O escuro engole tudo a minha volta À espreita eu vejo aquela luz branca ressoando na parede. A sensação de medo me domina, De paralisia. O que eu faço? Para onde corro? Estou num cômodo lotado de ideais E a perseguição é recente e real, Ela percorre todas as minhas veias em uma sintonia catastrófica. Estou arfando E corro até as janelas, Bloqueio cada tranca Escondo cada sentimento. Ele não vai me pegar. Tranco a porta do meu quarto Ainda assustada com a correria instantânea. O meu maior medo É que o medo me alcance, Porém ele já está aqui, Dentro de mim Me encurralando A anos. Fui pega sem nem pensar Fui domada, Dominada Pelo excesso. Porque temer Algo que já enfrento? O aceito ou o nego Nesse domínio do Tempo?