1. Introdução ................................................................................................................................................................................................................ 6
2. Ética Médica .......................................................................................................................................................................................................... 7
3. Prontuário .................................................................................................................................................................................................................. 9
4. Relação Médico e Paciente ................................................................................................................................................................. 10
5. Biossegurança .................................................................................................................................................................................................... 12
6. Anamnese ................................................................................................................................................................................................................ 14
7. Ectoscopia ............................................................................................................................................................................................................ 16
8. Fácies ......................................................................................................................................................................................................................... 19
9. Sinais Vitais ............................................................................................................................................................................................................ 24
10. Exame Físico do Tórax ................................................................................................................................................................................. 28
11. Exame do Precordio ...................................................................................................................................................................................... 31
12. Exame do Aparelho Circulatório ........................................................................................................................................................ 33
13. Exame dos Linfonodos ................................................................................................................................................................................. 35
14. Exame do Aparelho Respiratório ....................................................................................................................................................... 37
15. Exame Físico do Abdome ......................................................................................................................................................................... 43
16. Exame do Sistema Nervoso ..................................................................................................................................................................... 51
17. Marcha ou Equilíbrio Dinâmico ............................................................................................................................................................ 54
18. Equilíbrio Estático ............................................................................................................................................................................................ 57
19. Nervos Cranianos ............................................................................................................................................................................................ 69
20. Exame do Sistema Endócrino ................................................................................................................................................................ 74
21. Exame da Tireoide .......................................................................................................................................................................................... 74
22. Exame da Paratireoide ............................................................................................................................................................................... 76
23. Exame do Pé Diabético.............................................................................................................................................................................. 77
24. Exame do Aparelho Geniturinário ..................................................................................................................................................... 80
25. Exame do Aparelho Genital Masculino ........................................................................................................................................ 83
26. Exame do Genital Feminino ..................................................................................................................................................................... 86
27. Exame das Mamas .......................................................................................................................................................................................... 91
28. Aparelho Locomotor ..................................................................................................................................................................................... 95
29. Ossos .......................................................................................................................................................................................................................... 95
30. Articulações .......................................................................................................................................................................................................... 96
31. Coluna Vertebral ............................................................................................................................................................................................. 98
32. Músculos .................................................................................................................................................................................................................. 99
33. Semiologia da Pele .....................................................................................................................................................................................101
34. Lesões Elementares ......................................................................................................................................................................................105
35. Suporte Básico de Vida .........................................................................................................................................................................109
36. Manobras de Engasgo ...........................................................................................................................................................................111
37. Considerações Finais ................................................................................................................................................................................113
Introdução
Olá estudante, esse material foi feito com muito carinho e dedicação com o intuito de ajudar
você no melhor para os seus estudos. O objetivo dele é sintetizar a semiologia básica dos
principais sistemas abordados na medicina. O material contem 113 páginas de conteúdo, e é
totalmente voltado para anamnese e o exame físico dos sistemas, além de conter vários outros
tópicos iniciais da semiologia, todo baseado nas principais literaturas de Semiologia Médica,
como os livros do Celmo Celeno Porto.
Referências Bibliográficas:
• GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina Interna. 24. ed. SaundersElsevier, 2012.
Esse material foi criado por @resumyndomed (Alicia Mota). Qualquer dúvida, ou para mais
informações, entre em contato com o e-mail: resumyndomed@gmail.com ou pelo perfil no
Instagram: @resumyndomed. Será um prazer responder você.
Não distribua ou reenvie este produto, apenas compartilhe as informações com seus amigos,
para que eles possam adquirir comigo Lembrando que os recursos alcançados com este
material são todos para ajudar a me formar na faculdade de medicina!
Espero que esse material te motive e te faça começar a amar a semiologia médica, uma das
melhores partes da medicina ♥ Bons Estudos!
Ass.: @Resumyndomed
6
Ética Médica
O que é Ética? IMPRUDÊNCIA: inobservância das
precauções necessárias;
É aquilo que pertence ao caráter ou modo
de ser; é a conduta segundo a MORAL, em IMPERÍCIA: falta de capacitação;
que vê as atitudes pela RAZÃO.
O que é Bioética?
Essas atitudes podem ser:
“Bioética nada mais é do que os deveres
• Conscientes – indivíduo do ser humano para com o outro ser
humano e de todos para com a
• Voluntárias – sociedade
humanidade”. – André Conte-Sponville
Valores que definem o que:
Ética: deveres, direitos, virtudes,
QUERO – POSSO – DEVO alteridade;
Moral: respeito à regra;
Porque nem tudo que eu quero eu posso Direito: legislação, costumes,
Nem tudo que eu posso eu devo; jurisprudência, ato negocial;
Art.66: ...zelar pelo patrimônio material das Pena – detenção, de 6 meses a 2 anos.
instituições onde desempenha suas
Paragrafo único – se o crime é praticado
atividades.
com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Art.67: ...responde civil, penal e
administrativamente pela instituição de
Lei das contravenções penais
ensino por danos causados ao paciente. Art. 47: exercer profissão ou atividade
econômica ou anunciar que a exerce, sem
Art.68: ...agir com solidariedade e respeito
preencher as condições a que por lei está
mútuo entre colegas, professores,
subordinado o seu exercício:
orientadores e outros profissionais da
instituição. Pena – prisão simples, de 15 a 3 meses, ou
multa.
Art. 69: ...a instituição deve assegurar
sempre condições dignas e adequadas
para o aprendizado de seus estudantes.
CÓDIGO PENAL
Decreto Lei n.2.848 de 07 de dezembro de
1940
8
Prontuário
O que é prontuário? Art.90: deixar de fornecer cópia do
prontuário médico de seu paciente quando
Conjunto de documentos padronizados, de sua requisição pelo CRM.
ordenados, destinados ao registro de
informações geradas a partir de fatos, Principais documentos do prontuário:
acontecimentos e situações sobre a saúde
do paciente e a assistência prestada a Ficha de referencia e contra referência;
ele, de caráter legal, sigiloso e científico, Laudo médico para emissão de AIH –
que possibilita a comunicação entre anamnese e exame físico;
membros da equipe multiprofissional Termo de responsabilidade
prestada pelos serviços de saúde publica Boletim de admissão;
ou privada. – CFM nº 1331/89 Prescrição médica / observação de
enfermagem e multiprofissional;
Sigilo Folha de evolução clinica (diárias);
Folha de pareceres;
O teor do prontuário do paciente é
sigiloso, e as informações ali contidas tem
caráter confidencial, o que caracteriza o OBRIGATÓRIEDADES
Segredo Profissional. – (parecer do CFM nº
Preenchimento completo/correto;
24)
Letra legível + assinatura/CRM;
É vedado ao médico: Clareza;
Carimbo profissional;
Art.87: deixar de elaborar prontuário Relatório diário de enfermagem,
legível para cada paciente. assinado;
Registro diário dos sinais vitais;
Art.88: negar ao paciente ou à seu
Descrição do ato cirúrgico e anestésico
representante legal, acesso ao seu
(em cirurgia), assinado e carimbado;
prontuário, deixar de lhe oferecer copia
Deverá ser anexada ao prontuário a
quando solicitada, bem como deixar de lhe
comprovação do resultado dos exames
dar explicações necessárias à sua
complementares.
compreensão, salvo quando ocasionarem
riscos ao seu próprio paciente ou a
terceiros. (sempre cai em prova). O QUE NÃO DEVE FAZER NO PRONTUÁRIO
Art.89: liberar cópias do prontuário sob Escrever a lápis;
sua guarda exceto para atender a ordem Rasurar / usar corretivo;
judicial, ou para SUA PRÓPRIA DEFESA, Fazer anotações que não se referem ao
assim como quando autorizado por escrito paciente;
pelo paciente. Deixar folhas em branco.
9
Relação Médico e Paciente
O que é? 2. Cuidado com palavras e atitudes;
3. Todo paciente deve merecer a
É o vinculo que se estabelece entre o mesma atenção;
médico e as pessoas que o procura, 4. Disposição para ouvir;
estando doentes ou não. Faz parte da 5. Saber como dirigir-se aos pacientes;
essência da profissão médica. 6. Conhecer os limites que pode atuar;
7. Aprimoramento contínuo.
Evolução da relação médico- Padrões e comportamentos médicos
paciente
PATERNALISTA: “posição de pai” – tem
Paternalista/Autoritária: monopólio de
atitude protetora, sabe ouvir, dá
conhecimentos sobre doenças e
conselhos ou ordens – trata o paciente
tratamentos;
como criança.
Contratualista: reconhecimento de
direitos e deveres, possibilidades e
AUTORITÁRIO: “dono da verdade” -
limitações;
impõe suas decisões – se ofende
Cuidados na relação médico-paciente quando questionado.
10
PESSIMISTA: vê maior a gravidade da
doença do que o real – expressa HOSTIL: agressivo contra o médico ou
desânimo e desesperança. estudante de medicina – doenças
incuráveis ou estigmatizantes, história
ROTULADOR: “rótulo diagnóstico” que prévia de complicações terapêuticas -
agrade o paciente – passa falsa tenha serenidade e autoconfiança.
decisões diagnósticas e terapêuticas –
encobre suas deficiências. AGITADO: ansiedade, ingestão de
bebida alcoólica, drogas ilícitas, surtos
FRUSTRADO: “começa desde o curso de psicóticos e insuficiência hepática- se
medicina” – reconhece as limitações da grave – contenção física e/ou uso de
medicina – tem visualização do futuro antipsicóticos.
(trabalho indigno, alta jornada de
trabalho...). EUFÓRICO: fala e movimentos
exagerados; pensamentos rápidos –
SEM VOCAÇÃO: distanciamento do pode ser por bebida alcoólica, drogas
paciente – deve dedicar-se a outra ilícitas ou fase maníaca do transtorno
profissão. bipolar.
12
Higienização Antisséptica Das Mãos:
15
Ectoscopia
O que é? Dependência:
SOMATOSCOPIA ou ECTOSCOPIA é a Se veio à consulta sozinho;
denominação que se dá à avaliação Acompanhado;
global do doente. É a primeira. etapa do Em cadeira de rodas;
exame físico, devendo ser Iniciada ao De muletas ou bengalas.
primeiro contato com o paciente. Seu
objetivo é a obtenção de dados gerais Fala e linguagem:
(independe da queixa do paciente). A
Avaliar a voz, avaliar a lógica do discurso,
avaliação deve ser craniocaudal.
se há distúrbios de articulação das
O que avaliar? palavras, de troca de letras ou se fala o
nome dos objetos corretamente.
Estado geral:
Biótipo:
Bom estado geral
Estado geral regular ou levemente Brevilíneo(endomorfo): membros curtos,
comprometido tórax alargado, estatura baixa;
Estado geral ruim ou muito Longilíneo(ectomorfo): tórax afilado e
comprometido achatado, membros longos e
musculatura delgada;
Estado psíquico: Normolíneo(mesomorfo):
desenvolvimento do corpo, musculatura
Bem orientado em tempo e espaço;
e do panículo adiposo harmônicos.
Mal orientado em tempo e espaço.
Postura:
Postura Ativa: é aquela assumida
espontaneamente Boa Postura / Má
postura
Postura passiva: impossibilidade do
paciente em mudar de posição sem
auxílio de outra pessoa
Postura antálgica: adotada para alívio Peso e altura:
de dor.
Com auxilio de uma balança;
Higiene pessoal: Medida em centímetros com paciente
descalço e em posição ereta.
Hálito do paciente; odor de secreções.
16
Fácies:
Fácies normal ou atípica;
Musculatura:
Trofismo (desenvolvimento):
o Eutrófico;
o Hipertrófico;
Pele, cabelo e Fâneros:
o Hipotrófico;
Pele:
Coloração:
Umidade:
Textura: Extremidades (calor e alterações;
Temperatura: compressão da face digital):
Mobilidade:
Aquecidas e Acianóticas com boa
Sensibilidade: perfusão tissular;
Elasticidade: Alteradas (especificar temperatura –
Turgor: perfusão tissular cianose).
Lesões elementares:
Cicatriz: Linfonodos:
Circulação colateral: Não Palpáveis;
Palpáveis:
Ausente ou presente; Localização:
Localização: Classificação:
Consistência:
Superfície:
17
Tamanho ou volume (aproximados).
Mobilidade:
Sensibilidade: Articulações:
Alterações da pele (especificar). Livres e funcionais;
18
Fácies
Definição Lábios entreabertos, delgados e
afilados;
É o conjunto de dados exibidos na face
do paciente, e a resultado dos traços Discreta cianose labial;
anatômicos + a expressão fisionômica. Não
Palidez cutânea, suor;
apenas os elementos estáticos, mas, e
principalmente, a expressão do olhar, os Estado final de varias doenças.
movimentos das asas do nariz e aposição
da boca. Certas doenças imprimem na
face traços característicos, e algumas
vezes, o diagnostico nasce da simples
observação do rosto do paciente. Os
principais tipos de fácies são:
Normal ou atípica
Expressão individual;
Palidez cutânea;
Hipocrática
Olhos fundos, parados e inexpressivos;
Nariz afilado;
19
Leonina Cabeça inclina-se para frente e
permanece imóvel nessa posição;
Pele espessa, nódulos de tamanhos
variados, confluentes; Olhar fixo; Supercílios elevados;
Mal de Hansen.
Basedowiana
Exoftalmia; Olhos brilhantes; Rosto
magro;
Adenoidiana
Expressão fisionômica de vivacidade. Às
Nariz pequeno e afilado;
vezes, tem um aspecto de espanto e
Boca entreaberta; ansiedade; Presença de bócio;
Parkinsoniana
20
Mixedematosa
Rosto arredondado; Nariz e lábios
grossos;
Acromegálica
Saliência das arcadas supra-orbitárias;
Proeminência das maçãs do rosto;
21
DEPRESSIVA
Cabisbaixo; Olhos pouco brilhantes; Da paralisia facial periférica
Olhos fixos em um ponto distante ou Assimetria da face; Impossibilidade de
voltados para o chão; fechar as pálpebras;
Acentuação do sulco nasolabial; Desvio da comissura labial contralateral
Cantos da boca rebaixados; / Repuxamento da boca para o lado
Observados na Síndrome da Depressão. saudável;
Pseudobulbar
Aspecto espasmódico da face;
Hipomímia; Disfagia; Disartria;
22
Estrabismo; Expressão amímica;
Apresenta-se na Miastenia Grave.
Etílica:
Olhos avermelhados; Face ruborizada;
Sorriso indefinido; Olhos caídos.
23
Sinais vitais
O que são? Pressão arterial
Temperatura corporal.
Pulso
Pulso Regular: pulsações com intervalos Praticou exercícios físicos nos últimos 60
iguais; minutos;
24
Posicionamento do paciente: 4. Centralizar o meio da parte
compressiva do manguito sobre a
Paciente sentado, com encosto para as artéria braquial;
costas, pés no chão, descruzados e
apoiados no chão e relaxado; 5. Estimar o nível da PAS pela palpação
do pulso radial; METODO
Braço na altura do coração, apoiado,
PALPATÓRIO.
com a palma da mão para cima;
6. Palpar a artéria braquial na fossa
Observar se as roupas não garroteiam
cubital e colocar o diafragma do
o braço. Se sim, remover;
estetoscópio sem compressão excessiva;
Medir em pé, após 3 minutos da
7. Posicionar o manômetro na altura do
medida, sentado em pacientes suspeitos
olho;
de hipotensão ortostática (diabéticos,
idosos, disautonômicos, em uso de anti- 8. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a
hipertensivos e aqueles com sintomas de 30 mmHg o nível estimado da PAS
pressão baixa); obtido pela palpação;
25
Korotkoff) e anotar valores da Ritmo e Frequência Respiratórios
PAS/PAD/zero;
Sucessão regular de movimentos
14. Realizar pelo menos duas medições, respiratórios, com amplitude de
com intervalo em torno de um minuto. profundidade mais ou menos igual, em uma
Medições adicionais deverão ser frequência de 16 a 20 respirações por
realizadas se as duas primeiras tiverem minuto – em adultos, chamamos de EUPNEIA.
5mmHg ou mais de diferença.
Alterações:
15. Aguardar 1-2 minutos entre as
medidas no mesmo braço; Apneia: parada na respiração;
Alterações:
Hipotermia: valores abaixo dos normais.
27
Exame Físico do Tórax
Introdução
Costelas;
Linhas Torácicas
Baço
Na face lateral do hemitórax esquerdo, seu
limite superior corresponde a uma linha
curva, onde o ápice situa-se no
cruzamento da linha axilar média com a 9ª
ou 10ª costela.
29
Face Anterior:
o Linha medioesternal. Face posterior:
o Linha hemiclavicular. 1. Supra-escapular.
3. Infra-espinhosa.
Face Lateral:
4. Interescápular vertebral.
o Linha axilar anterior.
5. Infra-escapulares.
o Linha axilar média.
o Linhas escapulares.
Regiões torácicas
Face anterior:
1. Região supraclavicular.
2. Região clavicular.
3. Região infraclavicular.
4. Região mamária.
5. Região inframamária.
6. Região supra-esternal.
7. Esternal superior.
8. Esternal inferior.
30
Exame do Precordio
Inspeção Palpação
Tangencial
Frontal
O que investigar?
Posição de Pachon
Pele; Lesões elementares; Depressões;
Tumorações; Abaulamentos; Cicatrizes.
31
Ausculta
Ambiente silencioso;
Focos De Ausculta:
Mi A Per Ta
Manobras complementares:
32
Exame do Aparelho Circulatório
Introdução
Pulso Radial;
Pulsos Periféricos;
Pulso Capilar;
Pulso Venoso.
QUE CARACTERÍSTICAS ANALISAR?
Pulso radial
Estado da parede arterial: (lisa, sem
SEMIOTÉCNICA: tortuosidades e se deprime facilmente)
33
Pulsos periféricos
Temporal superficial
Subclávio
Tibial posterior
Pedioso
Pulso capilar
SEMIOTÉCNICA
Faz-se uma leve compressão sobre a
borda de uma unha até ver uma zona
pulsátil que marca a transição da cor
rósea para a pálida – normalmente é
discreta ou imperceptível..
34
Exame dos Linfonodos
Introdução
CADEIAS DE LINFONODOS:
Pré-auricular
Retroauricular
Inspeção
Occipital
Boa iluminação
Submentoniano
Área examinada despida
Submandibular
Comparar lado contralateral
Tonsilares
Verificar possíveis adenomegalias ou
Cervical anterior presença de sinais flogisticos.
Cervical posterior Palpação
Supraclaviculares Realizada com as polpas digitais e as
Infraclaviculares faces ventrais do dedo indicador,
médio e polegar.
Axilares
Ajustar a cabeça do paciente para
Epitrocleanos relaxar a musculatura pra que se
palpem melhor os linfonodos da cabeça
Inguinais
e pescoço.
Poplíteos
Para a palpação dos linfonodos
axilares, retropeitorais e epitrocleanos, o
examinador se coloca a frente do
paciente, segurando seu braço e
palpando com a mão heteróloga.
35
Os linfonodos axilares se palpam com as
mãos em “garra”.
Os linfonodos retropeitorais e
epitrocleanos se palpam com as mãos
em “pinça”.
DESCREVER:
Localização
Tamanho
Consistência
LEMBRAR:
Linfonodo de Virchow (supraclavicular
esquerdo) – quando for visto na
inspeção, é chamado de Sinal de
Troisier.
Linfonodo de Blummer (prateleira retal)
36
Exame do Aparelho Respiratório
Introdução
Inspeção
Tórax em Tonel ou em Barril: enfisema
Inspeção estática: pulmonar ou em pessoas idosas livres de
Avalia o estado da pele e das qualquer doença pulmonar.
estruturas superficiais da parede
torácica.
Inspeção dinâmica:
Analisa-se tipo respiratório, ritmo e
frequência da respiração; Tórax Infundibuliforme (Pectus
Excavatum): pode ser congênito ou
Amplitude dos movimentos respiratórios.
adquirido. A causa mais importante é o
Presença ou não de tiragem e raquitismo; quando mais acentuado,
expansibilidade dos pulmões. pode produzir distúrbio pulmonar
restritivo. E em menores casos, pode
FORMA DO TÓRAX: indicar deslocamento cardíaco.
TIPO RESPIRATÓRIO
Observa-se atentamente a
movimentação do tórax e do abdome.
♀: costal superior
♂: toracoabdominal
38
RITMO RESPIRATÓRIO
Respiração Dispneica: movimentos
respiratórios desconfortáveis para o
paciente;
39
INSPEÇÃO DO PESCOÇO: deve-se perceber Das Bases: ainda atrás do paciente, os
se a respiração é auxiliada pela polegares do examinador devem estar
musculatura do pescoço (sinal de próximos da 9ª e 10ª vtb torácica,
obstrução das vias respiratórias). enquanto os demais dedos devem
abarcar a área das bases pulmonares.
Analisa-se a mobilidade das bases
durante a respiração tranquila e
também profunda.
Manobra de Roualt
Palpação
Manobra de Roualt
Percussão
Respiração broncovesicular:
respiração brônquica + murmúrio
vesicular. Apresenta intensidade da
inspiração igual da expiração, sem
pausa.
Estertores grossos/subcrepitantes:
inicio da inspiração e por toda a
41
expiração, grave; muda com a tosse e Síndromes brônquicas e
não se modifica com a posição. pleuropulmonares
AUSCULTA DA VOZ:
Presente em todo o
tórax, exceto nas áreas
do coração e fígado.
Mais intensa nas regiões
Ressonância interescapulovertebrais e
vocal normal esternal supeior.
Espessamento pleural;
Derrame pleural;
Pneumotórax;
Enfisema pulmonar.
Pneumonia;
42
Exame Físico do Abdome
Introdução para baixo até encontar som
maciço. Em condições normais, no 5º
Reconhecer os pontos de referência ou 6º EICD. O limite inferior é dado
anatômicos, a divisão do abdome em pela palpação. Normalmente, 1cm
quadrantes e a projeção de cada órgão da reborda costal.
dessa cavidade são essenciais para o
estudo da propedêutica abdominal. 1. Baço: normalmente, o baço não é
percutível, pois se localiza em uma
PONTOS DE REFERÊNCIA: área timpânica (espaço de traube),
também não palpável, exceto em
Rebordas costais
esplenomegalias, etc.
Ângulo de Charpy
Inspeção
Cicatriz umbilical
Inspeção estática:
Cristas e espinhas ilíacas anteriores
Alterações na pele
Ligamento inguinal ou de Poupart
o Sinal de Cullen (equimose
Sínfise púbica
periumbilical)
REGIÕES DO ABDOME o Sinal de Gray Turner (equimose
nos flancos)
Circulação colateral
Distribuição de pêlos
o Hipogástrio: histerectomia
o Em ventre de batráquio
Abaulamentos e depressões
o Pendular ou ptótico
o Sinal da irmã Maria José: nódulo
palpável na região da cicatriz
umbilical, resultado de uma
metástase de câncer maligno no
abdome.
Movimentos
o Movimentos respiratórios
o Atípico ou normal
o Globoso ou protuberante
o Escavado
44
Ausculta
Palpação superficial
45
Palpação profunda
o Localização
o Forma
o Volume
o Sensibilidade
o Consistência
o Mobilidade
o Pulsatilidade
Palpação do fígado
46
Posição de Schuster
o Palpável: esplenomegalias
Manobra de Mathieu:
Examinador voltado para os pés do
paciente;
Manobra da Arranhadura:
Coloca-se o estetoscópio na região
epigástrica e realiza-se movimentos lineares
horizontais em sentido ínfero-superior em
hemiabdome direito com objeto de ponta
romba.
Hepatimetria:
Limite superior: 4º ou 5º EICD (percussão
maciça)
48
Sinal de Rovsing: compressão FIE e DETERMINAÇÃO DO LIMITE SUPERIOR DO
realizar deslocamento compressivo até FÍGADO
a FID.
Percute-se o hemitórax direito ao nível da
Sinal de Lenander: Temperatura retal linha hemiclavicular direita desde sua
maior que a temperatura axilar em mais origem na clavícula até o 4º ou 5º espaço
de 1º C. intercostal; De início, obtém-se som claro
pulmonar. A seguir, em condições normais,
Sinal de Dunphy: Dor na FID que piora na altura do 5º ou 6º espaço intercostal,
com a tosse. observa-se som submaciço. Esse ponto
corresponde ao limite superior do fígado
Sinal de Lapinsky: Dor à compressão
da FID enquanto se eleva o membro Sinal de Jobert: desaparecimento
inferior direito esticado. Presente no da macicez hepática, dando lugar
apêndice retrocecal. ao timpanismo decorrente de
pneumoperitônio que tem como
Sinal de Aaron: Dor epigástrica referida
causa frequente a perfuração do
à palpação do ponto de McBurney.
tubo gastrintestinal.
Sinal do Iliopsoas: Dor à extensão e
abdução da coxa direita com o
paciente em decúbito lateral esquerdo.
Presente no apêndice retrocecal.
Percussão
49
esquerda apta os choques das ondas
líquidas desencadeadas pelos
piparotes.
50
Exame do Sistema Nervoso
Anamnese do SN Distúrbios de memória e mental
52
examinado logo no inicio da prova
(30° de elevação).
Meningite
Hemorragia subaracnóidea
MANOBRA DE BRAGARD: com o paciente
Radiculopatia ciática
em decúbito dorsal, o examinador faz
elevação passiva da coxa sobre a bacia; Lombalgia.
em seguida, faz flexão dorsal do pé do
membro examinado.
53
Marcha ou Equilíbrio Dinâmico
Introdução MARCHA ANSERINA OU DE PATO
Observando-se a maneira pela qual o Ao andar, o paciente acentua a
paciente de locomove, é possível, em lordose lombar e vai inclinando o tronco
algumas afecções neurológicas, suspeitar- ora para a direita, ora para a
se ou fazer-se o diagnostico sindrômico. esquerda, alternadamente, lembrando o
andar de um pato
A todo e qualquer distúrbio da
marcha dá-se o nome de DISBASIA, a Encontrada em doenças musculares e
qual pode ser uni ou bilateral. traduz uma diminuição da força dos
músculos pélvicos e das coxas.
Marcha helicópode, ceifante ou
hemiplégica
Ao andar, o paciente mantém o
membro superior fletido em 90º com
cotovelo e adução, e a mão fechada
em leve pronação.
54
Indica perda de sensibilidade
proprioceptiva por Lesão Do Cordão
Posterior Da Medula.
55
Acomete pacientes com lesão vestibular
(labirinto).
Marcha claudicante
Ao caminhar, o paciente “manca” para
um dos lados.
56
Equilíbrio Estático
Após o estudo da marcha, faz-se a
seguinte manobra:
Prova de Romberg
Fletir a coxa;
57
Durante a execução desses movimentos,
observa-se se eles estão sendo realizados
em toda a sua amplitude. Não sendo,
cumpre avaliar o grau e a sede da
limitação;
Barré:
Paciente em decúbito ventral deverá
manter as pernas fletidas sobre as coxas,
formando um ângulo maior que 90º em
Em caso de discreta ou deficiência motora relação às coxas. Pode-se observar
dos membros, realizam-se as PROVAS oscilações e queda.
DEFICITÁRIAS (contra a gravidade):
58
Anota-se uma graduação e a sede do
movimento. Pode ser escrito literalmente,
percentualmente ou com o grau das forças.
100% V Normal
75% IV Mov.
Completo
contra a
força da
gravidade e
contra a
resistência
aplicada
pelo
examinador
25% II Mov.
Completo sem
a força da
gravidade
10% I Discreta
contração
muscular
0% 0 Nenhum
movimento
59
Escala de coma de Glasgow
Parâmetros Resposta obtida Pontuação
Espontânea 4
Ao estimulo doloroso 2
Nenhuma 1
Orientada 5
Palavras inapropriadas 3
Vocaliza sons 2
Nenhuma 1
Obedece a comandos 6
Localiza o estimulo 5
Flexão anormal 4
Reatividade pupilar
-2 -1 0
60
Tônus Muscular
Tônus é o estado de tensão constante a
que estão submetidos os músculos, tanto em
repouso como em movimento.
Técnica:
61
Cerebelo, Coma, Vias Motoras
Profundo, Vias Piramidal e
De Sensibilidade Extrapiramidal
Proprioceptiva
Consciente,
Nervos, Pontas
Anteriores Da
Medula,
Encefalopatia
Tipo De Lesão
Hemiplegia, Parkinsonismo,
diplegia degeneração
cerebral, hepatolenticular
infantil,
mielopatia
Lesão compressiva
SINAL DO CANIVETE:
O sinal do canivete é um sinal clínico
investigado em pacientes neurológicos, que
se caracteriza por uma resistência inicial no
movimento de estender o antebraço sobre
Coordenação
o braço, seguida por uma diminuição
dessa resistência conforme o ângulo-arco
do movimento aumenta - tal qual um
Motora
canivete se abrindo.
O exame da coordenação motora analisa
o funcionamento de dois setores do sistema
nervoso: o cerebelo (centro coordenador)
e a sensibilidade proprioceptiva.
62
A perda de coordenação é
denominada ataxia e pode ser
cerebelar, sensorial e mista.
Prova dedo-nariz-dedo
63
fazendo um leve semicírculo na parte mais
anterior.
Eudiadococinesia: capacidade de
realizar os movimentos.
Disdiadococinesia: dificuldade de
realizar os movimentos.
Reflexo cutâneo-plantar
Paciente em decúbito dorsal, com os MMII
estendidos, o examinador estimula
superficialmente a região plantar, próximo à
borda lateral e no sentido póstero-anterior,
64
Reflexo cremastérico
Se estimula com uma espátula a raiz interna
da coxa e observa-se a elevação do
testículo.
Reflexo aquileu
o Poliomielite, polineuropatia
periférica, miopatia.
65
Reflexo supinador Reflexo tricipital
Reflexo pronador
Reflexo bicipital
66
Sensibilidade
Os estímulos que atuam sobre os órgãos
receptores da superfície corporal ou na
profundidade do corpo, são conduzidos
por sistemas especiais até o sistema
nervoso central.
67
posição, que deverá ser reconhecida
pelo paciente.
68
Nervos cranianos
não está sendo avaliada) e trocar de
substância de uma narina para a outra.
Alterações:
Alucinações olfatórias.
Nervo óptico
Acuidade visual
Pede-se ao paciente que diga o que vê na
sala de exame, ou leia alguma coisa.
Examina-se cada olho separadamente.
Pode-se também utilizar a tabela de Snellen,
que deve estar a uma distância de 3-6
metros do paciente.
Alterações:
Nervo Olfatório
Ambliopia = diminuição da acuidade
No exame da olfação, empregam-se
visual;
substâncias com odores conhecidos como
café, canela, cravo, dentre outros. Amaurose = abolição da acuidade visual.
Manobra: de olhos fechados, o paciente
deve reconhecer o aroma que o examinador Campo visual:
colocar diante de cada narina. Fazer uma
narina de cada vez (comprimindo a que Os campos visuais são testados em
comparação ao campo do examinador. O
69
paciente deve ficar sentado e o examinador III. Oculomotor = reto medial, reto superior,
posicionado bem na sua frente, mantendo os reto inferior e obliquo inferior; responsável
olhos na altura dos olhos do paciente, que também pela elevação da pálpebra.
deve fixar seus olhos na direção dos olhos
do examinador e ocluir um dos olhos. O IV. Troclear = obliquo superior.
examinador, então, posiciona a sua mão em
VI. Abducente = reto lateral
um campo situado bem no meio do caminho
entre si próprio e o paciente, e verifica se
ele consegue enxergar sua mão, dizer Motilidade extrínseca
quantos dedos estão apresentados e definir
Manobra: o exame é feito em cada olho
se estão parados ou em movimento.
separadamente, e logo após, nos dois
Alterações: simultaneamente. Paciente com a cabeça
imóvel, o examinador solicita que ele olhe e
acompanhe a ponta de seu dedo, no qual
deslocará no sentido horizontal e vertical
(fazer um H). no exame simultâneo,
acrescenta-se a prova de convergência
ocular, que se faz aproximando
gradativamente o objeto dos olhos do
paciente.
Fundoscopia Alterações:
1- Nervo oculomotor
Motilidade intrínseca
2- Nervo troclear
Manobra: a pupila é examinada por um
6 - Nervo abducente feixe de luz e pela convergência ocular.
Nervo Facial
Manobras:
Nervo Trigêmeo
Alterações:
Prova de Webber:
Nervo Vestibulocolear
72
marcha, desvio postural e SINAL DE XI – nervo acessório
ROMBERG.
Nervo essencialmente motor que inerva os
músculos esternocleidomastóideo e a porção
superior do trapézio, podendo sua lesão ser
Nervo Glossofaríngeo caudada por traumatismo, ELA ou
siringomielia, que ocasiona atrofia desses
Nervo Vago
músculos, deficiência na elevação do ombro
Estes nervos são examinados em conjunto. A e na rotação da cabeça para o lado
lesão unilateral do glossofaríngeo pode oposto do musculo comprometido.
exteriorizar-se por distúrbios da gustação e
do terço posterior da língua. (hipogeusia e
ageusia).
Nervo Hipoglosso
73
Exame do Sistema Endócrino
Inspeção dinâmica
Exame da tireoide Com o paciente sentado ou em pé, deve ser
O exame da glândula tireoide é feito em solicitado para que o mesmo hiperflexione a
conjunto ao exame do pescoço ao todo. cabeça e engula água. Com isso, observa-
Vale lembrar que no exame, são inclusos se:
apenas a inspeção, palpação e a ausculta.
Forma e volume
Simetria
Contorno
Tamanho
Mobilidade
Palpação
Inspeção Usam-se duas manobras para a palpação
da tireoide:
Deve-se saber a localização exata da
Tireoide: Abordagem posterior
Musculatura
Forma e volume
74
Abordagem anterior Presença de frêmito ou sopro.
75
Nervosismo Dificuldade de raciocínio
Insônia Bradicardia
Tremores Constipação
Hiperexcitabilidade
Hipotireoidismo
Exame da paratireoide
Caracterizado por uma hipofunção da
glândula tireoide em produzir os hormônios As paratireoides são quatro glândulas que
T3 e T4, acarretando em uma diminuição do ficam no pescoço, atrás da tireoide, cuja
metabolismo basal. função é controlar os níveis de cálcio no
sangue através da produção do hormônio
Sintomas:
paratireoideano ou paratormônio (PTH).
Cansaço exarcebado
Hipersensibilidade ao frio
Exame do Pé Diabético
Presença de calosidades e
deformações;
Presença de Edema.
78
Histórico de úlcera/histórico de
amputação.
Fatores de risco:
Polineuropatia periférica (PND)
Trauma
Histórico de úlcera/histórico de
amputação
Trauma
79
Exame do Aparelho Geniturinário
Exame dos rins Incontinência Urinária = eliminação
involuntária de urina.
80
Manobra de Goelet
Tamanho;
Consistência;
Superfície;
Sensibilidade à palpação.
Manobra de Israel Percussão
81
Deve avaliar se há dor à percussão que
pode sugerir infecção renal. Exame da bexiga
Sinal de Giordano = dor aguda
Em condições normais, a bexiga não é
que aparece à punho-percussão
palpável. Porém, pode haver
litíase e pielonefrite aguda.
hipersensibilidade na área suprapúbica ao
se fazer a palpação.
82
Exame do Aparelho Genital Masculino
O exame físico dos órgãos genitais Palpação
masculinos externos é realizado pela
inspeção e palpação, com o paciente em Deve-se palpar ao longo de todo o pênis,
pé ou em decúbito dorsal. destacando a presença de placas fibrosas
endurecidas no corpo esponjoso e no corpo
O exame de inspeção e palpação deve cavernoso Doença de Peyronie.
ser realizado desde as regiões inguinais,
onde se encontram os linfonodos que
drenam a pelve e o períneo. Exame da bolsa escrotal
Exame do pênis
Inspeção:
Inspeção
Investigam-se:
Compreende a avaliação de: Forma
Tamanho Tamanho
Diâmetro Características da pele
Presença de anomalias congênitas Aspectos vasculares
Presença de fimose e parafimose Palpação:
Avaliação da glande e do sulco Deve-se palpar a bolsa escrotal,
balanoprepucial destacando a presença de massas
Avaliação do meato uretral externo palpáveis;
83
Hérnia inguinal: utiliza-se a manobra de cauda epididimária ate o orifício externo do
vassalva para diagnostica-la. anel inguinal.
Exame da próstata
Toque retal:
Posição de Sims
84
Superfície
Contornos
Sulco mediano
Mobilidade
Tamanho
Consistência
85
Exame do Genital Feminino
Anamnese Exame físico
A anamnese é o passo inicial para o bom O exame físico dos órgãos femininos é
relacionamento entre médico/paciente. A denominado “exame ginecológico”, que deve
sequência e a profundidade das perguntas ser sistematizado, não se restringindo ao
são necessárias para o diagnóstico clínico. toque vaginal. Antes de realizar o exame, o
médico deverá esclarecer o passo a passo
Manifestações clínicas do processo, na tentativa de obter a
Hemorragias = sangramento sem as confiança da paciente.
características da menstruação normal.
Exame do abdome
Polimenorréia = quando a menstruação
Antes de proceder ao exame, deve solicitar
ocorre em intervalos menores que 21 dias.
a paciente que esvazie a bexiga para
Oligomenorréia = quando a menstruação evitar o incomodo durante o exame. Faz-se
ocorre em intervalos maiores que 35 dias. a inspeção, palpação e percussão do
abdome.
Amenorréria = falta de menstruação por
um período de tempo maior que três A paciente deve estar em decúbito dorsal
ciclos prévios. com a região abdominal despida e avaliam-
se os seguintes parâmetros:
Hipermenorréria = menstruação que dura
mais de 8 dias. Inspeção
Espessura da parede
Sensibilidade à palpação
Defesa e contratura
Tumor
Percussão
Ausculta
O examinador se coloca sentado entre
Pesquisa-se a presença de ruídos as pernas da paciente; apoia os pés na
hidroaéreos e sopros. escada e repousa os cotovelos na coxa.
87
É indispensável a presença de um bom Cicatrizes de episiorrafias ou
foco luminoso. perineoplastia
Ânus
Hemorróidas
Plicomas
Fissuras
Prolapso da mucosa
Malformações
Umidade
Presença de secreções
Hiperemia
Ulcerações
Distrofias
88
adequada e adote a posição de talha 8. A seguir é coletado material para o
litotômica; exame da secreção vaginal
Tamanho
Forma
Posição
Cor
Presença de Lesões
Posição
Situação
Toque bidigital Forma
Ao toque bidigital, analisam-se: Tamanho
Colo do Útero (orientação, forma, volume, Consistência
superfície, consistência, comprimento,
sensibilidade, mobilidade, orifício externo Superfície
e lacerações).
Mobilidade
Fundos de Sacos Vaginais
Sensibilidade
(distensibilidade, profundidade,
sensibilidade, se estão livres ou Quanto aos Anexos, o primeiro dado é se
ocupados, rasos ou bombeados). são palpáveis ou não, dolorosos ou
indolores, volume normal ou alterado e
presença ou não de tumor.
90
Exame das Mamas
Para fins clínicos, as mamas são divididas em Localização (uni-bilateral);
quadrantes por linhas horizontal e vertical,
dividindo os quadrantes em superiores e Crescimento (rápido, progressivo,
inferiores, externos e internos. estacionário);
Consistência;
Mobilidade;
Sensibilidade.
Periodicidade da sensação
dolorosa
Se a secreção é espontânea,
recorrente ou intermitente;
Cauda de Spence
Se é uni- ou bilateral;
Antecedentes de amenorréria;
.
Antecedentes de traumatismo,
Manifestações clínicas intervenção cirúrgica ou estímulos
locais;
Nódulo Mamário = quando se achar um
nódulo na mama, devem-se investigar:
91
Uso de medicamentos Inspeção dinâmica
anovulatórios, clorpromazina,
fenotiazina, reserpina, sulpiride e Na inspeção dinâmica, é solicitado à
metildopa. paciente, duas manobras que acentuem a
presença de alterações, como a retração
Exame físico da pele e papila:
Volume;
Contorno;
Simetria;
Pigmentação da aréola;
Palpação
Aspecto da papila;
A palpação das mamas é realizada com a
Presença de abaulamentos ou
paciente deitada com as mãos atrás da
retrações;
cabeça e os braços bem abertos.
Circulação venosa;
92
Objetivos a serem avaliados: Se o óstio ductal, sede do
derrame, é periférico (ducto
Volume do panículo adiposo e seu superficial) ou central (ducto
possível comprometimento por profundo);
processo inflamatório ou neoplásico;
Localização;
Quantidade de parênquima mamário
e eventuais alterações; Aspecto da secreção (sanguíneo,
seroso, claro, purulento, leitoso,
Elasticidade da papila; pastoso, esverdeado,
A presença se secreção papilar; acastanhado).
93
Palpação dos linfonodos axilares e
supraclaviculares:
Localização;
Quantidade;
Consistência;
Coalescência.
94
Aparelho Locomotor
O exame do aparelho locomotor abrange Inspeção:
os ossos, as articulações, a coluna vertebral,
bursas e tendões, e músculos. Observar a marcha do paciente, que pode
estar alterada quando há deformidades.
Duração; • Consistência;
Intensidade; • Forma;
Caráter; • Localização;
Deformidades; • Tamanho;
Exame físico
Utilizam-se os dados de inspeção e
palpação, sempre complementados pelo
estudo da mobilidade de cada segmento.
Exame físico:
Inspeção:
• Abdução (45º);
• Adução (30º);
• Flexão (120º);
• Extensão (30º);
• Flexão (90º);
• Extensão (30-40º),
Joelhos:
• Adução e Abdução (40º);
• Flexão (135º);
• Sinal De Tinnel (Nervo Ulnar);
• Extensão (0º);
• Teste de Phalen.
• Rotação (Difícil);
• Sinal Da Gaveta.
Tibiotársica:
Pés:
• Flexão;
97
• Extensão das mastoide e músculos. O exame neurológico é
Metatarsofalangeanas. indispensável em pacientes com dor
irradiada para os membros, obedecendo o
seguinte roteiro de reflexos:
Palpação
Inspeção dinâmica:
Palpação:
100
Semiologia da Pele
A pele é o maior órgão do corpo, e os Vermelhidão ou Eritrose = exagero da
métodos utilizados para o exame físico coloração rósea da pele e indica
compreendem: aumento da quantidade de sangue na
rede vascular cutânea. Pode ser
Inspeção: Deve abranger todo o
generalizada ou localizada.
tegumento, inclusive cabelos, unhas e
mucosas. A localização, topografia e
distribuição da lesão são essenciais para
o seu diagnóstico.
Coloração
Palidez = atenuação ou
desaparecimento da cor rósea da pele.
Pode ser generalizada ou localizada. Icterícia = coloração amarelada da pele
por acumulo de bilirrubina no sangue.
101
Fenômeno de Raynaud = modificação
da coloração da pele por fenômeno
Albinismo = coloração branco-leitosa da vasomotor.
pele decorrente da deficiência de
melanina.
Bronzeamento da pele;
Continuidade ou integridade
Umidade
102
Pele Seca = encontrada em idosos e em • Pele Enrugada = observada em
algumas dermatopatias crônicas; idosos e após emagrecimento rápido;
quando se elimina um edema.
Umidade Aumentada ou Pele Sudorenta
= pode estar associada à febre,
ansiedade, hipertireoidismo e doenças
neoplásicas.
Espessura
Textura
• Textura Normal;
Elasticidade e Mobilidade
Elasticidade é a propriedade de o
tegumento cutâneo se estender quando
tracionado; Mobilidade é a capacidade de
se movimentar sobre os planos profundos
adjacentes. A elasticidade pode ser:
Mobilidade
• Sensibilidade Tátil
104
Anestesia ou hipoestesia alteração da hemoglobina tornando-se
arroxeada e depois verde-amarelada. É
• Sensibilidade Térmica chamada de petéquia quando possui
até 1 cm e de equimose quando possui
mais de 1cm.
Lesões Elementares
Denominam-se lesões elementares, alterações
no tegumento cutâneo determinadas por
processos inflamatórios, degenerativos,
circulatórios, neoplásicos, por distúrbios do
metabolismo ou por defeitos de formação.
105
Elevações edematosas Goma: nódulo ou nodosidade que se
liquefaz na porção central, podendo
São elevações circunscritas causadas por
ulcerar e eliminar material necrótico.
edema na derme ou hipoderme.
Vegetação: Lesão sólida e
Urtica: elevação efêmera, irregular, de
pedunculada, com aspecto de couve-flor
tamanho e cor variável do branco-róseo
e superfície friável.
ao vermelho pruriginosa, resulta do
extravasamento de plasma com formação Verrucosidade: Lesão sólida, elevada,
de edema dérmico. de superfície dura e inelástica, formada
por hiperqueratose.
Angioedema: área de edema
circunscrito, que pode ocorrer no
subcutâneo, causando tumefação.
Formações Sólidas
106
Pústula: elevação de até 1cm e de rósea-avermelhada por extravasamento
conteúdo purulento. de plasma.
Alterações da espessura
Perda e reparações teciduais
Queratose: espessamento da pele por
aumento da camada córnea, tornando- Lesões oriundas da eliminação ou destruição
se áspera e com a superfície amarelada. patológicas e de reparações em tecidos
subcutâneos.
Liquenificação: espessamento da pele
com acentuação dos sulcos e da cor Escama: massa furfurácea, micácea ou
própria, apresentando aspecto foliácea que se desprende as superfície
quadriculado. cutânea por alteração de
queratinização.
Edema: aumento de espessura,
depressível, cor da própria pele ou Exulceração: perda superficial somente
de epiderme.
107
Ulceração: perda circunscrita de
epiderme e derme, podendo atingir
hipoderme e tecidos subjacentes.
108
Suporte Básico de Vida
Reanimação cardiopulmonar em pediatria 8. Utilizar o DEA.
109
DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS
Compressão cardíaca utilizando 2
dedos em lactentes 1. Elevação do queixo sem inclinação da
cabeça;
DEA
Técnica para ventilação
1. Colocar as pás (no lado esquerdo do
1. Lactentes: respiração boca-nariz+boca; mamilo e outro abaixo da clavícula, no
lado direito);
2. Crianças maiores: respiração boca a
boca, ocluindo as narinas; 2. Continuar compressões até administrar
ritmo chocável;
3. Observe se há elevação do tórax. Caso
não haja, reposicione a cabeça da 3. Iniciar RCP imediatamente depois.
criança, vede melhor (boca-boca) e
tente outra vez.
110
Manobras de Engasgo
Crianças e lactentes
EPIDEMIOLOGIA Pode apresentar cianose, incapaz de
falar ou chorar;
O Engasgo é predominante na faixa etária
de 1-3 anos (mais comum em meninas) Pode perder a consciência.
111
Lactentes Na criança inconsciente
Apoiar o bebê no braço do socorrista, Posicione-a em uma superfície rígida, com
com a cabeça mais abaixo que o corpo, a barriga para cima.
tendo o cuidado de manter a boca do
bebê aberta. Aplicar 5 batidas com o Faça o passo a passo do RCP (pagina
“calcanhar” da mão do socorrista nas 3).
costas do bebê, na região entre as Em crianças: utiliza-se apenas uma mão
escápulas. Virar o bebê com a barriga para as compressões;
para cima, mantendo a inclinação
original e a boca aberta, e iniciar 5
compressões no osso do peito da
criança, logo abaixo da linha imaginária
traçada entre os mamilos. Repita esse
ciclo até o bebê expelir o objeto ou
desmaiar.
112
Considerações Finais
Olá querido estudante! Este super material foi feito com muito amor, carinho e responsabilidade
por mim, Alicia Mota, idealizadora do perfil no instagram @RESUMYNDOMED.
Este material é totalmente exclusivo! Estudei por muito tempo para que eu pudesse fabricar o
material mais resumido e didático do mundo para você! Baseei-me pelas principais referencias
de Semiologia Médica, como os livros do Celmo Celeno Porto.
Espero que você tenha a experiência mais legal de todas, e que este resumo te ajude e te
motive nos estudos. Saiba que pode contar comigo para o que precisar.
Atenciosamente, @RESUMYNDOMED
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