Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Formatação: Gaby B.
Thresh.
Apenas o nome sugere poder, domínio, perigo ... e o que o próprio homem sugere? Oh
cara. Nunca conheci ninguém como ele. Maior que a vida, exsudando o poder bruto.
Ele é uma montanha de sexo masculino e robusto.
Mas tenho paredes que nenhum homem, não importa quão grande ele é, nunca foi
capaz de romper. Entretanto, Thresh não sabe aceitar "não" como uma resposta. Ele
está determinado a superar todas as minhas defesas e mostrar o que eu tenho
perdido.
O único problema é que Thresh tem inimigos. Poderosos, mortíferos, implacáveis
inimigos que não têm nenhum problema em me usar para chegar até ele. E Thresh
está ferido, com um braço inútil.
Pode Thresh encarar sozinho homens armados e perigosos, prontos nos matar e o
meu trem de carga emocional?
P ágina |7
Capítulo 1
Maldito homem
Experimente o paraíso na exótica St. John! Eu folheei a
brochura, olhando fixamente para as fotos — não que Miami
não fosse bonita, porque era, mas Miami era casa, e eu
precisava de uma mudança de cenário, mesmo que apenas
por alguns dias.
Bela Belize! Eu joguei este na pilha de ‘de jeito nenhum’.
A América Central não me atraía, por qualquer motivo.
Venha ver a Tailândia! Não. De jeito nenhum. Eu ouvi
histórias, e Tailândia parecia um pouco demasiado...
aventureiro, para minhas primeiras férias em mais de três
anos.
Eu peguei o folheto de St. John novamente, e quando eu
estava passando por ele pela terceira vez, uma colega se
sentou ao meu lado no sofá no salão do médico da UTI.
— St. John, hein? — Ela disse, lendo por cima do meu
ombro. Lizzy era vários anos mais velha do que eu, casada e
tinha três filhos pequenos. — Parece bom, vamos! — Eu ri.
— Só você e eu, hein?
— Claro, por que não? John pode lidar com as crianças
por alguns dias.
Eu ergui uma sobrancelha para ela.
P ágina |8
1
Non sequitur é uma expressão latina (em português "não se segue") que designa a falácia lógica na qual a
conclusão não decorre das premissas. Num non sequitur, coloca-se uma premissa como sendo verdadeira mas,
depois, define-se que ela é falsa ou que há exceções para a sua veracidade.
P á g i n a | 10
apologético, em absoluto.
Ele também não parecia tão fraco como agiu há pouco.
Mas ainda estava um pouco pálido, e estava claro que
perdeu muito sangue, e tinha que estar em uma enorme
quantidade de dor.
Eu empurrei seu ombro sem ferimentos.
— Deite.
Ele se moveu para cumprir, mas lentamente,
rigidamente. Como se não estivesse acostumado a deitar-se,
como se doesse fazê-lo. Ficou deitado de costas, parecendo
desconfortável e inseguro.
— Como é isso?
— É apenas uma cama, Thresh. Tente relaxar.
— Você tenta relaxar com um ulna1 quebrado. — Ele
rolou o ombro ferido, sibilando. — Ou um par de rodadas em
seu ombro.
Tão gentilmente quanto pude, afastei seu braço de seu
corpo; Ele estava mantendo-o apertado por muito tempo,
provavelmente estava apertado nessa posição. E sim, ele
estava certo em sua avaliação: seu ulna estava em muito mau
estado, embora eu não classificaria como quebrado. Mas
como uma fratura severa. Olhei para seu ombro, notando
duas feridas de entrada na carne de seu ombro e músculo
peitoral.
— Você pode balançar para o lado para mim? Eu preciso
procurar feridas de saída. — Eu puxei para ele, indicando a
maneira que eu queria que ele se movesse.
Ele ficou imóvel.
— Não adianta, doutora. Não há feridas de saída, porque
as rodadas ainda estão aí. Este não é o meu primeiro rodeio.
Eu sei quando é um por completo, e quando eles estão
1
O cúbito ou ulna é um dos ossos que formam o antebraço, sendo o maior deles
P á g i n a | 18
alojados.
Suspirei.
— Bem, que tal, uma vez que eu sou a médica, eu
gostaria de ver por mim mesma, novamente, por favor. Deixe-
me dar uma olhada. — E, como eu suspeitava, havia duas
feridas de saída limpa. Tanto para sua perícia médica. — Eu
não sei se você vai ficar feliz ou triste com isso, mas o fato é
que você tem duas feridas de saída limpas.
— Hmmph, — foi tudo o que ele disse.
Eu desbloqueei as rodas da maca.
— Vamos encontrar um quarto para você, para que eu
possa começar a trabalhar. Eu tenho outras rondas para
fazer, você sabe.
— Eu sei que eu poderia usar alguns malditos
assassinos de dor. Você tem algum Tylenol naquela bata de
laboratório sexy?
Olhei para ele, com uma expressão vazia em meu rosto.
— Os médicos não guardam remédios em seus
laboratórios, Thresh. — Eu não conseguia evitar que minhas
sobrancelhas caíssem. — E o que você quer dizer com bata de
laboratório sexy?
— O quê? Ninguém nunca disse que você é sexy naquela
bata de laboratório?
Eu endureci.
— Não. Não que eu me lembre.
— Então, com quem quer que você tenha andado tem a
necessidade de ter os olhos verificados. Essa merda é sexy. —
Ele levantou em seu bom cotovelo, com uma expressão
maliciosa em seu rosto. — Você anda por aí vestindo apenas
aquele casaco de laboratório? Talvez algumas meias 7/8
pretas e um par de saltos altos? Tire esse seu cabelo grosso
P á g i n a | 19
— Você é incorrigível.
— Uma mulher pode ser bonita e bem sucedida com
base em suas habilidades e educação, e eu sou perfeitamente
capaz de reconhecer isso. Não seja tão tensa, porra.
— Eu não sou tensa, — eu disse. Eu odiava ser
chamada assim, com uma paixão. — Eu sou reservada, e
privada. Não sou tensa.
Ele riu.
— Tudo bem, tudo bem. Acalme suas mamas.
— Me desculpe? — Eu rosnei.
As portas do elevador se abriram, mas eu não me movi.
Eu estava tão irritada.
— Acalmar... minhas mamas? — Eu me aproximei de
seu rosto. — Se você quer que eu cuide de suas feridas, então
sugiro que você mantenha uma língua civilizada e respeitosa
em sua cabeça. Você... porra, me entende?
Suas sobrancelhas levantaram, e eu acho que ele lutou
contra um sorriso.
— Sim senhora. Entendo alto e claro.
— E eu não classificaria seus ferimentos como
‘pequenas lesões’.
Ele acenou com a mão desdenhosamente.
— Bah. Eu já tive piores e continuei lutando.
Eu não queria pensar sobre essa declaração muito de
perto. Ou, pelo menos, isso é o que eu tentei dizer a mim
mesma. Porém, não pude deixar de me perguntar, o que ele
fazia. Um cara do exército, ou alguém das forças armadas,
seria visto em uma base militar, não em um hospital civil.
Então o que ele estava fazendo aqui?
A ideia de que ele viesse ao Jackson Memorial de Nevada
P á g i n a | 22
Capítulo 2
Em negação
Eu não tive a chance de verificar Thresh novamente
nesse turno inteiro. Fiquei ocupada com paciente após
paciente na UTI, até que finalmente meu turno acabou e eu
estava tão exausta que não conseguia pensar. Estava tão
cansada que mal conseguia manter um pé na frente do outro.
Peguei minhas coisas do meu armário, despedi-me das
enfermeiras no turno da noite e depois caminhei até a
estação do Metrorail. Quando ele me deixou fora na minha
parada, arrastei a minha bunda pelos quatro quarteirões até
em casa, para meu apartamento no terceiro andar.
Minha casa. Meu santuário. Minha fuga de todos e de
tudo.
No segundo que eu passei através da porta, joguei o
meu pager no balcão da cozinha, chutei os meus sapatos,
encolhi e esfreguei os meus ombros. Quando entrei no meu
quarto, estava nua. Quando minha cabeça bateu no
travesseiro, eu estava dormindo.
Não tive um sono sem sonhos, embora. Eu sonhei com
um pálido gigante com moicano e olhos azul-gelo e mãos tão
grandes que poderiam envergar minha cintura — e eu não
sou uma garota graciosa. Sonhei sobre como ele olhou para
mim. Eu sonhei que estava no escuro, e ele acendeu uma luz,
e de repente eu percebi que estava nua, exceto pelo meu
jaleco de laboratório, com meu estetoscópio ao redor do meu
pescoço e um par de meias brancas até o joelho. Ele me
P á g i n a | 25
1 Não existe uma tradução literal pra isso. Peek A Boo seria aquela brincadeira que as
pessoas fazem com os bebês, de cobrir o rosto com as mãos e depois diz algo tipo
"Achooou!"
P á g i n a | 26
— O quê?
Eu gesticulei para os sacos.
— Parece que você tem bastante besteira para obstruir
artérias aí, para alimentar um exército.
Ele enrolou os embrulhos, jogou-os no saco e abriu o
seguinte. E, com certeza, produziu mais dois hambúrgueres.
— Estou com fome, — ele disse de boca cheia.
— Claramente. — Eu cruzei a sala e puxei uma cadeira
perto de sua cama. — Quantos hambúrgueres têm aí, afinal?
Ele piscou para mim, olhou para as bolsas e depois para
mim. Claramente, um pouco envergonhado.
— Trinta e seis.
Eu tossi de surpresa.
— Trinta e seis? Você está planejando comer trinta e
seis cheeseburgers duplos? Só você? De uma vez?
Ele se eriçou.
— Você já me viu? Um ou dois não irão satisfazer. Não
com o sangue que perdi. Precisa de um monte de calorias
para alimentar um corpo tão grande quanto o meu.
Eu gesticulei para os sacos.
— Mas... esse tipo de comida? — Eu enruguei meu nariz
com desgosto. — Essa merda é horrível para você.
Ele estreitou os olhos para mim.
— Doutora, eu não sei se você notou, mas eu não estou
realmente em qualquer posição para ser exigente. Se você
sabe onde posso obter uma caixa de salmão fresco e uma
grelha para cozinhá-lo, deixe-me saber. Ou talvez você tenha
uma misturadora e um balde de proteína de soro de leite em
seu jaleco de laboratório?
P á g i n a | 30
Suspirei.
— Eu acho que você tem um ponto aí. Mas a cafeteria
aqui certamente tem alguma salada que você poderia comer,
ou...
— Doutora. Novamente, dê uma boa olhada em mim.
Você acha que um recipiente de isopor pequenininho de
alface murcha e frango emborrachado vai matar a minha
fome? Eu liguei para baixo, mas quando eu pedi uma dúzia
de hambúrgueres e uma pizza inteira, eles desligaram. Então
eu disse fodam-se, e mandei meu chefe obter algum alimento
entregue a mim.
Eu balancei a cabeça.
— Uma dúzia de hambúrgueres e uma pizza inteira?
Ele suspirou.
— Eu como muito, ok? Perdi uma porção de sangue e
dormi por dezesseis horas. Eu estive com um bocado de dor
por quatro horas antes de tudo isso, e eu estive em um
tiroteio antes disso. Preciso de um monte de calorias. Sim, eu
sei que hambúrgueres de fast food não é exatamente a
escolha mais saudável, mas quando você tem uma fome tão
grande como a minha, você faz o que você tem que fazer.
Eu levantei minhas mãos em rendição.
— Contanto que você não coma dessa maneira em uma
base regular.
Ele me olhou com diversão.
— Por que, Dra. Reed, eu acredito que soa como se você
apenas pudesse se importar.
— Não se lisonjeie, Atlas. — Eu fui traída pelo meu
estômago, que escolheu esse momento para promulgar o
rugido assustador de fome da hiena Mufasa de O Rei Leão.
Thresh sorriu para mim, tirou um hambúrguer do saco
P á g i n a | 31
companhia, às vezes.
— Eu não quis dizer que soasse assim...
Ele sorriu para mim.
— Não se preocupe com isso. As pessoas fazem
suposições sobre caras que se parecem comigo. E, além
disso, você trouxe suas meninas, e você não as aprisionou em
algum sutiã esportivo estúpido.
Eu ri.
— Eu costumo trazer minhas meninas comigo em todos
os lugares, uma vez que elas estão meio ligadas a mim.
— Sim, bem, eu acho que eu poderia estar ficando
ligado a elas, também. — Ele emparelhou esta declaração
com um flagrante comer com os olhos.
— Você não pode realmente ver nada! Só estou usando
um sutiã normal.
— Eu posso ver a forma geral, e eu tenho uma
imaginação vívida. — Ele piscou para mim, e depois voltou
sua atenção para a TV.
— Oh? E o que sua imaginação lhe diz sobre meus
peitos?
Ele lentamente girou a cabeça para olhar para mim,
desligando a TV com o controle remoto ligado à cama sem
olhar para ela.
— Não tenho certeza se quer me fazer essa pergunta,
doutora. Não, a não ser que esteja pronta para a resposta. —
Sua voz era um ruído gutural baixo, um ronco, escura,
madura com uma promessa lasciva.
Eu engoli em seco, meu estômago incomodou e meu
sangue bateu em minhas veias. O olhar em seus olhos era
positivamente feroz. Fez algo a minhas entranhas, fez meus
joelhos aquosos. Eu nunca recuei de um desafio, no entanto,
P á g i n a | 34
indiquei.
— E melhor do que todos os outros seios nus que eu já
vi, combinados.
— O caramba, você diz. — Eu tentei carregar, casual, e
acabou soando estúpido e argumentativo.
Ele voltou a encontrar meus olhos, e agora talvez ele
visse minha insegurança.
Espere, não. Eu não sou insegura. Eu sou apenas...
conservadora. Privada. Eu não gosto de vestir-me para
chamar a atenção.
Minha repreensão interna nada fez por mim. Eu pisei
fora do alcance, abotoei minha camisa de volta do jeito que
estava, todos menos um botão preso.
— Obrigada pelos hambúrgueres, Thresh. — Eu me
virei, e fui até a porta antes que ele falasse.
— Eu lhe disse.
Eu parei, a mão na maçaneta da porta, e olhei para ele.
— Me disse o quê?
— Você não gostaria da resposta.
— Sua imaginação lhe disse para desabotoar minha
camisa?
— Minha imaginação me disse para fazer muito mais,
doutora. — Sua voz era aquele rosnado lascivo novamente,
aquele que fez meus joelhos tremerem. — Mas eu não vou
fazer nada disso até termos estado em pelo menos um
encontro.
— Encontro?
— Sim. Um encontro. Você sabe, onde um cara e uma
garota saem e passam tempo juntos fazendo vários tipos de
atividades verticais?
P á g i n a | 37
Capítulo 3
Cabeceira
Eu arrasto um monte de boceta. Muito.
Não tanto quanto meu amigo e parceiro de armas, Duke,
simplesmente porque, muito honestamente, eu não sou tão
bonito quanto aquele filho da puta. Mas esse não é o ponto.
Duke e eu não competimos, nunca competimos e nunca
vamos competir. Não há necessidade. Nós somos alas.
Irmãos. Eu apoio suas peças, ele apoia as minhas, sem
perguntas. Se ele me pedisse para atacar Fort Knox com uma
arma Daisy BB, eu faria isso e não me preocuparia em
perguntar por quê.
De volta ao meu ponto, porém. Eu arrasto uma boceta
onde quer que eu vá, e não tenho que tentar. Caminho até o
clube como: "O que, eu tenho um grande pau!"1 — desculpe,
desculpe, essa música está presa na minha cabeça. A linha é
verdadeira para mim, no entanto. Meninas dão uma olhada
em mim e assumem, corretamente, que eu estou
empacotando tanto entre as minhas pernas como eu mostro
em qualquer outro lugar. Eu bato meu dedo, e tenho diversão
para a noite, ou o fim de semana, ou a semana. Nunca mais
de uma semana, porque não estou no mesmo lugar mais de
uma semana, exceto quando estou no complexo no Colorado.
Mas desde que Harris e Layla se engataram, aquele
maldito lugar sempre ecoa com os gritos de Layla, e isso não
é algo que eu queira ouvir. Harris é sacrossanto, e assim é
Capítulo 4
Apenas um beijo
Sexta-feira era meu dia de folga, e era também dia de
lavanderia, e de levantamento pesado na academia. Isso
significava que eu dormia até tarde, até as oito da manhã, o
que, no mundo de um médico, era tarde — comia um grande
café da manhã, recolhia até o último ponto de roupa que eu
possuía, exceto um par de shorts apertados, sutiã e um top
longo de alça.
Comecei uma carga de roupa e, em seguida, dirigi-me
para a academia. Trabalhei os pesos livres até que eu estava
uma geleia por toda parte, bati Jamba Juice para um shake
de proteína grande, troquei as cargas... e fui para o almoço.
Geralmente às sextas-feiras pego um filme entre o almoço e o
resto da lavanderia, mas hoje eu não sentia vontade.
Estava inquieta.
Eu trabalhei mais duro do que o normal, empurrando-
me até que eu não poderia fisicamente bater mais nada,
mesmo se a minha vida dependesse disso.
O tempo em que estava jogando roupas na lavadora e
dobrando a roupa seca, eu estava em conflito mental. Eu
tenho uma regra desde minha residência que nunca penso
em trabalho quando estou fora — eu nunca trago trabalho
para casa comigo. É a única maneira de permanecer sã. O
problema hoje, porém, era que se eu não pensasse em
P á g i n a | 48
encontro.
Minha boca abriu e fechou um par de vezes.
— Não. Nós não temos.
— Sim, nós temos. Eu lhe disse antes de sair do meu
quarto no outro dia que eu lhe pegaria hoje às seis.
Eu finalmente me levantei, limpei minha bunda, e então
pisei para ficar na frente de Thresh, olhando para ele com
raiva.
— Isso não é como funciona pedir a uma garota para
sair, Thresh. Não diga a ela que vai sair. Você pergunta,
educadamente, e se ela disser que sim, então você tem um
encontro. Você deu ordens, e eu não quis responder. Isso
significa que não temos um encontro.
Ele apenas olhou para mim, segurando seu chão,
imperturbável.
— Você não disse não. Você não respondeu, e não sabe
como fez essa merda de propósito. Você fugiu como um pônei
arisco. Não conseguiu lidar com a intensidade do momento.
Foda-se ele e sua verdade.
Eu me virei, ajoelhei e comecei a guardar o conteúdo da
minha bolsa. — Eu não... eu não estava... — eu me cortei
com um furor zangado, e então comecei de novo. — Então eu
sou um cavalo, agora?
— O que eu disse foi ‘como um pônei arisco’, na
verdade, o que não é o mesmo. Mas se você quiser levá-lo
dessa maneira, claro.
Eu me levantei abruptamente, girando para encará-lo,
pronta para cobri-lo, mesmo com 30 centímetros de diferença
de altura e mais de 60 quilos de diferença muscular ser
condenado.
— Você está falando sério? — Eu até fui para esbofeteá-
P á g i n a | 54
legitimamente chocado.
Ele mal conseguiu passar o umbral antes de eu tentar
bater à porta nele. A porta acabou acertando seu pé e seu
braço ferido, provocando um estreitamento de seus olhos e
um aperto de sua mandíbula.
— Você é uma mentirosa de merda, doutora, — ele
rosnou.
Suspirei.
— Bem. Quer que eu diga isso para você? Eu não quero
sair com você por muitas razões. Eu não quero sair com você
porque você nunca pediu. Você me disse, e assumiu que eu
diria que sim. Você aparece em minha casa de forma
inesperada... e como diabos você sabe onde moro, afinal? Isso
é muito assustador. Terceiro — ou é o quarto? Eu perdi a
conta. — Eu acenei uma mão em demissão. — Eu não quero
sair com você porque você me assusta. Você me deixa
nervosa. Você é perigoso, de muitas maneiras, e eu vivo uma
vida segura e simples. É assim que eu quero, e é assim que
eu gosto, e você iria confundir tudo isso.
Ele assentiu com a cabeça, pensativo e profundo.
— Isso é um monte de razões. Eu acho que posso
respeitar esse pensamento. — Ele se aproximou mais perto
de mim, naquela maneira predatória que ele tinha, estando
perto o suficiente para seu calor irradiar contra mim e eu
podia sentir o cheiro de água de colônia, picante, sedosa e
vertiginosamente deliciosa. — Mas você ainda é uma
mentirosa de merda.
— Eu não estou... — Eu tive que voltar atrás, para longe
dele, longe do seu cheiro inebriante, longe de sua presença
maciça e esmagadora. — Eu não estou mentindo.
Ele tinha a coragem de sorrir.
— Está sim. Você quer sair comigo, mas você não quer
querer. Assim como você me quer, mas você não quer esse
P á g i n a | 58
lo ir embora.
Mas meu medo, meus anos de condicionar-me contra os
homens, contra a confiança, contra as relações de qualquer
tipo... Essa parte estava ganhando. Eu simplesmente não
conseguia me soltar. Desejando-o, querendo... tudo o que
viria com um relacionamento com ele, por mais breve que
fosse — não era suficientemente forte para superar meu
medo profundamente arraigado.
Mas eu ainda sentia a decepção quando ele se afastou
de mim. Eu esperava que ele pudesse empurrar um pouco,
tentar um pouco mais difícil passar minhas paredes. Talvez
fosse uma bobagem estúpida, mas eu esperava que ele
tentasse me forçar além do meu medo, sabe?
Mas isso era estúpido.
Eu lhe disse que não, e ele estava ouvindo. Essa é a
coisa cavalheiresca, respeitosa e pensativa a fazer.
Eu estava prestes a me virar. Ele estava lá fora,
fechando a porta atrás de si. Com mais do que um pequeno
arrependimento borbulhando dentro de mim, eu assisti
aquele pedaço de luz do lado de fora estreito quando ele
fechou a porta, desaparecendo da minha vida para sempre.
Então algo aconteceu em um piscar de olhos. Eu
honestamente não conseguia entender como uma montanha
como ele, podia mover-se tão rápido, tão rapidamente que eu
nem registrei seu movimento até que eu estivesse em seu
abraço, o braço em volta da minha cintura, me levantando do
chão, girando em torno de mim, e prendendo-me contra a
parede. Num segundo eu estava a um metro da porta, no
seguinte eu estava contra a parede do apartamento ao lado
da porta, seu joelho entre minhas coxas, sua pata enorme
suavemente acariciando meu rosto, polegar roçando sobre
meus lábios. Eu parei de respirar. Meu coração parou de
bater. Meu estômago caiu.
— Só um beijo, doutora. — Sua voz era um sussurro,
P á g i n a | 60
Capítulo 5
Escurecendo
Se eu não a deixasse então, eu não a deixaria em tudo.
Esse beijo, cara... ele me fodeu direito. Ela só tinha um sabor
tão doce, e era tão malditamente sensível, uma vez que ela
deu mais e começou a me beijar de volta, cara... Eu estava
acabado. Eu nunca fui muito de beijar, eu normalmente
usava beijar como uma ferramenta para fazer uma menina
trabalhada e ligada para que pudéssemos chegar a coisas
mais divertidas, mas esse beijo com Lola...
Era sua própria entidade. Era bonita por si só, e me
deixou tonto, me fez querer correr de volta para cima os três
lances de escadas e quebrar a sua frágil porta e beijá-la até
nenhum de nós poder respirar, até que nossas roupas
saíssem e...
Porra, porra, porra — eu parei no fundo da escada,
tentando obter minha libido furiosa sob controle.
Quando eu tive certeza de que não ia cortar o zíper da
minha calça jeans ou correr de volta ao apartamento de Lola
e arruiná-la sem sentido, deixei o prédio dela, movendo-me
de volta para o meu hotel.
A coisa sobre ser um soldado a sua vida inteira é que
você fica afiado em seus sentidos. Mesmo distraído, minha
mente e meu corpo estão sintonizados com meu ambiente. O
que significa que quando senti a nebulosa sensação de mal-
P á g i n a | 63
encontrar.
— Com quem? — Sem surpresa, ela soou fraca.
— Caras maus. Gangsters europeus, mercenários. A
versão curta é esta: O cara que você tratou no ano passado,
Harris — ele possui uma empresa de segurança chamada
Alpha One Security. Costumamos fazer merda de guarda-
costas pessoal, mas às vezes assumimos tarefas mais
perigosas, e a última nos colocou em confusão com um
personagem bastante desagradável chamado Cain. Nós o
irritamos, e agora ele está atrás de mim. Vendo como você me
conhece, isso a coloca em sua mira. Ele é do tipo que não vai
ter nenhum escrúpulo em machucá-la se chamar minha
atenção, e desde que eu gosto de você, eu não estou disposto
a permitir isso.
Seus grandes olhos castanhos encontraram os meus,
refletindo medo e confusão.
— Então você é... um mercenário?
Eu dei de ombros.
— Um tipo de. — Eu guardei a pistola atrás de minhas
costas, e então toquei seu ombro. — Posso explicar mais
tarde, mas agora precisamos tirá-la daqui. Aquele cara lá fora
não estava sozinho.
— Onde estamos indo?
— Não tenho certeza, imediatamente. Qualquer lugar
exceto aqui. Eu tenho um carro por perto, só precisamos
colocar alguma distância entre nós e os caras que procuram
por nós.
— Eu ainda não entendo por que eles me querem. Eu
mal o conheço. — Ela puxou as pontas do roupão mais
apertado, o que não ajudou a minha concentração, uma vez
que só serviu para moldar o algodão fino e úmido para seus
seios.
P á g i n a | 76
roubo de um Jeep.
— Você começou isso, bolo de mel.
— Bolo de mel? O que diabos isso quer dizer?
— Significa dizer-me onde este maldito barco está para
que possamos ir buscá-lo.
Ela hesitou.
— Bem, a coisa é, chegar a ele é a parte fácil. Na
verdade, entrar no barco e na água? Um pouco mais difícil. —
Ela gesticulou atrás de nós. — Especialmente desde que eu
estou relativamente certa que eles tentarão nos parar.
— Relativamente certa, — eu ecoei. — Sim, eu concordo
com isso.
Ela bateu no GPS, digitando um endereço da Plantation
Island, onde quer que fosse — qualquer que fosse. — Primeira
parada, no tio Filipo.
— O que tem no tio Filipo?
— O barco.
— Estou confuso.
Ela revirou os olhos para mim. Parecia que ela fez isso
muito.
— Eu sei, é complicado. Outra complicação é que tio
Filipo não é realmente meu tio. Ele é o amigo do meu pai que
o traz consigo. Ele tem um barco — bem, na verdade é o
barco do papai se você quer ser técnico sobre isso, mas ele
está deixando o tio Filipo emprestá-lo mais ou menos
permanentemente, assim Filipo pode trazer comida e propano
para papai e qualquer outra coisa.
Eu fiz uma careta.
— Então é o barco do Filipo?
P á g i n a | 92
Capítulo 6
cuidado.
— Não, eu não. Eu... persegui outras oportunidades.
— Como o quê?
Ele olhou para mim.
— Bem, eu fui recrutado, se você realmente quer saber.
NFL. Feito através do campo de treinamento, joguei uma
temporada inteira com os Carolina Panthers.
Eu olhei para ele.
— Você jogou futebol profissional?
Ele não olhava para mim.
— Sim. Eu tinha o tamanho, força, velocidade e talento.
Naquela temporada, cara... Eu arruinei a merda. Foi um bom
ano. Muito divertimento, muito do dinheiro, montes de
cadelas, mulheres, eu quero dizer.
Eu revirei os olhos para ele.
— Por que se censurar agora, Thresh? Não é como se eu
não soubesse de seu status como um jogador de nível
profissional.
Ele encolheu os ombros.
— Eu não estou tentando me censurar, eu só...
— Você quer entrar nas minhas calças, e você acha que
será menos provável que eu deixe isso acontecer se estiver
constantemente sendo lembrada que você provavelmente
aperfeiçoou a arte de pegar e largar1?
Ele franziu o cenho para mim.
— Ok, agora segure a porra por um segundo. Isso não é
inteiramente justo. Não é assim, está bem? Eu não sou
assim. Posso dizer que eu nunca peguei e larguei antes? Não.
Eu era um animal na faculdade, e naquele ano com os
profissionais. Mas as coisas mudaram. Eu mudei. Eu não
1
Ter relações sexuais com uma garota, ignorando-a totalmente depois.
P á g i n a | 107
Eu fiz algumas missões com meu atual chefe, Harris. Ele saiu
antes de mim, trabalhou de segurança privado para Valentine
Roth. Acabou por criar sua própria empresa de segurança e
me contratou no segundo em que me tornei civvie.
— Civvie?
— Civil.
— Oh.
Eu o observei, observei a maneira como sua sobrancelha
se apertou, a maneira como seu punho apertou o volante.
— Estou chateando, não é?
Ele fez um esforço visível para sacudi-lo.
— Não, doutora. Você só... trouxe memórias que eu
normalmente guardo na caixa, é tudo.
Eu bufei.
— Sim, bem, então somos dois. — Eu dei para ele um
sorriso. — Então você conheceu Valentine Roth?
Ele inclinou a cabeça de lado a lado.
— Sim, algumas vezes. Ele é legal. Mais rico do que
tudo, mas ele é legal sobre isso.
— Eu li alguns artigos sobre ele. Parece uma pessoa
interessante.
Ele riu.
— Interessante é uma palavra para ele. Honestamente,
não há muitas pessoas como ele. Ele é um verdadeiro tipo.
Não é um garoto rústico que herdou o dinheiro de seu pai
mesmo que, pelo que eu entendo, ele veio de um dinheiro
sério.
— Conte-me sobre o resto de sua equipe.
— Tudo certo. Mas você tem que responder algumas
P á g i n a | 110
perguntas em troca.
Engoli em seco.
— Justo. Mas... não leve com as coisas difíceis, ok?
— Agora, eu faria isso com você?
Eu fiz uma careta para ele.
— Sim, eu acho que você pode.
Ele riu.
— Na verdade, você está certa. Mas eu vou ser legal. —
Ele estendeu a mão, puxou o final da minha trança; e não, eu
não gostei, nem um pouquinho. — Que tal a família, isso é
um tema de abertura suficientemente seguro?
Suspirei.
— Na verdade não, mas então, não tenho certeza do que
seria, então vamos com isso. — Eu levei um momento para
me reunir, e meus pensamentos. — Minha mãe morreu
quando eu tinha dezesseis anos. Ela esteve em um acidente
de carro, e ela deveria ter se recuperado, mas ela teve uma
infecção e... nunca saiu do hospital. Papai sempre jurava que
foi negligência por parte do hospital, e falou sobre processar,
mas ele estava muito perdido sem ela. Então foi quando ele
se transformou em ermitão.
— Jesus, Lola, desculpa. Isso foi difícil.
Eu balancei a cabeça.
— Isso foi. Ela sofreu por duas semanas antes que
finalmente morresse e, quando morreu, foi um pouco de
alívio em alguns aspectos, porque finalmente a agonia
acabou. Esse sentimento de desamparo, observando-a
sofrer... foi isso que me fez querer ser médica. Se eu pudesse
ajudar alguém, diminuir o sofrimento de alguém, ajudá-los a
curar, trazer famílias de volta quando a minha foi rasgada...
P á g i n a | 111
isso primeiro. Eu digo ‘era’, mas, tanto quanto sei, ele poderia
estar vivo em algum lugar. Eu só não tenho nenhum desejo
de colocar os olhos sobre o bastardo ruim nunca mais, porra.
— Eu fui uma dessas crianças estereotipadas abusadas,
eu acho que você poderia dizer. Ele me batia de modo regular,
mas às vezes ia além de uma simples surra. Tenho meu
tamanho dele, e ele nunca puxou seus socos comigo, a partir
de quando eu era apenas um pequeno em fraldas. Ele iria
quebrar ossos em dias ruins, mas nunca havia dinheiro para
um hospital, e ele não estava prestes a me deixar ir de
qualquer maneira, já que eu poderia falar.
— Mamãe foi uma enfermeira, então ela colocou meus
ossos no lugar quando ele quebrava. Mamãe era minha... ela
era a única luz em minha vida. A única coisa que eu já tive
que não era dor e desespero. Nós vivemos em um trailer no
meio do nada em Buttfuck, Mississippi. Não era nada além de
lugar nenhum, nada, e ninguém. Surpreendente eu ainda ter
qualquer escolaridade, para ser honesto. Mas eu estudei, e eu
fui examinado pelo FSU para o futebol, e você sabe o resto.
— Você está pulando muito.
Ele bufou.
— Nada de merda, doutora. Não vale muito repetir.
Papai bateu em mim todos os dias e mamãe me manteve vivo.
É isso aí.
Eu sentia a dor, as coisas que ele nunca diria, não a
ninguém. A merda que enterrou profundamente, há muito
tempo.
— Então, a única vez que você perdeu a paciência...
Ele suspirou — ou na verdade, não era realmente um
suspiro, era mais um grunhido, um estrondo tão profundo
que eu não sabia que um ser humano poderia produzir tal
som.
— A única vez que eu voltei. Depois que eu fiz o
P á g i n a | 114
— Então... Thresh...
— Não. — Ele me cortou. — Eu não estou dizendo o meu
nome verdadeiro, doutora. Uma pessoa nesta terra sabe
disso, e essa pessoa seria o meu miserável, não bom,
malvado, abusivo e foda doente de um pai, e ele
provavelmente está morto bêbado em uma vala em algum
lugar no sertão do Mississippi, onde ele pertence.
— Como posso fazer você me dizer seu nome verdadeiro?
— Eu perguntei.
Ele me lançou um sorriso lascivo.
— Bem, se você é tão determinada, eu posso pensar em
alguns acordos.
Meu estômago revirou, e meu sangue correu.
— Oh? Tal como?
Ele verificou o espelho retrovisor, depois puxou fora da
estrada, empurrou a mudança para o estacionar, deixou o
motor ligado e o A/C explodindo contra o calor ardente do sul
da Flórida. Seu olhar queimou em mim, quente com luxúria.
— Você diz isso, doutora, mas você é todo tipo de
distante quando se trata de mim tocando em você. Algo de
ruim aconteceu com você, e eu não vou empurrá-la para me
dizer o que foi. Mas não é nenhum segredo que eu quero
você. Eu quero você de seis maneiras no domingo, e cada
momento que eu gasto com você eu estou pensando em novas
maneiras que eu poderia fazer você gritar meu nome.
Ele tirou seu cinto e depois o meu, e então estendeu a
mão, arrastou a palma da mão para cima da minha coxa, e
desta vez ele não parou de me provocar, ele apenas colocou
sua enorme mão sobre o meu núcleo, cobrindo-me
completamente, e então começou a esfregar o calcanhar de
sua palma sobre mim de uma maneira tão perfeita que eu
senti isso em meu estômago, no tremor de minhas coxas, na
falta de minha respiração, na maneira que meus olhos não
P á g i n a | 116
ainda mais difícil, ainda mais quente? Por que o seu toque
rápido e em círculos era ainda mais delicioso?
— E quando você gozar, você vai gritar meu nome.
— Thresh... — Eu ofeguei.
Sim. Demais.
Meus quadris estavam dirigindo, empurrando, meu
clitóris pulsando sob seu dedo, e minhas mamas doíam e se
sentiam pesadas, e meus mamilos estavam duros e eu não
podia respirar, e eu estava para... oh, oh... ohhhh...
— Mais alto, Lola. Solte.
— Mais... Deus – mais — não pare, Thresh... por favor,
não pare, agora. É tão bom. — Eu não conseguia parar as
palavras, agora. Estavam fluindo como um rio. — Eu amo o
jeito que você toca minha boceta. Oh, meu Deus, quero...
quero...
— O quê, querida? Me diga o que você quer. Peça-me
por qualquer coisa, e eu vou dar a você.
Eu não podia deixar de arquear minhas costas para
expulsar meus peitos.
— Mais. Eu preciso de mais. Eu preciso que você me
toque aqui. — Eu estendi a mão, envolvi minha mão em torno
de sua cabeça, sentindo a pele macia e suave de seu couro
cabeludo raspado e a faixa suave, porém espinhosa de seu
moicano.
Seu dedo estava voando em círculos loucos e, em
seguida, pausando para deslizar em meu canal úmido
apertado e recolhendo orvalho e manchando-o contra o meu
clitóris e circulando novamente, e cada vez que ele parava,
mesmo por um segundo, eu ofeguei e choraminguei, mas
quando ele começou de novo só sentia tudo mais intenso,
melhor, mais profundo, e o clímax foi construindo, era uma
força dentro de mim esperando para ser solta, tanta pressão,
P á g i n a | 121
pulso.
— Não, Thresh. Ainda não. Isso é demais. Ok? Por
favor? Isso é o máximo que posso fazer agora. Mais e estou
sujeita a pânico.
Ele procurou meus olhos, e parecia ver a verdade ali.
— O que você precisar, Lola.
— Apenas... toque em meus seios. Você parece gostar
deles, e eu preciso... — Eu tive que me cortar para tomar um
fôlego, enquanto ele simultaneamente deslizava seus dedos
sob minha calcinha e entre minhas coxas, em minha boceta,
e abaixava sua boca para o meu peito esquerdo, a língua
batendo contra o meu mamilo, lambendo a minha auréola.
— Você precisa de quê? Diga, querida.
Eu não podia. Era demais. Tornando-me muito
vulnerável. Eu balancei a cabeça, arqueei minha espinha
para pressionar meu peito em sua boca, e deixei meus joelhos
desmoronarem para lhe dar um melhor acesso ao meu
núcleo. Deus, quem era esta, fazendo isto? Num carro, ao
lado da estrada, com um homem que acabei de conhecer. Um
assassino. Um guerreiro. Um gigantesco, insanamente
poderoso, auto admitido jogador.
Mas porra, um sexy. Um maldito ser humano lindo. Um
homem primordial, e um que parecia saber exatamente como
me tocar. Como me tirar de mim mesma, como me tirar do
passado, dos meus medos e inseguranças.
— Eu preciso...
Ele trabalhou seu dedo contra meu clitóris duro e rápido
agora, e cobriu meu mamilo com sua boca, e então — oh, oh,
ohhhhh, ele começou a mamar o mamilo duro e sensível.
Jesus, oh Jesus...
— Thresh, oh meu Deus Thresh...
— Isso é bom? — Ele perguntou, então inclinou-se para
P á g i n a | 124
Capítulo 7
Termine a dor
Merda, merda, merda.
Quando eu disse que eu a faria chorar, eu quis dizer o
tipo de choro que uma menina tem quando um orgasmo é tão
poderoso que ela não sabe como expressá-lo.
Não aqueles soluços que estremeceram e sacudiram
todo o seu corpo.
Essas não eram lágrimas boas.
Estas eram as lágrimas de alguém que teve algo tão
seriamente foda feito a ela no passado que a ferrou. Algo
suficientemente sério para fazê-la desligar e recusar de
qualquer tipo de sexualidade. Algo que a deixou incapaz de
sequer falar sujo.
Ela não olhava para mim.
Seus seios ainda estavam pendurados fora de sua
camisa — e Jesus foda e merda santo, aqueles peitos eram
pura perfeição. Mais perfeitos do que eu até fantasiei.
Enormes, suculentos, mais suaves do que qualquer coisa que
eu já senti, tremendo com cada movimento que ela fazia.
Deus, eu não consegui o suficiente deles.
Mas ela estava tendo um ataque de pânico completo,
agravado pelo fato de que ela estava nua da cintura para
cima e acabado de ter seu primeiro orgasmo em três anos, e
P á g i n a | 130
Capítulo 8
Eu o queria.
Eu não me importava com nada a não ser este
momento. Eu me recusei a deixar meus medos sequestrarem
isso de mim. Estávamos absolutamente sozinhos, ao lado de
uma estrada desolada, longe, longe de qualquer pessoa ou
coisa parecida. Isso era seguro. Ele estava a salvo.
Isso não era igual.
Thresh não era... ele.
Para afastar essa corrente de pensamento, eu foquei a
atenção em Thresh. Com o braço atrás da cabeça, o tamanho
improvável de seu bíceps ficou destacado, a circunferência, a
redonda e dura veia, a curva de seu ombro e o ângulo de seu
trapézio... Deus. Ele era tão bem desenvolvido. Perfeitamente
esculpido.
Tendo crescido sendo tutoreada na arte do
halterofilismo por meu pai, observando-o esculpir seu próprio
corpo, eu apreciava profundamente a beleza de um homem
com físico bem desenvolvido. E Thresh? Ele era o homem
mais bonito que eu já vi. Não muito, não um corpo super
desenvolvido, apenas... muito musculoso, esculpido, largo,
duro. Mas eu também o vi se mover, atacar mais rápido do
que uma serpente, e mover com pés silenciosos, tão gracioso
e predatório como um jaguar perseguindo um cervo.
Eu precisava ver mais dele; eu peguei seus olhos,
empurrando para cima na bainha de sua camisa polo preta.
Ele ergueu uma sobrancelha para mim, deu de ombros, e
então puxou a camisa em um movimento suave, agarrando a
parte de trás do colarinho e sacudindo-o, puxando-o
cuidadosamente para além de seu corpo — e... Santo Jesus, o
jeito que seus músculos se moveram sob sua pele bronzeada
quando ele fez isso? Eu estremeci, meu núcleo — minha
vagina — apertou e tremeu. Deus, seu corpo. Tão glorioso.
E todas aquelas cicatrizes? Eu queria lamber cada uma,
beijar cada uma, e descobrir a história por trás de cada uma.
P á g i n a | 140
1 Uma festa selvagem onde a cerveja é servida (geralmente em copos plásticos descartáveis) a partir de
um barril. Keggers são geralmente associados com o ensino médio e estudantes universitários, mas
ninguém pode jogar um se eles têm um monte de amigos e pelo menos um barril de cerveja.
P á g i n a | 142
Desejo.
Eu tentei lembrar o quanto eu amei minha sexualidade,
uma vez que fui desencadeada; eu queria aquela parte de
mim mesma de volta.
Uma vez que eu tive um gosto da carne de Thresh, eu
precisava de mais. Eu beijei através de seu peito, subindo
mais perto de banhar a minha boca sobre a sua garganta,
debaixo de seu queixo, através de sua mandíbula, deixando
minhas mãos vaguearem mais e mais para sul ao longo de
seu abdômen, ao redor de sua cintura, de volta ao seu
abdômen, acima de seu peito, e de volta ao seu abdômen.
Deus, eles eram tão duros, tão grossos, tão perfeitos.
Finalmente, eu me senti pronta.
Eu me deixei olhar para a protuberância.
Era montanhosa. Esticando.
Eu coloquei minha mão sobre ele novamente, sentindo o
poder de tensão atrás do denim. Esfreguei um pouco, apenas
para testá-lo, e senti Thresh mudar sob mim.
Olhei para ele; seus olhos estavam pesados, sua
mandíbula enrijecida, sua respiração chegando em profundas
correntes de ar, o punho cerrado atrás da cabeça.
Um momento, então, com meus olhos trancados nos
dele quando eu finalmente agarrei o botão de sua calça jeans.
Eu o abri. Ele respirou fundo, segurou e soltou lentamente,
observando-me atentamente.
Eu tive que romper com seu olhar, então, porque era tão
intenso, tão atento. E também, porque eu queria
desesperadamente ver o que eu estava desencadeando.
Eu apertei a aba de seu zíper entre dedo e polegar e
puxei para baixo. Uma mistura de algodão elástico/rayon
abaulou para fora entre as beiradas do zíper, uma espessa
haste dobrando contra o tecido. Oh Jesus. Seu pênis estava
P á g i n a | 144
— Para segurar.
Eu fiz uma careta.
— Eu pensei que era para adormecer?
Ele encolheu os ombros.
— Nunca fiz merda para me ajudar a adormecer, mas
faz maravilhas para me impedir de gozar muito cedo.
— Então você está segurando ativamente agora? — Eu
perguntei.
Eu deslizei meu punho até a cabeça de seu pênis,
espremi, torci, e esfreguei meu polegar através do topo.
Esmaguei para baixo outra vez, bombeei meu punho na base,
a seguir fiz exame de suas bolas em minha outra mão, as
envolvi, massageando-as. Ele gemeu, e então, quando eu
acariciei seu comprimento em um ritmo lento, começou a
flexionar seus quadris, o único movimento que ele se
permitiu, até agora.
— Vem e vai. Eu posso segurá-lo de volta, então ele
começa a se levantar novamente e eu empurro para trás, e
então você faz -merda sagrada, isso — você faz algo assim... e
eu, oh foda, fooooda, Lola, isso é tão bom.
Seus olhos se fecharam e sua cabeça inclinou para trás,
mas ele rapidamente abriu os olhos e viu como eu comecei a
acariciá-lo mais ritmicamente. Lentos, longos e longos
passeios do meu punho até o seu comprimento, brincando
em suaves apertos e carícias em torno da cabeça, então de
volta para a raiz, onde eu iria torcer, golpear de volta para
cima. Eu adicionei a outra mão, acariciando-o de mãos
dadas, cada vez mais rápido até que ele não conseguiu evitar
a maneira como seus quadris se flexionavam com meu toque.
Deus, ele era tão lindo. Seu abdômen tenso e
endurecido enquanto ele se flexionava em meus punhos, e
sua mandíbula apertava e soltava, e Deus, seu pênis, aquele
belo órgão perfeito, latejava em minhas mãos. Eu soube que
P á g i n a | 149
eu tinha que jogar com seu pau por um longo tempo naquele
ponto, e eu soube que ele tinha que estar morrendo pelo
orgasmo. Eu sabia que tinha que dar a ele — eu queria trazê-
lo para a sua liberação.
Porque eu me lembrei de quanto eu amei isso, também,
uma vez. Vendo o cara perder o controle, ir animal,
bombeando, indo selvagem, gritando, grunhindo,
amaldiçoando, suando, tudo só porque eu estava o tocando.
Um cara grande e forte, e ele era um escravo de minhas duas
pequenas mãos, e minha boca.
Eu queria sentir Thresh perder-se. Vê-lo se separar. Sei
que eu poderia nivelar um gigante como ele, sei que eu tinha
esse poder, ainda. Sabia que minhas mãos podiam lhe dar
prazer, que meus lábios e minha língua poderiam deixá-lo
louco.
Posso fazer isso com ele? Agora mesmo? Eu ousaria?
Foda-se, eu ousei.
Algo sobre Thresh me fez sentir corajosa. Me fez sentir
no comando. Fez-me querer colocar os meus medos na rua,
enfrentá-los e triunfar sobre eles. Não deixar o passado
atrapalhar meu presente ou meu futuro. Sim, eu realmente
gostava de Thresh. Eu estava realmente atraído por ele, tanto
fisicamente como por quem ele era como pessoa. Mas
enquanto isso era verdade, eu não tinha ilusões de que esta
coisa entre nós iria a algum lugar sério. Eu sabia o placar.
Mas ele trouxe as coisas para fora em mim, ele suscitou
fortes emoções e desejos, coisas que eu não senti em muito
tempo e realmente acreditava que estavam mortos e
arruinados. Então eu estava absolutamente preparada para
deixá-lo me ajudar a ultrapassar minhas questões,
especialmente porque ele parecia disposto a fazê-lo sem
conhecer os detalhes.
Eu simplesmente não podia olhar muito de perto, ou
pensar muito sobre o que tínhamos ou para onde estava
P á g i n a | 150
Capítulo 9
Dentro do Everglades
Ela foi tranquila o restante do trajeto para nosso
destino, que acabou sendo um reboque estacionado nas
bordas de algum lugar chamado Plantation Island. Era um
pequeno oásis de civilização no meio da área das Dez Mil
Ilhas dos Everglades, na extremidade sudoeste da Flórida.
Principalmente ocupado por guias turísticos dos Everglades,
foi... bem, remoto não era a palavra, como Lola apontou mais
cedo. Um lote inteiro que não era muito — não ocupava nem
quatrocentos acres, e tinha uma população de menos de
duzentos...
Sim, se você gostava do seu espaço e privacidade, este
era o lugar onde você deveria ir.
E este era o ponto de partida para chegar ao pai dela?
Sim. Os ermitões são estranhos, cara. Quer dizer, eu
gosto do meu espaço. Eu gostaria de alguns quilômetros
entre mim e o próximo cara, mas eu também gostaria de ser
capaz de ir para a cidade e pegar um Starbucks e um
hambúrguer, ou sentar-me em um bar e tomar um copo de
bourbon com Duke, olhando as senhoras passarem lá fora.
Mas aqui? Não havia nada.
E eu odiava isso. Odiava.
Porque me lembrou de onde eu cresci. Casa para mim
foi um lugar decrépito, dilapidado, literalmente no meio de
lugar nenhum. Apenas se sentava em um pequeno lugar uns
bons trinta quilômetros de qualquer coisa, porra. A única
razão pela qual tínhamos água corrente ou eletricidade era
P á g i n a | 161
Eu balancei a cabeça.
— Isso, e o afastamento dele. O silêncio. O vazio. —
Olhei pela janela para os barcos rebocados, montes de sucata
e varandas improvisadas. — Me leva de volta.
— E isso não é uma coisa boa, não é?
— Não tanto, não.
— Bem, se tudo correr bem, o Tio Filipo vai ter-nos na
água muito rápido, e podemos tirá-lo daqui.
Eu não disse, mas eu ficaria grato por isso. Minhas
mãos estavam ficando nervosas, e isso nunca era bom para
ninguém.
Lola apontou para um trailer indistinguível de qualquer
um dos outros.
— Aqui.
Eu bufei quando vi a... embarcação, eu acho que você
poderia chamá-la... no gramado da frente.
— Barco? Querida, isso é um copo de lata com um
motor ligado a ele.
Ela olhou para mim.
— Já esteve lá fora?
— Não, — eu admiti.
— Um, há uma lei de não despertar. Dois, você não pode
ir rápido de qualquer maneira, ou você vai perder um turno,
bater em algo, pode ser enlaçado, qualquer número de coisas.
Confie em mim, esta é a melhor opção.
Olhei o barco com ceticismo.
— Será que vai me segurar? Eu não sou exatamente
delicado, não sei se você notou.
Ela revirou os olhos para mim.
P á g i n a | 163
Eu ri.
— Não se preocupe, doutora, eu vou manter um bom
abraço em você. — Quando ela apenas franziu o cenho mais
duro, eu revirei meus olhos para ela. — Você será içada por
um cabo. Vai ficar tudo bem. Já fiz isso dezenas de vezes.
— Se você diz.
Eu gesticulei para o rio próximo, que eu assumi que
levava para os canais e canais em que estávamos em breve
para nos aventurar.
— Estou confiando em você para nos levar lá, você
confia em mim para nos tirar, ok?
Ela assentiu.
— Bem. Mas não estou muito interessada em
helicópteros.
— E eu não sou super interessado em cavalgar em uma
vasilha de lata através de uma vasta zona úmida. Em tempos
como esse, você faz o que tem que fazer.
Meu telefone descartável tocou naquele momento.
Aceitei o telefonema.
— Lear, fale comigo.
— Tenho que fazer isso rápido, Músculos. Fique na
linha para mim enquanto eu executo a triangulação... — A
linha ficou quieta por vários momentos, e então eu ouvi Lear
apertar os dedos na outra extremidade. — Peguei. Droga,
você está bem lá fora, cara.
— Estou começando, meu amigo. Não vou ter sinal para
onde vou.
— Isso não importa. Agora que eu tenho sua localização
ping, eu posso ficar de olho em você. Harris está recebendo
um sinal dessa forma, e então ele vai embaralhar um de seus
passeios mais rápidos para chegar lá.
P á g i n a | 173
lado.
— O barco do seu pai?
Lola olhou para ele. — Sim. Chama-se paopao. Ela
sorriu. — Papai mostrou-me como construí-los, na verdade.
Fizemos um juntos, um verão. Foi divertido. Eu fiz um ensaio
sobre o processo e tive crédito extra no próximo ano.
Eu ri.
— Agradável.
Ela fez uma careta. — Papai me fez, de fato. Apesar do
fato de eu ter um M.D, eu realmente odiava a escola.
— Eu ainda tenho aquele que você fez, você sabe, — veio
uma voz doce e lenta, cavernosamente profunda, de fora, a
minha esquerda. Ele tinha um sotaque, mas era suave,
arqueando suas vogais, apenas fazendo suas palavras
cantarem, ao contrário do sotaque de Filipo, que era
pronunciado e densamente polinésio.
Lola olhou para mim, e seu rosto se iluminou.
— Pai!
Ela correu de mim para os braços de um indivíduo
verdadeiramente gigantesco. Vindo de mim, isso é dizer
muito. Ele não tinha muito mais de 1,90m, talvez 1,95m, mas
o que lhe faltava em altura, ele compensava em massa. Lola
disse que ele foi um fisiculturista, e eu acreditei. Vestido com
uma calça cortada no comprimento do joelho e um par de
sapatos de água e nada mais, eu podia ver que ele perdeu a
definição ultra afiada de um fisiculturista, mas claramente
embalou em massa adicional na forma de puro músculo.
Cada polegada de sua parte superior do corpo do pulso
ao pulso, através de seus ombros e para baixo seu peito para
seu diafragma, era coberta com intrincadas tatuagens tribais
feitas em grossas linhas pretas e ângulos e espirais, e os
desenhos continuaram para baixo sob a cintura de sua calça
P á g i n a | 179
sobre você.
— Essa merda veio a mim, senhor, e Lola foi arrastada
nela apenas por se associar comigo — e confie em mim, ela
estava fazendo um excelente trabalho me enviando para
longe. Estou fazendo tudo o que posso para tirá-la e
certificar-me de que permaneça assim.
— Minha filha tem problemas com a formação de
relacionamentos.
Eu não pude deixar de rir.
— Sem merda. Eu peguei aquela parte.
— Mas ainda assim trouxe você aqui. Ela sabe que eu
não ficaria feliz em ver alguém novo, mas trouxe você aqui de
qualquer maneira. — E uma pausa espessa e significativa. —
E ela lhe deixou sozinho comigo.
— Só posso me aventurar a imaginar que ganhei um
pouco de sua confiança, então.
— Como?
— Quanta verdade você realmente quer, aqui, Tai?
Ele ergueu o queixo.
— Diga como é.
— Esta é uma coisa de trabalho. Há um grupo de
pessoas que realmente não gostam da empresa que eu
trabalho, e eles estão... agressivamente tomando medidas
para demonstrar isso. Qualquer pessoa envolvida com
qualquer um de nós é um jogo justo, parece que só a
verdadeira extensão do preconceito não era aparente até que
eu já tivesse entrado em contato com Lola. — Eu não vi a
necessidade de detalhes, mas eu tinha um sentimento de que
Tai não ficaria satisfeito até entender a coisa toda.
E eu não era um para dissimular.
P á g i n a | 183
ombro.
— Não me importo de comer peixe, e dormir ao ar livre
não me incomoda tanto assim. Embora, não me importaria
em ter algum spray contra insetos.
Isso só me rendeu um bufo sarcástico.
— Não temos nada disso aqui. Os insetos ficam ruins o
suficiente, você poderia esfregar alguma lama.
— Já imaginava.
Entramos numa clareira, no meio da qual havia uma
estrutura circular em forma de cúpula, formada por troncos
de árvores inteiras para sustentação vertical, com telhado de
palha e lados abertos, e um piso suspenso a três metros do
chão. Eu podia ver algum tipo de sombras ou ripas que
poderiam ser abaixadas para manter o tempo inclemente. Tão
astuciosamente formada era a habitação que até eu percebi o
que eu estava olhando, eu não imediatamente reconheci
como estrutura feita pelo homem. Apenas misturado
perfeitamente com o resto dos arredores. O teto do telhado
era tecido de folhas de palmeira que, considerando tudo o
que eu vi na viagem — eram manguezais, eu presumi que ele
deve ter trazido de outro lugar para este fim. Tendo ido para a
FSU, eu tomei alguns cursos de preenchimento na história da
Flórida e dos Everglades, e dos Seminoles que uma vez
habitaram esta área, então eu reconheci alguns elementos da
estrutura como sendo de origem Seminole, mas as fotografias
e desenhos que eu vi mostraram as habitações Seminole
como retangulares, enquanto que esta era mais arredondada.
Algo estava fora sobre a estrutura, mas eu não poderia
indicar o que.
Tai percebeu que eu parei e estava olhando para a
estrutura.
— Não conseguiu descobrir?
Eu balancei a cabeça.
P á g i n a | 185
Então por que diabos ela jurou parar de fazer sexo? Por
que ela estava tão fechada? Não poderia ser insegurança
física. Ela tirou sua parte superior facilmente o suficiente e
sem escrúpulos, e não tentou encobrir. Ela também não era
claramente uma novata quando se tratava de sexo; a maneira
como ela me tocou, a maneira como colocou sua boca em
mim... Porra, a garota sabia o que ela estava fazendo. E
novamente, isso era uma tesão para mim.
Mas então ela apenas... jurou parar de fazer sexo por
três anos, incluindo a masturbação? Que diabos?
Além disso... o que diabos foi essa torção no meu
intestino quando eu olhei para ela? Por que me sentia tão
protetor? O pensamento dos valentões de Cain botando suas
mãos sujas de merda nela, fazendo algo com ela para me
atacar? Isso fez meu temperamento bem controlado disparar.
E apenas olhando para ela sentada lá, completamente
inconsciente, quente para caralho, casual e confortável em
um acampamento no meio do nada, em um lugar tão rústico
que era quase da era do bronze. Tudo dentro de mim parecia
apenas... merda, eu não conseguia nem encontrar a palavra.
Era uma espécie de desejo, tipo de necessidade, tipo de
proteção, e algo mais, algo mais profundo, mais forte... mais
tudo isso enrolado em uma bola retorcida, emaranhada com
intensidade fervente.
Tentei me sacudir, mas o sentimento inquietante não
desapareceu. Se alguma coisa aconteceu, ele se intensificou.
E foi então que percebi que Tai estava me observando
atentamente. Ele bateu a mão no meu ombro, e falou em um
tom agudo apenas para os meus ouvidos.
— Filho, acho que você acabou de ficar viciado.
Eu me encolhi e olhei para ele.
— U, um, o quê?
P á g i n a | 188
Capítulo 10
Significa algo
Eu tenho uma relação amor-ódio com o lugar do papai.
Passei muitos verões aqui, pescando, vivendo perto da
fogueira e da luz das estrelas, comendo frutas enlatadas,
peixe assado, carne de veado e as várias colheitas que o pai
cultivava aqui e ali em várias ilhas: batata doce, milho, melão
e até mesmo um pequeno arremedo de abóboras e alguns
bastões de uvas.
Passei meus verões ajudando-o a plantar e retirar erva
daninha de suas colheitas, ajudando-o a caçar, reparando a
casa, limpando peixes, cozinhando, fazendo canoas. Um
verão inteiro foi gasto substituindo o telhado de palha, um
trabalho que levou papai, Filipo e eu três meses trabalhando
de sol a sol para completar, de importar os rolos pesados de
folhas de palmeira para rachar e amarrar a madeira. Fiquei
feliz em voltar para a vovó e vovô naquele outono.
Eu adoro isso aqui. É pacífico. É lindo. É um mundo
totalmente diferente, totalmente removido da azáfama e do
caos de Miami. É um mundo primitivo, e graças ao papai,
ainda me sinto confortável aqui, mesmo que eu não saia
muito frequentemente.
Mas também odeio, porque este lugar roubou meu pai.
Quando mamãe ficou doente, ele começou a passar mais e
mais tempo aqui entre visitas ao hospital. Eu era a única que
se sentava ao lado dela o dia todo enquanto ela definhava.
Papai não podia assistir. Só não podia. Então ele desapareceu
nas florestas de mangue em seu pequeno paopao, pescou e
caçou até que ele se sentiu forte o suficiente para enfrentar
sua forma murchada novamente. Mas ele não ficaria muito
tempo e as visitas se tornaram cada vez menos, até que os
P á g i n a | 190
daqui.
Basicamente, papai estava dizendo que ele estava dando
privacidade para Thresh e eu.
Maravilhoso.
cansada, tensa.
— Papai nos aprova, aparentemente. — Eu sorri para
ele. — Ele gosta de você. Isso é uma façanha. Ele não gostava
de ninguém desde que conheceu Filipo, e isso foi há trinta
anos.
— Ele é um cara legal. Estou feliz por ele gostar de mim.
Eu não me intimido, mas se o fizesse, ele faria isso. — Ele
olhou para a casa atrás de nós; eu ainda pensava nisso como
uma casa, mesmo que não fosse, não no sentido próprio da
palavra — estava em casa, para mim, aqui fora. — Uma vida
que ele fez para si mesmo.
— É realmente. Vacilei entre invejá-lo por isso e me
ressentir por isso.
— Por que você se ressentia dele?
Suspirei. Aí veio a conversa séria.
— Porque eu o perdi para este lugar. Quando mamãe
ficou doente, ele... não conseguia lidar com isso. Eu me
ressinto por não ter coragem de ficar, por mim. Eu precisava
dele, mas ele não podia fazer isso. Não poderia enfrentar a
vida sem ela. Então, fui morar com meus avós em Fort
Lauderdale, até chegar à FSU.
— Eles ainda estão por aí?
— Meus avós? Não. Eles morreram quando eu tinha
vinte e seis anos, ambos no mesmo ano. Vovó primeiro,
depois vovô.
— Eu sinto muito. — Ele moveu sua cadeira mais perto
da minha. — Parece que você perdeu um monte de entes
queridos. Seu pai está aqui fora, então ele está... por perto,
tipo, vivo, mas você tem que fazer aquela viagem louca só
para vê-lo, então...
— Sim. Quase todo mundo se foi. O trabalho torna difícil
sair e ver o pai, e... honestamente, é difícil para mim estar
P á g i n a | 196
aqui. Não posso sair por um fim de semana, sabe? Este lugar,
para viver aqui, você tem que mudar seu estado mental.
Especialmente como o papai faz isso. Totalmente fora da
terra, a maneira como as pessoas sobreviveram por milhares
de anos antes da civilização assumir. Não é fácil.
— Sim, eu notei.
Thresh acrescentou outro pedaço de pau ao fogo — não
era grande, e era parte de uma árvore morta. Papai se
recusava a cortar árvores a menos que fosse absolutamente
necessário, visto que era ilegal, número um, e que as árvores
estavam em perigo e, portanto, protegidas. Recolher ramos
mortos era outro trabalho diário enorme, encontrá-lo,
empilhá-lo, colocá-lo para secar, se necessário.
O outro benefício de um fogo de madeira morta é que
emite muito pouca fumaça, e a pouca que havia era dissipada
pelas árvores, por isso mesmo alguém passando diretamente
sobre a cabeça não saberia que estávamos aqui.
Eu estava lutando uma batalha interna, nesse ponto.
Eu sabia que Thresh tinha perguntas, e eu sabia que lhe
devia respostas. Mas isso significava arrastar memórias que
eu fiz o meu melhor para reprimir, suprimir e, de outra
forma, bloquear totalmente. Mas se eu sentia essa intensa
atração por Thresh, se eu sentia como se ele fosse alguém
verdadeiramente confiável, e se eu estivesse disposta a
assumir esse risco, então eu tinha que colocar fora toda a
merda que eu mantive enterrada por tanto tempo.
— Eu era muito selvagem na faculdade, — eu disse, por
meio de abertura. Thresh usou um longo pau para picar as
brasas, olhou para mim para me dizer que estava ouvindo. —
Coisas típicas da faculdade, você sabe? Bebia muito, fui a
festas, me meti em encrenca. Brinquei com garotos da
faculdade. Mas até que eu fui para a faculdade, eu fui
bastante protegida. Papai manteve uma rixa apertada em
mim, não me deixou namorar, e assustou todos os caras que
P á g i n a | 197
tempo.
— Merda.
— Sentiu onde isso está indo, hein?
— Espero que não.
Eu deixei tudo isso passar por mim, deixei crescer e
explodir. Todas as feridas, a raiva, a confusão, o embaraço, a
traição. Deixei-me apenas... sentir.
— Ele iria assistir nossos vídeos. Como, muito. Ele iria
viajar, olhando para nós. Eu não podia entendê-lo
totalmente, mas eu estava bem com isso. Melhor que a
pornografia ou batota ou o que quer, certo? Ele estava saindo
por nós, por mim. Então eu estava bem com isso. Ele tinha
um estoque desses cartões de memória SD. Ele tinha uma
câmera montada em nosso quarto, e ele nos gravava, toda vez
que fazíamos sexo. E ele iria levá-la conosco se nós fossemos
a algum lugar, ou me convencer a ter relações sexuais com
ele fora, em algum lugar. Sempre nos gravando. Era
estranho, eu acho, mas um fetiche inofensivo, já que eu sabia
sobre isso e estava bem com isso. — Eu parei novamente,
respirando, sentindo. — Eu só disse isso uma vez, que ele
nunca poderia deixar ninguém ver esses vídeos. Quer dizer,
eu esperava que fosse óbvio, certo? Eu presumi que era.
— Ele mostrou alguém?
Eu acenei com a cabeça em seu peito.
— Pior. — Eu engoli em seco, tentei continuar
respirando. — Ele não apenas mostrou a um amigo ou algo
assim. Eu teria ficado chateada e provavelmente teria
terminado com ele, mas não teria... não teria me fodido do
jeito que ele realmente me fodeu. Merda, isso não faz sentido,
não é?
— Eu sei o que você está dizendo.
— Isso é realmente, muito difícil, e eu estou tentando
P á g i n a | 202
casual. Nós não usávamos palavras para dizer tanto, mas nós
dois sabíamos, você sabe?
Eu balancei a cabeça.
— Então você sabe o que quero dizer.
— Claro, para caralho.
Eu torci para olhar para ele.
— Você acha... você acha que faria alguma diferença
para nós? Para ser investido?
Ele soltou um longo e lento suspiro, e não respondeu
imediatamente. Eu gostava de Thresh, como ele sempre
considerava suas palavras antes de responder.
— Talvez. Se a pessoa com quem você está compreende
de onde você está vindo e o que esperar, eu acho que pode
definitivamente fazer a diferença, porque ela poderia ouvir e
fazer o que você precisa para ajudá-lo através disso.
Esfreguei minha palma contra seu peito.
— Você sabe exatamente o que eu estou dizendo, então
pare de picar as palavras.
— Estou tentando não assumir nada.
— O que é doce de você, mas eu penso que nós já
passamos disso.
— Mal nos conhecemos, há três dias? Quatro?
Eu inclinei minha cabeça para olhar para ele.
— Onde você quer chegar? Parece-me que você está
trabalhando contra si mesmo, aqui, amigo.
— Apenas jogando de advogado do diabo. Por sua causa.
Você estaria emocionalmente investida, se você e eu
tivéssemos relações sexuais?
Eu mantive meus olhos nos dele, mas meu olhar se
P á g i n a | 213
não tenho nenhuma, desta vez. A última vez que senti algo
tão forte por uma mulher, eu era um garoto apenas um
punhado de anos fora da minha adolescência, e eu tive um
fora, algo que eu não poderia e não iria sair. Eu não tinha
escolha a não ser andar.
Ele enterrou os dedos no meu cabelo.
— Baby, eu não sou mais jovem. Eu não sou velho, não
por um longo tempo, mas eu não sou um jovenzinho
qualquer. O que torna a potência disso ainda mais
assustadora. Porque, sim, nós acabamos de nos conhecer, e
como posso sentir isso por alguém que eu mal conheço? Mas
eu a conheço, não é? Quer dizer, há uma vida inteira de
merda para aprender um com o outro, mas acho que você
pode conhecer uma pessoa, o material importante, muito
rapidamente.
— Então você está indo para isso com os olhos bem
abertos?
— Muito mesmo. Não menos assustador, mas sim.
— E se começarmos a ter relações sexuais, e eu pirar...
— Eu pararia se você precisasse parar, eu a abraçaria se
você precisasse ficar abraçada. Eu não deixaria você correr, e
quando você estivesse pronta para tentar de novo,
começaríamos devagar, e conseguiria você calma, se fosse
isso que você queria.
— E se eu dissesse que eu queria manter as coisas no
nível que estavam esta tarde? — Eu não, mas eu queria saber
o que ele diria.
— Eu não tenho certeza que eu comprei, mas se é isso
que você quer, eu iria encontrar uma maneira de segurar.
— Isso significaria um monte de boquetes.
Ele sorriu e balançou a cabeça.
— Baby, não se engane, aqui. Você está oficialmente
P á g i n a | 215
Capítulo 11
Confirma.
Super protetor, e pronto para enfrentar Satã com uma
faca de bife se minha menina for ameaçada? Confirma.
Espere, minha menina? Viu? Fodido.
Eu estava em apuros. Um grande problema.
— E desta vez, Thresh... não pare.
Tão fodido. E eu nem estava lutando mais. Eu ia correr
com isso até onde fosse, porque uma vez que eu me
comprometo com algo, eu sou tudo, venha inferno ou água
alta, com cada partícula do meu ser.
Sua palma estava em minha bochecha, sua outra mão
estava deslizando sob minha camisa polo para acariciar meu
peito, suas grandes mamas exuberantes foram empurradas
para fora, rebentando fora de seu sutiã, em exibição bonita
apenas para mim, e sua bunda estava em minhas coxas, e…
Porra. Eu não poderia beijá-la rápido o suficiente, forte o
suficiente, completamente o suficiente. Eu queria esmagar
minha boca contra a dela e esmagá-la com meu beijo. Mas eu
não fiz. Eu senti como se ela pudesse até querer isso, um
duro e brutal beijo fodido, mas seria um rodeio para nós dois.
Duro e rápido iria nos empurrar muito rápido, passando as
emoções difíceis e intensas envolvidas em tudo isso.
Tínhamos de ir devagar. Deixar-nos realmente
experimentar tudo, momento a momento.
Então, em vez de bater meus lábios nos dela e devorar
sua boca como uma besta esfomeada, eu segurei minha mão
em seus cabelos, juntei um punhado de seus longos e
grossos cabelos pretos, retorcidos até meu aperto naquela
massa negra inacreditavelmente longa e reluzente era firme e
inquebrável, e eu puxei seu rosto mais perto do meu,
inclinando-me sobre ela, então ela estava olhando para mim,
envolvendo-a com meu corpo. Afogando o mundo,
bloqueando tudo, segurando-a comigo.
P á g i n a | 220
tinha...
Bem, significou alguma coisa.
Eu não sou bom com palavras, nunca fui, nunca serei.
Mas sou bom em coisas físicas. Como mostrar a ela que
eu tinha problemas em formular palavras. Eu tirei a tipoia de
lado, rocei sua bochecha com aqueles dedos, esfreguei meu
polegar sobre seus lábios inchados de beijo. Deixei-me sentir
tudo, porque eu sabia que brilharia através dos meus olhos.
Ela viu. Oh, ela viu. Nenhum erro lá.
— Mais, — ela disse, enrolando sua mão em volta da
minha cabeça, puxando-me de volta para sua boca.
Mais, de fato. Perdi a noção do tempo, beijando-a ali
junto ao fogo. Segurando-a, vagando seu corpo com minhas
mãos, não me importando com o ocasional chute de dor se eu
empurrava ou movia meu braço ferido de modo errado. Não
importava. Tocá-la era tudo o que importava. Sentir sua pele,
suas curvas.
Eu deixei que ela ditasse o ritmo, porém, deixei-a decidir
o que vinha a seguir.
Ela começou a puxar a minha camisa, e então guiou
minha mão ao redor dela para o fecho de seu sutiã. Fiz as
honras com extremo prazer, apertando e soltando os fechos,
puxando a roupa de baixo e jogando-a de volta na habitação
— o fale. E então, meu deus, a luz prateada da noite banhou
sua pele e fundiu-se com o brilho alaranjado do fogo, seus
belos seios maravilhosos empurraram para mim, implorando
por meu toque, meu beijo, sua pele escura brilhando. Ela
suspirou contra meus lábios, um suspiro que era igual a um
gemido, e Deus, esse som, me matou. Apenas me rasgou, me
deixou louco. Era um som pequeno, frágil e necessitado.
Apenas uma respiração, um suspiro, um sussurro de som
além de seus acordes vocais. E isso me deixou absolutamente
louco.
P á g i n a | 222
1 Exercícios Kegel - é o nome de um determinado tipo de exercício físico que foi criado por
Arnold Kegel, na década de 1940, e que tem como finalidade fortalecer o músculo pubococcígeo.
Os homens também podem usar os exercícios de Kegel para fortalecer o músculo pubococcígeo,
que poderá permitir que cheguem ao orgasmo sem ejaculação e até obter vários clímax durante
a atividade sexual. Nos homens, este exercício eleva os testículos, e também reforça o músculo
cremáster e o esfíncter anal. Enquanto as mulheres podem potencializar o exercício oferecendo
resistência isométrica à contração, por exemplo, comprimindo um objeto como uma esponja ou
mesmo o pênis do parceiro, não se conhece nenhum exercício funcional para aumentar a
resistência aos exercícios de Kegel no caso masculino. Alguns acreditam que
colocando uma toalha sobre o pênis ereto e elevando-a pode ser uma maneira
de potencializar o exercício.
P á g i n a | 225
clitóris.
— Você está molhada para mim, Lola. — Eu deslizei dois
dedos dentro, em seguida, tirei-os fora dela e mostrei-lhe
meus dedos lisos e brilhantes. — Veja como você está
molhada?
— É você, a maneira que você me toca. Você me deixa
tão molhada. Você me faz doer.
— Você está doendo? — Eu perguntei, deslizando meus
dedos para dentro, puxando-os para fora e depois
empurrando para dentro, então indo para seu clitóris
novamente, fazendo círculos lentos em torno do centro
nervoso agora lubrificado de seu sexo. — Dói por quê?
— Oh... mmmmm... — Ela moveu seus quadris, cabeça
recostando novamente. — Mais.
Eu circulava mais rápido, até que seus quadris estavam
girando.
— Mais do quê?
— Você.
— Você pode ter o que quiser, Lola.
Ela levantou a cabeça para me olhar.
— Isso de novo? — Ela soou tão irritada e se ligou
quando ela frustrou. — Você vai me fazer falar, não é?
— Droga, está certa, — eu disse. — Eu gosto de ouvir
você falar sujo. É tão sexy demais, porra.
Eu diminui meu toque, corri minha língua ao longo de
sua coxa interna direita e ao longo do vinco onde a parte
interna da coxa encontrava os lábios, e ela ofegou, uma
respiração ofegante, gemendo afiado no ar.
— Isso, Thresh. Sua boca. — Ela empurrou seus
quadris para mim, procurando mais dos meus lábios. —
P á g i n a | 229
meu dedo e ela fez todo o trabalho, fodendo meus dedos duro
e rápido, ela apertou meu pênis misericordiosamente
apertado, apertando duro involuntariamente até que eu
sibilei a dor, mas era bom, porque assisti-la foder meus dedos
era a coisa mais quente.
— Eu estou chegando, Thresh, eu estou gozando de
novo!
— Goze duro para mim, linda, — eu murmurei, — deixe-
me sentir você apertar os meus dedos.
Ela apertou seus músculos duramente em torno de
meus dedos.
— Como isso? Oh, oh, ohhhhh...
— Caralho, Lola, você faz isso em torno do meu pau e eu
não vou ter uma chance.
Eu não estava exagerando. Se ela apertasse como estava
fazendo em torno dos meus dedos, e depois apertasse ainda
mais? Eu iria gozar tão difícil e tão rápido que não seria
mesmo engraçado.
Ela se contorceu e moeu em meus dedos,
choramingando e ofegando através de seu clímax, e então
flutuou para trás, ofegante.
Eu fiquei de pé e olhei para baixo para sua beleza
exótica, que estava ainda mais intoxicante no brilho de dois
orgasmos.
— Você é tão linda, Lola.
Ela se sentou. Olhou para mim por vários longos
momentos, e eu não conseguia ler seus pensamentos, dessa
vez.
— Você tem proteção?
Eu balancei a cabeça.
— Na minha bolsa, — eu disse, indicando a mochila no
P á g i n a | 235
camisinha.
P á g i n a | 237
Capítulo 12
1 Marca de preservativos.
P á g i n a | 241
querido.
Ele balançou a cabeça, fazendo um passo lento. Mas ele
estava tremendo por toda parte, e eu podia dizer que ele
estava tenso, os músculos todos duros e tensos, cada um
empurrado de controle medido.
— Eu não quero lhe machucar.
— Você não vai, Thresh. Posso pegar tudo o que você
tem. Quero isso. Quero tudo o que você é. Pare de se segurar.
Desista do controle. — Flexionei meus quadris para cima
dele, encontrando-o empurrando, mas eu o empurrei mais
rápido, aumentando nosso ritmo, puxando em sua bunda,
agarrando o músculo de ferro, usando minhas pernas para
puxá-lo mais perto.
Ele enterrou o rosto em meus peitos, e eu movi uma
mão até a parte de trás de sua cabeça, acariciando o restolho
e os cabelos mais grossos de seu moicano, passando minha
palma sobre seu couro cabeludo, mas mantendo seu rosto
contra meus peitos. Eu gemi enquanto ele mordia os meus
mamilos e respirava contra a minha auréola e acariciava
entre meus seios, seus quadris dirigindo mais duro agora.
Arqueei minhas costas, esfregando meus quadris mais e
mais rápido, combinando seu ritmo e aumentando a
velocidade, exigindo mais.
Ele gemeu, seu corpo pesado e perfeito em mim, seu
rosto áspero e delicioso entre meus seios, seus quadris
dirigindo seu pênis em mim, mais e mais profundo, e estava
tão longe além de belo eu estava superada, oprimida, não
com clímax, mas com a sobrecarga emocional. Isso era quase
muito prazer, demasiada perfeição, muita felicidade para uma
alma mortal conter. Ele ainda estava indo, mas eu poderia
dizer que ele ainda estava segurando.
— Deus, Thresh, sim, assim, — eu gemi, — Eu amo
tanto sentir você dentro de mim. Mais, mais, foda-me,
Thresh, foda-me como você disse que queria. Eu quero isso,
P á g i n a | 254
Capítulo 13
Arruinado
Lola acabara de me arruinar para todas as outras
mulheres, para ter sexo com outra pessoa. Eu perdi o
controle com ela de uma maneira que eu nunca me permiti,
nunca antes, com ninguém. Nem mesmo perto. Eu sempre
estive no controle total, certificando-se de dar a minha
parceira tantos orgasmos quanto eu poderia antes de eu
finalmente empurrar através do meu próprio. Isso sempre foi
bom, grande, surpreendente, mesmo que eu fosse cuidadoso
medindo as minhas batidas, não indo demasiado duro ou
profundo, mesmo se estivesse implorando para mais.
Com Lola, eu apenas... me soltei.
E não só ela tomou tudo, cada golpe brutal, aceitando
cada impulso que eu dei a ela, mas ela exigiu mais, implorou
por mais, e quando eu estava terminado, ela foi terna e doce e
sussurrou coisas para mim que me fizeram tremer, tudo
dentro de mim se torceu fazendo minha garganta fechar e
meu coração se apertar.
Deus, o que ela estava fazendo comigo?
Eu estava solto, meu pau descansando contra a minha
coxa, a ponta do preservativo abaulada com o meu gozo. Lola
estava enrolada contra mim, a bochecha no meu ombro, os
seios esmagados contra o meu lado, a coxa sobre a minha,
uma mão enfiada entre nós, a outra traçando padrões ociosos
no meu peito. Ela riscou meu peitoral, meu mamilo, a linha
P á g i n a | 258
eu nem sei.
Lola riu.
— Thresh, docinho... apenas um trabalho de mão?
Eu dei de ombros.
— Como eu sempre pensei nisso.
— Então, deixe-me mudar de ideia.
Eu esfreguei minha mão para cima e para baixo do seu
lado, segurando seu quadril.
— Faça o seu pior, ou o seu melhor, ou qualquer outra
coisa.
Ela não respondeu com palavras.
Em vez disso, ela manteve seu foco no meu pau,
esfregando o polegar sobre a ponta, deslizando-o para frente e
para trás em toda a minha barriga, fazendo um anel de seu
dedo indicador com o polegar e deslizando-os para cima e
para baixo do meu comprimento, ainda fraco. Ela se mexeu,
levantando o peito para onde eu podia ver. Deus, por que isso
era tão eficaz? Talvez fosse o olhar de adoração em seu rosto,
a maneira terna, doce, amorosa e atenciosa que ela estava me
tocando, como se meu pau fosse um presente inestimável
destinado apenas para ela, como se ela pretendesse me
prodigalizar com todo o amor e carinho que ela possuía, com
tudo o que ela manteve reprimido e trancado por três anos,
me dando tudo, em meu pau.
Apenas um trabalho de mão?
Algo me disse que isso seria tão alterado quanto o sexo.
Deus, o sexo.
Isso foi tanto... mais... do que qualquer coisa que eu já
experimentei. Eu ainda não conseguia enrolar minha cabeça
em torno disso, nem acreditar que eu senti, que eu cheguei a
P á g i n a | 260
— Oh sim? Como?
Ela segurou sua mão até minha boca.
— Cuspa.
Eu cuspi em sua mão, e então ela colocou a mão dela
em sua própria boca e seu cuspe juntou o meu, e então
untou tudo em meu pau, esfregando-o sobre a cabeça e
espalhando-o para baixo, usando as duas mãos agora,
Merda, ela não estava brincando. Ficou melhor. Muito
melhor. Eu fechei meus olhos e simplesmente me joguei na
sensação, suas mãos deslizando para cima e para baixo do
meu comprimento liso, seus punhos apertados juntos e
deslizando em uníssono, da raiz a ponta e de volta para
baixo, tão lentamente, agonizantemente lento, e quando eu
finalmente abri os meus olhos, ela estava sorrindo para mim,
satisfeita consigo mesma.
— Melhor?
— Deus, sim. Isso é incrível, Lola.
Ela rolou sobre suas costas, puxando-me de joelhos,
escarranchando-se, olhando para mim com aqueles olhos
castanhos tão cheios de emoção, tão cheios de desejo, tão
cheios de afeto e...
Eu ainda não estava pronto para ir lá, mas estava
presente. Eu vi isso.
Eu senti...
Amei.
A maneira como ela me tocou disse tudo.
Ela continuou as lentas carícias do meu comprimento,
para cima e para baixo, para cima e para baixo,
tortuosamente lento. E então ela puxou meu pau para baixo e
me encaixou entre seus peitos, esmagou-os juntos ao meu
redor, e eu não pude evitar de empurrar entre eles, sentindo
a suavidade deles ao meu redor, e como eu empurrei, ela
P á g i n a | 265
Capítulo 14
Companhia
Eu não tinha certeza do que me acordou no início.
Thresh era uma enorme presença quente atrás de mim,
sua mão moldada caída sobre mim, com seus dedos
apertando meu peito. Apesar de ter dado a ele quatro
orgasmos, seu pênis estava ereto novamente e apertado
firmemente entre os globos da minha bunda. Eu dormi por
alguns momentos, contemplando ociosamente que se as
coisas continuassem assim com Thresh, eu precisaria
começar a controlar a natalidade, porque eu finalmente
encontrei um homem tão sexualmente insaciável quanto eu.
Pensei em como poderia acordá-lo, esfregar minha
bunda contra ele, ver se conseguia fazê-lo gozar antes que ele
mesmo acordasse.
Mas então alguma coisa me abalou.
O que foi isso?
Algo me acordou.
Pisquei, abrindo os olhos, focalizando meus sentidos. O
fogo se apagou, uma fina trilha de fumaça escorria para o céu
no escuro cinza do amanhecer.
Então me atingiu: os pássaros estavam em silêncio, as
rãs se acalmaram. Por aqui, nunca foi silencioso.
Então eu ouvi: o baixo zumbido de um motor de popa.
P á g i n a | 276
Perto, e se aproximando.
Papai nunca usaria um barco a motor e, por fim eu
sabia, Filipo ainda estava com ele.
Eu rolei em minhas costas, sacudi o ombro de Thresh.
— Thresh, — eu assobiei. — Acorde.
Ele piscou duas vezes, e deve ter visto algo no meu
rosto. Ele bateu duas vezes na orelha, então se inclinou para
mim.
— Motor de popa, — eu sussurrei. — Definitivamente
não é papai, e se é Filipo, há algo errado. Ele nunca viria tão
cedo, e isso assumindo que ele voltou para casa. Quem quer
que seja, eles estão muito próximos.
Thresh assentiu, se levantou e se agachou ao meu lado.
— Fique aqui.
Ele vestiu-se rapidamente, entrando em sua calça jeans
— havia um pequeno coldre preso à parte de trás do seu
jeans, com a ponta de sua pequena pistola saindo dele e a
bainha de sua enorme adaga pendurada no cinto à sua
direita, no quadril. Ele puxou sua camisa, em seguida,
colocou as suas meias e botas de combate. Abaixou-se sob a
rede de mosquitos, revistou sua mochila e pegou uma pistola
maior, dois clipes extras de diferentes tamanhos que ele
enfiou em cada bolso do quadril para mantê-los separados.
Olhei enquanto ele verificava as cargas de cada pistola e, em
seguida, substituía a de suas costas, sua pistola original, e
manteve na mão a que eu assumi que ele pegou de um dos
vilões que ele derrubou.
Até agora o zumbido do motor de popa estava ficando
mais alto, significando que o barco estava se aproximando
deste lugar.
Thresh estava de volta à plataforma.
P á g i n a | 277
Capítulo 15
Emboscada
Assim que Tai mandou Lola se mover em direção a
qualquer lugar escondido que ele tinha em mente, eu rastejei
para fora da clareira de volta para onde a canoa de um
homem estava amarrada, a paopao. A lancha que nós
chegamos foi embora, e eu me perguntava quando Filipo
estaria aqui para pegá-lo, e se ele ouviu qualquer coisa...
Eu desliguei essa linha de pensamento, forte. Sem
tempo ou espaço para isso.
Sou grande demais para me esconder, a maior parte do
tempo, mas essa floresta era suficientemente grossa para que
eu pudesse ir até o lado da enseada, onde ficaria fora de
vista, a menos que soubessem onde procurar por mim. A
alvorada ainda não estava completamente quebrada, o que
significava que certas partes da floresta ainda estavam
sombreadas, a entrada ainda estava escura. Eu encontrei um
ponto onde eu pudesse ver a água e me estabelecer para
esperar.
Depois de quinze minutos ou mais, eu ouvi o patinhar
de água, vi as ondulações se espalhando à frente, e lá estava
a lancha, com o motor parado, Filipo empurrando
lentamente. Ele estava varrendo os bancos, eu podia ver,
procurando por mim. Levantei-me só um pouco, e os olhos de
Filipo pararam em mim, só por uma fração de segundo, mas
o suficiente para que eu soubesse que ele me viu. Ele
P á g i n a | 282
ir também...
Mas havia algo em seus olhos enquanto se agachava,
uma advertência? Um apelo, um olhar significativo.
— Três...
Os próximos segundos foram um borrão. Eu nem tinha
certeza do que aconteceu até que acabou.
Assim que Lola disse ‘três’, a arma no meu queixo foi
abaixada, e ele caminhou em direção a Lola, alcançando-a,
pela arma que ela pôs no chão. Mas ela não se levantou,
ainda estava agachada. E então houve um borrão de algo
negro voando pelo ar, e havia o barulho úmido de esmagar de
metal cortando carne, e o meu antigo captor estava
cambaleando para trás, com a enorme kukri de Tai enterrada
até o punho em seu peito.
Ele não estava morto, porém, tentando com seu UMP,
ofegante, amordaçando, tropeçando. Ele conseguiu apertar o
gatilho, enviando um spray de balas no chão aos seus pés.
Eu ataquei com a minha mão boa, arrebatando o UMP
para longe; liguei uma única rodada através de sua testa. Ele
caiu para trás, atingindo o chão com força, morto
imediatamente. Eu me inclinei, puxei a kukri livre.
O silêncio caiu grosso, como um cobertor.
E então Lola vomitou, e Tai caiu de encontro a um
tronco de árvore, olhando fixamente para as suas mãos como
se não as reconhecesse.
Filipo estava no chão, o sangue se juntando debaixo
dele, os olhos piscando rapidamente, a boca trabalhando. Ele
se foi, seu corpo simplesmente não captou esse fato ainda.
Tai cambaleou e caiu de joelhos ao lado de Filipo.
— Uso... não, não, não.
Eu ainda estava segurando a kukri, sangue em minhas
P á g i n a | 290
segura com ele. Mais feliz com ele. O que há em Miami para
você? Nada. Você pode conseguir um emprego em qualquer
hospital, em qualquer lugar. Você não precisa de mim, e se
eu souber que você está feliz, que alguém está cuidando de
você, eu vou me contentar. Eu terei os peixes, os manguezais,
minha fale, minha paopao. Você sabe que eu vou ficar bem.
— Tai finalmente me olhou, com tristeza gravada em seus
traços. — Traga ela de volta para me ver, às vezes, sim?
Eu balancei a cabeça.
— Eu irei, eu prometo.
Tai fechou os olhos, voltou-se para Filipo.
— Vá. Filipo é meu para enterrar.
Lola abraçou o pescoço de Tai, agarrando-se a ele por
longos e longos minutos, fungando.
— Eu o amo.
— Amo você também, Lola. Agora vá. — Ele olhou para
mim novamente. — Acabe com isso, Thresh. Eu não quero
mais visitantes indesejados.
Levantei meu queixo.
— Com extremo pesar, Tai. Eu juro.
Pegamos o barco de lata, que eu lavei o sangue o melhor
que pude. Tai empurrou-nos da entrada e na principal via
navegável, e quando saímos ao canal principal, Harris estava
circulando nossa localização geral no helicóptero. Ele nos
avistou de imediato, inclinado para nós, queimado em um
hoverar a uns bons cem pés acima. Um cabo com uma funda
foi abaixado para nós, e eu prendi Lola primeiro, puxei o cabo
para sinalizar, a assisti enquanto ela era puxada pelo
guincho. Eu era o próximo, mas eu não me incomodei
prendendo-me inteiramente, apenas prendi um pé em uma
cinta, levantei-me nele, e pendurei com minha mão boa.
Eu acenei uma vez para Tai, que segurou o remo no alto
P á g i n a | 293
em despedida.
P á g i n a | 294
Capítulo 16
suprimentos.
Harris me olhou atentamente.
— Nós podemos esconder você em algum lugar até que
acabe. Eu tenho algumas cordas para puxar, mas eu posso
ter certeza que você ainda tenha um trabalho no hospital
quando estiver pronta para voltar. Você não tem que jogar
conosco, Dra. Reed.
— Me chame de Lola, — eu disse, olhando para Thresh,
que estava me observando cuidadosamente, antecipando
minha resposta, mas tentando não ir muito longe. — E eu já
o tenho, Sr. Harris.
— É só Harris. — Ele bateu Thresh no ombro. — E se
você precisar de ajuda para discutir este grande filho de puta
teimoso, me ligue.
Eu tentei sorrir, e só parcialmente consegui.
— Depois de superar a fachada de 'Eu sou um fodão',
ele é realmente apenas um grande ursinho de pelúcia. Mas,
obrigada.
Harris me deu uma expressão cética.
— Não tenho certeza que eu já vi esse lado de Thresh.
Mas se você insiste. — Ele parou por um momento, inclinou-
se na cabine do piloto, abriu um armário, e produziu um
bloco de notas e uma caneta, que ele me entregou. — Por que
você não passa algum tempo do voo fazendo uma lista dos
suprimentos que você precisa para estar bem abastecida e
pronta para praticamente qualquer coisa, e eu vou fazer
algumas chamadas, ver o que eu posso conseguir em minhas
mãos.
Eu apenas acenei com a cabeça.
— Tudo certo.
Harris olhou para Thresh.
P á g i n a | 298
contrário.
— Foi o que Puck disse.
— Duke não fode, e ele não tem um interruptor
desligado. Mas não vamos correr riscos. Acho que Anselm
teve um bloqueio em sua última posição conhecida, e uma
testemunha ocular de seu sequestro. Então, pelo menos
temos um lugar para começar.
Desafivelei o cinto enquanto o jato se endireitava para
uma altitude de cruzeiro.
— Bem, não tenho certeza de que serei de ajuda durante
a operação ou o que for que você diga, mas se as últimas
vinte e quatro horas tiverem sido uma indicação, você vai
precisar de mim na mão para remendá-lo e como você os
chamou? Oh, sim, seus pequenos dodóis.
Thresh sorriu para mim.
— Eu tenho um dodói que você pode beijar agora.
Sentei-me na cadeira.
— Sim? Eu não sabia que você se machucou.
Seu sorriso ficou quente, cheio de promessas sujas.
— Eu não me machuquei, querida. Faz apenas algumas
horas que não a tenho, e toda a adrenalina me excita. Então
eu estou me sentindo um pouco... dolorido... se você sabe o
que quero dizer.
— Se vamos atrás de Duke, — eu disse, — você vai
precisar estar no topo do seu jogo, eu acho.
Thresh sorriu para mim.
— Eu diria que é uma declaração exata.
— Bem, você não pode entrar em uma situação perigosa
se sentindo todo... dolorido... agora você pode?
P á g i n a | 303
— Não.
— Eu vou ter que lhe ajudar, não é?
— Eu acho que você vai, querida, — ele murmurou.
Meu coração martelou no meu peito quando eu me
abaixei para despi-lo, então puxei sua calça jeans até os
joelhos. Deslizei para o chão, peguei sua ereção em minha
mão, acariciei-o para endurecer, contorcendo, em seguida,
envolvi minha boca em torno dele, tomei tanto dele como eu
poderia, então recuei.
— Puta merda, querida, — Thresh grunhiu. — Eu não
quis dizer agora... maldição...
Eu sorri para ele, batendo em sua raiz.
— Você só tem que gozar depressa, então, não é?
Senti-me ousada, senti-me selvagem e louca, descendo
em Thresh neste minúsculo jato, seu amigo e chefe a poucos
metros de distância, do outro lado da porta. O pensamento
me excitou, sabendo que eles poderiam sair a qualquer
segundo. O velho medo, a paranoia... desapareceu. Eu não
era a velha Lola novamente, não, eu era alguém melhor,
alguém mais forte. Eu era mais voraz do que nunca, e eu
tinha um homem que não só podia me tratar como eu sou,
mas que me desafiava, me empurrava e podia igualar meu
insaciável apetite sexual.
Não demorou muito, não com a minha boca em volta
dele, minhas mãos sobre ele. Eu o levei ao orgasmo em
poucos minutos, engoli tudo que ele tinha e então pedi um
beijo dele.
Ele me deu o beijo, e então tocou seus lábios em minha
orelha.
— Apenas espere até que fiquemos realmente sozinhos,
querida.
— Oh, sim? — Eu sorri para ele, conheci seu pálido e
P á g i n a | 304
Fim