A Árvore do Dinheiro
Ano de publicação: 2007
Autor: Jurandir Sell Macedo Jr.
216 páginas
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8 8 Inspiração
7 Inovação
9 Impacto no resultado
8 Estrutura
prazos e um plano de ação;
• O planejamento financeiro, de acordo com o autor, envolve 6 etapas, que
são:
1.
2.
3.
4.
Determinar a situação financeira atual;
Definir objetivos;
Criar metas de curto prazo para cada objetivo;
Avaliar como atingir as metas;
5. Executar o plano de ação; e
6. Revisar a estratégia;
• Os investidores podem optar entre três tipos principais de aplicações:
fundos e clubes de investimento, títulos de renda fixa (compra de títulos
de dívida) ou investimentos em renda variável (compra de ações) — cada
um com riscos, características e rentabilidades distintas.
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Esse livro é indicado para quem?
Investidores e pessoas que querem iniciar sua jornada no mundo dos investimentos, mas têm medo de perder
dinheiro e que enfrentam desafios na gestão das finanças pessoais. Seu teor é um pouco mais denso do que livros
tradicionais de educação financeira, mas a linguagem é acessível.
Overview: Prefácio
O autor fala sobre as mudanças na nova edição do livro decorrentes da
volatilidade do mercado financeiro e as transformações pelas quais a
Bolsa de Valores e a própria matriz econômica do Brasil passaram.
Com as mudanças na estrutura de juros, passou a ser mais difícil ter
uma ótima rentabilidade apenas com investimentos de renda fixa.
Essas transformações tiveram impacto nas estratégias pessoais de
investimentos.
Se antes era possível obter retornos extremamente vantajosos com Um especulador vive
títulos do Tesouro Direto, depois passou a ser necessário assumir
maiores riscos para manter a rentabilidade. Entra em cena a Bolsa de procurando grandes peixes. Um
Valores. investidor se preocupa em
Entretanto, apesar de todas as mudanças, o autor defende que as
ideias fundamentais do livro permanecem intactas. Independente do conseguir peixes sempre.
cenário, uma boa estratégia de investimentos precisa ter duas
características: constância e diversificação.
São essas disciplinas que farão a semente da árvore do dinheiro — a
poupança — crescer e dar frutos.
No primeiro capítulo, o autor discorre sobre o comportamento financeiro das pessoas e sobre o que realmente
pode fazê-las felizes. O senso comum diz que a riqueza, status e poder de consumo são elementos essenciais para a
felicidade, o que leva as pessoas a fazerem escolhas financeiras pouco saudáveis.
O autor defende uma diferença entre desejar e querer, também relata que existem quatro sistemas que operam
no cérebro humano:
Enquanto desejar é uma ação irracional, originada no sistema límbico, querer é racional e parte do sistema
neocortical. É neste último que devemos confiar ao tomar decisões que envolvem finanças.
Segundo estudos indicados pelo autor, a relação entre riqueza material e felicidade é forte até um determinado
limite de renda anual por pessoa. Mas a percepção de riqueza depende de três fatores que variam de acordo com
a pessoa:
Sem responder satisfatoriamente a essas perguntas, uma pessoa nunca se sentirá feliz e satisfeita, mesmo que
tenha conquistado uma riqueza considerável. A chave é saber o tempo necessário para acumular um patrimônio
que permita que o investidor tenha uma renda passiva, ou seja, que não precise trabalhar para ganhar.
No fim, o autor sugere, com embasamento em pesquisas, que a felicidade depende de três fatores: prazer,
engajamento e significado. Apenas o primeiro está relacionado ao dinheiro.
Associando essa tríade à Pirâmide das Necessidades de Maslow, o autor afirma que o dinheiro pode garantir
demandas básicas, como segurança material.
Entretanto, o dinheiro tem cada vez menos influência à medida em que um indivíduo avança nos estágios da
pirâmide. Ou seja, há um limite para a relação entre riqueza, poder de consumo e felicidade.
Todo esse embasamento é necessário para entender os próximos pontos do livro e formular estratégias sólidas de
enriquecimento.
No segundo capítulo do livro, o autor discorre sobre o planejamento financeiro e suas etapas. Citando conhecidas
fábulas, ele enfatiza a necessidade de cada pessoa encontrar um ponto médio entre a preocupação com o próprio
futuro e o aproveitamento do “agora”.
Ele divide o planejamento financeiro em seis passos:
É possível ter acesso a qualquer um desses investimentos tanto de forma direta — em seu próprio nome, mas por
intermédio de uma corretora de valores — quanto por meio de um fundo ou clube de investimento.
Fazendo uma ponte com as correntes teóricas, o autor menciona um dos principais medos dos investidores de
primeira viagem, que é a histórica volatilidade das bolsas de valores.
A fim de contextualização, ele cita casos como o crash de 1929 e a bolha da Internet no início dos anos 2000. Esses
eventos serviram para a formulação de teorias para entender a composição do título de uma dívida e como se
formavam os preços dos ativos além do seu valor especulativo.
As três principais são:
1. Análise gráfica
As primeiras teorias para determinar o preço futuro dos ativos com base em seu histórico deram origem à corrente
da análise gráfica, ou análise técnica. Esse é o tipo de avaliação mais utilizado por investidores que fazem uma
gestão ativa, comprando e vendendo ações constantemente de acordo com a tendência.
2. Análise fundamentalista
A contraposição à análise técnica é a análise fundamentalista. Ela foca no entendimento das questões
macroeconômicas — como inflação, prévia do PIB ou movimentação das taxas de juros — para prever os preços
dos títulos e ativos. No entanto, essa análise também requer uma gestão ativa da carteira de investimentos.
3. Finanças modernas
Segundo o autor, essa corrente diz, basicamente, que não é possível prever o preço futuro dos ativos e que a
melhor maneira para o investidor se proteger contra as perdas e riscos é formando uma carteira diversificada de
ativos. É a melhor opção para quem não estuda a fundo o mercado e busca retornos dentro da média.
O autor propõe ainda duas regras para determinar a parcela da renda que o investidor deve dedicar à compra de
ativos, caso ele siga a corrente das Finanças modernas.
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Nessas modalidades, quem faz toda a gestão de compra e venda de ativos é uma empresa gestora de recursos. Há
uma grande vantagem e uma grande desvantagem na utilização dessa mediação:
• Vantagem: você pode aproveitar as oportunidades do mercado sem precisar ter conhecimento profundo das
operações;
• Desvantagem: o gestor do fundo ou clube precisa ser remunerado, o que pode impactar seus retornos.
1. Fundos de investimentos
Garante vantagens de grandes investidores para aqueles que têm apenas uma pequena quantia mensal para
comprar ativos. Cada fundo tem regras, políticas de investimento e objetivos.
É necessário observar qual a taxa de administração — o recomendável, segundo o autor, é de até 1% ao ano — e
qual a alíquota do Imposto de Renda que incide sobre esse tipo de investimento. O investidor deve também avaliar
a idoneidade da instituição gestora.
Existem diversos tipos de fundos, tais como:
• De curto prazo;
• Referenciados;
• De renda fixa;
• Multimercados;
• De ações;
• Cambial, ou de dívida externa;
• De investimentos imobiliários;
• De índices;
• De previdência.
2. Clubes de investimentos
Um clube de investimentos é formado quando um grupo de pessoas com interesses em comum decide investir.
Assim como os fundos, os clubes têm gestores de investimentos, que pode ou ser um membro do grupo ou uma
corretora credenciada.
Nos clubes, os investidores têm maior poder de influência e a carteira é mais flexível. Além disso, a taxa de
administração e os custos são menores — os clubes têm acesso a benefícios fiscais.
Para o autor, o clube de investimentos é uma oportunidade de aprendizado mútuo. Se apenas um grupo toma
todas as decisões e os demais permanecem alheios ou sequer se conhecem, o clube fica desvirtuado de sua função
original.
1. Caderneta de poupança
É uma das mais populares formas de investir dinheiro no Brasil. Existe desde o Império e protegeu o patrimônio
dos brasileiros durante períodos de hiperinflação. Até 2012, seu rendimento era de 0,5% ao mês; a partir de então,
passou a variar de acordo com a taxa básica de juros.
Apesar de ser segura, líquida, pouco burocrática e previsível, a poupança tem o menor rendimento entre outros
investimentos.
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2. Tesouro direto
Trata-se de um programa de venda de títulos públicos do Estado. Qualquer pessoa física pode adquirir títulos
inteiros ou mesmo partes desses títulos. A remuneração varia de acordo com o título e com o tempo que ele fica
em posse do investidor — a remuneração total só pode ser obtida se o resgate for feito na data do vencimento.
A recompra do título é garantida pelo governo de acordo com as taxas de mercado. Além disso, investimentos no
Tesouro têm boa liquidez, rentabilidade vantajosa e taxas de administração baixas.
Para adquirir título, os requisitos são CPF e conta corrente. No entanto, é necessário contratar um agente de
custódia — ou corretora — para viabilizar as operações de compra e venda junto à CBLC.
3. CDB
Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são títulos de dívida dos bancos. Na prática, o banco “compra” dinheiro
dos investidores a uma taxa prefixada ou pós-fixada e usa esse dinheiro para ter liquidez em operações de
empréstimos.
Assim como o Tesouro Direto, os títulos de CDB pagam a remuneração total na data de vencimento, mas podem
ser negociados antes. As duas modalidades cobram Imposto de Renda sobre os rendimentos, com alíquota
variando entre 15% e 22,5%.
4. Debêntures
Trata-se de títulos de empréstimos para empresas privadas. Esses títulos são emitidos de maneira particular ou
pública. Sua remuneração e prazo de vencimento são estabelecidos antes da compra. A garantia são os próprios
ativos da empresa que emitiu a dívida.
A rentabilidade é promissora, mas a operação embute um risco maior. Se a empresa quebrar, o título pode perder
seu valor mesmo que a companhia seja liquidada. Uma forma do investidor se proteger é adquirindo debêntures
de empresas com ações na Bolsa.
Em seguida, o autor detalha o processo de compra de ações. É necessário transferir o dinheiro para uma conta
pessoal na corretora e só então pode-se iniciar a compra de ações.
Ele explica que ações são pedaços da empresa e que, portanto, os investidores se tornam sócios das companhias
quando compram suas ações. As ações se dividem em:
• Ordinárias (ON): dão poder de voto aos seus titulares em assembleias deliberativas da empresa;
• Preferenciais (PN): não dá direito a voto, porém garante preferência na distribuição de lucros e dividendos ou
de reembolso, no caso de liquidação da empresa.
As ações podem valorizar ou desvalorizar com o tempo. Se uma empresa tem bons indicadores e o cenário
macroeconômico é vantajoso, a tendência é o valor da ação subir, garantindo ágio para o investidor na venda.
As ações também garantem participação nos lucros de algumas empresas, que distribuem a partir de 25% do lucro
líquido em determinado período aos acionistas.
A venda das ações garante o reembolso do dinheiro investido somado à valorização do período e toda a
participação nos lucros durante o tempo em que o investidor esteve posicionado na ação.
Ao contrário do que acontece com os títulos de renda fixa, os preços das ações flutuam continuamente e são
influenciados por vários fatores, o que assusta investidores mais conservadores. Porém, seguindo os preceitos das
Finanças modernas, é possível ter ganhos significativos.
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Para isso, o autor dá algumas dicas:
1. Investir uma quantia única equivalente a US$ 100 e retirar apenas 10 anos depois em um saque;
2. Investir o equivalente a US$ 100 todo mês durante 10 anos e retirar tudo de uma só vez;
3. Investir o equivalente a US$ 100 mensalmente durante 10 anos e retirar o valor investido em partes durante 5
anos;
4. Investir o equivalente a US$ 100 mensalmente durante 14 anos e retirar ao longo de 7 anos;
5. Investir o equivalente a US$ 100 por mês durante 16 anos e retirar ao longo dos 8 anos seguintes.
A ideia é comprar aos poucos durante um longo período de tempo e viver apenas com os lucros e dividendos
gerados pelas ações, garantindo uma aposentadoria confortável.
O autor conclui o capítulo mostrando que, apesar de crises e movimentos cíclicos de valorização e desvalorização, a
Bolsa de Valores é uma forma inteligente de investir seu dinheiro. Quedas pontuais são compensadas por longos
períodos de crescimento.
Benjamin Graham, em “O Investidor Inteligente”, conhecido como a bíblia do mercado de ações, diz que existem
dois tipos de investidores inteligentes: o empreendedor e o defensivo. O investidor defensivo procura
estabelecer um regime de ações totalmente automático que não exige dele esforço algum. Já o investidor
empreendedor baseia sua estratégia em pesquisas e monitoramento contínuo de ações, obrigações e fundos
mútuos.
Para a autora do livro “The Dumb Things Smart People Do With Their Money”, Jill Schlesinger, as pessoas não
devem investir seu dinheiro naquilo que elas não conhecem. Deve se ter um bom planejamento e um
conhecimento aprofundado de onde vão investir. Além disso, é importante que o investimento faça sentido para
o seu propósito de vida, de alguma forma.
Por fim, segundo Tony Robbins, em seu livro “Inabalável”, muitas pessoas ganham dinheiro, mas não se sentem
melhor. Algumas das pessoas mais ricas do mundo vivem com medo constante de perder tudo. Elas se sentem
insatisfeitas quando acordam pela manhã. Isso é riqueza? Para se sentir realmente rico, é preciso tomar conta de
suas emoções.
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Certo, mas como eu posso aplicar isso na minha vida?
• Organize as receitas e despesas para garantir um balanço patrimonial favorável e ter uma margem financeira
todo mês para os investimentos;
• Aprenda a equilibrar o ímpeto de consumir e a necessidade de poupar e investir para o futuro;
• Leia e adquira conhecimento sobre investimentos e conheça o básico sobre teoria financeira;
• Considere risco e rentabilidade de cada investimento na hora de montar sua carteira de ativos e títulos;
• Jamais deposite todos os seus recursos em apenas um investimento ou ativo. Diversifique sempre para reduzir
os riscos, compensar as perdas e ter uma rentabilidade dentro da média do mercado;
• Evite investimentos especulativos se você não tem tempo para se aprofundar em finanças;
• Para otimizar os ganhos em renda variável, invista em ações cujas empresas tenham políticas de distribuição
dos lucros e dividendos;
• Use estratégias consolidadas para distribuir seus investimentos em uma carteira de ativos;
• Invista todos os meses e mantenha o foco no longo prazo.
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