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Unidade III
7 CONCEITO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
Para a apuração do resultado do exercício, são comparadas as receitas ganhas e as despesas e custos
incorridos em determinado período, geralmente de um ano. Essa comparação é feita por meio da
subtração, ou seja, das receitas, subtraem-se as despesas e custos, para se obter o resultado do período
ou do exercício.
Na determinação do resultado, deve ser observado o principio da competência. Por este principio, deverão
ser consideradas as receitas efetivamente ganhas e não as necessariamente recebidas. Ainda por este principio,
deverão ser considerados os custos e despesas incorridas e não os necessariamente pagos.
A demonstração do resultado do exercício possui uma estrutura legal que deve ser obedecida.
Devemos entender como estrutura a forma de apresentação da DRE para seus diversos usuários internos
e externos.
I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e
administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais e o saldo da conta de
correção monetária (artigo 185, § 3º);
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Unidade III
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; (Redação dada pela Lei
nº 9.249, de 1995)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638, de 2007).
= Lucro Operacional
A Lei nº 11.638, publicada no Direito Oficial da União, em 31 de dezembro de 2007 e que passou a
vigorar a partir de 1º de janeiro de 2008, promoveu algumas importantes alterações na Lei nº 6.404/76,
modificando alguns artigos da Lei 6.404/76 objetivando atualizá-la ao novo mundo de negócios
globalizado.
No que diz respeito à estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício, a Lei nº 11.638/07 criou
algumas modificações que passamos a descrever:
Assim, segundo o estabelecido na Lei nº 11.638/07, o artigo 187 item IV, tinha e passa a ter a
seguinte redação:
Ainda no artigo 187, agora o item VI tinha e passa a ter a seguinte redação:
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Unidade III
VI – As participações de debêntures de
VI – As participações de debêntures, empregados e administradores mesmo
empregados, administradores e partes na forma de instrumentos financeiros,
beneficiárias, e as contribuições para e de instituições ou fundos de
instituições ou fundos de assistência assistência ou previdência de
ou previdência de empregados empregados, que não se caracterizem
como despesa
A seguir, discorreremos sobre a função de cada uma dessas contas que formam a estrutura de
Demonstração do Resultado do Exercício.
A palavra receita deve ser entendida como venda, venda de bens se a empresa for comercial, neste
caso, estaremos tratando de venda de mercadorias. Se a empresa for industrial, estaremos tratando de
venda de produtos e se a empresa for prestadora de serviços, estaremos tratando de venda de serviços.
A receita bruta, representa a soma de todas as vendas realizadas pela empresa num determinado
período. A receita bruta é portanto, a somatória das vendas feitas a vista e a prazo, no mercado interno
e externo.
Após a venda de mercadorias e produtos, quando da entrega das mesmas, o cliente pode identificar
algum fato que mostre que os bens entregues não estão de acordo com o pedido feito no ato de venda.
Tais fatos podem ser identificados, por exemplo: bens avariados durante o transporte, bens cujo
tipo, modelo, não corresponde à amostra do ato de venda, bens de qualidade inferior à prometida.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
b) Ficar com a mercadoria ou produto e negociar com o vendedor um abatimento, ou seja, uma
redução no preço de custo de mercadoria ou produto.
Nestas hipóteses, a empresa vendedora, pode utilizar para registrar o fato, contas tais como vendas
canceladas, devoluções de vendas, vendas anuladas, abatimentos sobre vendas. Observar que estamos
nos referindo a fatos que podem ocorrer após a venda de mercadoria ou produto, quando da entrega
dos mesmos pelo vendedor ao cliente.
Por outro lado, se o vendedor conceder ao comprador uma redução de preço em função da grande
quantidade comprada de mercadoria ou produto, ou ainda, por esse comprador representar um
cliente com grande potencial de compras futuras, estaremos diante de um fato, denominado desconto
comercial ou desconto incondicional. A empresa vendedora pode utilizar para registrar o fato contas
como descontos incondicionais concedidos, descontos comerciais concedidos.
Quanto aos impostos, estamos nos referindo aos impostos incidentes, que recaem proporcionalmente
sobre a receita bruta, quer seja de mercadorias, produtos ou serviços. Não nos preocuparemos neste
momento quanto ao cálculo e à contabilização desses impostos.
Alguns dos principais impostos, que incidem sobre as vendas brutas e que, portanto, deveriam ser
deduzidos das mesmas para obtermos a receita líquida são os seguintes:
b) IPI - Imposto sobre produtos industrializados. É um imposto de âmbito federal, isto é, cobrado e
pago à União.
c) ISS – Imposto sobre serviço. É um imposto de âmbito municipal, isto é, cobrado e pago à Prefeitura.
d) IE – Imposto sobre exportação é um imposto de âmbito Federal, isto é, cobrado e pago à União.
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Unidade III
Partindo-se da receita líquida, subtrai-se os custos das mercadorias vendidas (CMV) se a empresa
for comercial, que é representado pelo custo histórico de aquisição das mercadorias, acrescentados dos
gastos, por exemplo, frete, seguros e impostos não recuperáveis. A baixa dessas mercadorias negociadas,
vendidas, é normalmente efetuada com base no Preço Médio Ponderado.
Se a empresa for industrial, será subtraído da Receita Líquida o Custo dos Produtos Vendidos (CPV).
O Custo dos Produtos Vendidos, compreenderá o resultado obtido pela soma dos estoques iniciais de
produtos acabados, com os custos de produção do período (matéria-prima, mão de obra direta e os
custos indiretos de fabricação), diminuídos dos estoques finais.
E, finalmente, quanto aos custos que serão deduzidos da receita líquida, temos o caso das
empresas prestadoras de serviços, onde são encontrados os Custos dos Serviços Prestados (CSP).
Neste caso, as regras são teoricamente as mesmas, mas é frequente encontrarmos empresas
prestadoras de serviços que não apuram o custo dos serviços prestados e acabam tratando todos
esses gastos como despesas do período, misturando-os às despesas gerais/administrativas. Observa-
se que este procedimento não é recomendável.
Observação
Representa o lucro bruto, a diferença entre a receita líquida e o custo dos produtos, mercadorias ou
serviços vendidos.
Antes das leis 11.638/07 e 11.941/09, os contadores brasileiros evidenciavam as despesas e receitas
operacionais, com o intuito de apurar um lucro operacional.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Entendia-se como operacionais atividades que constituem o objeto social da empresa. Eram
consideradas atividades operacionais:
• despesas de vendas;
• despesas financeiras;
• receitas financeiras;
• despesas gerais/administrativas;
• outras despesas operacionais;
• outras receitas não operacionais;
• receitas não operacionais;
• despesas não operacionais.
São consideradas nesta conta as despesas relacionadas com a venda de mercadorias, produtos ou
serviços da empresa, tais como: salário dos vendedores; comissões pagas aos vendedores; encargos
sociais incidentes sobre os salários e comissões dos vendedores; despesas de viagens de vendedores;
frete sobre venda; propaganda.
São consideradas, nessa conta, a representação dos ganhos auferidos com aplicações financeiras,
feitas pela empresa, tais como: juros auferidos, correção monetária auferida, descontos financeiros
obtidos.
São consideradas, nesta conta, todas as despesas com a administração da empresa, tais como:
salários e encargos sociais do pessoal administrativo, aluguéis administrativos, material de expediente,
água, luz, telefone, segurança, alimentação, transporte e assistência médica dos funcionários.
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Unidade III
Esta conta representa um tributo devido ao Governo Federal pelas empresas que estão sujeitas ao
recolhimento do Imposto de Renda com base no lucro real.
Esta conta representa um tributo devido ao Governo Federal, que a empresa deve pagar sobre o lucro
gerado por suas operações.
Devemos ressaltar que o Imposto de Renda incide sobre o lucro real, e não sobre o lucro contábil.
Segundo o artigo do Regulamento do Imposto de Renda, o Lucro Líquido do Período de apuração,
ajustado pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas. Maiores detalhes sobre este
assunto (lucro real/ calculado do Imposto de Renda) serão estudados em disciplinas posteriores.
Saiba mais
Do lucro após o Imposto de Renda, devemos subtrair as participações e contribuições previstas nos
estatutos da empresa. Essas participações e contribuições representam partes do lucro a serem pagas a
favorecidos específicos, conforme determinarem os estatutos de cada empresa.
Esta conta reúne despesas não classificadas em outras contas de despesas operacionais
anteriormente citadas. É importante mencionar que, se algumas dessas “outras” despesas operacionais
apresentarem valor relevante, será preciso indicar, pelo titulo, a sua natureza. Podemos citar como
exemplo: mercadorias danificadas, quebra de estoque.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Por determinação legal, a Demonstração do Resultado do Exercício, deve conter os valores do Lucro
Líquido por ação em que se divide o capital social.
A seguir, reproduz-se a atual estrutura básica da DRE, segundo o CPC26_R1 que faz correlação com
a Norma Internacional de Contabilidade IAS 1 (IASB – BV 2011):
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Unidade III
(e) (eliminada);
(vi) resultado líquido do período. (Item alterado pela Revisão CPC 06)
Demonstração do Resultado do
Exercício findo em X1 X1 X0
Receita Bruta (Vendas ou Serviços)
(-) Deduções da Receita Bruta
(=) Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias, Produtos ou Serviços
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas (Gerais; Administrativas; Vendas);
(+/-) Receitas (Despesas) com Investimentos, Pessoas Ligadas
(+/-) Outras Receitas ou Despesas
(=) Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras
(+/-) Receitas e Despesas Financeiras
(=) Resultado antes dos Tributos sobre Lucros
(-) Despesas com tributos sobre os Lucros
(=) Resultado Líquido das Operações Continuadas
(+/-) Vendas/Custos (Vendas de itens do não circulante) Resultado de Operações Descontinuadas
(=) Resultado Líquido do Período
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
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Unidade III
Saiba mais
Empresas da área de serviços costumam demonstrar uma DRE bem
detalhada. Uma dica é acessar as demonstrações contábeis da empresa
Ticket em:
<http://www.ticket.com.br/portal/portalcorporativo/home/>.
8.1 Introdução
Essa demonstração apresenta as receitas, despesas e outras mutações que afetam o patrimônio
líquido, mas que não são reconhecidas (ou não foram reconhecidas ainda) na Demonstração do Resultado
do Exercício, conforme determinam os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações que regulam a
atividade contábil. Tais receitas e despesas são identificadas como “outros resultados abrangentes” e, de
acordo com o CPC 26, compreendem os seguintes itens:
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
A DRA, pelas normas internacionais, pode ainda ser apresentada como continuidade da DRE, mas no
Brasil o CPC determinou que seja como um relatório à parte. Utilizando os mesmos números que estão
como exemplo no CPC 26.
Note-se que, apresentadas separadamente, bastaria a DRA começar a partir do Lucro Líquido
Tabela 1
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Unidade III
Tabela 2
(O exemplo acima está com os mesmos números do exemplo anexado ao CPC 26.)
O Pronunciamento Técnico CPC sugere ainda que a DRA seja adicionada à Mutação do
Patrimônio Líquido.
As empresas devem, de acordo com o CPC 26, divulgar como alocações do resultado do exercício na
DRA consolidada os resultados abrangentes totais do período atribuíveis à participação de sócios não
controladores, e os atribuíveis aos detentores do capital próprio da empresa controladora. O referido
Pronunciamento Técnico dispõe também que os outros resultados abrangentes podem ser evidenciados
líquidos de seus respectivos efeitos tributários, ou antes de tais efeitos, sendo estes divulgados em
montante único, que totalize os tributos dos componentes.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
No momento em que ocorre a realização contábil dos itens, registrados como outros resultados
abrangentes (por exemplo, baixa de investimentos em companhias no exterior, baixa de ativos
financeiros disponíveis para venda, ou quando operações anteriormente prevista e sujeita a
hedge de fluxo de caixa afeta o resultado líquido do exercício etc.), configura-se a necessidade
de divulgação dos ajustes de reclassificação, que são tratados no item 93 do CPC 26, conforme
transcrito a seguir:
A entidade pode optar por apresentar os ajustes de reclassificação em notas explicativas, não os
divulgando na DRA, mas, nesse caso, ela deverá apresentar os itens de outros resultados abrangentes
após os respectivos ajustes de reclassificação.
Cabe salientar que não devem ser tratadas como ajustes de reclassificação as mutações na reserva
de reavaliação, quando permitida por Lei, ou os ganhos e perdas atuariais de planos de benefício a
empregados. Ambos são reconhecidos como outros resultados abrangentes, mas não são reclassificados
para o resultado líquido em exercícios posteriores. Na medida em que ocorrer a realização da reserva
de reavaliação, suas mutações devem ser transferidas para Reserva de Retenção de Lucros ou para
Prejuízos Acumulados. Certos ganhos e perdas atuariais de planos de benefício a empregados podem ser
registrados na Reserva de Retenção de Lucros ou em Prejuízos Acumulados no exercício em que forem
reconhecidos como outros resultados abrangentes.
Por fim, o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis destaca
que, quando for relevante para a compreensão dos resultados da companhia, outras rubricas, contas,
títulos e subtotais devem ser apresentados na DRA e na DRE. Entretanto, a entidade não deve apresentar
nas referidas demonstrações, ou em notas explicativas, rubricas, receitas ou despesas sob a forma de
itens extraordinários. Também não se admite mais a figura das receitas e despesas não operacionais.
A única discriminação é a dos resultados derivados das atividades descontinuadas (COMITÊ DE
PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2013).
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Unidade III
Demonstração do Resultado
Abrangente de X1 X1 X0
Resultado Líquido do Período
(+/-) Outros Resultados Abrangentes
Variação de Reserva de Reavaliação (Quando Existente)
Ganhos/Perdas em Planos Previdência Complementar
Ou Conversão das Demonstrações Contábeis p/Exterior
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(+/-) Resultados Abrangentes de Empresas Investidas (quando reconhecidas pela Eq. Patrimonial)
(=) Resultado Abrangente do Período
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Exemplos de aplicação
1. Língua e Jargão
Ao longo da unidade, você teve contato com termos da área contábil que correspondem a
determinados conceitos e, em razão disso, propõe-se que você aprofunde sua compreensão em
relação a esses termos. Assim, tente explicar a seguir com suas próprias palavras o que significa o
termo em destaque (caso necessite, volte ao texto, releia-o e pesquise em livros e na internet não
só o que o termo significa, mas como os profissionais da área contábil o utilizam).
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2. Imagine um produto, que pode ser um bem de consumo, um bem intermediário, um bem de
capital ou um serviço que por algum motivo atrai a sua admiração (não necessariamente você
precisa consumir esse produto regularmente ou mesmo esporadicamente).
Escolhido o produto de seu interesse, busque a empresa que produz e/ou distribui esse produto e
tente encontrar seu balanço patrimonial e a demonstração de resultados do exercício e analise-os.
Responda à seguinte questão: O BP e a DRE dessa empresa vão ao encontro de toda a teoria
que você estudou neste livro? Justifique.
Caso não consiga responder a essa pergunta, analise novamente, faça uma revisão quantas vezes
julgar necessário deste livro-texto e entre em contato com os tutores presenciais e ou a distância
(munido evidentemente das demonstrações que está analisando). Não fique com dúvidas!
Observação
3. No espaço a seguir, tente montar um mapa mental ou um esquema com os principais conceitos
estudados nesta unidade.
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Unidade III
8.4.1 Introdução
A lei enumera o mínimo dessas notas e induz a sua ampliação quando forem necessárias para o
devido esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
Nesse mínimo, incluem-se divulgar informações sobre a base de preparação das demonstrações
financeiras e das práticas contábeis aplicadas, divulgar as informações exigidas pelas praticas contábeis
adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações contábeis,
realizar a descrição dos critérios de avaliação dos elementos patrimoniais e das práticas contábeis
adotadas, dos ajustes dos exercícios anteriores, das reavaliações, do ônus sobre ativos, dos detalhamentos
das dívidas de longo prazo, do capital e dos investimentos relevantes em outras empresas, dos eventos
subsequentes importantes após a data do balanço etc. (FIPECAFI, 2011)
O artigo 176, 4º e 5º, e o artigo 177, 1º, transcritos a seguir, apresentam as informações mínimas que
devem constar nas notas explicativas:
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
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Unidade III
O CPC 26(R1), aprovado pelo CFC como Norma Brasileira de Contabilidade (NBC TG 26), em seus
itens 77 a 80 também disciplinam as informações mínimas que devem constar das notas explicativas:
77. A entidade deve divulgar, seja no balanço patrimonial, seja nas notas
explicativas, rubricas adicionais às contas apresentadas, classificadas de
forma adequada às operações da entidade.
(IV) o valor nominal por ação, ou informar que as ações não têm valor nominal;
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
80. A entidade sem capital representado por ações, tal como uma sociedade
de responsabilidade limitada ou um truste, deve divulgar informação
equivalente à exigida no item 79(a), mostrando as alterações durante
o período em cada categoria de participação no patrimônio líquido e os
diretos, preferências e restrições associados a cada categoria de participante.
Resumo
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Unidade III
Após todos esse esforço, entende-se que você está apto para prosseguir
os estudos de outras disciplinas do curso de ciências contábeis, em um
aprimoramento contínuo.
Exercícios
I – Para obter o valor da receita bruta, basta deduzir da receita líquida o custo dos produtos e
serviços vendidos.
II – O valor da receita líquida das vendas e serviços é apurado antes do valor do lucro bruto.
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
I) Afirmativa incorreta.
Justificativa: entende‑se por receita bruta a soma de todas as vendas realizadas pela empresa
num determinado período. A receita bruta é, portanto, a somatória das vendas feitas à vista e
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
a prazo. Ao diminuir o custo dos produtos e serviços vendidos da receita líquida, tem‑se como
resultado o lucro bruto.
Justificativa: o valor da receita líquida das vendas e serviços é apurado antes do valor do lucro bruto.
A receita líquida é obtida quando são deduzidos da receita bruta de vendas de bens e serviços, pela
ordem, devoluções, abatimentos e descontos comerciais bem como os impostos sobre a venda. Tem‑se,
então, a receita líquida que, também pela ordem, deduzida do custo dos produtos e serviços vendidos,
chega‑se ao resultado do lucro bruto.
Questão 2 (CESPE, 2010, TRE‑MT, adaptada). Considerando que, de acordo com a Lei nº
6.404/76, a DRE deve ser apresentada na forma dedutiva com os detalhes necessários das
receitas, despesas, ganhos e perdas, definindo claramente o lucro ou prejuízo do exercício, e por
ação, assinale a opção correta:
A) O valor da receita líquida das vendas e serviços deve ser apurado pela diferença entre a receita
bruta das vendas e serviços e o valor do custo das mercadorias e serviços vendidos.
C) O lucro (ou prejuízo) líquido do exercício e o montante do lucro (ou prejuízo) por ação do capital
social devem ser apurados depois da dedução dos valores das participações.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 3 de fev. 1970, p. 23. Disponível em: <http://news.google.com/newspap
ers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19700203&printsec=frontpage&hl=pt-BR>. Acesso em: 4 jul. 2018.
Figura 3
Figura 5
Figura 9
NATURA COSMÉTICOS S.A. Demonstrações financeiras: 31 de dezembro de 2016. São Paulo, 2017.
Disponível em: <http:// http://natu.infoinvest.com.br/ptb/5907/Demonstraes%20financeiras%20
4T16%20-%20Portugus%20com%20ata.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2018. p. 7.
Figura 10
NATURA COSMÉTICOS S.A. Demonstrações financeiras: 31 de dezembro de 2016. São Paulo, 2017.
Disponível em: <http://natu.infoinvest.com.br/ptb/5907/Demonstraes%20financeiras%204T16%20
-%20Portugus%20com%20ata.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2018. p. 8.
Figura 11
NATURA COSMÉTICOS S.A. Demonstrações financeiras: 31 de dezembro de 2016. São Paulo, 2017.
Disponível em: <http://natu.infoinvest.com.br/ptb/5907/Demonstraes%20financeiras%204T16%20
-%20Portugus%20com%20ata.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2018. p. 9.
70
REFERÊNCIAS
Textuais
BRAGA, H. R.; ALMEIDA, M. C. Mudanças contábeis na lei societária. São Paulo: Atlas, 2008.
BRASIL. Lei nº 6.404 (compilada), de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por
ações. Brasília, 1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6404compilada.
htm>. Acesso em: 6 jul. 2018.
___. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15
de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de
grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Diário
Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF.
IUDÍCIBUS, S. de; MARTINS, E.; KANITZ, S. C. Contabilidade introdutória: livro-texto. 11. ed. São
Paulo: Atlas, 2011.
___. Contabilidade empresarial: livro de exercício. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
NATURA COSMÉTICOS S.A. Demonstrações financeiras: 31 de dezembro de 2016. São Paulo, 2017.
Disponível em: <http:// http://natu.infoinvest.com.br/ptb/5907/Demonstraes%20financeiras%20
4T16%20-%20Portugus%20com%20ata.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2018.
71
NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade básica. 13. ed. São Paulo: Frase, 2006.
SANTOS, J. L.; SCHMIDT, P.; FERNANDES, L. A. Demonstrações contábeis das companhias abertas.
1. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
Sites
<http://www.cpc.org>.
Exercícios
Unidade II – Questão 2: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Prova para provimento de cargos de
Agente de Fiscalização Financeira, realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo em
fevereiro de 2012. Questão 62. Disponível em: <http://www.questoesdeconcursos.com.br/prova/
arquivo_prova/25799/fcc-2012-tce-sp-agente-de-fiscalizacao-financeira-prova.pdf>. Acesso em: 18
mai. 2013.
Unidade III – Questão 1: ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA (ESAF). Prova para provimento
de cargos de analista de analista de comércio exterior, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior em maio de 2012. Questão 48. Disponível em: < http://www.
questoesdeconcursos.com.br/prova/arquivo_prova/27576/esaf-2012-mdic-analista-de-comercio-
exterior-prova-2-grupo-1-prova.pdf>. Acesso em: 18 mai. 2013.
Unidade III – Questão 2: CENTRO DE SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS (CESPE). Prova para
provimento de cargos de analista judiciário – contabilidade, realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral
do Mato Grosso em janeiro de 2010. Questão 35. Disponível em: <http://www.questoesdeconcursos.
com.br/prova/arquivo_prova/1343/cespe-2010-tre-mt-analista-judiciario-contabilidade-prova.pdf>.
Acesso em: 18 mai. 2013.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000