Você está na página 1de 12

FIEL

FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA


ENGENHARIA ELÉTRICA

DISCIPLINA: CIRCUITOS ELÉTRICOS I

TÓPICOS: CORRENTE CONTÍNUA E


COR. ALTERNADA MONOFÁSICA

Professor ALCINDO ANTONIAZZI

LIMEIRA - SP
2019

1
Grandezas Elétricas Unidade Símbolo

Corrente Ampère A

Potencial Elétrico ou
Tensão Elétrica Volt V

Resistência Elétrica Ohm Ω

Energia, Trabalho Joule J

Energia Elétrica Watt-hora Wh ou kWh

Carga Elétrica Coulomb C

Condutância Elétrica Siemens S ou 1/ Ω

Indutância Elétrica Henry H

Capacitância Elétrica Faraday F

Frequência Elétrica Hertz Hz

Potência Elétrica Watt W

Fluxo Magnético Weber Wb

Campo de Indução Magnética (B) Weber/m2 Wb/m2

Campo Eletromagnético (H) Ampère/ m A/ m

Múltiplos e Submúltiplos

Giga 10 9 G

Mega 10 6 M

Quilo 10 3 k

Centi 10 -2 c

Mili 10 – 3 m

Micro 10 -6 μ

Nano 10 – 9 n

Pico 10 – 12 p

2
Dispositivos Elétricos

RESISTOR

Resistor é um dispositivo conversor/consumidor de energia. Recebe a energia da fonte


de alimentação, que não pode ser devolvida e transforma em potência dissipada (P = R i2).
Todos os dispositivos elétricos que consomem energia devem ter resistência em seus
modelos de circuitos. É um elemento passivo, conversor de energia e descrito por equações
algébricas.
Dispositivo Resistor ( ) Propriedade Resistência Elétrica e Símbolo Ω

1ª. Lei de Ohm

Existe uma proporcionalidade entre a tensão aplicada e a corrente que passa pelo elemento
passivo.

V1 V 2 Vn
  ...  R
I1 I 2 In

INDUTOR

Um indutor (propriedade indutância) é um elemento do circuito que armazena energia


no campo eletromagnético. Normalmente armazena energia num certo período e devolve em
outro, de tal modo que a potência média é nula.
Dispositivo Indutor ( ) Propriedade Indutância e Símbolo H

di
Tensão no Indutor: v  L
dt

1
L
Corrente no Indutor: i  v dt  K

Reatância Indutiva X = j w L = j 2 π f L (Ω)

CAPACITOR

Sua estrutura tem a habilidade de armazenar energia na forma de um campo elétrico e


é igual à quantidade de carga que pode ser armazenada, dividida pela tensão aplicada às
placas.

Dispositivo Capacitor ( ) Propriedade Capacitância e Símbolo C.

A capacitância de um capacitor depende da área das placas condutoras, da distância


entre as placas e da constante dielétrica do material isolante.
 A
C o onde εo = constante dielétrica do ar ou vácuo = 8,85 x 10 -12 F / m
d

3
1
Tensão no capacitor: v 
C  i dt  k

dv
Corrente no Capacitor: i  C
dt

1 1
Reatância Capacitiva X = =
jwC j 2 f C

Associação Série de Resistores

R eq  R1  R 2  . . .  Rn

Associação Paralela de Resistores

1 1 1 1
   ... 
R eq R1 R2 Rn

Associação Série de Capacitores

1 1 1 1
   ... 
C eq C1 C2 Cn

Associação Paralela de Capacitores

C eq  C1  C 2  . . .  Cn

Associação Série de Indutores

L eq  L1  L 2  . . .  Ln

Associação Paralela de Indutores

1 1 1 1
   ... 
L eq L1 L2 Ln

Transformação Estrela – Delta (Υ – Δ)

Sejam Ra, Rb e Rc os valores dos resistores ligados em estrela. Os valores dos resistores
ligados em delta valem:

Ra Rb  Ra Rc  Rb Rc
R1
Rc

4
Ra Rb  Ra Rc  Rb Rc
R2
Ra
Ra Rb  Ra Rc  Rb Rc
R3
Rb

Ou seja, R eq. é igual ao produto duas a duas dividido pela oposta.

Para a transformação Delta – Estrela (Δ – Υ)

R1 R 2
Ra
R1 R 2  R 3

Ou seja, Req. É igual ao produto dos Resistores adjacentes dividido pela soma.

2ª. Lei de Ohm

L
R onde R = Resistência Elétrica (Ω), L é o comprimento (m), S é a Secção
S
(m2) e ρ é a resistividade do material.

Lei da Conservação da Carga ou 1ª. Lei de Kirchhoff

A soma das intensidades de corrente que se afasta de um ponto (nó) do circuito é igual
à soma algébrica das intensidades de corrente que chegam ao mesmo ponto (nó).

Σ correntes que entram = Σ correntes que saem

Lei da Conservação de Energia ou 2ª. Lei de Kirchhoff

A soma algébrica de todas as quedas de tensões tomadas numa direção especificada,


em um circuito fechado é nula.

– Va + V1 + Vb + V2 + V3 = 0 ou
– Va + I R1 + Vb + I R2 + I R3 = 0

Va – Vb = ( R1 + R2 + R3 ) I

Generalização da Lei das Malhas ou Método de Maxwell

A tensão entre os pontos a e b de um circuito é dada pela somatória das quedas de


tensão nos resistores, subtraindo-se as f.e.m. existentes nos trechos.

Vab = Σ R i (?) - Σ Ɛ (?)

Obs.: A interrogação é para chamar a atenção quanto às polaridades (Ɛ) e o sentido da


corrente (R i).
Se a malha for fechada Vab = 0 e, portanto, Σ Ɛ (?) = Σ R i (?).

5
Aplicação;
Dado o circuito da figura, calcular as correntes em cada resistor e as tensões Vbc por vários
caminhos.
Equacionando:

84 = 18 I1 - 6 I2 84 = 18 I1 - 6 I2

- 21 = 9I2 - 6 I1 - 63 = - 18 I1 + 27 I2

Somando, membro a membro, teremos:


21 = 21 I2
I2 = 1 A;

substituindo o v alor de I2 em qualquer das equações acima, obteremos:


I1 = 5 A

Aplicando a equação de malha aberta:


Vab = Σ R i (?) - Σ Ɛ (?), teremos:

Vab = 12 x 5 – 0 = 60 V

Vbc (1) = 6 ( I1 - I2) = 6 x 4 = 24 V

Vbc (2) = 12 ( - I1 ) - ( - 84) = 12 x (- 5) + 84 = 24 V

Vbc (3) = 3 ( I2 ) - ( - 21) = 3 x 1 + 21 = 24 V

Vca = 0 - (84) = - 84 V

Vbd = 3 x 1 = 3 V

Vcd (1) = 0 - 21 = - 21 V

Vcd (2) = 6 (I2 – I1) + 3 I2 = 6 (-4) + 3 = - 21 V

Solução de Circuito pelo Método das Tensões Nodais

V 1  84 V1 V 1  21
Σ i (nó 1) = 0    0
12 6 3

V1 - 84 + 2 V1 + 4 (V1 - 21) = 0 V1 + 2 V1 + 4 V1 = 84 + 84

7 V1 = 168 V1 = 24 V

6
Valores das Correntes:

V 1  84 24  84 V 1 24 V 1  21 24  21
I1    5 A I2   4 A I3   1 A
12 12 6 6 3 3
Verificar que a soma das correntes no nó 1 é igual a zero, ou seja, está chegando 5A e está
saindo 5A.

Solução de Circuito pelo Método das Correntes de Laço

84 = 18 I1 + 12 I2

84 - 21 = 15 I2 + 12 I1

Resolvendo o sistema tem-se: I1 = 4 A e I2 = 1 A

A corrente no resistor de 12 Ω é igual a I1 + I2 = 4 + 1 = 5 A.

Teorema da Superposição

O teorema afirma que numa rede com duas ou mais fontes, a corrente (ou a tensão)
para qualquer componente é a soma algébrica dos efeitos produzidos por cada fonte atuando
individualmente (separadamente).
Todos os componentes precisam ser lineares e bilaterais.
Linear: a corrente e a tensão obedecem à lei de Ohm.
Bilateral: a corrente não muda de valor se a fonte de tensão for invertida.
Empregando o método da superposição, calcular a corrente em cada resistor. A
corrente (ou a tensão) para qualquer componente é a soma algébrica dos efeitos produzidos
por cada fonte atuando separadamente.

1º. Passo: Calcular as correntes devido apenas às fontes de tensão V1, anulando o efeito da
tensão V2. Anular o efeito da fonte de tensão significa substituí-la por um curto-circuito.

1 x1
Re q   1  1,5 
11
V1 3,0
I1    2,0 A
1,5 1,5

2º. Passo: Calcular as correntes devido apenas à fonte de tensão V2, anulando o efeito da
tensão V1.

7
3º. Passo: Somando as parcelas individuais devido às fontes V1 e V2, teremos as correntes
totais:

I1 = 2,0 – 1,5 = 0,5 A


I2 = 3,0 – 1,0 = 2,0 A
I3 = 1,0 + 1,5 = 2,5 A

Teoremas de Thévènin e Norton

O teorema de Thévènin afirma que é possível substituir parte de um circuito linear por
uma fonte de tensão VTH em série com uma resistência equivalente R TH e o teorema de Norton
permite a substituição por uma fonte de corrente I N, em paralelo com uma resistência RN.
Considere que o circuito possa ser separado em 2 partes A e B

Obtenção do Circuito Equivalente

R TH e R N são iguais e são obtidas calculando-se a resistência equivalente do circuito


A, anulando-se os efeitos das fontes de tensão.
V TH é igual à tensão em vazio (sem o circuito B) entre os pontos a e b. IN é igual à
corrente de curto-circuito entre os pontos a e b.

Como os circuitos equivalentes de Thévènin e Norton representam o mesmo circuito A,


ambos se relacionam por:
R TH = R N = V TH / I N

Aplicação:

1. Obter os circuitos equivalentes de Thévènin e Norton

8
Cálculo do R TH = R eq

Cálculo do V TH = V ab

Vab = Σ R i (?) - Σ Ɛ (?) ou Σ R i (?) = Σ Ɛ (?)

9 I1 = 20 + 10 I1 = 30 / 9 = 10 / 3 A

V ab (1) = 6 x 10 / 3 - 10 = 10 V e V ab (2) = 3 ( - 10 /3) – ( - 20 ) = 10 V

Portanto, o Thévènin equivalente é:

Norton Equivalente:

Cálculo de IN = I2

20 + 10 = 9 I1 - 6 I2 30 = 9 I1 - 6 I 2 60 = 18 I 1 - 12 I2

- 10 = 9 I2 - 6 I1 - 10 = - 6 I1 + 9 I2 -30 = -18 I1 + 27 I2

30 = 15 I 2 I2 = 2 A

9
2) Calcular I3 por Thévènin

Tensão entre os pontos a e b → V TH = ?

V1 -V2 =2I 3 – 4.5 = 2 I → I = - 0,75 A

V ab = V TH = 1 ( - 0,75) - ( 3 ) = - 3,75 V

Ou considerando o sentido correto de I = 0,75 A

V ab ( 1 ) = V TH = 1 x 0,75 - ( - 3 ) = - 3,75 V

V ab ( 2 ) = V TH = 1 x ( - 0,75) - ( - 4 ,5 ) = 3,75 V

Obs.: Escolher o caminho que não dê margem a dúvidas.

Portanto,

3,75
I3=  2,50 A
0,5  1
3) Calcular a corrente IL utilizando Norton

10
Cálculo do Req

Cálculo de IN
IN = 10 / 4 = 2.5 A

2.5 x 2.4 6.0


Portanto, I L =   1.0 A
2.4  3.6 6.0

Máxima Transferência de Potência

Em várias aplicações, é desejável obter a máxima potência que uma fonte de tensão
pode fornecer a uma carga, A transferência máxima ocorre quando a resistência de carga R L
for igual à resistência interna da fonte, ou seja, RL = Ri.

A potência máxima na carga é:

V
PL = R L I2 onde I =
( R i  RL )

Para o circuito da figura em que V = 10 V, Ri = 5 Ω e R L = 5 Ω

10
I= 1 A PL = R Lx I 2 = 5 x 1 2 = 5 W
(5  5)

RL (Ω) I (A) P (W)


4,5 1,053 4,986
5,0 1 5,000
5,5 0,952 4,989

11
Exercício 1

Calcular as tensões V1, V2, V3 e as correntes em cada ramo.

O nó g (ground) foi tomado como referência.

Equacionando:

V1  V2 V1  V3
Nó 1: ( )  ( )  8  3 0
3 4
V2  V1 V2  V3
Nó 2: ( )  ( )  V2  3 0
3 2
V3  V1 V3  V3V2
Nó 3: ( )  ( ) 
 25  0
4 2 5
Solução: V1 = 0,942 V; V2 = 10,569 V e V3 = 32,125 V. As correntes que passam nos
resistores de 1 Ω, 2 Ω, 3 Ω, 4 Ω e 5 Ω valem, respectivamente: 10,569 A; 10,778 A; 3,209 A;
7,796 A e 6,425 A. Certificar-se que a Σ das correntes no nó é aproximadamente 11,0 A, no
nó 2, 13,778 A e no nó 3, 25,0 A.

Exercício 2

Calcular a corrente no resistor de 23 Ω do circuito, através de transformações sucessivas

Cálculo da corrente no resistor de 23 Ω através de divisor de corrente:

23,451 x 21,15
I 23 Ω =  11,234 A .
21,15  23,0
Obs. Você pode checar o valor por outro método qualquer.

12

Você também pode gostar