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Medo Urbano, Lama

O alarme silencioso alerta


O escuro engole tudo a minha volta
À espreita eu vejo aquela luz branca
ressoando na parede.
A sensação de medo me domina,
De paralisia.
O que eu faço?
Para onde corro?
Estou num cômodo lotado de ideais
E a perseguição é recente e real,
Ela percorre todas as minhas veias
em uma sintonia catastrófica.
Estou arfando
E corro até as janelas,
Bloqueio cada tranca
Escondo cada sentimento.
Ele não vai me pegar.
Tranco a porta do meu quarto
Ainda assustada com a correria instantânea.
O meu maior medo
É que o medo me alcance,
Porém ele já está aqui,
Dentro de mim
Me encurralando
A anos.
Fui pega sem nem pensar
Fui domada,
Dominada
Pelo excesso.
Porque temer
Algo que já enfrento?
O aceito ou o nego
Nesse domínio do Tempo?

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