ESG

para corporações
Melhores práticas e iniciativas
para a inovação aberta
 01
Sumário Introdução O que é ESG?..................................................................................................5
ao ESG Por que ESG tem ganhado destaque?................................................7
Como surgiu o ESG?...................................................................................8
Iniciativas globais em ESG.......................................................................9

02
Como colocar ESG na prática: exemplos de ações
ESG em prática que empresas podem fazer..................................................................17
O que considerar ao criar uma agenda ESG?..............................21
ESG e Inovação Aberta: como ambos se relacionam?.............22

03
Panorama do ecossistema Panorama das startups ESG no Brasil.............................................24
de inovação e investimentos Exemplos de startups que oferecem
soluções focadas em ESG.....................................................................26
Por que ESG tem relação com investimentos?...........................30
Por que os investidores buscam empresas
com boas práticas em ESG?.................................................................31
Fundos sustentáveis: rentabilidade e volatilidade....................32

04
Iniciativas globais, Tendências e soluções tech para ESG.............................................34
tendências e cases Cases de ESG..............................................................................................36
Como o Distrito está focando em ESG + inovação...................45

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2 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Introdução Por mais que o mercado esteja falando muito sobre
ESG, muitas empresas ainda não sabem o que precisam
para atender às boas práticas ambientais, sociais e de
governança e promover uma transformação na sociedade.
Na visão do Distrito, ESG é a revolução que o mundo
precisa. Por isso lançamos, em junho de 2021, o Movimento
ESG Innovation. Além do evento ESG Tech Lead, que reuniu
grandes nomes do mercado para desenvolver lideranças
corporativas em práticas ESG, promovemos uma série de
conteúdos, relatórios e programas com foco em construir
um ecossistema de valor em torno desse tema.
Um deles é o ESG Digital Hub & Scale, maior ecossistema
ESG do Brasil. Nessa plataforma, conectamos corporações,
startups e investidores com foco em ESG para transformar
o cenário de inovação corporativa de forma mais sustentável
e consciente. Para impulsionar ainda mais essa mudança,
contamos com um programa de aceleração para startups
que aplicam ou têm soluções em ESG.
Este ebook é a materialização dos conceitos, práticas e
inovações que as empresas do presente precisam adotar para
3 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
sobreviverem no futuro. Nele, falamos sobre como tirar ESG
do papel, com exemplos de ações que empresas podem fazer
em cada uma das categorias: ambiental, social e governança.
Trazemos números do principal relatório sobre o mercado
de inovação e startups com foco em ESG no Brasil, o ESG
Inside Report. Com ele, mapeamos 802 startups com
atuação em ESG no país, sendo que 551 delas ajudam
grandes empresas a acelerarem essa transformação. Você
vai descobrir como é a atuação delas e suas soluções.
Depois, falamos sobre as iniciativas globais que ajudam muitas
empresas a pautarem suas agendas ESG. Afinal, esse é um tema
universal e de interesse de todos: empresas, órgãos públicos,
investidores e consumidores. Por fim, apresentamos ações que
o próprio Distrito realiza para transformar a sociedade, como os
programas Mil Devs, Female Scale e Blackups.
Acreditamos que com informação e as conexões certas,
conseguimos alavancar a revolução ESG no Brasil. Junte-se
ao Distrito neste movimento.
Boa leitura!
 Introdução ao ESG

4
 O que é ESG?
Bloco 01
Introdução ao ESG
ESG é a sigla em inglês para as palavras environmental,
social and governance, que, em português, podem ser
traduzidas como “ambiental, social e governança’’.

O termo ESG é usado para indicar que determinada

empresa adota práticas responsáveis, sejam elas em sua
escala produtiva, distributiva ou administrativa, prezando
pelo bem-estar de seus funcionários e de sua comunidade,
protegendo o meio ambiente e ainda garantindo lucro aos
seus acionistas.

Para que a empresa possa arcar com suas responsabilidades

ambientais e sociais, ela precisa estar financeiramente
saudável. Isso faz com que a existência de uma agenda ESG
seja um forte indicador da segurança que a empresa oferece
a seus investidores.

Além disso, a sigla também é utilizada para falar de

investimentos que levam em conta critérios de
sustentabilidade, e não somente índices financeiros. Ou seja,
para aplicar dinheiro em determinado negócio, o investidor
interessado observa também fatores ambientais, sociais e
de governança da empresa.

5 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 01
Introdução ao ESG
Entenda melhor o significado de cada letra que compõe a
sigla ESG:

Environmental (ambiental):
a letra E da sigla diz respeito às práticas da empresa no que
concerne à conservação do meio ambiente. Isso inclui a sua
atuação sobre assuntos como a poluição do ar e da água, o
aquecimento global e a emissão de carbono na atmosfera, o
desmatamento, a escassez da água, dentre outros.

Social:
a letra S tem relação com a maneira como a empresa lida
com as pessoas que fazem parte dela, e também com a
comunidade do seu entorno. Isso inclui proteger os dados
dos clientes, ter uma equipe diversa e engajada e respeitar a
legislação trabalhista vigente.

Governance (governança):
a governança, por sua vez, tem relação com a administração
da empresa, por exemplo, a sua conduta corporativa, a relação
com governos, a existência de um canal de denúncias. Uma
boa governança considera sempre o bem-estar e as
necessidades do coletivo.

6 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Por que ESG tem
Bloco 01
Introdução ao ESG
A sigla ESG tem ganhado destaque entre empresas no
momento em que a sociedade valoriza negócios que

ganhado destaque?
respeitam o meio ambiente, as pessoas e uma boa gestão.
São exigências que refletem o comportamento das novas
gerações, que cada vez mais priorizam o consumo de
marcas transparentes e responsáveis.

Por conta dessas exigências dos consumidores, pesquisas

têm mostrado que negócios que seguem boas práticas
ambientais, sociais e de governança são mais estáveis e
podem trazer mais lucratividade no longo prazo. Isso porque
as empresas que adotam práticas ESG são menos propensas
a se envolverem em escândalos como de corrupção,
compliance, vazamento de dados ou desastres ambientais.

Nesse contexto, investidores e fundos de investimento

também passaram a olhar para esses critérios na hora de
decidirem onde investir. Na prática, os fundos analisam e
classificam as empresas conforme os critérios ESG para
direcionar aportes. Há alguns, inclusive, que só investem em
negócios que adotam as boas práticas. O resultado para os
negócios que apostam nessas boas práticas são positivos
não só na atração de investidores, como também na
percepção que o mercado tem.

7 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Como surgiu o ESG?
Bloco 01
Introdução ao ESG
Apesar de o termo ESG ter se popularizado recentemente, a
preocupação com investimentos em empresas sustentáveis
existe há bastante tempo. O termo Socially Responsible
Investing (SRI ou, em português, investimento sustentável
responsável) surgiu entre as décadas de 1970 e 1980,
quando fundos de investimento passaram a considerar
critérios sociais na tomada de decisão sobre quais empresas
deveriam receber investimentos.

Naquela época, por exemplo, alguns fundos passaram a

vetar investimentos em empresas que tinham negócios na
Africa do Sul, por conta do Apartheid. Foi também na
década de 1970, mais precisamente em 1971, que foi
criado o primeiro fundo de investimento responsável, o
norte-americano Pax Sustainable Allocation Fund Investor
Class (PAXWX), que não investia em empresas que
financiaram a Guerra do Vietnã.

Mais tarde, nos anos 1980, o foco era evitar investimentos

em empresas responsáveis por catástrofes ambientais, como
o Desastre de Bhopal na Índia, no qual toneladas de gases
tóxicos vazaram de fábricas de pesticidas, e o acidente do
navio petroleiro Exxon Valdez, da ExxonMobil, no Alasca, em

8 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 01
Introdução ao ESG
1989. Foi nessa época que negócios começaram a perceber
a importância de reduzir impactos negativos no meio
Dessa forma, os critérios ESG passaram a ser considerados
para tomar decisão sobre investimentos, além de servirem
ambiente para não perderem influência no mercado. como incentivo para as empresas melhorarem sua
performance no longo prazo.
Entre os anos 1990 e 2000, surgiram os primeiros índices
socialmente responsáveis. Um deles é o MSCI KLD 400
Social Index, que foca em investimentos sustentáveis e busca
reduzir investimentos em empresas de armas, cigarros e
álcool. Outro índice do tipo é o Dow Jones Sustainability
Index, criado em 1999 para avaliar a performance de

Iniciativas globais
empresas conforme critérios que mais tarde seriam
chamados de ESG.

A preocupação com investimentos SRI, com o passar do

tempo, foi se fundindo às novas preocupações de
responsabilidade corporativa dos negócios. A sigla ESG
surgiu oficialmente em 2005, no relatório Who Cares Wins
(ou, em português, “ganha quem se importa’’), resultado de
uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nela, instituições financeiras de diversos países, dentre os
quais o Brasil, se reuniram para definir diretrizes de como
considerar questões de meio ambiente, sociais e de
governança em investimentos.
em ESG
No mundo, há uma série de iniciativas globais focadas em
garantir que as empresas sigam práticas mais sustentáveis,
diversas delas promovidas pela Organização das Nações Unidas.
Ao longo deste bloco, você irá entender como funciona cada
um delas, qual a relação com o surgimento do termo ESG,
em 2005, e como elas se relacionam.

9 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 01
Introdução ao ESG

1997 2000 2005 2005

Global Reporting Pacto Global Criação do Princípios para

Initiative (GRI) termo ESG o Investimento
Responsável (PRI)

Organização sem fins
lucrativos que nasceu
com o objetivo de
padronizar os relatórios
de sustentabilidade das
empresas globalmente.
Criado pela ONU, tem como
missão encorajar empresas
a adotarem políticas de
responsabilidade social e
sustentabilidade.
A publicação Who Cares O PRI traz 6 princípios
Wins, que deu orgiem ao voluntários para incorporar
termo ESG, foi realizada os critérios ESG em práticas
pelo Pacto Global em de investimento e foi criado
parceria com o Bando para guiar instituições de
Mundial. acordo com a agenda de
sustentabilidade global.

10 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 01
Introdução ao ESG

2011 2015 2015/2016 2019

Sustainability Agenda 2030 Acordo de Paris IRIS+

Accounting
Standards Boards

A SASB é uma organização
sem fins lucrativos que
promove e divulga dados
sobre a sustentabilidade
corporativa das empresas
para investidores.
Iniciativa da ONU que
apresenta plano de ação
para o desenvolvimento
sustentável ao redor
do mundo.
Tratado mundial que visa a
redução do aquecimento
global. Durante a Conferência
das Nações Unidas sobre as
Mudanças Climáticas de 2015,
aconteceu a negociação do
documento, que foi assinado
em 2016 por vários países.
Sistema de métricas
internacionais focado em
impulsionar investimentos
sustentáveis por meio de uma
plataforma pública e global.

11 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Global Reporting Pacto Global
Bloco 01
Introdução ao ESG

Initiative (GRI)

O Global Reporting Initiative (GRI) é uma organização sem
fins lucrativos criada em 1997 para padronizar os relatórios
de sustentabilidade das empresas globalmente.
Esses documentos são utilizados para auxiliar empresas e
também o governo a mensurar e administrar os impactos que
causam nos âmbitos ambiental, social e de governança,
divulgando-os de maneira transparente. Para isso, o manual
GRI conta com quatro frentes a serem avaliadas: mudanças
climáticas, direitos humanos, governança e bem-estar social.
A ferramenta é interessante para empresas que desejam
ter uma gestão mais sustentável. Considerando os
indicadores unificados pela ONG, os negócios podem
avaliar melhor o impacto de suas operações, além de
definir metas e divulgar o desempenho.
O Pacto Global é uma iniciativa criada pela ONU, em 2000,
com o objetivo de encorajar empresas a adotarem políticas
de responsabilidade social e sustentabilidade. A adesão
é voluntária e o Pacto Global estabelece 10 princípios
universais, que devem guiar as estratégias das empresas que
desejam atender aos direitos humanos, direitos do trabalho,
proteção ambiental e anticorrupção.
Ao aderir ao Pacto Global, o negócio se compromete a apoiá-
los e a submeter um relatório periódico mostrando sua
evolução. Criada em 2000, a iniciativa hoje reúne milhares
de negócios signatários ao redor do mundo.

12 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Princípios para o Investimento Sustainability Accounting
Bloco 01
Introdução ao ESG
Responsável (PRI) Standards Board (SASB)
Criado em 2005 para guiar instituições de acordo com a
agenda de sustentabilidade global, os Princípios para o
Investimento Responsável (PRI) trazem 6 princípios voluntários
para incorporar os critérios ESG em práticas de investimento.
Quem adere à iniciativa se compromete a incorporar temas
ESG em análises de investimento e processos de tomada de
decisão, dentre outros pontos. Atualmente, o PRI tem mais
de 3 mil signatários, com ativos sob gestão que ultrapassam
os 100 trilhões de dólares.
13 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
O intuito da organização sem fins lucrativos Sustainability
Accounting Standards Board (SASB), criada em 2011, é
promover e divulgar dados sobre a sustentabilidade
corporativa das empresas para investidores, tornando os
mercados globais de capital mais eficientes e dialogando de
forma transparente com as empresas.
Para isso, a SASB tem diretrizes para a divulgação dessas
informações. Em termos ESG, os padrões SASB se baseiam
em 26 fatores, divididos em 5 temáticas: Capital Humano,
Capital Social, Liderança e Governança, Modelo de Negócio
e Inovação e Meio Ambiente.
Diferentemente do GRI, que é mais focado no relato dos impactos
para um desenvolvimento sustentável, o SASB é focado em ESG,
já que tem como objetivo priorizar a materialidade e os riscos de
sustentabilidade específicos de cada setor.
 Agenda 2030 Acordo de Paris
Bloco 01
Introdução ao ESG

A Agenda 2030 é mais uma iniciativa da ONU, um plano de
ação para o desenvolvimento sustentável global criado em
2015, em Nova Iorque, na presença de líderes de 193
estados-membros da Organização.
Na ocasião foram definidas 169 metas que devem ser
seguidas pelos estados-membros da ONU. Além disso, as
ações definidas em 2000, nos Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio (ODM), foram substituídas pelos 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS). Dentre eles, estão:
O Acordo de Paris é um tratado mundial cujo objetivo
principal é a redução do aquecimento global. O documento
foi negociado durante a Conferência das Nações Unidas
sobre as Mudanças Climáticas de 2015 e assinado por
diversos países em 2016.
O foco do acordo é reduzir as emissões de gases de efeito
estufa para limitar o aumento da temperatura global, que
deve ficar abaixo de 2 ºC (e de preferência em 1,5 ºC), em
relação aos índices pré-industriais.

• Erradicação da pobreza As nações que fazem parte da Agenda 2030 devem se

• Fome zero e agricultura sustentável comprometer com a promoção de programas e ações
• Saúde e bem-estar para orientar a atuação interna do país, o que inclui a
• Educação de qualidade agenda financeira.
• Igualdade de gênero
• Água potável e saneamento
• Energia limpa e acessível
• Consumo e produção responsáveis
• Redução das desigualdades

14 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 IRIS+ System
Bloco 01
Introdução ao ESG

O IRIS+ é um sistema de métricas internacionais focado em

impulsionar investimentos sustentáveis por meio de uma
plataforma pública de armazenamento e análise de dados de
negócios de impacto.

As fontes ficam sob gestão da ONG Global Impact Investing

Network (GIIN), uma rede de investidores e líderes que
buscam aumentar a escala e a efetividade dos investimentos
de impacto.

Assim como o GRI, o IRIS+ facilita que investidores

traduzam as intenções de impacto e resultados na prática,
ajudando a integrar fatores socioambientais às decisões de
investimento, assim como risco e retorno. Também torna os
dados de impacto comparáveis para orientar investidores a
alcançarem seus objetivos de impacto positivo.

15 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Como colocar ESG em prática
Bloco 02

16
 ESG na prática:
Bloco 02
Como colocar ESG em prática

exemplos de ações que

empresas podem fazer
Não adianta falar em ESG sem que as empresas, de fato, mudem
sua forma de pensar sobre o meio ambiente, a sociedade e a
governança. É a partir dessa mudança de mentalidade que será
possível colocar em prática ações desse tipo.

Se o seu negócio deseja adotar essas práticas, mas você não

sabe como começar, veja algumas iniciativas voltadas para
cada uma das letras que compõem a sigla ESG:

17 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 02
Como colocar ESG em prática
Ambiental
• Desenvolver embalagens recicláveis, ou que utilizem
menos plástico;

• Usar materiais reciclados no escritório e digitalizar o que

for possível para reduzir desperdícios;

• Usar energias limpas e renováveis, que não emitam

poluentes, como a eólica e a solar;

• Negociar com fornecedores que tenham certificações

ambientais;

• Fazer a destinação correta de resíduos e efluentes.

18 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 02
Como colocar ESG em prática

Social
• Possibilitar que mulheres conciliem carreira e maternidade,
criando um ambiente propício para tal;

• Privilegiar o diálogo entre colaboradores e líderes;

• Realizar projetos sociais com a comunidade local;

• Apoiar e realizar programas de inclusão e diversidade;

• Promover ou patrocinar eventos culturais e sociais.

19 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Governança
Bloco 02
Como colocar ESG em prática

• Ter um conselho administrativo que priorize membros que

não são contratados pela empresa;

• Contratar fornecedores e colaboradores terceirizados que

tenham integridade;

• Ter uma hierarquia bem definida, com cargos e funções

determinados;

• Criar políticas claras que garantam a segurança e

integridade de dados pessoais;

• Ter transparência, divulgando as informações que forem de

interesse público.

20 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 O que considerar ao
Bloco 02
Como colocar ESG em prática

criar uma agenda ESG?

Muitas empresas formalizam suas ações de meio ambiente,
impacto social e governança em uma “Agenda ESG”. Dessa
forma, toda a empresa e o mercado têm conhecimento sobre o
que a companhia se compromete a fazer em torno desses temas.
Empresas que desejam criar uma agenda ESG podem se
inspirar na Agenda 2030, plano de ação para o
desenvolvimento sustentável mundial que visa as dimensões
social, ambiental e econômica criado em 2015, com a
participação do Brasil e de outros 192 países integrantes da
Organização das Nações Unidas (ONU).
A Agenda 2030 amplia as metas dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio instituídas em 2000 para os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essa
agenda reúne 17 objetivos e 169 metas a serem seguidos
pelos estados-membros da ONU.
Dentre os objetivos, estão a erradicação da pobreza, fome
zero e agricultura sustentável, saúde e bem-estar, educação
de qualidade, igualdade de gênero, água potável e
saneamento, energia limpa e acessível, consumo e produção
responsáveis e redução das desigualdades.
A Agenda 2030 também propõe o debate de ações contra
mudanças climáticas e estimula parcerias intersetoriais para
que os países atinjam suas metas. Os países participantes
devem incluir a Agenda 2030 em suas agendas de governo e
se comprometerem a realizar ações que orientem a atuação
interna do país, incluindo a agenda financeira.

21 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 ESG e Inovação Aberta:
Bloco 02
Como colocar ESG em prática
As novas exigências do mercado forçam as empresas a se
adaptarem aos padrões ESG. Frente a essa necessidade, os
negócios perceberam que fazer parcerias com startups — por meio
como ambos se relacionam? da chamada inovação aberta — é uma boa forma de se adequar,
mais eficiente e econômica do que criar as próprias soluções.

Isso porque as startups são negócios inovadores que podem

resolver dores específicas das corporações com soluções
existentes. Além disso, investir em inovação aberta com foco em
ESG é estratégico por duas perspectivas:

É mais seguro incorporar uma solução que já foi testada e validada

no ecossistema do que investir em realizar todo esse processo
de transformação sozinho; As empresas podem selecionar
startups que já são referências em cada frente de ESG para
solucionar diferentes “dores” de forma muito mais ágil e eficaz.

As chamadas ESG Techs, startups com atuação em pelo menos uma

das categorias de ESG, estão crescendo graças a essa demanda.
Atualmente são 802 startups com esse foco no Brasil, segundo
dados do ESG Tech Report, relatório lançado pelo Distrito, em maio
de 2021. Os fundos de investimento também estão de olho nesses
negócios. Só em 2019 quase US$ 400 milhões foram investidos em
ESG Techs, volume 15x maior que no ano anterior.

22 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Panorama do ecossistema de inovação e investimentos

Bloco 03

23
 Panorama das startups
Bloco 03
Panorama do ecossistema de inovação e investimentos
Como falamos no tópico sobre inovação aberta, o ESG
ganhou tanta importância que hoje já existem no mercado

ESG no Brasil startups focadas em soluções de ESG, as chamadas ESG

Techs. Só no Brasil, já são 802 negócios desse tipo, conforme
o estudo Inside ESG Tech.

São 30 setores diferentes que compõem as 802 startups.

O setor que predomina em número de startups é o de Água
e Energia, com 144 startups. As soluções variam de gestão
e otimização de energia ou água a geração de energia
limpa, como a energia solar. Entre os outros setores, os
com maior correlação ao tema ESG são: EdTech, FinTech,
MarTech, HRTech, GreenTech, Negócios Sociais, Indústria
4.0, AgTech e Mobilidade.

Não necessariamente essas startups são ESG, mas as soluções

que oferecem, sim. Boa parte das ESG techs também são jovens.
A maior parte delas surgiu entre os anos de 2010 e 2020.

O estudo dividiu essas startups em três categorias:

governança, ambiental e social. Elas têm recebido
investimentos consideráveis, sendo a categoria social a que
mais recebeu aportes.

24 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 03
Panorama do ecossistema de inovação e investimentos
As 272 ESG social techs acumulam 70% do volume
investido até hoje em startups focadas em ESG no país —
que é equivalente a 1 bilhão de dólares na última década.
Esses negócios ajudam empresas e governos a resolverem
questões como erradicação da pobreza, saúde e bem-estar,
igualdade de gênero, dentre outros.
Nas 241 startups que potencializam a governança
corporativa, foi investido aproximadamente 16% do total de
investimentos feitos em ESG techs. Já a categoria ambiental,
com soluções de economia circular, logística reversa e
energia limpa, dentre outras, ficou em terceiro lugar, com
15% do total.
25 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
O boom de investimentos ocorreu em 2019, quando quase
US$ 400 milhões foram investidos em ESG techs, um volume
15 vezes maior que o do ano anterior. No ano de 2020, houve
uma queda de 28% no volume total investido. Mas, ainda assim,
foram 278 milhões de dólares, em 38 deals, em um ano
consideravelmente complicado para a economia global.
Em 2020, os aportes recebidos pela Take (100 milhões de
dólares), Trybe (42 milhões), Cuidas (17 milhões) e Zenklub
(16,5 milhões) tiveram destaque.
Já o volume investido até junho de 2021 corresponde a um
terço do que foi investido no ano de 2020. Os destaques
deste ano ficam para:
Solinftec (AgTech)
captou series B de US$ 60 milhões em meados de fevereiro;
tembici. (mobilidade)
que captou series B de US$ 47 milhões;
Neoway (T.I.)
que também captou um series B de US$ 45 milhões.
 Exemplos de startups
Bloco 03
Panorama do ecossistema de inovação e investimentos

que oferecem soluções

focadas em ESG
A seguir, conheça startups focadas nas diferentes categorias
que compõem o ESG — ambiental, social e governança.

26 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 03
Panorama do ecossistema de inovação e investimentos
A Moss.Earth é uma startup focada em reduzir o impacto
das empresas no meio ambiente, encaixando-se, portanto,
na categoria ambiental.
Funciona assim: grandes empresas podem compensar o
impacto ambiental negativo causado pelas suas atividades
por meio da compra de créditos no valor necessário para
neutralizar os danos. Essa compra é feita por meio do token
de crédito de carbono disponibilizado pela Moss. O valor
pago pelos créditos é, então, investido em programas de
conservação da floresta amazônica.
Fundada em 2020, a startup já recebeu 3,4 milhões de dólares
em investimentos e atualmente conta com 47 funcionários.
27 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
Também na categoria ambiental, temos a Trashin, uma
cleantech fundada em 2018 com o objetivo de promover a
coleta seletiva e a gestão completa de resíduos até o
descarte. Para isso, a startup conecta geradores de resíduos,
cooperativas de reciclagem e a indústria de beneficiamento
e transformação.
Além de soluções voltadas para empresas, a Trashin oferta
cursos de logística reversa para auxiliar negócios a baterem
suas metas de logística e obterem créditos de reciclagem.
Também oferece material reciclável como matéria-prima
para os negócios interessados, beneficiando o resíduo e
reduzindo custos operacionais. Entre os clientes, estão
Unilever, Itaú e ESPM.
Contando atualmente com 19 funcionários, a startup
recebeu mais de um milhão de reais em investimentos.
Bloco 03
Panorama do ecossistema de inovação e investimentos
A Zenklub é uma plataforma de serviços de bem-estar e
saúde emocional voltada para colaboradores das empresas.
O objetivo é conectar psicólogos e possíveis pacientes
usando tecnologia e dados para dar o “match”. O app
também tem conteúdos educativos, guias, dicas e exercícios
para os usuários.
Com foco em auxiliar na criação de uma cultura
organizacional forte e respeitosa, a startup se encaixa na
categoria social. Criada em 2016, conta atualmente com
265 funcionários e acumula 11,9 milhões de dólares em
investimentos recebidos.
28 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
Também na categoria social, a Opinion Box foca em soluções
de pesquisa de mercado, ajudando empresas a entenderem
seus clientes para melhorarem seus negócios e gerar valor
para o público.
A ideia é melhorar o relacionamento entre empresas e
consumidores, criando um canal de atendimento simples e
eficiente para compreender a necessidade de quem usa seus
produtos ou serviços.
Atualmente, atende clientes como LinkedIn, Faber-Castell
e PayPal.
Bloco 03
Panorama do ecossistema de inovação e investimentos
Auxiliar pessoas com deficiência (PCD) a adentrarem o
mercado de trabalho e as empresas a cumprirem a lei de
cotas com recrutamentos assertivos é o objetivo da
Egalitê, startup criada em 2009 e que conta atualmente
com 10 funcionários.
A solução desenvolvida é uma plataforma que torna a área de
Recursos Humanos para PCD mais inteligente,
automatizando e digitalizando processos. Por estimular a
diversidade no quadro de funcionários das empresas, a
Egalitê se encaixa na categoria de governança das ESG techs.
29 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
Ainda dentro da categoria governança, a Ecotrace é focada
na rastreabilidade de investimentos ao longo da cadeia
produtiva do agronegócio.
Usando a tecnologia blockchain, a startup viabiliza o
gerenciamento das fases de transformação do produto e a
verificação de informações de forma independente. A coleta e o
armazenamento dos dados garantem segurança e transparência
do produtor até o consumidor, já que a tecnologia impede a
adulteração dos dados, evitando falsificações.
Atualmente, a startup conta com 18 funcionários, tendo
recebido mais de 5 milhões de reais em investimentos.
 Por que ESG
Bloco 03
Panorama do ecossistema de inovação e investimentos

tem relação com

investimentos?
Como falamos no início do ebook, investidores têm se envolvido
cada vez mais com os chamados investimentos responsáveis,
impulsionados pelas novas exigências dos consumidores sobre
questões como mudanças climáticas e diversidade.
De acordo com a Global Sustainable Investment Alliance, mais
de 30 trilhões de dólares em ativos sob gestão são
gerenciados por fundos que definiram estratégias
sustentáveis. O continente europeu lidera a corrida, seguido
por Estados Unidos, Japão, Canadá e Nova Zelândia.
Outro dado que comprova essa tendência de movimentação dos
investidores para portfólios que atendam aos princípios ESG é o
aumento no número de signatários do PRI, que mencionamos
anteriormente. Desde 2006, o número mais do que dobrou.
No Brasil, o assunto tem ganhado popularidade, embora o
mercado ainda seja tímido em comparação com outros
países. O Brasil conta com 62 signatários do PRI, por
exemplo, o que representa cerca de 2% do total de
signatários ao redor do mundo. O caminho ainda é longo,
mas já é possível ver avanços na direção certa.
Dados como esses mostram uma relação clara entre
investimentos e ESG. Cada vez mais os investidores
colocam esses fatores como decisivos na hora de decidir
onde alocar recursos.

30 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Por que os investidores
Bloco 03
Panorama do ecossistema de inovação e investimentos

buscam empresas com

boas práticas em ESG?
Os dados mostram que os investidores cada vez mais levam
em consideração questões ambientais, sociais e de
governança em suas decisões de investimento. Mas por que
isso acontece?
Um motivo é que empresas alinhadas aos princípios ESG
podem ser mais rentáveis em comparação com aquelas sem
uma agenda definida, tanto no Brasil como no mundo. Não
são decisões meramente éticas, mas também baseadas na
crença de que empresas podem não prosperar caso não se
comprometam com práticas ESG.
Há diversos estudos que buscam entender se índices ou
portfólios compostos por empresas que seguem os
princípios ESG são mais rentáveis ou não. Um levantamento
feito pelo PRI, por exemplo, mostrou que, entre os cerca de
2 mil estudos sobre o assunto, 63% concluem que há
correlação entre critérios ESF e retorno.
Assim, o retorno financeiro é uma das razões pelas quais os
investidores têm escolhido negócios sustentáveis.
Outro fator que já mencionamos é a mudança no
comportamento dos consumidores, que são cada vez mais
criteriosos, preferindo consumir de negócios que se
preocupam, por exemplo, com o meio ambiente. Ao mesmo
tempo, essa exigência da sociedade civil impacta em
regulamentações, com os governos estabelecendo metas
relacionadas às questões ESG.

31 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Fundos sustentáveis:
Bloco 03
Panorama do ecossistema de inovação e investimentos
rentabilidade e volatilidade
É possível observar também que os fundos sustentáveis têm
maior rentabilidade. Isso pode ser percebido, por exemplo,
com os dados do Índice de Sustentabilidade Empresarial
(ISE), que busca ser o indicador do desempenho médio das
cotações dos ativos de empresas comprometidas com
práticas sustentáveis.
Considerado o primeiro índice de sustentabilidade
corporativa no Brasil e o quarto no mundo, o ISE foi
criado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da
FHV (Gvces), em parceria com a B3, como uma
ferramenta para analisar a performance das empresas
listadas na bolsa, considerando sua sustentabilidade em
critérios como eficiência econômica, equilíbrio ambiental,
justiça social e governança.
32 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
São convidadas as empresas emissoras dos 200 papéis mais
líquidos da B3 e o ISE seleciona até 40 delas para compor sua
carteira, considerando liquidez e adoção de práticas sustentáveis.
Para participar, os negócios precisam responder um questionário
detalhado e entregar documentos comprobatórios.
Segundo o levantamento realizado com empresas
participantes do ISE, 93% delas possuem processos de
integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
às suas estratégias, metas e resultados, demonstrando
correlação entre liquidez e sustentabilidade.
Desde 2005 até março de 2021, o ISE teve rentabilidade de
mais de +300%, contra +265,43% do Ibovespa. O índice
também se mostrou menos volátil, com 25,62% em relação a
28,10%, conforme dados de novembro de 2020.
 Iniciativas globais, tendências e cases
Bloco 04

33
 Tendências e soluções
Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases

tech para ESG

Algumas questões que têm relação com ESG, como
segurança de dados, futuro do trabalho e saúde mental,
estão sendo bastante discutidas atualmente. São dores
enfrentadas pelas empresas. Ao mesmo tempo, surgem ESG
techs focadas em criar soluções que deem conta dessas
dificuldades de forma mais prática e eficaz.

A seguir, veja algumas dessas tendências e como as ESG

techs estão trabalhando para resolvê-las:

34 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases Ataques cibernéticos
De acordo com um estudo da Fortinet, em 2020, foram mais de
8 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos só no Brasil. O
mais preocupante é o alto grau de sofisticação desses ataques,
já que os criminosos usam tecnologias avançadas como big data
e inteligência artificial para realizá-los.
Por isso, a expectativa é de que aumentem as startups
brasileiras que oferecem soluções de segurança cibernética.
Conforme mapeamento do Distrito Dataminer, apenas a
subcategoria de ESG techs focada em soluções de segurança
e antifraude para outras empresas recebeu mais de 46
milhões de dólares em investimentos nos últimos anos —
50% deles nos últimos 3 anos.
35 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
Futuro do trabalho
e saúde mental
A pandemia causada pelo novo coronavírus fez com que o
futuro do trabalho chegasse antes do esperado. O McKinsey
Global Institute (MGI) estima que 20% da força de trabalho
global pode trabalhar a maior parte do tempo fora do
escritório, e com o mesmo nível de eficiência.
Porém, isso também pode impactar na saúde mental dos
colaboradores, já que trabalhar de casa, por exemplo, torna
mais difícil a separação entre trabalho e vida pessoal. A falta
de contato social também pode contribuir para a piora nos
índices de depressão e ansiedade.
Por isso, a preocupação das empresas em dar suporte aos
colaboradores está aumentando. Não à toa o mapeamento do
Distrito Dataminer apontou que a subcategoria de ESG techs
que recebeu maior volume de investimentos foi a de
colaboradores, com mais de 475 milhões de dólares investidos.
 Cases de ESG
Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases

36 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
É comum que empresas que têm sucesso na aplicação de
ESG possuam uma área de sustentabilidade ligada à alta
diretoria. É o caso da Via (anteriormente Via Varejo), dona
de marcas como Casas Bahia e Ponto.

O tema ESG sempre esteve presente na empresa, mesmo

antes de essas iniciativas terem esse nome. Desde sua
fundação a empresa busca fortalecer as comunidades em
que atua, promovendo, por exemplo, geração de trabalho e
renda para jovens e microempreendedores.

Com a nova administração, que assumiu a empresa em 2019,

essa agenda foi priorizada e ficou ainda mais evidente. Um dos
primeiros movimentos foi deixar a área com atuação transversal,
de modo que possa permear todas as áreas da empresa.

Na Via, a sustentabilidade deve ser percebida pelos stakeholders

em qualquer experiência que tiverem com as marcas que
integram o grupo. Por isso, além do envolvimento da liderança
e de um plano estruturado, a empresa investe em incluir as boas
práticas de ESG na cultura da empresa, para que os colaboradores
de todos os níveis percebam o valor da sustentabilidade e
sejam os principais protagonistas da transformação.

37 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
Confira as iniciativas da Via nas frentes ambiental e social:
No aspecto ambiental, a Via tem 3 pilares de atuação:
energia renovável, economia circular e de baixo carbono.
38 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
Até 2025, o objetivo é que 90% da energia adquirida para
as operações da Via sejam de fontes limpas e renováveis;
A empresa possui o programa Reviva, responsável pela
reciclagem de resíduos das operações de toda a empresa.
Somente em 2020, foram enviadas mais de 5 mil
toneladas de materiais recicláveis para 11 cooperativas
parceiras, contribuindo para a geração de renda de 250
famílias, além de reduzir o impacto ambiental;
Possui o maior programa de coletores de eletroeletrônicos
do varejo, com 400 pontos de coleta, e em 2020 encaminhou
3 toneladas de materiais para o descarte correto;
A companhia aumentou a integração da sua malha
logística, agilizando as entregas para o consumidor,
reduzindo custos e gerando menos emissões. Em abril
de 2021, foram incluídos 10 veículos elétricos na frota
logística da empresa.
Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
No aspecto social, além do trabalho com a Fundação Casas Bahia,
que em 2020 beneficiou mais de 400 mil pessoas diretamente,
Movimento Mulher 360 – Instituto Ethos

a Via destaca sua atuação com diversidade e inclusão.

Além dos treinamentos e das campanhas de sensibilização
para os colaboradores, a empresa intensificou os grupos
de afinidades: Baobá (equidade racial), Via Prisma
(LGBQTIA+), Talentos sem Limites (pessoas com
deficiência) e Viabiliza (gênero).
Coalizão Empresarial para Equidade Racial e de Gênero
Instituto Ethos, Centro de Estudos das Relações de Trabalho
e Desigualdades (CEERT) e Institute for Human Rights and
Business (IHRB), com apoio do Movimento Mulher 360 e do
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

Como meta, até 2025, o objetivo da Via é ter 42% de mulheres Fórum de Empresas e Direitos LGBT
e 45% de negros em cargos de liderança (gerentes e acima).
Além disso, a companhia é signatária de diversos apoios e
compromissos voluntários: Princípios de Empoderamento das Mulheres
WEPs – ONU Mulheres

Coalizão Empresarial de Luta pelo Fim da Violência contra

Mulheres e Meninas – Avon, ONU e Fundação Dom Cabral

Manifesto Seja Antirracista e Selo Sim à Igualdade Racial

Instituto Identidades do Brasil (ID_BR)

39 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
A agenda de sustentabilidade já existe há tempos no banco BV,
mas, recentemente, deu mais um passo na evolução do tema.

A instituição financeira reviu seu propósito, aspiração de

sustentabilidade e pilares de atuação, um trabalho que incluiu
pesquisas com stakeholders externos, formadores de opinião
e colaboradores, análise das principais tendências ESG do
mercado, benchmark com empresas do setor financeiro
nacionais e internacionais e uma imersão nos Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Desse trabalho, surgiu a nova aspiração de sustentabilidade

do banco, que é fomentar o desenvolvimento social por meio
de uma atuação sustentável de seu ecossistema. Para isso,
foram definidos quatro pilares de atuação:

• Neutralizar o impacto ambiental

• Acelerar a inclusão social interna e externamente
• Multiplicar e humanizar o conhecimento financeiro
• Mobilizar recursos para fomentar negócios sustentáveis

Estas são algumas iniciativas do BV nas frentes ambiental,

social e de governança:

40 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Ambiental
Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
Estabeleceu o compromisso público de compensação
de 100% do CO2 da carteira de veículos financiados a
partir de 2021;
É banco Carbono Neutro, compensando as emissões
diretas e indiretas a partir do inventário dos gases de
efeito estufa do banco;
Foi o primeiro banco privado brasileiro a emitir um
título verde;
Criou uma nova linha de crédito para veículos
híbridos, com taxas diferenciadas.
41 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
Social
Destinou mais de R$ 30 milhões ao combate da
covid-19, apoiando projetos de infraestrutura
hospitalar e atendimento a famílias vulneráveis;
Apoia o Programa Parceria pela educação do
Instituto Votorantim, que dá suporte a mais de 1900
escolas em 75 cidades no Brasil;
Criou a plataforma de esportes BV, que atua no
desenvolvimento e aceleração de projetos sociais
através do esporte, impactando mais de 1.800 crianças;
Apoia o Pacto pelo Esporte;
Apoia 28 projetos sociais através de leis de incentivo;
Visando a diversidade, criou um programa de estágio
voltado apenas para pessoas do gênero feminino e,
para menor aprendiz, apenas negros.
 Governança
Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
A empresa ainda tem compromissos públicos a serem atingidos
até 2030, com metas que serão revistas a cada dois anos:

Inseriu a agenda ESG integrada ao Financiar e distribuir R$ 80 bilhões para negócios ESG;
Planejamento Estratégico;
Continuar compensando 100% das emissões diretas de
Criou metas ESG para executivos; gases causadores do efeito estufa, como faz desde 2019;

Tem um comitê Sustentabilidade; Neutralizar 100% das emissões de CO2 do

financiamento de veículos;
Continuam como signatários do PRI e
Princípios do Equador; Atingir 50% de cargos de liderança ocupados por
pessoas que se identifiquem com o gênero feminino;
No final de 2020 tornaram-se signatários do Pacto
Global, da ONU. Garantir a participação de pelo menos 35% de negros
no quadro de colaboradores.

42 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
Na Engeform, o trinômio responsabilidade social, ambiental
e governança já vem sendo trabalhado há alguns anos.
Os princípios e valores da empresa de engenharia são
consolidados e se refletem em sua atuação, levando-a a realizar
um trabalho mais efetivo dentro dos pilares do ESG. Para isso,
foi estruturado um comitê para coordenar a agenda ESG, com a
liderança do diretor-superintendente, André Abucham.

Com quase 45 anos de história, a Engeform impulsiona

ações para um mundo mais sustentável e consciente, por
meio de obras de saúde, saneamento e infraestrutura, bem
como a mobilização para ações sociais, como a doação de
cestas básicas, construção e gestão de edifícios Green
Buildings e concepção e operação de parques eólicos.

Atentos aos movimentos que a sociedade e o mundo vêm

passando, a Engeform, valoriza a busca e incentivo por
soluções inovadoras e inteligentes, que ajudam a cumprir
com o princípio de que “tudo que merece ser feito, merece
ser bem feito”. A empresa trabalha com ações em suas
três frentes de negócio (Engenharia, Desenvolvimento
Imobiliário e Energia Renovável), implantando práticas
inovadoras nos três pilares de ESG. Confira suas iniciativas:

43 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Ambiental Social
Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
Atuação em consórcio no Principal mantenedora da Associação Beneficente
Programa Novo Rio Pinheiros; Santa Fé, entidade que abriga crianças, adolescentes e
mães vítimas de abusos e maus tratos;
Construção e gestão de edifícios Green Buildings e
concepção e operação de parques eólicos, incluindo Jatobá Programa Construir e Aprender: alfabetização de
Green Building, 2º Green Building certificado do Brasil; adultos nos canteiros da obra;

Engeform Energias Renováveis, frente de negócio Patrocínio das obras da artista plástica Amélia Toledo
voltada para a geração de energia limpa e renovável; em praças públicas de São Paulo.

Governança

Criação do departamento de Gestão do

Conhecimento e Inovação, responsável por incentivar
a inovação com iniciativas internas;

Projeto Engenheirar, com o objetivo de despertar

a cultura inovadora do time, trazendo resultados a
curto, médio e longo prazo, e externos, com parcerias
estratégicas e conexões com startups.

44 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 Como o Distrito
Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases

está focando em
ESG + inovação

45 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
A disrupção está no nosso core, portanto é natural que o
Distrito faça parte dessa mudança de mindset que está
Como o Distrito vê o ESG no ecossistema de inovação aberta:

ocorrendo no nosso mercado. Mais do que isso, como a Oportunidade de negócio para as corporações contribuírem
maior plataforma de inovação aberta data-driven do Brasil, com a sociedade;
conseguimos impulsionar esse movimento, conectando startups
que têm as melhores soluções ESG para ajudar as empresas a Tendência cada vez mais exigida pelos consumidores
atingirem melhores índices. contemporâneos;

Com as corporações, seguindo o nosso conceito de inovação
aberta, as iniciativas ESG podem ser feitas colaborativamente
com startups e outros parceiros. Além disso, realizando mais
ações com esse foco, as grandes empresas podem influenciar
todo o mercado.
Nesse sentido, o Distrito se destaca por ter uma base com mais de
14 mil startups mapeadas e, com isso, poder identificar aquelas
com maior potencial de desenvolvimento de soluções para grandes
empresas, as chamadas ESG Techs.
É claro que as nossas startups residentes também têm um
grande papel nesse processo, uma vez que negócios inovadores
são capazes de criar iniciativas de alto impacto. Quanto mais
fomentamos nosso ecossistema, mais contribuímos com o
aprimoramento de soluções ESG feitas por startups.
Outros players e o mercado como um todo observam as
ações e comprometimento da empresa com questões
ambientais, sociais e de governança;
O processo de estabelecer uma agenda ESG pode ser
complexo, mas é de extrema importância e não deve ser
deixado em segundo plano;
Capitalismo Consciente exige novas boas práticas;
Preocupação crescente de empresas e investidores em atuar
ou investir em negócios (business) que sejam sustentáveis;
Iniciativas do Distrito para apoio e fomento do ESG no
ecossistema de inovação.

46 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
Aqui no Distrito, temos uma série de projetos relacionados à
ESG. Abaixo, você conhece cada um deles:
ESG Innovation: o ESG Innovation é o nosso movimento
para ajudar empresas a se adequarem dentro da agenda de
governança sustentável ou acionarem instituições que
saibam suprir essa necessidade. Ele inclui projetos como o
Inside ESG Report, o ESG Digital Hub, o ESG Scale e o ESG
Tech Lead, que detalhamos a seguir:
Inside ESG Report: o Inside ESG Report é um relatório que
apresenta um mapeamento de startups que oferecem
soluções tecnológicas em ESG no Brasil. O objetivo é guiar
executivos, empreendedores e investidores que buscam
oportunidades na transformação social que adotar uma
agenda ESG pode trazer ao mercado e à sociedade.
ESG Scale: o ESG Scale é feito pelo Distrito em parceria com
a Darwin Startups. Consiste em um programa de aceleração
para negócios inovadores que aplicam ou têm soluções ESG
no país. O programa busca selecionar startups com maior
potencial para receberem um treinamento com a ajuda de
experts. O objetivo é que se desenvolvam e possam fechar
parcerias com as corporações participantes, ou até que
recebam investimentos.
ESG Tech Lead 2021: o ESG Tech Lead é uma jornada de
aprendizagem executiva para promover lideranças em
práticas ESG. Serão dois dias de encontro com experts do
mercado, nos dias 7 e 8 de julho de 2021.

ESG Digital Hub: o ESG Digital Hub é uma plataforma de

inovação aberta que conecta empresas, startups e
investidores para transformar o sistema econômico,
tornando-o mais sustentável para as pessoas e o planeta.
Também inclui um banco de dados sobre o mercado de
inovação e startups em ESG

47 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

Bloco 04
Iniciativas globais, tendências e cases
Além das iniciativas anteriores, focadas especificamente em
ESG, o Distrito realiza e apoia outras ações com foco em
inovação e inclusão social e de trabalho, como:
Bolsa para startups fundadas por mulheres e pessoas pretas:
como forma de incentivar o empreendedorismo feminino no
Brasil, toda startup fundada por mulheres e pessoas pretas
tem direito a receber nossa bolsa de incentivo ao programa
Distrito for Startups, de forma totalmente gratuita e sem
necessidade de seleção prévia.
Workshops de Empregabilidade LGBTQIA+: palestras
onlines que são destinadas a pessoas LGBTQIA+ que estão
em busca de melhorar suas habilidades a fim de conquistar
uma vaga de emprego e, consequentemente, sua
emancipação financeira.
Avante: programa de imersão online e gratuito para
estudantes universitários, graduandos e pós-graduandos,
de qualquer curso e região do Brasil. O objetivo é apoiar os
jovens brasileiros a desenvolver uma ideia ou
profissionalizar um projeto até a concretização de uma
nova startup no mercado.
48 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta
1000Devs: o 1000Devs é um programa feito em parceria
com a Johnson & Johnson Medical Devices, focado em criar
condições para que jovens em situação de vulnerabilidade
superem as barreiras sociais que os impedem de ingressar no
mercado de trabalho. O foco é selecionar estudantes do
ensino médio, que farão um treinamento em desenvolvimento
de software oferecido pela startup mesttra. Serão 5 meses de
aulas diárias com 3h de duração. A seleção será feita levando
em conta fatores como diversidade e inclusão.
Female Scale: o Female Scale é um programa de aceleração
que tem o objetivo de transformar, capacitar e conectar
mulheres empreendedoras ao ecossistema de inovação e
tecnologia. O objetivo é desenvolver startups fundadas ou
cofundadas por mulheres para que passem da fase de
operação para a de crescimento acelerado (scale-up).
Female Founders Report: o estudo é fruto do trabalho
conjunto de Distrito, Endeavor e B2Mamy e surgiu com o
objetivo de responder às muitas dúvidas acerca do estado
do empreendedorismo feminino no país. O estudo tem como
objetivo entender os impactos da desigualdade de gênero
dentro das startups brasileiras.
Conclusão O objetivo desse material foi contextualizar o que é ESG,
explicar como essa sigla surgiu e trazer um panorama das
iniciativas internacionais e nacionais, tanto de acordos
quanto de investimentos e startups.

Da parte das empresas, ainda há muito a ser feito em termos

de ESG. Porém, a preocupação dos investidores e
consumidores com questões ambientais, sociais e de
governança já tem impulsionado mudanças entre os
negócios, seja por se alinharem aos princípios ESG, seja por
entenderem que atrair capital requer cada vez mais seguir
esses critérios.

Esperamos que as informações apresentadas no ebook

abram seus olhos para as possibilidades de transformação e
inovação trazidas pelo ESG.

Bom trabalho!

49 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta

 ESG:
a revolução que o mundo precisa
já começou, não fique de fora.

50 ESG para corporações: melhores práticas e iniciativas para a inovação aberta