POLO UNIVERSITÁRIO
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA – MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO
CONCRETO
Macaé,
2021
1
SUMÁRIO
1. DEFINIÇÃO 3
4. ESTUDO DE DOSAGEM 24
2
1. DEFINIÇÃO
O concreto é um dos materiais mais utilizados na construção civil, sendo composto por
uma mistura de cimento, agregados graúdos (pedras), agregados miúdos (areia), água, aditivos
e adições (sílica ativa).
A lixiviação é ocasionada por águia doce, ácidos, sais, graxas e óleos. Já a expansão, se
deve principalmente aos sulfatos. Além disso, esses dois modos de ataque podem-se produzir-
se simultaneamente com águas que contém diferentes substâncias agressivas.
3
O grau de ataque normalmente é encontrado devido a ensaios em laboratórios.
4
Tabela 1: Valores limites utilizados nos Estados Unidos.
Tabela 3: Valores limites da Comissão Laboratorial da Associação das Fábricas de Cimento Alemãs.
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2.4. EXAME DAS ÁGUAS
• A medida do pH;
• O odor;
• A consumação em permanganato de potássio;
• A dureza;
• O magnésio;
• O amônio;
• Os sulfatos;
• Os cloretos;
• O anidrido carbônico dissolvendo a cal.
Esses gases podem conter ácidos, então isso pode ocasionar pontos de condensação
inferior, podendo formar soluções agressivas.
7
Quando o sulfato não pode mais ser considerado negligenciável, o emprego do cimento
de fraca porcentagem de C3A torna-se indispensável. Veja abaixo cimentos resistentes aos
sulfatos:
2.8. EXERCÍCIOS
3. Qual procedimento a ser adotado para amostragem de água para ser utilizada em
concreto?
R: A amostragem dos corpos de prova é determinante para a apreciação do grau
de agressividade. Dessa maneira, deve ser feita por um profissional competente,
seguindo todas as normas estabelecidas. Além do correto manuseio dos corpos
de prova. A análise é feita geralmente a partir de dois frascos de água, em alguns
casos excepcionais três frascos.
Um dos frascos servirá para determinar o pH, odor, dureza, teores de magnésio,
amônio, sulfato, cloretos e medida da alcalinidade. Outro frasco será utilizado
para determinar o ácido carbônico que dissolva a cal.
4. Quais os ensaios que devemos solicitar para um exame químico do solo, quanto
à agressividade a uma estrutura de concreto armado?
R: Os ensaios deverão abranger as seguintes determinações: A medida do pH, o
odor, a consumação em permanganato de potássio, a dureza, o magnésio, o
amônio, os sulfatos, os cloretos, o anidrido carbônico dissolvendo a cal.
5. Que tipo de ataque os gases agressivos fazem em uma peça de concreto armado?
R: Alguns gases podem conter ácidos, então isso pode ocasionar pontos de
condensação inferior, podendo formar soluções agressivas. Os componentes
gasosos sob precipitações se dissolvem, e, sob forma de água, agridem o
concreto. Outros gases podem fazer com que o concreto fique mais carbonatado,
o que prejudica o concreto.
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6. Quais os tipos de cimentos que podem ser utilizados, resistentes aos sulfatos?
R: Portland tipo V e cimentos supersulfatados.
3.2. DEFINIÇÕES. Pode-se definir como aditivo todo produto não indispensável à
composição e finalidade do concreto, que adicionado ao concreto, faz-se aparecer ou reforçar
certas características.
• Plastificantes redutores;
• Incorporadores de ar;
• Dispersantes ou fluidificantes.
• Redutores plastificantes.
• Incorporadores de ar.
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MODIFICADORES DE TEMPO DE PEGA E ENDURECIMENTO
• Retardadores;
• Aceleradores.
IMPERMEABILIZANTES
EXPANSORES
• Geradores de gás;
• Estabilizadores de volume;
• Geradores de espuma.
ADESIVOS
ANTICORROSIVOS
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• Agentes e cristalização
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Fonte: Materiais de Construção - L. A. Falcão Bauer – Volume 1.
Devido a sua menos densidade, a bolha tenderá a subir, na superfície se estabiliza sem
romper.
A ação dos tensoativos sobre as partículas de cimento ou de agregado muito fino, faz
com que se forme um grupo mais estável.
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Fonte: Materiais de Construção - L. A. Falcão Bauer – Volume 1.
AGE COMO INERTE. As bolhas podem substituir areia fina, com as seguintes
vantagens: melhor coeficiente de forma, são elásticas, podem se movimentar sem atrito,
diminuem a porcentagem de vazios irregulares, melhora e reologia do concreto fresco, facilita
o lançamento, aumenta a coesão e diminui a exsudação, impede sedimentação, rompem a
aderência entre pasta e agregado graúdo.
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Fonte: Materiais de Construção - L. A. Falcão Bauer – Volume 1.
15
temperatura tem influência sobre a quantidade de ar incorporado, como mostrado na tabela
abaixo:
As perdas mais importantes por compactação são: Alta energia de compactação para um
pequeno volume, tempo de vibração, plasticidade do concreto.
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3.5. REDUTORES DE ÁGUA, DISPERSANTES E FLUIDIFICANTES-
RETARDADORES. São materiais orgânicos ou combinados orgânicos e inorgânicos que
reduzem a quantidade de água necessária para a obtenção de um concreto de uma certa
consistência, ou que modificam o tempo de pega e/ou de endurecimento.
Os retardadores tem por finalidade prolongar o período que transcorre desde a colocação
da água até o princípio das reações químicas do cimento.
REDUTORES causam:
RETARDADORES:
REDUTORES:
RETARDADORES:
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Aditivos B e D têm geralmente a mesma resistência à compressão que o concreto
padrão; aumenta a resistência nos primeiros 28 dias; diminui o aparecimento de fissuras.
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Fonte: Materiais de Construção - L. A. Falcão Bauer – Volume 1.
Outros fatores externos também podem influir no tempo de pega, tais como:
• Temperatura
• Finura do cimento
• Quantidade de água de misturados
A ação dos retardadores é basicamente uma ação química. Entende-se como ação
química, ações na fase líquida que modificam o pH.
AÇÃO. Neste grupo estão os aceleradores que combinam quimicamente com o cimento
durante a hidratação e os estabilizadores que, somente pela sua presença facilitam e apressam
a hidratação ou endurecimento.
Redução do tempo de pega inicial e final. Efeito este que varia com:
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PERMEABILIDADE E POROSIDADE DO CONCRETO. A permeabilidade do
concreto é acentuadamente maior que a da pasta. A perfeita cura é a maneira mais segura de
evitar a permeabilidade e porosidade do concreto.
São empregados os pós de alumínio com bastante proveito nos reparos de estruturas,
bem como, a finalidade de melhorar a aderência ao aço.
CONCRETO CELULAR. Nada mais é do que uma argamassa ou uma pasta celular.
As células obtidas pela introdução de ar ou de gás na pasta ou na argamassa de areia fina. A
areia pode ainda ser substituída por cinzas volantes e o cimento por cal.
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3.11. MATERIAIS PULVERULENTOS. São materiais pétreos minerais ou terras
finamente moídas que adicionados ao concreto, durante seu preparo, podem modificar suas
características físicas e mecânicas. Os materiais podem ser: inertes, cimentantes, pozolantes,
agentes de cristalização.
POZOLANAS. São materiais que por si não possuem propriedades cimentantes, mas
quando finamente divididos na presença de umidade, reagem quimicamente com a cal,
formando compostos que têm propriedades cimentantes. Cinzas vulcânicas, rochas ígneas,
rochas silicosas, argilas calcinadas são alguns exemplos.
Agentes de cristalização
Os produtos principais, nos quais se baseiam a maior parte dos superfluidificantes, não
apresentam, como ação secundária, o efeito dos produtos empregados nos platificantes, de tal
modo que é possível levar o aditivo a teores mais elevados (1 a 3%), reduzindo
proporcionalmente a água do amassamento, ou aumentando a fluidez.
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MECANISMO DE AÇÃO DOS SUPERFLUIDIFICANTES. Admite-se que sejam
absorvidos pelas partículas de cimento, fazendo com que as mesmas se tornem negativamente
carregadas e mutuamente repulsivas. Sendo assim, as partículas de cimento são melhor
dispersas e a mistura, consequentemente, torna-se mais fluida.
UTILIZAÇÃO
DOSAGEM DE CONCRETOS
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EFEITOS SOBRE O CONCRETO ENDURECIDO. A resistência à compressão dos
concretos com aditivos superfluidificantes é essencialmente a mesma de um concreto bem
compactado com a mesma relação água/cimento baixa. Por outro lado, no estado fresco, o
concreto é bem fluido, coesivo e praticamente não segregável.
4. ESTUDO DE DOSAGEM
Com base em estudo feito com 58 tipos diferentes de areia a quantidade de água de
mistura necessária para molhar os grãos de areia e de cimento. A expressão é:
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O FERET, estudou detalhadamente a compacidade das areias e das argamassas. Além
disso estudou a quantidade de água necessária à hidratação e as resistências de argamassas de
várias naturezas. Determinou ainda, a correlação entre resistência da argamassa e a quantidade
de água de mistura
Durante o período entre 1906 a 1930, vários estudos e formulações de expressões foram
realizadas. Abaixo vemos as principais contribuições científicas.
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4.2. CRITÉRIOS PRÁTICOS DE DOSAGEM. Desde a década de 40 pra cá, muitas
dosagens experimentais foram desenvolvidas, além de novos métodos de estudos. Esses
avanços serão abordados abaixo.
Bolomey tomou K entre 0,09 a 0,13. A tabela seguinte fornece os valores de “k” em
função destes parâmetros.
Tabela 9
Tabela 10: limites para utilização das britas em relação ao coeficiente de forma
4 – Substitui-se uma parte da areia S1 por cimento. Retira-se uma certa quantidade de
areia correspondente ao volume de cimento, que deve ser acrescido = 0,56(C2- C1).
6 – Caso se deseje um concreto com C3 < C1, então deve-se retirar a quantidade de
cimento e substituir este volume de areia.
Resumo:
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4.2.3.1 CONCRETO TERCIÁRIO. Determina-se com o agregado terciário a menor
quantidade de pasta suficiente para encher os vazios g3 + C3 argamassa m³. Que após alguns
processos, chegamos a resolução final de:
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4.2.5 MÉTODO DE DOSAGEM DO PROF. ARY TORRES. Este método de dosagem
caracteriza-se principalmente pela obtenção experimental do Diagrama de Dosagem, que
correlaciona resistência à compressão, relação água/cimento, traço e consumo de cimento por
metro cúbico de concreto. Sinteticamente pode-se dividir esta fase experimental em 4 etapas,
ou seja:
Assim sendo, para qualquer resistência poderá ser determinado o fator a/c adequado e
compatível com as condições reais.
Uma vez fixado o fator a/c, através do método experimental adotado, será calculado a
dosagem final.
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Figura 7: Resistência x Fator água/cimento
Todos os métodos foram utilizados para que houvesse uma comparação entre eles. Os
resultados obtidos seguem abaixo:
31
Da análise do quadro anterior verifica-se que para o mesmo fator a/c das dosagens
segundo ACI e método do Prof. Ary Torres, resultam consumos – 13 + 1 kg de cimento do que
a dosagem preparada conforme o método do SNCF.
A dosagem calculada conforme o método Vallete, não pode ser comparada diretamente
com as demais, tendo em vista ter partido de materiais totalmente diferentes.
5.1 Mistura
32
5.1.3 MISTURA MECÂNICA. Obtida em máquinas especiais, constituídas de um
tambor ou cuba em torno de um eixo, chamadas de betoneiras.
• Inclinadas (I);
• Horizontais (H);
• Verticais (V).
5.1.3.3 TEMPO DE MISTURA. É estabelecido pela NBR 6118 (NB 1-78) que o
“amassamento mecânico em canteiro deverá durar, sem interrupção, o tempo necessário para
permitir a homogeneização da mistura de todos os elementos, inclusive eventuais aditivos. O
tempo mínimo em segundos será: 120√𝐷 (eixo inclinado), 60√𝐷 (eixo horizontal) ou 30√𝐷
(vertical).
A. Não colocar o cimento em primeiro lugar, porque a betoneira estiver seca, perde-
se parte dele e se estiver muito úmida ficará muito cimento revestindo-a
internamente;
B. É boa a prática de colocação, em primeiro lugar da água e em seguida do
agregado graúdo. Pois estes materiais “limpam” a betoneira;
C. Após isso é colocado o cimento, pois, quando se tem água e pedra, a ação do
arraste faz com que ocorra uma moagem dos grãos de cimento;
D. Por fim, coloca-se o agregado miúdo que faz um tamponamento os materiais já
colocados.
No caso das betoneiras que trabalham com caçamba carregadora, é recomendável seguir
a ordem da figura a seguir:
5.2. TRANSPORTE
O sistema de transporte deverá, sempre que possível, permitir o lançamento direto nas
formas, evitando-se depósito intermediário. Além disso, é necessário que este transporte seja
feito de maneira rápida.
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5.2.1 TRANSPORTE HORIZONTAL. Temos por exemplo, carrinho de mão de 1
roda; carros de duas rodas; pequenos veículos motorizados; caminhões agitadores e vagonetas
sobre trilhos.
Deve se evitar a vibração durante o transporte, para que não haja a compactação do
material.
5.2.2 TRANSPORTE INCLINADO. Pode ser feito por meio de calhas, chicanas,
tapetes rolantes ou esteiras. Tomando cuidado para que o transporte não seja feito em queda
livre.
5.2.4 BOMBAS
Sistema bastante flexível, por isso mesmo, muito utilizado em concretagem de edifícios,
devido a flexibilidade e a rapidez de execução.
Neste caso, o diâmetro interno do tubo deverá ser no mínimo três vezes o diâmetro
máximo do agregado. Além disso, a condição fundamental para o uso de bombas para transporte
de concreto é o atrito entre o concreto e as paredes internas do tubo.
Em geral, tem capacidade de bombeamento de até 300 metros, com volume médio de
30 m³/hora.
35
C. Bombas do tipo “bisnaga”: parte do tubo deve ser substituída após transporte de
aproximadamente 1000 m³ de concreto.
5.3 LANÇAMENTO
5.3.2 ALTURA DA QUEDA. A altura da queda livre não poderá ultrapassar 2m.
Quando a altura da queda for superior a 2,5 m, medidas especiais deverão ser tomadas, entre
elas destacam-se:
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D. Colocação de 5 a 10 cm de espessura de argamassa de cimento. Para que devido
a queda, esta argamassa seja absorvida pela superfície, evitando o defeito
chamado de “ninho de pedra”.
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Figura 11: Tremonha ou Funil
Para as vigas convém chegar à metade ou 1/3 do vão. No caso das lajes armadas em um
só sentido, deve-se adotar o enchimento até 1/3 do vão, até no máximo 1/2. Nas lajes armadas
em dois sentidos, concretar apenas o terço médio de cada vão.
5.3.5. NORMAS PARA JUNTAS “FRIAS”. São juntas construtivas que aparecem,
em geral, quando a concretagem é retomada depois do tempo de pega da camada anterior. As
regras gerais são:
5.4. ADENSAMENTO
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5.4.2. ADENSAMENTO MECÂNICO. Onde há energia, a compactação mecânica,
por sua maior eficiência, é a preferível. É feito através de soquetes apropriados, movidos a ar
comprimido.
5.5. CURA
Cura do concreto é um conjunto de medidas que têm por objetivo evitar a evaporação
da água utilizada na mistura do concreto e que deverá reagir com o cimento, hidratando-o. Em
climas frios, a cura abrange também aquelas medidas de proteção contra congelamento dessa
água.
40
5.5.2 RESISTÊNCIA À RUPTURA. Devido a estudos, Petrucci concluiu que:
5.5.4.2 SUBMERSÃO. É o método ideal de cura, porém a sua aplicação não é nada
prática.
Em superfícies moldadas, é evidente que o produto só pode ser aplicado logo após a
retirada do molde.
5.6. EXERCÍCIOS
No caso das betoneiras com caçamba, deve-se colocar 50% dos agregados
graúdos com a água em primeiro lugar, depois disso os agregados miúdos,
cimento e os outros 50% de agregados graúdos.
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C. Emprego de concreto mais plástico e rico em cimento no início da concretagem,
até se obter no final um concreto menos plástico e menos rico, com a mesma
resistência;
D. Colocação de 5 a 10 cm de espessura de argamassa de cimento. Para que devido
à queda, esta argamassa seja absorvida pela superfície, evitando o defeito
chamado de “ninho de pedra”.
44
f) Não vibrar além do necessário;
g) Exercer a vibração durante intervalos de tempo de 5 a 30 s, conforme a
consistência do concreto.
6.1. GENERALIDADES
O concreto fresco é constituído dos agregados miúdo e graúdo envolvidos por pasta de
cimento e espaços de ar. A pasta, por sua vez, é composta essencialmente de uma solução
aquosa e grãos de cimento. O conjunto pasta e espaços cheios de ar é modernamente chamado
matriz, denominação já consagrada para a rocha que envolve um fóssil.
6.2. MISTURAS
45
As misturas com altos teores de agregado em relação ao cimento, e com teores de água
capazes de produzir inchamento, emergem da betoneira como uma mistura solta, com pequena
coesão.
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O uso do concreto bombeado exige misturas com características especiais, de um modo
geral, essas misturas não podem ser nem muito secas, nem muito úmidas.
A compacidade por sua vez pode ser definida como a propriedade inversamente
proporcional a resistência interna à deformação, e depende de três características do concreto
fresco – ângulo de atrito interno, coesão e viscosidade.
As partículas grossas (agregado miúdo ># 100) podem ser analisadas como um corpo
heterogêneo constituído pela mistura de uma argamassa muito fina, dentro da qual se movem e
se atritam partículas de diferentes tamanhos.
O limite de cisalhamento torna difícil a moldagem e precisa ser ultrapassado, para que
a pasta possa fluir. Por outro lado, os valores de cisalhamento altos impedem a queda das
partículas grossas.
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Figura 12: envolventes de Mohr para um agregado seco e um concreto fresco.
a) Ensaios de abatimento;
b) Ensaios de penetração;
c) Ensaios de escorregamento;
d) Ensaios de compactação;
e) Ensaios de remoldagem.
Esse ensaio só deve ser realizado em concretos que não cisalhem nem entrem em colapso.
49
Na prática a bola de Kelly é utilizada para verificar as alterações da mistura, tais como as
decorrentes da variação da umidade.
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6.4.5.6. ENSAIOS DE REMOLDAGEM.
6.5 EXERCÍCIOS
51
Dimensões de peças a moldar e afastamento das armaduras - Esses fatores
influenciam indiretamente, pois o diâmetro máximo do agregado a usar é função
de tais parâmetros. Algumas normas estrangeiras mencionam a necessidade de
considerar o afastamento das armaduras na escolha do diâmetro máximo do
agregado a empregar no concreto.
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Tempo e temperatura - As misturas de concreto recém-preparadas enrijecem
com o tempo. Devido as mudanças que acontecem devido a temperatura e o
tempo.
R: Existem ensaios para que se possa avaliar o concreto fresco, cada um feito de
uma maneira e chegando a conclusões um pouco diferentes, devido ao método
empregado. Porém, com o mesmo intuito.
Ensaio de abatimento - Num molde de chapa metálica, com forma de tronco
de cone de 20 cm de diâmetro na base, 10 cm do topo e 30 cm de altura. Apoiados
numa superfície rígida, e o concreto fresco é moldado em três camadas iguais,
adensadas, cada uma com 25 golpes, por uma barra de 16 mm de diâmetro e 60
cm de comprimento.
Ensaios de penetração - Existem vários processos práticos de determinação da
consistência através da penetração na massa do concreto fresco. O de Kelly é o
que mais se destaca. Na prática a bola de Kelly é utilizada para verificar as
alterações da mistura, tais como as decorrentes da variação da umidade.
Ensaios de Escorregamento - Este ensaio de laboratório nos dá indicação da
consistência do concreto e de sua qualidade quanto à segregação. Funciona com
uma mesa, com uma fôrma em forma de tronco, colocado o concreto e depois
retira-se a fôrma, após isso são realizados 15 golpes em 15 segundos. O
escorregamento é avaliado como porcentagem do diâmetro original.
Ensaio fator de compactação - O grau de compactação é chamado fator de
compactação, é medido pela relação entre os pesos específicos, isto é, entre o
peso específico atualmente observado no ensaio e o peso específico do mesmo
concreto completamente compactado.
Ensaios de Remoldagem - 1. Ensaio de Powers, mostrado na figura acima. O
ensaio de Powers é eminentemente laboratorial, mas sua validade decorre do
fato de que o esforço, para remoldagem, está estritamente ligado à consistência.
2. Ensaio VêBê consta da medida do tempo, em segundos, necessário para que
53
se verifique a completa remoldagem de um tronco cone moldado em forma
idêntica à do ensaio de abatimento.
7.1. GENERALIDADES
54
7.3 DENSIDADE
A densidade dos concretos comuns realizados com os agregados normais varia segundo
o processo de adensamento utilizado na sua fabricação. São os seguintes valores médios:
A densidade dos concretos executados com agregados leves varia de 0,3 a cerca de 1,8
e a dos concretos executados com agregados pesados varia de 3,5 a 5,5 como vemos na tabela.
7.4 ATRITO
55
O coeficiente de atrito de alvenaria sobre o concreto é tomado entre 0,5 a 0,6. O
coeficiente de madeira sobre o concreto é da ordem de 0,4. O coeficiente para aço sobre o
concreto alcança cerca de 0,3 para o não vibrado e 0,4 para concreto vibrado.
56
Coeficiente de transmissão para concretos de baixa densidade:
7.7.2 CALOR ESPECÍFICO. Varia com a temperatura e com o teor de água entre
limites relativamente estreitos, de 0,2 a 0,25 kcal/kg,°C.
O valor real do coeficiente de dilatação é uma grande variável, que depende do tipo de
cimento, dos agregados, do grau de umidade e das dimensões da seção transversal.
7.7.4 RESISTÊNCIA AO FOGO. Como algumas estruturas são utilizadas com direto
contato ao fogo e elevadas temperaturas, o estudo a partir disso é necessário para que seja
possível determinar os efeitos que o fogo causa no concreto, para que suas características não
sejam alteradas de forma danosa. Até porque no concreto, existe água, tanto a que foi ligada
quimicamente como a que foi ligada fisicamente.
Nas armaduras os aços começam a perder a sua resistência a cerca de 400°C, havendo
mesmo em temperaturas inferiores, uma ligeira elevação na resistência à tração.
7.9 ADESÃO
58
A adesão em superfícies de concreto endurecido é problema que ocorre na aplicação de
revestimentos, pinturas e reparações. As superfícies limpas de concreto são apropriadas a
receber satisfatoriamente revestimentos e pinturas.
A ligação de concreto novo com concreto velho, essencial nos trabalhos de reparações
e acertos, resulta, em geral, numa união fraca. O material cerâmico normalmente dilata menos
do que o concreto, ficando sujeito a tensões elevadas de compressão ao longo de sua superfície
quando a temperatura cai.
7.11 DURABILIDADE
Ela também pode sofrer impacto da ação do meio ambiente. O nível de agressividade
na região onde a edificação será construída determinará as características do concreto e da
estrutura, tais como a relação água e cimento, a espessura do cobrimento da armadura, a
resistência à compressão do concreto e a abertura máxima de fissura.
59
Existem agentes agressivos que atacam o concreto, como podemos ver na tabela abaixo.
Todos esses agentes causam algum impacto nos concretos, cada um de uma forma, com
diferentes reações químicas e físicas. Todos esses agentes são danosos, sem exceção, como
mostrado na tabela. Em que é determinado a ação de tais a gentes sobre o concreto e sobre as
armaduras.
7.12 PERMEABILIDADE
60
São realizados ensaios de penetração de água sob pressão em regime de escoamento não
permanente, de absorção total por imersão, de penetração de cloretos, de resistência à
compressão uniaxial e de determinação do teor de ar pelo método pressométrico e gravimétrico.
7.13 EXERCÍCIOS
61
R: As diferentes tonalidades em função da temperatura de um incêndio
encontram-se abaixo:
R:
a) Revestimentos de argamassas de cal e areia – Aplicação inicial de fina
argamassa, rica em cimento e areia, aplicada sob pressão.
b) Revestimentos de argamassa de cimento e areia – Existe o que é
denominado como chapisco industrializado. A solução é
comercializada pronta para ser usada, bastando apenas adicionar água.
Sua aplicação é feita com desempenadeira de aço dentada. “O operário
espalha a argamassa sobre a base, formando cordões que serão a ponte
de aderência para o reboco”, afirma Magno. A técnica também se
destaca por sua alta produtividade em comparação com a argamassa
62
tradicional lançada com colher de pedreiro e com traço de 1:3 (cimento
e areia grossa).
c) Pinturas – De maneira geral, as superfícies limpas de concreto são
apropriadas a receber satisfatoriamente revestimentos e pinturas.
d) Concreto novo – Utilização de resinas orgânicas do tipo epóxi.
63
8. ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS DO CONCRETO
8.1 INTRODUÇÃO
64
Fonte: Materiais de Construção - L. A. Falcão Bauer – Volume 1.
65
8.2.2.2 MÉTODO DA RESSONÂNCIA. Este método consiste em procurar a frequência
de vibração longitudinal de um corpo-de-prova que se apoia, no centro, num suporte de
borracha com um captador eletrônico.
66
8.2.4.3 DETERMINAÇÃO DA ROTAÇÃO EM PONTOS DA PEÇA ESTRUTURAL.
Também se utiliza o aparelho de Huggenberger.
8.3.2 HISTÓRICO. Entre os primeiros estudos com testes sônicos em concreto estão
os de Powers, utilizando o método da frequência de ressonância, publicados em 1938. Após
isso, vários outros estudos e análises nessa área foram ocasionando o avanço do conhecimento
e de tecnologias que fazem parte da nossa vida hoje em dia.
8.3.4.2 Realização dos ensaios. Com os pares de valores obtidos pode-se constituir o
gráfico R = f(v), onde: R = resistência á compressão do concreto e v = velocidade de propagação
do ultra-som.
67
Através de curvas de interpolação com os dados obtidos, é possível chegar em algumas
conclusões:
Temos que:
68
1. Em regiões nas quais o concreto apresenta falhas de concretagem (ninhos) ou
material segregado há uma diminuição sensível na velocidade de propagação.
2. Para falhas cujas dimensões possam ser percebidas com a remoção cuidados das
camadas do concreto com que as encobrem, a diminuição da velocidade é de
pelo menos 15 a 20%.
3. É difícil e bastante imprecisa a tentativa de determinação das dimensões dos
vazios em função do decréscimo de velocidade.
8.4 EXERCÍCIOS
69
Este método consiste na verificação do funcionamento do conjunto concreto-
aço na estrutura mediante prova de carga.
70
5. Caso tenhamos, em uma obra, falha de concretagem em uma peça estrutural de
concreto armado, quais as observações que você acredita serem necessárias
para poder utilizar um esclerômetro ou ultra-som?
R: No caso de uma falha como uma fissura muito pequena, as ondas ultra-
sônicas não a contornarão, mas a atravessarão, o que invalidaria uma
aproximação utilizando este método. Além disso com o esclerômetro também
seria difícil determinar a fissura.
Porém no caso de falhas como ninhos e falhas de concretagem, é possível
verificar que no local da falha de concretagem existe uma diminuição
considerável na velocidade de propagação do som. Esta informação pode ser
utilizada para que seja possível a aplicação dos métodos utilizando
esclerômetro e ultra-som.
R: O cobalto 60.
R: Superfícies úmidas devem ser evitadas neste tipo de ensaio, assim como as
carbonatadas.
9. Qual a idade mínima de uma peça estrutural para que se possa realizar ensaios
esclerométricos?
R: O mínimo é de 28 dias.
9.1 INTRODUÇÃO
Após estabelecer alguns conceitos, uma série muito grande de procedimentos foi testado
baseando-se nas variáveis:
72
Epaminondas Mello do Amaral Filho pesquisou a correlação entre as resistências aos 7
e 28 dias, correlação expressa como:
O método adotado foi o normalizado pela ASTM C-684, com algumas adaptações às
condições iniciais.
73
9.4.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCEDIMENTO ADOTADO. Serão feitos
alguns comentários sobre as diversas fases do método acelerado, visando auxiliar a análise e
justificar as características adotadas.
74
Fonte: Materiais de Construção - L. A. Falcão Bauer – Volume 1.
Algumas observações gerais puderam ser feitas a partir dos cálculos realizados e valores
encontrados, das quais destacam-se:
75
d) Na faixa analisada de resistência à compressão pode-se desprezar a influência
de diferentes tipos de agregados.
e) O concreto ensaiado continha aditivo, o que pareceu não afetar os resultados
f) A previsão das resistências teve uma boa confiabilidade.
g) A cura inicial com duração entre 23 a 24 h não influi nos resultados obtidos,
confirmando outros pesquisadores.
9.6 LIMITAÇÕES
a) O uso de ensaios acelerados exige uma programação prévia, a fim de que sejam
determinadas as curvas de correlação com um número razoável de amostras
utilizando materiais de mesmas características do concreto.
b) Manuseio cuidadoso com a água em ebulição, prevendo a utilização contínua de
luvas.
9.7 CONCLUSÃO
76
6. REFERÊNCIAS
77