidade cumprirá todas as
condições estabelecidas e relacionadas à subvenção e que ela será recebida:
Apropriação da Subvenção a Receber
D Subvenções Governamentais a Receber (AC/ANC)
C Subvenções Governamentais Condicionadas (PC/PNC)

2) Pelo recebimento da subvenção:


Recebimento da Subvenção Governamental
D Disponibilidades (AC) ou Imobilizado (ANC)
C Subvenções Governamentais a Receber (AC/ANC)

3) Pelo cumprimento de todas as condições estabelecidas e relacionadas à


subvenção:
Cumprimento das Obrigações
D Subvenções Governamentais Condicionadas (PC/PNC)
C Receitas Diferidas (PC/PNC)

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4) Pelo confronto com as despesas que compensam o recebimento da
subvenção (apropriação da receita, em base sistemática):
Apropriação da Receita
D Receitas Diferidas (PC/PNC)
C Outras Receitas (R)

Para facilitar o entendimento, vejamos como esse assunto já foi


cobrado em provas anteriores:

4- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas -


Gestão Tributária / 2013) A Empresa Alfa S.A. recebeu do Município Beta
uma área de 150.000 metros quadrados para a construção de uma unidade de
produção, cujo valor justo era de R$ 350,00 o metro quadrado.
A lei municipal que autorizou a subvenção governamental (doação) da
respectiva área impôs a seguinte restrição: a empresa deverá gerar 150
empregos diretos, consecutivamente, por um período, mínimo, de 15 anos. No
momento do recebimento da doação, a empresa deve debitar:
a) R$ 52.500.000,00 no ativo imobilizado e creditar receita diferida
(subvenção) no resultado do exercício.
b) R$ 3.500.000,00 no ativo imobilizado e creditar receita diferida
(subvenção) no passivo não circulante
c) R$ 52.500.000,00 no ativo intangível como direitos sobre subvenções e
creditar reservas de lucros no patrimônio líquido
d) R$ 3.500.000,00 no ativo intangível como direitos sobre subvenções e
creditar receita diferida (subvenção) no resultado do exercício.
e) R$ 52.500.000,00 no ativo imobilizado e creditar receita diferida
(subvenção) no passivo não circulante
Resolução:
De acordo com os dados do enunciado, podemos afirmar que a entidade
recebeu uma subvenção governamental, materializada em um terreno (ANC –
Imobilizado), cujo valor justo é R$ 52.500.000,00 (150.000 * 350,00).
(Eliminamos as letras B e D, pelo valor, e C, pelo ativo intangível)
Infelizmente, a questão não deixa claro se a empresa já cumpriu todas
as condições estabelecidas e relacionadas à subvenção, para sabermos se ela
registrará uma conta de passivo de subvenções ou uma receita diferida no
passivo. Contudo, por eliminação das alternativas, concluímos que a empresa
já cumpriu as condições. Assim, teremos a seguinte contabilização:

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Recebimento da subvenção tendo cumprido as obrigações1
D Terrenos (ANC)
C Receitas Diferidas (PC/PNC)
Portanto, nossa resposta é a letra E. Lembrando que uma subvenção
governamental somente deve ser reconhecida como receita no resultado pelo
confronto com as despesas que pretende compensar, ao longo do período e
em base sistemática, não podendo ser creditada diretamente no patrimônio
líquido.
Gabarito: E

Por fim, há situações em que é necessário que o valor da subvenção


governamental não seja distribuído ou de qualquer forma repassado aos
sócios ou acionistas, fazendo-se necessária a retenção, após trânsito pela
demonstração do resultado, em conta apropriada de patrimônio líquido,
para comprovação do atendimento dessa condição. Nessas situações, tal valor,
após ter sido reconhecido na demonstração do resultado, pode ser creditado à
reserva própria (Reserva de Incentivos Fiscais), a partir da conta de lucros
ou prejuízos acumulados.

2.2. Ativo não monetário obtido como subvenção governamental


A subvenção governamental pode estar representada por ativo não
monetário, como terrenos e outros, para uso da entidade. Nessas
circunstâncias, tanto esse ativo quanto a subvenção governamental devem ser
reconhecidos pelo seu valor justo. Apenas na impossibilidade de verificação
desse valor justo é que o ativo e a subvenção governamental podem ser
registrados pelo valor nominal.

2.3. Apresentação da Subvenção nas Demonstrações Contábeis


No Balanço Patrimonial, a subvenção governamental relacionada a
ativos deve ser apresentada no balanço patrimonial em conta de passivo,
como receita diferida, sendo reconhecida como receita em base sistemática e
racional durante a vida útil do ativo; ou deduzindo o valor contábil do ativo
relacionado com a subvenção (conta retificadora do ativo) para se chegar
ao valor escriturado líquido do ativo, que pode ser nulo.
Na Demonstração do Resultado, por sua vez, a subvenção é algumas
vezes apresentada como crédito, quer separadamente sob um título geral tal
como ”Outras Receitas“, quer, alternativamente, como dedução da
despesa relacionada.

1 Aglutinação dos fatos contábeis de número 2 e 3, vistos na nossa teoria, em um lançamento.

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2.4. Divulgação
A entidade deve divulgar as seguintes informações:
a) A política contábil adotada para as subvenções governamentais,
incluindo os métodos de apresentação adotados nas demonstrações
contábeis;
b) A natureza e a extensão das subvenções governamentais ou
assistências governamentais reconhecidas nas demonstrações contábeis
e uma indicação de outras formas de assistência governamental de que
a entidade tenha diretamente se beneficiado;
c) Condições a serem regularmente satisfeitas e outras contingências
ligadas à assistência governamental que tenha sido reconhecida.

Bom, estamos finalizando a parte teórica de nossa penúltima aula, que


apesar de curtinha, tratou de assuntos bastante importantes para a prova.
Hoje, falamos sobre os principais aspectos dos custos de transação e prêmios
na emissão de títulos e valores mobiliários (Resolução CFC nº 1.313/2010) e
sobre as subvenções governamentais (Resolução CFC nº 1.305/2010).
Seguimos agora para a segunda parte da nossa aula, com os exercícios
comentados de provas anteriores. Infelizmente, o estoque de questões
disponíveis não é extenso, mas tenha certeza que o bom entendimento dos
exercícios que faremos em seguida é suficiente para ter um ótimo resultado na
sua prova. Nossa lista hoje começa na página 39.
E, como sempre, caso fique com alguma dúvida sobre nossa aula, não
deixe de enviar seu questionamento por meio do fórum do nosso curso, pois é
muito importante que você entenda toda a matéria. Caso tenha sugestões
para melhorar o nosso curso, elas também são muito bem-vindas.

Bons estudos! 

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3. Questões Comentadas

5- (FCC / TRF - 2ª REGIÃO - Contador / 2012) A partir de 1º de


janeiro de 2008, de acordo com as novas normas brasileiras de contabilidade,
o prêmio recebido na emissão de debêntures passou a ser contabilizado, na
data do fato contábil, como
a) receita diferida a apropriar.
b) reserva de capital.
c) receita de aplicações financeiras.
d) resultado positivo da equivalência patrimonial.
e) receita de juros no próprio exercício da emissão da debênture.
Resolução:
Com a edição da Lei nº 11.638/07, que alterou a Lei nº 6.404/76,
dois itens compunham as Reservas de Capital foram revogados, a saber:
o O prêmio recebido na emissão de debêntures; e
o As doações e as subvenções para investimento.
Assim, após a alteração da lei, na emissão de debêntures acompanhada
de prêmio (ou ágio) na emissão, este deve ser registrado a título de
Receita Diferida a Apropriar, no passivo, sendo apropriada ao resultado de
acordo com o prazo de emissão dos títulos.
Gabarito: A

6- (FCC / TCE-CE - Analista de Controle Externo / 2015) Uma


empresa está captando recursos no mercado de capitais e emitiu 50.000.000
de debêntures pelo valor nominal unitário de R$ 4,00 com o objetivo de obter
um total de recursos no valor de R$ 200.000.000,00. As características das
debêntures emitidas foram as seguintes:
− Data da emissão: 02/01/2014
− Prazo total: 20 anos
− Taxa de juros: 10% ao ano (prefixada)
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 23.491.924,95
− Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures: R$
552.890,20
Como há uma tendência de redução das taxas de juros nos próximos anos,
houve uma grande procura pelas debêntures emitidas e a empresa conseguiu
vendê-las pelo valor total de R$ 215.000.000,00, fazendo com que o custo
efetivo final da emissão fosse 9,0% ao ano.

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Considerando que a primeira parcela anual foi paga em 31/12/2014, o saldo
apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2014 e o valor total dos
encargos financeiros apropriados no resultado de 2014, relativos às
debêntures emitidas, foram, respectivamente, em reais,
a) 220.000.000,00 e 20.552.890,20.
b) 210.808.314,93 e 19.300.239,88.
c) 210.858.075,05 e 19.902.890,20.
d) 210.255.424,73 e 19.300.239,88.
e) 213.008.075,05 e 19.902.890,20.
Resolução:
Conforme dados do enunciado, temos a emissão de debêntures no valor
total nominal de R$ 200.000.000,00, com prêmio (diferença entre o valor de
venda e o valor nominal) de R$ 15.000.000,00. Os gastos incorridos na
emissão e colocação das debêntures foram de R$ 552.890,20, culminando no
seguinte reconhecimento inicial:
Emissão de Debêntures, com Prêmio e Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 214.447.109,80
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 552.890,20
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 15.000.000,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 200.000.000,00
A questão pede para calcularmos o saldo apresentado no balanço
patrimonial de 31/12/2014, referentes às debêntures emitidas, e o valor total
dos encargos financeiros apropriados no resultado de 2014, que nada mais é
que o valor líquido do passivo registrado, multiplicado pela taxa efetiva de
juros (9%). Assim, temos:
Encargos2014 = Valor Líquido da dívida * Taxa Efetiva de Juros
Encargos2014 = (200.000.000 + 15.000.000 – 552.890,20) * 9%
Encargos2014 = 214.447.109,80 * 0,09
Encargos2014 = R$ 19.300.239,88 (Eliminamos A, C e E)
Portanto, o valor da parcela anual de paga pela empresa aos
debenturistas (R$ 23.491.924,95) deve ser decomposto, no primeiro ano em
R$ 19.300.239,88 a título de encargos financeiros e R$ 4.191.685,07 que
efetivamente é amortizado da dívida.
Assim, o saldo apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2014,
referentes às debêntures emitidas será R$ 210.255.424,73 (214.447.109,80
– 4.191.685,07). (Eliminamos a letra B)
Gabarito: D

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7- (FCC / TCM-GO - Auditor de Controle Externo - Contábil /
2015) Uma empresa fez a emissão de 10.000.000 de debêntures pelo valor
nominal unitário de R$ 3,00 para obtenção de um total de recursos no valor de
R$30.000.000,00. As características dos títulos emitidos foram as seguintes:
- Data da emissão: 31/12/2012
- Prazo total: 10 anos
- Taxa de juros: 10% ao ano
- Pagamentos: parcelas anuais de R$ 4.882.361,85
- Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures: R$
666.672,90
Tendo em vista que havia expectativa de que as taxas de juros sofreriam uma
queda nos próximos anos, houve uma grande demanda pelas debêntures
emitidas e a empresa conseguiu vendê-las pelo valor total de R$
32.000.000,00 e, com isto, a taxa de custo efetivo da emissão foi 9% ao ano.
O valor total das despesas apropriadas no resultado de 2013 e o saldo
apresentado no balanço patrimonial em 31/12/2013 para as debêntures
emitidas foram, respectivamente, em reais,
a) 3.666.672,90 e 28.117.638,15.
b) 2.700.000,00 e 27.817.638,15.
c) 2.880.000,00 e 29.997.638,15.
d) 3.546.672,90 e 29.997.638,15.
e) 2.819.999,44 e 29.270.964,69.
Resolução:
Trata-se de uma questão semelhante à anterior. Pelos dados do
enunciado, temos a emissão de debêntures no valor total nominal de R$
30.000.000,00, com prêmio (diferença entre o valor de venda e o valor
nominal) de R$ 2.000.000,00. Os gastos incorridos na emissão e colocação
das debêntures foram de R$ 666.672,90, culminando no seguinte
reconhecimento inicial:
Emissão de Debêntures, com Prêmio e Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 31.333.327,10
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 666.672,90
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 2.000.000,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 30.000.000,00
Calculando-se o valor total dos encargos financeiros apropriados no
resultado de 2013, dado pela multiplicação entre o valor líquido do passivo
registrado e a taxa efetiva de juros (9%), temos:
Encargos2013 = Valor Líquido da dívida * Taxa Efetiva de Juros
Encargos2013 = (30.000.000 + 2.000.000 – 666.672,90) * 9%

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Encargos2013 = 31.333.327,10 * 0,09
Encargos2013 = R$ 2.819.999,44 (Letra E, mas vamos confirmar)
Como base nos encargos financeiros calculados acima, verificamos que
o valor da parcela anual de paga pela empresa aos debenturistas (R$
4.882.361,85) deve ser decomposto, no primeiro ano em R$ 2.819.999,44 a
título de encargos financeiros e R$ 2.062.362,41 que efetivamente é
amortizado da dívida.
Assim, o saldo apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2013,
referentes às debêntures emitidas será R$ 29.270.964,69 (31.333.327,10 –
2.062.362,41). (Confirmamos a letra E)
Gabarito: E

8- (FCC / SEFAZ-PI - Auditor Fiscal da Fazenda Estadual / 2015)


Em 31/12/2013, a Cia. Financiada realizou a emissão de debêntures para
captação de recursos no valor de R$ 10.000.000,00.
As debêntures apresentaram as seguintes características:
• Prazo total: 5 anos
• Taxa de juros: 10% ao ano
• Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 2.637.974,81
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em
custos de transação no valor total de R$ 150.000,00.
No entanto, a expectativa do mercado futuro de juros era que ocorreria um
aumento nas taxas de juros nos próximos anos e a Cia. obteve um valor
inferior ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00. A taxa de
custo efetivo da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos
financeiros apropriados no resultado de 2014 foi, em reais,
a) 1.355.122,50.
b) 1.186.094,25.
c) 2.637.974,81.
d) 1.150.000,00.
e) 1.268.550,00.
Resolução:
Inicialmente, verificamos que o enunciado apresenta a emissão de
debêntures que totalizam o valor nominal de R$ 10.000.000,00, mas com
deságio (diferença entre o valor nominal e o valor de venda) de R$
500.000,00. Os gastos incorridos na emissão e colocação das debêntures no
mercado foram de R$ 150.000,00, culminando no seguinte reconhecimento
inicial:

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Emissão de Debêntures, com Deságio e Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 9.350.000,00
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 150.000,00
D (–) Deságio a Amortizar (PC/PNC) 500.000,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 10.000.000,00
A questão pede para calcularmos o valor da despesa total com os
encargos financeiros das debêntures contabilizado no resultado de 2014, que
nada mais é que o valor líquido do passivo registrado, multiplicado pela taxa
efetiva de juros (12,6855%). Assim, temos:
Encargos2014 = Valor Líquido da dívida * Taxa Efetiva de Juros
Encargos2014 = (10.000.000 + 500.000 – 150.000) * 12,6855%
Encargos2014 = 9.350.000,00 * 0,126855
Encargos2014 = R$ 1.186.094,25
Gabarito: B

9- (FCC / TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário -


Contabilidade / 2014) Em 31/12/2011, uma empresa realizou a emissão de
debêntures para captação de recursos no valor de R$ 20.000.000,00. As
debêntures apresentaram as seguintes características:
Prazo total: 10 anos.
Taxa de juros: 9% ao ano.
Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 3.116.402,00.
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a empresa incorreu
em custos de transação no valor total de R$ 400.000,00.
Tendo em vista que a expectativa do mercado futuro de juros era que
ocorreria uma queda nos próximos anos, houve uma grande demanda pelas
debêntures emitidas e a empresa conseguiu obter um valor superior ao
desejado, vendendo os títulos por R$ 22.000.000,00. A taxa de custo efetivo
da emissão foi 7,2878% ao ano. Os valores aproximados de encargos
financeiros apropriados no resultado de 2012 e o saldo apresentado no
balanço patrimonial, em 31/12/2012, foram, em reais, respectivamente,
a) 1.800.000,00 e 18.683.598,00.
b) 1.457.560,00 e 18.341.158,00.
c) 1.574.165,00 e 20.057.763,00.
d) 1.603.316,00 e 20.086.914,00.
e) 1.980.000,00 e 20.863.598,00.
Resolução:

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Novamente, temos a emissão de debêntures no valor total nominal de
R$ 20.000.000,00, com prêmio de R$ 2.000.000,00 e custos de transação de
R$ 400.000,00, gerando o seguinte lançamento inicial:
Emissão de Debêntures, com Prêmio e Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 21.600.000,00
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 400.000,00
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 2.000.000,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 20.000.000,00
Calculando-se o valor total dos encargos financeiros apropriados no
resultado de 2012, à taxa efetiva de 7,2878%, temos:
Encargos2012 = Valor Líquido da dívida * Taxa Efetiva de Juros
Encargos2012 = (20.000.000 + 2.000.000 – 400.000) * 7,2878%
Encargos2012 = 21.600.000 * 0,072878
Encargos2012 = R$ 1.574.164,80 (arredondando, temos a letra C,
mas vamos confirmar)
Como base nos encargos financeiros calculados acima, verificamos que
o valor da parcela anual de paga pela empresa aos debenturistas (R$
3.116.402,00) deve ser decomposto, no primeiro ano em R$ 1.574.165,00 a
título de encargos financeiros e R$ 1.542.237,00 que efetivamente é
amortizado da dívida.
Assim, o saldo apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2012,
referentes às debêntures emitidas será R$ 20.057.763,00 (21.600.000 –
1.542.237). (Confirmamos a letra C)
Gabarito: C

10- (FCC / TJ-AP - Analista Judiciário - Contabilidade / 2014) Para


obtenção de recursos, uma empresa emitiu um lote de debêntures no valor
total de R$ 30.000.000,00 com as seguintes características:
- Data da emissão: 30/11/2012
- Prazo total: 10 anos
- Taxa de juros: 0,7974% ao mês
- Pagamentos: parcelas anuais de R$ 4.882.361,85
A empresa incorreu em gastos no valor total de R$ 200.000,00 para a emissão
e colocação das debêntures no mercado. Como havia uma expectativa de que
as taxas de juros sofreriam uma queda nos próximos anos, houve uma grande
demanda pelas debêntures emitidas e a empresa conseguiu vendê-las por R$
32.000.000,00 (valor superior ao desejado). A taxa de custo efetivo da
emissão foi 0,6949% ao mês.
O valor da despesa financeira apropriada no resultado de 2012 e o saldo
líquido apresentado no balanço patrimonial, em 31/12/2012, para as
debêntures emitidas foram, respectivamente, em reais (R$),

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a) 439.220,00 e 30.239.220,00.
b) 420.978,20 e 32.220.978,20.
c) 222.368,00 e 32.222.368,00.
d) 220.978,20 e 32.020.978,20.
e) 422.368,00 e 32.222.368,00.
Resolução:
Novamente, verificando os dados do enunciado, temos a emissão de
debêntures no valor total nominal de R$ 30.000.000,00, com prêmio de R$
2.000.000,00 e gastos com a emissão de R$ 200.000,00, culminando no
seguinte reconhecimento inicial:
Emissão de Debêntures, com Prêmio e Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 31.800.000,00
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 200.000,00
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 2.000.000,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 30.000.000,00
Nesse ponto, essa questão possui uma particularidade. Repare que a
taxa de juros apresentada é mensal, bem como o período de cálculo dos
encargos financeiros (30/11/2012 a 31/12/2012). Assim, podemos calcular os
encargos da seguinte maneira:
EncargosDez/2012 = Valor Líquido da dívida * Taxa Efetiva de Juros
EncargosDez/2012 = (30.000.000 + 2.000.000 – 200.000) * 0,6949%
EncargosDez/2012 = 31.800.000 * 0,006949
EncargosDez/2012 = R$ 220.978,20 (Letra D, mas vamos confirmar)
Continuando, como os pagamentos são feitos em parcelas anuais, os
encargos devem ser apropriados mensalmente como despesas, tendo como
contrapartida a conta de passivo, aumentando o valor a pagar referente às
debêntures, até o efetivo pagamento da primeira parcela, no valor de R$
4.882.361,85. Assim, temos a seguinte contabilização:
Apropriação de Encargos Financeiros
D Encargos Financeiros (D)
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 220.978,20
Portanto, o saldo apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2013,
referentes às debêntures emitidas será R$ 32.020.978,20 (30.000.000 +
2.000.000 – 200.000 + 220.978,20). (Confirmamos a letra D)
Gabarito: D

11- (FCC / SEFAZ-SP - Analista em Planejamento, Orçamento e


Finanças Públicas / 2010) A empresa Gama S.A. emitiu 1.000 debêntures a
R$ 10,00 cada, com taxa de juros compostos de 6% ao ano, com prazo de 5

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anos e pagamentos anuais de R$ 2.374,00. Os custos de transação incorridos
e pagos foram de R$ 100,00 e houve prêmio na emissão desses títulos, no
valor de R$ 278,00. Na data de emissão das debêntures, a empresa
a) debitou na conta Disponível o valor de R$ 10.000,00.
b) debitou na conta Despesa Financeira o valor de R$ 100,00.
c) creditou no Passivo o valor de R$ 10.000,00.
d) creditou na conta Receita Financeira o valor de R$ 278,00.
e) creditou no Passivo o valor de R$ 10.178,00.
Resolução:
Verificando os dados do enunciado, temos a emissão de debêntures ao
valor total nominal de R$ 10.000,00, mas com prêmio no valor de R$ 278,00 e
custos de transação de R$ 100,00. Assim, de acordo com as normas
contábeis, a operação deve ser registrada da seguinte maneira:
Emissão de Debêntures, com Prêmio e Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 10.178,00
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 100,00
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 278,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 10.000,00
Assim, analisando cada uma das assertivas, observamos que a
empresa:
a) debitou na conta Disponível o valor de R$ 10.000,00 R$ 10.178,00.
Incorreta
b) debitou na conta Despesa Financeira o valor de R$ 100,00. O
reconhecimento inicial da emissão de debêntures não causa impacto no
resultado. Incorreta
c) creditou no Passivo o valor de R$ 10.000,00 R$ 10.178,00. Incorreta
d) creditou na conta Receita Financeira o valor de R$ 278,00. O
reconhecimento inicial da emissão de debêntures não causa impacto no
resultado. Incorreta
e) creditou no Passivo o valor de R$ 10.178,00. Correta
Gabarito: E

12- (FCC / SABESP - Analista de Gestão - Contabilidade / 2014) Uma


empresa obteve recursos por meio da emissão de debêntures no valor de R$
40.000.000. As debêntures apresentaram as seguintes características:
- Data da emissão: 31/12/2011.
- Taxa de juros contratada: 12% ao ano.

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- Prazo total de resgate: 8 anos.
- Pagamentos: parcelas anuais de R$ 8.052.114.
Para a colocação das debêntures no mercado a empresa incorreu em custos de
serviços de assessoria jurídica e financeira que totalizaram R$ 800.000. A taxa
de custo efetivo da emissão foi 12,6% ao ano. O valor dos encargos
financeiros apropriados no resultado de 2012 foi, em reais,
a) 4.800.000.
b) 5.040.000.
c) 4.704.000.
d) 8.052.114.
e) 4.939.200.
Resolução:
Extraindo-se os dados do enunciado, temos:
 Custo de Emissão (valor nominal): R$ 40.000.000;
 Gastos incorridos na emissão: R$ 800.000;
 Taxa Efetiva de Juros: 12,6 %
Assim, temos o seguinte reconhecimento inicial:
Emissão de Debêntures, com Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 39.200.000
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 800.000
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 40.000.000
Calculando-se o valor da despesa com os encargos financeiros
contabilizada no resultado de 2012, temos:
Encargos2012 = Valor Líquido da dívida * Taxa Efetiva de Juros
Encargos2012 = (40.000.000 – 800.000) * 12,6%
Encargos2012 = 39.200.000 * 0,126
Encargos2012 = R$ 4.939.200
Gabarito: E

13- (FCC / Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município


/ 2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, sociedade anônima de capital aberto,
fez uma captação de recursos, via debêntures, cujo valor de emissão foi R$
2,2 milhões com taxa de juros anual contratada de 5,0% e com prazo de 10
anos. Para isso, incorreu em custos de transação no montante de R$ 100 mil
pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as condições vantajosas em relação ao
mercado, houve prêmio na emissão das debêntures de R$ 200 mil. Com base
nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,
a) passivo de R$ 2,3 milhões.

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b) receita financeira de R$ 200 mil.
c) reserva de capital de R$ 200 mil.
d) ativo de R$ 2,1 milhões.
e) despesa financeira de R$ 100 mil.
Resolução:
Novamente, extraindo-se os dados do enunciado, temos:
 Custo de Emissão (valor nominal): R$ 2.200.000;
 Gastos incorridos na emissão: R$ 100.000;
 Prêmio na emissão: R$ 200.000;
 Taxa de Juros: 5,0% a.a.
Assim, temos o seguinte reconhecimento inicial:
Emissão de Debêntures, com Prêmio e Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 2.300.000
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 100.000
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 200.000
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 2.200.000
Portanto, verificamos que a empresa reconheceu, em 30/12/X1, tanto
um ativo quanto um passivo total no valor de R$ 2,3 milhões (2.200.000 +
200.000 – 100.000).
Gabarito: A

14- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária /


2013) Em 01/03/2013, a Empresa Esperança fez uma captação de recursos
no mercado financeiro, por meio de debêntures, no valor de R$ 5.000.000,00,
incorrendo em custos de transação no valor de R$ 450.000,00.
A taxa de juros compostos contratual da operação foi de 10% ao ano, sendo
que a empresa fará o resgate das debêntures, num único pagamento
(principal e juros), ao final de três anos.
Pelas regras atuais, em 01/03/2013, a Empresa Esperança:
a) não reconheceu Despesa com Encargos Financeiros.
b) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 450.000,00.
c) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 950.000,00.
d) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 1.655.000,00.
e) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 2.105.000,00.
Resolução:

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Muito cuidado com os detalhes das questões. Repare que o enunciado
pede para verificarmos o reconhecimento de despesas em 01/03/2013, que foi
a data em que a empresa fez a captação de recursos por meio da emissão de
debêntures.
Ora, sabemos que, no reconhecimento inicial da emissão desses títulos,
não há o reconhecimento de despesa com Encargos Financeiros, pois eles
devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo
(Regime de Competência), isto é, mensal ou anualmente.
Portanto, em 01/03/2013, a companhia não reconheceu despesa
com Encargos Financeiros.
Gabarito: A

15- (FCC / TCE-CE - Analista de Controle Externo / 2015) A Cia.


Endividada S.A. é uma companhia de capital aberto e, em 31/12/2014,
realizou duas operações:
I. Aquisição de um caminhão, por meio de arrendamento mercantil financeiro,
para ser pago em 24 prestações mensais de R$ 4.000,00 cada. Se a empresa
tivesse adquirido o caminhão à vista teria pagado R$ 75.000,00.
II. Emissão de 1.000 debêntures a R$ 100,00 cada, com taxa de juros
compostos de 12% ao ano, com prazo de 8 anos e pagamentos anuais de R$
20.130,28. Os custos de transação incorridos e pagos na emissão foram R$
2.000,00. Na emissão desses títulos houve prêmio no valor de R$ 3.000,00.
O reconhecimento dessas duas operações, em conjunto, provocaram um
aumento de
a) R$ 176.000,00, no passivo.
b) R$ 196.000,00, no passivo.
c) R$ 197.000,00, no ativo.
d) R$ 175.000,00, no ativo.
e) R$ 199.000,00, no passivo.
Resolução:
Nesta questão, temos duas operações isoladas. Na primeira, temos um
arrendamento mercantil financeiro, na qual o bem deve ser contabilizado pelo
menor montante entre valor justo e o valor presente dos pagamentos
mínimos. Como a questão não cita o valor justo do bem, o ativo será
registrado no valor de R$ 75.000,00, valor que a empresa pagaria se
adquirisse o bem à vista, ou seja, o valor presente.
Já a obrigação assumida com o arrendador deve ser contabilizada pelo
valor das prestações (R$ 96.000,00), ajustados ao seu valor presente,

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conforme critérios de avaliação de passivos. Esse ajuste a valor presente é
registrado em conta retificadora do passivo. Assim, temos:
Reconhecimento Inicial do AMF
D Veículos (ANC) 75.000,00
D (–) Ajuste a Valor Presente (PC/PNC) 21.000,00
C Financiamentos a Pagar (PC/PNC) 96.000,00
Já na segunda operação, temos a emissão de R$ 100.000,00 em
debêntures, com custos de transação no valor de R$ 2.000,00 e prêmio no
valor de R$ 3.000,00. A taxa de juros é de 12% ao ano e os pagamentos
anuais são de R$ 20.130,28, pelo prazo de 8 anos. Assim, temos:
Emissão de Debêntures, com Prêmio e Custos de Transação
D Banco Conta Movimento (AC) 101.000,00
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 2.000,00
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 3.000,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 100.000,00
Desta feita, analisando-se as assertivas da questão, verificamos que o
reconhecimento das duas operações provocou um aumento de R$
176.000,00 (75.000,00 + 101.000,00) no ativo (eliminamos as letras C e D)
e de R$ 176.000,00 (75.000,00 + 101.000,00) no passivo (eliminamos as
letras B e E).
Gabarito: A

16- (FCC / TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2013) A Cia. Verde & Amarelo realizou no primeiro semestre de 2013 as
seguintes operações:
I. Aumentou o capital social em R$ 80.000,00, sendo 50% com Reservas de
Lucros existentes em 31/12/2012 e 50% em dinheiro.
II. Adquiriu ações de sua própria emissão por R$ 30.000,00.
III. Emitiu debêntures no valor total de R$ 50.000,00, tendo incorrido em
custos de transação de R$ 4.000,00 e recebido R$ 2.000,00 de prêmio pela
sua emissão.
IV. Apurou um lucro líquido no semestre de R$ 200.000,00 com a seguinte
destinação: Reserva Legal: R$ 10.000,00; Reserva Estatutária: R$ 20.000,00;
Dividendos Obrigatórios: R$ 50.000,00. O restante do lucro foi retido para
expansão.
O reconhecimento dessas operações aumentou o Patrimônio Líquido da Cia.
Verde & Amarelo, no primeiro semestre de 2013, em
a) R$ 190.000,00.
b) R$ 158.000,00.

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c) R$ 222.000,00.
d) R$ 162.000,00
e) R$ 160.000,00.
Resolução:
Com base nos dados do enunciado, podemos escrever os seguintes
fatos contábeis registrados na empresa:
I. Aumentou o capital social em R$ 80.000,00, sendo 50% com Reservas de
Lucros existentes em 31/12/2012 e 50% em dinheiro.
Aumento de Capital
D Reservas de Lucros (PL) 40.000,00
D Caixa (AC) 40.000,00
C Capital Social (PL) 80.000,00
Variação do PL: aumento de R$ 40.000,00
II. Adquiriu ações de sua própria emissão por R$ 30.000,00.
Aquisição de Ações de Própria Emissão
D (–) Ações em Tesouraria (PL)
C Caixa (AC) 30.000,00
Variação do PL: diminuição de R$ 30.000,00
III. Emitiu debêntures no valor total de R$ 50.000,00, tendo incorrido em
custos de transação de R$ 4.000,00 e recebido R$ 2.000,00 de prêmio pela
sua emissão.
Emissão de Debêntures
D Banco Conta Movimento (AC) 48.000,00
D (–) Custos a Amortizar (PC/PNC) 4.000,00
C Prêmios a Amortizar (PC/PNC) 2.000,00
C Debêntures a Resgatar (PC/PNC) 50.000,00
Variação do PL: não há
IV. Apurou um lucro líquido no semestre de R$ 200.000,00 com a seguinte
destinação: Reserva Legal: R$ 10.000,00; Reserva Estatutária: R$ 20.000,00;
Dividendos Obrigatórios: R$ 50.000,00. O restante do lucro foi retido para
expansão.
Apuração e Destinação do Lucro do Exercício
D ARE 200.000,00
C Reserva Legal (PL) 10.000,00
C Reserva Estatutária (PL) 20.000,00
C Dividendos a Pagar (PC) 50.000,00
C Reserva para Expansão (PL) 120.000,00
Variação do PL: aumento de R$ 150.000,00 (10.000 + 20.000 + 120.000)

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Desta feita, o reconhecimento dessas operações aumentou o
Patrimônio Líquido da entidade em R$ 160.000,00 (40.000 – 30.000 +
150.000).
Gabarito: E

17- (FCC / TCE-RO - Auditor / 2010) Em relação às variações


patrimoniais decorrentes dos fatos contábeis ocorridos em uma sociedade
anônima de capital aberto, considere:
I. O valor contábil de um terreno de R$ 100.000,00, cujo teste de impairment
indicou valor de mercado de R$ 99.000,00 e valor em uso de R$ 90.000,00,
deve ser ajustado, o que gera variação negativa no patrimônio líquido de R$
10.000,00.
II. Os custos de transação na aquisição de ações de emissão da própria
empresa geram uma redução na situação patrimonial líquida.
III. O ajuste a valor presente das vendas realizadas no curto prazo, cujo efeito
seja relevante, provoca uma redução no patrimônio líquido.
IV. A distribuição de dividendos por uma empresa controlada gera redução no
patrimônio líquido da investidora.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Resolução:
Analisando-se cada uma das assertivas, temos:
I. O valor contábil de um terreno de R$ 100.000,00, cujo teste de impairment
indicou valor de mercado de R$ 99.000,00 e valor em uso de R$ 90.000,00,
deve ser ajustado, o que gera variação negativa no patrimônio líquido de R$
10.000,00. Neste caso, o valor recuperável será R$ 99.000,00 (maior entre
o valor justo e o valor em uso). Portanto, a empresa deve registrar o ajuste
para perda, no valor da diferença, que foi de R$ 1.000,00. Incorreta
(Eliminamos as letras A e B)
II. Os custos de transação na aquisição de ações de emissão da própria
empresa geram uma redução na situação patrimonial líquida. Os custos de
transação incorridos nas operações de aquisição de ações de emissão
própria devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais
ações, o que provoca diminuição da situação patrimonial líquida da empresa,
devido ao registro da conta Ações em Tesouraria, retificadora do PL.

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Correta (Eliminamos a letra E)
III. O ajuste a valor presente das vendas realizadas no curto prazo, cujo efeito
seja relevante, provoca uma redução no patrimônio líquido. O ajuste a valor
presente é registrado por meio de lançamento em conta de despesa, o que
provoca redução no patrimônio líquida da empresa. Correta (Eliminamos a
letra D)
IV. A distribuição de dividendos por uma empresa controlada gera redução no
patrimônio líquido da investidora. Conforme vimos na nossa Aula 00, a
distribuição de dividendos por empresa controlada gera, na investidora,
lançamento nas contas Dividendos a Receber (AC), a débito, em
contrapartida a um crédito na conta do ANC – Investimentos, ou seja, um
lançamento que não provoca alterações no PL da investidora. Incorreta
(Confirmamos a letra C)
Gabarito: C

18- (FCC / SEFAZ-PI - Auditor Fiscal da Fazenda Estadual / 2015)


Considere as seguintes assertivas em relação às Subvenções e Assistências
Governamentais:
I. Uma subvenção governamental gratuita deve ser reconhecida diretamente
no Patrimônio Líquido.
II. Uma subvenção governamental não gratuita deve ser reconhecida como
receita na demonstração do resultado nos períodos ao longo dos quais a
entidade reconhece os custos relacionados à subvenção que são objeto de
compensação.
III. Caso a subvenção governamental recebida não possa ser distribuída como
dividendos, após ser reconhecida no resultado, deve ser destinada para
Reserva de Incentivos Fiscais.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I, II e III.
c) I, apenas.
d) II, apenas.
e) I e III, apenas.
Resolução:
Analisando cada uma das assertivas, temos:
I. Uma subvenção governamental gratuita deve ser reconhecida diretamente
no Patrimônio Líquido. De acordo com a norma contábil, a subvenção
governamental raramente é gratuita (livre do cumprimento de condições).

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Contudo, quando ela ocorrer, ela deve ser reconhecida como receita ao longo
do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base
sistemática, não podendo ser creditada diretamente no patrimônio
líquido. Incorreta (Eliminamos as letras B, C e E)
II. Uma subvenção governamental não gratuita deve ser reconhecida como
receita na demonstração do resultado nos períodos ao longo dos quais a
entidade reconhece os custos relacionados à subvenção que são objeto de
compensação. Conforme item anterior, a afirmação está correta.
III. Caso a subvenção governamental recebida não possa ser distribuída como
dividendos, após ser reconhecida no resultado, deve ser destinada para
Reserva de Incentivos Fiscais. Nas há situações em que o valor da subvenção
não possa ser distribuído ou de qualquer forma repassado aos sócios ou
acionistas, deve-se fazer sua retenção, na destinação do lucro do exercício,
em conta do patrimônio líquido (Reserva de Incentivos Fiscais). Correta
(Eliminamos a letra D)
Gabarito: A

19- (FCC / MPE-MA - Contador / 2013) Dadas as afirmativas abaixo:


I. Por ser gratuita e não derivar das atividades principais da entidade, a
Subvenção, quando do recebimento, deve ser reconhecida diretamente em
conta do Patrimônio Líquido.
II. Qualquer que seja o tipo de subvenção ou assistência governamental
recebida pela entidade deve ser creditado diretamente na conta Reserva de
Capital.
III. Se a subvenção ocorrer por doação de imobilizado deve ser registrada
diretamente a crédito da conta de Reserva de Incentivo Fiscal.
Está INCORRETO o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) III, apenas.
Resolução:
Novamente, vamos analisar as assertivas separadamente. Lembrando
que a questão pede as afirmações incorretas:
I. Por ser gratuita e não derivar das atividades principais da entidade, a
Subvenção, quando do recebimento, deve ser reconhecida diretamente em
conta do Patrimônio Líquido. Embora seja rara, a subvenção gratuita (livre do
cumprimento de condições), quando ocorrer, deve ser reconhecida como

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receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende
compensar, em base sistemática, não podendo ser creditada diretamente
no patrimônio líquido. Incorreta (Eliminamos as letras D e E)
II. Qualquer que seja o tipo de subvenção ou assistência governamental
recebida pela entidade deve ser creditado diretamente na conta Reserva de
Capital. O recebimento de subvenções nunca é creditado em conta de
Reserva de Capital, devendo ser registrado como passivo ou receita diferida.
Incorreta (Eliminamos a letra C)
III. Se a subvenção ocorrer por doação de imobilizado deve ser registrada
diretamente a crédito da conta de Reserva de Incentivo Fiscal.
Independentemente de o objeto da subvenção ser um bem ou uma
transferência de recurso monetário, ela nunca será registrada na conta
Reserva de Incentivos Fiscais. O que ocorre é que, nas há situações em que o
valor da subvenção não possa ser distribuído ou de qualquer forma repassado
aos sócios ou acionistas, deve-se fazer sua retenção, na destinação do
resultado do exercício, na conta Reserva de Incentivos Fiscais. Incorreta
(Eliminamos a letra D)
Gabarito: A

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4. Risco Exponencial

 Contabilização de Prêmios na Emissão

Ações,
inclusive conversão Reserva de Capital
de debêntures e (PL)
Prêmio partes beneficiárias
(ou Ágio) na
Emissão
Debêntures Receita Diferida
e outros valores
mobiliários
(PC)
Valor Recebido
menos
Valor do Resgate

 Encargos Financeiros X Custos de Transação X Despesas


Financeiras

Encargos Financeiros
- prêmios, descontos, ágios, deságios e
assemelhados (além dos custos de
transação e das despesas financeiras)
- Valor Recebido menos Valor Pago
Custos de Transação
- gastos incrementais
- prospectos, relatórios, serviços
profissionais, publicidade, taxas,
comissões, transferência, registro etc.

Despesas Financeiras
- remuneração do recurso tomado
- juros, atualização monetária, variação
cambial etc.

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 Contabilização dos Custos de Transação

Conta Retificadora
Emissão de do PL
Ações (se houver prêmio,
(captação de diminui da Reserva de
recursos próprios) Capital até o limite do
prêmio)

Aquisição:
Conta Ações em
Tesouraria
Ações em (acréscimo no custo)
Tesouraria
(ações de emissão
Custos de própria) Alienação:
Transação Conta do PL
(redução do lucro ou
acréscimo do prejuízo)

Emissão de
Valores Conta Retificadora
Mobiliários do Passivo
(captação de (redução do valor
recursos de justo reconhecido)
terceiros)

Emissão ou
captação não Conta de Despesa
concluídas

 Principais aspectos das Subvenções Governamentais

Subvenções Reconhecimento:
Governamentais Existir razoável segurança de:
- cumprimento de todas as condições estabelecidas; e
- recebimento da subvenção.
Contabilizadas como Receitas Diferidas (passivo)
- apropriadas ao resultado (receitas) ao longo do
período, pelo confronto com as despesas
correlacionadas

Devem ser:
- Qualificáveis em dinheiro;
- Dintiguíveis das transações comerciais normais.

Empréstimos governamentais a taxa de juros abaixo da


praticada são subvenções

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5. Lista de Questões

1- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária /


2013) A Cia. Caleidoscópio, conforme deliberação da Assembleia de
Acionistas, aumentou seu capital social de R$ 50.000,00 para R$ 60.000,00,
com a emissão de 10 mil ações, cujo valor nominal foi de R$ 1,00 por ação.
Dado o interesse do público pelas ações da empresa, foi resolvido que se
cobraria um ágio de R$ 0,15 por ação. Dessa maneira, cada ação da Cia.
Caleidoscópio foi colocada à venda por R$ 1,15. Os investidores pagaram à
vista pelas ações.
Quando do pagamento efetuado pelos investidores, a Cia. Caleidoscópio
reconheceu contabilmente um aumento no Capital Social de:
a) R$ 11.500,00
b) R$ 10.000,00 e uma Receita de R$ 1.500,00.
c) R$ 10.000,00 e a constituição de uma Reserva de Capital de R$ 1.500,00
d) R$ 10.000,00 e a constituição de uma Reserva de Lucros de R$ 1.500,00.
e) R$ 11.500,00 e uma Despesa de R$ 1.500,00

2- (FCC / SEFAZ-PI - Auditor Fiscal da Fazenda Estadual / 2015)


Em 30/06/2014, a Cia. Pro & Pina adquiriu 50.000 ações de sua própria
emissão e incorreu nos seguintes gastos:
• Valor pago pelas ações = R$ 375.000,00
• Custos de transação = R$ 5.000,00
Em 15/12/2014, a empresa revendeu estas ações por R$ 350.000,00 à vista,
incorrendo em custos de transação no valor de R$ 2.000,00.
Com base nestas informações, é correto afirmar que a Cia. Pro & Pina
a) apurou um prejuízo com a venda das Ações em Tesouraria de R$
25.000,00.
b) reduziu, em 15/12/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 350.000,00.
c) reconheceu, em 30/06/2014, como Ações em Tesouraria o valor de R$
375.000,00.
d) aumentou, em 30/06/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 380.000,00.
e) aumentou, em 15/12/2014, o seu Patrimônio Líquido em R$ 348.000,00.

3- (FCC / TRE-AP - Analista Judiciário - Contabilidade / 2015) Um


lote de 10.000.000 de debêntures foi emitido pela empresa pelo valor nominal
unitário de R$ 6,00 para obtenção de um total de recursos no valor de R$
60.000.000,00. As características dos títulos emitidos foram as seguintes:

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− Data da emissão: 31/12/2011
− Prazo total: 20 anos
− Taxa de juros: 12% ao ano
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 8.032.726,80
− Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures:
R$ 1.032.760,80
Como as taxas de juros no mercado apresentavam tendência de queda nos
próximos anos, houve uma grande demanda pelas debêntures emitidas e a
empresa conseguiu vendê-las pelo valor total de R$ 65.000.000,00, o que fez
com que a taxa de custo efetivo da emissão fosse de 11% ao ano.
O valor da despesa total com os encargos financeiros das debêntures
contabilizado no resultado de 2012 foi, em reais:
a) 8.232.760,80.
b) 7.036.396,31.
c) 8.182.760,80.
d) 7.632.760,80.

4- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária /


2013) A Empresa Alfa S.A. recebeu do Município Beta uma área de 150.000
metros quadrados para a construção de uma unidade de produção, cujo valor
justo era de R$ 350,00 o metro quadrado.
A lei municipal que autorizou a subvenção governamental (doação) da
respectiva área impôs a seguinte restrição: a empresa deverá gerar 150
empregos diretos, consecutivamente, por um período, mínimo, de 15 anos. No
momento do recebimento da doação, a empresa deve debitar:
a) R$ 52.500.000,00 no ativo imobilizado e creditar receita diferida
(subvenção) no resultado do exercício.
b) R$ 3.500.000,00 no ativo imobilizado e creditar receita diferida
(subvenção) no passivo não circulante
c) R$ 52.500.000,00 no ativo intangível como direitos sobre subvenções e
creditar reservas de lucros no patrimônio líquido
d) R$ 3.500.000,00 no ativo intangível como direitos sobre subvenções e
creditar receita diferida (subvenção) no resultado do exercício.
e) R$ 52.500.000,00 no ativo imobilizado e creditar receita diferida
(subvenção) no passivo não circulante

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5- (FCC / TRF - 2ª REGIÃO - Contador / 2012) A partir de 1º de
janeiro de 2008, de acordo com as novas normas brasileiras de contabilidade,
o prêmio recebido na emissão de debêntures passou a ser contabilizado, na
data do fato contábil, como
a) receita diferida a apropriar.
b) reserva de capital.
c) receita de aplicações financeiras.
d) resultado positivo da equivalência patrimonial.
e) receita de juros no próprio exercício da emissão da debênture.

6- (FCC / TCE-CE - Analista de Controle Externo / 2015) Uma


empresa está captando recursos no mercado de capitais e emitiu 50.000.000
de debêntures pelo valor nominal unitário de R$ 4,00 com o objetivo de obter
um total de recursos no valor de R$ 200.000.000,00. As características das
debêntures emitidas foram as seguintes:
− Data da emissão: 02/01/2014
− Prazo total: 20 anos
− Taxa de juros: 10% ao ano (prefixada)
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 23.491.924,95
− Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures: R$
552.890,20
Como há uma tendência de redução das taxas de juros nos próximos anos,
houve uma grande procura pelas debêntures emitidas e a empresa conseguiu
vendê-las pelo valor total de R$ 215.000.000,00, fazendo com que o custo
efetivo final da emissão fosse 9,0% ao ano.
Considerando que a primeira parcela anual foi paga em 31/12/2014, o saldo
apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2014 e o valor total dos
encargos financeiros apropriados no resultado de 2014, relativos às
debêntures emitidas, foram, respectivamente, em reais,
a) 220.000.000,00 e 20.552.890,20.
b) 210.808.314,93 e 19.300.239,88.
c) 210.858.075,05 e 19.902.890,20.
d) 210.255.424,73 e 19.300.239,88.
e) 213.008.075,05 e 19.902.890,20.

7- (FCC / TCM-GO - Auditor de Controle Externo - Contábil /


2015) Uma empresa fez a emissão de 10.000.000 de debêntures pelo valor

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nominal unitário de R$ 3,00 para obtenção de um total de recursos no valor de
R$30.000.000,00. As características dos títulos emitidos foram as seguintes:
- Data da emissão: 31/12/2012
- Prazo total: 10 anos
- Taxa de juros: 10% ao ano
- Pagamentos: parcelas anuais de R$ 4.882.361,85
- Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures: R$
666.672,90
Tendo em vista que havia expectativa de que as taxas de juros sofreriam uma
queda nos próximos anos, houve uma grande demanda pelas debêntures
emitidas e a empresa conseguiu vendê-las pelo valor total de R$
32.000.000,00 e, com isto, a taxa de custo efetivo da emissão foi 9% ao ano.
O valor total das despesas apropriadas no resultado de 2013 e o saldo
apresentado no balanço patrimonial em 31/12/2013 para as debêntures
emitidas foram, respectivamente, em reais,
a) 3.666.672,90 e 28.117.638,15.
b) 2.700.000,00 e 27.817.638,15.
c) 2.880.000,00 e 29.997.638,15.
d) 3.546.672,90 e 29.997.638,15.
e) 2.819.999,44 e 29.270.964,69.

8- (FCC / SEFAZ-PI - Auditor Fiscal da Fazenda Estadual / 2015)


Em 31/12/2013, a Cia. Financiada realizou a emissão de debêntures para
captação de recursos no valor de R$ 10.000.000,00.
As debêntures apresentaram as seguintes características:
• Prazo total: 5 anos
• Taxa de juros: 10% ao ano
• Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 2.637.974,81
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em
custos de transação no valor total de R$ 150.000,00.
No entanto, a expectativa do mercado futuro de juros era que ocorreria um
aumento nas taxas de juros nos próximos anos e a Cia. obteve um valor
inferior ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00. A taxa de
custo efetivo da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos
financeiros apropriados no resultado de 2014 foi, em reais,
a) 1.355.122,50.
b) 1.186.094,25.
c) 2.637.974,81.

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d) 1.150.000,00.
e) 1.268.550,00.

9- (FCC / TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário -


Contabilidade / 2014) Em 31/12/2011, uma empresa realizou a emissão de
debêntures para captação de recursos no valor de R$ 20.000.000,00. As
debêntures apresentaram as seguintes características:
Prazo total: 10 anos.
Taxa de juros: 9% ao ano.
Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 3.116.402,00.
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a empresa incorreu
em custos de transação no valor total de R$ 400.000,00.
Tendo em vista que a expectativa do mercado futuro de juros era que
ocorreria uma queda nos próximos anos, houve uma grande demanda pelas
debêntures emitidas e a empresa conseguiu obter um valor superior ao
desejado, vendendo os títulos por R$ 22.000.000,00. A taxa de custo efetivo
da emissão foi 7,2878% ao ano. Os valores aproximados de encargos
financeiros apropriados no resultado de 2012 e o saldo apresentado no
balanço patrimonial, em 31/12/2012, foram, em reais, respectivamente,
a) 1.800.000,00 e 18.683.598,00.
b) 1.457.560,00 e 18.341.158,00.
c) 1.574.165,00 e 20.057.763,00.
d) 1.603.316,00 e 20.086.914,00.
e) 1.980.000,00 e 20.863.598,00.

10- (FCC / TJ-AP - Analista Judiciário - Contabilidade / 2014) Para


obtenção de recursos, uma empresa emitiu um lote de debêntures no valor
total de R$ 30.000.000,00 com as seguintes características:
- Data da emissão: 30/11/2012
- Prazo total: 10 anos
- Taxa de juros: 0,7974% ao mês
- Pagamentos: parcelas anuais de R$ 4.882.361,85
A empresa incorreu em gastos no valor total de R$ 200.000,00 para a emissão
e colocação das debêntures no mercado. Como havia uma expectativa de que
as taxas de juros sofreriam uma queda nos próximos anos, houve uma grande
demanda pelas debêntures emitidas e a empresa conseguiu vendê-las por R$
32.000.000,00 (valor superior ao desejado). A taxa de custo efetivo da
emissão foi 0,6949% ao mês.

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O valor da despesa financeira apropriada no resultado de 2012 e o saldo
líquido apresentado no balanço patrimonial, em 31/12/2012, para as
debêntures emitidas foram, respectivamente, em reais (R$),
a) 439.220,00 e 30.239.220,00.
b) 420.978,20 e 32.220.978,20.
c) 222.368,00 e 32.222.368,00.
d) 220.978,20 e 32.020.978,20.
e) 422.368,00 e 32.222.368,00.

11- (FCC / SEFAZ-SP - Analista em Planejamento, Orçamento e


Finanças Públicas / 2010) A empresa Gama S.A. emitiu 1.000 debêntures a
R$ 10,00 cada, com taxa de juros compostos de 6% ao ano, com prazo de 5
anos e pagamentos anuais de R$ 2.374,00. Os custos de transação incorridos
e pagos foram de R$ 100,00 e houve prêmio na emissão desses títulos, no
valor de R$ 278,00. Na data de emissão das debêntures, a empresa
a) debitou na conta Disponível o valor de R$ 10.000,00.
b) debitou na conta Despesa Financeira o valor de R$ 100,00.
c) creditou no Passivo o valor de R$ 10.000,00.
d) creditou na conta Receita Financeira o valor de R$ 278,00.
e) creditou no Passivo o valor de R$ 10.178,00.

12- (FCC / SABESP - Analista de Gestão - Contabilidade / 2014) Uma


empresa obteve recursos por meio da emissão de debêntures no valor de R$
40.000.000. As debêntures apresentaram as seguintes características:
- Data da emissão: 31/12/2011.
- Taxa de juros contratada: 12% ao ano.
- Prazo total de resgate: 8 anos.
- Pagamentos: parcelas anuais de R$ 8.052.114.
Para a colocação das debêntures no mercado a empresa incorreu em custos de
serviços de assessoria jurídica e financeira que totalizaram R$ 800.000. A taxa
de custo efetivo da emissão foi 12,6% ao ano. O valor dos encargos
financeiros apropriados no resultado de 2012 foi, em reais,
a) 4.800.000.
b) 5.040.000.
c) 4.704.000.
d) 8.052.114.
e) 4.939.200.

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13- (FCC / Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município
/ 2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, sociedade anônima de capital aberto,
fez uma captação de recursos, via debêntures, cujo valor de emissão foi R$
2,2 milhões com taxa de juros anual contratada de 5,0% e com prazo de 10
anos. Para isso, incorreu em custos de transação no montante de R$ 100 mil
pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as condições vantajosas em relação ao
mercado, houve prêmio na emissão das debêntures de R$ 200 mil. Com base
nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,
a) passivo de R$ 2,3 milhões.
b) receita financeira de R$ 200 mil.
c) reserva de capital de R$ 200 mil.
d) ativo de R$ 2,1 milhões.
e) despesa financeira de R$ 100 mil.

14- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária /


2013) Em 01/03/2013, a Empresa Esperança fez uma captação de recursos
no mercado financeiro, por meio de debêntures, no valor de R$ 5.000.000,00,
incorrendo em custos de transação no valor de R$ 450.000,00.
A taxa de juros compostos contratual da operação foi de 10% ao ano, sendo
que a empresa fará o resgate das debêntures, num único pagamento
(principal e juros), ao final de três anos.
Pelas regras atuais, em 01/03/2013, a Empresa Esperança:
a) não reconheceu Despesa com Encargos Financeiros.
b) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 450.000,00.
c) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 950.000,00.
d) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 1.655.000,00.
e) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 2.105.000,00.

15- (FCC / TCE-CE - Analista de Controle Externo / 2015) A Cia.


Endividada S.A. é uma companhia de capital aberto e, em 31/12/2014,
realizou duas operações:
I. Aquisição de um caminhão, por meio de arrendamento mercantil financeiro,
para ser pago em 24 prestações mensais de R$ 4.000,00 cada. Se a empresa
tivesse adquirido o caminhão à vista teria pagado R$ 75.000,00.
II. Emissão de 1.000 debêntures a R$ 100,00 cada, com taxa de juros
compostos de 12% ao ano, com prazo de 8 anos e pagamentos anuais de R$
20.130,28. Os custos de transação incorridos e pagos na emissão foram R$
2.000,00. Na emissão desses títulos houve prêmio no valor de R$ 3.000,00.

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O reconhecimento dessas duas operações, em conjunto, provocaram um
aumento de
a) R$ 176.000,00, no passivo.
b) R$ 196.000,00, no passivo.
c) R$ 197.000,00, no ativo.
d) R$ 175.000,00, no ativo.
e) R$ 199.000,00, no passivo.

16- (FCC / TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2013) A Cia. Verde & Amarelo realizou no primeiro semestre de 2013 as
seguintes operações:
I. Aumentou o capital social em R$ 80.000,00, sendo 50% com Reservas de
Lucros existentes em 31/12/2012 e 50% em dinheiro.
II. Adquiriu ações de sua própria emissão por R$ 30.000,00.
III. Emitiu debêntures no valor total de R$ 50.000,00, tendo incorrido em
custos de transação de R$ 4.000,00 e recebido R$ 2.000,00 de prêmio pela
sua emissão.
IV. Apurou um lucro líquido no semestre de R$ 200.000,00 com a seguinte
destinação: Reserva Legal: R$ 10.000,00; Reserva Estatutária: R$ 20.000,00;
Dividendos Obrigatórios: R$ 50.000,00. O restante do lucro foi retido para
expansão.
O reconhecimento dessas operações aumentou o Patrimônio Líquido da Cia.
Verde & Amarelo, no primeiro semestre de 2013, em
a) R$ 190.000,00.
b) R$ 158.000,00.
c) R$ 222.000,00.
d) R$ 162.000,00
e) R$ 160.000,00.

17- (FCC / TCE-RO - Auditor / 2010) Em relação às variações


patrimoniais decorrentes dos fatos contábeis ocorridos em uma sociedade
anônima de capital aberto, considere:
I. O valor contábil de um terreno de R$ 100.000,00, cujo teste de impairment
indicou valor de mercado de R$ 99.000,00 e valor em uso de R$ 90.000,00,
deve ser ajustado, o que gera variação negativa no patrimônio líquido de R$
10.000,00.

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II. Os custos de transação na aquisição de ações de emissão da própria
empresa geram uma redução na situação patrimonial líquida.
III. O ajuste a valor presente das vendas realizadas no curto prazo, cujo efeito
seja relevante, provoca uma redução no patrimônio líquido.
IV. A distribuição de dividendos por uma empresa controlada gera redução no
patrimônio líquido da investidora.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

18- (FCC / SEFAZ-PI - Auditor Fiscal da Fazenda Estadual / 2015)


Considere as seguintes assertivas em relação às Subvenções e Assistências
Governamentais:
I. Uma subvenção governamental gratuita deve ser reconhecida diretamente
no Patrimônio Líquido.
II. Uma subvenção governamental não gratuita deve ser reconhecida como
receita na demonstração do resultado nos períodos ao longo dos quais a
entidade reconhece os custos relacionados à subvenção que são objeto de
compensação.
III. Caso a subvenção governamental recebida não possa ser distribuída como
dividendos, após ser reconhecida no resultado, deve ser destinada para
Reserva de Incentivos Fiscais.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I, II e III.
c) I, apenas.
d) II, apenas.
e) I e III, apenas.

19- (FCC / MPE-MA - Contador / 2013) Dadas as afirmativas abaixo:


I. Por ser gratuita e não derivar das atividades principais da entidade, a
Subvenção, quando do recebimento, deve ser reconhecida diretamente em
conta do Patrimônio Líquido.

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II. Qualquer que seja o tipo de subvenção ou assistência governamental
recebida pela entidade deve ser creditado diretamente na conta Reserva de
Capital.
III. Se a subvenção ocorrer por doação de imobilizado deve ser registrada
diretamente a crédito da conta de Reserva de Incentivo Fiscal.
Está INCORRETO o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) III, apenas.

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6. Gabarito

1 C 6 D 11 E 16 E
2 E 7 E 12 E 17 C
3 B 8 B 13 A 18 A
4 E 9 C 14 A 19 A
5 A 10 D 15 A

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