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Leitura básica
• CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 30 ed. São Paulo: Saraiva,
2019, Capítulo III.
• CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 7ª ed. São Paulo:
Noeses, 2018, Capítulo II, itens 2.1.2 (Hierarquia das leis complementares: hierarquia
formal e hierarquia material) e 2.3 (Fontes do direito) até 2.3.6 (Fonte do direito e fonte da
Ciência do Direito) da segunda parte do livro.
• MOUSSALLÉM, Tárek. Fontes do direito tributário. 2. ed. São Paulo: Noeses, 2006.
Capítulos 7 e 9.
Leitura complementar
• CARVALHO, Aurora Tomazini de. Curso de teoria geral do direito: o constructivismo
lógico-semântico. 6. ed. São Paulo: Noeses, 2019. Capítulo XVI.
• CARVALHO, Paulo de Barros. Derivação e positivação no direito tributário. v.1. 2. ed. São
Paulo, Noeses, 2014. Tema I (O Preâmbulo e a prescritividade constitutiva dos textos
jurídicos).
• IVO, Gabriel. A relação entre lei complementar e lei ordinária. In: CONGRESSO NACIONAL
DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS – IBET, v.10, 2013, São Paulo. Sistema tributário brasileiro e
as relações internacionais. São Paulo: Noeses, 2013, p. 363 a 380.
• IVO, Gabriel. Norma jurídica, produção e controle. São Paulo: Noeses, 2006. Introdução,
item 6.
• LINS, Robson Maia. Curso de Direito Tributário Brasileiro. São Paulo: Noeses, 2019.
Capítulo 4 primeira parte.
• MCNAUGHTON, Charles William. Hierarquia e Sistema Tributário. São Paulo: Quartier
Latin, 2011. Capítulo VIII.
• MOUSSALLEM, Tárek Moysés. Revogação em matéria tributária. 2.ed. São Paulo:
Noeses, 2011. Capítulo V, itens 5.3 e 5.4.
Questões
1. Que são fontes do “Direito”? Qual a utilidade do estudo das fontes do direito
tributário? Defina o conceito de direito e relacione-o com o conceito de fontes
do direito.
ora, tanto o órgão responsável pela sua criação devidamente constituído, como
a atividade desenvolvida por este órgão, que no caso é a confecção da norma.
Por meio deste, fatos do mundo social, passam a ser de interesse do
mundo jurídico, de modo a integrá-lo, por meio de normas de estrutura, as
quais servirão de base para a produção de normas jurídicas.
Segundo Kelsen, fontes do direito podem ser compreendidas como
fundamento de validade, isto é, servirá de fonte para a formação e
regulamentação do processo de criação futura de outra norma. Um exemplo é
a Constituição Federal, a qual serve de fundamento de validade e regulamento
da legislação do direito positivo (ex: direito tributário).
Seguindo neste raciocínio, a fonte do direito é o próprio direito, visto
que não há a possibilidade de fonte não ser outro senão o próprio sistema do
direito positivo, agindo como veículo introdutório de normas jurídicas, se
materializando por meio da atividade enunciativa.
O direito é formado pela ciência do direito, a qual busca interpretar e
transmitir o conhecimento codificado no texto de lei, e pelo direito positivo, o
qual consiste no conjunto de normas as quais possuem o escopo de
regulamentar o comportamento humano.
Desta maneira, verifica-se que o estudo das fontes do direito é de
suma importância e apresenta grande relevância para o direito, visto ele servir
de base e meio propiciador de criação de normas através da enunciação.
Outro ponto é que o ordenamento jurídico possui regras as quais
determinam qual será a autoridade competente e prescreve a forma que
deverá ser o procedimento de criação dos enunciados jurídicos. E, ao analisar
estas fontes, torna possível constatar se tais enunciados estão ou não de
acordo com as normas que regulamentam a sua criação, e desta maneira,
auferir os possíveis vícios da atividade produtora.
direito.
E, seguindo esta linha de raciocínio, as indicações doutrinárias e
jurisprudenciais, contidas nas decisões judiciais, também não podem ser
consideradas fontes do direito, tendo em vista que a doutrina tem o escopo de
explicar o direito positivo e, a jurisprudência, como já afirmado acima é fruto da
atividade jurisdicional.
que o fato social por si só, não tem o condão de inovação no ordenamento,
sendo necessário a ação humana, através da enunciação.
Outrossim, na visão do professor, os documentos normativos (os quais
seriam considerados fontes formais para a doutrina tradicional) são produtos
que advém da fonte, sendo o próprio direito. E, tendo em vista que ela se
consubstancia no direito positivo, logo não é anterior as normas e
consequentemente não é fonte.
Elas podem ser consideradas como regras de direito positivo, visto
fazerem parte do sistema e não fontes, como afirma a doutrina tradicional,
denominadas por Paulo de Barros, como veículos introdutores de normas.
Partindo da concepção de fonte do direito, como um conjunto de fatos
jurídicos, os quais fazem nascer regras jurídicas introdutoras por meio do
processo de enunciação, tem-se que o ato administrativo de lançamento de
ofício, se traduz no próprio conceito de fonte do direito, como veículo introdutor
de norma.
Tem-se a norma tributária geral e abstrata, a qual introduz no
ordenamento o fato jurídico tributário e por meio do ato de enunciação, através
do lançamento de ofício é que se terá a criação de uma norma concreta e
individual, fazendo nascer uma relação obrigacional entre o ente administrativo
e o contribuinte.
Quando o lançamento for realizado pelo contribuinte, este continuará
sendo um ato de enunciação, visto que o contribuinte é agente competente
para tanto, considerando a sua previsão como tal na norma geral e abstrata.
5. Que posição ocupa, no sistema jurídico, norma inserida por lei complementar
que dispõe sobre matéria de lei ordinária? Para sua revogação é necessária
norma veiculada por lei complementar? (Vide anexos I, II, III IV e V).
prescritivo, também faz parte do direito positivo, tendo como enfoque o clima
histórico em que fora criado o diploma, trazendo os confrontos feitos em sua
criação, apresentando em suma, os motivos que levaram o constituinte a
produzir o texto normativo, se inclinando mais para o processo de enunciação.
Ou seja, pelo fato de estarem correlacionados com os motivos,
percebe-se que fazem parte do processo de enunciação, como fatos que
possuem relevância para o direito e, desta maneira, se traduz como
enunciação – enunciada, diretamente integrante da enunciação e
consequentemente, fonte de direito.
Anexo I
AI n.702.533/RJ
DJ 26/04/2013
(...) 2. Revogação pelo art. 56 da Lei 9.430/96 da isenção concedida às
sociedades civis de profissão regulamentada pelo art. 6º, II, da Lei Complementar
70/91. Legitimidade. 3. Inexistência de relação hierárquica entre lei ordinária e lei
complementar. Questão exclusivamente constitucional, relacionada à distribuição
material entre as espécies legais. Precedentes. 4. A LC 70/91 é apenas formalmente
complementar, mas materialmente ordinária, com relação aos dispositivos
concernentes à contribuição social por ela instituída. ADC 1, Rel. Moreira Alves, RTJ
156/721. 5. Recurso extraordinário conhecido mas negado provimento. 3. O
pronunciamento exarado pelo Tribunal de origem não divergiu desse entendimento. 4.
Agravo regimental desprovido.
Anexo II
ARE n.669.072/MG
DJ 31/08/2015
1. O entendimento adotado pela Corte de origem, nos moldes do assinalado na
decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo
Tribunal Federal, no sentido da inexistência de reserva de lei complementar para dispor
sobre isenção pertinente à Cofins, bem como ausente relação hierárquica entre lei
complementar e lei ordinária (art. 59 da Constituição) porquanto, em matéria tributária, a
reserva de lei complementar é definida em razão da matéria. 2. Obstada a análise da
suposta afronta aos incisos II e LV do artigo 5º da Carta Magna, porquanto dependeria
de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, procedimento que
refoge à competência jurisdicional extraordinária desta Corte Suprema, a teor do art.
102 da Magna Carta. 3. Inexiste violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal. A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o referido dispositivo
constitucional exige a explicitação, pelo órgão jurisdicional, das razões do seu
convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas
partes. 4. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os
fundamentos que lastrearam a decisão agravada. 5. Agravo regimental conhecido e não
provido.
Anexo III
REsp n. 371.214/MG
DJ 18/03/2002
Anexo IV
AC n. 2209 AgRg/MG
DJ 26/03/2010
COOPERATIVA. COFINS. PIS. ISENÇÃO. REVOGAÇÃO POR MEDIDA
PROVISÓRIA. ALEGADA VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA HIERARQUIA ENTRE AS
LEIS. CONTRARIEDADE AO DEVER DE PROVER ADEQUADO
TRATAMENTO TRIBUTÁRIO AO ATO COOPERADO (ART. 146, III, C DA
CONSTITUIÇÃO). ATO COOPERADO. ALEGADA INEXISTÊNCIA DE INTUITO
COMERCIAL OU LUCRATIVO. DESCARACTERIZAÇÃO DO INGRESSO DE
VALORES COMO FATURAMENTO. LEI 5.764/1971, ART. 79. 1. Em razão da
preclusão e da força do trânsito em julgado, somente cabe a propositura e o exame de
novos pleitos cautelares se houver substancial modificação do quadro fático-jurídico,
que justifique a densa probabilidade de conhecimento e provimento do recurso
extraordinário. Situação descaracterizada, dada a reiteração dos argumentos
apresentados por ocasião do exame da primeira medida liminar pleiteada, cujo resultado
parcialmente favorável ao contribuinte não foi objeto de recurso. 2. Compete ao
recorrente atacar de forma específica os fundamentos da decisão recorrida. Menção, na
decisão agravada, à primeira medida liminar quanto à inexistência de periculum in mora.
Ponto não enfrentado. “O risco ordinário da falta de eficácia suspensiva [do recurso
extraordinário] não basta à concessão do efeito pretendido, senão toda interposição de
recurso extraordinário por contribuinte reclamaria tal efeito” (AC 1.192-MC, rel. min.
Sepúlveda Pertence, DJ de 16.05.2006). 3. Ausência de densa plausibilidade das teses
arregimentadas. O art. 146, III, c da Constituição não implica imunidade ou tratamento
necessariamente privilegiado às cooperativas. Conforme orientação desta Corte, em
matéria tributária, não há hierarquia entre lei complementar e lei ordinária, nem a
observância de simetria entre as formas para revogar isenções. A circunstância de dado
tributo estar sujeito às normas gerais em matéria tributária não significa que eles
deverão ser instituídos por lei complementar, ou então que qualquer norma que se refira
ao respectivo crédito tributário também deva ser criada por lei complementar. A
concessão de isenções ou outros benefícios fiscais, bem como a instituição dos critérios
das regras-matrizes dos tributos não têm perfil de normas gerais (normas destinadas a
coordenar o tratamento tributário em todos os entes federados), embora delas extraiam
fundamento de validade. Não é possível, sem profundo exame da questão de fundo,
considerar como violada a regra da isonomia e da capacidade contributiva, considerada
a tributação das cooperativas, em si consideradas (de trabalho, crédito, consumo etc), e
comparadas com as demais pessoas jurídicas. Não está completamente afastada a
predominância da interpretação da legislação infraconstitucional e da análise do quadro
probatório para descaracterização dos ingressos oriundos da prática de atos por
cooperativas como faturamento. Agravo regimental conhecido, mas ao qual se nega
provimento.
Anexo V
RE 584.378
DJe 16/10/2017
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Anexo VI
ADI n. 3510/DF
DJ 27/05/2010
O princípio fundamental da dignidade da pessoa humana opera por modo binário,
o que propicia a base constitucional para um casal de adultos recorrer a técnicas de
reprodução assistida que incluam a fertilização artificial ou “in vitro”. De uma parte,
para aquinhoar o casal com o direito público subjetivo à “liberdade” (preâmbulo da
Constituição e seu art. 5º), aqui entendida como autonomia de vontade. De outra
banda, para contemplar os porvindouros componentes da unidade familiar, se por eles
optar o casal, com planejadas condições de bem-estar e assistência físico-afetiva (art.
226 da CF).
Anexo VII
ADI n. 2076/AC
DJ 08/08/2003
CONSTITUIÇÃO: PREÂMBULO. NORMAS CENTRAIS. Constituição do Acre. I. –
Normas centrais da Constituição Federal: essas normas são de reprodução obrigatória na
Constituição do Estado-membro, mesmo porque, reproduzidas, ou não, incidirão sobre a
ordem local. Reclamações 370-MT e 383-SP (RTJ 147/404). II. – Preâmbulo da
Constituição: não constitui norma central. Invocação da proteção de Deus: não se trata de
norma de reprodução obrigatória na Constituição estadual, não tendo força normativa. III.
– Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. “O preâmbulo, ressai das
lições transcritas, não se situa no âmbito do Direito, mas no domínio da política,
refletindo posição ideológica do constituinte. É claro que uma Constituição que consagra
princípios democráticos, liberais, não poderia conter preâmbulo que proclamasse
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