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Entenda tudo sobre Legislação do SUS e passe em qualquer

prova!

Sanar

• 30/03/2020

Seja qual for o momento de carreira em que você se encontra, de uma coisa
não há dúvidas: você vai precisar conhecer profundamente a Legislação do
SUS!

Seja na graduação, estudando para alguma Residência (Uni ou


Multiprofissional), se preparando para um Concurso, ou já tendo uma carreira
estável, o estudo da Legislação do SUS é imprescindível para o
crescimento do profissional da saúde. 

Aprimorar constantemente seus conhecimentos é algo que já deve ser rotina


para quem é da área da saúde. A todo momento saem novas pesquisas, estudos
inéditos e descobertas impressionantes, reconfigurando muitos conceitos e
condutas dos profissionais. Com tanto coisa específica para aprender e se
atualizar, os temas “gerais” da saúde acabam ficando um pouco para trás. 

Quando se fala em SUS, Sistema Único de Saúde, há certo déficit na


abordagem do tema durante a graduação, o que leva muita gente a crer que
não há muito o que se saber, ou que não precisará tanto desses conhecimentos
para sua vida.

Esse é um erro gravíssimo por vários motivos: O SUS é referência mundial de


Saúde Pública; Legislação do SUS é o assunto que mais cai nos
Conhecimentos Gerais de provas de concursos e residências em saúde;
durante a Residência os conhecimentos de Legislação serão imprescindíveis
para um bom desempenho; se você for trabalhar na rede pública, esse tema
estará completamente atrelado ao seu dia a dia. 

Por sabermos da tamanha importância que esse tema possui para o


profissional da saúde, reunimos neste artigo TUDO O QUE VOCÊ
PRECISA SABER SOBRE LEGISLAÇÃO DO SUS! Você vai encontrar:

1. Estrutura do Sistema Único de Saúde - SUS


2. Qual a importância da Legislação do SUS?
3. Assuntos mais cobrados de Legislação do SUS
4. Questões comentadas de Legislação do SUS

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Estrutura do Sistema Único de Saúde - SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma referência mundial entre programas


de saúde pública no mundo.

Criado em 22 de setembro de 1988, o SUS garante que todos os brasileiros


tenham acesso universal ao sistema público de saúde, existindo há mais de 30
anos.

Segundo a Constituição Federal de 88, o SUS é composto pelo:

1. Ministério da Saúde,
2. Estados (Secretaria Estadual de Saúde – SES);
3. Municípios (Secretaria Municipal de Saúde – SMS).

Cada segmento desse tem suas próprias responsabilidades e são regidos por
uma legislação bem definida. Devido a sua alta complexidade e importância, a
Legislação do SUS é um dos assuntos mais cobrados tanto em provas de
concursos e residências, quanto no cotidiano no profissional da saúde.

O SUS contrata seus funcionários do quadro efetivo de cada um dos órgãos


através da realização de concursos públicos. Além disso, para suprir
necessidades temporárias são realizados diversos processos seletivos.

Se você pretende trabalhar na Saúde Pública deve estar sempre atento/a às


oportunidades que surgem aqui no nosso blog. Temos uma lista completa de
concursos abertos na área da Saúde.

Além da estabilidade garantida, os salários oferecidos pelo SUS constituem


um dos principais atrativos dos concursos. A remuneração pode
ultrapassar R$ 10 mil, para além do acréscimo de vários benefícios e
gratificações.
Porém, para passar em qualquer concurso na área da Saúde, você precisará
entender profundamente sobre a Legislação do Sistema Único de Saúde.

 
Qual a importância da Legislação do SUS?

A Legislação do SUS é o conjunto de regulamentos e leis que determinam as


formas de agir dos três segmentos ligados ao Sistema Único de Saúde.

Nessa legislação há desde a definição do SUS, suas diretrizes e propósitos, até


a estrutura de ação, forma de organização e condutas do Sistema.

Considerado como um dos maiores sistemas públicos de saúde existentes, o


SUS é descrito pelo Ministério da Saúde como “um sistema ímpar no
mundo, que garante acesso integral, universal e igualitário à população
brasileira, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de
órgãos”.

Conforme dados divulgados pelo Portal da Saúde do Governo Federal em


2013, 152 milhões de pessoas dependem exclusivamente do SUS para ter
acesso aos serviços de saúde (80% do total da população brasileira). 

São realizados cerca de 2,8 bilhões de procedimentos ambulatoriais,


anualmente, 9,7 milhões procedimentos de quimioterapia e radioterapia, 236
mil cirurgias cardíacas e 19 mil transplantes.
APRENDA TUDO SOBRE LEGISLAÇÃO DO SUS E PASSE EM
QUALQUER PROVA!

Para fazer parte dessa rede tão especial da saúde, ajudar a aprimorá-la e fazer
verdadeira diferença na saúde pública do país, a Legislação do SUS precisará
ser sua melhor amiga. 

Além da aplicação diária, no caso de quem já trabalha nessa área, para quem
quer passar em qualquer concurso público ou residência, será primordial a
compreensão aprofundada da Legislação.

Mesmo após passar na Residência, o conhecimento de SUS será necessário


para que tenha um bom desempenho durante os 2 ou 3 anos como
residente. 

Tirando apenas aqueles que não pretendem trabalhar no Brasil e não têm
pretensão de levar os conhecimentos gerados por um dos sistemas públicos de
saúde mais importantes do mundo para fora, todos precisam conhecer o
assunto. Estamos aqui para te ajudar nessa!

Assuntos mais cobrados de Legislação do SUS

Os concursos e residências, apesar de terem as mais variadas bancas e serem


direcionados a setores distintos da sociedade, costumam ter cobranças
bastante interseccionadas. 

A Legislação do SUS, sem a menor dúvida, deve dar o ar da graça em sua


prova. Por isso, e por todos os outros motivos que já trouxemos neste artigo,
selecionamos os principais assuntos de Legislação que mais caem nas
provas de concursos e residências!

Constituição Federal - Artigos 196 a 200

Nos artigos 196, 197, 198, 199 e 200 da Constituição Federal de 1988
encontraremos a obrigação do Estado em prover o acesso às ações e serviços
de saúde, como o sistema deve ser organizado, as diretrizes, a participação
complementar da rede privada e algumas das atribuições do Sistema Único de
Saúde. É a partir daqui que a saúde passa a ser includente, ou seja, aqui nasce
o SUS.

Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080/90

Esse é outro tema praticamente obrigatório para estudar pra concursos! A lei
8080 de 19 de setembro de 1990 também é conhecida como “Lei Orgânica da
Saúde” e fala sobre as condições de promoção, proteção e recuperação da
saúde, da organização e do funcionamento dos serviços.

“A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover


as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.” (Lei 8080, Art. 2º)

A Lei determina que todos têm direito à Saúde, por isso, o SUS é universal.
Para que o Estado garanta essa Saúde, ele precisa desenvolver, formular e
executar políticas econômicas e sociais que abranja a todos de modo justo.

A Lei também relaciona fatores Determinantes e Condicionantes da Saúde,


como: educação, lazer, moradia, saneamento, transporte e outros. Assim, a
saúde passa a ser entendida não mais como ausência de doença, mas como
uma série de fatores que, integrados, promovem o bem-estar.
 

Decreto 7.508 de 2011

O Decreto 7.508 de 28 de Junho de 2011 é a legislação mais nova do Sistema


Único de Saúde que regulamenta a Lei 8.080/90. Ele traz novos termos e
resgata outros já existentes que precisam ser fortalecidos.

O decreto dispõe acerca de: região de saúde, contrato organizativo de ação


pública, portas de entrada, comissões intergestores, mapa da saúde, rede de
atenção à saúde, serviços especiais de acesso aberto, protocolo clínico e
diretriz terapêutica, Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde
(RENASES), e Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME).

Conheça os princípios do SUS, que garantem


democratização da saúde brasileira
Considerado um dos maiores e mais completos sistemas de saúde pública do mundo, o Sistema
Único de Saúde (SUS) é responsável pela promoção de acesso à saúde a todos os cidadãos
brasileiros.

A partir da conquista de uma saúde pública universal, prevista na Constituição Federal de 1988, em
seu artigo 196 e por meio da Lei nº. 8.080/1990, o SUS surge como um direito a todos os
brasileiros, que antes dependiam de previdência social e de ações de filantropia para ter acesso à
saúde gratuita.1

Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 190 milhões de brasileiros utilizam o SUS para
receber cuidados de saúde1. Mas além do que é entendido por cuidado - como atendimentos
médicos, exames e fornecimento de tratamentos - o SUS também é responsável pela vigilância
sanitária brasileira, fiscalização de alimentos e medicamentos, além de desenvolvimento de novas
políticas públicas de saúde2, tornando-o essencial, mesmo para aqueles que buscam atendimento
médico particular.

Dentro do cenário atual de pandemia, as ações do SUS se tornaram ainda mais imprescindíveis para
manter a ordem e garantir o cuidado da população, tendo em vista que mais de 80% dos brasileiros
dependem exclusivamente do SUS para ter acesso à saúde1.

Desde sua criação, o SUS segue alguns princípios fundamentais, que obedecem às diretrizes do
Artigo 198 da Constituição Federal de 1988, que preveem a universalidade, a integralidade e a
equidade no acesso à saúde2. Você sabe o que significam esses princípios?

Universalidade
Representando uma conquista democrática ao Brasil, o conceito de universalidade transformou a
saúde em um direito de todos e um dever do Estado. Ela determina que todos os cidadãos brasileiros
têm direito ao acesso à saúde, sem qualquer tipo de discriminação.3

Integralidade
A Integralidade é o que rege a necessidade de um atendimento à saúde resolutivo, em todas as áreas.
Segundo esse princípio, oficializado pela Constituição Federal de 1988, o sistema de saúde deve ser
preparado para atender a todas as demandas dos usuários, ouvindo suas necessidades e trabalhando
para atendê-los de forma respeitosa e com qualidade.

Seja com ações preventivas ou que tratem os pacientes em eventos agudos, o SUS atua em todas as
frentes de promoção à saúde4.

Equidade
Com relação direta aos conceitos de igualdade e justiça, o princípio da equidade prevê o
atendimento a pacientes de acordo com as necessidades de cada um.

Um exemplo prático acontece em unidades de urgência e emergência em todo mundo, nos quais os
atendimentos são feitos de acordo com a classificação de risco de cada pessoa, definindo quais
pacientes tem maior prioridade dentro daquele espaço.

Porém, a equidade não é prevista somente em situações de risco. Com uma população tão plural,
esse conceito norteia o SUS para reconhecer as necessidades de grupos específicos e atuar na
redução do impacto de alguns determinantes sociais, como no caso de moradores de rua, idosos e
outros grupos que requerem mais atenção5. 

E o PROADI-SUS trabalha em harmonia com esses três princípios, dando apoio ao SUS e
fortalecendo ainda mais o direito de acesso a uma saúde pública eficiente e de qualidade, que seja
resolutiva em todos os níveis de atenção. 
Saúde pública municipal: Quais são os serviços prestados?
Conforme a lei nº 8.080, de 19 de setembro de1990, o SUS propõe a distribuição de competências
entre as diferentes esferas governamentais – Federal, Estadual e Municipal. Em conjunto, todas
devem oferecer ao nosso país:
Atenção básica – Atendimentos e ações preventivas, como consultas de rotina e vacinação;
Atenção secundária – Atendimento a casos que demandam acompanhamento especializado, como
cardiologia e oftalmologia;
Atenção terciária – Atendimento a pacientes que precisam ser internados e acompanhados de forma
mais próxima;
Atenção integral – Atendimento a pacientes que já receberam tratamento, mas precisam de um
acompanhamento posterior, como fisioterapia.
A partir dessas diretrizes, o Sistema Único de Saúde definiu diferentes unidades de atendimento para
cada objetivo: Postos de Saúde, Unidades Básicas (UBS), Unidades de Pronto-Atendimento (UPA)
e Hospitais. A implantação dessas unidades reúne recursos financeiros e esforços de todas as esferas
gerenciais (Ministério da Saúde, Governo Federal e Prefeitura), mas a responsabilidade de gerenciar
os serviços prestados é cabível à saúde pública municipal.

Compromissos e responsabilidades da saúde pública municipal

O fortalecimento da gestão da saúde pública municipal constitui uma importante estratégia do


Ministério da Saúde para assegurar a resolubilidade, qualidade e humanização das ações e serviços
prestados à população.

Nesse contexto, cada Prefeitura deve garantir os serviços de atenção básica à saúde para todo o
município, exercendo as funções de coordenação, articulação, negociação, planejamento,
acompanhamento, controle, avaliação e auditoria dos projetos.

Além de contribuir com o cumprimento das políticas nacionais e estaduais, também é


responsabilidade da saúde pública municipal criar políticas e projetos próprios para o setor,
utilizando no mínimo 15% da receita da cidade, em conjunto aos valores repassados pela União e
pelo estado.

Entre as principais funções dos gestores da saúde pública municipal, podemos citar:

Administração de todos os serviços de saúde prestados no município, desde as atividades mais


simples, como consultas e vacinas, até as mais complexas, como o transplante de órgãos;
Organização e controle dos laboratórios e hemocentros;
Identificação de problemas e definição de prioridades no âmbito municipal;
Planejamento de ações e serviços necessários;
Organização dos serviços públicos e contratação de serviços privados quando necessário;
Definição e monitoramento de metas relevantes, conforme o cenário do município;
Implantação e revisão de métodos e processos de trabalho.

Como o setor privado contribui com a saúde pública municipal?


Para o gerenciamento otimizado dos serviços e das unidades, o Poder Público pode contratar
serviços especializados de empresas privadas, em todas as esferas governamentais e níveis de
atenção à população.

O processo inicia-se a partir de uma licitação, para que as empresas se qualifiquem para o serviço
que será prestado. Uma das soluções cada vez mais aplicadas à saúde pública municipal é a gestão
compartilhada com Organizações Sociais de Saúde (OSS).

Nesse modelo, as Prefeituras se beneficiam de uma parceria para a administração dos serviços e das
unidades. Como as OSS não estão submetidas às mesmas normas de recursos humanos, compras,
contratos e execução orçamentária da administração pública, é possível garantir maior agilidade,
eficiência e qualidade aos projetos.

O Instituto Mais Saúde, por exemplo, é uma OSS que exerce a gestão compartilhada sem fins
lucrativos em conjunto às Prefeituras. Atualmente, o Instituto apresenta dois grandes projetos, nas
cidades de Ibirité e Barão de Cocais, definindo ações e estratégias com foco na humanização,
economia e inovação no atendimento à saúde pública municipal.
CARTÃO NACIONAL DE SAÚDE | CARTÃO SUS
O Cartão Nacional de Saúde é um instrumento que possibilita a vinculação dos procedimentos
executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) ao usuário, ao profissional que os realizou
e também à unidade de saúde onde foram realizados. Para tanto, é necessária a construção de
cadastros de usuários, de profissionais de saúde e de unidades de saúde. A partir desses cadastros, os
usuários do SUS e os profissionais de saúde recebem um número nacional de identificação.

http://www.saude.pa.gov.br/cidadao/cartao-sus/
Secretaria de saúde pública

https://hospitais.proadi-sus.org.br/noticias/130/conheca-os-principios-do-sus-
que-garantem-democratizacao-da-saude-brasileira

Hospitais proadi SUS

 
https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/entenda-tudo-sobre-
legislacao-do-sus

Sanar saúde

https://www.institutomaissaude.org.br/blog/saude-e-bem-estar/voce-sabe-como-funciona-a-
saude-publica-municipal

Instituto mais saúde

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