O documento discute o existencialismo como uma filosofia que se concentra na existência humana em vez de conceitos metafísicos. Ele surgiu na Alemanha na década de 1930 em resposta a especulações metafísicas anteriores. O existencialismo vê o homem como um "ser lançado" na existência sem garantias de sucesso, enfrentando situações limite. Ele está associado a uma crise do otimismo do século XIX e inspirou obras literárias que exploram o sentido da existência humana.
O documento discute o existencialismo como uma filosofia que se concentra na existência humana em vez de conceitos metafísicos. Ele surgiu na Alemanha na década de 1930 em resposta a especulações metafísicas anteriores. O existencialismo vê o homem como um "ser lançado" na existência sem garantias de sucesso, enfrentando situações limite. Ele está associado a uma crise do otimismo do século XIX e inspirou obras literárias que exploram o sentido da existência humana.
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O documento discute o existencialismo como uma filosofia que se concentra na existência humana em vez de conceitos metafísicos. Ele surgiu na Alemanha na década de 1930 em resposta a especulações metafísicas anteriores. O existencialismo vê o homem como um "ser lançado" na existência sem garantias de sucesso, enfrentando situações limite. Ele está associado a uma crise do otimismo do século XIX e inspirou obras literárias que exploram o sentido da existência humana.
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“ O existencialismo ateu, que eu represento, é mais coerente.
Declara que se Deus não existe, há pelo
menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido algum conceito, e que este ser é o homem ou, como disse Heidegger, a realidade humana”...
J.P.Sartre: L´existencialisme est un humanisme.Nagel,Paris,1968. P.17
A designação de “Filosofia da Existência”, ou “Existencialismo” é usada para caracterizar um
movimento do pensamento filosófico. Tal movimento surgiu entre as duas guerras, mais precisamente na Alemanha, por volta dos anos trinta. O fim principal desta corrente filosófica é compreender a vida humana em si mesma, na sua imanência, excluindo todo um conjunto de representações e juízos que transcendem a própria vida. Deste modo, o Existencialismo surge contra todas as especulações metafísicas que o precederam; fundamentalmente contra toda a sistemática forma de pensar; contra as atitudes teoréticas. Esta nova atitude nega a existência de um reino do Espírito, um reino habitado por essências. Com efeito, se analisarmos o conceito filosófico de “existência” verificamos que este radica na distinção clássica entre essencia e existentia. A essencia de alguma coisa significa aquilo que essa coisa é em si, aquilo que constitui as determinações essenciais de conteúdo da coisa (So-sein), corresponde ao seu íntimo ao seu “quid”, que permanece intacto depois de abstraídas todas as determinações acidentais. A existentia diz--nos que alguma coisa existe, é; que um determinado ser está efectivamente aí; significa o ser no sentido de “estar aí” (Da-sein). Ou como dizemos actualmente, a realidade de um ser. No entanto, o Existencialismo transformou este conceito. Limitou-o na sua extensão, aplicando-o apenas ao homem, passando este conceito a designar somente a existência humana. O homem doravante será entendido como o ser aí, o ser “lançado” na existência. A “existência” está assim na base desta filosofia. É a expressão da vivência particular do homem, distinguindo-o de todas as restantes vivências. O Existencialismo é assim uma filosofia que se exerce como análise da existência, entendendo-se por existência, o modo de ser do homem no mundo. A noção de “possibilidade” apresenta-se como indispensável para perceber a existência, esta é, diria mesmo, apenas um conjunto de possibilidades. Os precedentes históricos do existencialismo foram a Fenomenologia de Husserl e a filosofia de KierKegaard. Do primeiro utilizou a Ontologia apofântica, ou seja, a concepção de um ser (mundo) que se pode revelar ao homem. Do segundo utilizou precisamente uma ideia fundamental, a de “possibilidade”. Esta ideia remete-nos para a existência entendida essencialmente pelo seu carácter ameaçador. Com efeito a relação do homem com o mundo é problemática, exclui-se totalmente desta relação, quaisquer garantias de sucesso. O Existencialismo está associado directamente a um clima cultural, que podemos classificar por crise do optimismo romântico. Crise porque os princípios de Infinito, Razão, Absoluto, Espírito, Ideia, Humanidade e outros, que eram o suporte axiológico do homem ocidental até meados do séc. XX, entram em decadência. Pelo contrário o Existencialismo considera o homem enquanto ser Finito, limitado nas suas capacidades, lançado no mundo, abandonado ao determinismo desse mesmo mundo. O homem está em luta constante, possui um mar de possibilidades, vive confrontado com terríveis situações-limite. O Existencialismo esteve desde sempre associado a diversas manifestações literárias, nomeadamente àquelas que procuravam traduzir a problemática do ser humano no mundo, o problema do sentido da existência. Assim a obra literária de Sartre, de Simone de Beauvoir, de Albert Camus, constituem exemplos destacados e fiéis desta nova visão do homem e do mundo.