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CAPÍTULO 3
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Faz parte desta região a Operação Água Espraiada, com sua continuação, a
Prefeitura pretende criar novas Centralidades, e com isto aumentar o número de
comércios, serviços e investimentos privados na região. Assim, cresce o número
de empregos e uma valorização do território.
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O Projeto
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trabalhosa e assim os edifícios acabaram por ter unidade uma visual. Por
receberem este tratamento após a conclusão da quinta torre, suas
colunas de mesmas dimensões em todos os edifícios ficaram um pouco
mais robustas, em virtude do acréscimo do material.
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Quanto à forma Cupertino considera-se mais moderno que Javier, “... então
houve uma mistura, talvez um só estilo...”, o do Cupertino era da arquitetura
paulista, “... não teria dado esta mistura tão boa, os caminhos não seriam tão
orgânicos, e sim mais retos.” 3
Os edifícios têm 12 andares acima do nível da rua e sete andares para baixo,
devido a área ser rota de aviões, os edifícios não poderiam ter maior altura. No
entanto, esta possibilidade de utilizar o subsolo caracterizou a ligação entre os
prédios de acesso restrito e deixou o térreo livre para uma área pública. Para
Renato Luiz Sobral Anelli, “... a complexidade do entrelaçamento dos vários
níveis de sub-solo e de superfície contrasta com a clareza e ritmo dos volumes
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(4) Renato Luiz Sobral Anelli. Urbanização em rede: os Corredores de Atividades Múltiplas do PUB e os
projetos de reurbanização da EMURB em São Paulo. Arquitextos.
(5) Jaime Cupertino, em entrevista à autora.Anexo I.
(6) Fabio Robba e Silvio Soares Macedo. Praças brasileiras. P. 156.
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CAPÍTULO 4
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Município de São Paulo 10 434 252 3 585 474 5 876 579 972 199
Subprefeitura de
Pinheiros 272 574 54 153 166 644 51 777
Estabelecimentos e empregos
Unidades Territoriais Total de Estabelecimentos % Total de Empregos %
Subprefeitura de
Pinheiros 22 993 100,0 319 755 100,0
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 1999 – Datamac.
Elaboração: Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla) e Departamento de Informações (Deinfo).
Publicação: Planos Regionais Estratégicos – Subprefeitura de Pinheiros.
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O Projeto
Projeto do escritório de Könisberger e Vanucchi, de 1999, com 7 mil metros
quadrados de área para praça de uso público.
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(3) Gianfranco Vannuchi, em entrevista à autora. Anexo II. Fotos: Norma Vianna
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O espaço é retangular e bem definido: cada prédio tem sua entrada particular,
com a praça unindo um ao outro. Além destas entradas através da praça, cada
um deles tem sua entrada independente pela rua.
A configuração dos prédios forma a praça e marca seu caráter como conexão
entre os prédios.
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Hotel
Planta pavimento tipo do 13º ao 31º andar. Fonte: Kvarch Corte transversal e Elevação, voltada para praça. Fonte: Adilson
Melendez. Quadras multifuncionais. (P.29)
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Torre de escritórios
Planta pavimento tipo do 10º ao 24º andar. Fonte: Kvarch Elevação. Rua Joaquim Floriano. Fonte: Adilson Melendez. Quadras
multifuncionais. (P.33)
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Torre Corporativa
Fonte: Adilson Melendez. Quadras multifuncionais. Planta tipo do 10º ao 24º andar. Fonte: Kvarch Fonte: Adilson Melendez. Quadras multifuncionais.
(P.36) (P.37)
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CONCLUSÃO
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O que seria da cidade de São Paulo sem estes projetos que estudamos? Sem
sua participação na malha das cidades? São projetos privados, podem ser
fechados a qualquer momento, porém foram criados e projetados abertos, para
se exteriorizar e sem qualquer iniciativa pública.
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FONTES DE PESQUISA
Entrevistas
– Gianfranco Vannucchi
– Jaime Cupertino
Palestras
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BORJA, Jordi. El futuro de nuestras ciudades: entre los miedos y los deseos.
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técnica: Cheila Aparecida Gomes Bailão. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
(Coleção a) Título original: The death and life of great american cities.
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SENNETT, Richard. Carne e pedra. 2. ed. Tradução: Marcos Aarão Reis. Rio
de Janeiro: Record, 2001.
SOMEKH, Nadia; CAMPOS, Candido Malta. A cidade que não pode parar:
planos urbanísticos de São Paulo no século XX. São Paulo: Mackpesquisa,
2002.
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Publicações
ARQUITECTURA VIVA
Número 107-108 / 2006
AV PROYETOS
014 2006 – Plazas e Parques
ENGENHARIA
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FINESTRA
Número – 34.
PROJETO DESIGN
Números: 85 – 110 – 150 – 283 – 285.
TASCHEN
Contemporary American Architects, Vol. III.
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ANEXOS
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ANEXO I
Jaime: O Itaú teve muitos anos um escritório; só fazia projeto para ele, mas era
uma empresa separada, a Holding Itaú e tinha uma estrutura enorme, porque o
Itaú teve uma expansão muito grande e esse escritório, nesta época que entrei,
era coordenado pelo João De Gennaro, que foi sócio do Paulo Mendes da
Rocha muitos anos, depois foi para o Itaú e organizou a área de arquitetura. Eu
tinha um amigo que trabalhava lá e me chamou para fazer este projeto.
Eu entrei no Itaú para fazer este projeto. Já tinha esta idéia e era uma equipe
nova no início. O Francisco Xavier, que foi o arquiteto que fez o projeto da
primeira etapa comigo, e eu trabalhávamos com a coordenação do Murilo
inicialmente, mas depois o Murilo saiu, foi para um cargo administrativo na
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Jaime: A Emurb fazia um processo no plano Cura, que não acho que é muito
de reurbanização; na verdade, ela desapropriava a área e simplesmente
reagrupava e vendia lotes grandes. É claro que o projeto tinha de ser aprovado
na Emurb, que tinha lá as diretrizes urbanísticas. Por exemplo, tem uma rua
que passa no fundo do conjunto, que é a Carnaubeiras, de 9 metros e é claro
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que quando ela desapropriou podia ampliar esta rua, podia ser urbanizada e ela
acabou não mexendo nisto. Então, quando começamos o projeto, esta praça
que fica aqui na frente não existia, era uma praça lá embaixo na cota baixa, não
tinha nenhuma conexão com o terreno, era uma coisa isolada. Isto foi uma
decisão logo no início. Quem decidia tudo neste projeto era o Olavo Setúbal,
fazia a aprovação, convencia todo mundo, mas no fim quem aprovava era ele.
Na Emurb, tinha uma equipe técnica que acompanhou este projeto durante
muitos anos e que era quem intercedia com a gente. Mas este é um aspecto
positivo também; você intermedia com um arquiteto. Eu diria que é um projeto
de muito bom padrão do ponto de vista do que se fazia na cidade,
principalmente nestes planos Cura.
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3. Vocês tiveram algum outro tipo de benefício por abrir a área, altura dos
prédios, por exemplo?
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Jaime: Formalmente não, é que como foi aprovado assim, não sei te dizer hoje,
mas quando você olha os outros projetos que eram todos pertencentes ao
plano Cura, todos têm lote determinado; aqui eram dois. Eventualmente, eu
poderia separar. Agora, esta rua, por exemplo, intermediária aqui, sempre
existiu no projeto anterior; eu poderia eliminar, mas mantive. Esta rua de
pedestres que tem aqui no meio existia no plano urbanístico, mas como o Itaú
comprou os dois lotes, a Emurb concordou em tirar, mas a gente acabou
mantendo.
Estes projetos que você está vendo são interessantes por causa disto, não têm
separação do lote privado, têm continuidade entre a rua e aqui foi um artifício
que jogamos com a altura; e tudo isto para ter isto. Mas também tem as áreas
privadas, é um banco, tem uma bruta segurança, na época em que estávamos
fazendo este projeto teve invasão aqui na Boa Vista por causa de greve. Isto é
uma preocupação de segurança muito grande que conseguimos resolver com
estes fossos com os espelhos d´água, sem criar obstáculo.
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5. Você comentou dos projetos com áreas abertas, estes são talvez os
únicos projetos...
Jaime: É muito raro, sempre gostei daquele da Paulista, porque você vê como
muda, o que poderia ser a Avenida Paulista se eles tivessem adotado aquela
solução de forma mais generalizada.
Na prática, o cara não perde nada, é por isto que em Nova Iorque eles fizeram
uma legislação que é até meio absurda, o benefício é desproporcional, mas se
você deixar o uso do térreo para uso público, você pode construir 50% a mais
ou subir o gabarito um tanto de altura. O ganho para a cidade de você ter o
térreo é tão grande que para eles tanto faz se o prédio vai ter 50 ou 60 andares,
não vai ter sol na rua do mesmo jeito e eles acabaram caminhando. Acho
bastante lógico. Em Nova Iorque, você percebe nos prédios o que eles
introduziram de qualidade também, porque você tem essas bases
pequenininhas que dá folga da rua, uma das coisas que não dá para acreditar
porque não é feita aqui.
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Aqui não tinha benefício algum, eu diria que o Dr. Olavo acabou tendo uma
visão de um empresário de nível internacional e ele tinha sido prefeito; ele era
mais sofisticado na visão que ele tinha da cidade do que um empresário normal.
Jaime: Olha este prédio. Para nós, no começo, teve muita resistência, porque
tínhamos projetado ele todo em vidro e durante o processo, o banco não quis
esta solução, não por causa de custo, mas o Brasil estava em recessão e eles
não queriam ostentar. Com isso, já tínhamos definido a estrutura, já estava na
execução e ficaram aquelas vigas grandes, mas isto não existia, você não tinha
aquela massa de concreto, mas, por sorte, a gente conseguiu acomodar muito
da construção no subsolo, porque o coeficiente de aproveitamento aqui era
muito alto. Isso fez com que realmente a massa construída fosse metade do
que ela deveria ser. Como o gabarito do aeroporto exigia, acho que até a altura
dos prédios é legal, o espaço é muito grande, é uma área construída enorme.
Eu até estou estudando isto, porque estou fazendo mestrado e tive de fazer um
trabalho sobre a questão da densidade na cidade, e foi legal! Foi a primeira vez
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que tive de tentar traduzir altas densidades para uma ocupação física. Se eu
quiser ocupar só 20% do terreno, vou ter de fazer 40 andares, 50 andares. Por
acaso, estive em Nova Iorque e, no fundo, acho que no centro de uma cidade
você tem uma ocupação altíssima, não tem problema algum.
Mas aqui você já está na periferia, em uma estação do metrô. É claro que uma
ocupação aqui tende a ser mais baixa, não tem necessidade de ter uma
densidade tão alta quanto o centro, apesar de que isto do lado de uma estação
poderia ter densidades mais altas.
A idéia principal da Emurb era fazer tudo habitação aqui. O Itaú, quando
comprou, propôs mudar para escritório, mas acho que todos os prédios eram de
habitação, não se imaginava o uso de escritórios lá, porque era muito fora do
centro, as empresas estavam na Faria Lima, na Paulista e a Berrini nem existia
quando foi tomada esta decisão
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ANEXO II
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mil metros quadrados de área computável, sem terraços, sem outras coisas. É
um volume grande de produto para você colocar no mercado; em geral, você
tende a diversificar para ter um pouco de cada produto, não ficar na mesma
coisa.
Mas nós fizemos vários estudos e shopping meio que rapidamente foi
descartado, porque ia ser um shopping muito pequeno, de bairro para competir
com o Iguatemi, que não está muito longe. Em conjunto com o cliente, a gente
descobriu que o Itaim estava precisando talvez de um respiro, porque são ruas
um pouco pequenas, é pouco espaço público que não é só no Itaim, mas em
geral na cidade.
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muito caro, quanto mais ele for usado ao longo do dia é melhor. Um pouco da
história é esta.
Gianfranco: Isto foi uma coisa conjunta com o cliente mesmo. Foi uma coisa
que de certa forma nosso escritório sempre acreditou, é aquilo que chamamos
de “belezas urbanas”, principalmente em edifício comercial, fundir um pouco da
calçada com o uso térreo, quer dizer, é fazer respirar um pouco essas nossas
ruas que são tão pequenas. O primeiro que fizemos para a Brascan de uso
misto foi em Moema, chama-se Time Square, que é em outra escala, mas tem
um pouco esta idéia da praça, de meio a calçada que ficou muito bem. A idéia
foi muito boa e bem-vinda, depois fizemos em Alphaville e agora este pela
localização e pelo mix de uso é o mais poderoso mesmo.
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rica, não tem medo de ser feliz. Também junto com a empresa de vendas, que
achou que poderia ser um gancho interessante, mas assim, ao mesmo tempo,
cada edifício tem sua entrada particular, bem clara também; de repente,
queriam colocar para nós que, sem isto, a praça não seria tão bem aceita. É
bem legal isto!
5. Por abrir para a rua, vocês tiveram algum benefício, ligação com o
Poder Público para maior altura...
Gianfranco: Não. Aliás, isto é uma falha, não é? Mas acho que mesmo que
tivesse, é tão tímido que o Poder Público te incentiva. Nada é uma bobagem.
Hoje nem sei por que ninguém usa; por exemplo, se você abrir uma parte, tem
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uma parte, mas é tão pouco, tão complicado, é uma inserção tão grande que,
ao contrário de outros países, você ganha mais um andar.
6. Para este projeto, existe algum tipo de acordo para eles não murarem,
não cercarem?
Gianfranco: Não. No caso, não tem referência, até porque, é muito particular, o
lugar, o tipo de edifício. Não é novidade, tem várias coisas deste tipo no mundo;
mas não, realmente foi legislação, produto e desenho, a gente queria criar um
desenho interessante.
Algumas coisas que a gente estava preocupado; por exemplo, um pouco com a
relação do pedestre e a altura da torre, com a maior torre do edifício residencial
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e com as outras também, como é que seria esta praça, como é que seria a
sensação de quem está embaixo. Então, as árvores ajudam bastante a criar
uma segunda escala. Pelo fato de ser o centenário da Brascan, o paisagismo
tem 100 árvores brasileiras plantadas.
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a ter quase bairros autônomos. Hoje, aliás, o plano diretor veio ajudar muito
neste sentido, provocando mais uso misto, que acho que é uma coisa mais
sadia.
Acho que vai haver apartamentos normais neste tipo de empreendimento, mas
ainda as pessoas imaginam muito o morar como um feudo e é o contrário. Eu
imaginava assim, que você tem dois tipos de moradores, aqueles que preferem
morar no Morumbi, em uma rua escura, sossegada e tem pessoas que querem
olhar a cidade. É claro, você tem um problema de barulho talvez, mas coloca
vidro, ar-condicionado, acha outras soluções. Mas no Itaim não tem mais um
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assim: Agora vou fazer um prédio curvo. Não acorda de manhã com isto na
cabeça.
11. E a segurança?
Gianfranco: Acho que também tem uma coisa legal que ajuda em uma
apresentação geral: o fato de o piso ser elevado, as jardineiras também não são
muretas que emergem, elas justamente dão continuidade no jardim com o
espelho d’água, seria uma coisa que flui, não é? Tem uns métodos construtivos
que ajudam. Este riozinho é legal! Ele acompanha o percurso de uma rua para
a outra, some, depois aparece de novo, foi um projeto feito com muito prazer,
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