Você está na página 1de 28

!

Lorem&Ipsum&

Fundamentos+de+
Telecomunicaçãos+

Prof.:(Rodinei(Cesar(Pontelli(
Sérei:(1(Semestre(

Módulo(A,(47(Horas(

!!
Sumário

2.1  Meios  físicos  para  redes  ....................................................................................  1  


2.1  Meios  em  Cobre    ...........................................................................................................................  1  
2.1.1  Átomos  e  Elétrons    ...................................................................................................................  2  
2.1.2  Voltagem    .....................................................................................................................................  3  
2.1.3  Resistência  e  Impedância    ....................................................................................................  3  
2.1.4  Corrente    ......................................................................................................................................  5  
2.1.5  Circuitos    ......................................................................................................................................  5  
2.1.6  Especificações  de  Cabos    .......................................................................................................  7  
2.1.7  Cabo  Coaxial    ..............................................................................................................................  7  
2.1.8  Cabo  STP    .....................................................................................................................................  8  
2.1.9  Cabo  UTP    .....................................................................................................................................  9  
2.2  Meios  Ópticos    ..................................................................................................  9  
2.2  Meio  Ópticos    ..............................................................................................................................  10  
2.2.1  O  Espectro  Eletromagnético    ............................................................................................  11  
2.2.2  A  Teoria  de  Raios  de  Luz    ...................................................................................................  12  
2.2.3  Reflexão    ....................................................................................................................................  13  
2.2.4  Refração    ...................................................................................................................................  13  
2.2.5  Reflexão  Interna  Total    ........................................................................................................  14  
2.2.6  Fibra  Multimodo    ...................................................................................................................  14  
2.2.7  Fibra  Monomodo    ..................................................................................................................  16  
2.2.8  Outros  componentes  ópticos    ..........................................................................................  16  
2.2.9  Sinais  e  Ruídos  em  Fibras  Ópticas    ................................................................................  17  
2.2.10  Instalação,  Cuidados  e  Testes  de  Fibras  Ópticas    ..................................................  18  
2.3  Meios  Sem-­‐fio    ................................................................................................  20  
2.3.1  Padrões  e  Organizações  de  Redes  Locais  Sem-­‐fio    ..................................................  20  
2.3.2  Topologias  e  Dispositivos  Sem-­‐fio    ................................................................................  20  
2.3.3  Como  as  Redes  Locais  Sem-­‐fio  se  Comunicam    ........................................................  21  
2.3.4  Autenticação  e  associação    ................................................................................................  22  
2.3.5  Os  espectros  de  radiofreqüência  e  de  microondas    ................................................  23  
2.3.6  Sinais  e  ruído  em  uma  WLAN    .........................................................................................  23  
2.3.7  Segurança  para  Sem-­‐fio    .....................................................................................................  24  
 
 
   
 
2.  Meios  Físicos  para  Rede  

Visão  geral  

2.1  Meio  Físico  em  cobre  

Cabos de cobre são usados em quase todas as redes locais. Estão disponíveis vários diferentes tipos de
cabos de cobre, cada tipo tem suas vantagens e desvantagens. Uma seleção cuidadosa de cabeamento é a
chave para uma operação eficiente de redes. Já que o cobre transporta informações usando corrente elétrica, é
importante entender alguns conceitos básicos de eletricidade quando se planeja a instalação de uma rede.

A fibra óptica é o meio mais freqüentemente usado para as transmissões ponto-a-ponto a grandes
distâncias e com alta largura de banda necessárias para backbones das redes locais e em WANs. Usando um
meio óptico, usa-se luz para transmitir dados através de uma fibra fina de vidro ou plástico. Os sinais elétricos
fazem com que o trasmissor de fibra óptica gere os sinais de luz que são enviados através da fibra. O host
receptor recebe os sinais de luz e os converte em sinais elétricos na extremidade mais distante da fibra. No
entanto, não existe eletricidade no próprio cabo de fibra óptica. Aliás, o vidro usado no cabo de fibra ópica é um
isolante muito bom.

A conectividade física permitiu um aumento na produtividade tornando possível o compartilhamento de


impressoras, servidores e software. Os sistemas de redes tradicionais exigem que as estações de trabalho
permaneçam estacionárias permitindo movimentação apenas dentro dos limites dos meios e da área de
escritórios.

A apresentação de tecnologia sem fio elimina essas restrições e oferece uma portabilidade verdadeira ao
mundo da computação. Atualmente, a tecnologia sem fio não fornece transferências a alta velocidade, segurança
ou confiabilidade no tempo de atividade nas redes cabeadas. Portanto, a flexibilidade da tecnologia sem fio
justifica o sacrifício.

Os administradores freqüentemente consideram a tecnologia sem fio ao instalarem uma nova rede ou
quando atualizam uma rede existente. Uma simples rede sem fio poderia funcionar dentro de apenas alguns
minutos após as estações de trabalho serem ligadas. A conectividade à Internet é possível através de uma
conexão em fios, roteador, cabo ou modem DSL e um ponto de acesso sem fio que age como um hub para os nós
sem fio. Em um ambiente residencial ou pequeno escritório, estes dispositivos podem ser combinados em uma
única unidade.

Os alunos, ao concluírem esta lição, deverão poder:

• Examinar as propriedades elétricas de matéria.


• Definir voltagem, resistência, impedância, corrente e circuitos.
• Descrever as especificações e desempenho dos diferentes tipos de cabos.
• Descrever o cabo coaxial e suas vantagens e desvantagens sobre outros tipos de cabos.
• Descrever cabos de par trançado blindado (STP) e suas utilizações.
• Descrever cabos de par trançado não blindado (UTP) e suas utilizações.
• Examinar as características dos cabos direto, cruzado e rollover e onde cada um é usado.
• Explicar os conceitos básicos do cabo de fibra óptica.
• Descrever como as fibras podem guiar a luz para longas distâncias.
• Descrever fibra multimodo e monomodo.
• Descrever como as fibras são instaladas.
• Descrever o tipo de conectores e equipamento usado com cabos de fibra óptica.

1  
 
   
 
• Explicar como são testadas as fibras para garantir que funcionarão corretamente.
• Examine as questões de segurança que tratam de fibras ópticas.

2.1.1  Átomos  e  elétrons  

Toda matéria é composta de átomos. A Tabela Periódica dos Elementos lista todos os tipos conhecidos de
átomos e suas propriedades. O átomo é constituído de:

• Elétrons – Partículas que têm uma carga negativa e ficam em órbita em torno do núcleo
• Prótons – Partículas com uma carga positiva
• Nêutrons – Partículas sem carga (neutro)

Os prótons e nêutrons são combinados em um pequeno grupo chamado núcleo.

Para ajudá-lo a entender as propriedades elétricas dos elementos/materiais, localize o hélio (He) na tabela
periódica. Hélio tem um número atômico de 2, o que significa que tem 2 prótons e 2 elétrons. Tem um peso
atômico de 4. Subtraindo-se o número atômico (2) do peso atômico (4), você vai saber que o hélio também tem 2
nêutrons .

O físico dinamarquês Niels Bohr desenvolveu um modelo simplificado para ilustrar os átomos. Esta
ilustração mostra o modelo para o átomo de hélio. Se os prótons e nêutrons deste átomo tivessem o tamanho
adulto de uma bola de futebol (#5), no meio de um campo de futebol, a única coisa menor que a bola seriam os
elétrons. Os elétrons seriam do tamanho de cerejas e ficariam em órbita próximos aos assentos periféricos do
estádio. Em outras palavras, o volume total deste átomo, inclusive o caminho do elétron, seria mais ou menos do
tamanho do estádio. O núcleo do átomo onde existem os prótons e nêutrons seria do tamanho da bola de futebol.

Uma das leis da natureza, chamada Lei da Força Elétrica de Coulomb, estabelece que cargas opostas
reagem entre si com uma força que as leva a se atraírem. Cargas semelhantes reagem entre si com uma força
que as leva a se repelirem. No caso de cargas opostas ou idênticas, a força aumenta na medida em que as cargas
se aproximam. A força é inversamente proporcional ao quadrado da distância de separação. Quando as partículas
se aproximam muito, a energia nuclear sobrepuja a força elétrica de repulsão e mantém a coesão do núcleo. Isto
explica porque o núcleo não se desintegra.

Examine o modelo de Bohr do átomo de hélio. Se a lei de Coulomb é verdadeira, e se o modelo de Bohr
descreve os átomos de hélio como estáveis, então deve haver outras leis da natureza em ação. Como ambos
podem estar certos?

• Lei de Coulomb – Cargas opostas se atraem e cargas iguais se repelem.


• Modelo de Bohr – Prótons são cargas positivas e elétrons são cargas negativas. Há mais de 1 próton
no núcleo.

2  
 
   
 
Os elétrons permanecem em órbita, mesmo que os prótons atraem os elétrons. Os elétrons têm
velocidade o suficiente para orbitarem e não serem atraídos para o núcleo, da mesma forma que a lua gira ao
redor da Terra.

Os prótons não se afastam um do outro por causa de uma energia nuclear associada aos nêutrons. A
energia nuclear é uma força incrivelmente potente que age como um tipo de cola para manter os prótons juntos.

Os prótons e nêutrons são ligados por uma força muito potente. No entanto, os elétrons são ligados à sua
órbita ao redor do núcleo por uma força mais fraca. Os elétrons em certos átomos, tais como de metais, podem
ser liberados do átomo e postos a fluir. Este mar de elétrons, levemente ligados aos átomos, é o que torna
possível a eletricidade. A eletricidade é um fluxo livre de elétrons.

Os elétrons desprendidos que permanecem em um lugar, sem movimento e com carga negativa, são
chamados eletricidade estática. Se esses elétrons estáticos tiverem a oportunidade de passar para um condutor,
isso pode gerar uma descarga eletrostática (ESD). O estudo de condutores virá mais adiante neste capítulo.

Apesar de que o ESD é geralmente inofensivo às pessoas, ele pode criar problemas sérios aos
equipamentos eletrônicos sensíveis. A descarga estática pode danificar aleatoriamente chips, dados ou ambos. O
circuito lógico dos chips do computador é extremamente sensível à descarga eletrostática. Use cuidado ao
trabalhar dentro de um computador, roteador, etc.

Átomos, ou grupos de átomos chamados moléculas, podem ser considerados materiais. Os materiais são
classificados como pertencentes a um de três grupos, dependendo de quão facilmente a eletricidade, ou elétrons
livres, fluem através deles.

A base para todos os dispositivos eletrônicos é o conhecimento sobre como os isolantes, condutores e
semicondutores controlam o fluxo de elétrons e como trabalham conjuntamente em várias combinações.

 
3  
 
   
 
2.1.2  Voltagens  

Às vezes a voltagem é conhecida como força eletromotiva (EMF). A EMF é relacionada a uma
energia elétrica, ou pressão que ocorre quando os elétros ou prótons são separados. A força criada empurra
em direção à carga oposta e afasta em direção contrária da carga semelhante. Isso é o que acontece em uma
bateria, onde ações químicas fazem com que os elétrons se soltem do terminal negativo da bateria. Os
elétrons então passam para o terminal oposto ou positivo através de um circuito EXTERNO. Os elétrons não
passam através da própria bateria. Lembre-se de que o fluxo de eletricidade é realmente o fluxo de elétrons.
A voltagem também pode ser criada de três maneiras. A primeira é por fricção, ou eletricidade estática. A
segunda é por magnetismo, ou gerador elétrico. E por último, a voltagem pode ser criada por luz, ou célula
solar.

A voltagem é representada pela letra V, e às vezes pela letra E, para energia eletromotiva. A unidade
de medida para voltagem é volt (V). Volt é definido como a quantidade de trabalho, por unidade de carga,
necessária para separar as cargas.
 

2.1.3  Resistência  e  impedância  

Os materiais através dos quais flui a corrente oferecem graus variáveis de oposição, ou resistência, ao
movimento dos elétrons. Os materiais que oferecem pouca ou nenhuma resistência são chamados condutores.
Aqueles que não permitem o fluxo da corrente, ou o restringem muito, são chamados isolantes. A quantidade de
resistência depende da composição química dos materiais.

Todos os materiais que conduzem eletricidade têm certa medida de resistência ao fluxo de elétrons
através deles. Esses materiais têm também outros efeitos conhecidos como capacitância e indutância associados
ao fluxo de elétrons. Estas três características constituem a impedância, que inclui a resistência.

O termo atenuação é importante quando se estuda sobre redes. A atenuação se refere à resistência ao
fluxo de elétrons e porque um sinal se torna degradado ao mover-se através do conduíte.

A letra R representa resistência. A unidade de medida para resistência é o ohm (Ω). O símbolo vem da
letra grega ômega.

Os isolantes elétricos, ou isolantes, são materiais que permitem o fluxo de elétrons com grande dificuldade
ou não permitem tal fluxo de forma alguma. Exemplos de isolantes elétricos incluem plástico, vidro, ar, madeira
seca, papel, borracha e o gás hélio. Esses materiais têm estruturas químicas muito estáveis, com elétrons em
órbita firmemente presos aos átomos.

Condutores elétricos, geralmente conhecidos como apenas condutores, são materiais que permitem o
fluxo de elétrons com grande facilidade. Eles fluem facilmente porque os elétrons nas órbitas periféricas não estão
fortemente ligados ao núcleo e são liberados com facilidade. À temperatura ambiente, esses materiais têm um
grande número de elétrons livres que podem oferecer condução. A introdução da voltagem faz com que os
elétrons livres se desloquem, causando a passagem da corrente.

A tabela periódica categoriza alguns grupos de átomos, listando-os em colunas. Os átomos em cada
coluna pertencem a famílias químicas determinadas. Embora possam ter números diferentes de prótons, nêutrons
e elétrons, seus elétrons da camada externa têm órbitas similares e comportam-se de maneira semelhante ao
interagirem com outros átomos e moléculas. Os melhores condutores são os metais, como o cobre (Cu), a prata
(Ag) e o ouro (Au), porque possuem elétrons que são liberados facilmente. Outros condutores incluem a solda,

4  
 
   
 
uma mistura de chumbo (Pb) e estanho (Sn)) e a água com íons. Um íon é um átomo que tem mais elétrons, ou
menos elétrons, que o número de prótons no núcleo do átomo. O corpo humano é composto de aproximadamente
70% de água com íons, o que significa que ele, também, é um condutor.

Semicondutores são materiais onde a quantidade de eletricidade conduzida pode ser controlada
precisamente. Esses materiais estão listados juntos em uma coluna da tabela periódica. Os exemplos incluem o
carbono (C), germânio (Ge) e a liga arsenieto de gálio (GaAs). O mais importante semicondutor, que faz os
melhores circuitos eletrônicos microscópicos, é o silício (Si).

O silício é muito comum e pode ser encontrado na areia, no vidro e em muitos tipos de rochas. A região de
San Jose, na Califórnia, é conhecida como Vale do Silício porque a indústria de computação, que depende de
microchips de silício, começou nessa área

2.1.4  Corrente  

A corrente elétrica é o fluxo de cargas criado quando os elétrons se deslocam. Em circuitos elétricos, a
corrente é criada pelo fluxo de elétrons livres. Quando a voltagem, ou pressão elétrica, é aplicada e há uma
passagem para a corrente, os elétrons deslocam-se do terminal negativo através da passagem até o terminal
positivo. O terminal negativo repele os elétrons e o positivo os atraem. A letra "I" representa corrente. A unidade
de medida para corrente é Ampere (A). Um ampère é definido como o número de cargas por segundo que passa
por um ponto ao longo de um caminho.

Se a amperagem ou corrente pode ser imaginada como sendo o número ou volume do tráfego de elétrons
que está fluindo, então a voltagem pode ser considerada como a velocidade do tráfego de elétrons. A combinação
de amperagem e voltagem equivale à wattagem. Os dispositivos elétricos como lâmpadas, motores e fontes de
alimentação para computadores são classificados em termos de watts. Um watt é definido como a quantidade de
energia consumida ou produzida por um dispositivo.

É a corrente ou amperagem em um circuito elétrico que realmente faz o trabalho. Como um exemplo, a
eletricidade estática possui uma voltagem muito alta, tanto que pode pular um espaço de 2,5 cm ou mais. No
entanto, possui uma amperagem muito baixa e como resultado pode criar um choque mas não lesões
permanentes. O motor de partida em um automóvel opera a uma voltagem relativamente baixa de 12 volts mas
exige uma amperagem muito alta para gerar energia suficiente para dar partida no motor. Raios possuem
voltagem e amperagem muito altas e podem causar danos e ferimentos gravíssimos.

2.1.5  Circuito  

5  
 
   
 
As correntes fluem em loops fechados chamados circuitos. Esses circuitos devem ser compostos por
materiais condutores e ter fontes de voltagem. A voltagem faz com que a corrente flua, enquanto a resistência e a
impedância se opõem a isso. A corrente consiste em elétrons que se deslocam para longe dos terminais negativos
e em direção aos terminais positivos. Conhecer esses fatos permite que as pessoas controlem um fluxo de
corrente.

Se houver um caminho, a eletricidade fluirá naturalmente para a terra. A corrente flui através de caminhos
que oferecem menor resistência. Se o corpo humano fornecer um caminho de menor resistência, a corrente fluirá
através dele. Quando um aparelho elétrico tem um plugue com três pinos, um deles serve como terra, ou zero
volts. O pino terra fornece um caminho de condução para os elétrons fluírem para a terra, pois a resistência ao
atravessar o corpo seria maior que a resistência ao fluir diretamente à terra.

Terra geralmente signifca nível de zero volts, quando se faz a medição elétrica. A voltagem é criada pela
separação de cargas, o que significa que as medições de voltagem devem ser realizadas entre dois pontos.

A analogia com a água ajuda a explicar os conceitos da eletricidade. Quanto maior o nível de água e maior
a pressão, mais a água fluirá. A corrente da água também depende do tamanho do espaço por onde deve fluir. Da
mesma forma, quanto maior a voltagem e maior a pressão elétrica, mais corrente será produzida. A corrente
elétrica, então, encontra resistência que, como a válvula de água, reduz o fluxo. Se ela estiver em um circuito CA,
a quantidade de corrente vai depender de quanta impedância existe. Se ela estiver em um circuito CC, a
quantidade de corrente vai depender de quanta resistência existe. A bomba é como uma bateria. Ela fornece
pressão para manter o fluxo em movimento.

A relação entre voltagem, resistência e corrente é voltagem (V) = corrente (I) multiplicada pela resistência
(R). Em outras palavras, V = I*R. Esta é a lei de Ohm, designada pelo nome de um cientista que estudava estas
questões.

Os dois meios pelos quais a corrente flui são Corrente Alternada (CA) e Corrente Contínua (CC). A
corrente alternada (AC) e as voltagens variam com o tempo, mudando sua polaridade ou direção. A CA flui em
uma direção, depois inverte e flui na outra direção, e depois repete este processo. A voltagem CA é positiva em
um terminal, e negativa no outro. E depois a voltagem CA inverte sua polaridade, para que o terminal positivo se
torne negativo, e o negativo se torne positivo. Esse processo se repete continuamente.

A corrente contínua (CC) flui sempre na mesma direção e as voltagens da CC têm sempre a mesma
polaridade. Um terminal é sempre positivo e o outro sempre negativo. Eles não se modificam nem invertem.

Um osciloscópio é um dispositivo eletrônico usado para medir sinais elétricos relativos ao tempo. Um
osciloscópio representa em gráfico as ondas, os pulsos e os padrões elétricos. Ele tem um eixo x que representa o
tempo e um eixo y que representa a voltagem. Geralmente, há duas entradas de voltagem no eixo y para que
duas ondas possam ser observadas e medidas ao mesmo tempo.

Os fios elétricos levam eletricidade na forma de CA pois pode ser entregue eficientemente a longas
distâncias. A CC pode ser encontrada em pilhas de lanternas, baterias de carro e como fonte de alimentação para
microchips na placa-mãe de um computador, onde só precisa ir a uma curta distância.

Os elétrons fluem em circuitos fechados, ou loops completos. A Figura mostra um circuito simples. O
processo químico na bateria provoca o acúmulo de carga. Isto proporciona uma voltagem, uma pressão elétrica
que facilitam o fluxo dos elétrons através de vários dispositivos. As linhas representam um condutor, geralmente
um fio de cobre. Imagine um interruptor como sendo duas extremidades de um único fio que pode ser aberto ou
interrompido para impedir o fluxo de elétrons. Quando as duas extremidades estão fechadas, fixas ou em curto, os

6  
 
   
 
elétrons são permitidos a se deslocarem. Finalmente, a lâmpada oferece resistência ao fluxo de elétrons, fazendo
com que liberem energia na forma de luz. Os circuitos envolvidos em redes usam uma versão muito mais
complexa deste circuito simplíssimo.

Nos sistemas elétricos DC e CA, o fluxo de elétrons é sempre da carga negativa para a carga positiva. No
entanto, para que haja o controle do fluxo de elétrons, é necessário um circuito completo. A Figura mostra parte do
circuito elétrico que fornece energia a uma residência ou escritório.

2.1.6  Especificações  e  cabos  

Os cabos possuem diferentes especificações e expectativas com relação ao seu desempenho:

• Quais são as velocidades para transmissão de dados que podem ser alcançadas quando se
usa um determinado tipo de cabo? A velocidade da transmissão de bits através do cabo é
extremamente importante. A velocidade da transmissão depende do tipo de conduíte usado.
• Qual é o tipo de transmissão sendo considerada? As transmissões serão digitais ou baseadas
em tecnologia analógica? A transmissão digital ou de banda base, e a transmissão baseada
na tecnologia analógica ou de banda base, são as duas escolhas.
• Qual é a distância que um sinal pode percorrer através de um certo tipo de cabo antes que a
atenuação desse sinal se torne um problema? Em outras palavras, o sinal se tornará tão
degradado que o dispositivo receptor talvez não possa receber e interpretar corretamente o
sinal ao chegar àquele dispositivo? A distância que o sinal transita no cabo afeta diretamente
a atenuação do sinal. A degradação do sinal é diretamente relacionado à distância que o sinal
transita e o tipo de cabo usado.

Alguns exemplos de especificações Ehternet relacionadas ao tipo de cabo incluem:

• 10BASE-T
• 10BASE5
• 10BASE2

A 10BASE-T se refere à velocidade de transmissão a 10 Mbps. O tipo de transmissão é banda de


base, ou interpretada digitalmente. O T significa par trançado.

A 10BASE5-T se refere à velocidade de transmissão a 10 Mbps. O tipo de transmissão é banda de


base, ou interpretada digitalmente. O 5 representa a capacidade do cabo de permitir que o sinal transite
aproximadamente 500 metros antes que a atenuação venha a interromper a capacidade do receptor de
interpretar corretamente o sinal sendo recebido. A 10BASE5 é geralmente conhecida como Thicknet. A
Thicknet é na realidade um tipo de rede, enquanto que a 10BASE5 é o cabeamento usado naquela rede.

A 10BASE2 se refere à velocidade de transmissão a 10 Mbps. O tipo de transmissão é banda de


base, ou interpretada digitalmente. O 2 em 10BASE2 refere-se ao máximo comprimento aproximado de um
segmento ser 200 metros, antes que a atenuação venha a interromper a capacidade do receptor de
interpretar corretamente o sinal sendo recebido. O comprimento máximo do segmento é de fato 185 metros. A
10BASE2 é geralmente conhecida como Thicknet. A Thicknet é na realidade um tipo de rede, enquanto que a
10BASE2 é o cabeamento usado naquela rede.
 

2.1.8  Cabo  coaxial  

7  
 
   
 
O cabo coaxial consiste em um condutor de cobre envolto por uma camada isolante flexível. O condutor
central também pode ser feito de um fino cabo de alumínio laminado, permitindo que o cabo seja industrializado a
baixo custo. Sobre o material isolante, há uma trança de lã de cobre ou uma folha metálica, que age como um
segundo fio no circuito e como blindagem para o fio interior. Esta segunda camada, ou blindagem, também reduz
a quantidade de interferência eletromagnética externa. A capa do cabo cobre esta blindagem.

O cabo coaxial oferece muitas vantagens às redes locais. Pode cobrir maiores distâncias que o cabo de
par trançado blindado (STP), cabo de par trançado não blindado (UTP), e cabo de par trançado "screened"
(ScTP) sem a necessidade de repetidores. Os repetidores geram os sinais em uma rede para que eles possam
cobrir distâncias maiores. O cabo coaxial é mais barato do que o cabo de fibra óptica e a tecnologia é bem
conhecida. Ele tem sido usado por muitos anos em vários os tipos de comunicação de dados inclusive televisão a
cabo.

Ao trabalhar com cabo, é importante considerar a sua espessura. À medida que aumenta a espessura do
cabo, aumenta também a dificuldade de se trabalhar com ele. Lembre-se de que o cabo tem de ser puxado
através de conduítes e calhas existentes que têm espessuras limitadas. O cabo coaxial existe em diversas
espessuras. O maior diâmetro foi especificado para uso como cabo de backbone Ethernet devido a sua maior
extensão de transmissão e suas características de rejeição ao ruído. Esse tipo de cabo coaxial é freqüentemente
chamado de thicknet. Como o seu apelido sugere, esse tipo de cabo pode ser muito rígido para ser instalado
facilmente em algumas situações. Geralmente, quanto mais difícil for a instalação dos meios de rede, mais cara
será a instalação. O cabo coaxial é mais caro de se instalar do que o cabo de par trançado. O cabo thicknet quase
não é mais usado, exceto para fins de instalações especiais.

No passado, o cabo coaxial ‘thinnet’


com um diâmetro externo de apenas 0,35 cm
era usado em redes Ethernet. Ele era
especialmente útil para instalações de cabo que
exigiam que o cabo fizesse muitas curvas e
voltas. Já que o thinnet era mais fácil de
instalar, a instalação era também mais
econômica. Isso fez com que algumas pessoas
o chamassem de cheapernet. A malha externa
de cobre ou metálica no cabo coaxial constitui
metade do circuito elétrico e deve-se ter muito
cuidado para garantir uma conexão elétrica
sólida em ambas as extremidades, resultando
em aterramento apropriado. Uma conexão de
blindagem ruim é uma das maiores fontes de problemas de conexão na instalação do cabo coaxial. Problemas de
conexão resultam em ruído elétrico que interfere na transmissão de sinais no meio da rede. Por esta razão o
thinnet não é mais comumente usado nem suportado pelos padrões mais modernos (100 Mbps ou maior) para
redes Ethernet.

2.1.8  Cabo  STP  

O cabo de par trançado blindado (STP) combina as técnicas de blindagem, cancelamento e trançamento
de fios. Cada par de fios é envolvido por uma malha metálica. Os dois pares de fios são totalmente envolvidos por
uma malha ou folha metálica. Geralmente é um cabo de 150 Ohm. Conforme especificado para utilização nas
instalações de rede Token Ring, o STP reduz o ruído elétrico dentro dos cabos como ligação dos pares e diafonia.
O STP reduz também ruídos eletrônicos externos dos cabos, por exemplo a interferência eletromagnética (EMI) e
interferência da freqüência de rádio (RFI). O cabo de par trançado blindado compartilha muitas das vantagens e

8  
 
   
 
desvantagens do cabo de par trançado não blindado (UTP). O STP oferece maior proteção contra todos os tipos
de interferência externa, mas é mais caro e difícil de instalar do que o UTP.

Um novo híbrido do UTP como o STP


tradicional é o Screened UTP (ScTP), também
conhecido como Foil Twisted Pair (FTP). O ScTP é
basicamente o UTP envolvido em uma blindagem
de folha ou malha metálica. ScTP, como o UTP,
também é um cabo de 100 Ohm. Muitos
instaladores e fabricantes de cabos podem utilizar o
termo STP para descrever cabeamento ScTP. É
importante entender a maioria das referências feitas
a STP hoje na verdade referem-se a cabeamento
blindado de quatro pares. É altamente improvável
que o verdadeiro cabo STP seja usado em um
trabalho de instalação de cabos.

Os materiais da blindagem metálica no STP


e no ScTP precisam estar aterrados nas duas extremidades. Se o aterramento for feito incorretamente ou se
houver qualquer discontinuidade no comprimento inteiro do material blindado, o STP e o ScTP podem se tornar
suscetíveis a grandes problemas de ruído. Eles são suscetíveis porque permitem que a blindagem funcione como
uma antena captando sinais indesejados. Entretanto, esse efeito atua nas duas direções. A blindagem não só
impede que as ondas eletromagnéticas entrantes causem ruído nos fios de dados, mas também minimiza a saída
das ondas eletromagnéticas irradiadas. Essas ondas poderiam causar ruídos em outros dispositivos. Os cabos
STP e ScTP não podem percorrer distâncias tão longas como outros meios de rede como cabo coaxial ou fibra
óptica, sem que o sinal seja repetido. Mais isolamento e blindagem se combinam para aumentar
consideravelmente o tamanho, peso e custo do cabo. Os materiais de blindagem tornam as terminações mais
difíceis e suscetíveis a más práticas de instalação. Entretanto, o STP e o ScTP ainda têm seu lugar,
especialmente na Europa ou em instalações onde EMI e RFI são intensos próximo ao cabeamento.

2.1.9  Cabo  UTP  

Cabo de par trançado não blindado (UTP) é um meio de fio de quatro pares usado em uma variedade de
redes. Cada um dos 8 fios individuais de cobre no cabo UTP é coberto por material isolante. Além disso, cada par
de fios é trançado em volta de si. Esse tipo de cabo usa apenas o efeito de cancelamento, produzido pelos pares
de fios trançados para limitar a degradação do sinal causada por EMI e RFI. Para reduzir ainda mais a diafonia
entre os pares no cabo UTP, o número de trançamentos nos pares de fios varia. Como o cabo STP, o cabo UTP
deve seguir especificações precisas no que se refere a quantas torcidas ou trançados são permitidos por metro de
cabo.

O TIA/EIA-568-B.2 contém especificações que controlam o desempenho do cabo. Ele exige que se
passem dois cabos, um para voz e outro para dados, até cada tomada. Dos dois cabos, o que é para voz deve ser
o UTP com quatro pares. A categoria 5 atualmente é o tipo de cabo freqüentemente recomendado e
implementado em instalações de rede atuais. Contudo, previsões de analistas e pesquisas independentes indicam
que o cabo de categoria 6 vai substituir o cabo de categoria 5 em instalações de rede. O fato de que os requisitos
de enlace e canal em categoria 6 são compatíveis com a categoria 5e faz com que seja muito fácil para clientes
escolherem categoria 6 e substituir a categoria 5e em suas redes. Aplicações que funcionam em categoria 5e irão
funcionar em categoria 6.

9  
 
   
 
O cabo de par trançado não blindado tem muitas vantagens. Ele é fácil de ser instalado e mais barato que
outros tipos de meios de rede. Aliás, o UTP custa menos por metro do que qualquer outro tipo de cabeamento de
redes locais. Entretanto, a real vantagem é o tamanho. Como tem o diâmetro externo pequeno, o UTP não enche
os dutos de cabeamento tão rapidamente quanto outros tipos de cabo. Esse pode ser um fator muito importante
para se levar em conta, particularmente quando se instala uma rede em um prédio antigo. Além disso, quando o
cabo UTP é instalado usando-se um conector RJ, fontes potenciais de ruído na rede são muito reduzidas e uma
conexão bem sólida é praticamente garantida. Há desvantagens no uso de cabeamento de par trançado. O cabo
UTP é mais propenso a ruído e a interferência elétrica do que outros tipos de meios físicos de rede, e a distância
entre amplificações dos sinais é menor no UTP do que nos cabos coaxiais e de fibra óptica.

O cabo de par trançado já foi considerado mais lento na transmissão de dados do que outros tipos de
cabos. Isto não é mais verdade. Na realidade, hoje, o cabo de par trançado é considerado o meio baseado em
cobre mais veloz.

Para que ocorra comunicação, o sinal que é transmitido pela origem precisa ser entendido pelo
destinatário. Isto é verdade sob o ponto de vista tanto física como de software. O sinal transmitido precisa ser
recebido corretamente pela conexão do circuito projetado para receber sinais. O pino transmissor da fonte precisa
estar em última instância, conectado ao pino receptor do destino. Abaixo seguem os tipos de conexões de cabos
entre dispositivos de internetwork.

Os cabos são definidos pelo tipo de


conexões, ou pinagens, desde uma extremidade
à outra do cabo.Um técnico pode comparar as
duas extremidades do mesmo cabo ao colocá-
los um ao lado do outro, contanto que o cabo
não tenha sido ainda colocado em uma parede.
O técnico inspeciona as cores das duas
conexões RJ-45, colocando as duas
extremidades com o clipe na mão e a parte
superior das duas extrmidades do cabo
apontadas para fora. Um cabo reto deve ter as
duas extremidades com padrões idênticos de
cores. Ao comparar as extremidades de um
cabo cruzado, a cor dos pinos #1 e #2
aparecerá na outra extremidade nos pinos #3 e
#6, e vice versa. Isto acontece porque os pinos
transmissor e receptor estão em diferentes locais. Em um cabo rollover, a combinação de cores da esquerda para
a direita em uma extremidade deverá ser exatamente o oposto à combinação de cores na outra extremidade.

2.2  Meio  Optico  

2.2.1  Espectro  eletromagnético  

A luz usada nas redes de fibra óptica é um tipo de energia eletromagnética. Quando uma carga elétrica se
desloca para lá e para cá, ou acelera, é produzido um tipo de energia conhecida como energia eletromagnética.
Esta energina na forma de ondas pode deslocar-se através de um vácuo, o ar, e através de alguns materiais como
vidro. Uma propriedade importante de qualquer onda de energia é o comprimento de onda.

10  
 
   
 

O rádio, as microondas, o radar, luzes visíveis, raios-x e raios gama parecem ser coisas muito diferenntes.
Entretanto, são todos tipos de energia eletromagnética. Se todos os tipos de ondas eletromagnéticas forem
arranjadas na ordem desde o maior comprimento de ondas até o menor, será criada uma série contínua,
denominada espectro eletromagnético.

O comprimento da onda de uma onda eletromagnética é determinado pela freqüência com que a carga
elétrica que gera a onda se desloca para lá e para cá. Se a carga se desloca lentamente, o comprimento da onda
que é gerada é um longo comprimento de onda. Imagine o movimento de uma carga elétrico como sendo um pau
em uma piscina. Se o pau é movimentado lentamente de um lado a outro, serão geradas ondas na água com um
comprimento de onda longo entre os picos das ondas. Se o pau é movimentado de um lado a outro com maior
rapidez, as ondas terão um comprimento de onda mais curta.

Porque as ondas eletromagnética são todas geradas de maneira idêntica, compartilham muitas das
mesmas propriedades. Todas as ondas se deslocam a uma mesma velocidade no vácuo. A taxa é de
aproximadamente 300.000 quilômetros por segundo ou 186.283 milhas por segundo. Esta também é a velocidade
da luz.

Os olhos humanos só podem perceber a energia eletromagnética com comprimento de ondas entre 700 e
400 nanômetros (nm). Um nanômetro é um bilionésimo de um metro (0,000000001 metro) de comprimento. A
energia eletromagnética com comprimento de onda entre 700 e 400 nm é conhecida como luz visível. Os
comprimentos de onda mais longos de luz de mais ou menos 700 nm são visualizados como cor vermelha. Os
comprimentos de onda mais curtos, mais ou menos 400 nm aparecem como a cor violeta. Esta parte do espectro
eletromagnético é visto como as cores de um arco-iris.

11  
 
   
 
Estes comprimentos de onda que não são visíveis aos olhos humanos são usados para transmitir dados
através de fibra óptica. Esses comprimentos de onda são levemente maiores que a luz vermelha e são chamadas
luz infravermelha. A luz infravermelha é usada em controles remotos de TV. O comprimento de onda de luz na
fibra óptica é 850 nm, 1310 nm ou 1550 nm. Esses comprimentos de onda foram selecionados pois se propagam
pela fibra óptica melhor que outros comprimentos de onda.

2.2.2  Teoria  do  raio  de  luz  

Quando as ondas eletromagnética procedem de uma origem, elas se propagam em linhas retas. Estas
linhas retas que se projetam a partir da fonte são denominadas raios.

Imagine os raios de luz como sendo feixes de


luz estreitos como aqueles produzidos por lasers. No
vácuo de espaço vazio, a luz se propaga continuamente
em uma linha reta a 300.000 quilômetros por segundo.
Porém, a luz se propaga a diferentes velocidades mais
lentas através de outros materiais como ar, água e
vidro. Quando um raio de luz denominado raio incidente,
cruza o limite entre um material e outro, um pouco da
energia da luz no raio será refletida de volta. É por isso
que você pode ver-se no vidro da janela. A luz que é
refletida de volta é denominada raio refletido.

A energia da luz no raio incidente que não é


refletida entrará no vidro. O raio que entra será desviado a um ângulo a partir de seu caminho original. Este raio é
chamado raio refratado. A quantidade de raio de luz incidente que é desviada depende do ângulo no qual o raio
incidente atinge a superfície do vidro e a diferentes taxas de velocidade com que a luz se propaga através das
duas substâncias.

O desvio dos raios de luz nos limites de duas substâncias é a razão porque os raios de luz são capazes de
propagar-se através de uma fibra óptica mesmo que a fibra se curve em círculo.

A densidade óptica do vidro determina o quanto que os raios de luz se desviam no vidro. A densidade
óptica se refere ao quanto que o raio de luz desacelera ao passar através de uma substância. Quanto maior a
densidade óptica de um material, mais a luz desacelera da sua velocidade em um vácuo. O Índice de Refração é
definido como a velocidade da luz no vácuo dividida pela velocidade da luz no no meio. Portanto, a medida da
densidade óptica de um material é o índice de refração daquele material. Um material com um grande índice de
refração é mais opticamente denso e desacelera mais luz que um material com menor índice de refração.

Para uma substância como vidro, o Índice de Refração, ou densidade óptica, pode ser aumentada ao
adicionar-se materiais químicos ao vidro. Purificando bem o vidro pode reduzir o índice de refração. As próximas

12  
 
   
 
lições apresentarão maiores informações sobre reflexão e refração, e sua relação ao design e função da fibra
óptica

2.2.3  Reflexo  

Quando um raio de luz (o raio incidente) atinge a superfície brilhante de um pedaço de vidro plano, um
pouco da energia da luz no raio é refletida.

O ângulo entre o raio incidente e uma linha


perpendicular à superfície do vidro no ponto onde o
raio incidente atinge o vidro é denominado ângulo
de incidência. A linha perpendicular é chamada
normal. Não é o raio de luz mas sim a ferramenta
que permite as medições de ângulos. O ângulo
entre o raio refletido e a normal é chamado ângulo
de reflexão. A Lei da Reflexão declara que o ângulo
de reflexão de um raio de luz é igual ao ângulo de
incidência. Em outras palavras, o ângulo onde o raio
de luz atinge uma superfície refletiva determina o
ângulo que o raio se refletirá da superfície

2.2.4 Refração

Quando uma luz atinge a interface entre


dois materiais transparentes, a luz divide em duas
partes. Uma parte do raio de luz é refletido de
volta na primeira substância, com o ângulo de
reflexão igual ao ângulo de incidência. A energia
restante no raio de luz cruza a interface e entra na
segunda substância.

Se o raio incidente atinge a superfície do


vidro a um ângulo exato de 90 graus, o raio entra
direto no vidro. O raio não é desviado. No entanto,
se o raio incidente não estiver a um ângulo exato
de 90 graus com relação à superfície, então o raio
transmitido que entra no vidro será desviado. O
desvio do raio entrante é chamado refração. A
quantidade do raio que é refratado depende do
índice de refração de dois materiais transparentes. Se o raio de luz se propaga de uma substância cujo índice de
refração é menor, até uma substância onde o índice de refração é maior, o raio refratado é desviado em direção
ao normal. Se o raio de luz se propaga de uma substância cujo índice de refração é maio, até uma substância
onde o índice de refração é menor, o raio refratado é desviado para longe do normal.

Considere um raio de luz se propagando a um ângulo diferente de 90 graus através do limite entre vidro e
um diamante. O vidro tem um índice de refração de aproximadamente 1,523. O diamante tem um índice de
refração de aproximadamente 2,419. Portanto, o raio que continua para dentro do diamante será desviado em
direção ao normal. Quando aquele raio de luz cruza os limites entre o diamante e o ar a um ângulo diferente de 90

13  
 
   
 
graus, ele será desviado para longe do normal. A razão para isso é que o ar tem um índice de refração menor,
aproximadamente 1,000 que o índice de refração do diamante.

2.2.5 Reflexão interna total

Um raio de luz que é ligado e desligado para enviar dados (1s e 0s) a uma fibra óptica deverá permanecer
dentro da fibra até que chegue à extremidade distante. O raio não deve refratar no material que envolve a fibra. A
refração causaria a perda de parte da energia da luz do raio. Deve ser realizado um design para a fibra de modo
que a superfície externa da fibra aja como espelho para o raio de luz que se propaga pela fibra. Se qualquer raio
de luz que tenta sair pelo lado da fibra for refletido de volta na fibra a um ângulo que o envia em direção à
extremidade distante da fibra, isto seria um bom "duto" ou "guia de ondas" para as ondas de luz.

As leis da reflexão e da refração ilustram como desenhar uma fibra que guia as ondas de luz através da
fibra com uma perda mínima de energia. As duas condições abaixo precisam ser satisfeitas para que os raios de
luz em uma fibra possam ser refletidos de volta para dentro da fibra sem nenhuma perda causada pela refração.

• O núcleo da fibra óptica precisa ter um índice maior de refração (n) que o material que o envolve. O
material que envolve o núcleo da fibra óptica é chamado revestimento interno.
• O ângulo de incidência do raio de luz é maior que o ângulo crítico para o núcleo e seu revestimento
interno.

Quando estas duas condições são satisfeitas, a inteira luz incidente na fibra será refletida de volta para
dentro da fibra. Isto é conhecido como reflexão interna total, que é a fundação sobre a qual a fibra óptica é
construída. A reflexão interna total faz com que os raios de luz na fibra reflitam no limite do revestimento interno do
núcleo e continuem o seu percurso em direção à extremidade distante da fibra. A luz seguirá um caminho de
zigzag através do núcleo da fibra.

A fibra que satisfaz a primeira condição pode ser facilmente criada. Além disso, o ângulo de incidência dos
raios de luz que entram no núcleo podem ser controlados. A restrição dos seguintes fatores controlam o ângulo de
incidência:

• A abertura numérica da fibra – A abertura numérica de um núcleo é a faixa de ângulos de incidência


de raios que entram na fibra que serão refletidos completamente.
• Modos – Os caminhos que podem ser seguidos pelo raio de luz ao propagar-se através da fibra.

Com o controle das duas condições, o lance de fibra óptica possuirá uma reflexão interna total. Isto
proporciona um guia para a onda de luz que poderá ser usada para comunicações de dados.

2.2.6 Fibra Multimodo

A parte de uma fibra óptica através da qual os raios de luz se propagam é camada núcleo da fibra. Os
raios de luz só podem entrar no núcleo se seus ângulos estiverem dentro da abertura numérica da fibra. Da
mesma maneira, uma vez que os raios tenham entrado no núcleo da fibra, existe um número limitado de caminhos
ópticos que podem ser seguidos pelo raio de luz através da fibra. Estes caminhos ópticos são chamados modos.
Se o diâmetro do núcleo da fibra for suficientemente grande para que hajam muitos caminhos por onde a luz pode
se propagar através da fibra, a fibra é chamada fibra "multimodo". A fibra monomodo possui um núcleo muito
menor que só permite que os raios de luz se propaguem em um modo dentro da fibra.

Cada cabo de fibra óptica usado para redes consistem em duas fibras de vidro em revestimentos
separados. Uma fibra transporta dados transmitidos do dispositivo A até o dispositivo B. A segunda fibra

14  
 
   
 
transporta dados do dispositivo B ao dispositivo A. As fibras são semelhantes a duas ruas ruas de mão única indo
em direções opostas. Isso proporciona um link de comunicação full-duplex. O par trançado de cobre usa um par
de fios para transmitir e um par de fios para receber. Os circuitos de fibra ótica usam uma única fibra para
transmitir e uma para receber. Tipicamente, estes dois cabos de fibra estarão em um único revestimento externo
até que cheguem ao ponto onde estão ligados os conectores.

Até que os conectores sejam ligados, não existe a necessidade de blindagem, pois nenhuma luz se
escapa quando está dentro de uma fibra. Isto quer dizer que não existe questões de diafonia quando se trata de
fibras. É bem comum ver pares de fibras múltiplas revestidos no mesmo cabo. Isto permite que um único cabo
seja lançado entre closets de dados, andares ou edifícios. Um cabo pode conter de 2 a 48 ou mais fibras
separadas. Com cobre, um cabo UTP teria que ser puxado para cada circuito. A fibra pode transportar muito mais
bits por segundo e transportá-los muito além do que pode o cobre.

Geralmente cada cabo de fibra óptica é composto de 5 partes. As partes são: o núcleo, o revestimento
interno, um buffer, um material reforçante, e uma capa externa.

O núcleo é o elemento de transmissão de luz no centro da fibra óptica. Todos os sinais de luz se
propagam através do núcleo. Tipicamente um núcleo é feito de vidro com uma combinação de dióxido de silício
(sílica) e outros elementos. O multimodo usa um tipo de vidro para seu núcleo, chamado vidro de índice gradual.
Este vidro tem um índice menor de refração em direção à camada externa do núcleo. Portanto, a área externa do
núcleo é opticamente menos densa que o centro e a luz pode propagar-se mais rapidamente na parte externa do
núcleo. Este desenho é usado porque um raio de luz que segue um modo que vai diretamente ao centro do núcleo
não precisa propagar-se longe como um raio que segue um modo que repercute na fibra. Todos os raios devem
chegar juntos na extremidade da fibra. Depois o receptor na extremidade da fibra recebe um forte lampejo de luz
ao invés de um pulso longo e fraco.

Ao redor do núcleo está o revestimento interno. O revestimento interno é também feito de sílica mas com
um índice menor de refração que o núcleo. Os raios de luz que se propagam através do núcleo da fibra refletem
na interface entre o núcleo e o revestimento interno ao propagar-se através da fibra pela reflexão interna total. O
cabo de fibra óptica multimodo padrão é o tipo mais comum de cabo de fibra óptica usado em redes locais. Um
cabo de fibra óptica multimodo padrão usa fibra óptica com um núcleo de 62,5 ou 50 microns e um revestimento
interno de 125 microns de diâmetro. Esta é comumente designada como fibra óptica de 62,5/125 ou 50/125
microns. Um micron é um milionésimo de um metro (1µ).

Envolvendo o revestimento interno existe um material de buffer que geralmente é plástico. O material de
buffer ajuda a proteger o núcleo e o revestimento interno contra danos. Existem dois tipos básicos de desenhos de
cabos. Eles são os desenhos de cabos tipo tubo solto e tight-buffered. A fibra mais usada em redes locais é o
cabo multimodo tipo tight-buffered. Os cabos tight-buffered possuem o material de buffer que envolve o
revestimento interno em direto contato com ele. A mais prática diferença entre os dois desenhos é as aplicações
para as quais são usados. O cabo tubo solto é usado primariamente para instalações do lado externo dos
edifícios, enquanto que o cabo tight buffered é usado dentro dos edifícios.

O material reforçante envolve o buffer, impedindo que o cabo da fibra seja esticado quando os
instaladores o puxem. O material freqüentemente usado é Kevlar, o mesmo material usado para produtir coletes a
prova de balas.

O elemento final é a capa externa. A capa externa envolve o cabo para proteger a fibra contra abrasão,
solventes e outros contaminantes. A cor da capa externa da fibra multimodo é geralmente alaranjada, mas de vez
em quando é de outra cor.

15  
 
   
 
Os Diodos Emissores de Luz (LEDs) infravermelha ou Laser de Emissão Superficial com Cavidade
Vertical (VCSELs) são dois tipos de fonte de luz geralmente usados com fibra multimodo. Use um ou outro. Os
LEDs são um pouco mais baratos para fabricar e não exigem tanta preocupação com a segurança quanto os
lasers. Porém, os LEDs não podem transmitir a luz através dos cabos a tanta distância quanto os lasers. A fibra
multimodo (62,5/125) pode transportar dados a distâncias de até 2000 metros (6.560 ft).

2.2.7 Fibra Monomodo

A fibra monomodo consiste nas mesmas partes que o multimodo. A capa externa da fibra monomodo é
geralmente amarela. A maior diferença entre a fibra multimodo e monomodo é que a monomodo permite que
somente um modo de luz se propague através do núcleo menor da fibra óptica. O núcleo do monomodo é de oito
a dez microns em diâmetro. Os núcleos mais comuns são os de nove microns. Uma marcação 9/125 no
revestimento da fibra monomodo indica que a fibra do núcleo tem um diâmetro de 9 microns e o revestimento
interno é de 125 microns em diâmetro.

Um laser infravermelho é usado como fonte de luz em uma fibra monomodo. O raio de luz que ele gera
entra no núcleo a um ângulo de 90 graus. Como resultado, os pulsos dos raios de luz que transportam dados em
uma fibra monomodo são essencialmente transmitidos em linha reta direto pelo meio do núcleo. Isto aumenta em
muito a velocidade e a distância que os dados podem ser transmitidos.

Devido a este desenho, a fibra monomodo é capaz de taxas mais altas de transmissão de dados (largura
de banda) e maiores distâncias de lances de cabo que a fibra multimodo. A fibra monomodo pode transportar
dados de rede local até 3000 metros. Apesar de esta distância ser considerada um padrão, novas tecnologias
aumentaram esta distância e serão discutidas em um módulo futuro. A multimodo é capaz de transportar só até
2000 metros. As fibras laser e monomodo são mais caras que as fibras multimodo e LEDs. Devido a essas
características, a fibra monomodo é freqüentemente usada para conectividade dentro dos edifícios.

ADVERTÊNCIA:

A luz laser usada com monomodo possui um maior comprimento de onda que pode ser vista. O laser é tão forte que pode
causar sérios danos aos olhos. Jamais olhe na extremidade próxima de uma fibra que está ligada a um dispositivo na
extremidade distante. Jamais olhe na porta de transmissão na placa de rede, switch ou roteador. Lembre-se de manter
capas protetoras nas extremidades da fibra e inseridas nas portas da fibra óptica dos switches e roteadores. Tenha muita
cautela.

A Figura compara os tamanhos relativos do núcleo e do revestimento interno para os dois tipos de fibra
óptica em diferentes vistas em secção. O núcleo da fibra menor e mais refinado em uma fibra monomodo é a
razão porque a monomodo possui uma largura de banda e um lance de distância do cabo maior que a fibra
multimodo. No entretanto, isto significa maiores custos de fabricação.

2.2.8 Outros componentes ópticos

Muitos dos dados enviados através de rede local são na forma de sinais elétricos. Porém, os links de fibra
óptica usam luz para enviar dados. É necessária alguma coisa para converter a eletricidade em luz e na outra
extremidade da fibra converter a luz de volta em eletricidade. Isto significa que são necessários um transmissor e
um receptor.

16  
 
   
 
O transmissor recebe os dados a serem transmitidos a partir de switches e roteadores. Estes dados são
na forma de sinais elétricos. O transmissor converte os sinais eletrônicos em pulsos de luz equivalentes. Existem
dois tipos de fontes de luz usados para codificar e transmitir os dados através de cabo:

• Um diodo emissor de luz (LED) produzindo luz infravermelha com comprimentos de onda de 850 nm ou
1310 nm. Estes são usados com fibras multimodo nas redes locais. As lentes são usadas para focalizar a
luz infravermelha na extremidade da fibra.
• Light Amplification by Stimulated Emission Radiation (LASER) é uma fonte de luz que produz um feixe fino
de luz infravermelha intensa geralmente com comprimentos de ondas de 1310 nm ou 1550 nm. Os lasers
são usados com fibras monomodo para longas distâncias involvidas em WANs ou backbones de campus.
Deve-se ter muito cuidado para evitar ferimentos às vistas.

Cada uma dessas fontes de luz podem ser iluminadas e escurecidas muito rapidamente para enviar dados
(1s e 0s) a um grande número de bits por segundo.

Na outra extremidade da fibra óptica do transmissor está o receptor. O receptor funciona mais ou menos
como uma célula fotoelétrica em uma calculadora que usa energia solar. Quando a luz atinge o receptor, ele
produz eletricidade. A primeira tarefa do receptor é detectar um pulso de luz que vem da fibra. Depois o receptor
converte o pulso de luz de volta ao seu sinal elétrico original que entrou primeiro no transmissor na extremidade
distante da fibra. Agora o sinal está de volta na forma de alterações de voltagem. O sinal está pronto para ser
enviado através do fio de cobre a qualquer dispositivo eletrônico receptor como um computador, switch ou
roteador. Os dispositivos semicondutores que são geralmente usados como receptores com links de fibra óptica
são chamados diodos p-intrínseco-n (fotodiodos PIN ).

Os fotodiodos PIN são fabricados para ter sensibilidade a 850, 1310 ou 1550 nm de luz que são geradas
pelo transmissor na extremidade distante da fibra. Quando atingido por um pulso de luz ao comprimento de onda
correto, o fotodiodo PIN produz rapidamente uma corrente elétrica da voltagem correta para a rede. Ele
imediatamente pára de produzir a voltagem assim que a luz atinge o fotodiodo PIN. Assim é gerada uma alteração
de voltagem que representa os dados 1s e 0s no cabo de cobre.

Os conectores são ligados às extremidades da fibra para que as fibras possam ser conectadas às portas
no transmissor e receptor. O tipo de conector mais comumente usado com a fibra monomodo é o SC (Conector de
Assinante). Na fibra monomodo, o conector ST (Straight Tip) é usado freqüentemente.

Além de transmissores, receptores, conectores e fibras que são sempre necessárias em uma rede óptica,
repetidores e fibras patch panel são vistas com freqüência.

Os repetidores são amplificadores ópticos que recebem pulsos de luz atenuados que são propagados a
longas distâncias e que os restauram às suas formas, intensidades e temporizações originais. Os sinais
restaurados podem então ser enviados até o receptor na extremidade distante da fibra.

As fibras patch panels são semelhantes aos patch panels usados com o cabo de cobre. Esses painéis
aumentam a flexibilidade de uma rede óptica ao permitir alterações rápidas na conexão dos dispositivos como
switches ou roteadores com vários lances de fibra disponíveis, ou links de cabos.

2.2.9 Sinais de ruídos em fibra óptica

O cabo de fibra óptica não é afetado pela fonte de ruído externo que causa problemas nos meios de cobre
porque a luz externa não pode entrar na fibra exceto na extremidade do transmissor. O revestimento interno é
coberto por um buffer e um revestimento externo, que impedem que a luz entre ou saia do cabo.

17  
 
   
 
Além disso, a transmissão da luz em uma fibra em um cabo não gera interferência que afeta a transmissão
em qualquer outra fibra. Isto quer dizer que a fibra não tem problema com diafonia o que ocorre com meios de
cobre. Aliás, a qualidade dos links de fibra óptica é tão boa que os padrões recentes para gigabit e dez gigabit
Ethernet especificam a distância de transmissão que ultrapassa o alcance tradicional de dois quilômetros da
Ethernet original. A transmissão de fibra óptica permite que o protocolo Ethernet possa ser usado nas Redes de
Áreas Metropolitanas (MANs) e Redes de Longa Distância (WANs).

Apesar de que a fibra é a melhor de todos os meios de transmissão no transporte de grandes quantidades
de dados por longas distâncias, a fibra não está isenta de problemas. Quando a luz se propaga através da fibra,
alguma da energia da luz é perdida. Quanto mais longe o sinal de luz se propaga através da fibra, mais é perdida
a intensidade do sinal. Esta atenuação do sinal ocorre devido a vários fatores relacionados à natureza da fibra
propriamente dita. O fator mais importante é a dispersão. A dispersão da luz na fibra é causada pela falta de
uniformidade microscópica (distorções) na fibra que reflete e dispersa um pouco da energia da luz.

A absorção é outra casa da perda de energia da luz. Quando um raio de luz atinge algum tipo de impureza
química em uma fibra, as impurezas absorvem parte da energia. Esta energia da luz é convertida em pequenas
quantidades de energia térmica. A absorção faz com que o sinal da luz perca um pouco da sua intensidade.

Outro fator que causa a atenuação do sinal da luz são irregularidades de fabricação ou aspereza no limite
entre o núcleo e o revestimento interno. Certa intensidade do sinal da luz é perdida devido à reflexão interna total
imperfeita naquela área áspera da fibra. Quaisquer imperfeições microscópicas na espessura ou simetria da fibra
diminuirão a reflexão interna total e o revestimento interno absorverá um pouco da energia da luz.

A dispersão de um lampejo de luz também limita as distâncias de transmissão em uma fibra. Dispersão é
o termo técnico para a dissipação de pulsos de luz ao se propagarem através da fibra.

A fibra muldimodo de índice gradual é desenhada para compensar pelas diferentes distâncias que vários
modos de luz precisam se propagar no núcleo de diâmetro grande. A fibra monomodo não tem problemas de
caminhos múltiplos que o sinal da luz pode seguir. Entretanto, a dispersão cromática é uma característica de
ambas as fibras multimodo e monomodo. A dispersão é causada quando comprimentos de ondas de luz se
propagam a velocidades um pouco diferentes de outros comprimentos de ondas através de vidro. Isto é porque
um prisma separa os comprimentos de ondas da luz. Idealmente, uma fonte de luz LED ou Laser emitiria luz de
uma só freqüência. Então a dispersão cromática não seria um problema.

Infelizmente, os lasers, e especialmente os LEDs geram uma faixa de comprimentos de onda que faz com
que a dispersão cromática limite a distância que pode ser transmitida em uma fibra. Se um sinal é transmitido para
muito longe, o que começou como um pulso brilhante de energia da luz será espalhado, separado e diminuído ao
chegar até o receptor. O receptor não será capaz de distinguir a diferença entre um um e um zero.

2.2.9 Instalação, cuidados e testes em fibra óptica

A maior causa de muita atenuação no cabo de fibra óptica é instalação incorreta. Se a fibra for esticada ou
curvada demais, poderá causar pequenas rachaduras no núcleo o que fará com que os raios de luz se espalhem.
O ato de dobrar a fibra em curva muito fechada poderá alterar a incidência dos raios de luz atingindo o limite entre
o núcleo e o revestimento interno. Então o ângulo de incidência do raio se tornará menos que o ângulo crítico para
a reflexão interna total. Em vez de refletir ao redor da curva, alguns dos raios de luz serão refratados no
revestimento interno e serão perdidos.

Para evitar que as curvas da fibra sejam muito fechadas, a fibra geralmente é puxada através de um tipo
de duto instalado chamado interducting. O interducting é muito mais rígido que a fibra e não pode ser dobrado

18  
 
   
 
tanto que a fibra dentro dele tenha uma curva muito fechada. O interducting protege a fibra, facilita o puxamento
da fibra, e garante que o raio de curvatura (limite de curva) da fibra não seja excedida.

Depois de puxada a fibra, as extremidades da fibra devem ser clivadas (cortadas) e corretamente polidas
para garantir que as extremidades estejam lisas. Um microscópio ou instrumento de teste com uma lente de
aumento incorporada é usado para examinar a extremidade da fibra e verificar se está corretamente polida e
formada. Depois então o conector é ligado cuidadosamente à extremidade da fibra. Os conectores incorretamente
instalados, incorretamente emendados ou a emenda de dois cabos com diferentes tamanhos de núcleo reduzirá
dramaticamente a luminosidade do sinal da luz.

Uma vez instalados os conectores e o cabo de fibra óptica, os conectores e as extremidades das fibras
devem ser mantidas impecavelmente limpas. As extremidades das fibras deverão ser cobertas com capas
protetoras para evitar danos às extremidades da fibra. Quando essas capas são removidas antes da conexão da
fibra a uma porta no switch ou roteador, as extremidades da fibra deverão ser limpadas. Limpe as extremidades
da fibra com papel de limpar lentes que não solte fiapo umedecido com álcool isopropil. As portas da fibra em um
switch ou roteador deverão também ser mantidas cobertas quando não estiverem sendo usadas e devem ser
limpadas com papel de limpar lentes e álcool isopropil antes de se fazer a conexão. Extremidades sujas na fibra
causarão uma grande queda na quantidade de luz que chega até o receptor.

A difusão, a absorção, a dispersão, instalações incorretas e extremidades de fibra sujas diminuem a


intensidade do sinal da luz e são conhecidas como ruído da fibra. Antes de usar um cabo de fibra óptica, ele deve
ser testado para garantir que luz suficiente na realidade chega até o receptor para que possa detectar os zeros e
uns no sinal.

Quando se planeja um link de fibra óptica, deve-se calcular o nível de perda de potência do sinal que pode
ser tolerado. Isto é conhecido como budget de perda de link óptico. Imagine um orçamento financeiro mensal.
Depois que todas as despesas foram subtraídas da renda inicial, deve-se deixar dinheiro suficiente para se
sobreviver durante o restante do mês.

O decibel (dB) é a unidade usada para medir o nível de perda de potência. Ele indica qual a percentagem
de potência que sai do transmissor na realidade entra no receptor.

Fazer testes de links de fibras é extremamente importante e deve-se manter um registro dos resultados de
tais testes. São utilizados vários tipos de equipamentos de teste de fibra óptica. Dois dos instrumentos mais
importantes são Medidores de Perda Óptica e Reflectômetros Ópticos no Domínio do Tempo (OTDRs).

Estes dois medidores testam o cabo óptico para garantir que os cabos satisfazem os padrões TIA para
fibras. Eles também testam para verificar que a perda de potência não caia abaixo do budget de perda de link
óptico. Os OTDRs podem oferecer maiores informações detalhadas de diagnóstico sobre um link de fibra. Quando
surgirem problemas de link, eles poderão ser usados para solucioná-los.

19  
 
   
 
2.3 Meio sem fio

2.3.1 Padrões e organizações de redes sem fio

Um entendimento dos regulamentos e padrões que se aplicam à tecnologia sem-fio garantirá que as redes
implantadas serão interoperáveis e em conformidade com padrões. Da mesma forma que em redes cabeadas,
IEEE é o principal originador dos padrões para redes sem-fio. Os padrões foram criados dentro do quadro de
regulamentações criadas pela Federal Communications Commission (FCC).

Uma tecnologia chave contida dentro do padrão 802.11 é Direct Sequence Spread Spectrum (DSSS). O
DSSS se aplica aos dispositivos sem-fio operando dentro da faixa de 1 a 2 Mbps. Um sistema DSSS pode operar
a até 11 Mbps mas não será considerado em cumprimento acima de 2 Mbps. O próximo padrão aprovado foi o
802.11b, que aumentou as capacidades de transmissão para 11 Mbp. Apesar de que as WLANs DSSS eram
capazes de interoperar com as WLANs Frequency Hopping Spread Spectrum (FHSS), surgiram problemas que
motivaram modificações no design pelos fabricantes. Neste caso, a tarefa do IEEE era simplesmente criar um
padrão que coincidisse com a solução do fabricante.

O 802.11b pode também ser chamado Wi-Fi™ ou sem-fio de alta velocidade e se refere aos sistemas
DSSS que operam a 1, 2, 5.5 e 11 Mbps. Todos os sistemas 802.11b são retro-compatíveis, dado que também
suportam 802.11 para as taxas de dados de 1 e 2 Mbps só para DSSS. Esta retro-compatibilidade é
extremamente importante pois permite a atualização da rede sem-fio sem precisar repor as placas de rede ou
pontos de acesso.

Os dispositivos 802.11b podem alcançar uma alta taxa de throughput de dados ao usar uma técnica de
codificação diferente do 802.11, permitindo que uma maior quantidade de dados seja transferida durante o mesmo
período de tempo. A grande maioria dos dispositivos de 802.11b ainda não chega ao throughput de 11 Mbps e
geralmente funciona na faixa de 2 a 4 Mbps.

802.11a cobre os dispositivos WLAN que operam na banda de transmissão 5 GHZ A utilização da faixa de
5 GHZ impede a interoperabilidade dos dispositivos 802.11b, dado que operam dentro de 2,4 GHZ. O 802.11a é
capaz de fornecer throughput de dados de 54 Mbps e com a tecnologia proprietária conhecida como "velocidade
dupla" alcançou 108 Mbps. Nas redes práticas, um regime mais padrão é de 20 a 26 Mbps.

O 802.11g oferece a mesma largura de banda do 802.11a com retro-compatibilidade para os dispositivos
802.11b usando a tecnologia de modulação Othogonal Frequency Division Multiplexing (OFDM). Cisco
desenvolveu um ponto de acesso que permite que os dispositivos 802.11b e 802.11a coexistam na mesma WLAN.
O ponto de acesso fornece serviços de gateway permitindo que esses dispositivos, normalmente incompatíveis, se
comuniquem.

2.3.2 Topologia e dispositivo sem fio

Uma rede sem-fio pode consistir em um mínimo de dois dispositivos. Os nós podem ser simplesmente
estações de trabalho desktop ou computadores notebook. Com a disponibilidade de placas de rede sem-fio, uma
rede improvisada poderia ser estabelecida que competisse com qualquer rede ponto-a-ponto cabeada. Ambos os
dispositivos agem como servidores e clientes neste ambiente. Embora ele proporcione conectividade, a segurança
é mínima, como é o caso também do throughput. Outro problema com este tipo de rede é a compatibilidade.
Muitas vezes as placas de redes de diferentes fabricantes não são compatíveis.

Para resolver o problema de compatibilidade, um ponto de acesso (AP) é comumente instalado para agir
como hub central para o modo de infra-estrutura da WLAN. O AP é ligado através de fios à rede local cabeada

20  
 
   
 
para fornecer acesso à Internet e conectividade à rede cabeada. Os APs são equipados com antenas e fornecem
conectividade sem-fio através de uma determinada área conhecida como célula. Dependendo da composição
estrutural do local onde é instalado o AP e o tamanho e o ganho da antena, o tamanho da célula poderá variar em
muito. Na maioria dos casos, a faixa será entre 91,44 a 152,4 metros (300 a 500 pés). Para atender maiores
áreas, podem ser instalados múltiplos pontos de acesso com um certo grau de sobreposição. A sobreposição
permite roaming entre as células. Isto é bem semelhante aos serviços fornecidos pelas companhias de telefones
celulares. A sobreposição, em redes AP múltiplas, é crítica para permitir o movimento dos dispositivos dentro da
WLAN. Apesar de não estar mencionado nos padrões IEEE, uma sobreposição de 20 a 30% é desejável. Essa
taxa de sobreposição permitirá o roaming entre as células, possibilita a atividade de desconexão e reconexão
transparente sem nenhuma interrupção nos serviços.

Quando um cliente é ativado dentro da WLAN, será iniciada uma "escuta" por um dispositivo compatível
com o qual se "associar". Isto é conhecido como varredura e pode ser ativo ou passivo.

A varredura ativa faz com que uma solicitação de sonda seja enviada do nó sem-fio que procura ligar-se à
rede. A solicitaçào de sonda conterá o Service Set Identifier (SSID) da rede à qual deseja ligar-se. Quando é
encontrado um AP com o mesmo SSID, o AP publicará uma resposta à sonda. Estão concluídas as etapas de
autenticação e associação.

Os nós passivos de varredura procuram quadros de gerenciamento de beacon (beacons), os quais são
transmitidos pelo AP (modo infra-estrutura) ou por nós de ponto (improvisados). Quando um nó recebe um beacon
que contém o SSID da rede à qual está tentando ligar-se, é feita uma tentativa para a ligação à rede. A varredura
passiva é um processo contínuo e os nós podem se associar ou desassociar com APs cnforme vai mudando a
instensidade do sinal.

2.3.3 Como as redes locais sem fio se comunicam

Depois de estabelecer a conectividade a WLAN, um nó passará quadros da mesma maneira como


em qualquer outra rede 802.x. As WLANs não utilizam um quadro padrão 802.3. Desta maneira, usar o termo
Ethernet sem-fio dá a impressão errada. Existem três tipos de quadros: de controle, de gerenciamento e de
dados. Somente o tipo de quadro de dados é semelhante aos quadros 802.3. O payload dos quadros sem-fio
e 802.3 é 1500 bytes; porém, um quadro Ethernet não pode exceder 1518 bytes enquanto que um quadro
sem-fio pode chegar até 2346 bytes. Geralmente o tamanho do quadro da WLAN será limitado a 1518 bytes
pois na maioria dos casos é conectado a uma rede Ethernet cabeada.

Já que a radiofreqüência (RF) é um meio compartilhado, podem ocorrer colisões da mesma maneira
que acontece nos meios compartilhados cabeados. A diferença maior é que não há nenhum método pelo qual
o nó da fonte seja capaz de detectar que ocorreu uma colisão. Por esta razão as WLANs usam a Detecção de
Portadora para Múltiplo Acesso com Prevenção de Colisões (CSMA/CA). Isto é mais ou menos como a
CSMA/CD do Ethernet.

Quando um nó da fonte envia um quadro, o nó receptor retorna uma confirmação positiva (ACK). Isto
pode causar um consumo de 50% da largura de banda disponível. Estes custos adicionais, quando
combinados com os custos adicionais do protocolo de prevenção de colisões, reduzem o throughput efetivo
de dados até um máximo de entre 5,0 e 5,5 Mbps numa rede local sem-fio 802.11b com regime de 11 Mbps.

O desempenho na rede será afetado também pela intensidade do sinal e pela degradação da
qualidade do sinal devido à distância ou interferência. À medida que o sinal se enfraqueça, poderá ser
invocada a ARS (Adaptive Rate Selection). A unidade transmissora reduzirá a velocidade dos dados de 11
Mbps até 5,5 Mbps, de 5,5 Mbps até 2 Mbps ou de 2 Mbps até 1 Mbps.

21  
 
   
 

2.3.4 Autenticação e associação

A autenticação na WLAN ocorre na Camada 2. Este é um processo de autenticação do dispositivo e não


do usuário. É crítico lembrar-se disso ao considerar a segurança, a resolução de problemas e o gerenciamento
geral de uma WLAN.

A autenticação pode ser até um processo nulo, como é o caso de um novo AP e placa de rede com a
configuração padrão estabelecida. O cliente enviará um quadro de pedido de autenticação até o AP e o quadro
será aceito ou rejeitado pelo AP. O cliente é notificado sobre a resposta por meio de um quadro de resposta de
autenticação. O AP também poderá ser configurado para fazer o handoff da tarefa de autenticação a um servidor
de autenticação, que realizaria um processo mais pormenorizado do credenciamento. A associação, realizada
após a autenticação, é a condição que permite que um cliente use os serviços do AP para transferir dados.

Tipos de Autenticação e Associação

• Não autenticado e não associado


• O nó está desconectado da rede e não associado a um ponto de acesso.
• Autenticado e não associado
• O nó foi autenticado na rede mas ainda não foi associado a um ponto de acesso.
• Autenticado e associado
• O nó está conectado à rede e permitido a transmitir e receber dados através de um ponto de acesso.

Métodos de autenticação

IEEE 802.11 admite dois tipos de processos de autenticação

O primeiro processo de autenticação é o sistema aberto. Este é um padrão de conectividade aberta no


qual é só necessário que o SSID corresponda. Pode ser utilizado num ambiente seguro ou não seguro embora
seja alta a capacidade dos "sniffers" de baixo nível na rede de descobrir a SSID da WLAN.

O segundo processo é a chave compartilhada. Este processo exige o uso de criptografia WEP (Wireless
Equivalency Protocol). A criptografia WEP é um algoritmo relativamente simples usando chaves de 64 e 128 bits.
O AP é configurado com uma chave criptografada e os nós que tentam acessar a rede através do AP precisam ter
uma chave correspondente. Chaves WEP estaticamente designadas providenciam um nível mais alto de
segurança que os sistemas abertos mas certamente não são "imunes aos hackers".

22  
 
   
 
O problema da entrada não autorizada nas WLANs está sendo abordado por várias novas tecnologias de
soluções de segurança.

2.3.5 Os espectros de radiofreqüência e microondas

Os computadores enviam sinais de dados eletronicamente. As transmissoras de rádio convertem estes


sinais elétricos em ondas de rádio. As alterações da corrente na antena de uma transmissora gera ondas de rádio.
Estas ondas de rádio irradiam em linhas retas da antena. No entanto, as ondas de rádio são atenuadas à medida
que vão se afastando da antena de transmissão. Numa WLAN, os sinais de rádio, medidos a uma distância de
apenas 10 metros (30 pés) da antena de transmissão teriam somente um centésimo da sua intensidade original.
Como a luz, as ondas de rádio podem ser absorvidas por certos materiais e refletidas por outros. Ao passarem de
uma substância, como o ar, para outra substância, como uma parede de alvenaria, as ondas de rádio são
refratadas. As ondas de rádio também são espalhadas e absorvidas por gotículas de água no ar.

É importante lembrar-se destas qualidades das ondas de rádio ao planejar uma WLAN para um edifício ou
cidade universitária. O processo de avaliação de um local para a instalação de uma WLAN é conhecido como
Pesquisa do Local.

Porque os sinais de rádio se enfraquecem à medida que se desloquem da transmissora, o receptor


também precisa estar munido de antena. Quando as ondas de rádio intersectam a antena do receptor, minúsculas
correntes são geradas nessa antena. Estas correntes elétricas, causadas pelas ondas de rádio recebidas, são
iguais às correntes que originalmente geraram as ondas de rádio na antena da transmissora. O receptor amplifica
a intensidade destes minúsculos sinais elétricos.

Numa transmissora, os sinais elétricos (de dados) de um computador ou rede local não são enviados
diretamente à antena da transmissora. Antes, estes sinais de dados são usados para alterar um segundo sinal
mais forte, denominado sinal portador.

O processo de alterar o sinal portador que irá entrar na antena de uma transmissora chama-se modulação.
Há basicamente três maneiras em que um sinal portador pode ser modulado. Por exemplo, as estações de rádio
de Amplitude Modulada (AM) modulam a altura (amplitude) do sinal portador. As estações de rádio de Freqüência
Modulada (FM) modulam a freqüência do sinal portador, conforme determinado pelo sinal elétrico proveniente do
microfone. Nas WLANs, um terceiro tipo de modulação, denominada fase modulada, é utilizado para sobrepor o
sinal de dados no sinal portador que por sua vez é transmitido pela transmissora.

Neste tipo de modulação, os bits de dados do sinal elétrico modificam a fase do sinal portador. Um
receptor desmodula o sinal portador que chega da antena. O receptor interpreta as mudanças de fase do sinal
portador e reconstrói dele o sinal elétrico original dos dados.

2.3.6 Sinais de ruídos em uma Wlan

Em uma rede Ethernet cabeada, é normalmente um processo simples diagnosticar a causa de

23  
 
   
 
interferências. Ao utilizar a tecnologia de radiofreqüência, vários tipos de interferência precisam ser
considerados.

A interferência de banda estreita é o contrário da tecnologia de espectro espalhado. Como o nome


implica, a interferência de banda estreita não afeta todo o espectro de freqüências do sinal sem-fio. Uma
solução para um problema de interferência de banda estreita é simplesmente mudar de canal sendo usado
pelo AP. O efetivo diagnóstico da causa de uma interferência de banda estreita pode ser uma experiência
muito cara e demorada. A identificação da fonte exige um analizador de espectro e mesmo um modelo
econômico é relativamente caro.

A interferência em todas as bandas afeta todo o espectro. As tecnologias da Bluetooth™ pula de


ponta a ponta dos 2,4 GHz muitas vezes cada segundo e pode causar um altíssimo nível de interferência em
uma rede 802.11b. Não é raro ver letreiros nas instalações que usam redes sem-fio pedindo que todos os
dispositivos Bluetooth™ sejam desligados antes de entrar. Nas casas e nos escritórios, um dispositivo
freqüentemente esquecido como fonte de interferência é o forno de microondas comum. Um vazamento de
microondas a um nível de um só watt no espectro de radiofreqüência pode causar graves problemas na rede.
Os telefones sem-fio que operam no espectro de 2,4 GHz também podem causar distúrbios na rede.

Geralmente, o sinal RF não será afetado mesmo pelas condição climáticas mais violentas. No
entanto, a neblina ou condições de umidade muito alta podem afetar, e de fato afetam, as redes sem-fio. Os
relâmpagos podem alterar a atmosfera e alterar o caminho de um sinal transmitido.

A primeira e mais obvia fonte de problemas com os sinais é a estação transmissora e o tipo de
antena. Uma estação com maior potência de saída transmitirá o sinal mais longe e uma antena parabólica
que concentra o sinal aumentará o alcance da transmissão.

Em um ambiente de escritório pequeno ou domiciliar (SOHO), a maioria dos pontos de acesso utiliza
antenas onidirecionais geminadas que transmitem os sinais em todas as direções, reduzindo assim o alcance
das comunicações.

2.3.7 Segurança para a rede sem fio

Como já foi estudado neste capítulo, a segurança pode ser difícil de conseguir em um sistema sem-fio.
Onde existem redes sem-fio, há pouca segurança. Isto vem sendo um problema desde os primeiros dias das
WLANs. Atualmente, muitos administradores estão falhos na implementação de práticas eficazes de segurança.

Vão surgindo várias novas soluções e protocolos de segurança, tais como Virtual Private Networking
(VPN) e Extensible Authorization Protocol (EAP). Com o EAP, o ponto de acesso não proporciona autenticação ao
cliente, mas passa esta tarefa para um dispositivo mais sofisticado, possivelmente um servidor dedicado e
projetado para esse propósito. A utilização de uma tecnologia VPN de servidor integrado cria um túnel por cima de
um protocolo já existente, tal como IP. Esta é uma conexão de Camada 3 e não uma conexão de Camada 2 entre
o AP e o nó emissor.

• EAP-MD5-Challenge – O Extensible Authentication Protocol é o tipo mais antigo de autenticação, que é


muito semelhante à proteção CHAP por senha em uma rede cabeada.
• LEAP (Cisco) – O Lightweight Extensible Authentication Protocol é o tipo mais universalmente usado
nos pontos de acesso WLAN da Cisco. O LEAP oferece segurança durante a troca de credenciais,
criptografia com chaves WEP dinâmicas, e suporte à autenticação mútua.
• Autenticação dos usuários – Este permite que só os usuários autorizados façam conexão, enviem e
recebam dados sobre a rede sem-fio.

24  
 
   
 
• Criptografia – Esta oferece serviços de criptografia para proteger ainda mais os dados contra intrusos.
• Autenticação de dados – Esta garante a integridade dos dados ao autenticar tanto o dispositivo de
origem como o de destino.

A tecnologia VPN efetivamente fecha a rede sem-fio já que uma WLAN irrestrita irá automaticamente
encaminhar o tráfego entre nós que parecem estar na mesma rede sem-fio. As WLANs freqüentemente estendem
além dos perímetros da casa ou escritório em que estão instaladas e, sem segurança, os intrusos podem infiltrar
na rede com pouco esforço. Por outro lado, um mínimo de esforço por parte do administrador da rede poderá
providenciar para a WLAN uma segurança de baixo nível.

Resumo

Deve ter sido obtido um entendimento dos seguintes conceitos importantes:

• Toda matéria é composta de átomos, e as três partes principais dos átomos são: prótons, nêutrons e
elétrons. Os prótons e nêutrons encontram-se na parte central (núcleo) do átomo.
• A descarga eletrostática (ESD) pode criar graves problemas para os equipamentos eletrônicos sensíveis.
• A atenuação se refere à resistência ao fluxo de elétrons e porque um sinal se torna degradado ao
propagar-se.
• A corrente flui em laços fechados denominados circuitos, os quais precisam ser compostos de material
condutor e precisam de uma fonte de voltagem.
• Um multímetro é usado para medir voltagem, corrente, resistência e outras quantidades expressas de
forma numérica.
• Três tipos de cabos de cobre utilizados nas redes são: direto, cruzado e rollover
• O cabo coaxial consiste em um condutor cilíndrico externo, oco, que circunda um só fio condutor interno.
• O cabo UTP é um meio de quatro pares de fios usado em uma variedade de redes.
• O cabo STP combina as técnicas de blindagem, cancelamento e trançamento de fios.
• A fibra óptica é um meio de transmissão muito bom quando corretamente instalada, testada e mantida.
• A energia da luz, um tipo de onda de energia eletromagnética, é usada para transmitir grandes
quantidades de dados de maneira segura a distâncias relativamente grandes.
• O sinal de luz, transmitido por uma fibra, é produzida por uma transmissora que converte um sinal elétrico
em sinal de luz.
• A luz que chega à extremidade distante do cabo é convertida novamente pelo receptor no sinal elétrico
original.
• As fibras são usadas em pares para providenciar comunicações full duplex.
• Os raios de luz obedecem às leis de reflexão e refração ao propagar-se através da fibra de vidro, fato que
permite a fabricação de fibras com a propriedade de reflexão interna total.
• A reflexão interna total faz com que os sinais de luz permaneçam dentro da fibra, mesmo que esta não
esteja em linha reta.
• A atenuação de um sinal de luz se torna problemática em cabos longos, especialmente se seções do cabo
são conectadas em patch panels ou emendadas.
• Os cabos e conectores precisam ser corretamente instalados e completamente testados com
equipamentos de testes ópticos de alta qualidade antes de serem utilizados.
• Os links de cabos precisam ser testados periodicamente com instrumentos de testes ópticos de alta
qualidade para determinar se o link tenha de alguma maneira deteriorado.
• Sempre se deve tomar cuidado para proteger os olhos quando da utilização de fontes de luz forte como
lasers.
• Um entendimento dos regulamentos e padrões que se aplicam à tecnologia sem-fio garantirá que as redes
implantadas serão interoperáveis e em cumprimento dos padrões.

25  
 
   
 
• Problemas de compatibilidade das placas de rede são resolvidos pela instalação de um ponto de acesso
(AP) para agir como hub central da WLAN.
• Três tipos de quadros são usados nas comunicações sem-fio: de controle, de gerenciamento e de dados.
• As WLANs usam a Detecção de Portadora para Múltiplo Acesso com Prevenção de Colisões (CSMA/CA).
• A autenticação em WLAN é um processo que autentica o dispositivo e não o usuário.

26  
 

Você também pode gostar