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UNIVERSIDADE PEDAGOGICA DE MAUPTO

Nome do Estudante: Miguel Salvador Macuacua

Código de Estudante: 01.1297.2021

Licenciatura em Ensino de Física

Pratica Pedagógica Geral

Ficha de leitura sobre:

Funções didácticas

1º Ano 2º semestre

Maputo, Novembro de 2021


Referencias:

PILLET, Claudino, professor titular da pontifícia, da universidade católica de


campinas, São Paulo: 2004. a) Livro
LIBÂNEO, J. C. (1994). Didáctica. São Paulo: Editora Cortez. PILLETI, C. (2004).
técnico
Didáctica Geral. (23ª ed.) São Paulo: Editora Ática
científico

Tema: As Funções Didácticas

Pg Palavras-chave/Anotações: Observações:

As Funções Didácticas: Definição


Pg Segundo Pilleti (2004) "as funções didácticas são orientações para o professor
110 dirigir o processo completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes
qualidades"
Pg Para Libâneo (1994) "funções didácticas são movimentos/ passos do PEA no
175 decorrer de uma aula ou unidade didáctica".

Nota reflexiva
Para minha maneira de perceber, as funções didácticas correspondem a todas
etapas que se sucedem no Processo de Ensino e Aprendizagem que envolve
uma ligação directa entre as actividades do professor e do aluno no alcance dos
objectivos almejados.
Classificação das Funções didácticas
As principais funções didácticas são: Introdução e Motivação, Mediação e
Assimilação, Domínio e Consolidação e Controle e Avaliação.

Introdução e Motivação
Pg De acordo com Piletti (2004) "Motivação consiste em apresentar a alguém
233 estímulos e incentivos que possam favorecer determinado tipo de conduta.
Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos apropriados para
tornar a aprendizagem mais eficaz"

Pg Libâneo (1994) define a Introdução como "a parte da entrada da aula que
111 conduz ao aluno para estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema,
apresentação da questão chave, apresenta a problemática de forma resumida"

Nota reflexiva
Num contexto geral, introdução significa acto ou efeito de introduzir, prefácio,
inicio de uma certa actividade, obra ou prática e a motivação é o acto de
motivar, acção dos factores que determinam a conduta. Introdução e Motivação
decorrem normalmente no princípio de uma aula. Esta desempenha grande
papel para o sucesso da aprendizagem dos alunos. Tem em vista preparar o
aluno para o inicio da aula e sua fase seguinte. Esta preparação tem 3
objectivos fundamentais:
 Criar disposição e ambiente favoráveis aos alunos, que possam
assegurar o bom decurso da aprendizagem;
 Consolidar o nível inicial e orientar o aluno para novo conteúdo;
 Motivar permanentemente com o fim de manter o interesse e a
atenção dos alunos através de avaliação de estímulos.

Mediação e Assimilação.
Segundo Pillet (2004) Mediação é acção concreta do PEA em que o professor
Pg passa os conteúdos e envolve diálogo e no fim faz a síntese. A função do
111 professor consiste em o processo de construção de conhecimentos e na
mediação, prevalecem as formas de estruturação e organização didáctica dos
conteúdos.
Neste processo o papel do professor como transmissor de conhecimentos
desaparece, para dar lugar a figura de mediador, facilitador ou orientador e tal
mediação actualmente deve ser diferente, expondo cada vez mais alunos antes
de objectos e receptores passivos, concebendo-os como sujeitos da sua própria
aprendizagem para além de ter conhecimentos da própria aula. Assim, pode ser
bem percebido como momento da aula na qual o mediador deve dar
explicações necessárias, organizar actividades dos alunos que os possam
conduzir a assimilação activa dos conhecimentos para desenvolver atitudes,
convicções, habilidades, hábitos, entre outros.

Domínio e Consolidação
De acordo com Pillet (2004), o domínio e consolidação é o momento da aula
Pg em que se realizam acções com a finalidade de sistematizar, reflectir e aplicar.
111 Enquanto por parte do domínio constitui a formação e desenvolvimento de
habilidades, por sua vez a consolidação consiste em recordar a matéria sobre
habilidades e conhecimentos.
Nesta fase didáctica pretende-se conseguir o aprimoramento do aprendido por
parte dos alunos, para isso o professor deve criar condições de retenção e
compreensão das matérias através de exercícios e actividades práticas para
solidificar a compreensão. Ainda nesta ordem de ideia é preciso que os
conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos
afim de que sejam disponíveis para orientá-los nas situações concretas de
estudo de vida, em paralelo com os conhecimentos.
Esta etapa deve ser caracterizada por repetição, sistematização e aplicação, que
constituem o suporte metodológico através das quais se torna realidade o
domínio e consolidação da matéria. Portanto, a aplicação constitui o centro do
PEA e é a etapa superior do incremento e desenvolvimento das capacidades
através da resolução de problemas e tarefas em situações análogas e novas.
Este método é a ponte para a prática profissional visto que se desenvolvem as
capacidades que devem possibilitar aos alunos o poder de aproveitar a teoria e
posteriormente colocar os seus conhecimentos no trabalho produtivo.

Controle e Avaliação
A etapa do controle e avaliação estão presentes em todo o P.E.A. e forma ao
mesmo tempo conclusão das unidades do ensino.
Libâneo (1994) sustenta que" para o professor poder dirigir efectivamente o
P.E.A. deve conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na
Pg compreensão da matéria. Este controle vai consistir também em acompanhar o
186 P.E.A. avaliando-se as actividades do professor e do aluno em função dos
objectivos definidos"
A avaliação, como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de
pesquisa que visa verificar até que ponto os objectivos definidos no programa
estão sendo alcançados de modo a se decidir sobre alternativas do trabalho do
formador, do formando ou da escola como um todo.

Segundo Pilleti (2004), denomina-se de avaliação "ao conjunto de


instrumentos com a finalidade de medir o grau de alcance de objectivos na
Pg vertente do professor e do aluno"
190 Desta maneira, ela não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio
para verificar as mudanças de comportamento. Ela permite identificar os alunos
que necessitam de uma atenção especial e reformular o trabalho com a adopção
de procedimentos para ajustar tais deficiências. Por sua vez, o aluno deve
perceber que a avaliação é um meio e, para isso, o professor deve explicar-lhe
os objectivos da mesma e analisar com ele os resultados alcançados.

Características das Funções didácticas


Cada fase ou passo da aula corresponde a uma só função didáctica dominante,
embora nesta mesma fase se regista o envolvimento das restantes, com o fim
elas assegurarem a eficiência da assimilação da matéria. Estas funções estão
estruturadas e sistematizadas.

De acordo com Pilleti (2004) "cada função didáctica ou passo da aula que
Pg reflecte as regularidades do processo de ensino aprendizagem, é proposto o
111 tempo da sua duração, conteúdo, método dominante, conjuntos de meios e
formas de ensino a utilizar inclusive as actividades concretas dos alunos"

As funções didácticas têm uma ligação entre si e se realizam isoladamente,


sobrepondo-a se umas das outras durante as diferentes etapas do PEA e que
geralmente uma função didáctica abre o caminho para efectivação da outra e
que o sucesso de uma possibilita o sucesso da outra, assumindo-se como uma
unidade, no sentido de totalidade e não de soma e tal totalidade reflecte as
relações específicas de cada função didáctica com a outra de maneira recíproca.

Nota reflexiva
Como pudemos acompanhar as características de cada uma das funções
didácticas, elas exerce como directrizes orientadores para o professor, dão
segmento o processo completo de aprendizagem, transmissão e aquisição de
diferentes qualidades. Elas, embora separadas, possuem uma interligação
profunda entre si não podendo se realizar isoladamente, daí a interdependência
de uma para outras durante as diferentes fases que se sucedem no PEA. Em
termos gerais, uma função didáctica abre o caminho para a efectivação da outra
e que o sucesso de uma possibilita o sucesso da outra, reflectindo na
característica de reciprocidade.

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