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prova!
Sanar
• 30/03/2020
Seja qual for o momento de carreira em que você se encontra, de uma coisa
não há dúvidas: você vai precisar conhecer profundamente a Legislação do
SUS!
1. Ministério da Saúde,
2. Estados (Secretaria Estadual de Saúde – SES);
3. Municípios (Secretaria Municipal de Saúde – SMS).
Cada segmento desse tem suas próprias responsabilidades e são regidos por
uma legislação bem definida. Devido a sua alta complexidade e importância, a
Legislação do SUS é um dos assuntos mais cobrados tanto em provas de
concursos e residências, quanto no cotidiano no profissional da saúde.
Qual a importância da Legislação do SUS?
Para fazer parte dessa rede tão especial da saúde, ajudar a aprimorá-la e fazer
verdadeira diferença na saúde pública do país, a Legislação do SUS precisará
ser sua melhor amiga.
Além da aplicação diária, no caso de quem já trabalha nessa área, para quem
quer passar em qualquer concurso público ou residência, será primordial a
compreensão aprofundada da Legislação.
Tirando apenas aqueles que não pretendem trabalhar no Brasil e não têm
pretensão de levar os conhecimentos gerados por um dos sistemas públicos de
saúde mais importantes do mundo para fora, todos precisam conhecer o
assunto. Estamos aqui para te ajudar nessa!
Nos artigos 196, 197, 198, 199 e 200 da Constituição Federal de 1988
encontraremos a obrigação do Estado em prover o acesso às ações e serviços
de saúde, como o sistema deve ser organizado, as diretrizes, a participação
complementar da rede privada e algumas das atribuições do Sistema Único de
Saúde. É a partir daqui que a saúde passa a ser includente, ou seja, aqui nasce
o SUS.
Esse é outro tema praticamente obrigatório para estudar pra concursos! A lei
8080 de 19 de setembro de 1990 também é conhecida como “Lei Orgânica da
Saúde” e fala sobre as condições de promoção, proteção e recuperação da
saúde, da organização e do funcionamento dos serviços.
A Lei determina que todos têm direito à Saúde, por isso, o SUS é universal.
Para que o Estado garanta essa Saúde, ele precisa desenvolver, formular e
executar políticas econômicas e sociais que abranja a todos de modo justo.
A partir da conquista de uma saúde pública universal, prevista na Constituição Federal de 1988, em
seu artigo 196 e por meio da Lei nº. 8.080/1990, o SUS surge como um direito a todos os
brasileiros, que antes dependiam de previdência social e de ações de filantropia para ter acesso à
saúde gratuita.1
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 190 milhões de brasileiros utilizam o SUS para
receber cuidados de saúde1. Mas além do que é entendido por cuidado - como atendimentos
médicos, exames e fornecimento de tratamentos - o SUS também é responsável pela vigilância
sanitária brasileira, fiscalização de alimentos e medicamentos, além de desenvolvimento de novas
políticas públicas de saúde2, tornando-o essencial, mesmo para aqueles que buscam atendimento
médico particular.
Dentro do cenário atual de pandemia, as ações do SUS se tornaram ainda mais imprescindíveis para
manter a ordem e garantir o cuidado da população, tendo em vista que mais de 80% dos brasileiros
dependem exclusivamente do SUS para ter acesso à saúde1.
Desde sua criação, o SUS segue alguns princípios fundamentais, que obedecem às diretrizes do
Artigo 198 da Constituição Federal de 1988, que preveem a universalidade, a integralidade e a
equidade no acesso à saúde2. Você sabe o que significam esses princípios?
Universalidade
Representando uma conquista democrática ao Brasil, o conceito de universalidade transformou a
saúde em um direito de todos e um dever do Estado. Ela determina que todos os cidadãos brasileiros
têm direito ao acesso à saúde, sem qualquer tipo de discriminação.3
Integralidade
A Integralidade é o que rege a necessidade de um atendimento à saúde resolutivo, em todas as áreas.
Segundo esse princípio, oficializado pela Constituição Federal de 1988, o sistema de saúde deve ser
preparado para atender a todas as demandas dos usuários, ouvindo suas necessidades e trabalhando
para atendê-los de forma respeitosa e com qualidade.
Seja com ações preventivas ou que tratem os pacientes em eventos agudos, o SUS atua em todas as
frentes de promoção à saúde4.
Equidade
Com relação direta aos conceitos de igualdade e justiça, o princípio da equidade prevê o
atendimento a pacientes de acordo com as necessidades de cada um.
Um exemplo prático acontece em unidades de urgência e emergência em todo mundo, nos quais os
atendimentos são feitos de acordo com a classificação de risco de cada pessoa, definindo quais
pacientes tem maior prioridade dentro daquele espaço.
Porém, a equidade não é prevista somente em situações de risco. Com uma população tão plural,
esse conceito norteia o SUS para reconhecer as necessidades de grupos específicos e atuar na
redução do impacto de alguns determinantes sociais, como no caso de moradores de rua, idosos e
outros grupos que requerem mais atenção5.
E o PROADI-SUS trabalha em harmonia com esses três princípios, dando apoio ao SUS e
fortalecendo ainda mais o direito de acesso a uma saúde pública eficiente e de qualidade, que seja
resolutiva em todos os níveis de atenção.
Saúde pública municipal: Quais são os serviços prestados?
Conforme a lei nº 8.080, de 19 de setembro de1990, o SUS propõe a distribuição de competências
entre as diferentes esferas governamentais – Federal, Estadual e Municipal. Em conjunto, todas
devem oferecer ao nosso país:
Atenção básica – Atendimentos e ações preventivas, como consultas de rotina e vacinação;
Atenção secundária – Atendimento a casos que demandam acompanhamento especializado, como
cardiologia e oftalmologia;
Atenção terciária – Atendimento a pacientes que precisam ser internados e acompanhados de forma
mais próxima;
Atenção integral – Atendimento a pacientes que já receberam tratamento, mas precisam de um
acompanhamento posterior, como fisioterapia.
A partir dessas diretrizes, o Sistema Único de Saúde definiu diferentes unidades de atendimento para
cada objetivo: Postos de Saúde, Unidades Básicas (UBS), Unidades de Pronto-Atendimento (UPA)
e Hospitais. A implantação dessas unidades reúne recursos financeiros e esforços de todas as esferas
gerenciais (Ministério da Saúde, Governo Federal e Prefeitura), mas a responsabilidade de gerenciar
os serviços prestados é cabível à saúde pública municipal.
Nesse contexto, cada Prefeitura deve garantir os serviços de atenção básica à saúde para todo o
município, exercendo as funções de coordenação, articulação, negociação, planejamento,
acompanhamento, controle, avaliação e auditoria dos projetos.
Entre as principais funções dos gestores da saúde pública municipal, podemos citar:
O processo inicia-se a partir de uma licitação, para que as empresas se qualifiquem para o serviço
que será prestado. Uma das soluções cada vez mais aplicadas à saúde pública municipal é a gestão
compartilhada com Organizações Sociais de Saúde (OSS).
Nesse modelo, as Prefeituras se beneficiam de uma parceria para a administração dos serviços e das
unidades. Como as OSS não estão submetidas às mesmas normas de recursos humanos, compras,
contratos e execução orçamentária da administração pública, é possível garantir maior agilidade,
eficiência e qualidade aos projetos.
O Instituto Mais Saúde, por exemplo, é uma OSS que exerce a gestão compartilhada sem fins
lucrativos em conjunto às Prefeituras. Atualmente, o Instituto apresenta dois grandes projetos, nas
cidades de Ibirité e Barão de Cocais, definindo ações e estratégias com foco na humanização,
economia e inovação no atendimento à saúde pública municipal.
CARTÃO NACIONAL DE SAÚDE | CARTÃO SUS
O Cartão Nacional de Saúde é um instrumento que possibilita a vinculação dos procedimentos
executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) ao usuário, ao profissional que os realizou
e também à unidade de saúde onde foram realizados. Para tanto, é necessária a construção de
cadastros de usuários, de profissionais de saúde e de unidades de saúde. A partir desses cadastros, os
usuários do SUS e os profissionais de saúde recebem um número nacional de identificação.
http://www.saude.pa.gov.br/cidadao/cartao-sus/
Secretaria de saúde pública
https://hospitais.proadi-sus.org.br/noticias/130/conheca-os-principios-do-sus-
que-garantem-democratizacao-da-saude-brasileira
https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/entenda-tudo-sobre-
legislacao-do-sus
Sanar saúde
https://www.institutomaissaude.org.br/blog/saude-e-bem-estar/voce-sabe-como-funciona-a-
saude-publica-municipal