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As leis federais têm precedência – ou seja, prioridade – sobre as leis estaduais e municipais, contemplando
aspectos importantes da rotina do país. Nesse sentido, a liberdade de legislação dos estados e municípios é
relativamente estreita.
O caso do Distrito Federal é bastante particular, pois ele não apresenta municípios – Brasília e as cidades
satélites não tem prefeito – e todas as funções que normalmente caberiam às prefeituras recaem sobre o
governador. Ao mesmo tempo, algumas funções e órgãos típicos de governos estaduais estão ausentes do
governo distrital, sendo fornecidas por instituições da União. De forma bastante simples, o governo do Distrito
Federal é uma mistura de governo estadual e municipal.
Existem muitas diferenças entre os estados-membros brasileiros. Alguns contam com populações que são
menores que alguns municípios brasileiros, como o caso de Roraima com menos de 500 mil habitantes ou o
Amapá com cerca de 700 mil. Além disso, há até pouco tempo, alguns deles eram territórios da União,
tornando-se estados-membros com a promulgação da Constituição de 1988, o que indica que provavelmente
muitos desses governos estaduais ainda estão se instalando e amadurecendo suas instituições.
As responsabilidades mais importantes dos governos estaduais são:
Infraestrutura: como rodovias que ligam cidades do estado;
Segurança pública: como o comando das polícias civis e militares;
O corpo de bombeiros;
O sistema de execuções penais;
Projetos de moradias populares;
Atendimento de saúde para os casos mais complexos, como aqueles tratados nos hospitais;
Educação do ensino médio e da segunda parte do ensino fundamental.
Além disso, alguns estados-membros também oferecem instituições de ensino superior. A maioria dos estados
também administra empresas públicas, quase sempre incluindo bancos, empresas de saneamento (água e
esgoto), de energia e de transporte urbano.
As principais fontes de financiamento são:
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);
Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD);
Repasses do governo federal previstos em lei, entre outros.
Saiba também: o que faz o Ministério Público Estadual.
Os municípios também podem administrar empresas públicas, geralmente atuantes nas áreas de saneamento,
transporte urbano e de serviços urbanos. Alguns municípios ainda contam com a Guarda Civil Municipal
(GCM), responsável por proteger as instalações e infraestrutura dos municípios, mas que não tem poder de
polícia.
Além disso, as prefeituras contam com os conselhos municipais que auxiliam a administração a usar
eficientemente o dinheiro público. Estes conselhos contam com a participação de pessoas da sociedade civil e
tem caráter fiscalizador, consultivo e deliberativo, ou seja, fornecem opiniões e tomam decisões estratégicas,
mas não atuam diretamente na aplicação dos recursos. Cada conselho é responsável por um assunto, incluindo
educação, alimentação escolar, saúde, assistência social, entre outros. A formação destes conselhos é condição
necessária para que o município receba verbas de alguns programas do governo federal.
As principais fontes de financiamento são:
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);
Imposto sobre Serviços (ISS);
Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI);
Repasses obrigatórios do imposto de renda pela União;
Eventuais repasses de verbas referentes a programas do governo federal.
As verbas repassadas pelo governo devem ser gerenciadas e aplicadas pelos municípios e a Controladoria Geral
da União (CGU) fiscaliza a utilização destes recursos, dentro das suas possibilidades.