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2015
Editorial
Comitê Editorial
Durval Corrêa Meirelles
Juarez Jonas Thives Júnior
Ornella Pacífico
Jair do Canto Abreu Júnior
Andreia Marques Maciel
Autora do Original
Beatriz Selan
tomadores de recursos.
Você vai entender também, que é necessário o conheci-
CCC
Introdução
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) pode ser defini-
do como o conjunto de instituições financeiras, que tem na
transferência de recursos dos agentes poupadores para os
agentes tomadores de recursos, sua principal função,
Mercado Financeiro
8
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
2400
2339
2300 2295
2218
2200
2100 2088
2000 1995
1900
1800
2009 2010 2011 2012 2013
9
Mercado Financeiro
11
Mercado Financeiro
Subsistema
normativo
Sistema Financeiro
Nacional (SFN)
Subsistema de
intermediação
12
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
13
Mercado Financeiro
Banco Central do
Subsistema
Brasil – Bacen
normativo
Comissão de valores
mobiliários – CVM
Instituições
especiais
Sistema financeiro
Banco Nacional de
nacional
Instituições financeiras
bancárias
Institições financeiras
não bancárias
Subsistema do
intermediação
Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo – SBPE
Instituições
auxiliares
Instituições
não financeiras
14
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
Conselho Monetário
Nacional
(CMN)
Banco Central
(Bacen)
Subsistema
Normativo Comissão Valores
Mobiliários
(CVM) B.B.
Instituições
BNDES
Especiais
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
CEF
15
Mercado Financeiro
liquidação e transferência.
20
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
21
Mercado Financeiro
1 2 Banco
Vendedor 4 Comprador 3 Central
Títulos Fundos
23
Mercado Financeiro
24
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
25
Mercado Financeiro
nha. É importante frisar que os EUA têm 18% dos votos o que os dá o di-
reito de veto nas decisões mais importantes.
Vale ressaltar que o principal objetivo do FMI é “garantir um siste-
ma monetário internacional ordenado, estável, previsível e livre, criando
as bases para o crescimento balanceado do comércio internacional e da
economia dos países-membros” (FORTUNA, 2013, p. 1053). Ou seja,
ele é o supervisor do sistema monetário internacional focando nas polí-
ticas monetária e cambial dos países membros, servindo de consultor em
momentos de crise e concedendo crédito quando ocorrem desequilíbrios
temporários do balanço de pagamentos dos países membros.
“Mas qual é o tamanho desse fundo?” você deve-se perguntar. Ele é
a soma da subscrição (quotas) de seus membros, que refletem a importân-
cia de cada membro na economia mundial – elas são revistas a cada cinco
anos e são conhecidas como Special Drawing Rights (SDR). Os SDRs são
ativos de liquidez internacional, criados pelo FMI e que circulam entre os
bancos centrais via trocas por moedas fortes com outros países-membro.
O gráfico 1 abaixo indica o percentual de cada moeda que integra o SDR.
O valor do SDR é determinado pelo movimento das taxas de câmbio entre
estas moedas.
• Mercado Cambial.
26
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
27
Mercado Financeiro
Composição %
35 – 32,7
31,7
30 –
25 – 24,2
21,5
20 – 17,9
17,5
15 –
10,2
10 – 8,7 7,9 9,6
0–
Setor público Indústria Habitação Rural Comércio PF Outros serviços
• 2008 • 2009
que ele mesmo paga ao captar dinheiro com um agente superavitário. Esse
valor pode variar de acordo com a operação, já que cada uma delas envol-
28
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
ve certo risco. O Brasil, contudo, é famoso por ter um dos maiores spre-
ads bancários do mundo. O gráfico abaixo indica a evolução mensal do
spread bancário de 2011 a março de 2014 com dados do Banco Central.
26
24
22
20
18
16
14
12
10
mar 11
mar 12
mar 13
mar 14
set 11
dez 11
set 12
dez 12
set 13
dez 13
jun 11
jun 12
jun 13
Total Pessoas Físicas Pessoas Jurídicas
Gráfico 2 – bancário em operações de crédito livres (até março de 2014).
Banco Central do Brasil (2014).
29
Mercado Financeiro
R$ 2,00.
De acordo com Maia (2011), como a taxa é o preço da moeda, está
sujeita à lei de oferta e da procura. As mesmas forças que, no mercado
30
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
31
Mercado Financeiro
32
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
FLAVARONE | DREAMSTIME.COM
33
Mercado Financeiro
34
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
35
Mercado Financeiro
Operações de repasses
As operações de repasses constituem-se em empréstimos contra-
tados por instituições financeiras do mercado de capitais e repassados a
36
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
Arrendamento mercantil
A operação de arrendamento mercantil (leasing) pode ser compreen-
dida como uma forma especial de financiamento. Basicamente, essa moda-
lidade é praticada mediante a celebração de um contrato de arrendamento
(aluguel) efetuado entre um cliente (arrendatário) e uma sociedade de arren-
damento mercantil (arrendadora), visando à utilização, por parte do primei-
ro, de certo bem durante um prazo determinado, cujo pagamento é efetuado
em forma de aluguel (arrendamento) (ASSAF NETO, 2011, p. 84).
O arrendamento mercantil para pessoa física trata-se de uma ope-
ração de arrendamento ou aluguel de veículos de passeio. A amortização
dessa modalidade de financiamento ocorre de forma mensal e a longo
prazo – opcionalmente em 24 ou 36 meses. Após a aprovação do crédito,
o bem é adquirido pela arrendadora, seguindo as especificações técnicas
fornecidas pelo cliente. Ao final do contrato o cliente poderá optar por
uma das três alternativas: comprar o bem pelo seu valor residual, apresen-
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
Securitização de recebíveis
O objetivo da securitização de recebíveis é permitir à empresa a
obtenção de recursos a taxas menores que as praticadas no mercado, sem
comprometer o seu limite de crédito com os credores e sem alterar os
índices de endividamento do seu Balanço. A empresa deve ter carteira de
recebíveis de curto prazo pulverizados (BRITO, 2005, p. 180).
Os ativos financeiros são transformados em títulos negociáveis no
mercado secundário. Os títulos emitidos são representativos de dívida, com
risco vinculado especificamente ao desempenho dos ativos securitizados. O
risco de crédito desse tipo não é analisado com base na avaliação individual
de cada devedor, mas mediante cálculo atuarial, levando-se em conta o risco
de inadimplência da carteira de cada empresa (BRITO, 2005, p. 180).
39
Mercado Financeiro
Atividades
01. Descreva as partes que compõem o sistema financeiro nacional, bem
como suas importâncias e papéis.
Reflexão
O Sistema Financeiro Nacional proporciona uma divisão clara das
tarefas de cada agente que faz a intermediação financeira, oferecendo
regras, normas e um ambiente que propicie a evolução dos investimentos
e da poupança no país. Parte integrante desse sistema, são os mercados fi-
nanceiros e suas oportunidades de créditos e financiamentos para os diver-
sos tipos de clientes e necessidades. Esses temas discutidos neste capítulo
mostram como esses conceitos são importantes para o conhecimento de
qualquer gestor.
Leitura recomendada
Você aprenderá mais sobre esses subsistemas do SFN ao ler o se-
guinte texto. A autora se propõe a analisar alguns integrantes do subsiste-
ma intermediação e dos agentes especiais no mercado de crédito.
Proibida a reprodução – © UniSEB
40
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
Referências
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
41
Mercado Financeiro
42
Sistema Financeiro Nacional e os Mercados Financeiros – Capítulo 1
No próximo capítulo
No próximo capítulo, você aprenderá alguns conceitos sobre o que
são riscos das aplicações financeiras e como podemos dividi-los para
facilitar o entendimento do risco que cada gestor aceita em determinado
projeto. Além disso, discutiremos o que são títulos de renda fixa, quais
são os principais produtos desse tipo com seus cálculos e remunerações
possíveis.
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
43
Mercado Financeiro
Minhas anotações:
Proibida a reprodução – © UniSEB
44
Medidas de Risco e
os Produtos Financeiros
Disponíveis às Empresas
2 Esse capítulo mostra alguns dos principais
conceitos sobre as medidas de risco que devem
lo
ser considerados por qualquer gestor, uma vez que
toda aplicação financeira ou projeto de investimento
ít u
Você se lembra?
De ter ouvido falar em riscos de uma aplicação financeira?
Ou da possibilidade de um projeto de uma empresa dar er-
rado? O tema risco é muito importante para um gestor,
principalmente no que se refere a escolha das melho-
res oportunidades para uma empresa.
Mercado Financeiro
Introdução
É interessante destacar que os argumentos aqui expostos terão foco
nas empresas de capital aberto, isso é feito simplesmente pelo fato de as
maiores e mais complexas organizações terem esse formato, no entanto
nada impede dos conceitos aqui explorados serem utilizados em empresas
constituídas de forma diferente.
O risco e o retorno são dois fatores que o administrador financeiro
deve saber avaliar para poder maximizar o preço da ação da empresa. Va-
mos começar explorando os conceitos desses dois elementos.
46
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
47
Mercado Financeiro
48
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
∑ (r )
2
σ t= −r ⋅ Pr j
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
j
j =1
49
Mercado Financeiro
ct + Pt − Pt − 1
rt =
Pt − 1
em que a variável rt é a taxa de retorno esperada no período t; Ct é o fluxo
de caixa recebido a partir do investimento no ativo durante o período t-1
a t; Pt é o preço do ativo no tempo t e, por último, Pt-1 é o preço do ativo
no tempo t-1.
Imagine, por exemplo, que a empresa Zepellin possui duas máqui-
nas sendo:
• Alfa: adquirida por R$ 10.500 e com valor de mercado de R$ 9.000,
e que gerou R$ 5.000 de caixa após impostos no último ano;
• Beta: adquirida por R$ 18.000, valor de mercado de R$ 15.500
e geração de R$ 3.500 de caixa após impostos no último ano.
Qual o retorno das máquinas? E qual ela deveria escolher para ser
sua máquina principal apenas considerando o conceito de retorno?
Aplicando a fórmula anterior nos dois casos, temos:
R$5.000 + R$9.000 − R$10.500 R$3.500
ALFA: k L = = = 33, 33%
R$10.500 R$10.500
Esse fato influencia nos preços dos ativos e pode gerar efeitos no risco de
diversas aplicações, já que aumentos dos retornos de títulos do governo
que são conhecidos por terem riscos baixíssimos poderão criar um efeito
manada dos investidores para esses títulos. Ao preferirem um ativo com
50
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
tendem a ter comportamentos contrários para que haja a redução dos ris-
cos da carteira de investimento. Uma das formas das empresas reduzirem
riscos também é por meio do investimento internacional para redução do
52
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
53
Mercado Financeiro
54
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
55
Mercado Financeiro
56
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
58
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
BCO do EST do
15 0,00 7,23 6,42 0,01 1,84 8,27
RS S.A.
BRB BCO de Brasi-
16 1,70 9,01 9,01 4,20 0,92 14,13
lia S.A.
Tabela 2.2 – Ranking das Taxas de Hot Money, entre os períodos de 23/07/2010 e 29/07/2010
Fonte: Banco Central do Brasil
59
Mercado Financeiro
Exemplo: Admita uma operação Hot Money contratada por três dias
no valor de R$ 2.500,00. As taxas over mensais estabelecidas para cada
dia são, respectivamente, de 1,90%, 2,20% e 2,16%. São computados 23
dias úteis no período da operação.
O banco intermediário cobra um spread de 0,09% ao dia, incidindo
também IOF de 0,0041% ao dia, descontado antecipadamente. O IOF é
pago diariamente e os juros e o spread são acumulados ao montante da
dívida e liquidados no final da operação (3º dia).
Determinar os valores envolvidos na operação.
Solução:
1º dia
Empréstimo R$ 2.500,00
IOF: 2.500,00 x 0,0041% R$ 0,10
Empréstimo Liberado R$ 2.499,90
Juros + Spread
2.500,00 x (0,019 / 30 + 0,0090) R$ 3,83
Saldo Devedor R$ 2.503,73
2º dia
Empréstimo R$ 2.503,73
IOF: 2.503,73 x 0,0041% R$ 0,10
Empréstimo Liberado R$ 2.503,63
Juros + Spread
2.503,73 x (0,022 / 30 + 0,0090) R$ 4,09
Saldo Devedor R$ 2.507,72
3º dia
Empréstimo R$ 2.507,72
IOF: 2.507,72 x 0,0041% R$ 0,10
Empréstimo Liberado R$ 2.507,62
Juros + Spread
2.507,72 x (0,0216 / 30 + 0,0090) R$ 4,06
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60
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
d + IOF
i=
1 − (d + IOF)
Exemplo: Sendo de 3,8% ao mês a taxa de desconto bancário (taxa
nominal), 0,0041% ao dia o IOF, e um prazo de desconto de 60 dias, o custo
efetivo desta operação, aplicando-se a fórmula direta de cálculo, atinge:
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
2.3.1.6 Debêntures
63
Mercado Financeiro
Assembleia de
acionistas – AGE
Registro na CVM
e na CETIP/SND
Coordenação da
emissão
Agente fiduciário
64
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
2.3.1.8 Factoring
66
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
i 0, 021
d= = = 2, 06%
1 + i 0, 021
Fator
Custo de oportunidade 2,06%
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
Impostos
67
Mercado Financeiro
4, 36% 4, 36%
Fator + Imposto = = = 4, 41%
1 − 0, 011 0, 989
120.000
Taxa Efetiva = − 1 = 4, 6% a.m.
114.708, 00
68
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
Exemplos:
Letras do Tesouro Nacional – LTN: possuem as seguintes carac-
terísticas:
I – Prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando da
emissão do título.
II – Modalidade: nominativa.
III – Valor nominal: múltiplo de R$ 1.000,00 (mil reais).
IV – Rendimento: definido pelo deságio sobre o valor nominal.
V – Resgate: pelo valor nominal, na data de vencimento.
Atividades
01. Explique como funciona o Tesouro Direto.
Reflexão
Este capítulo mostrou algumas das principais definições sobre ris-
co e retorno das empresas e suas decisões de investimento. Saber onde
investir é extremamente importante para um gestor que deve, portanto,
considerar os riscos e retornos de cada aplicação para que a decisão seja
coerente com as estratégias da empresa. Além disso, conhecer as fontes
de financiamento via produtos financeiros é um diferencial para qualquer
gestor.
73
Mercado Financeiro
Leitura recomendada
Para ampliar seus conhecimentos e a aplicação sobre as variáveis de
risco e retorno, leia o texto abaixo extraído do Jornal O Valor Econômico.
Autor: Marcelo D’Agosto
Título: Risco e retorno nas aplicações financeiras
Link: <http://www.valor.com.br/valor-investe/o-consultor-
financeiro/2895132/risco-e-retorno-nas-aplicacoes-financeiras>
Data: 07/11/2012, Seção “O Consultor Financeiro”/
74
Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
338
320
279 271
265
240
160
80
33 33
7 16
0
70–79 80–89 90–99 00–09
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Medidas de Risco e os Produtos Financeiros Disponíveis às Empresas – Capítulo 2
Referências
ASSAF NETO, A. A. Finanças corporativas e valor. 4. ed. São Pau-
lo: Atlas, 2009.
77
Mercado Financeiro
No próximo capítulo
Veremos no próximo capítulo como funciona o mercado acionário.
Para isso, discutiremos os locais em que os investidores podem atuar,
qual é o funcionamento do mercado acionário e como as ações podem ser
divididas, bem como os rendimentos associados a elas. Veremos que as
empresas podem usar-se do processo de abertura de capitais para ampliar
suas fontes de financiamento de longo prazo, bem como o funcionamento
detalhado do mercado secundário (representado pelas Bolsas de Valores).
Por fim, falaremos das funções das bolsas de valores e das definições de
risco no mercado secundário.
Proibida a reprodução – © UniSEB
78
Mercados Acionistas e
suas Importâncias
Esse capítulo mostra os principais con-
Você se lembra?
De ter ouvido falar em compras de ações da Petrobrás com o uso do
FGTS em 2000 e das mesmas menções para as ações da Vale em 2002?
Veremos o conceito de ações e sua importância para o mercado de capi-
tais como forma de financiamento de longo prazo das empresas.
Mercado Financeiro
Introdução
Segundo Assaf Neto (2003, p. 220), à
medida que a economia se expande mais
relevante se apresenta o sistema de O mercado de
valores mobiliários brasilei-
distribuição de valores mobiliários ro negocia, predominantemente,
como fator multiplicador da ri- ações, debêntures e quotas de fundos
queza nacional. A participação de investimento. Entretanto, existem vários
outros tipos de valores mobiliários, como
dos resultados, em função da
bônus de subscrição, cupons, direitos, recibos
participação dos acionistas, de subscrição e certificados de desdobramen-
impulsiona o crescimento das to relativos aos valores mobiliários, contratos
empresas, gerando sucesso dos futuros, de opções e outros derivativos.
investimentos produtivos.
As principais fontes de fi-
nanciamento de uma empresa são:
empréstimos (capital de terceiros), geração
e reinvestimentos de lucros e aporte de capital de acionistas. Através da
participação dos acionistas, as empresas possuem melhores condições
financeiras de viabilizarem seus projetos de investimentos, seja pela natu-
reza permanente da captação, seja pelo baixo comprometimento do caixa.
Bovespa
Negociaçã
ou registro
Selic
Ações
TPF
Cetip Opções
TDC TDC
BM&F BM&F Soma BM&F
TPE Ações
Câmbio Ativos Deriv.
DI TDC
CI TPF Derivativos
Swaps
Compensação
Mercadorias
Outros
CLBC
Liquidação
80
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
81
Mercado Financeiro
82
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
84
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
{
Ordinária Direto a voto
Ação
Prioridade recebimento
Preferencial
dividendos
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
Segundo o art. 17, da Lei das Sociedades por Ações, as ações prefe-
renciais deverão conferir aos seus titulares, ao menos uma das vantagens:
• Direito a participar de uma parcela correspondente a, no mí-
nimo, 25% do lucro líquido do exercício, sendo que, desse
momento, lhes será garantido um dividendo prioritário de pelo
85
Mercado Financeiro
3.1.2 O acionista
O acionista é o proprietário de ações integralizadas da companhia.
Atua nela na qualidade de sócio. Difere do cotista de uma sociedade limitada
porque a companhia é uma sociedade de capitais, enquanto a limitada é uma
sociedade de pessoas. As pessoas são atraídas para possuir ações de algumas
companhias quando elas harmonizam a função econômica com a estrutura
jurídica necessárias para atrair capitais de terceiros, em busca de resultados
econômicos. Os principais tipos de acionistas estão relacionados no quadro a
seguir. (CAVALCANTE, MISUMI, RUDGE, 2009, p. 79)
Acionista Descrição
• Proprietário de ações já integralizadas de uma companhia. Ação
Acionista não integralizada não confere direitos de sócio ao subscritor.
• Acionista titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia ge-
ral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia.
86
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
87
Mercado Financeiro
ações, é a quantidade de risco que uma determinada ação terá. Isso ocorre
porque as ações são investimentos de renda variável, o que significa que
quaisquer alterações no ambiente competitivo ou na dinâmica econômico-
financeira da empresa irão impactar nas ações.
88
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
89
Mercado Financeiro
90
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
com base no previsto nos estatutos sociais, tendo como percentual míni-
mo obrigatório 25% sobre o lucro liquido ajustado do período. No caso
do estatuto social da companhia ser omisso com relação a esse dividendo,
a legislação prevê a distribuição de 50% desse resultado ajustado a todos
os acionistas, devendo ainda os acionistas preferenciais receberem 10% a
mais de dividendos que os ordinários.
Dependendo da situação financeira da companhia aberta, o divi-
dendo pode não ser distribuído, porém são registrados em conta especial,
devendo ser pagos como dividendos assim que as condições da empresa
permitam, desde que não tenham sido absorvidos por prejuízos futuros.
Conforme Pinheiro (2009, p. 210) opcionalmente, os dividendos
podem ser fixados em 6% sobre o capital ou 36% do Patrimônio Líquido,
ou, se o estatuto for omisso, metade do lucro líquido do exercício diminu-
ído ou acrescido dos seguintes valores:
• Cota destinada à constituição da reserva legal.
• Importância destinada á formação de reservas para contingên-
cias e reversão das mesmas reservas formadas em exercícios
anteriores.
• Lucros a realizar transferidos para a respectiva reserva e lucros
anteriormente registrados nessa reserva que tenham sido reali-
zados no exercício.
outros investidores.
Bonificação: segundo Pinheiro (2009, p. 211) as bonificações con-
sistem no recebimento gratuito de um número de ações proporcional à
92
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
94
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
• Outras modificações.
Proibida a reprodução – © UniSEB
98
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
Underwritting
Emissão de ações
Block-trade
Abertura de Capital
Conversíveis
Emissão de debêntures
Simples
99
Mercado Financeiro
Desvantagens:
• alto custo da abertura de capital;
• alto custo da manutenção como empresa de capital aberto;
• maior distribuição de dividendos;
• concentração das ações em mãos de poucos investidores que
possam influenciar nas decisões da companhia;
• acréscimo de custos administrativos;
• maior cobrança e pressão sobre a gestão da empresa.
Empresa Instituição
Mercado Mercado
emitente de Financeira
Primário Secundário
novas ações Intermediária
101
Mercado Financeiro
Assaf Neto (2003) indica que essa operação procura conceder aos
acionistas minoritários ordinaristas o recebimento de um preço próximo
ao recebido pelos controladores. Contudo, esse direito não é obrigatório
para os acionistas preferenciais, mas algumas companhias estendem esse
direito voluntariamente aos detentores de ações preferenciais. Além disso,
o pagamento do acionista minoritário do valor mínimo estabelecido é de
responsabilidade do adquirente do controle.
103
Mercado Financeiro
ding.com.br>.
de Fundos Públicos de São Paulo (1.895) e teve
finalmente alterada sua denominação em 1.960 para
Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). No ano
de 2.000 houve no Brasil um acordo de integração de todas as bolsas de
104
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
105
Mercado Financeiro
BM&FBOVESPA
0,01% Supervisão de 99,99% 100,00%
BM&FBOVESPA
Mercados (UK) Ltd.
(”BSM”)
Banco
BM&FBOVESPA 100,00% 86,95% Bolsa Brasileira
de Serviços de de Rio de Janero
Liquidação de (”BVRJ”)
Custódia S.A.
99,99%
Instituto
BM&FBOVESPA
BM&FBOVESPA
108
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
3.6.2.1 IBOVESPA1
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
109
Mercado Financeiro
110
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
Atividades
01. Quais as diferenças entre uma ação preferencial e uma ação ordinária?
02. Quais os benefícios esperados por alguém que compra uma ação na
bolsa de valores?
Proibida a reprodução – © UniSEB
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Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
Reflexão
Vimos as possibilidades para os investidores do mercado financeiro
e para as empresas que buscam formas de financiamento de longo prazo.
Conhecendo o mercado de capitais com a abertura da empresa, as organi-
zações conseguem obter vantagens financeiras e de imagem ao optar pela
participação nas Bolsas de Valores. Vimos como funciona o processo de
abertura de capital, as particularidades das bolsas de valores e como as
empresas podem se beneficiar de posições que favoreçam os recursos de
capital próprio via subscrição de ações.
Leitura recomendada
Para que você conheça mais dos estudos que podem ser feitos no
mercado acionário, leia o texto abaixo e explore mais sobre as anomalias
no preço das ações no mercado brasileiro.
Título: Anomalias e retorno acionário: evidências empíricas do mercado
brasileiro
Autores: Márcio André Veras Machado, Otavio Ribeiro De Medeiros
Link: <http://www.fumec.br/revistas/facesp/article/view/1649 >
Resumo: Este artigo teve por objetivo analisar se anomalias de valor
associadas a padrões comumente documentados no comportamento dos
preços das ações existem no mercado acionário Brasileiro. Especificamente,
este trabalho examina os retornos anormais produzidos por estratégias ba-
seadas nos efeitos tamanho da empresa, book-to-market (B/M), estratégia
momento, lucro/preço, fluxo de caixa/preço, liquidez e alavancagem, deno-
minadas de anomalias de valor. Além de analisar tais anomalias, este artigo
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113
Mercado Financeiro
Referências
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
114
Mercados Acionistas e suas Importâncias– Capítulo 3
No próximo capítulo
Falaremos detalhadamente sobre a importância do risco para as
aplicações financeiras, como as empresas podem utilizar as teorias de
finanças corporativas para decidir pelas melhores operações. Falaremos
sobre o risco e o retorno esperado, calculando esses valores para uma car-
teira de investimentos. Por fim, falaremos sobre os investidores institucio-
nais que são os grandes investidores do mercado financeiro, conhecendo
seus integrantes, suas características e principais benefícios.
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115
Mercado Financeiro
Minhas anotações:
Proibida a reprodução – © UniSEB
116
Teorias de Finanças
Corporativas e
Investidores Institucionais
4 Esse capítulo procura complementar as aná-
lises de risco por meio das teorias de finanças
lo
corporativas que incluem os riscos como indica-
dores essenciais para a dedução de um retorno para a
ít u
Você se lembra?
Que discutimos sobre risco e retorno no capítulo 2? Agora falaremos de
aplicações de risco e retorno sobre carteiras de investimento e dos princi-
pais modelos teóricos de finanças que associam risco e retorno.
Mercado Financeiro
118
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
119
Mercado Financeiro
121
Mercado Financeiro
Ativo A Ativo B
Retorno Probabilidade Retorno Probabilidade
7% 10% -5% 20%
12% 30% 0% 30%
15% 40% 10% 40%
20% 20% 30% 10%
(
Var ( R j ) = ∑1 Pr j ⋅ R j − R j )
n 2
em que R j é a média dos retornos (ou o re-
torno esperado). Para calcular o desvio padrão, é necessário apurar a raiz
quadrada da variância.
Ativo A
RA PrA (R A − RA ) (R A − RA ) 2
(
Pr x R − R
A A ) 2
122
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
Ativo B
RB PrB (R
B − RB ) (R B − RB ) 2
(
Pr x RB − RB ) 2
Conceito de Risco
Frequência
Menor dispersão,
menor risco
Maior dispersão,
maior risco
123
Mercado Financeiro
Avesso ao risco
Retorno Exigido
Indiferente ao risco
Propenso ao risco
Risco
E ( R p ) = R p = [W ⋅ RX ] + (1 − W ) ⋅ RY
CML
Retorno Esperado E(R)
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125
Mercado Financeiro
126
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
127
Mercado Financeiro
são que envolva a movimentação e/ou alteração desse patrimônio deve ser
feita mediante Assembleia Geral de Cotistas.
128
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
130
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
131
Mercado Financeiro
132
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
14 220.000
200.000
10
180.000
6 160.000
2 140.000
120.000
–2
100.000
–6 80.000
–10 60.000
40.000
–14
20.000
–18 0
01/1997 01/1999 01/2001 01/2003 01/2005 01/2007 01/2009 01/2011 01/2013
Data
7834 – Fundos de ações – Rentabilidade acumulada no mês
7839 – Fundos de ações – Saldo – mensal
Gráfico 3 – Evolução dos fundos de ações: rentabilidade e saldo do mês – 01/1997 a 09/2014
Banco Central
os fundos precisam ter uma estrutura fácil de ser entendida pelos investi-
dores. Dessa forma, a CVM (2014) afirma que os fundos de investimen-
to podem investir em diferentes ativos financeiros como CDB, ações,
debêntures, moeda estrangeira, investimento estrangeiro, derivativos e
tantos outros. E é possível classificar cada fundo de acordo com algumas
características básicas como o tipo de emissão, os ativos que compõem a
carteira de investimento dentre outras considerações.
133
Mercado Financeiro
134
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
namento do clube.
136
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
Ela também vai lhe mostrar que cada Clube de Investimento tem
seu estatuto social, ou seja, o regulamento para sua criação. O regulamen-
to de acordo com BOVESPA é o conjunto de normas e leis que devem ser
seguidas para o funcionamento do clube.
Além dos processos burocráticos descritos anteriormente, a Corre-
tora que estiver administrando o seu Clube de Investimento também pode-
rá ser a responsável pela escolha das ações que compõem a carteira dele.
Aplicação Solidária
137
Mercado Financeiro
plano como forma de garantir uma renda razoável ao fim de sua carreira
profissional.
A principal característica é que a Previdência Privada é uma prática
opcional, diferente da Previdência Social, de caráter público e obrigatório.
Há dois tipos de planos de previdência no Brasil. A aberta e a fecha-
da. A aberta pode ser contratada por qualquer pessoa, enquanto a fechada
é destinada a grupos, como funcionários de uma empresa, por exemplo.
Segundo Assaf Neto (2003, p. 394), as sociedades de previdência
privada costumam oferecer diversos planos de benefícios aos participan-
tes, sendo que o mais praticado é o de arrecadação em parcelas mensais
por certo período de anos, prevendo ao final, pagamentos de benefícios
aos participantes.
O funcionamento de uma sociedade de previdência privada é seme-
lhante aos das companhias seguradoras, pois com os recursos aportados
pelos participantes, elas atuam no mercado financeiro como investidores
institucionais, auferindo rendas pela aplicação dos recursos em títulos de
renda fixa e variável.
A grande diferença entre as companhias seguradoras e as sociedades
de previdência privada, é que os rendimentos dos aplicados, neste último
caso, são transferidos aos participantes, enquanto que nas companhias
seguradoras, as receitas auferidas no mercado são apropriadas na própria
companhia de forma a remunerar o risco pelo seguro.
Os principais tipos de previdência privada atualmente são o PGBL e
o VGPL, que serão explicitados a seguir.
O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é uma alternativa de
investimento, principalmente direcionado para pessoas que se preocupam
em manter um certo nível de renda no momento de sua aposentadoria.
Em essência, o plano funciona como um fundo de investimento ex-
clusivo que é administrado por um gestor que aloca os recursos em títulos
de renda variável, fixa, imóveis, etc., de modo a obter um retorno sobre o
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
139
Mercado Financeiro
140
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
141
Mercado Financeiro
142
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
143
Mercado Financeiro
Conselho Nacional de
Seguros Privados
CNSP
Superintendência de
Seguros Privados
SUSEP
Instituto de Resseguros
do Brasil
IRB
Sociedades Autorizadas
a Operar: Seguradoras,
Corretores habilitados
Prividência Privada e
Capitalização
órgão de cúpula.
144
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
145
Mercado Financeiro
146
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
19,6
3,7
6,1 44,3
6,4
8,4 11,7
SP RJ MG PR RS SC Demais estados
147
Mercado Financeiro
R$ Bilhões % Do Total
BRASILPREV Seguros E Previdência S/A 17.1 16.4
Bradesco Vida E Previdência S.A. 13.5 12.9
Itaú Vida E Previdência S.A. 9.2 8.9
Seguradora Líder Dos Consórcios Do Seguro 6.6 6.3
DPVAT S.A.
Itau Seguros S/A 4.5 4.4
Companhia De Seguros Aliança Do Brasil 4.0 3.8
Porto Seguro Cia De Seguros Gerais 3.9 3.7
Zurich Santander Brasil Seguros E Previdência S.A. 3.8 3.7
Bradesco Auto/Re Companhia De Seguros 3.6 3.5
Mapfre Seguros Gerais S.A. 3.2 3.0
SUSEP
148
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
149
Mercado Financeiro
150
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
Vantagens Desvantagens
Sorteio de prêmios Capital constituído
iferior se comparado
Obrigação de “poupar” ao da caderneta de
objetivando não atrasar poupança
os pagamentos
Prazo de carência para
retirar o capital
Proibição a depósitos
aleatórios
Penalidde em caso de
resgate antecipado, isto
é, antes de encerrado o
prazo de validade
pitalizacao.asp>
152
Teorias de Finanças Corporativas e Investidores Institucionais– Capítulo 4
4.7 ANBIMA
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais) representa as instituições que atuam no mercado
de capitais brasileiro de forma a reunir o maior número de protagonistas
do setor para uma atuação coesa junto ao governo, ao próprio mercado e
à sociedade. Ela tem por objetivo fortalecer os segmentos que representa,
para apoiar a evolução de um mercado de capitais capaz de financiar o de-
senvolvimento econômico e social do país e influenciar o mercado global.
Atividades
01. Quais são os principais riscos em se tratando de Fundos de Investi-
mento?
05. Como o mercado pode ser eficiente? O que a teoria diz sobre os mer-
cados ineficientes? Explique.
Reflexão
Esse capítulo mostrou mais alguns conceitos sobre risco e propos-
tas sobre a forma de mensuração e utilização do risco para a decisão das
carteiras de ativos. Além disso, vimos o principal papel dos investidores
institucionais que podem favorecer o mercado financeiro ao serem porta-
dores de grandes somas de dinheiro.
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Leitura recomendada
Quer conhecer mais sobre os fundos de investimento? Leia o texto
abaixo:
Artigo: A indústria de fundos de investimentos no Brasil
Autores: Gyorgy Varga e Maxim Wengert
Ano: 2011
153
Mercado Financeiro
Referências
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
No próximo capítulo
Veremos as principais técnicas para a avaliação das ações, começan-
do com as análises técnicas e fundamentalistas identificando seus fatores
e suas importâncias. Posteriormente, serão discutidos alguns conceitos de
mercado de derivativos, os tipos de mercados derivativos como o merca-
do futuro e seus contratos, e o mercado de opções.
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155
Mercado Financeiro
Minhas anotações:
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156
Avaliações de Ações e
Mercados Derivativos
Neste capítulo, discutiremos temas im-
Você se lembra?
De ter visto na mídia discussões sobre as transações com taxa de câmbio
futura, taxa de juros para os próximos meses e commodities? Lembra-se
de ter visto algum investidor analisar a evolução dos preços das ações
e, com base nos gráficos, tomar decisões sobre momentos de compra e
venda daquelas ações? Discutiremos esses fatos aqui.
Mercado Financeiro
Conexão:
Entre os principais indicadores de análise estão o Lucro por Ação, os Indicadores
de Dividendos, o Índice Preço/ Lucro, o PL a preços de mercado/ EBITDA e o Q de
Tobin. Para maiores detalhes como tais indicadores são calculados e interpretados
leia o Capítulo 13 do livro Mercado Financeiro de ASSAF NETO, 2011. Entre os
principais métodos de avaliação estão Avaliação de Ações por Múltiplos, EVA/
MVA e Fluxo de Caixa Descontado. Para maiores detalhes como tais métodos são
aplicados e interpretados leia o Capítulo 16 do livro Mercado de Capitais de CAVAL-
CANTE, MISUMI, RUDGE, 2009.
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
60000
56000
54297.73
52000
48000
2012 set out nov dez 2013 fev mar abr 800 M
22/04/2013: Volume 417882800.00 600 M
400 M
200 M
0K
2012 set out nov dez 2013 fev mar abr
22/04/2013: RSI(14) 44.86 80
60
40
2012 set out nov dez 2013 fev mar abr 20
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160
Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
passado. E os desdobramentos
dessas formações também pos-
suem certo padrão.
• O volume negociado sempre acom-
panha a tendência. Ou seja, se uma tendência é altista, pode-se
esperar volumes mais consistentes em dias em que as negocia-
ções altistas ocorrerem. Caso essa regra seja invalidada, sinais
de reversão de tendência poderão ocorrer.
161
Mercado Financeiro
Pontos positivos
•Mercado é o melhor “precificador” de ativos, por gerar tendências que podem ser identi-
ficadas pelo mercado. Isso é muito importante porque a empresa, além de ter excelentes
resultados operacionais e fundamentos, ela deve interagir com o ambiente em que atua e
com a sociedade.
•As informações que constam nos gráficos são verídicas, ocorreram em negociações
abertas e, portanto, são extremamente confiáveis. A única ressalva a ser feita em
relação a esse ponto são as manipulações de alguns ativos, e os mercados mundiais
cada vez mais trabalham no intuito de coibi-las.
•Mesmo que eu não conheça os donos de determinada empresa, mesmo que eu não
tenha acesso a nenhum tipo de informação privilegiada, acompanhando o mercado
e seus participantes mais relevantes, quem realmente gera grandes oscilações no
mercado, eu já tenho subsídios suficientes para acompanhar tendências de preços,
perceber mudanças nessas tendências e adotar estratégias operacionais vencedoras.
que possam definir um fluxo de caixa futuro para a empresa, assim como a
perpetuidade e a taxa de desconto que será utilizada para chegar ao preço
justo de uma empresa. Geralmente, cada analista pode tratar estas vari-
áveis de forma diferente, inclusive definir ranges de compra e de venda
para os ativos. Existem alguns dilemas que afetam o trabalho e a evolução
deste tipo de análise:
163
Mercado Financeiro
perpetuidade.
Por fim, temos dois índices de dividendos que podem ajudar na
análise fundamentalista de remuneração dos acionistas: índice de payout
e o dividend yield. Para fazer uma análise do histórico de distribuição
164
Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
Do
Po =
k−g
165
Mercado Financeiro
1, 5 1, 5
Po = = = $18, 75 por ação
0,15 − 0, 07 0, 08
zadas nos mercados futuro, a termo, opções, swap etc. (ASSAF NETO,
2003).
Nos mercados futuro e de opções, os investidores têm tomada
de decisão mais técnica, melhorando o entendimento do mercado com
relação ao desempenho das alternativas de investimento em condições de
risco. Além disso, eles se protegem contra prejuízos ocasionados por al-
terações desfavoráveis nas cotações dos ativos e têm possibilidade de não
integralizar investimentos em seu vencimento se a cotação no mercado
for adversa. Esse tipo de mercado estimula a liquidez do mercado físico
(ASSAF NETO, 2003).
De acordo com Assaf Neto (2003) e Cavalcante, Misumi e Rudge
(2005), os tipos de contrato da BM&F são:
→ Contratos futuros: são contratos realizados entre duas contrapar-
tes com vencimento futuro (ou seja, se obrigam a negociar um determi-
nado ativo em data futura), da qual são fixados os montantes e valores de
compra e venda de um determinado ativo, obedecendo a um ajuste diário
de posições e de margens. Alterações podem ser cobradas ou pagas pelos
compradores e vendedores. Os principais produtos desse mercado são:
produtos agropecuários, taxas de juros, taxas de câmbio, ouro, Ibovespa
etc.
→ Opções: o detentor de uma opção tem o direito, adquirido pelo
pagamento de um prêmio, de comprar ou vender, em certa data futura,
determinado ativo a um preço preestabelecido. Esse tipo é usado caso as
condições econômicas sejam atraentes, caso contrário ele não exerce o
direito e perde o prêmio pago. Taxa de juros, câmbio, produtos agropecu-
ários, Ibovespa, ouro etc são os principais produtos.
→ Swaps: são contratos que preveem a troca de obrigações de
pagamentos periódicos, indexados a determinado índice por outras com
diferentes índices de reajuste. Ou seja, uma operação swap possibilita a
troca de índices entre dois investidores com o objetivo de evitar riscos. A
EAD-15-Mercado Financeiro – Proibida a reprodução – © UniSEB
a) Mercado Futuro
Nesse mercado, o compromisso de compra ou venda de determi-
nado ativo em certa data futura é a sua sustentação, já que o preço do
objeto de negociação é fixado previamente. Ele é sempre estabelecido e
negociado por uma operadora de mercado futuro que montará o contrato.
Esse mercado se caracteriza pelo uso constante de um contrato (ASSAF
NETO, 2003).
No mercado à vista acontece a negociação efetiva do bem e no
mercado futuro, as operações são liquidadas em moeda, sem entrega
física do que foi negociado. Inicialmente, os produtos negociados no
mercado futuro eram apenas produtos agrícolas como café, soja, trigo etc,
sendo recente a incorporação de ações, índices de preços (taxa de infla-
ção), produtos pecuários, metais preciosos, moedas e outros itens.
Os contratos no mercado futuro são padronizados apresentando a
mesma estrutura para diversos tipos de mercadoria, com a quantidade
negociada, a unidade de negociação seja um lote-padrão seja outra unida-
de, data de vencimento do contrato e forma de cotação (ASSAF NETO,
2003; CAVALCANTE; MISUMI; RUDGE, 2005).
É importante destacar que há a possibilidade de limites diários de
preços já que em mercados mais voláteis os especuladores atuam mais
fortemente. Ou seja, o mercado em um dia pode ter um preço limite e
outro limite no dia seguinte. Além disso, existe a exigência de garantias
caso haja desvalorização no contrato depositado.
Um exemplo desse mercado pode ser visualizado da seguinte
Proibida a reprodução – © UniSEB
170
Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
grama, sendo que ele pode realizar suas expectativas alguns dias depois
ou não.
Atuam dentro desse mercado alguns agentes que buscam proteção
ou maiores ganhos com esse mercado. São eles:
I. Especulador é todo aplicador físico ou jurídico que busca resultado
financeiro nas operações a futuro. Esses investidores entram e saem ra-
pidamente do mercado, tendo apenas a intenção de obter lucros. Eles dão
liquidez às operações e como assumem riscos dos contratos futuros, eles
colaboram com as operações de hedging.
II. Os Hedgers são usuários do mercado futuro que procuram eliminar o
risco de perda se houver variação de preços. Exemplo desse caso: um im-
portador terá de pagar US$ 10 milhões por mercadorias adquiridas de uma
empresa dos EUA, com a taxa de câmbio atual de R$1,59 por US$ 1,00. Se
o preço futuro em dólares indica uma relação de R$1,65/US$1, o importa-
dor poderá perder dinheiro (ficar com uma dívida maior). Para evitar isso,
ele adquire um contrato futuro de dólar com vencimento na liquidação da
dívida de importação para se proteger do risco de desvalorização cambial
(hedging).
b) Mercado de Opções
Uma opção é um tipo de derivativo que confere ao investidor o direito
de comprar ou vender uma quantidade predeterminada de um ativo-objeto a
um preço fixo (denominado preço de exercício) até ou na data de vencimen-
to da opção. O investidor decidirá na data acordada, de acordo com seu inte-
resse, o exercício ou não de seu direito, dependendo do preço no mercado à
vista do ativo-objeto. Para ter esse direito, o investidor paga um prêmio, que
é submetido à cotação, até a data em que pode exercer ou não o direito ad-
quirido. O investidor pode manter-se como titular desse direito até a data de
exercê-lo, ou pode negociá-lo no mercado, pelo valor de cotação apregoado
no momento da negociação. Esses direitos podem ser de compra (call) ou
de venda (put) (CAVALCANTE, MISUMI, RUDGE, 2009, p. 170).
Se levar a posição ao
vencimento, ganha o
Perde, no máximo, o valor
diferencial entre o preço de
investido no prêmio (perda
mercado e o preço de
determinada).
exercício, menos o valor
do prêmio (ganho limitado).
ilimitada).
172
Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
OBRIGAÇÃO DIREITO
175
Mercado Financeiro
c) Mercado a termo
Nesse tipo de mercado, acordos de compra e venda de certo ativo
que será entregue em data futura a preço preestabelecido são os mais co-
muns. Além disso, os contratos desse mercado são obrigações como no
mercado futuro, mas que apresentam as suas diferenças. Sobre esse ponto,
é possível encontrar distinções em:
• Não segue um padrão imposto pela bolsa no momento da ela-
boração do contrato, já que são contratos particulares firmados
entre duas partes;
• Não são geralmente negociados na bolsa de valores;
• Os prazos não são padronizados: são geralmente fixados em 30,
60, 90, 120 ou 180 dias;
• Não sofrem ajustes periódicos a valores de mercado como
acontecem com os contratos do mercado futuro; e
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176
Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
d) Swaps
Swaps são contratos que preveem a troca de obrigações de paga-
mentos periódicos, por outras obrigações com índice de reajuste diferente.
Por exemplo, a operação de swap permite transformar uma dívida pós-fi-
xada em prefixada, um ativo de renda variável em fixo, e assim por diante
(ASSAF NETO, 2011, p. 283).
Taxa Libor
Flutuante
Empresa A Empresa B
Taxa fixa
A empresa A paga uma taxa fixa à empresa B, calculada sobre um valor principal de referência.
A empresa B paga uma taxa variável à empresa A, calculada sobre o mesmo valor.
Os pagamentos ocorrem na mesma data e a liquidação é feita por diferença.
duas partes visando a uma troca de fluxos de caixa futuros por certo
período de tempo, obedecendo a uma metodologia de cálculo previa-
mente definida. Por exemplo, ao se permutar fluxos de caixa associa-
dos a moedas internacionais, um agente assume a obrigação da varia-
ção de certa moeda e recebe fluxos de caixa expressos em outra moeda
(ASSAF NETO, 2011, p. 301).
177
Mercado Financeiro
178
Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
IRAIDKA | DREAMSTIME.COM
179
Mercado Financeiro
Atividades
01. Analise comparativamente os tipos de derivativos.
Reflexão
Vimos nesse capítulo considerações interessantes sobre as análises
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Leitura recomendada
Para ampliar seus conhecimentos sobre o mercado de derivativos, que
é muito usado pelos investidores como sinal de proteção contra as ações do
mercado à vista, leia o texto abaixo e procure outros sobre o tema.
Link: <http://www.convibra.org/2009/artigos/177_0.pdf>
181
Mercado Financeiro
Referências
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
182
Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
Gabarito
Capítulo 1
01. Descreva as partes que compõem o sistema financeiro nacional, bem como suas
importâncias e papéis.
O sistema financeiro nacional é formado por duas partes: o subsistema normativo e o
subsistema intermediação, conforme a figura abaixo.
SFN
Subsistema Subsistema
Normativo Intermediação
Cada um desses subsistemas tem uma função diferenciada: o normativo cria as regras de
todo o sistema financeiro nacional, enquanto o intermediação segue as regras e se rela-
ciona com os clientes do sistema financeiro nacional.
Eles são formados por instituições financeiras e não financeiras que contribuem para o
atendimento das necessidades das pessoas físicas e jurídicas.
sistema Intermediação?
Sabemos que o subsistema intermediação é formado por instituições que fazem a relação
mais próxima com o cliente final, seja ele uma pessoa física seja ele uma pessoa jurídica.
Define-se uma instituição bancária aquela que pode criar moeda por meio do recebi-
mento de depósitos à vista, por exemplo, como é o caso dos bancos múltiplos. A função
dessas instituições é oferecer crédito às empresas; criar moeda (sem que seja por meio
de impressão de moeda, atividade própria do Banco Central); prestar serviços às pessoas
físicas e jurídicas como o recebimento de cheques, prestação de serviços de cobrança,
183
Mercado Financeiro
04. Descreva o propósito do Banco Mundial e do BID. Eles são distintos entre as
suas metas? Explique.
O Banco Mundial é um organismo internacional que tem como característica ser a fonte
de recursos de longo prazo para os países em desenvolvimento, em projetos de infraes-
trutura. Ou seja, ele empresta a governos ou a projetos que tenham garantia governamen-
tal. É um banco responsável por empréstimos com baixas taxas de juros, crédito com
taxas de juro zero e financiamento para países em desenvolvimento.
Já o BID é o Banco Interamericano de Desenvolvimento para financiar projetos viáveis
de desenvolvimento econômico, social e institucional e promover a integração comercial
regional na área da América Latina e o Caribe. Ou seja, uma das suas principais ban-
deiras, segundo informações do seu site, é auxiliar os clientes a eliminar a pobreza e a
desigualdade, promovendo o crescimento econômico sustentável.
Ou seja, apesar de terem locais de atuação diferentes, eles têm as mesmas metas de forma
a promover o crescimento e desenvolvimento econômico, social e ambiental dos países.
184
Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
185
Mercado Financeiro
Capítulo 2
187
Mercado Financeiro
∑ (r )
2
cação pode ser dado por σ t = j −r ⋅ Pr j com rj como o retorno para o j-ésimo
j =1
ct + Pt − Pt − 1
cado na fórmula rt = em que a variável rt é a taxa de retorno esperada
Pt − 1
no período t; Ct é o fluxo de caixa recebido a partir do investimento no ativo durante o
período t-1 a t; Pt é o preço do ativo no tempo t e, por último, Pt-1 é o preço do ativo no
tempo t-1.
06. Quais são os riscos específicos da empresa? Dê um exemplo para cada um dos
casos.
Existem dois riscos que são específicos da empresa: riscos operacional e financeiro. En-
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tende-se pelo risco operacional aquele em que a empresa não necessariamente será capaz
188
Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
de cobrir seus custos de operação. Seu nível é determinado pela estabilidade das receitas
da empresa (fixos) e pela estrutura de seus custos operacionais (variáveis).
Já o risco financeiro é a possibilidade de que a empresa não será capaz de saldar suas
obrigações financeiras. Seu nível é determinado pela previsibilidade dos fluxos de caixa
operacionais da empresa e suas obrigações financeiras com encargos fixos.
Capítulo 3
01. Quais as diferenças entre uma ação preferencial e uma ação ordinária?
As ações ordinárias são aquelas que dão direito de voto ao acionista que as detêm. Elas
comandam a assembleia de acionistas de uma empresa, elegendo e destituindo os mem-
bros da diretoria e do Conselho Fiscal, reformando o estatuto social, e decidindo sobre o
destino dos lucros. Além disso, uma ação ordinária equivale a um voto.
Já as ações preferenciais não atribuem a seu titular o direito de voto, mas possibilitam a
ele a prioridade no recebimento de dividendos, geralmente um percentual mais elevado
que o valor das ações ordinárias, e a prioridade no reembolso do capital na hipótese de
dissolução da empresa. Para esse tipo de investidor, o lucro é mais importante que o con-
trole da companhia, priorizando a distribuição dos resultados.
02. Quais os benefícios esperados por alguém que compra uma ação na bolsa de
valores?
Abaixo estão os benefícios que uma pessoa espera ter ao adquirir ações:
• Direito de participar nos lucros e de fiscalização.
• Direito à informação e Direito à preferência na subscrição de ações
em aumento de capital.
• Direito de retirada e Direito de voto.
• Direito de indicação de membros do Conselho de Administração e
Direito de requerer a convocação e o adiamento de assembleias ge-
rais.
• Direito de participar de oferta pública por alienação do controle de
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03. Resumidamente comente sobre os principais benefícios obtidos por uma em-
presa que negocia suas ações na bolsa de valores.
A empresa pode ter maior acesso a capital para financiar projetos de investimento (sem
que ela tenha que pedir um empréstimo com prazo e juros determinado e sem utilizar-se
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Mercado Financeiro
Empresa Instituição
Mercado Mercado
emitente de Financeira
Primário Secundário
novas ações Intermediária
Ou seja, a empresa emitente procura uma instituição financeira intermediária que irá aju-
dá-la no processo de abertura de capital. Para que isso ocorra tranquilamente, a empresa
emitente deve oferecer certas condições de atratividade econômica para os investidores
como resultados econômicos, financeiros e conveniência de abertura de capital, estudo
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Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
Capítulo 4
02. Pesquise mais sobre clubes de investimento e diga se você se encaixaria em al-
gum deles.
A resposta dessa questão dependerá de uma pesquisa feita pelos alunos.
(
Var ( R j ) = ∑1 Pr j ⋅ R j − R j )
n 2
seguinte fórmula em que R j é a média dos retor-
nos (ou o retorno esperado). A variância é a base para o cálculo de eficiência de qualquer
parâmetro. Para conhecer uma medida de risco, devemos calcular o desvio padrão, que é
a apuração da raiz quadrada da variância.
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Mercado Financeiro
05. Como o mercado pode ser eficiente? O que a teoria diz sobre os mercados inefi-
cientes? Explique.
A Teoria dos Mercados Eficientes afirma que toda a informação do passado reflete no
preço de um produto financeiro hoje, principalmente os preços das ações. Assim, como
as informações do passado refletem no preço de hoje, podemos dizer que os preços de
mercado são críveis e que não é possível ter retornos maiores do que os retornos dos títu-
los do governo. Suas principais características são:
• Preços refletem as informações disponíveis e apresentam grande sensibili-
dade a novos dados, ajustando-se rapidamente a outros ambientes. Os pre-
ços não devem ser tendenciosos.
• Nenhum participante sozinho tem capacidade de influenciar os preços nas
negociações.
• Constituído de investidores racionais.
• Informações disponíveis, gratuitas e instantâneas.
• Inexistência de racionamento de capital.
• Os ativos são divisíveis e negociáveis sem restrições.
• Expectativas dos investidores homogêneas.
• Rapidez na execução das ordens de compra e venda num ambiente organi-
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zado.
• Elevado número de participantes envolvidos na negociação de ações.
• Disseminação das informações das empresas, muitas vezes analisadas por
especialistas.
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Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
Capítulo 5
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Mercado Financeiro
uma operação swap possibilita a troca de índices entre dois investidores com o objetivo
de evitar riscos.
→ Mercado a termo: acordos de compra e venda de certo ativo que será entregue em
data futura a preço preestabelecido são os mais comuns.
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Avaliações de Ações e Mercados Derivativos– Capítulo 5
06. Faça uma análise comparativa entre os dois mecanismos utilizados na avalia-
ção de ações: Análise técnica e fundamental
A análise técnica é desenvolvida pelo estudo do comportamento das ações no mercado,
considerando a oferta e a demanda dos papeis e a evolução de suas cotações. E é a partir
do conhecimento da evolução de preços e volume transacionado que os investidores que
utilizam essa técnica podem fazer projeções sobre o desempenho futuro das ações. Já a
análise fundamentalista adota a hipótese de que o valor intrínseco de cada ação, baseada
nos resultados apurados, é o que fará o diferencial na análise do investidor. Assim, o
desempenho econômico e financeiro da empresa é que ajudará na avaliação e na compa-
ração setorial dos papeis disponíveis. Ou seja, essa técnica considera variáveis internas
e externas à empresa que podem influenciar o desempenho da empresa e, portanto, sua
concepção de valor intrínseco das ações.
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