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A Técnica Pomodoro de produtividade

Será que um timer de cozinha em formato de tomate como este pode ajudar a aumentar a
produtividade?

Francesco Cirillo é autor de The Pomodoro Technique e, durante a época de faculdade, ele
encontrava distrações por toda parte, assim como cada um de nós que vive na era da
multitarefa.

Foi olhando o timer de cozinha no formato de um tomate (pomodoro, em italiano), que ele
teve a brilhante e simples idéia de contar exatos 10 minutos para se concentrar totalmente
no estudo.

Sem pausas para fazer café. Sem levantar para fechar a cortina.

10 minutos, apenas estudando.

Parece simples, mas suas primeiras tentativas foram um fracasso – Cirillo, assim como
muitos de nós, não conseguiu ficar focado por mais de 10 minutos.

Como utilizar (forma simplificada)


Um Pomodoro é um ciclo de trabalho focado que dura 25 minutos. Durante esse tempo, não
se pode fazer nada além daquela tarefa planejada (por exemplo estudar um capítulo de uma
matéria).

Caso tenha vontade de levantar para tomar água, anote num papel “tomar água” – assim
que seu ciclo de 25 minutos terminar, estará liberado para beber a água.

Se lembrar que tem que fazer uma ligação urgente para o torneiro mecânico, também anote
na lista de “atividades urgentes e inesperadas”, mas nunca, de forma alguma, interrompa
seu Pomodoro na metade para fazer a atividade – ela é uma distração querendo o puxar para
a procrastinação.

Para isso, tenha um timer. Pode ser digital, mas eu recomendo o clássico Pomodoro de
cozinha, que gira e é mecânico.

A vantagem do objeto é que diferente de uma janela a mais em seu desktop, ele fica
facilmente visível na mesa de trabalho, permitindo que você e outros colegas próximos
entendam que seu Pomodoro (ciclo de trabalho) não terminou.

A cada final de Pomodoro, ficam uns 5 minutos liberados para descansar a mente,
espairecer, fazer um alongamento. Mas nunca para se engajar em outras atividades pesadas
e que repetem o mesmo uso mental do Pomodoro que acabou de ser completo.

Pomodoros são unidades indivisíveis. Não existe “meio Pomodoro”. Começou, tem que
terminar. Caso sua tarefa seja concluída na metade de um Pomodoro, pode aproveitar o
tempo restante para atividades simples, como responder emails.

A cada quatro Pomodoros…

…merecemos um descanso maior, de meia hora, para que a mente recupere energias, seja
inspirada. Por isso, aconselho ter um caderninho onde se anota a quantidade de Pomodoros
já completos.

Melhorias e métricas

Ter anotações ajuda não apenas para calcular o quarto Pomodoro que dá direito a uma folga
maior, mas também de associar diferentes atividades com quantidades de Pomodoros. Ao
final do dia, podemos visualizar o que conseguimos produzir, e quantos Pomodoros foram
utilizados, repensando se tais atividades eram realmente necessárias e se existem formas de
diminuir o tempo que empregamos para atingir os mesmos resultados.

Somente com essas métricas é que podemos tirar o maior benefício possível da Pomodoro
Technique.

Interrupções
Com disciplina e respeitando o Pomodoro, podemos lidar com as nossas interrupções
internas. Toda vez que temos o desejo de fazer uma outra atividade, podemos alcançar a
paz de espírito ao anotar a idéia na lista de “atividades urgentes e inesperadas”, que podem
aguardar alguns minutinhos até terminarmos o Pomodoro da vez.

Sobre interrupções externas, boa comunicação faz a maior parte do trabalho. Com educação
e firmeza, podemos manter as expectativas de nossos colegas controladas – prometa
retornar depois e mantenha sua palavra. Seus colegas passarão a entender que durante seus
períodos de “single-tasking” não adianta ficar insistindo. E que você é responsável e
profissional o suficiente para dar seguimento depois.

De forma geral, acho a Técnica Pomodoro interessante e divertida. Ainda não cheguei a
implementar, e penso em fazer o experimento em breve.

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