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Contratos em geral

Thiago Avanci
12/08/2021

Contratos: Obrigação entre duas ou mais partes. Modalidade do


Negócio Jurídico.

Elemento volitivo: Associado à dinâmica, vontade do agente.

Art. 182 até 188

Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao


estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-
las, serão indenizadas com o equivalente.

Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio


jurídico sempre que este puder provar-se por outro meio.

Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de


um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for
separável; a invalidade da obrigação principal implica a das
obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação
principal.

TÍTULO II
Dos Atos Jurídicos Lícitos

Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios
jurídicos, aplicam-se, no que couber, as disposições do Título
anterior.

TÍTULO III
Dos Atos Ilícitos

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência


ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao


exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:


I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um
direito reconhecido;

II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a


pessoa, a fim de remover perigo iminente.

Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente


quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário,
não excedendo os limites do indispensável para a remoção do
perigo.

-Princípio da função social:

O princípio da função social do contrato analisa se a relação


contratual estabelecida entre as partes infere-se no contexto social, e
não somente no contexto privado, pois o contrato apresenta
consequências relativas, também, à sociedade.

O que prevalece no contrato, elemento volitivo ou princípio da


função social?

Prevalece a função social, a vontade não é absoluta, Pacta sunt


servanda.

Exemplo: Uma tira de coro do Chicó no contrato do pai de


Rosinha, existe uma preocupação social, no contrato não permite
tudo!

1.Elementos fundamentais dos contratos;


Autonomia das vontades e consensualismo;
Obrigatoriedade dos contratos (PACTA SUNT SERVANDA);
Supremacia da ordem Pública;
Observância à Função Social.
Ordem Privada Ordem Pública

Elementos que formam o contrato:


Sujeitos, Objeto e Forma

-Vontade privada deve estar em concordância com o elemento


público.

Boa fé
Possibilidade de revisão contratual (REBUS SIC STANTIBUS)
Contratos em geral
Thiago Avanci
20/08/2021

Relativismo das convenções

Cláusula implícita: Estabelece a teoria da imprevisão, “rebus sic


stantibus”, tem em todos os contratos.

Quando há desequilíbrio no contrato essa cláusula dá a possibilidade


de organizar a relação contratual.

Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a


prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com
extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução
do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à
data da citação.

Sujeito, objeto e forma, compõe a relação contratual!

ADJETIVANDO!

1. Sujeito: detém capacidade;

2. Objeto: Vontade destes sujeitos (Lícito, possível, determinado ou


determinável);
2.1 Objeto Lícito: permitido pelo direito;
2.2 Objeto possível: Fisicamente jurídico
2.3 Objeto determinado: Deve haver alguma especificidade do
objeto, quantidade, qualidade e espécie. (Ex: 1 garrafa de H2O de
limão)
2.4 Objeto determinável: Objeto deve ser especificado e
quantificado (não fala da qualidade) (Ex: 1 garrafa de H2O)

3. Forma: Via de regra os contratos não têm regras estabelecidas.


Forma é o elemento formal, o que o contrato pode ou não pode, há
uma sistemática, um conjunto de atribuições jurídicas para consagrar
sua finalidade.

Se não existe uma estipulação de contrato ele será classificado


como livre!

Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato


jurídico pode ser provado mediante:
I - confissão;
II - documento;
III - testemunha;
IV - presunção;
V - perícia.

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: IV - Não revestir a


forma prescrita em lei;

Classificação dos contratos:

1. Deveres das partes;


1.1. Contrato unilateral: Apenas uma parte;
1.2. Contrato bilateral: prestação e contraprestação;

2. Risco do contrato: Pode ou não existir risco


2.1. Contrato sem risco: cuja prestações são determinadas
2.2. Contrato aleatórios: contém risco.
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou
fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes
assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi
prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa,
ainda que nada do avençado venha a existir.

Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras,
tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer
quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde
que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa
venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação
não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.

-Empitio spei (risco total)


Lançamento de rede de peça de arrastão
Paga pelo lançamento da rede, o que vier será recebido.

-Empitio rei speratae


Se aperfeiçoa com um determinado elemento que ali se tenha, paga
o lançamento, a coisa.
Se não tem a coisa o contrato não é pago Contrato aleatório não é tão
comum!

1. Quanto a previsão legal:


1.1. Contratos Típicos: previsto pelo Código Civil e pela
legislação, mais exemplificado.
1.2. Contratos Atípicos: Não estão previstos pelo Código Civil
nem pela legislação, é valido desde que seja respeitado os elementos
contratuais, sãoperfeitamente aplicados.

Enquadramento legal: é necessário procurar na norma o que


aplicar no contrato!

A especialidade sempre prevalece!


1. Contrato de natureza consensual real: Inicia na entrega da
coisa. Aperfeiçoamento, contrato começa a produzir efeitos a partir
da manifestação inequívoca das vontades.

2. Consideração recíproca de conteúdo do contrato:


Dentro de um termo (papel) pode ter mais de um contrato, o que
define é o
objeto.

2.1. Contrato principal: Subsistem em si mesmos.

2.2. Contrato acessório: Precisam do principal para existir. Se o


principal é nulo o acessório também será.
Se o acessório é nulo o principal continua existindo!

1. Execução do contrato:
1.1. Automática: extinguiu-se com o cumprimento do contrato
1.2. Execução diferida: baseado em um elemento futuro agregado
naquele contrato.
Ex: pode condicionar uma compra e venda de uma coisa que não
chegou para mim.
1.3. Execução sucessiva: pagamento de aluguel (se paga todo mês),
é sucessivo.

Tudo é passível de negociação!

Contratos de adesão: contrato cujas cláusulas tenham sido


aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas
unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o
consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu
conteúdo.
NEM TODO CONTRATO DE ADESÃO É ABUSIVO!!!

Clausula puramente potestativa: limita qualquer direito (abusiva).

Contrato paritário: presunção de equilíbrio, (compra e venda),


pode ser afastado dos elementos que contém na relação contratual
(assim passaria a ter um contrato de adesão)

Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da função


social do contrato. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
Contratos em geral
Thiago Avanci
20/08/2021

Cláusulas simplesmente potestativa: Passíveis de anulação


Exercício válido em concordância das partes.

Não existe termo para limitar onde começa o abuso ou uma


desproporção válida.

Critério não é só econômico.

Ex: Aplicar multa ao inquilino por atraso de somente umpagamento.

Ex: Querer pagar mais caro por achar o preço baixo e injusto para tal
produto!

Formação dos contratos: Como o contrato inicia a fazer os seus


efeitos sendo um acordo entre as partes.

Ato da assinatura: forma de dizer ao mundo que eu concordo com


aquilo.

Existem outras formas de expressar a concordância com o


contrato.
Ex: Entrega de algo e recebimento de outro (compra e venda);
Ex: Aperto de mão.

Contratos de natureza instantânea

Negociação é relevante pois dá início para que as partes conversem.


Fase apresentam por poli citação, deve ser inequívoca. Contrato
entre pessoas a distância que emulam a proximidade

Formação de um Pré-contrato, não é obrigatório, é um compromisso


de funções. Gerando por fim o contrato!
Contratos em geral
Thiago Avanci
10/09/2021

Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o


contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou
das circunstâncias do caso.

Pré-contrato: é um contrato que “serve para o contrato”, estabelece


que as partes envolvidas venham a celebrar o contrato chave.

Fixa uma obrigação!

Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter


todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.

Evento suspensivo: suspende o início do contrato, evento futuro e


CERTO, posterga o início dos efeitos do contrato.

Termo: evento futuro e certo!

Tratativas: o contrato não está firmado, diferente de pré-contrato!

Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do


disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula
de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a
celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o
efetive.
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao
registro competente.

Pré-contrato normalmente NÃO vem com um direito de


arrependimento.
Exceção: caso tenho tenha cláusula de arrependimento.
(Direito do consumidor em trocar em até 7 dias uma mercadoria
comprada online).

(Terceira pessoa: quem não é uma das partes)

Contrato pode envolver terceira pessoa?


O terceiro ou recebe direito ou cumpre uma determinada obrigação.

Ex¹: Seguro de vida que beneficia o parceiro.

Encargo nunca pode ultrapassar a força do principal

Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o


cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a
obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às
condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não
o inovar nos termos do art. 438.

Terceiro pode recusar?


Pode, o principal continua a ter a possibilidade de ser executado,
pois nãohouve comprometimento do terceiro em primeiro momento.

Se não houver o comprometimento do terceiro expressa ou


tacitamente ele poderá ser obrigado?
Não!

Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá


por perdas e danos, quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for
o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser
praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de
algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes
originários: I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado
se recusar a aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o
desconhecia no momento da indicação.
Garantias na relação contratual:
-Vício redibitório (oculto): é algo que adorna o contrato de forma
imprópria ou diminui o valor, se houvesse conhecimento sobre este
determinado problema o contrato não aconteceria ou o valor não
seria o mesmo, pois diminuiria!

A partir desse vício que temos a possibilidade da ação Redibitória


ou ação Estimatória.

Ação Redibitória: Ação cabível com propósito de desfazer o


contrato.

Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou


abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e
de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na
posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais
tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até
o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens
móveis; e de um ano, para os imóveis.
§ 2º Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por
vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta
desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo
antecedente se não houver regras disciplinando a matéria.

Ação Estimatória: Verificar a perda do prejuízo e efetivamente


cobrar a diferença da parte devida.

Se a pessoa que vende sabia do vício ela responderá por Perdas e


Danos.

Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa,


restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia,
tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do
contrato.
Evicção: Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde
pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha
realizado em hasta pública.

Ex: um único imóvel vendido para 2 pessoas.


Contratos em geral
Thiago Avanci
17/09/2021

Evicção: Perda de um determinado bem por força de decisão


judicial

Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela


evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha
realizado em hasta pública.

A pessoa que adquiriu o bem deve desconhecer a coisa, o vício


problema. Se a pessoa estiver ciente aceitará os problemas.

Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a


evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que
pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele
informado, não o assumiu.

Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além


da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos
que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele
constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do
valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao
desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.

Instrumento contratual/Termo do contrato:


Manifestação física ao qual se refere o contrato propriamente dito.
Estabelecida pela lei de direito material, determina uma forma
definida para que haja transmissão de um imóvel de uma pessoa para
outra.

(Imóvel imprescinde de uma escritura pública)


Documento: dentro da ideia de contrato é visto como papel com
palavras que tem obrigações e direitos.

Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação,


mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o
tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.

Classificação de documento:

1. Quanto a sua natureza de produção:


-Públicos (com fé pública): só perde a presunção de veracidade
com sentença transitada em julgada.

-Privados (sem fé pública): perde a presunção de veracidade


quando é impugnado em um processo.

2. Quanto ao tipo de documento:


Escrito;
Áudio;
Imagem;
Audiovisual;
Eletrônico

Documento: Meio que reproduz as tratativas/conversas por


qualquer meio.

Arquivo digital: exteriorização de um conjunto de dados, síntese


gráfica. Impressão é uma manifestação do documento.

Print não tem força probante no processo, força relativa!Se houver


ata notarial em cartório terá força probante.

Lei. 14063 (sobre assinaturas digitais)


Muda medida provisória que tratava da questão de assinatura de
documento.
Art. 4°
3 tipos de assinatura eletrônica

Simples: Obtida a partir de um simples e-mail. Não tem fé pública!


I - assinatura eletrônica simples:
a) a que permite identificar o seu signatário;
b) a que anexa ou associa dados a outros dados em formato
eletrônico do signatário;

Avançada: Não tem fé pública!


II - assinatura eletrônica avançada: a que utiliza certificados não
emitidos pela ICP-Brasil ou outro meio de comprovação da autoria
e da integridade de documentos em forma eletrônica, desde que
admitido pelas partes como válido ou aceito pela pessoa a quem for
oposto o documento, com as seguintes características:
a) está associada ao signatário de maneira unívoca;
b) utiliza dados para a criação de assinatura eletrônica cujo
signatário pode, com elevado nível de confiança, operar sob o seu
controle exclusivo;
c) está relacionada aos dados a ela associados de tal modo que
qualquer modificação posterior é detectável;

Não existe determinação para usar uma ou a outra (simples ou


avançada), são escolhidas conforme a comodidade das partes.

Qualificada: Por exemplo assinar por pendrive específico (tem fé


pública!)
III - assinatura eletrônica qualificada: a que utiliza certificado
digital, nos termos do § 1º do art. 10 da Medida Provisória nº 2.200-
2, de 24 de agosto de 2001.

Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor


haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se
dela o destinatário tinha conhecimento.
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção
nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

(Não tem como fazer um contrato de compra e venda e doar o


produto!)
Contratos em geral
Thiago Avanci
24/09/2021

Arras: sinal no contrato de compra e venda, quantia em dinheiro,


ou outra coisa móvel, em regra, fungível, dada por um dos
contraentes ao outro.
Basicamente é um adiantamento.

Existe 2 tipos de arras a confirmatória e penitencial;

-Arras penitencial: Estabelece a vontade inequívoca da pessoa em


firmar esse contrato.
Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à
outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as
arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na
prestação devida, se do mesmo gênero da principal.

~~~~(Não garante possibilidade de indenização)~~~~

-Arras confirmatório: as partes não têm a possibilidade do direito


ao arrependimento.
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento
para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função
unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em
benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o
equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização
suplementar.

~~~~(Garante a perda do arras e dá a possibilidade de indenização)~~~~

 Sobre atos ilícitos:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência


ouimprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

Ato ilícito observa esses 2 artigos com a indenização vinculada


ao art. 927 do CC.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Responsabilidade contratual e extracontratual:


Teoria é a mesma diante do ato ilícito e consequente responsabilidade.
Há 2 elementos extremamente bem fixados;
Elemento 1(causador),
Elemento 2 (prejuízo da vítima).
(Esses 2 elementos são ligados pelo Nexo causal).

Relação extracontratual: tudo aquilo que não decorre de um


contrato. Deriva de um ilícito extracontratual, isto é, da prática de
um ato ilícito por pessoa capaz ou incapaz, consoante o art. l56 do
CC, não havendo vínculo anterior entre as partes, por não estarem
ligados por uma relação obrigacional ou contratual.

Ex: Compra de um celular, aparelho explode, essa situação é uma


relação extracontratual pois o contrato é de compra e venda e não
“compra e explode”

Ex: se alguém atropelar outrem, causando-lhe lesão corporal,


deverá o causador do dano repará-lo. O lesante terá o dever de
reparar o dano que causou à vítima com o descumprimento de
preceito legal ou a violação de dever geral de abstenção pertinente
aos direitos reais ou de personalidade.
I) Quanto ao fato gerador:

1. Responsabilidade contratual
2. Responsabilidade extracontratual

II) Em relação ao seu fundamento:

1. Responsabilidade subjetiva
2. Responsabilidade objetiva

III) Quanto ao agente:

1. Responsabilidade direta
2. Responsabilidade indireta

Responsabilidade civil: toda ação ou omissão que gera violação de


uma norma jurídica legal ou contratual. Assim, nasce uma obrigação
de reparar o ato danoso.

Agente causador do dano está interligado ao prejuízo da vítima.

-Dano emergente é o prejuízo direto, ou seja, o valor do conserto


do carro e eventuais despesas de hospital.

-Lucros cessantes: representam os valores que o taxista deixou de


receber enquanto seu carro, que é seu instrumento de trabalho,
estava sendo reparado.

STATUS QUO ANTE = Na mesma situação anterior.


Contratos em geral
Thiago Avanci
01/10/2021

Cláusula Penal diferente de Arras


Feitas em momentos diferentes

Arras: usada antes da dinâmica contratual, não havendo prestação e


contraprestação.

Cláusula penal: usada durante ou depois da dinâmica contratual

Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal,


desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se
constitua em mora.

Cláusula Penal não pode abranger o valor do contrato, acessório


nãopode ultrapassar o principal!

Pode colocar fim a um elemento contratual.

Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o


credor alegue prejuízo.
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na
cláusula penal, não pode o credor exigir indenização suplementar
se assimnão foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como
mínimo da indenização, competindo ao credor provar o prejuízo
excedente.

Prefixação de perdas e danos, quando o contrato não prevê nada!

Exceção do contrato não cumprido


Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes
de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do
outro.
Defesa por um contrato não cumprido.

Só é viável quando ambas as partes não fazem prestação nem


contraprestação e mesmo assim exigem implemento da outra parte.

(Pagamento é direito e um dever de ambos os lados!)

Desistência demonstra o desinteresse no contrato!

Distrato: inequívoca manifestação de vontade das partes Se distrato


não ocorreu, a outra parte traria a exceção contrato nãocumprido.
Quem contrata, distrata!

Contrato efetivamente finalizado vamos para próxima etapa:


-Finalizações do contrato
Forma pelo perfeito cumprimento das normas contratuais.
Contratos em geral
Thiago Avanci
08/10/2021

O distrato é a rescisão ou anulação de um contrato anteriormente


pactuado entre as partes.
Ele pode ser consensual (quando as partes contratantes chegam a
um consenso sobre a forma da rescisão) ou unilateral (quando
apenas uma daspartes contratantes o rescinde).

O Distrato se faz pela mesma forma do Contrato!


Não existe obrigatoriedade de forma, salvo os estipulados por lei.

Dá para questionar um distrato judicialmente?


Sim, quando houver algum vício no contrato.

Resolução contratual: Caso fortuito.


Exemplo1: Thiago contratou com Tício para ter determinada
vaquinha Muu, o pagamento já foi feito, mas antes da data da busca
a vaca Muu morreu!
(Fulano não responde por perdas e danos)

Exemplo2: Thiago contratou com Tício para determinada vaquinha


Muu, o pagamento já foi feito e fulano atrasou a entrega da vaca,
causando mora. Avaquinha Muu morreu!
(Fulano responde por perdas e danos)

Exceção: Mesmo com mora a vaquinha Muu veio a falecer por


conta do caso fortuito, desse modo, (Fulano não responde por
perdas e danos)
Contratos em geral
Thiago Avanci
22/10/2021

Finalização extraordinárias do contrato!

Encerramento anômalo: hipóteses resolução e resilição.

-Resolução: não se inicia das vontades das partes, caso fortuito.

-Resilição bilateral: Fato que decorre de ambas as partes

-Resilição unilateral: decorre da vontade de uma das partes.

Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou


implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificadaà
outra parte.

Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das


partes houver feito investimentos consideráveis para a sua
execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de
transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos
investimentos.

Exemplo locação (visão do locatário):


-Período inferior a 30 meses: só pode ser incumbido com denúncia
com justo motivo pela lei (contratos com denuncia cheia).

-Período maior do que 30 meses: Não precisa apresentar motivopara


encerrar locação, baseados em denúncia vazia.
-Rescisão: Vício na formação ou andamento do contrato, efeitos do
contrato não podem ser continuados!

Nem sempre a morte causa fim ao contrato, dependerá se o contrato


for personalíssimo ou com cláusula que assim o defina!

Fim de conteúdo!

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