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Câmaras frias
Prof.: Dalmedson G. R. de Freitas Filho
e-mail: dalmedson.filho@unilasalle.edu.br
Câmaras frias
Dimensionamento
O volume de uma câmara fria pode ser calculada com a base de
130 a 160 kg por metro cúbico, com média de 145 kg/m3.
Dimensionamento
Dimensionamento
O espaço livre acima das pilhas é usado para os forçadores de
ar, distribuição de ar, iluminação.
Geralmente, 2 a 3 m acima das pilhas é suficiente para os
forçadores e linhas de drenagem.
Espaços superiores são baratos e não requerem grandes
aumentos na potência de refrigeração, recomendando-se no
mínimo 6 m de altura.
Pequenas câmaras podem ter altura total de 3 a 4,5 m.
Câmaras frias
Câmaras frias – carga térmica
Câmaras frias
1. Carga de transmissão
1. Carga de transmissão
1
U= N
1 x 1
+∑ +
hi 1 k h o
hi é o coeficiente de convecção interno
ho é o coeficiente de convecção externo
x é a espessura do material;
k é a condutividade térmica do material.
1. Carga de transmissão
1. Carga de transmissão
1. Carga de transmissão
O diferencial de temperatura é calculado por:
Δ T = (T E − T I )+ AS
Onde:
TE é a temperatura externa, que depende da cidade;
TI é a temperatura interna, que depende das condições internas de
estocagem;
AS é o acréscimo por efeito de sol.
Câmaras frias
1. Carga de transmissão
Câmaras frias
1. Carga de transmissão
Câmaras frias
2. Carga do produto
As principais cargas devidas aos produtos colocadas dentro das
câmaras frias são:
2. Carga do produto
● O calor que deve ser removido para reduzir a temperatura do
produto até a temperatura de estocagem;
a) Calor removido para resfriar o produto desde a temperatura
inicial até outra acima do congelamento:
Q1 = mc1 (T 1− T 2 )
onde
Q1 é o calor removido, kJ;
m a massa de produto, kg;
c1 o calor específico do produto resfriado, kJ/kgK;
T1 a temperatura inicial acima do congelamento, °C;
T2 a temperatura final acima do congelamento, °C.
Câmaras frias
2. Carga do produto
● O calor que deve ser removido para reduzir a temperatura do
produto até a temperatura de estocagem;
b) Calor removido para resfriar o produto desde a temperatura
inicial até a de congelamento do produto:
Q 2= mc1 (T 1 − T f )
onde
Q2 é o calor removido, kJ;
m a massa de produto, kg;
c1 o calor específico do produto resfriado, kJ/kgK;
T1 a temperatura inicial acima do congelamento, °C;
Tf a temperatura inicial de congelamento, °C.
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2. Carga do produto
● O calor que deve ser removido para reduzir a temperatura do
produto até a temperatura de estocagem;
c) Calor removido para congelar o produto:
Q 3= mhif
onde
Q3 é o calor removido, kJ;
m a massa de produto, kg;
hif calor latente de congelamento do produto, kJ/kg.
Câmaras frias
2. Carga do produto
● O calor que deve ser removido para reduzir a temperatura do
produto até a temperatura de estocagem;
d) Calor removido para resfriar o produto desde a temperatura de
congelamento do produto até a temperatura final de sub-
congelamento:
Q 4 = mc2 (T f − T 3 )
onde
Q4 é o calor removido, kJ;
m a massa de produto, kg;
c2 o calor específico do produto congelado, kJ/kgK;
Tf a temperatura inicial de congelamento, °C;
T3 a temperatura final de congelamento, °C.
Câmaras frias
2. Carga do produto
● O calor que deve ser removido para reduzir a temperatura do
produto até a temperatura de estocagem;
e) Calor removido para resfriar pallets, caixas, containers e outros
materiais de contenção dos alimentos:
Q5 = mC cC (T 1 − T 4 )
onde
Q5 é o calor removido, kJ;
mC a massa das caixas ou pallets etc., kg;
cC o calor específico das caixas ou outros materiais, kJ/kgK;
T1 a temperatura de entrada das caixas, °C;
T4 a temperatura final das caixas (igual a T2 ou a T3 , dependendo
do caso, °C.
Câmaras frias
2. Carga do produto
● O calor que deve ser removido para reduzir a temperatura do
produto até a temperatura de estocagem;
e) Calor removido para resfriar pallets, caixas, containers e outros
materiais de contenção dos alimentos:
Q5 = mC cC (T 1 − T 4 )
2. Carga do produto
● O calor que deve ser removido para reduzir a temperatura do
produto até a temperatura de estocagem;
f) Calor removido para resfriar o produto desde a temperatura inicial
até a temperatura final:
Quando o objetivo é o resfriamento do
Q 1+ Q 5 produto até uma temperatura acima da
Q̇1 =
3600 n temperatura de congelamento.
onde
Q̇ 1é a potência para resfriamento dos alimentos, kW, e n o intervalo
de tempo em horas em que os processos deverão ocorrer.
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2. Carga do produto
● O calor gerado por frutas e vegetais.
g) Calor de respiração de frutas e vegetais:
Q̇ 2= mR
Onde
Q̇ 2 é a potência térmica dissipada pela respiração de frutas e
vegetais, W,
R é o calor de respiração de frutas e vegetais, W/kg.
Q̇ pr = Q̇ 1+ Q̇ 2
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2. Carga do produto
Q̇ pr = Q̇ 1+ Q̇ 2
Câmaras frias
2. Carga do produto
Câmaras frias
3. Carga interna
Divide-se em equipamento elétrico, equipamentos de
movimentação, equipamentos de processamento e pessoas.
3. Carga interna
Câmaras frias
3. Carga interna
Pessoas:
A carga térmica de uma pessoa pode ser estimada como
Q̇ ps = N (272− 6 T )
Onde
N é o número de pessoas presentes no ambiente;
T é a temperatura da câmara fria, °C.
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4. Carga do ar de infiltração
O ganho de calor associado ao ar de infiltração pode chegar a
metade da carga de refrigeração.
Câmaras frias
4. Carga do ar de infiltração
Este fluxo de calor pode ser calculado por
onde
Q̇inf é o ganho de calor médio no período em análise, kW,
Q̇ est é a carga de refrigeração sensível e latente para fluxo de ar
estabelecido, kW,
Dt o fator temporal decimal de abertura da porta,
Df o fator decimal de fluxo da porta e
E a efetividade do dispositivo de proteção da porta.
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4. Carga do ar de infiltração
Este fluxo de calor pode ser calculado por
A
Q̇ est = (hi − h r )ρR u est
2
onde
√
u est = 0,442 F m
(ρR − ρI ) gH
ρR
4. Carga do ar de infiltração
Fm é o fator de densidade e é calculado pela equação:
1,5
( ())
2
F m= 1/3
ρR
1+ ρ
I
4. Carga do ar de infiltração
Para uso cíclico, irregular e constante da porta, o fator temporal de
abertura da porta pode ser calculado por
θ p θo
Dt= P θ = θ
d d
4. Carga do ar de infiltração
O fator de fluxo da porta Df é a relação entre a troca real de ar e a
troca de fluxo completamente estabelecido.
Exercício:
Projeto de Câmara fria para barris de cerveja em Porto Alegre. A
câmara deverá ter capacidade de armazenar 80 barris de 30 litros e
60 barris de 50 litros. O forro de cor clara recebe sol. A câmara
deverá ser isolada com poliuretano. Considerar o solo a 22°C. Duas
paredes da câmara são externas sem receber sol diretamente e
duas estão em contato com ambientes a 20°C. A câmara deve ter
potência para resfriar 10% de sua capacidade por dia recebendo o
produto a 20°C. A câmara tem uma porta que medem 1,00 m de
largura por 2,50 m de altura. A porta comunica a câmara com o
ambiente a 20°C e 80% UR. O fator de fluxo das portas Df é 0,7. A
porta que abre para o exterior tem passagem de produto 36 vezes
por dia ficando aberta 20s por passagem. A porta não têm
dispositivo de proteção contra infiltração. A iluminação deve ser
calculada com a taxa de 10 W/m². Considerar uma pessoa
trabalhando dentro da câmara. O ar interno é parado.