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ME C ANICA1
DINÂMICA | ENERGIA
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Elementos da Física
Mecânica I
1a Edição
2018
Belém-PA
Editora Ximango
Copyright © 2018 by marcelo rufino de oliveira
RONALDO CORRÊA
Ilustração da Capa
LOUDES PACHECO
Ficha Catalográfica
XIMANGO EDUCACIONAL
Editora
O48a
ISBN:
CDD: 530
índice
1. Cálculo 1
Limite 1
Derivada 3
Integral 8
2. Princípios da Dinâmica 14
Mecânica Clássica .... 14
1a Lei de Newton 14
O Conceito de Massa 15
O Conceito de Força . . . 16
Força Resultante 17
Decomposição de Forças 17
2a Lei de Newton 18
Força Peso . 19
Dinamômetro 19
3a Lei de Newton 20
Força de Reação Normal .... 22
Aplicações das Leis de Newton 23
Vínculos Geométricos 28
Exemplos........................ 30
Referenciais não Inerciais 45
Exemplos 47
Exercícios 51
3. Força de Atrito 74
Reação Normal e Força de Atrito 74
Atrito Estático 74
Atrito Cinético 75
Aceleração sobre um Plano Inclinado Áspero 78
Força de Atrito em Duas Dimensões 80
Exemplos 81
Exercícios 92
4. Força Centrípeta..................................... 115
Forças no Movimento Circular Uniforme 115
Forças no Movimento Circular Acelerado 117
Movimento Pendular................................. 118
Forças no Movimento Não Retilíneo 120
Outras Expressões.......................... 120
Força Centrífuga.............................. 121
Exemplos.......................................... 122
Exercícios.......................................... 133
LIMITE
O limite de uma função f(x), quando existe, para um determinado argumento x que tende a
x0, é igual a L se a função f(x) se aproxima de L quando x se aproxima de Xq. É importante frisar
que a função f(x) não precisa estar definida em x0. Simbolicamente escreve-se:
lim f(x) = L
X-»Xq
Caso f(x) esteja definida em Xo e seu gráfico não apresenta descontinuidades nem
oscilações muito fortes segue que o limite da função quando x tende a Xo é igual a f(x0):
Por exemplo, sabe-se que a função f(x) = 2X2 - x + 1 é contínua para todo x e IR. Assim,
pode-se afirmar que
Situações como esta, em que a função é contínua no ponto em que se deseja calcular o
limite, não costumam apresentar dificuldade. O problema reside nas situações em que a função
não é definida no ponto em que se deseja calcular o limite. Isto pode parecer, em princípio, uma
situação distante do interesse da física, mas é exatamente o contrário. Por exemplo, se x(t) é a
função horária do espaço, a definição de velocidade no instante to é
x(t)-x(t0)
v(t0)= lim
t->tg t-to
x(t)-x(t0)
Perceba que a função f(t) = não é definida para t = to. Isto não impede a
t-to
determinação de v(t0), todavia, seu cálculo não é uma mera substituição de valores. Além disso,
as operações algébricas necessárias para calcular este tipo de limite dependem da natureza da
função, ou seja, se é polinomial, exponencial, logarítmica, trigonométrica ou mesmo se envolve
termos de natureza distinta.
Por exemplo, suponha que uma partícula se movimente no espaço de acordo com a
equação horária do espaço x(t) = t3, onde todas unidades são medidas no SI. Qual a velocidade
no instante t = 1 s? Pela definição de velocidade instantânea segue que:
1
Elementos da física - Mecânica I - Cálculo
X(t)-x(1) t3 -1
v(1) = lim = lim------ -
t-1 t-»i t-1
t3 — 1
Claramente a função f(t) = ——— não é definida para t = 1. Porém, como já foi explicado, o
mais importante na determinação de um limite não é valor da função no ponto especificado e sim
como a função se comporta nas vizinhanças de t = 1. Para tanto, observe a tabela abaixo.
x f(x)
0,97 2,9109
0,98 2,9404
0,99 2,9701
1,01 3,0301
1,02 3,0604
1,03 3,0909
t3 — 1
Percebe-se claramente que, apesar da função f(t) = ——y- não estar definida para t = 1, a
medida que nos aproximamos de t = 1 a função se aproxima, tanto pela esquerda quanto pela
t3 -1
direita, de 3. Desta forma, pode-se suspeitar que o limite f(t) =-------, quando t tende a 1, vale 3,
t-1
porém a tabela não pode ser encarada como uma demonstração. Para lidar com situações como
essa, criou-se uma definição de limite onde o que acontece exatamente no ponto em que se
deseja calcular o limite não é importante, importando apenas o que ocorre nas vizinhanças desse
ponto. Isso permite o cancelamento dos fatores comuns no numerador e no denominador.
Considere agora que uma outra partícula se movimenta de modo que sua função horária
do espaço seja x(t) = Vt, com todas as unidades medidas no SI. A velocidade no instante t = 16 s
pode ser determinada como segue abaixo:
v(16) = lim
x(t)-x(16) Vt-2
..hm-------- lim------- ------------------------ = |jm 1
t-16 t-16 t-16 t-16 t-16 )(^/t + 2)(Vt + 4) t-16 (4/t + 2)(Vt + 4)
1
v(16) = -j=---- !-=-------=--------- 11
-------- = — m/s
(VÍ6 +2)(VÍ6 +4) (2 + 2)(4 + 4) 32
Você agora deve estar se perguntando se toda vez que quiser determinar uma velocidade
vai ter que resolver um limite? A resposta é: não necessariamente. A definição apresentada para
velocidade através de limite está totalmente correta, porém é possível usar um outro artifício
x(t) — x(t )
matemático para calcular limites do tipo lim ———492 mais rapidamente do que ter que executar
t—>to t —10
todas as fatorações necessárias. Este artifício recebe o nome de derivada a será explanado no
próximo item.
2
Elementos da Física - Mecânica I - Cálculo
DERIVADA
df f(x)-f(x0)
lim
dx x=x0
X->Xo x-x0
df = |im f(x0+Ax)-f(x0)
dx AX->0 Ax
Outra maneira de simbolizar a derivada de uma função de uma variável no ponto x0 é f'(Xo).
Vamos agora aplicar a definição de derivada por limite para calcular a derivada de algumas
funções conhecidas.
_ 0+Ax)-f(x
||m f(x k-k _ Qn
0) _ |..|m --------
----- x_oz
f'(x0)
Ax-»0 Ax Ax—>0 Ax
n n
A Xo 1Ax + xS'2Ax2 + ... +Axn’1
.. i A(x0 +Ax)n -Axg 1 2
f'(x0)= lim = lim —
Ax-»O Ax Ax—>0 Ax
n n
A^óí x"0-1 + xjj 2Ax + ... +Axn
1 2 n n
= lim A Xo xJJ~2Ax + ... +Axn~2
Ax—>0 1 2
f'(xo) = AnXg
Obs: Este resultado é válido para qualquer n real, não apenas para n natural
|jm A(x0 + Ax)n - AXp = |im sen(x0 + Ax)-senx0 = |.m senx0.cosAx + senAx.cosx0 -senx0
f'(x0)
AX->0 Ax Ax->0 Ax Ax—>0 AX
f'(Xo) = COS Xo
X I- A(x0+Ax) -Ax£ = |jm COS(X0 4-Ax) — COSXq = cos x0. cos Ax - sen Ax. sen x0 - cos x0
f (xn)= lim 0 —--------- 1
U Ax—>o ax AX->0 AX Ax—>0 Ax
3
Elementos da Física - Mecânica I - Cálculo
Para Ax pequeno sabe-se que sen Ax « Ax e cos Ax « 1. Substituindo obtém-se:
f'(x0) = - sen x0
f(x) f’(x)
k ________0
Axn Anxn~1
sen x cos x
cos x - sen x
ex ex
ax _____ ax.ln a_____
In x ~.... ~ 2
___________ X___________
1
loga x
______ x.lna______
tg x sec2 x
sec x sec x. tg x
cotg x - cossec2 x
cossec x - cossec x. cotg x
4
_______ __________________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Cálculo
Como Xo pode assumir qualquer valor real (dentro dos domínios de definição das funções f, g e h),
segue que f'(x) = g '(x).h(x) + g(x). h '(x)
g'(x).h(x) - g(x).h'(x)
iv) Se = então f'(x) =
Ih(x)]2
Demonstração:
Se f(x) = ^:
h(x)
g(x) g(x0)
)im f(x)-f(x0) = )jm h(x) h(x0) = |jm g(x)h(x0)-g(x0)h(x)
f'(x)
x-»x0 x-xo x->x0 X-Xo x->Xo h(x)h(x0)(x-x0)
= |im g(x)h(x0)- g(x0 )h(x) + g(x0 )h(x0)- g(x0)h(x0) =
x->x0 h(x)h(x0)(x-x0)
[g(x) - g(x0 )]h(x0) - g(x0 )[h(x) - h(x0)] g(x)-g(x0) h(x)-h(x0)
= lim lim h(x0)- g(x0) =
X->Xq h(x)h(x0)(x-x0) x->x0|_h(x)h(x0)(x-x0) h(x)h(x0)(x-x0)
g(x)-g(x0) h(x)-h(x0)
= lim h(x0) - lim g(x0)
x-*0Lh(x)h(x0)(x-x0) x-»x0[h(x)h(x0)(x-x0)
Exemplos:
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Elementos da Física - Mecânica I - Cálculo
Solução:
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Elementos da Física - Mecânica I - Cálculo
Interpretação Geométrica da Derivada
Considere uma função continua y(x). No gráfico desta função são destacados 4 pontos, de
coordenadas (x0, y0), (xn, yi), (x2, y2) e (x3, y3), como indicado na figura abaixo. Tome o ponto de
coordenadas (Xo, yo) como referência e trace segmentos de retas ligando-o aos demais pontos
destacados.
u
yi -
</2--
IJ3 - ■
.'/() - -
"1 r- T“
.r
•?’o •1’3 ■í’2 ■1'1
A partir dessa construção, fica óbvio que, à medida que Ax diminui, a razão Ay/Ax vai se
aproximando de tan 0, onde 0 é o ângulo formado entre a reta tangente à curva y(x), passando
pelo ponto de coordenadas (x0, y0), e o eixo x. Então, tem-se que
Essa interpretação da derivada tem inúmeras utilidades. Por exemplo, dada a equação de
dx
uma trajetória unidimensional, x = x(t), a velocidade é dada por v = —. Graficamente, isto
.f
d xo+vot + —
at2
dx
v(t) = v0 + at
dt dt
Deste modo, ao traçar o gráfico x x t do MRUV, tem-se que a reta tangente ao gráfico em
um determinado instante to possui inclinação dada por v0 + ato.
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Elementos da Física - Mecânica I - Cálculo
INTEGRAL
Dada a equação horária x = x(t), já vimos que é possível obter a velocidade instantânea v(t)
tomando a derivada de x em relação a t, isto é, v(t) = . Frequentemente, temos que resolver
dt
o problema inverso: dada a velocidade v = v(t), precisamos calcular o espaço percorrido entre um
instante inicial t, e um instante final tf, isto é x(tf) - x(t,) = xf -x,. Esse problema tem uma solução
gráfica muito simples, que conduz ao conceito de integral. Vamos considerar o gráfico de v contra
t indicado na figura
I Af^|
1 *
1
1
1
ti = tf)
-i- ^2
■I
Tj tf = t.[
t
Xf-Xi= vm(Wf)(tf-ti)
x(t3)-x(t2) = x3-x2
^m(t2->t3) => x3 x2 - vm(t2_,,t3)At3
t3 —12 At3
x3 — x2 = vm3At3
Xf - Xj = (X4 - x3) + (x3 - x2) + (x2 - x,) + (x, - x0) = Vm4At4 + vm3At3 + vm2At2 + Vm1Ati,
onde X| = Xo e Xf = X4. Essa expressão pode ser escrita numa forma bem mais compacta utilizando
a notação de somatório:
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Elementos ila Física - Mecânica I - Cálculo
xf-xi = EvmjAti
>1
N
xf-xi=EvmjAtj
j-1
Note que esta expressão é exata. O problema é que não conhecemos as velocidades
médias vmj. Porém, no limite de N muito grande e quando o maior Atj tende a zero, vmj tende a
velocidade instantânea Vj = v(tj), e a soma das inúmeras parcelas, que se denomina integral
definida, costuma ser escrita na forma
N N rt
iAti =l!™0£viAtj =ít'v(t)dt
j=i j-1
Perceba que no lugar de um índice j que assume valores discretos, há uma variável de
integração contínua em t (a velocidade instantânea v, é substituída pela velocidade instantânea
v(t), e Atj passa a ser um “intervalo infinitesimal” dt). À medida que N aumenta, é fácil perceber
N
que a soma ^VjAtj corresponde cada vez mais fielmente à área sob a curva do gráfico de v
J=1
versus t. Nesse limite a soma, ou melhor, a integral definida, corresponde exatamente à área sob
a curva da função v = v(t) entre t = t, e t = tf. Dessa forma, a integral é o caso particular de um
limite, em que as parcelas de uma soma tendem a zero, mas o número de parcelas tende a infinito.
1) J(‘'f(t)dt = jS(t)dt+£f(t)dt
2) Jabf(t)dt = -Jbaf(t)dt
3) £ f(t)dt = O
4) ^Af(t)dt = Aj‘'f(t)dt
Pelo teorema, conclui-se que a integral corresponde a uma operação inversa da derivação.
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Elementos da Física - Mecânica I - Cálculo
Integrais Indefinidas
Ax^ Bx2 ~
Para cada valor da constante k na expressão G(x) = —— + —— + Cx + k temos uma função
G(x) diferente. Cada uma dessas funções é chamada primitiva da função f(x) = Ax2 + Bx + C, pois
^ = f(x) para qualquer valor de k. Essas primitivas formam uma família de funções que são
dx
normalmente simbolizadas como G(x) = jf(x)dx, sem a preocupação de especificar os limites de
dG
integração. Isso é o que se chama integral indefinida. Como — = f(x), é claro que
dx
dF
com — = = f(x). O teorema fundamental do cálculo pode então ser reescrito na forma
dx
G(x)-G(a) = J*f(t)dt,
em que G(x) é uma primitiva genérica de f(x). Note que a constante aditiva k, distinguindo as
diferentes primitivas, desaparece quando se faz a diferença G(x) - G(a).
Na tabela abaixo registramos algumas integrais indefinidas razoavelmente simples que vão
aparecer em problemas de física. Note que a e k são constantes arbitrárias.
Axn —— xn+1 + k
n + 1________
1
sen Ax —cos(Ax) + k
cos Ax — sen(Ax) + k
eta ----- + k
A
2 In x + k
x
In x
2
X
G(x)-G(a)= íbf(t)dt
Ja
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___________________________________________________ Elementos da Física - Mecânica l - Cálculo
Para calcular uma integral definida basta achar uma primitiva G(x) e encontrar os seus
valores nos extremos do intervalo de integração. É comum utilizar a notação
a rb
G(b)-G(a) = bG(x) = £ dG
rb b
[ f(x)dx = G(x) = G(b)-G(a)
J'a
a a
Exemplos:
2
1) Calcular a área compreendida entre o gráfico da função f(x) = —5- e o eixo do x, para o intervalo
x2
1 <x<2.
Solução:
Pela interpretação geométrica de integral, a área pedida é igual a
S= f2f(x)dx= í2-|-dx
J!
2
2 2
Sabe-se que a primitiva de f(x) —= é G(x) = — + k. Note que
x x
1 no cálculo das integrais definidas pode-se omitir a constante k,
que vai ser sempre cancelada na diferença G(b) - G(a), onde a e
0.5 -■
b são os limites de integração. Então:
+ s = 21 _2x- 22 2
=1
1
1
Logo: WA^B = j PdV= I---- -dV , porém, note que o produto nRT é constante para uma
vA va v
transformação a temperatura constante e por isso pode ser colocado fora da integral:
VB Vn
W,a_b= J—dV = nRTjVAVdv
W nRT lnV = nRT(lnVB-lnVA) = nRTIn-^-
vA vA
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Elementos tia Física - Mecânica 1 - Cálculo
Integral de Uma Derivada
Esta é uma maneira ligeiramente diferente de escrever o TFC. É claro que o TFC garante
que o integrando é sempre a derivada de uma função. Porém, nem sempre esta função pode ser
escrita em termos de combinações de funções simples. Se conseguirmos escrever o integrando
como uma derivada de uma função simples, a integral se torna trivial.
rd[F(x)]
dx = F(x),
•' dx
Uma das técnicas mais versáteis para calcular integrais é a mudança de variável de
integração. Ela é baseada na igualdade
y(fa) b
f f(y)dy = Jf(y(x)) Éywidx
y(a) a
dx
Esta igualdade pode ser usada tanto da esquerda para a direita quanto da direita para a
esquerda, conforme foi mais conveniente, observando os seguintes critérios:
i) da direita para a esquerda: Será usado quando for fácil ver que o integrando tem a forma
dy
f(y)— e identificar y(x). Neste caso, após alterar os limites de integração, devem ser feitas as
dx
substituições
d[y(x)j
y(x)->y e dx dy
dx
ii) da esquerda para a direita: Neste caso, é necessário identificar uma função y(x) que leve a
uma integral mais simples. Além disto, é necessário ser capaz de inverter a função y(x) escolhida
e expressar x em função de y para determinar os limites de integração da integral em x que
aparece no lado direito da equação. Após os limites de integração serem alterados, devem ser
feitas as substituições
12
Elementos da Física - Mecânica I - Cálculo
Exemplos:
1
1
2) Calcule a integral J dy.
1/2 71~y2
Solução:
Uma boa escolha é y(x) = sen x porque a igualdade 1 - sen2 x = cos2 x permite simplificar o
denominador. A função y(x) = sen x pode ser invertida: x = arc sen y e os limites de integração da
integral em x são arc sen 1/2 = tt/6 e arc sen (1) = n/2. Desta forma: y -> sen x e dy-> cos x dx
1 */2 1 n!2 it/2 x/2 71 7t
[ —dy = f —, -cosxdx= f-------- cosxdx= f dx = X =—
1/2 a/1 - y2 n/6 "Vi - sen2 X n/6 COS X «/6 h/6 2 6 3
5
1
3) Calcule a integral J dy.
3
y.lny
Solução:
Fazendo y(x) = ex tem-se x = In y e os limites de integração serão In 3 e In 5.
Fazendo y -> ex e dy -> ex dx a integral fica da forma:
5 a In5 a In5 a In 5
f------ dy= inJí
J3y|ny 3eX-x
í—
----- exdx= ln3X
dx = Inx = In(ln5)-ln(ln3)
In3
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MECÂNICA CLÁSSICA
As leis que regem os movimentos dos corpos foram definidas por Isaac Newton, em 1686
no seu livro “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica” (Princípios Matemáticos da Filosofia
Natural). Newton introduziu o conceito de força e com este conceito foi possível determinar as
interações entre partículas e suas vizinhanças. O conceito de massa foi introduzido de modo a
descrever o fato de que partículas diferentes, na mesma situação e mesma vizinhança, possuem
comportamentos diferentes.
É interessante ressaltar que pode-se aplicar a Mecânica Clássica somente aos casos em
que as velocidades das partículas sejam muito menores que a da luz c = 3.10® m/s (em geral, v <
0,1c). Porém, esta limitação na aplicação da Mecânica Clássica não constitui um impedimento
grande em sua aplicabilidade, uma vez que os movimentos aos quais estamos habituados na
nossa vida diária possuem velocidades compatíveis com a restrição.
Leis de Newton
As três leis de Newton formam a base de toda a mecânica clássica e permitem descrever
todos os movimentos dos objetos à nossa volta.
Todo corpo mantém o seu estado de repouso ou de movimento uniforme segundo uma
linha reta, se não for compelido a mudar o seu estado por forças nele impressas.
Os projéteis continuam no seu movimento, a menos que sejam retardados pela resistência
do ar ou impelidos para baixo pela força da gravidade. Um pião, cujas partes, pela sua coesão,
são continuamente desviadas dos seus movimentos retilíneos, não cessa de rodar se não for
retardado pelo ar. Os corpos maiores—planetas e cometas—encontrando menos resistência nos
espaços livres, continuam os seus movimentos, retilíneos ou circulares, por tempo muito maior.
Assim, do ponto de vista do passageiro, a bola apenas manterá o seu estado inicial de
repouso se o trem estiver parado ou em movimento retilíneo uniforme. Desta forma, o comboio em
repouso ou com movimento retilíneo uniforme constitui um referencial inercial, mas o trem em
movimento não uniforme não será um referencial inercial. Se a velocidade do trem for uniforme,
mas o movimento for ao longo de uma curva, a esfera rodaria para alguns dos lados da mesa e o
trem não seria um referencial inercial.
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Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
O CONCEITO DE MASSA
Consideremos uma situação em que uma mesma força F é aplicada sobre duas partículas
A e B, de massa mA e mB, respectivamente. Suponha que aA e aB são os módulos das acelerações
assumidas por A e B, respectivamente, devido à aplicação da força F. Como a inércia mede a
resistência à taxa temporal de variação da velocidade da partícula, pode-se escrever que:
me _aA
mA aB
Experimentalmente verifica-se que se for aplicada uma força F', diferente de F, sobre as
partículas A e B, a razão das acelerações de A e B é a mesma obtida sob ação da força F:
a\ aA
aá aB
e conclui-se que a razão das massas de duas partículas é independente da força usada.
aA
mB =7^-
aB
isto é, pode-se definir a massa de uma partícula como a o inverso da razão das acelerações
adquiridas por ela e uma partícula padrão quando sujeitas à ação de uma mesma força.
15
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
O CONCEITO DE FORÇA
Quando uma força implica contato direto entre dois corpos, como as mãos de uma pessoa
empurrando um bloco, a denominamos força de contato. Na figura abaixo, um corpo está se
movimentando sobre um solo horizontal rugoso. Pode-se identificar três tipos comuns de forças de
contato. A força normal N é exercida sobre o objeto por qualquer superfície com a qual está em
contato. O adjetivo normal significa que a força sempre atua perpendicularmente à superfície de
contato, sem importar o ângulo dessa superfície. A força de fricção Fat exercida sobre um objeto
por uma superfície atua paralelamente à superfície, na direção oposta ao deslizamento. A força F,
exercida pelas mãos de uma pessoa que empurra o objeto
N
——►
/at
Além das forças de contato, também existem forças de campo, que atuam sobre corpos
que estão separados. A força entre dois imãs é um exemplo deste tipo de força, assim como a
força gravitacional. A Terra atrai contra si qualquer objeto que se deixa cair, inclusive quando não
há contato direto entre o objeto e a Terra. A força de atração gravitacional que a Terra exerce
sobre um corpo se chama peso do corpo.
Por exemplo, considere o movimento da Lua em torno da Terra. Apesar de não haver
contato entre a Lua e a Terra, a Terra exerce uma força de atração sobre a Lua, assim como a
Luz exerce uma força de atração sobre a Terra, força essa responsável, entre outras
consequências, pelo movimento das marés.
Flt Ftl O
-► ◄—
Flt é a força que a Lua exerce sobre a Terra e FTL é a força que a Terra exerce sobre a
Lua. Futuramente será demonstrado que FLT + FTL = 0.
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Mementos da Física - Mecânica I - Princípios da Oinâmica
FORÇA RESULTANTE
Considere um corpo de massa m e suponha que mais de uma força atua sobre este corpo.
Neste caso o movimento do corpo é o mesmo que o efeito produzido pela ação de uma força
denominada força resultante FR, que é obtida pela soma vetorial de todas as forças atuantes no
corpo. Na figura abaixo é possível identificar um exemplo com cinco forças atuantes.
Logo, para este exemplo, tem-se que a força resultante no corpo vale:
Fr = Ê, + F2 + F3 + F4 + Fs
De um modo geral, quando n forças Fj,F2 Fn estão atuando em um corpo, o vetor força
resultante é igual a:
Fr =Fi +F2 +- + Fn
DECOMPOSIÇÃO DE FORÇAS
Considere uma força F e um sistema de eixos bidimensional xy. Esta força F pode ser
decomposta em duas componentes ortogonais Fx e Fy , respectivamente paralelas aos eixos x e y,
de modo que quando somadas vetorialmente resultam na força original F. Esta decomposição é
realizada aplicando as relações métricas e trigonométricas em um triângulo retângulo:
|FX |=|F|.cos0
|Fy|=|F|.senO
tg9 = Ül
|FX|
Fy
I F|= 7|Fx |2 +|Fy |2
>
X F = Fx+Fy
fx
Na realidade, a decomposição que foi feita sobre a força F pode ser realizada com
qualquer grandeza física que seja vetorial, tal como velocidade, aceleração, quantidade de
movimento bastando definir sobre qual sistema cartesiano o vetor deve ser decomposto.
17
______________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
2a LEI DE NEWTON: FORÇA E ACELERAÇÃO
A segunda lei de Newton pode ser encarada como o modelamento matemático do conceito
de força, a definindo em função do efeito que produz sobre os corpos em que atua. O texto
original do livro de Newton é:
Antes de enunciar essa lei, Newton já tinha definido previamente no seu livro a quantidade
de movimento, que na nossa linguagem vetorial moderna corresponde a um vetor p, igual ao
produto entre a massa da partícula, m, e a sua velocidade: p = mv. A quantidade de movimento
também costuma ser designada de momento linear.
jFdt = p2-p1
ti
onde F se refere à força resultante atuante na partícula. Esta equação pode ser escrita também
de modo diferencial
F=—
dt
d(mv)
F1+F2+... + Fn =
dt
Se a massa do corpo for constante, a derivada acima será igual ao produto da massa pela
derivada da velocidade, ou seja, igual à massa vezes a aceleração:
F, + F2 +... + Fn = m.ã
18
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
FORÇA PESO
Conforme já foi referido no capítulo sobre cinemática, no vácuo todos os objetos em queda
livre são acelerados com a aceleração da gravidade, que na superfície terrestre, ao nível do mar,
tem um valor constante g aproximadamente igual a 9,81 m/s2.
Assim sendo, de acordo com a segunda lei de Newton o peso de qualquer objeto (força da
gravidade exercida pela Terra) é diretamente proporcional à sua massa: P = mg, em que g é um
vetor constante na direção vertical, com sentido de cima para baixo e módulo igual à aceleração
da gravidade g. Por exemplo, um corpo com massa de 2 kg na superfície terrestre terá um módulo
da força peso igual a:
| P |= m. |g 1=2.9,81 = 19,62 N
Igual a 1a lei de Newton, a 2a lei é válida apenas em referenciais inerciais. Dois referencias
inerciais podem ter uma velocidade relativa não nula, mas essa velocidade relativa deverá ser
constante, ou seja, a aceleração relativa de um referencial inercial em relação aos outros deverá
ser nula. Como tal, a aceleração de um objeto deverá ser a mesma em relação a qualquer
referencial inercial. As velocidades medidas em diferentes referenciais inerciais podem ser
diferentes, mas a sua derivada no tempo (aceleração) será igual em todos. Newton acreditava na
possibilidade de determinar a aceleração absoluta de um objeto, em relação ao espaço absoluto,
e na equação F = m.ã interpretava ã como a aceleração absoluta.
DINAMÔMETRO
3
I339 |
V
SI 6
G
lil
■n
a
19
_________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
3a LEI DE NEWTON: LEI DA AÇÃO E REAÇÃO
A toda ação opõe sempre uma reação de mesma intensidade, mesma direção e sentido
oposto. Isto é, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e opostas.
Por exemplo, se uma pedra é pressionada com um dedo, o dedo é igualmente pressionado
pela pedra. Se um cavalo puxar uma pedra por meio de uma corda, o cavalo será puxado para
trás igualmente em direção à pedra, pois a corda esticada tanto puxa o cavalo para a pedra como
puxa a pedra para o cavalo, tanto dificulta a progressão do cavalo como favorece a progressão da
pedra.
Esta terceira lei enunciada por Newton é conhecida como lei de ação e reação. Considere
o exemplo proposto por Newton: um cavalo que arrasta um bloco pesado por meio de uma corda.
A corda exerce a mesma força sobre o bloco e sobre o cavalo, mas em sentidos opostos.
O peso do bloco Pb atua no centro de gravidade do bloco. A corda puxa o bloco na direção
em que está esticada, com uma força T, como se mostra no lado esquerdo da figura. A resultante
do peso e da força da corda é um vetor que aponta para baixo e para a direita. Uma vez que a
resultante das forças no bloco é nula (aceleração nula), o chão deverá exercer uma força Fb para
cima e para a esquerda, força essa devida ao contato entre as superfícies do bloco e do chão.
20
________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
A corda puxa o cavalo para trás, com a força -f oposta á força que atua no bloco. Nas
duas ferraduras do cavalo que estão em contato com o chão haverá duas forças de contato, F. e
F2, que apontam para cima e para a frente. A resultante dessas duas forças, mais o peso do
cavalo e a tensão na corda, deverá ser nula.
As forças exercidas pelo chão são as três: Fb , F, e F2 . Essas três forças de contato com o
chão contrariam a tendência a cair do bloco e do cavalo, travam o movimento do bloco e a
empurram o cavalo para a frente. A corda trava o movimento do cavalo e ao mesmo tempo puxa o
bloco para a frente, com a mesma força, em módulo, com que está travando o cavalo.
Sobre o chão atuam em total 5 forças de reação. As reações aos pesos do bloco e do
cavalo, -Pb e -Pc, são as forças de atração gravitacional do bloco e do cavalo sobre a Terra.
Essas forças atuam no centro de gravidade da Terra, mas foram representadas perto do chão na
figura. As outras três forças são as forças exercidas sobre o chão pelo bloco e pelo cavalo. Se a
velocidade do cavalo for constante, a soma dessas 5 forças será nula.
-Pb -Pc
Se o cavalo estivesse acelerando a soma das forças sobre o cavalo e o bloco seria uma
força que apontaria para a direita. A soma das 5 forças que atuam sobre o chão seria a reação
dessa força, o que provocaria, sobre a Terra, uma tendência desta se deslocar para a esquerda.
No entanto, como a massa da Terra é muitas ordens de grandeza superior à massa do cavalo e
do bloco, a aceleração da Terra para a esquerda seria imperceptível em comparação com a
aceleração para a direita do cavalo e do bloco. Como salienta Newton, o resultado dessas forças
sobre o cavalo mais o bloco e sobre o chão não seria o de produzir velocidades iguais e de
sentidos contrários, mas sim quantidades de movimento iguais e de sentido contrário.
21
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
FORÇA DE REAÇÃO NORMAL
Suponha que um corpo está apoiado sobre a superfície horizontal de uma mesa. O corpo
exerce sobre a mesa uma força que será identificada como a ação. De acordo com a terceira lei
de Newton a superfície da mesa exerce uma força sobre o corpo, que neste caso será identificada
como a reação. Como a reação é perpendicular à superfície de contato, ela é denominada reação
normal ou simplesmente normal (em matemática, um vetor perpendicular a uma superfície é
denominados vetor normal).
[ J
P< r
7///////////////////7//////7/7///Z,
Sempre que um corpo estiver apoiado sobre uma superfície horizontal seu peso irá
'omprimir a superfície, logo a reação normal terá módulo igual ao peso do corpo:
|N|=|P|
Na situação ilustrada na figura seguinte uma barra está apoiada em um solo horizontal e
em uma parede vertical.
N2
77/77777/777.'
N,
//////////777/77/7//s
No solo horizontal tem-se o contato de uma quina da barra com uma superfície plana,
fazendo com que a reação normal N2 seja perpendicular à superfície do solo. Por outro lado, no
contato da barra com a parede vertical, a quina da parede está pressionando a superfície da barra.
Deste modo, a reação normal N2 é perpendicular à superfície da barra. Na verdade, pode-se
assegurar que toda vez que uma quina pressionar uma superfície reta a direção da reação normal
é perpendicular à superfície reta.
22
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Roldana
Roldana, também conhecida como polia, é um instrumento utilizado para alterar a direção
de uma força aplicada em um fio ou um cabo. Se forem considerados desprezíveis tanto a massa
da roldana quanto o atrito proveniente do contato do eixo da roldana com sua superfície interna,
diz-se que a roldana é ideal. Um fio, cabo ou corda é ideal quando sua massa for desprezível e
não esticar (também denominada de inextensível). Quando roldana e fios forem ambos ideais
segue que as intensidades das forças aplicadas nos seus extremos serão iguais.
Para exemplificar esta situação considere um corpo de peso P preso a um fio que passa
por uma roldana fixa, conforme indica a figura. No lado esquerdo da roldana, devido à gravidade,
o fio se encontra na direção vertical. Suponha que no lado direito da roldana o fio se encontra na
direção horizontal. Considerando fio e roldana como ideais conclui-se que |T |=|T'|=T. Perceba
que apenas os módulos destas forças são iguais, uma vez que o vetor f é horizontal e o vetor f'
é vertical, impossibilitando a igualdade entre T e T'.
Pl
Considere dois corpos com massas M, e M2, ligados por uma corda sem massa, podendo
deslizar sobre uma mesa sem atrito. Existe ainda uma força horizontal F agindo sobre M2, como
indicado na figura. Deseja-se determinar os módulos da tensão na corda e a aceleração do
sistema. Como a corda tem massa desprezível, ela simplesmente transmite a força. Decompondo
as forças nos corpos:
T = M-ia-i
F - T = M2.a2
Mi NL
T T F
O sistema possui um vínculo geométrico de forma tal que os corpos são obrigados a andar
juntos e assim a, = a2 = a. Logo, somando as duas equações:
F
F - M,a = M2a a =---------
M,F
T = M,a =
M,+M2
23
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Corpos em Contato
Uma força F é aplicada sobre um corpo de massa m-, que está em contato com outro
corpo de massa m2, como mostra a figura (a) abaixo. Ambos estão colocados sobre uma mesa
perfeitamente horizontal sem atrito e pretende-se determinar a aceleração do sistema e a força de
contato entre os corpos 1 e 2.
F
m2
a)
■’2
F
m2
m2g
b) c)
Nas figuras (b) e (c) estão indicadas as decomposições de forças no corpos 1 e 2. A força
P21 é a força que o corpo 2 realiza no corpo 1. A força P12 é a força que o corpo 1 aplica no corpo
2. Estas duas forças constituem uma aplicação da 3a Lei de Newton:
Perceba que os dois corpos se movimentam sempre juntos, implicando que a aceleração
dos dois corpos é igual. Aplicando a 2a Lei de Newton em cada um dos corpos:
F - Fc = m,a
Fc = m2a
F
F = (m1+m2)a => a =-----------
m1 +m2
m2F
Fc
md +m2
e assim vemos que este resultado é similar ao do caso em que os dois corpos estão ligados pela
corda.
24
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios tia Dinâmica
Máquina de Atwood
A
w
"'2g
Suponhamos, sem perda de generalidades, que m, < m2, ou seja, abandonando o sistema
a partir do repouso o corpo 1 sobe e o corpo 2 desce. A decomposição das forças em cada corpo
está indicado na figura acima. Como a corda é suposta de massa desprezível e inextensível,
conclui-se que os módulos das acelerações dos corpos 1 e 2 são iguais bem como os módulos
das trações exercidas sobre cada corpo. Pela 2a Lei de Newton segue que:
m2 -m,
m2g - m4g = (m, + m2 )a a = —?----- ig
m, +m2
Esta aceleração no corpo 1 está dirigida de baixo para cima e no corpo 2 de cima para
baixo. Note que se mi = m2 a aceleração dos corpos é nula, porém isto não significa que os
corpos fiquem parados uma vez que o sistema pode se mover com velocidade constante.
2 -m
m9 1 2m2m1
mi9 (m, + m2 + m2 -m1) = —
T = m1(g + a) = m1 g + — —Lg = —Lg
m., + m2 J m, +m2 m, + m2
25
Elementos tia Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Plano Inclinado Liso
Um objeto muito utilizado no estudo da dinâmica é o plano inclinado, que nada mais é que
uma superfície em forma de rampa, apresentando uma inclinação 0, 0 < 0 < 90°, com relação à
horizontal. O plano inclinado é liso quando pode-se desprezar o atrito do corpo em relação à
superfície inclinada do plano. Suponha que um corpo de massa m é colocado sobre a superfície
de um plano inclinado.
■6 /
17 N
m
e( —
¥77S77/7/77/////7/77/7/7?77J'
k _e/
Uma vez que o corpo somente pode se movimentar ao longo do plano inclinado, sabe-se
que seu vetor aceleração resultante deve ser paralelo à superfície inclinada da rampa. Como a
reação normal N é perpendicular à superfície do plano, a força resultante no corpo é igual à
projeção do peso P na direção da superfície da rampa. Na decomposição das forças tem-se que
esta projeção é igual a:
Como o corpo não pode se mover na direção perpendicular ao plano inclinado nesta
direção existe equilíbrio entre as forças atuantes no corpo. Desta forma, o módulo da reação
normal é igual ao módulo da projeção do peso na direção perpendicular ao plano inclinado:
Por exemplo, tome um plano inclinado liso cuja inclinação com a horizontal é 30°. Um
corpo de massa m = 10 kg é colocado sobre sua superfície inclinada. Adotando g = 10 m/s2, a
aceleração adquirida pelo corpo em seu movimento de descida vale:
V3
N = m.g.cos 0 => N = 10.10.— => N=50>/3N
26
Elementos Da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Força Elástica
Agora será analisado um sistema dinâmico muito comum, denominado sistema massa-
mola. Uma mola tem presa uma extremidade em uma parede e na outra extremidade é fixado um
corpo de massa m que pode se mover sobre uma superfície horizontal lisa. Suponha que o
comprimento da mola quando nenhuma força é imposta sobre ela vale Lo. Neste caso afirma-se
que a mola está relaxada. Quando sobre a mola atua uma força o comprimento da mola varia. Se
a força for de compressão o comprimento final da mola é menor que Lo. Se a força for de
estiramento o comprimento final da mola é maior que Lo. Uma mola sempre reage à tentativa de
alteração de seu comprimento. Se uma força for aplicada em uma mola de modo à comprimi-la ou
estirá-la, surge como reação na mola uma força que tende a restaurar sem comprimento original.
Experimentalmente verifica-se que, dentro de certos limites, a força restauradora é proporcional à
deformação da mola.
F = — kx
Uma mola pode apresentar uma resistência maior ou menor à mudança de comprimento.
Esta resistência está associada à dureza da mola e se relaciona com uma grandeza denominada
constante elástica, representada pela letra k. O sinal negativo indica que a força é sempre
contrária ao deslocamento da mola em relação à sua posição de equilíbrio. Isto pode ser
verificado nas 3 figuras seguintes, onde em (a) tem-se uma mola em sua posição de equilíbrio
(sem distensão ou compressão), em (b) a mola comprimida e em (c) a mola distendida.
r< o
S
F>0
Em cada uma das figuras estão indicadas também a força de mola e a deformação em
cada caso. O deslocamento x do corpo é sempre medido em relação à posição de equilíbrio da
mola. Perceba que o sentido da força elástica é sempre oposto ao sentido do deslocamento x, o
que justifica o sinal negativo em F = - kx.
Enquanto a mola obedecer a esta relação ela está obedecendo a uma lei denominada Lei
de Hooke e em um regime denominado regime elástico. Se a mola for deformada além deste
ponto ela entra em um regime denominado plástico e não retornará mais para seu tamanho (forma)
original.
27
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
VÍNCULOS GEOMÉTRICOS
Polia Fixa
28
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios fla Dinâmica
Plano Inclinado Móvel
(D
X (2) X y * :
Um bloco (1) é colocado sobre a superfície de um plano inclinado (2) que pode se deslocar
sobre um solo perfeitamente horizontal. Suponha que o plano inclinado se desloca uma distância
x2 (logicamente horizontal) enquanto que o bloco se deslocai na horizontal uma distância Xi e na
vertical uma distância y. Na 2a figura pode-se concluir que tg0 = —-—. Se a2 é a aceleração do
X.| + x2
plano inclinado, a1x a componente horizontal da aceleração do bloco, a1y a componente vertical da
aceleração do bloco 1 e supondo que todos os movimentos iniciam a partir do repouso:
a-|yt2
2 aiy
tg0 = — => tgO = => tg0 =
x1 + x2 aixt2 , a2t2 aix+a2
2 2
Note que as forças (Peso e Normal) que geram movimento no sistema sao todas forças
constantes. Logo, a força resultante em cada corpo é constante. Deste modo as acelerações a1y,
aly
a1x e a2 são acelerações constantes. Logo, tg0 = é constante, implicando que a trajetória
aix + a2
do bloco é uma reta.
Conclusão
Alguns sistemas possuem vínculos geométricos que permitem obter relações entre os
deslocamentos dos corpos que compõe o sistema. De maneira geral, quando existe um ou mais
vínculos geométricos em um sistema, é possível encontrar relações do tipo k,x, + k2x2 + ... + knxn
= 0, onde ki, k2 kn são constantes e Xi, x2 xn são os deslocamentos dos corpos 1, 2, .... n
do sistema. Desde que é possível assumir que todos os corpos iniciam seus movimentos a partir
at2
de uma posição de repouso e sabe-se que x, =-^-, onde a, é a aceleraçao do coro i (1 < i < n),
segue que kia, + k2a2 + ... + knan = 0. Estas expressões, em conjunto com as expressões obtidas
pela aplicação da 2a Lei de Newton, permitem determinar as acelerações de todos os corpos que
participam do sistema.
29
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Exemplos:
1) (ITA-OO) Uma pilha de seis blocos, de mesma massa m , repousa sobre o piso de um elevador,
como mostra a figura. O elevador está subindo em movimento uniformemente retardado com uma
aceleração de módulo a. O módulo da força que o bloco 3 exerce no bloco 2 é dada por:
_2
_3
A.
.5.
a3m(g + a) b)3/n(g-a) c)2m(g + a) d)2m(g-a) e)m(2g-a)
Solução: Alternativa D
2m A força que o bloco 3 exerce no bloco 2 é exatamente a força que faz com que
os blocos 1 e 2 subam. Aplicando a 2a Lei de Newton para o sistema formado
pelos blocos 1 e 2:
F| j2mg 2mg - F = 2ma F = 2m(g - a)
2) (lTA-07) Equipado com um dispositivo a jato, o homem-foguete da figura cai livremente do alto
de um edifício até uma altura h, onde o dispositivo a jato é acionado. Considere que o dispositivo
forneça uma força vertical para cima de intensidade constante F. Determine a altura h para que o
homem pouse no solo com velocidade nula. Expresse sua resposta como função da altura H, da
força F, da massa m do sistema homem-foguete e da aceleração da gravidade g, desprezando a
resistência do ar e a alteração da massa m no acionamento do dispositivo.
F \
-y
h
7/////////7 solo
Solução:
A velocidade atingida pelo homem-foguete a uma altura h do solo, quando sob a ação exclusiva
do peso é dada por v = ^2g(H - h).
Aplicando a 2a Lei de Newton para o sistema homem-foguete:
Fr = P - F => m.a = m.g - F => a = g - F/m
De acordo com a equação de Torricelli:
0 = v2 + 2a.h => 0 = 2gH-2gh + 2ah-^^ => h=^
m
30
________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
3) (ITA-12) Um elevador sobe verticalmente com aceleração constante e igual a a. No seu teto
está preso um conjunto de dois sistemas massa-mola acoplados em série, conforme a figura. O
primeiro tem massa m, e constante de mola k-,, e o segundo, massa m2 e constante de mola k2.
Ambas as molas tem o mesmo comprimento natural (sem deformação) f. Na condição de
equilíbrio estático relativo ao elevador, a deformação da mola de constante k! é y, e a da outra, x.
Pode-se então afirmar que (y - x) é
Solução: Alternativa C
Como os corpos m, e m2 estão em equilíbrio relativo, a aceleração
F4 mi
ÍL
rri2
resultante em cada um é igual à aceleração do elevador. Deste modo,
escrevendo a 2a Lei de Newton para cada corpo:
Fz 4- Pi
Jk,y-m1g-k2x = m1a y = m2(g + a) c (m, +m2)(g + a)
,r P2 x= e y=
[k2x - m2g = m2a k2 k,
[(k2-k,)m2 +k2m,](g + a)
Subtraindo: y-x
k,k2
m M
iniuin^iiniiiiiiiiÍTnfiiiiiiiii
5) (ITA-11) Sobre uma mesa sem atrito, uma bola de massa M é presa por duas molas alinhadas,
de constante de mola K e comprimento natural l0, fixadas nas extremidades da mesa. Então, a
bola é deslocada a uma distância x na direção perpendicular à linha inicial das molas, como
mostra a figura, sendo solta a seguir. Obtenha a aceleração da bola, usando a aproximação
(1 + a)“ = 1 + aa.
a) a = - kx/M b) a = - kx2/2M/0 c) a = - kx2/Mí0 d) a = - kx3/2Mí20 e) a = - kx3/M£2o
31
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Solução: Alternativa E
Pelo Teorema de Pitágoras segue que:
F ÍKF
IX x j r x2 i zxX2 x2
:x 4 + AX = + x? = Á> J1 + = 41 + ■—= 4 + — => Ax = —-
I 'o io °l 2C2 I 0 o"
24 oi
2lo
A força resultante na bola vale:
x x2 X 2kx3
| Fr |= 21F | sen0 = M | ã | => M | ã |= 2kAx = 2k — x2” => |a|=
4+Ax 2l0 M(2í£ +x2)
4 +—
° 2/?0
kx3
Uma vez que 4 » x então: a
Mí20
2,0 m
Solução:
Como as molas estão ligadas em série as forças em cada uma delas é igual:
Fa = Fb=Fc => kaAxa = kbAxb = kcAXc => 10(xa - 0,5) = 15(xb - 0,6) = 18(xc - 0,7) =>
10xa - 5 = 15xb-9 = 18Xc-12,6 => xa = 1,8xc - 0,76 e xb = 1,2xc- 0,24
Na figura pode-se observar que a soma dos comprimentos finais das molas é 2,0 m:
xa + xb + Xc = 2,0 => 1,8Xc-0,76 + 1,2xc-0,24 + Xc = 2,0 => 4xc = 3 => xc = 0,75 m =>
xb = 0,66 m e xa = 0,59 m
7) (ITA-11) Um corpo de massa M, inicialmente em repouso, é erguido por uma corda de massa
desprezível até uma altura H, onde fica novamente em repouso. Considere que a maior tração
que a corda pode suportar tenha módulo igual a nMg, em que n > I.Qual dever ser o menor tempo
possível para ser feito o erguimento desse corpo?
I 2H ' 2nH ' nH ' 4nH ' 4nH
a) b) c) d) e)
(n-i)g (n-l)g 2(n-1)2g (n-2)g (n-i)g
Solução: Alternativa B
Seja a o maior valor que suporta a corda. Neste caso o corpo
v“
deve ser erguido aplicando uma aceleração igual a a, durante
v*- um tempo t’, para depois ser freado até atingir a altura H. Seja v'
P
I a velocidade máxima atingida pelo corpo. Pela 2a Lei de Newton:
I T - P = Ma nMg - Mg = Ma => a = (n - 1 )g
I
I Como a aceleração a é constante: v’ = at’ = g(t -1’) => t = nt’
"r t *t
No gráfico acima a área é numericamente igual ao espaço
v'.t at'.t = (n - 1)gt2 r~2nH~
percorrido: H = Área = => t =
2 2 2n (n-1)g
32
___________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
8) (ITA-81) A figura (a) representa um plano inclinado cujo ângulo de inclinação sobre o horizonte
é a. Sobre ele pode deslizar, sem atrito, um corpo de massa M. O contrapeso tem massa m, e
uma das extremidades do fio está fixa ao solo. Na figura (b) o plano inclinado foi suspenso, de
modo a se poder ligar as massa m e M por meio de outro fio. Desprezando os atritos nos suportes
dos fios, desprezando a massa do fio e sendo a aceleração da gravidade g, podemos afirmar que:
fig.b
fig.a -V
B
3
a
9) (ITA-96) Dois blocos de massa M estão unidos por um fio de massa desprezível que passa por
uma roldana com um eixo fixo. Um terceiro bloco de massa m é colocado suavemente sobre um
dos blocos, como mostra a figura. Com que força esse pequeno bloco de massa m pressionará o
bloco sobre o qual foi colocado?
a) 2.M.m.g/(2M+m)
b) m.g
c) (m - M).g
d) m.g/(2M+m)
□ m
e) Outra expressão.
Solução: Alternativa A
33
_______________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
2a Lei de Newton para o corpo M da esquerda:
T N T - Mg = Ma (1)
II) 2a Lei de Newton para o corpo M da direita:
M M Mg + N-T = Ma (2)
Mg^ III) 2a Lei de Newton para o corpo m:
Mgj; mg - N = ma (3)
N_
Somando (1) e (2): N = 2Ma => a (4)
2M
mN mg = N| 1 + — 2mMg
Aplicando em (4) em (3): mg - N =-----
2M M l 2M 2M + m
10) Determine a aceleração do corpo 2 no arranjo abaixo se a massa do corpo 2 é n vezes maior
que a massa do corpo 1 e o ângulo de inclinação do plano inclinado com relação à normal é a.
Todos os atritos, bem como as massas das polias e dos fios podem ser negligenciados.
| Q2
a
Solução:
A polia móvel faz com que a aceleração do corpo 1
I
seja o dobro da aceleração do corpo 2.
2T Suponha que o corpo 2 desça e,
2T, consequentemente, o corpo 1 suba.
N Como a polia móvel não possui massa a força
resultante nela deve ser igual a zero. Isto ocorre
mg
quando a tração no fio que liga o corpo 1 à polia
móvel for o dobro da tração no-fio que liga o corpo
I Ynrng 2 ao plano inclinado.
Aplicando a 2a Lei de Newton para cada corpo:
2T - mgsen a = m.(2a) => 2T - mgsen a = 2ma (1)
nrng - T = nma => 2nmg - 2T = 2nma (2)
(2n - sen q)g
Somando as equações (1) e (2): 2nmg - mgsen a = 2m(n + 2)a => a =
2(n + 2)
Se sen a < 2n (o enunciado não afirma que n é inteiro) o corpo 1 sobe e se sen a > 2n o corpo 1
desce. Se sen a = 2n o sistema permanece parado ou se movimenta com velocidade constante.
11) (OBF-12) Um homem está sentado sobre uma prancha e se puxa para cima em um plano
inclinado de 30° como mostra a figura. Se o peso do homem e da prancha é de 1200N, determine
a aceleração se o homem exerce uma força de 200N. Despreze todas as formas de atrito e
considere ideais as roldanas e os cabos, (sen 30° = 0,5).
30°
34
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Solução:
Seja mi a massa do homem e m2 a massa da prancha.
Suponha que m = m, + m2.
Aplicando a 2a Lei de Newton:
N T, F T - F - nrngsen 0 = nr^a
*F ÍL 2T + F - m2gsen 0 = m2a
Somando as duas expressões:
ma^-
3T - (rm + m2)gsen 0 = (m, + m2)a =>
*30° 3T-mgsen0 = ma => 3.200 - 1200.0,5 = 120a =>
a=0
12) Sobre uma plataforma de um elevador de massa m encontra-se um homem de massa M. Uma
corda que está amarrada no elevador passa por uma roldana e vem às mãos do homem. A corda
e a roldana são ideais. O homem puxa a corda e sobe junto com o elevador com aceleração
constante a. Calcule a aceleração a e a força exercida pelo homem sobre a plataforma.
~F
Solução:
T Pelo contato dos pés do homem com o piso da plataforma segue que
T
a acelerações dos dois corpos é igual. Pela 2a Lei de Newton:
T - mg — N = ma
T + N - Mg = Ma
Somando as duas equações: 2T - (M + m)g = (M + m)a =>
N T (M + m)(g + a)
2
mg N
13) Uma barra pode mover-se sem atrito tanto para baixo como para cima, entre dois suportes
fixos. A massa da barra é igual a m. O extremo inferior da barra toca a superfície lisa da cunha de
massa M. A cunha está situada em uma mesa horizontal lisa. Determinar a aceleração da cunha.
m
M
\a
Solução:
35
r
Elementos ila Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Na decomposição de forças ao lado note que não é
possível que a barra esteja em contato com todas os
suportes. A atuação da força F na barra faz com que
esta tenha a tendência de girar no sentido horário,
n2 fazendo com que tenha contato apenas com o
suporte superior direito e o suporte inferior esquerdo.
Escrevendo a 2a Lei de Newton para cada corpo:
Mg mg - F.cos a = may (1)
mg
F.sen a = Max (2)
Suponha que a barra desce uma distância y
enquanto a cunha se desloca horizontalmente de
uma distância x. Pelo vínculo geométrico entre os
movimentos da barra e da cunha conclui-se que:
m tg a = — => tg
tgaa=— =s ay = ax.tg a (3)
x ax
Multiplicando (1) por sen a:
m.g.sen a - F.sen a.cos a = m.ay.sen a (4)
x Multiplicando (2) por cos a:
F.sen a.cos a = M.ax.cos a (5)
Somando as equações (4) e (5): m.g.sen a = m.ay.sen a + M.ax.cos a =>
m.g.tg a = m.ay.tg a + M.ax (6)
m.g.tg a
Substituindo (3) em (6): m.g.tg a = m.ax.tg2 a + M.ax => ax
m.tg2a + M
14) Que força horizontal deve ser constantemente aplicada a M = 21 kg para que rm = 5 kg não se
movimente em relação a m2 = 4 kg? Despreze os atritos e considere g = 10 m/s2.
m1 I I---------- ~c\
F M
m2
Solução:
Como todos os blocos possuem a mesma aceleração: F = (M + m, + m2)a (1)
N
T No corpo rm existe equilíbrio vertical (N = m,g) enquanto que a força resultante é
igual à tração: FR1 = T = mia
l m,g Como a aceleração é horizontal pode-se aplicar o teorema de Pitágoras no
triângulo utilizado para determinar a força resultante em m2:
T2 = FR2 + (m2g)2 => (mia)2 = (m2a)2 + (m2g)2 => a2(m,2 - m22) = m22g2
m2g
a=
yjm2 - m.'22
m2g
(M + m, +m2)m2g
Substituindo em (1): F
i/m,2 -m22
30.4.10
Substituindo os valores numéricos: F = 400 N
-725-16
15) (IME-84) Determinar a massa necessária ao bloco A para que o bloco B, partindo do repouso,
suba 0,75 m ao longo do plano inclinado liso, em um tempo t = 2,0 s. Desprezar as massas das
polias e dos tirantes e as resistências passivas ao movimento. A massa do bloco B vale 5,0 kg e a
aceleração da gravidade deve ser considerada igual a 10 m/s2.
36
_________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Solução:
A aceleração de B pode ser determinada por:
AdB = aBt2/2 => 0,75 = aB.4/2 => aB = 0,375 m/s2
Suponha que o corpo A desça uma distância x. Este corpo puxa o fio
para baixo uma distância 3x, distância esta que veio do movimento de
subida do corpo B. Assim, conclui-se que se o corpo A descer uma
distância x o corpo B sobe uma distância 3x.
Assim, tem-se que: aB = 3aA => 0,375 = 3aA => aA = 0,125 m/s2
B
Escrevendo a 2a Lei de Newton para cada corpo:
60°
/3
T - mBg sen 0 = mBaB T- 5.10.—— = 5.0,375
L mAg-3T = mAaA
10mA -3T = 0,125.mA
T-25V3 = — T = 45,176 N
8 45,176 =
79mA
79mA mA= 13,72 kg
10mA -3T = ^ T= 24
24
8
16) (IME-85) Os dois blocos da figura deslizam sobre o plano horizontal sem atrito. Sabendo-se
que os pesos dos blocos A e B são, respectivamente, 250 N e 375 N, determinar a aceleração
relativa entre os blocos e a tensão no cabo. Adotar g = 10 m/s2.
100 N B
-«----- A
n—.......
Solução:
Seja T a tração na corda. A 2a Lei de Newton para cada corpo é:
aA
F —2T = mAaA 100-2T = 25aA 25 => aA + aB = 4 m/s2
3T = mBaB 3T = 37,5aB 2T
.25 -3b
x
Suponha que o bloco A anda uma distância x
para a esquerda, puxando assim um
comprimento 2x do fio para a esquerda. Este
comprimento 2x veio do lado direito do sistema,
onde o fio passa pelo bloco B em 3 pontos.
Logo, como o comprimento do fio é constante segue que o corpo B anda uma distância 2x/3
também para a esquerda, ou seja:
2 2 5 95
aB= —aA => aA+ —aA=4 => =4
— aA=4 => aA = 2,4 m/s => aB=1,6m/s
A aceleração relativa é dada por: aR = aA - aB = 0,8 m/s2
Assim: T = 12,5aB = 12,5.1,6 = 20 N
37
__________ _____ _____________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
17) (Olimpíada Iberoamericana de Física-98) Um corpo de massa m = 1 kg está inicialmente
suspendido em um carrinho de massa M = 11 kg mediante o sistema de polias mostrado. As
polias e os fios são de massa desprezível e também desprezam-se todas as forças de atrito.
ni
<1
- ...I 0
- I © I
0
Se o corpo é solto quando está a uma altura h = 4,9 m acima da base do carrinho, depois de
quando tempo o corpo atingirá a base do carrinho? Qual terá sido o deslocamento do carrinho
nesse tempo?
Solução:
.. I
x
y F
r*j T
Mg» N
De início podemos notar que o carrinho e o corpo possuem sempre o mesmo deslocamento
horizontal, ou seja, a = ax (1)
Escrevendo a 2a Lei de Newton para cada corpo:
2T - F = Ma (2)
F = max (3)
mg - T = may => 2mg - 2T = 2may (4)
Suponha que é dado um deslocamento x do carrinho para a direita. Este deslocamento do
carrinho faz com que um comprimento y = 2x do fio passe para a região do sistema onde está o
corpo de massa m. Assim, segue que ay = 2a (5)
Somando as expressões (2), (3) e (4): 2mg = Ma + max + 2may (6)
Substituindo (1) e (5) em (6):
2mg 4mg
2mg = Ma + ma + 4ma = (M + 5m)a => d —----------------- => ay =
M + 5m M + 5m
'h(M + 5m)
h = ^l => t = ^ = 2s
2 2mg 2.1.9,8
at2 mg t2 1.9,8
X =----- = 4 = 2,45m
2 M + 5m 16
18) (IME-02) Sejam M, m, e m2 as massas dos blocos homogêneos dispostos conforme a figura
abaixo, inicialmente apoiados sobre uma placa horizontal. Determine a aceleração do bloco de
massa m,, em relação à roldana fixa, após a retirada da placa, sabendo que M = rri! + m2 e m, <
m2. Considere que não há atrito no sistema e despreze o peso das polias e das cordas que unem
os blocos.
38
_________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
//////////
M
A
—1
m.
m2
Placa
Solução:
Nos exemplos anteriores as equações envolvendo os vínculos
geométricos foram determinadas analisando como os corpos
dos sistema se movimentam em função do deslocamento x de
um dos corpos do sistema. Neste exemplo, as expressões do
y yP vínculo geométrico serão determinadas baseadas no fato de
y. que os comprimentos dos fios são constantes. Assim, serão
determinadas relações de como os corpos se movimentam em
y2
M ■ relação a um referencial fixo. Estas expressões permitem
T relacionar as acelerações dos corpos do sistema.
Adotando o referencial na polia identificamos as posições dos
corpos de massas M, m, e m2 como y, y, e y2 e a posição da
m.
polia móvel como yp. Sejam também t, e í2 os comprimentos
m2
dos fios 1 e 2 e a,, a2, a3 as acelerações dos corpos mb m2 e
M, respectivamente, temos:
y + yp = e y, - yp + y2 - yp = í2 => y, + y2 - 2yp = í2
Derivando estas duas equações em função do tempo obtemos:
a3 + ap = 0 e a! + a2 = 2ap => a, + a2 + 2a3 = 0 (1)
Separando os 3 corpos e aplicando a 2a Lei de Newton temos
(2) T, = 2T
(3) Mg - 2T = Ma3
(4) m,g -T = mia,
(5) m2g - T = m2a2
2T T T
Isolando as acelerações nas expressões: a3=g------- (6), a,=g--------- (7) e a2=g---------- (8)
T r 3 ° M mi m2
Substituindo estes valores em (6), (7) e (8) em (1):
T T „ 4T -rí 1 4
14]^
g---+ g--- + 2g- —= 0 > T — + —+ — =4g => T = _____________ g (9 )
m, m2 M 4m1m2 + m,M + m2M
l^m, m2 M
MJ
4m2M 4m1m2 + m,M + m2M - 4m2M
Substituindo (9) em (7): a, = g - g= g =>
4m1m2 +m1M + m2M 4m1m2 +m,M + m2M
4m1m2 + m,M - 3m2M [4(M - m2 )m2 + (M - m2 )M - 3m2M]
a, = g= g
4m1m2 + m,M + m2M 4m1m2 + M(m, + m2)
4Mm2 - m2 + M2 - Mm2 - 3Mm2 M2 - 4m2
a1------------------------------------- z— ------------- g a.
4m,m2 +M M2 + 4m,m2
39
___________ __________________________________ Elementos da física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
19) Um bloco de massa m, que está conectado a uma parede através de um fio ideal, é
abandonado em repouso sobre um carrinho de massa M = 2m. Se o sistema pode deslizar sem
atrito, determinar as acelerações adquiridas pelo bloco e pelo carrinho.
sen a = 0,6 cos a = 0,8
m
ã
M
I
Solução:
T a
* ■*»——
O
N
o 1
▼ Mg
Pela decomposição das forças pode-se concluir, pela 2a Lei de Newton, que:
T - T.cos a + F.sen a = Ma => T - 0,8.T + 0,6.F = 2ma => T + 3F = 10ma (1)
mg - F.cos a - T.sen a = may => mg - 0,8.F - 0,6T = may => 5mg - 4F - 3T = 5may (2)
T.cos a - F.sen a = max => 0,8.T - 0,6.F = max => 4T-3F = 5max (3)
Suponha que o corpo M se movimente uma distância x para a direita. Úm comprimento x do fio
passa para o lado do plano inclinado, fazendo com que o corpo m ande uma distância x ao longo
do plano inclinado. Dos vínculos geométricos conclui-se que:
ay = a.sen a => ay = 0,6a => 5ay = 3a (4)
ax = a - a.cos a => ax = a - 0,8a => 5ax = a (5)
Substituindo (4) em (2): 5mg - 4F - 3T = 3ma (6)
Substituindo (5) em (3): 4T - 3F = ma (7)
Somando as expressões (1) e (7): 5T=11ma => T = 2,2ma (8)
Substituindo (8) em (1): 2,2ma + 3F = 10rna => 3F = 7,8ma => F = 2,6ma (9)
5mg - 4F - 3T = 3ma => 5mg - 10,4ma - 6,6ma = 3ma => 5mg = 20ma => a = g/4
As componentes da aceleração de m são dadas por
ax = a/5 = g/20 e ay = 3a/5 = 3g/20
40
_____________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
20) Os blocos A, B e C tem massas de 1kg, 2kg e 3kg, respectivamente. Calcular as suas
acelerações. Desprezar atritos.
-s
C
7\
A
Solução:
Xb
►
c
T
i ,I EH _
EEZ ZEHÇ^
7
id
I.
T O O
xA
I i
A
I !
mAg^
41
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
21) A cunha mostrada na figura pode deslizar sobre o plano horizontal sem atrito. A massa da
cunha é M e seu ângulo se elevação é a = 30°. Um corpo de massa m pode deslizar sem atrito
sobre a superfície inclinada da cunha. A trajetória do corpo faz um ângulo <p = 60° com a horizontal.
Determine a razão m/M.
Solução:
\ a i
NYí
'S * I
'X / ; y'
mg
a
Q-lXi—1
N’ ,,Mg '''
7/^//////^
Aplicando a 2a Lei de Newton em cada um dos corpos:
Ncosa
Ncos a ...
mg-Ncosa = may => ay=g----- —— (1)
m
Nsena
N.sen a = max => ax = (2)
m
Nsena
N.sen a = Ma => a =----------- (3)
M
y . ay
Pelo vínculo geométrico do sistema tem-se que: tg a = => tga = ——
x, + x2 ax+a
Ncos a Nsena Nsena
ay = (ax + a)tg a g--------- -----------+ tga
m m M
mg-Ncosa Nsena(M + m)
tga => Mmg - NMcos a = N(M + m)tga.sen a =>
X M/TÍ
_________ Mmg_________
NfMcos a + (M + m)sen a.tg a] = Mmg => N= (4)
Mcosa + (M + m)sena. tga
. . . ... ... Mgcosa (M + m)gsena.tga
Substituindo (4) em (1): a = g - —----- ---- ---- -— = ——---- —-------- -—
’ Mcosa + (M + m)sena.tga Mcosa + (M + m)sena.tga
(M + m)gsen2 a (M + m)gsen2a
ay = ay = (5)
Mcos2 a + (M + m)sen2 a M + msen2 a
Mg sen a. cos a Mg sen a. cos a
Substituindo (4) em (2): ax = => ax (6)
Mcos2 a + (M + m)sen2 a M + msen2 a
ay M+m m
Dividindo as expressões (5) e (6): tga => tg<p= 1 + — tga =>
M
42
________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
22) Determinar as acelerações dos corpos de massas m2 e m3 do sistema mecânico da figura.
Despreza-se o atrito entre todas as superfícies de contato.
m2
'^ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ^
mi
Va
Solução:
K
I x,
êT
jrn,g
___________
Q'/ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZAZX
m2g
Como m, está ligado ao plano inclinado através de um fio inextensível que passa por uma polia
fixa tem-se que as acelerações de m, e m2 possuem mesmo módulo.
Escrevendo a 2a Lei de Newton para cada corpo:
m1g-T = m1a (1)
T + F.sen 0 = m2a (2)
F. cos a
m3g - F.cos 0 = m3ay => ay = g - (3)
m3
F. sen 0
F.sen 6 = m3ax => ax = (4)
m3
rr^g + F.senO
Somando as equações (1) e (2): n^g + F.sen 0 = (rm + m2)a => a = (5)
m1 + m2
Do vínculo geométrico entre os movimentos de m2 e m3 segue que:]
tg0= 3y => (ax + a)tg 0 = ay (6)
ax+a
F.sen 0 m,g + F. sen 0 F. cosa
Substituindo (3), (4) e (5) na equação (6): tgO = g-
IDg + rD2 m3
F(m., + m2)sen2 0 + m1m3g sen 0 + Fm3 sen2 0 m3gcos0 - Fcos2 0
(m1+m2)rjc^'
F^ + m2)sen2 0 + m1m3g sen 0 + Fm3 sen2 0 = (m1 + m2 )m3gcos 0 - F(m1 + m2 )cos2 0 =>
2 r/ x zxi r- [(m< + m9)cos 0 - m« sen 0]g
F[m1 + m2 + m3sen 0] = ma^rr^ + m2)cos 0 - rrhsen 0]g => F = ■ 3 1------—------------ |-------— (7)
rri! + m2 + m3 sen 0
Substituindo (7) em (3), (4) e (5):
F.cosa (m, +m2)gcos2 ©-rr^gsenOcos©
(3): ay = g- g-
m3 m, + m22 + m3 sen2 0
43
____________ Elementos tia Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
[m, + m2 + m3 sen2 0 - (m, + m.i2) cos2 0 + m, sen 0 cos 0]g
ay - ■
m, + m2 + m3 sen2 0
[(m, + m2 )(1 - cos2 0) + m3 sen2 0 + m, sen 0 cos 0]g
y m, + m2 + m3 sen2 0
[(m, + m2)sen2 0 + m3 sen2 0 + m, sen0cos0]g
y m, + m2 + m3 sen2 0
[(m, +m2 + m3)sen2 0 + m, sen0cos0]g
y m, + m2 + m3 sen2 0
F.sen0[(m, +m2)sen0cos0-m,sen2 0]g
(4) ax
m3 m, + m2 + m3 sen2 0
m3[(m, + m2)cos0-m, sen0]g
’9 — • — • — sen2 0
(5) a-mi9 + F sen0 - m,+m2+m3
m, + m2 01,+ m2
(m2 + 01,012 + nyj+j-sen2^ + m,m3 sen 0 cos 0 + m2m3 sen 0 cos 0 - nynj-sen2"© )g
(m, + m2 + m3 sen2 0)(m, + m2)
[m,(m, +m2) + m3(m, +m2)sen0cos0]g Jrnr^rnJííni, +m3 sen0cos0)g
a= => a
(m, + m2 + m3 sen2 0)(m, + m2) (m, + m2 + m3 sen2 0)^rrir+-rrÇ5
(m, + m3 sen 0 cos 0)g
m, + m2 + m3 sen2 0
44
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
REFERENCIAIS NÃO INERCIAIS
A
A figura mostra que os vetores posição da partícula vistos pelos dois observadores se
relacionam através de
r'=r-rR
V' = V-VR
ã’ = ã-ãR
Um referencial que sofra uma aceleração não pode ser um referencial inercial. Um carro
que freia (isto é, desacelera) é um bom exemplo de um referencial não inercial. Um objeto
abandonado a si mesmo tende a manter o seu movimento inalterado (Principio da Inércia) e por
isso quando o carro freia esse objeto tende a acelerar em relação ao referencial do carro. Se
conseguirmos identificar um referencial inercial poderemos testar os outros referenciais
verificando se têm aceleração em relação ao primeiro. Na prática, interessa-nos que o referencial
com que trabalhamos seja “suficientemente inercial” para estudarmos o movimento de que nos
ocupamos. Se quisermos estudar a queda de uma maçã, a superfície da Terra está
suficientemente em repouso. Já o movimento do planeta Mercúrio será difícil de descrever e
45
______________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
explicar se tomarmos a Terra como referencial, como verificaram os astrônomos anteriores a
Copérnico (séc. 16) que usavam um sistema geocêntrico para o Sistema Solar.
F = Mg-Mã
-Ma
Mg
Por outro lado, se o corpo estiver preso por uma corda no teto do vagão, um observador
externo verá o corpo acelerado tal que:
T + Mg = Mã (observador em repouso)
Para um observador no interior do vagão, o corpo nao está acelerado e, portanto, para ele,
a equação de forças é:
Neste caso, afirma-se que o corpo está em equilíbrio relativo ao observador, uma vez que
a aceleração relativa entre os dois é nula.
Em referenciais não inerciais o termo -Mã é conhecido como força de inércia ou força de
Einstein.
46
Elementos da Física - Mecânica 1 - Princípios da Dinâmica
—-►
, mg
F
F = (M + m)a => a =--------
M+m
Será adotado, a partir de agora, um sistema não inercial de eixos que se desloca para a
direita com mesma aceleração ã do sistema formado pelos corpos. Neste sistema surge no corpo
de massa m uma força de inércia F, = -mã, como indicado na figura. Neste sistema não inercial a
aceleração do corpo de massa m é nula, ou seja, neste sistema não inercial o corpo de massa m
está em equilíbrio. Na direção paralela à inclinação do plano inclinado este equilíbrio é obtido
igualando as componentes de e mg:
F
F!.cos0 = m.g.sen0 jrí.a. cos 0 = jtí.g. sen 0 cos0 = g.sen0 F = (M + m)g.tg 0
M+m
Deste modo, se uma força de módulo F = (M + m)g.tg 0 for aplicada ao sistema, o bloco de
massa m fica em equilíbrio em relação ao bloco de massa M.
Exemplos:
1) Um vagão de desce um plano inclinado liso com ângulo de inclinação 0. No teto do vagão está
preso um fio em cuja outra extremidade se encontra uma esfera. Determine o ângulo a formado
pelo fio e a direção perpendicular ao teto do vagão.
Solução:
Como o atrito pode ser desprezado, a aceleração do sistema vagãd+esfera vale
a = g.sen 0, paralelamente ao plano inclinado. Adotando um referencial não
a
inercial que se desloca com esta aceleração surge na esfera uma força de inércia
de módulo ma = mgsen 0. Neste referencial a esfera está em equilíbrio, uma vez
mg que o referencial não inercial mede uma aceleração nula da esfera.
A figura ao lado ilustra o triângulo de forças que atuam na esfera no referencial
não inercial. Aplicando a Lei dos Senos neste triângulo:
90“-e^
mg mgsen©
^mã —---- ----- = —2---- sen a = sen 0.cos (a - 0) =>
sen[9O°-(a-0)] sen a
2sen a = 2sen 0.cos (a - 0) => 2sen a = sen a + sen (20 - a) =>
sen a = sen (20 - a) => a = 20-a => a = 0
47
________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
2) (ITA-88) Uma pessoa de massa m1 encontra-se no interior de um elevador de massa m2.
Quando na ascensão, o sistema encontra-se submetido a uma força de intensidade Fresuilante = F.
o assoalho do elevador atua sobre a pessoa com uma força de contato dada por:
. miF . . m.F . m.F (m, + m2 )F m2F
a)------ 1------++m,g
01,9 b)------ 3--------m,g
m.g c)------ 3— d) e)
m1+m2 m,+m2 m1+m2 m2 m, +m2
Solução: Alternativa A
__ t fy'
|m,a
m2a
Tn
|n
m,g
m2g
F
Como o elevador e a pessoa possuem mesma aceleração: F = (mi m2)a => a =------------
m, + m2
Adotando um referencial x’y’ não inercial que possui a mesma aceleração do sistema
elevador+pessoa tem-se que tanto o elevador e a pessoa estão em equilíbrio neste referencial. No
referencial x’y’ surgem forças de inércia, de módulos m,a e m2a, na pessoa e no elevador,
respectivamente. Analisando a decomposição das forças na pessoa:
., m.F
N = m,a + m,g =•----- 1----- + m,g
m, +m2
3) Sobre um prisma triangular se coloca uma corrente flexível e homogênea de modo que seu
ponto médio fique sobre a aresta superior do prisma. Este se apóia em um plano horizontal
perfeitamente liso. Determinar a aceleração horizontal que deve ser comunicada ao prisma para
que a corrente fique em equilíbrio, sendo g a aceleração da gravidade.
Solução:
T Suponha que massa da corrente seja 2m, ou
N, seja, cada metade da corrente possui massa
----- ã m. Adotando a > 0, a tendência da corrente é
ma descer sobre o plano de inclinação a. Deste
------ S mg
mg modo, para equilibrar a corrente deve-se
acelerar o prisma para a esquerda de uma
aceleração ã. Adotando um referencial não inercial x’y’ que se move com aceleração â as duas
metades estão em equilíbrio em relação a x’y’. Surgem forças de inércia em cada metade da
corrente, de intensidades ma, como indicado na decomposição de forças.
Na corrente da esquerda: mgsen a = macos a + T (1)
Na corrente da direita: mgsen p + macos p = T (2)
Logo: mgsen a = macos a + mgsen p + macos p => g(sen a - sen p) = a(cos a + cos p) =>
„ ía-B} a>- . (a-0
2gsen = 2a cos ----- - cos a = gtgl
l 2 J 2
48
_____________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
4) Um bloco (1) de massa m repousa sobre um plano inclinado (2) de massa M, em um local onde
a aceleração da gravidade é g. Despreze todos os atritos. Determine a aceleração dos dois corpos.
(DO^
x &
777/7/77/77Z//7///77/
Solução:
Esta situação já foi resolvida anteriormente adotando um referencial inercial. Porém, quando um
referencial não inercial for adotado, a determinação das velocidades dos corpos se torna um
pouco mais simples.
Sejam, no referencial inercial: ã = aceleração do plano inclinado; ãx = aceleração horizontal do
bloco; ãy = aceleração vertical do bloco. Adotando, a partir de agora, um referencial x’y’ não
inercial que se desloca para a direita com aceleração ã (mesma do plano inclinado no referencial
inercial), neste referencial não inercial o plano inclinado está em repouso.
\ a |
—>ã NXI
Ma
x
N’ ,,Mg
No referencial não inercial x’y’ surgem forças de inércia nos corpos, de módulos ma e Ma,
conforme indica a decomposição de forças. Como, em relação a x’y’, o plano inclinado está em
equilíbrio, pode-se afirmar que: x
M.a = N.sen a (1)
Além disso, em x’y’ o corpo (1) desce o plano inclinado (que está parado), ou seja, sua aceleração
resultante a’r é paralela à rampa do plano inclinado:
N + m.a.sen a = m.g.cos a => N = m.g.cos a-m.a.sen a (2)
m.a.cos a + m.g.sen a = m.a'r => a'r = a.cos a + g.sen a (3)
Substituindo (2) em (1): M.a = m.g.sen a.cos a - m.a.sen2 a =>
... 2 , m.sen a. cos a ...
a(M + m.sen a) = m.g.sen a.cos a => a =--------------- ;—g (4)
M + m.sen a
Substituindo (4) em (3):
m.g. sen a. cos2 a m.g. sen a. cos2 a + Mg. sen a + m.g. sen3 a
a'r
M +m.sen2 a M +m.sen2 a
(M + m)sena
g
r M + m.sen2a
Projetando a’r (que é paralelo à rampa do plano inclinado) nas direções horizontal e vertical,
determina-se as componentes das acelerações, em relação a x’y’, do bloco (1):
(M + m)senacosa , , (M + m)sen2a
a'x =a'r .cosa --$------- 9 e ga'e =a' . senra
a y’r=a' .sena
= = —— g
M + m. sen a---------------------------------------- M + m.sen a
Em relação ao referencial inercial:
(M + m)sen2a_
ay=a'.y g
M +m.sen2 a
(M + m)sena.cosa m.sen a, cos a _ M.sena.cosa
ax a’x-a g
M +m.sen2 a M +m.sen2 a x M +m.sen2 a
49
_____ ___ __________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
5) Um bloco de massa m, que está conectado a uma parede através de um fio ideal, é
abandonado em repouso sobre um carrinho de massa M = 2m. Se o sistema pode deslizar sem
atrito, determinar as acelerações adquiridas pelo bloco e pelo carrinho.
sen a = 0,6 cos a = 0,8
ã
Il
Solução:
T
------- >ã
fP
m
a
M I
I (J
N
"17
▼ Mg
.
=> 5mg = 20ma
g 3 3g
=>
a=f
Ainda no referencial não inercial: a'x a. cos a 91=9-, a' =a.sena = —- = —
45 5 ’ y 4 5 20
Como a aceleração ã do referencial não inercial é horizontal, no referencial inercial tem-se:
3g
ay a '
y 20 ‘
50
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
51
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
não é o que importa nesse caso, mas, sim, o Sabendo que o ângulo entre o cabo e a vertical
peso. vale 0, que sen 0 = 0,6, cos 0 = 0,8 e g =
d) Uma mochila de 60 kg na Terra compensa a 10m/s2, a intensidade da força de resistência
diferença entre as acelerações gravitacionais. do ar que atua sobre o recipiente vale, em N,
Somente o efeito da força peso é importante.
e) Ele precisa treinar, na Terra, com uma
mochila de 20 kg para sentir o mesmo efeito
devido à força peso. Contudo, por causa da
MRU
inércia, ele terá mais dificuldade de mudar sua
direção de movimento na Lua.
atmosfera.
100
II. É possível haver força na ausência de A partir da análise do gráfico, são feitas as
movimento. afirmações:
III. A força que impulsiona um foguete é a força I. O piloto completou uma volta nos primeiros 8
dos gases de escape que saem da parte segundos de movimento.
traseira do foguete, à medida que o foguete II. O piloto demorou 9 segundos para
expele os gases para trás. completar uma volta.
IV. Um par de forças de ação e reação sempre III. A força resultante que agiu sobre o piloto,
atuam no mesmo corpo. entre os instantes 8 e 10 segundos, tem
Assinale a alternativa CORRETA: módulo igual a zero.
a) Apenas as assertivas I e II são verdadeiras. IV. Entre os instantes 10 e 12 segundos, agiu
b) Apenas a assertiva I é verdadeira. sobre o piloto uma força resultante, cuja
c) Apenas as assertivas I, II e III são componente na direção do movimento é
verdadeiras. equivalente a três vezes o seu peso.
d) Todas as assertivas são falsas. São verdadeiras apenas as afirmações
e) Apenas a assertiva IV é verdadeira. a) I e III. b) II e IV. c) III e IV.
d) I, III e IV. e) II, III e IV.
E7) (Unesp-12) Em uma operação de resgate,
um helicóptero sobrevoa horizontalmente uma E9) (UFPE-97) Uma locomotiva puxa 3 vagões
região levando pendurado um recipiente de de carga com uma aceleração de 2,0 m/s2.
200kg com mantimentos e materiais de Cada vagão tem 10 toneladas de amassa.
primeiros socorros. O recipiente é transportado Qual a tensão da barra de engate entre o
em movimento retilíneo e uniforme, sujeito às primeiro e o segundo vagões, em unidades de
103N? (Despreze o atrito com os trilhos).
forças peso (P ), de resistência do ar horizontal
( F ) e tração ( T ), exercida pelo cabo
inextensível que o prende ao helicóptero.
52
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios tia Dinâmica
bloco B fica sujeito a uma força de intensidade
y I fi. Em uma segunda experiência, aplica-se a
força de intensidade F, de direção horizontal,
com sentido para a esquerda sobre o bloco B,
e observa-se que o bloco A fica sujeito a uma
E10) (Mackenzie-02) No sistema a seguir, o força de intensidade f2. Sendo o valor da
atrito é desprezível, o fio e a polia são ideais e massa do bloco A o triplo do valor da massa
a mola M, de massa desprezível, tem do bloco B, a relação vale
constante elástica 200 N/m. Quando o corpo B K f?
A B A B
é seguro, a fim de se manter o conjunto em
equilíbrio, a mola está deformada de ..... e, 1a Experiência 2a Experiência
depois do corpo B ter sido abandonado, a a) 3 b)2 c) 1 d) 1/2 e) 1/3
deformação da mola será de
53
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
a) 1,0 kg b) 1,45 kg c) 1,58 kg Gráfico 1
d) 1,67 kg e) 1,86 kg L(m)x
¥¥¥¥¥¥
Calcule a força exercida sobre o corpo C.
0,20
------------------------------- 1----------- ►
0 t' tempo
E16) (Unesp-15) O equipamento representado Analisando as informações, desprezando as
na figura foi montado com o objetivo de forças entre a água que cair no recipiente B e
determinar a constante elástica de uma mola o recipiente R e considerando g = 10 m/s2, é
ideal. O recipiente R, de massa desprezível, correto concluir que a constante elástica k da
contém água; na sua parte inferior, há uma mola, em N/m, é igual a
torneira T que, quando aberta, permite que a a) 120. b) 80. c) 100. d) 140. e) 60.
água escoe lentamente com vazão constante e
caia dentro de outro recipiente B, inicialmente E17) (Fuvest-10) Uma pessoa pendurou um fio
vazio (sem água), que repousa sobre uma de prumo no interior de um vagão de trem e
balança. A torneira é aberta no instante t = 0 e percebeu, quando o trem partiu do repouso,
os gráficos representam, em um mesmo que o fio se inclinou em relação à vertical. Com
intervalo de tempo (t’), como variam o auxílio de um transferidor, a pessoa
comprimento L da mola (gráfico 1), a partir da determinou que o ângulo máximo de inclinação,
configuração inicial de equilíbrio, e a indicação na partida do trem, foi 14°. Nessas condições,
da balança (gráfico 2). Dados: tg14° = 0,25; g = 10m/s2.
mola
Lt
R
B
¥
nh
a) represente, na figura da página de resposta
(abaixo), as forças que agem na massa presa
ao fio.
b) indique, na figura da página de resposta
[ ~|
—I □□
(abaixo), o sentido de movimento do trem.
c) determine a aceleração máxima do trem.
54
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Os valores de tensão, em newtons, nos fios
superior, médio e inferior são, respectivamente,
iguais a 00 m
NOTE E ADOTE a) T + ma. b) T + 2ma
Desconsidere as massas dos fios. c) 2T + 2ma. d) 2T + ma.
Aceleração da gravidade g = 10m/s2.
E21) (AFA-02) Para levantar um pequeno
motor até determinada altura, um mecânico
dispõe de três associações de polias:
I II ni
55
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
as polias A e B. Sabendo-se c"~ —massas
que as ---------- a = (m, - m2)g/(m1+ m2)
dos fios e das polias são desprezíveis e que o c) T = (m, - m2)g; a = (m, - m^g/tm, + m2)
sistema todo está em equilíbrio, pode-se d) T = (m, - m2)g; a = (rm - m2)g/m1
afirmar que: e) T = (m, + m2)g; a = (rm + m2)g/m1
3
a) T = (2.m1.m2.g)/(m1 + m2);
a) 24N b) 35N c) 50N d) 65N e) 76N
56
Elementos tia Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
quando a mola M, de constante elástica 2000 um plano inclinado que forma um ângulo a
N/m, está deformada de 2 cm. com a horizontal e sustenta o bloco de massa
I | mB.
4
S M
! B
Adote:
g = lOm/s2
cosa = 0,8
a sen a = 0,6
massa de cada um desses corpos é:
a) 10kg b) 8kg c) 6kg d) 4kg e) 2kg
////////////////////////
a) 12,4 b) 14,5 c) 15,2 d) 17,3 e)18,1
57
[lementos Ha Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Podemos afirmar corretamente que nessa
F7) (UFC-03) A figura abaixo mostra dois situação o elevador está
blocos de massas m = 2,5 kg e M = 6,5 kg, A) descendo com velocidade constante.
ligados por um fio que passa sem atrito por B) subindo aceleradamente.
uma roldana. Despreze as massas do fio e da C) subindo com velocidade constante.
roldana e suponha que a aceleração da D) descendo aceleradamente.
gravidade vale g = 10 m/s2.
F9) (UECE-10) Um elevador parte do repouso
com uma aceleração constante para cima com
relação ao solo. Esse elevador sobe 2,0 m no
primeiro segundo. Um morador que se
encontra no elevador está segurando um
pacote de 3 kg por meio de uma corda vertical.
Considerando a aceleração da gravidade igual
111 a 10m/s2, a tensão, em Newton, na corda é
A) 0. B) 12. C) 42. D) 88.
d) F = 50 N e R = 40 N. &
e) F = 90 N e R = 65 N.
lg
F8) (UECE-10) Duas massas diferentes estão
penduradas por uma polia sem atrito dentro de
um elevador, permanecendo equilibradas uma Balança
em relação à outra, conforme mostrado na
figura a seguir. A)1040 N B)800 N C) 560 N
D) 240 N E) zero
) 58
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
qual é o módulo da força que a correnteza a) 1,20kg b) 1,32kg
b)1,32kg c) 2,40kg
exerce no bote? d) 12,0kg e)13,2kg.
r^> pessoa
F14) (Mackenzie-97) No conjunto a seguir, de
correnteza
fios e polias ideais, os corpos A, B e C estão
inicialmente em repouso. Num dado instante
esse conjunto é abandonado, e após 2,0 s o
corpo B se desprende, ficando apenas os
corpos A e C interligados. O tempo gasto para
1D pessoa que o novo conjunto pare, a partir do
A) 18 N B) 24 N C) 62 N desprendimento do corpo B, é de:
D)116 N E)138 N
P1
59
Elementos tia Física - Mecânica I - Princípios da Oinãmica
F17) (FEI) Os blocos representados na figura
abaixo possuem, respectivamente, massas mi
= 2,0 kg e m2 = 4,0 kg; a mola AB possui
ir
massa desprezível e constante elástica K = 50
N/m. Não há atrito entre os dois blocos e nem g
entre o bloco maior e o plano horizontal.
A B F
rri]
rri2 —►
"■.... I
<_______________
c
60
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios tia Dinâmica
Í2 F27) (ITA-78) Três corpos A, B e C, com
<- X > massas respectivamente iguais a 4,0 Kg, 6,0
a r B Kg e 8,0 Kg, acham-se apoiados sobre uma
superfície horizontal, sem atrito. Estes corpos
ml
acham-se ligados por intermédio de molas de
massas desprezíveis, e são abandonados a
partir da posição indicada na figura, quando as
tensões nas molas AB e BC forem
m3 respectivamente 1,00 x 10N e 1,50 x 10N.
a) m, e, = (m2 + m3) í2 Pode-se afirmar que as acelerações “aAB” (do
sistema constituído pelos corpos A e B) e “a"
b) nri! (m2 + m3) ti = 4 m2 m3 í2 (do sistema constituído pelos três corpos A, B
c) mi (m2 + m3) í, = 2 m2 m3 t2 e C) serão dadas por:
d) 2 m, (m2 + m3) £1 = m2 m3 t2
0- -víííSimr-i
60'
B
e) m, t2 = (m2 + m3) £1
<•) A 0>)
a)6N
a)0m/s2 b) /3
b)4 N c) 2 N d) 0 N
í
a) T
b) T
= mg(1
= mg(1
V,
+ sen a)/2
+ sen2 a)/(1 + sen a)
a
c) T = mg
F26) (ITA-72) Com relação à questão anterior, d) T = mg sen a
podemos afirmar: e) T = mg tg a
a) A resultante das forças é um vetor
constante. F29) (ITA-82) O plano inclinado da figura 4 tem
b) A aceleração do ponto material nunca se massa M e sobre ele se apoia um objeto de
anula. massa m. O ângulo inclinação é a e não há
c) A resultante das forças tem direção atrito nem entre o plano inclinado e o objeto,
constante. nem entre o plano inclinado e o apoio
e) Para t = 4s a velocidade do ponto material horizontal. Aplica-se uma força F horizontal ao
é nula. plano inclinado e constata-se que o sistema
e) Nenhuma das afirmações acima é correta. todo se move horizontalmente sem que o
objeto deslize em relação ao plano inclinado.
61
Elementos da física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
Podemos afirmar que, sendo g a aceleração b) o elevador deve estar subindo e F = 99 N
da gravidade local: c) o elevador pode estar subindo ou descendo
e F = 81 N
d) o elevador pode estar subindo ou descendo
m. e F = 99 N
F
e) N. D. R. A.
M
F33) (IME-69) O corpo A, pesando 2 kgf, está
' ZZZZZZZZZZZZZ/ZZZ/ZZZZZZZZZZZZZ/Sz
em repouso sobre uma superfície
a) F = mg perfeitamente polida, sustentando por uma
b) F = (M + m)g mola, de constante elástica 20 kgf/m e por um
c) F tem que ser infinitamente grande fio de massa desprezível, que passa por uma
d) F = (M + m)g tg a roldana ideal. Até chegar ao repouso, a mola
e) F = Mg sen a foi distendida de 10 cm. A reação da superfície
sobre o corpo A é nula. Calcule o peso do
F30) (ITA-86) Na figura a seguir, as duas corpo B em kgf.
massas m, = 1,0 kg e m2 = 2,0 kg, estão
ligadas por um fio de massa desprezível que
passa por uma polia também de massa
desprezível, e raio R. Inicialmente m2, é
colocada em movimento ascendente, gastando
0,20 segundos para percorrer a distância d =
1,0 m indicada. Nessas condições m2 passará F34) (IME-98) Na figura a seguir os objetos A e
novamente pelo ponto “O” após B pesam, respectivamente, 40 N e 30 N e
aproximadamente: Adotar g = 10,0 m.s-2. estão apoiados sobre planos lisos, ligados
entre si por uma corda inextensível, sem peso,
que passa por uma polia sem atrito.
Determinar o ângulo 0 e a tensão na corda
d Jl ,0 m quando houver equilíbrio.
m.
Ll
□ m2
A B
l30° e
62
Elementos da Fisica - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
“ F
A
50 cm
C m J-40 cm
2m
150 cm
Balança
| A | B B B
Figura 1 Figura 2 Figura 3
a) a constante elástica da mola em N/m; a) esticada de 20 cm
b) o módulo das acelerações de A, de B e do b) comprimida de 20 cm
eixo da polia; c) esticada de 30 cm
c) a indicação da balança sobre a qual d) comprimida de 30 cm
repousam, inicialmente, os dois blocos. e) comprimida de 40 cm
F37) Uma força F puxa um sistema constituído F39) Um indivíduo de massa m = 50kg está
por um plano inclinado de massa M, que forma sobre uma balança de molas, a qual está fixa
com a horizontal um ângulo 0, e por um corpo num carrinho B que desce por uma rampa sem
de massa m, ligado a M por uma mola ideal de atrito, como mostra a figura. Sao dados: g =
constante elástica k, conforme a figura. 10m/s2 e sen 0 = 0,20. Determine a marcação
Sabendo que m não se move em relação a M da balança, supondo que seu mostrador esteja
e que todos os atritos são desprezados, calibrado em newtons.
determine a deformação da mola.
Dados: F = 20 N, k = 100 N/m, M = 3 kg, m = 1
kg, sen 0 = 0,6 e g = 10 m/s2.
,r
F
M F40) (OBF-13) No sistema de polias mostrado
)0
cr n na figura ao lado, qual deve ser a força
aplicada na extremidade livre da corda para
levantar o objeto de 2kg?
a) comprimida de 10 cm
b) comprimida de 20 cm
c) esticada de 20 cm
d) esticada de 5 cm
e) esticada de 10 cm
63
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
comprimento do lado da corda que está g(M,-M2) g(M,-M2)
a) b)
rn
descendo é x. M, +M2 M, + 2M2
g(2M,-M2) g(M,-2M2)
c) d)
4M, + M2 M, + 4M2
I e)
g(2M,-M2)
2M, + M2
1
a m
B h
V
.53-
B
M P
O O
a) 2,5. b) 3. c) 5. d) 7,5. e) 10.
64
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
comprimento é pequeno comparado com o A7) Numa corda, colocada em uma roldana,
movimento dos corpos. penduram-se os pesos com massas m, e m2.
A roldana, estando imóvel, (os pesos não se
movem), foi equilibrada numa balança como se
vê na figura. Em quanto será necessário variar
o peso no prato da direita, para que, ao liberar-
se a roldana e consequentemente moverem-se
7l
os pesos, o equilíbrio se mantenha.
-------- ZT
m.
A5) Determine as acelerações dos pesos com I—I rri2
massas m2, m3 e a tensão das cordas no
sistema desenhado abaixo se: mi = m2 + m3. A8) Um corpo pode deslizar sem atrito a partir
As massas das cordas e roldanas são muito do vértice A ao longo dos lados A e AC de um
menores que as massas dos pesos. triângulo ABC. Qual o ângulo <p necessário
para que o corpo, sem velocidade inicial, faça
os percursos AB e AC no mesmo tempo?
A
mi||
EJm2 B
(9—£\c
A6) Um aparato que serve para estudar as leis
do movimento uniformemente acelerado A9) Supõe-se que no diagrama da figura a
consta de dois pesos de massas iguais a M, bola é inicialmente solta, sem velocidade inicial,
suspensos entre si por um fio inextensível que desde a altura h. Supondo que não há perdas
passa por uma polia fixa. No instante inicial o de energia no sistema, a bola ficará
peso do lado esquerdo toca o solo e o da executando um movimento contínuo de subida
direita está a uma altura H sobre este. Em e descida dos planos inclinados. O período do
cima do peso da direita se coloca uma movimento executado pela bola será:
sobrecarga de massa meo sistema começa a
mover-se. Quando o peso da direita se
encontra uma altura h sobre o solo, a
sobrecarga m se engancha em um suporte fixo
e se livra do sistema. Em quanto tempo, desde h
que começou o movimento, chegará ao solo a
corpo da direita?
a) 21/2h/g(l/sena + l/sen0)
b) 2^2h / g (1 / cos a +1 / cos 0)
65
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
tração de 250 N no cabo. Despreze todo o
atrito e a massa do fio, polias e pinos de
articulação.
L>
l>
A13) No sistema representado na figura, os
)30° fios e as polias são ideais, não há atrito e as
massas dos blocos A, B e C são
a) 7 m/s2 b) 15 m/s2 c) 65 m/s2 respectivamente iguais a 15kg, 10kg e 24kg. A
d) 70 m/s2 e) 75 m/s2 aceleração da gravidade tem módulo 10m/s2.
Sendo aA, aB e ac os módulos das acelerações
A11) Ao suspendermos um corpo de massa m dos blocos A, B e C, respectivamente,
a uma mola de constante elástica k, conforme determine:
a figura I, no equilíbrio, a mola sofre uma
B
deformação x. Se, a seguir, tomamos 1/3 da ST
mola, amarramos a dois fios , e os 2/3
restantes a outros fios, e pendurarmos a
massa m, no equilíbrio temos a figura II, onde
sen 0 = 0,8 e sen p = 0,6. Determine o valor da
relação entre x e a soma das deformações das 1
a) a relação entre aA, aB e acl
molas na figura II.
Figura I Figura 11
b) os valores de aA, aB e ac;
c) o módulo da tração no fio que está ligado ao
bloco A.
m m
66
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
mi
m2|
67
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
b) Qual o maior valor de f possível?
â
aceleração dos corpos é máxima? Determine a
tensão no fio para cada caso. Despreze a
inércia das polias e o atrito das massas com as
m2 = 2 kg placas.
□ m, = 1 kg
M
n
['llli llll llllj
___I A24) (OBF-12) Uma pessoa gostaria de se
cy o
pesar mas dispõe de uma balança com uma
capacidade limitada para 60 kg e um
Fr dinamômetro. Resolve, então, montar o arranja
A massa do carrinho é M e a massa do bloco de cabos e roldanas ideais mostrado na figura.
ligado a mola é m. Os atritos entre todas as Com isso, o dinamômetro marca 50N e a
superfícies e na polia são desprezíveis. balança 550N. Qual é o peso do homem?
Determine a massa mB em função das outras
duas massas e da compressão x da mola,
quando o sistema é liberado.
r balança
M.O
1 2
A25) Um bloco A se encontra sobre uma
prancha C, a uma distância d = 5 m de um de
seus extremos. A e C estão ligados pelas
extremidades de um mesmo fio ao bloco B,
Considere a polia e os fios ideais. Supondo conforme indica a figura. Despreze todos os
que a massa M2 seja ligeiramente maior que a atritos e massas dos fios e polias. Sabendo-se
massa Mi que mA = mB = 2 kg e mc = 6 kg, determine o
a) Qual a quantidade m de areia que deve ser tempo que o bloco A leva para percorrer a
transferida do balde de massa M, para o balde distância d.
de massa M2 para que a aceleração do
sistema aumente de um fator f ?
68
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
g B Via/s* do mesmo material, como representado na
d
figura.
------------------<Sí d/2
7
3c/
dl 1
A26) Na situação abaixo o sistema pode ser
considerado livre de atritos. As polias e os fios
têm massas desprezíveis. As massas dos
blocos A e B são iguais e valem 25 kg. A
aceleração da gravidade no local vale 10 m/s2. Na ausência de atrito entre as superfícies dos
blocos e entre a base da cunha e o plano
A B
----- ► 300 N horizontal, encontre o tempo de queda do
paralelepípedo até tocar o plano horizontal na
forma , onde i e j são números inteiros e
25 kg 25 kg vjg
g é a aceleração da gravidade.
O bloco B está sob a ação de uma força
A29) Sabe-se que na figura 1 as massas m1f
externa para a direita, de módulo igual a 300 N.
m2 e m3 movem-se com a mesma aceleração a.
Determine a aceleração do bloco A e a
Retirando-se a massa m3, conforme a figura 2,
aceleração do bloco B, em m/s2.
o sistema passa a se mover com aceleração
A27) Um bloco de massa m é colocado em 6a/5. Colocando-se a massa m3 sobre a
massa mi, conforme a figura 3, o sistema
repouso na parte mais alta de um plano
passa a se mover com aceleração 2a.
inclinado de massa 2m, que descansava em
repouso sobre uma superfície plana horizontal. Determine o valor de tg a.
A altura do plano inclinado é h e seu ângulo de m3
inclinação com a horizontal é 30°. Considere m2 m2
que não existe atrito entre o bloco e o plano
inclinado e nem entre o plano inclinado e o
plano horizontal. A aceleração local é g.
Determine:
a) As acelerações do bloco e do plano
inclinado.
b) A velocidade com que o bloco atinge a base
I m7
F” Figura 1 m.
1 |
l
Figura 2
h
2m A30) Um corpo está preso a um fio, cuja outra
3O°7^^ extremidade está atada a um carrinho. O
carrinho se movimenta com aceleração a
sobre um plano inclinado de ângulo de
A28) (OBF-04) Um bloco em forma de inclinação a, em um local onde a aceleração
paralelepípedo de arestas d, d e d/2 é da gravidade é g. Determine o ângulo 0 que o
colocado na parte superior de um outro bloco fio forma com a vertical.
em forma de cunha, de arestas d, 3d e 4d, feito
69
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Oinâmlcj
(llj)
a ('
A
Vm,
1
m m
s>-
(*)..... ~........ .
m f
//////////////////////
0 /I
M
a) 2g/13 b) 3g/26 c) 25g/26
d) g/6 e) g/8
SS/////////////////////;
A35) Um plano inclinado, de altura H e ângulo
A32) Uma corda de massa desprezível de inclinação a, está repousando sobre um
repousa sobre uma cunha de inclinação a. solo horizontal, em um local onde a aceleração
Uma das extremidades da corda está fixa à da gravidade é g. Um pequeno bloco está
parede e na outra se encontra uma partícula localizado próximo ao plano inclinado. Qual a
de massa m. Se a cunha é puxada com aceleração horizontal que deve ser imposta ao
aceleração constante ã na horizontal, plano inclinado de modo que o bloco atinja o
determine a aceleração da partícula em topo do plano inclinado em um tempo t? Os
relação ao solo. atritos são todos desprezíveis
ã 4H 2H
a) b)
t2 sen 2a t2 sen a
c) g , 2H 2H
d) gsena + -5------
' cos a t2 sen2 a cos a t sena
A33) Dois blocos de massas m, e m2 estão e) 9t9“ + ?^
acoplados conforme a figura, sobre rampas
dotadas das referidas inclinações. O fio e a
polia são ideais, e não há qualquer atrito entre A36) A figura abaixo ilustra três blocos de
as superfícies. A aceleração da gravidade local massa mA = 2 kg, mB = 4 kg e mc = 10 kg,
é g. Que aceleração horizontal a deve ser inicialmente em repouso em uma região onde
dada ao sistema de modo que os blocos g = 10 m/s2. O bloco C (cuja seção transversail
permaneçam estacionários em relação à forma um triângulo equilátero) está fixo e o
estrutura A? sistema é liberado. Qual a intensidade da força
normal que a superfície horizontal exerce
sobre mc?
70
Elementos da Física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
vale g. Podemos afirmar que a força de A em
C, a força de B em D e a força sobre o teto,
devido ao sistema blocos-polia-fios valem,
respectivamente:
Teto
71
Elementos da física - Mecânica I - Princípios da Dinâmica
- A44) Na figura, não existe atrito entre
quaisquer das superfícies. As massas da
m3
) a(\
a) JF
V 3ê
c)
V 3g
0
A42) Desde o ponto A, situado no extremo
A45) Um aluno resolveu determinar a aceleração de
superior do diâmetro vertical de certa
circunferência, por dois canais, AB e AC, um vagão. Amarrou uma mola ideal de constante
colocados ao longo de duas cordas distintas, elástica k e comprimento natural L no chão e no teto
são abandonados simultaneamente dois do vagão em dois pontos pertencentes a uma
corpos. Uma das cordas possui um ângulo a mesma reta vertical, como na figura 1. A seguir,
com relação à vertical e a outra corda possui cortou a mola a uma distância de 0,4L do teto e
um ângulo 0 com relação à vertical, de modo amarrou uma massa m, de dimensões desprezíveis,
que a > 0. Determine a relação entre os às duas novas molas, acelerando então o vagão.
tempos, tAB e tAC, que os corpos demoram para Após atingido o equilíbrio, figura 2, determinou os
atingir a circunferência. valores de a e 0. Sabendo que cos a = sen 0 = 0,6
e sendo g a aceleração da gravidade, calcule o
a) tAB = tAC
módulo da aceleração do vagão.
b) tABsen a = tACsen 0
c) tABcos a = tACcos 0
d) tABtg a = tACtg 0 F:
L
e) tABsec a = tACsec 0
72
Elementos tia Física - Mecânica 1 - Princípios da Dinâmica
é de 3 kg. Em relação ao piso do elevador, o zzzzz
sistema é abandonado a partir do repouso.
Sabendo que g = 10 m/s2, determine o vetor o
aceleração de A em relação a B. ui?
E Ia 1111 1113
DJ ///
A) 0,6
A
B) 0,7
2E B
C) 0,8
0, com a horizontal, conforme a figura a seguir.
Abandonando-se o sistema do repouso,
determine a aceleração adquirida pelo bloco A
D) 0,9 E) 1,0
(direção, sentido e intensidade). Desconsidere
todos os atritos e adote a gravidade g.
A48) O sistema da figura está em repouso.
Depois de abandoná-lo, determine o módulo
da aceleração do bloco 1. O bloco 2 é vazado, A
na forma de um túnel vertical, capaz de facilitar
o movimento do bloco 1. Não existe atrito em
todas as superfícies de contato. As polias são
ideais e o fio que une os blocos 1 e 3 é
inextensível.
73
REAÇÃO NORMAL E FORÇA DE ATRITO
No exemplo do cavalo que arrasta um bloco do capítulo anterior já foi referida a existência
de forças de contato entre duas superfícies. Essas forças podem apontar em qualquer direção,
mas o sentido é sempre no sentido em que as duas superfícies tendem a se afastar. É habitual
separar essas forças de contato em duas componentes, uma componente perpendicular às
superfícies em contato, chamada reação normal e outra componente tangente às superfícies,
denominada força de atrito.
> l —
R,
F,
l r
A força de contato entre superfícies é uma força distribuída em vários pontos da superfície.
A resultante de todas essas forças será representada em um ponto da superfície, separando as
componentes normal e tangencial. A reação normal, Rn terá sempre o sentido que faz separar os
dois corpos em contato. A força de atrito, Fa, pode ter qualquer um dos dois sentidos na direção
tangencial.
ATRITO ESTÁTICO
Quando não existe movimento relativo entre as duas superfícies em contato, a força de
atrito designa-se de atrito estático. A força de atrito estático pode ser nula, ou pode estar orientada
em qualquer dos dois sentidos na direção tangente às superfícies em contato.
No exemplo do cavalo e o bloco as forças de atrito nas ferraduras do cavalo são atrito
estático. A força de atrito estático faz possível colocar um veículo em movimento ou fazer com que
trave. É também a força que nos permite caminhar: empurramos com os nossos pés o chão e a
reação do chão no sentido oposto faz-nos avançar.
Mas se o chão estivesse coberto por gelo, os pés escorregavam para trás e não se
conseguia avançar para a frente. Isso acontece porque o módulo da força de atrito estático não
pode ultrapassar um valor máximo, que é proporcional à reação normal:
Fe — Pc^n
74
____________________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
movimento da bicicleta, como resultado da reação da estrada à ação que o pneu exerce sobre a
estrada no sentido oposto.
A força de atrito na roda da frente é no sentido oposto ao movimento, porque nessa roda
não é exercida nenhuma tração pelo ciclista. Para manter essa roda em rotação, contrariando o
atrito no eixo da roda, é preciso que a estrada atue com força de atrito no sentido oposto à
velocidade da bicicleta.
—-'—
ATRITO CINÉTICO
Quando as duas superfícies em contato deslizam entre si, a força de atrito designa-se de
atrito cinético. No exemplo do cavalo e o bloco a força de atrito que atua no bloco é atrito cinético.
A força de atrito cinético é sempre oposta ao movimento e tem módulo constante que depende da
reação normal:
Fc = UcRn
Em que pc é o coeficiente de atrito cinético, que costuma ser menor que o coeficiente de
atrito estático entre as mesmas superfícies. Por ser oposta ao movimento, a força de atrito cinético
faz sempre diminuir o valor da velocidade relativa entre as superfícies, mas nunca pode inverter o
sentido da velocidade. No instante em que a velocidade seja nula, a força de atrito cinético
também será nula.
Considere um experimento onde uma força F variável é aplicada sobre um corpo de massa
M, inicialmente em repouso sobre uma superfície áspera, como esquematizado na figura. Se F é
relativamente pequena, o corpo continua em repouso e neste caso, F = Fal. Note que se F = 0, Fal
= 0, indicando que a força de atrito só existe se houver tendência ao deslizamento. Se
continuarmos a aumentar F, esta atinge um valor máximo para o qual o corpo se encontra
iminência de deslizar. Neste ponto define-se o coeficiente de atrito estático como Fmax = peN. A
partir daí, o corpo entra em movimento e qualquer incremento em F contribui exclusivamente para
acelerar o corpo.
75
Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
F
M
Fat
iminência de deslizamento
HeN .
pdN-
deslizamento
45°
F
Como exemplo do cálculo de força de atrito, tomemos um corpo de massa M sobre um
plano inclinado, como mostra a figura seguinte. Da 2a lei de Newton:
F.
76
Elementos da Física - Mecânica I - Força de atrito
Bloco
-e-
Piso
Vista ampliada
Abaixo é possível verificar uma tabela com os valores médios dos coeficientes de atrito
estático e cinético entre algumas superfícies.
77
______ ____________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - força de Atrito
ACELERAÇÃO SOBRE UM PLANO INCLINADO ÁSPERO
1) Corpo Descendo
Uma partícula de massa m é colocada sobre um plano inclinado áspero, cuja inclinação
com a horizontal é 0 e comprimento L. Suponha que o coeficiente de atrito estático pe é tal que
Pe < tg 0, ou seja, a partícula entra em movimento descendente quando colocado sobre o plano
inclinado.
Fat
p
L
■> y° i---------------------------------
^f=)rQ +2aL => vf =A/2g(sen0-pccos0)L
O tempo que a partícula leva para percorrer todo o plano inclinado pode ser determinado
aplicando a equação horária do espaço:
’tX ' 2L
L= ^descida
2 sen0-pc cosô
78
Elementos da Física - Mecânica I - Força de atrito
2) Corpo Subindo
L
Fat
N Vo
e
P
N = P cos 0 N = mg cos 0
Esta aceleração, que é paralela ao plano inclinado, está no sentido contrário ao movimento
da partícula, fazendo com que o módulo de sua velocidade diminua. Assim, o correto seria afirmar
que a = - g(sen 0 + pccos 0). De posse da aceleração da partícula é possível determinar o módulo
da velocidade com que a partícula atinge a base do plano inclinado. Como esta aceleração é
constante pode-se aplicar a equação de Torricelli:
Assim, a velocidade inicial que deve ser imposta à partícula de modo que esta alcance o
topo do plano inclinado com velocidade nula é determinada fazendo v( igual a zero:
Neste caso, o tempo que a partícula leva para percorrer todo o plano inclinado, atingindo
seu topo com velocidade nula, vale:
' 2L
^subida
2 sen0 + pccos0
79
Elementos da Física - Mecânica I - Força de fttrit»
FORÇA DE ATRITO EM DUAS DIMENSÕES
Suponha que um corpo de massa m é colocado sobre um plano inclinado áspero de modo
que pe > tg 0, ou seja, o corpo fica em repouso sobre o plano inclinado. Em determinando
momento uma força F, paralela à base do plano inclinado, é aplicada sobre o corpo, de modo que
este fique na iminência de deslizar sobre a superfície do plano inclinado.
y
Faty
\x
F
Fatx
\ P.sen 0
e
Na decomposição de forças indicada na figura destacam-se dois atritos. Fatx é uma força
de atrito estático, com sentido contrário ao da força F e se opõe à tendência de movimento ao
longo do eixo x. Analisando o equilíbrio de forças no eixo x segue que Fatx = F. Analogamente,
Faty é uma força de atrito estático e devido ao equilíbrio no eixo y tem-se que Faty = P.sen 0. A
força de atrito resultante é dada por:
Note que a aplicação da força F não altera o valor da reação normal do plano inclinado
sobre o corpo, cujo módulo vale N = mg cos 0. Como o corpo está na iminência de movimento a
força de atrito resultante é igual ao produto do módulo da reação normal pelo coeficiente de atrito
estático:
Assim, aplicando ao corpo de massa m uma força F de módulo mg-Jp2 cos2 0-sen20 o
corpo fica na iminência de movimento sobre o plano inclinado. Note que o valor dentro da raiz
quadrada é sempre positivo desde que foi convencionado que pe > tg 0.
80
Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
Exemplos:
1) (IME-82) Um corpo que repousa sobre uma superfície rugosa horizontal, recebe um impacto
horizontal e desliza sobre a referida superfície durante 5 segundos, quando pára tendo percorrido
25 m. Determine o coeficiente de atrito entre o corpo e a superfície horizontal. Nota: Considere g =
10 m/s2.
Solução:
Seja Ax o espaço percorrido pelo corpo ao longo do plano:
at2 „c a.25 „ . 2
Ax — => 25 =------ => a = 2 m/s
2 2
Como a única força horizontal que aplicada ao corpo é a força de atrito:
Fr = Fat = ma => mgp = ma => a = gp => 2 = 10p => p = 0,2
2) (UFPB-05) Um bloco de 1 kg está apoiado sobre uma prancha de 4 kg, como mostra a figura. O
bloco é puxado por uma força F horizontal. Os coeficientes de atrito estático e dinâmico entre o
bloco e a prancha são 0,8 e 0,6, respectivamente.
F ♦
C I
Considerando-se que o atrito entre a prancha e o solo é desprezível, então é correto afirmar que a
maior aceleração da prancha será:
a) 1,0 m/s2 b) 1,2 m/s2 c) 1,5 m/s2 d) 1,6 m/s2 e) 2,0 m/s2
Solução: Alternativa E
Analisando a decomposição de forças no bloco tem-se:
N,
F Na direção vertical: Nt = mg
Na direção horizontal: F - Fat = mai
Fat mg
Analisando a decomposição de forças na prancha tem-se:
Na direção vertical: N2 = Ni + Mg = mg + Mg = (M + m)g
N,| Fat N2 Fat
Na direção horizontal: Fat = Ma2 => a2 =-----
M
3) (ITA-90) A figura abaixo representa três blocos de massas M, = 1,00 kg, M2 = 2,50 kg e M3 =
0,50 kg, respectivamente. Entre os blocos e o piso que os apóia existe atrito, cujos coeficientes
cinético e estático são, respectivamente, 0,10 e 0,15, e a aceleração da gravidade vale 10,0 m/s2.
Se ao bloco M-, for aplicada uma força F horizontal de 10,00 N, pode-se afirmar que a força que
bloco 2 aplica sobre o bloco 3 vale:
F
------- * i 2 3
81
___________________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
F - Fat cin tolai = mTa => F - (m, + m2 + m3)gnan = (m, + m2 + m3)a =>
10,00 - (4)(10)(0,10) = 4a => a = 3/2 m/s2
A decomposição de forças, na direção do movimento, no corpo 3 está indicada abaixo. A força F2.3
é a força que o corpo 2 aplica no corpo 3. Escrevendo a 2a Lei de Newton no corpo 3:
F2-3 — Fat3 = m3a => F2.3 - m3gnCin = rn3a =>
^2-3 3 F2.3 - (0,50)(10)(0,10) = (0,50)(3/2) =>
Fat 3 F2.3 - 0,50 = 0,75 => FM = 1,25 N
5) (ITA-97) Um antigo vaso chinês está a uma distância d da extremidade de um forro sobre uma
mesa. Essa extremidade, por sua vez, se encontra a uma distância D de uma das bordas da mesa,
como mostrado na figura. Inicialmente tudo está em repouso. Você apostou que consegue puxar o
forro com uma aceleração constante a (veja figura) de tal forma que o vaso não caia da mesa.
Considere que ambos os coeficientes de atrito, estático e cinético, entre o vaso e o forro tenham
valor p e que o vaso pare no momento que toca na mesa. Você ganhará a aposta se a magnitude
da aceleração estiver dentro da faixa:
82
Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
d—
u r
------- D-
6) (ITA-07) A partir do nível P, com velocidade inicial de 5m/s, um corpo sobe a superfície de um
plano inclinado PQ de 0,8 m de comprimento. Sabe-se que o coeficiente de atrito cinético entre o
plano e o corpo é igual a 1/3. Considere a aceleração da gravidade g = 10m/s2, sem 0 = 0,8, cos 0
= 0,6 e que o ar não oferece resistência. O tempo mínimo de percurso do corpo para que se torne
nulo o componente vertical de sua velocidade é.
Q
4S
/////////////////z p
V
X
a) 0,20 s. b) 0,24s. c) 0,40s. d) 0,44s. e) 0,48s.
Solução: Alternativa D
No trajeto PQ a força resultante no corpo é dada por:
FR = P, + Fat => maR = mgsen 0 + mgpcos 0 => aR=10m/s2
Aplicando a equação de Torricelli pode-se determinar a velocidade com que o corpo chega em Q:
vQ2 = vP2 - 2aAe => vQ = 3,0 m/s
O tempo que o corpo leva para percorrer a distância PQ vale:
vQ = vP - a.At, => AÍt = 0,20 s
A partir de Q o corpo é lançado obliquamente. Neste caso, analisando a componente vertical da
velocidade do corpo é possível determinar o tempo que o corpo demora para chegar no ponto de
altura máxima:
vQ.sen 0 = g.At2 => At2 = 0,24 s
Logo: AtT = At, + At2 = 0,44 s
7) (ITA-98) Um caixote de peso W é puxado sobre um trilho horizontal por uma força de
magnitude F que forma um ângulo 0 em relação à horizontal, como mostra a figura. Dado que o
coeficiente de atrito estático entre o caixote e o trilho é p, o valor mínimo de F, a partir de qual
seria possível mover o caixote, é:
W| 0
83
Elementos da Física - Mecânica I - Forca de Atrito.
Na direção vertical tem-se:
4N . N = W + Fsen 0;
Na direção horizontal:
Fcos 0 = Fat = Np => Fcos 0 = Wp + Fpsen 0 =>
w p_ Wp p_Wpsec0
=>
cos0-psen0 1-ptg0
8) (ITA-08) Na figura, um bloco sobe um plano inclinado, com velocidade inicial Vo. Considere h o
coeficiente de atrito entre o bloco e a superfície. Indique a sua velocidade na descida ao passar
pela posição inicial.
Solução: Alternativa B
Na subida o módulo da aceleração é dado por: a, = g(sen 0 + p.cos 0)
Na descida o módulo da aceleração é dado por: a2 = g(sen 0 - p.cos 0)
Na subida: v,2 = Vo2 - 2a,L => v02 = 2a,L
Na descida: v22 = v,2 + 2a2L => v22 = 2a2L
v2 a sen0-p.cos0
Dividindo as duas equações: = — => V2=V0
v02 a, sen0 + p.cos0
Solução: Alternativa B
Sabe-se que no movimento de subida a aceleração resultante é as = g(sen 0 + pcos 0), enquanto
que no movimento de descida a aceleração resultante é as = g(sen 0 - pcos 0)
Í2í
Deste modo pode-se determinar os tempos de subida e de descida utilizando a relação t = J—
84
______________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
10) (IME-76) Um de peso P repousa sobre uma superfície horizontal. O coeficiente de atrito
estático entre o bloco e a superfície horizontal é p. Empurra-se o bloco com uma força F que
forma um ângulo 0 com a horizontal conforme esquematizado na figura. A partir destes dados,
estabeleça uma expressão para o ângulo tfalém do qual não é possível mover o bloco, por maior
que seja a força F.
F
e
X
Solução:
Note que aumentando o valor de 0 (0 < 0 < 90°) aumenta-se o módulo de N,
N provocando um aumento do módulo da força de atrito estático máximo. Por
outro lado, aumentando o valor de 0 diminui-se a componente de F na direção
horizontal (F.cos 0) que faz o corpo ter a tendência de se movimentar. Assim,
para qualquer valor de 0 acima do ângulo em que a força necessária para
Fat movimentar o bloco tende para infinito, o sistema não se movimentará.
P
Equilíbrio na direção vertical: N = P + F.sen 0
Equilíbrio da direção horizontal: F.cos 0 = Fat = N.p =>
p
F.cos 0 = (P + F.sen 0)u. => F.cos 0 - Fusen 0 = P => F =---------
cos0-psen0
F tende para infinito quando 0 tende para zero, ou seja: cos 0 - psen 0 = 0 => tg0 = —
P
1
Logo, para um ângulo 0 > arc tg— o bloco não se movimentará, independentemente do módulo da
F
força F.
11) (ITA-03) Na figura, o carrinho com rampa movimenta-se com uma aceleração constante Ã.
Sobre a rampa repousa um bloco de massa m. Se jiéo coeficiente de atrito estático entre o bloco
e a rampa, determine o intervalo para o módulo de Ã, no qual o bloco permanecerá em repouso
sobre a rampa.
Solução
A força resultante no corpo de massa m é dada por FR = m.A
Adotando um referencial não inercial que move com a mesma aceleração
 do sistema, neste sistema o bloco está em repouso sobre o carrinho.
Neste referencial não inercial surge uma força de inércia -m no bloco,
como indicado na decomposição de forças.
A normal com o plano inclinado pode ser calculada pelo equilíbrio de
forças, no referencial não inercial, que existe na direção perpendicular ao plano inclinado:
N = m.g.cos a - FR.sen a = m(g.cos a - A.sen a)
No referencial não inercial existe equilíbrio na direção paralela à rampa do carrinho:
mA.cos a + P( = Fat => m.A.cos a + m.g.sen a = N.p =>
85
_____________ _____________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Forçade iltrft
m.A.cos g + m.g.sen g = m.p(g.cos g-A.sen g) => A(cos g + p.sen g) = g(p.cos a - sen a) =
g(p.cosg- sen a)
cosg + p.seng
Como este é o valor máximo do módulo de Â, então o intervalo procurado é:
- . a(p.cosg - seng)
0 < A < ——-------------------- -, onde p.cos g > sen g
cos g + p. sen g
12) (IME-88) Um carro de peso Q, provido de uma rampa fixa e inclinada de ângulo a, suporta uirr
bloco de peso P. O coeficiente de atrito estático entre o bloco e a rampa vale p. Não há atritc
entre o carro e o chão. Determine: a) o maior valor da aceleração com a qual o carro pode sei
movimentado sem que o corpo comece a subir a rampa, b) a intensidade F da força horizontal
correspondente.
5^
Solução:
a) Adotando um sistema de eixos que se movimenta com a mesmia
aceleração ã do carro, tem-se que o bloco fica em equilíbrio relativo ao carro.
Neste referencial surge no bloco uma força de inércia cujo módulo F, é igual
ao produto da massa do bloco pela aceleração do referencial. Na direção
perpendicular ao plano inclinado:
N = P.cos g + Fj.sen g
Na direção paralela ao plano inclinado:
Fj.cos g = P.sen g + N.p => Fj.cos g = P.sen g + p(P.cos g Fj.sen a) =>
p P(seng + pcosg)
Fj(cos g - p.sen g) = P(sen g + p.cos g) => Fj=—a
g cosg-pseng
a sen g + p cos g
cosg-pseng
P+Q (sen g + p COS g)(P + Q)
b)F -------- a => F=
g cosg-pseng
13) (ITA-04) Um atleta mantém-se suspenso em equilíbrio, forçando as mãos contra duas paredes
verticais, perpendiculares entre si, dispondo seu corpo simetricamente em relação ao canto e
mantendo seus braços horizontais alinhados, como mostra a figura. Sendo m, a massa do corpo
atleta e p o coeficiente de atrito estático interveniente, assinale a opção correta que indica □
módulo mínimo da força exercida pelo atleta em cada parede.
~ifp2
a) ^1 - b) + c) p* -1 d)
2 +1
e) n.d.a.
2 +J ' 2 l p2 -1 p2 +1 ' 2 1 p2 -1
86
Flementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
Solução: Alternativa B
Seja Fh a força horizontal exercida pelo homem sobre a parede. Como seus braços estão na
horizontal, a única direção possível para a força que o homem, intuitivamente, tenta fazer para
evitar que caia, é a direção horizontal. Entretanto, o peso do homem é transmitido, através de
seus braços, para a região de contato das mãos com a parede. Inicialmente, para facilitar a
visualização da figura,vamos dividi-la ao meio.
FK=J(FH)2 +
mg)
\2
' (mg)2 (mg)7 _ mg fe2_+ 1
p _ “'a
2 J 2(p2-1) 4 R
R o
2 Vn2-1
14) (ITA-05) Considere uma rampa de ângulo 0 com a horizontal sobre a qual desce um vagão,
com aceleração ã , em cujo teto está dependurada uma mola de comprimento /, de massa
desprezível e constante de mola k, tendo uma massa m fixada na sua extremidade. Considerando
que l0 é o comprimento natural da mola e que o sistema está em repouso com relação ao vagão,
pode-se dizer que a mola sofreu uma variação de comprimento A/ = /-10 dada por
a) A/ = mg sen 0/k.
b) A/ = mg cos 0 / k. l/t
c) A/ = mg/k. m* ! ã
d) A/ = m^a2 -2agcos0 + g2 /k.
0
e) A/ = mja2 - 2ag sen 0 + g2 /k.
Solução: Alternativa E
Adotando-se o referencial não inercial e representando a força inercial, obtemos o seguinte
diagrama de forças.
^xpa Para um observador dentro do vagão a massa m está em repouso, por isso o
90°^e" triângulo de forças é fechado.
mg Aplicando a lei dos cossenos no triângulo, obtemos:
(kAí)2 =m2g2 + m2a2 - 2m2agcos(90° -0)
kAf
Logo, Aí = msja2 -2agsen0 + g2 /k
Observação: Na opinião do autor deste livro, com todo o respeito aos elaboradores das questões
do vestibular do ITA, nesta questão perdeu-se uma ótima oportunidade de elaborar uma questão
muito superior à que foi proposta. Note que a resposta correta foi encontrada pela simples
aplicação de um teorema dos cossenos. Porém, sendo p o coeficiente de atrito entre o vagão e a
superfície da rampa, sabe-se que a aceleração resultante do sistema vale a = g(sen 0 - pcos 0).
Substituindo o valor da aceleração na expressão encontrada para Aí:
87
_______ __________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Força de fttrlti
mV(g(sen0-pcos0)2 -2g2(sen0-pcos6)sen0 + g2
Aí = =>
__________________ k__________________________________
mg^sen2 0-^isen-Ocósfí + p2 cos2 0-2sen2 0 + 2psen^cõsl3 +1
-
15) (ITA-12) A figura mostra um sistema formado por dois blocos, A e B, cada um com massa m,
O bloco A pode deslocar-se sobre a superfície plana e horizontal onde se encontra. O bloco B
está conectado a um fio inextensível fixado à parede, e que passa por uma polia ideal com eixo
preso ao bloco A. Um suporte vertical sem atrito mantém o bloco B descendo sempre paralelo a
ele, conforme mostra a figura. Sendo p o coeficiente do atrito cinético ente o bloco A e a superfície.
g a aceleração da gravidade, e 0 = 30° mantido constante, determine a tração no fio após o
sistema ser abandonado do repouso.
A
e
s B|
iiiiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiil)lliililll)inniln))l)lllllll)
SOLUÇÃO IDEAL:
2a Lei de Newton no bloco A em x: T.cos 30° - pN - N’ = ma (I)
T Equilíbrio das forças no bloco A em y: N = mg + T - T.sen 30° (II)
N’ Substituindo (II) em (I):
TI —► T.cos 30° - p(mg + T - T.sen 30°) - N’ = ma =>
+ N’ TVã ( TT, .
mg N mg ——pl mg + — l-N =ma (III)
2
Fat 2a Lei de Newton no bloco B em x: N’ = ma (IV)
Substituindo em (IV) em (III):
TV3 , T. , 2m(pg + 2a)
—pl mg + — -ma ma => T-V3-2mgp-Tp = 4ma => T (V)
2 V3-p
Existe um vínculo geométrico nos movimentos dos corpos:
* a ono at2 ay‘2 ^3 2a
Ax = Ay.cos30° => — = —--------- =>=> a„=-7=
ay (VI)
2 2 2 y Vã
2a Lei de Newton no bloco B em y: mg-T = may => T Vã
2a = gVã- — (VII)
m
2m (pg + gVã _T 2mg(Vã + p)
Logo, substituindo (VII) em (V), segue que: T '3
>/3-p m 3Vã-p
16) (IME-97) Um corpo de 4kg é puxado para cima por uma corda com a velocidade constante
igual a 2 m/s. Quando atinge a altura de 7 m em relação ao nível da areia de um reservatório, a
corda se rompe, o corpo cai e penetra no reservatório de areia, que proporciona uma força
constante de atrito igual a 50 N. É verificado que o corpo leva 4 s dentro do reservatório até atingir
o fundo. Faça um esboço gráfico da velocidade do corpo em função do tempo, desde o instante
em que a corda se rompe (Po) até atingir o fundo do reservatório (P2), indicando os valores para
os pontos Po, Pi e P2, sendo P, o início do reservatório.
88
Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
Dado: g = 10 m/s2
-= 2m/s
Po TA
1 corpo
7m
Pi
P2
reservatório de areia
Solução:
Será adotado um eixo y vertical com sentido de baixo para cima.
Neste eixo a velocidade v2 do corpo ao atingir o reservatório de areia é dada por:
| v21= ^vf +2gh =V4 + 2.10.7 =12 m/s => v2 = -12m/s
O tempo ti que o corpo leva para atingir a areia é:
v2 = Vt - gt 1 => - 12 = 2 - 10t, => t-j = 1,4 s
Assim, desde o instante em que o corpo é lançado até o momento que atinge a areia a equação
horária da velocidade do corpo é:
v(t) = Vi - gt => v(t) = 2 - 10t para 0 < t < 1,4
No interior da areia a aceleração do corpo vale:
F-P = ma => 50-40 = 4.a => a = 2,5 m/s2
Deste modo, a equação horária da velocidade do corpo no interior da areia é:
v’(t) = v2 + a(t - ti) => v’(t) = - 12 + 2,5(t - 1,4) => v’(t) = - 15,5 + 2,5t para 1,4 í t < 5,4 s
v(m/s)
2
\1.4
-2
-12
17) Qual a máxima aceleração que pode ser dada ao carro, mantendo o corpo (1) parado em
relação ao carro? O coeficiente de atrito entre o corpo (1) e o carro é p.
m ------------------------- 7—x
a
m
Solução:
89
Elementos da Física - Mecânica I - Força dejtrii»
18) Um vagão de trem de massa M desce um plano inclinado de inclinação 6, tendo preso ao seu
teto um fio que sustenta um corpo de massa m. O coeficiente de atrito entre o vagão e o plano
inclinado é n (p < tg 0) e a aceleração da gravidade é g. Determinar o ângulo a que o fio forma
com o eixo vertical, estando o corpo em equilíbrio relativamente ao vagão.
Solução:
Na figura ao lado estão indicadas as forças que atuam no corpo de massa
m e sua relação com a geometria do sistema. A força peso deve ser
vertical, a tração deve estar ao longo do direção do fio e a força resultante
deve ser paralela ao plano inclinado, que justifica a figura ao lado. Note na
a’
figura que FR=P + T . As projeções de P nas direções paralela e
Pcos 0 perpendicular ao plano inclinado geram forças de intensidades P.sen 6 e
P.cos 0, respectivamente. Sabe-se que a aceleração resultante no corpo m
p é dada por:
T
aR = gsen 0 - gpcos 0
Logo, multiplicando esta expressão por m:
Fr maR = mgsen 0 - mgpcos 0 => FR = Psen 0 - F, onde F = Ppcos 0
Psen 0 Assim, na geometria da figura, a distância entre o corpo mea força de
módulo P.cos 0 equivale à força F = Ppcos 0.
r, , , . ,n . F P.p.cos0 tg0-tga
Deste modo: tg(0-a) =---- = —---- ==pp => => —2---z— = M
n —n
P.COS0 P.cos0 1 + tg0.tga
tg 0-tg a = p + p.tg 0.tg a => (1 + p.tg 0)tg a = tg 0 - p tga = tge-p
1 + ptg0
90
____________________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Força de atrito
19) Um engenheiro está projetando a construção do segundo andar de uma fábrica, onde será
instalado um depósito de produtos. Neste andar será construída uma rampa que será utilizada
para transportar caixas com os produtos até os caminhões que fazem a distribuição. O engenheiro
conhece a distância ( (fixa) entre o prédio e o ponto em que os caminhões param para carga,
tomada em relação à parte traseira do caminhão. Considere conhecido o coeficiente de atrito p
entre cada caixa e a rampa e a aceleração da gravidade g local.
a) Determine sob que ângulo a com a horizontal esta rampa deve ser construída de modo que o
tempo que cada caixa leva para ir do segundo andar até o caminhão seja mínimo.
b) Determine este tempo mínimo.
n n
□n a
◄----------- (----------- ►
Solução:
a) Sabe-se que a aceleração de descida das caixas vale a = g(sen a - p.cos a). O comprimento x
(
da rampa é dado por x =-------- . Assim, o tempo para cada caixa descer a rampa vale:
cosa
At
\ a
I
\ gcosa(sena-pcosa)
2e (1)
Desta forma, o tempo At será mínimo quando cos a(sen a - p.cos a) for máximo:
, . 2 sen2a p(cos2a + 1) sen2a - pcos2a - p
cos a(sen a - p.cos a) = sen a.cos a - p.cos a = —-—■ - —---- - ------- =------------- -----------
91
Elementos da Física - Mecânica I - Força de fltritl
h H c
Instante do empurrão
9 I
A partir do exposto, pode-se marcar como
CORRETA qual das alternativas a seguir? o°o
(Adote g = 10 m/s2) a;
— iB
A) O corpo desce acelerado. O módulo da
aceleração é de 6 m/s2. Instante do choque
B) Faltam dados para calcular a situação em
que o corpo se encontra. a) mc = 0,05 b) Mc = 0,1 C) Mc = 0,15
C) O corpo desce em movimento uniforme. As d) mc = 0,2 e) Mc = 0,3
forças que atuam no corpo se anulam.
D) A força de atrito torna-se superior à E5) (Mackenzie-03) Um corpo de peso P sobe
intensidade do componente tangencial ao o plano inclinado com movimento acelerado,
plano da força Peso. Sendo assim, mesmo que
devido à ação da força horizontal F , de
muito lentamente, o corpo irá subir o plano.
intensidade igual ao dobro da deu seu peso. O
E) O corpo permanece em repouso. A situação
atrito entre as superfícies em contato tem
será de iminência de movimento.
coeficiente dinâmico igual a 0,40. O valor da
aceleração do corpo é: (Dados: g = 10 m/s2;
E3) (UEM-12) Supondo que um bloco de
cos a = 0,8; sen a = 0,6)
massa m kg esteja sobre uma superfície plana
e horizontal e que para mover esse bloco uma
força ligeiramente maior que X N é necessária,
assinale o que for correto.
01) A força de atrito estático máxima é igual a
X N.
________
02) O coeficiente de atrito estático entre a
superfície e o bloco é igual a X/(mg), em que g a) 3,5 m/s2 b) 3,0 m/s2 c) 2,5 m/s2
d) 2,0 m/s2 e) 1,5 m/s2
92
Elementos da Física - Mecânica I - força de atrito
Dados:
A B
sen a = 0,6
cosa = 0,8
g = 10m/s2
SUPERFÍCIE l/ \SUPERFÍCIE II
60>\ a) 0,25 e 16,00m b) 0,50 e 8,00m
Abo’
c) 0,25 e 8,00m d) 0,50 e 16,00m
e) 0,20 e 16,00m
a) 0 b)1,0m/s c) 2,0 m/s
d) 3,0 m/s e) 4,0 m/s E9) (Mackenzie-09) Um bloco A, de massa 6kg,
está preso a outro B, de massa 4kg, por meio
E7) (Mackenzie-04) O bloco da figura é de uma mola ideal de constante elástica
abandonado do repouso no ponto A e atinge o 800N/m. Os blocos estão apoiados sobre uma
ponto B, distante 3,00 m de A, após 1,41 s. Se superfície horizontal e se movimentam devido
não existisse atrito entre o bloco e a superfície à ação da força F horizontal, de intensidade
de apoio, o bloco iria de A para B em 1,00 s. O 60N. Sendo o coeficiente de atrito cinético
coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a entre as superfícies em contato igual a 0,4, a
superfície plana inclinada é: distensão da mola é de
F
B .ÍWO, A
A
3,00 m z Dado:
✓ g = 10 m/s2
a) 3cm d) 6cm
b) 4cm e) 7cm
c) 5cm
-----------------
a) 0,375 b) 0,420 c) 0,475 E10) (Mackenzie-10) Um corpo de peso 30N
d) 0,525 e) 0,575 repousa sobre uma superfície horizontal de
coeficiente de atrito estático 0,4. Por meio de
E8) (Mackenzie-09) Certo corpo começa a uma mola de massa desprezível, de
deslizar, em linha reta, por um plano inclinado, comprimento natural 20cm e constante elástica
a partir do repouso na posição x0 = 0. 20N/m, prende-se esse corpo em uma parede
Sabendo-se que após 1,00s de movimento, ele como mostra a figura.
passa pela posição x, = 1,00m e que, com
mais 3,00s, ele chega à posição x21 o
coeficiente de atrito cinético entre as
superfícies em contato (pc) e a posição x2 são,
respectivamente, iguais a 'UT
93
_____ Elementos da física - Mecânica I - Força de Atrita
E14) (Mackenzie-14) Na figura abaixo, a mola
E11) (Mackenzie-12) Um corpo de 5kg está em M, os fios e a polia possuem inércia
movimento devido à ação da força F, de desprezível e o coeficiente de atrito estática
intensidade 50N, como mostra a figura abaixo. entre o bloco B, de massa 2,80 kg, e o plana
inclinado é m = 0,50. O sistema ilustrado se
encontra em equilíbrio e representa o instante
em que o bloco B está na iminência de entrar
em movimento descendente.
S M
AÍ
O B
cos37° = 0,8 e sen37° = 0,6
rp
O coeficiente de atrito cinético entre a EE
superfície de apoio horizontal e o bloco é 0,6 e
a aceleração da gravidade no local tem módulo 9
igual a 10m/s2. A aceleração com a qual o
corpo está se deslocando tem intensidade Dados: g = 10 m/s2, sen 0 = 0,80 e cos 0 = 0,60
a) 2,4m/s2 b) 3,6m/s2 c) 4,2m/s2 Sabendo-se que a constante elástica da mola
d) 5,6m/s2 e) 6,2m/s2 é k = 350 N/m, nesse instante, a distensão da
mola M, em relação ao seu comprimento
E12) (Mackenzie-13) Certo menino encontra- natural é de
se sentado sobre uma prancha plana e desce a) 0,40 cm b) 0,20 cm c) 1,3 cm
por uma rampa inclinada, conforme ilustração d) 2,0 cm e) 4,0 cm
abaixo. O coeficiente de atrito cinético entre a
prancha e a rampa é pc = 0,25, cos 0 = 0,8, E15) (Mackenzie-15)
sen 0 = 0,6 e g = 10m/s2. . v (m/s)
5.0
A; 4,0 ■
3.0-
B ;
2.0-
fa___ t3 __01
í 2,4 m i.o-
Sabe-se que o conjunto, menino e prancha,
* t (s)
possui massa de 50 kg e que ao passar pelo 0.0 2.0 4.0 6.0 8,0 ] 0.0
ponto A, sua velocidade era 1,0 m/s. A Um corpo de massa 2,0 kg é lançado sobre um
variação de quantidade de movimento sofrida plano horizontal rugoso com uma velocidade
por esse conjunto entre os pontos A e B foi inicial de 5,0 m/s e sua velocidade varia com o
a) 100N.S d)400N.s tempo, segundo o gráfico acima. Considerando
b) 200N.S e) 500N.S a aceleração da gravidade g = 10,0 m/s2, o
c) 300N.S coeficiente de atrito cinético entre o corpo e o
plano vale
13) (Mackenzie-13) Um aluno observa em a) 5,0.10’2 b) 5.0.10-1 c) 1,0. 10~1
certo instante um bloco com velocidade de d) 2,0.10'1 e)2,0.10-2
5m/s sobre uma superfície plana e horizontal.
Esse bloco desliza sobre essa superfície e E16) (UFPE-96) A figura mostra um bloco que
para após percorrer 5m. Sendo g = 10m/s2, o escorrega, a partir do repouso, ao longo de um
coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a plano inclinado. Se a atrito fosse eliminado, o
superfície é bloco escorregaria na metade do tempo. Dê o
a) 0,75 b) 0,60 c)0,45 d) 0,37 e) 0,25 valor do coeficiente de atrito cinético, entre o
bloco e o plano.
94
Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
I g
E17) (UFPR-03) Dois blocos de massas iguais E19) (UFPE-10) Considere dois blocos
a 2,0 kg e 4,0 kg estão presos entre si por um empilhados, A e B, de massas mA = 1,0 kg e
fio inextensível e de massa desprezível. Como mB = 2,0 kg. Com a aplicação de uma força
representado abaixo, o conjunto pode ser horizontal F sobre o bloco A, o conjunto move-
puxado de duas formas distintas sobre uma se sem ocorrer deslizamento entre os blocos.
mesa, por uma força F paralela à mesa. O O coeficiente de atrito estático entre as
coeficiente de atrito estático entre os blocos e superfícies dos blocos A e B é igual a 0,60, e
a mesa é igual a 0,20. O fio entre os blocos não há atrito entre o bloco B e a superfície
pode suportar uma tração de até 10 N sem se horizontal. Determine o valor máximo do
romper. Com base nesses dados, é correto módulo da força F, em newtons, para que não
afirmar: ocorra deslizamento entre os blocos.
-F ------------
U. 2.0 kg 4,0 kg ■>
A
Figura 1 B
4,0 kg
2,0 kg
95
Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
pelo ponto preto no cruzamento dos eixos x e y b) Calcule o coeficiente de atrito dle
na figura), identificando cada uma dessas deslizamento entre o corpo e o plano inclinado.
forças.
b) Qual o maior valor da massa M que pode E24) (Unesp-11) As figuras 1 e 2 representam
ser pendurada no grampo sem que o conjunto dois esquemas experimentais utilizados para a
caia? determinação do coeficiente de atrito estático
entre um bloco B e uma tábua plana, horizontal
E21) (UESC-06) A figura representa um bloco ////
de peso 500,0 N apoiado em uma parede !fio A
vertical por uma prensa que aplica uma força
de intensidade igual a 1.0.104 N. Is fio A
tábua
0
Considerando-se o bloco e a parede
///.'
Figura 1
indeformáveis e sabendo-se que o coeficiente
de atrito estático entre o bloco e a parede é Figura 2
igual 0,4, pode-se afirmar que o número No esquema da figura 1, um aluno exerceu
máximo de blocos iguais ao primeiro, que
uma força horizontal F no fio A e mediu o
poderão ser colocados sobre o primeiro bloco,
valor 2,0 cm para a deformação da mola,
é
quando a força F atingiu seu máximo valor
possível, imediatamente antes que o bloco B
se movesse. Para determinar a massa do
bloco B, este foi suspenso verticalmente, com
< 3 0 o fio A fixo no teto, conforme indicado na figura
2, e o aluno mediu a deformação da mola igual
a 10,0 cm, quando o sistema estava em
equilíbrio. Nas condições descritas,
desprezando a resistência do ar, o coeficiente
01)8 02)7 03)6 04)5 05)4 de atrito entre o bloco e a tábua vale
A) 0,1. B) 0,2. C) 0,3. D) 0,4. E) 0,5.
E22) (Udesc-09) Calcule a aceleração do
sistema abaixo quando o corpo de massa M é E25) (Unesp-14) Em um trecho retilineo e
puxado por uma força F que forma um ângulo horizontal de uma ferrovia, uma composição
a com a horizontal. Sabendo-se que entre a constituída por uma locomotiva e 20 vagões
superfície e o corpo existe um coeficiente de idênticos partiu do repouso e, em 2 minutos,,
atrito cinético p. atingiu a velocidade de 12 m/s. Ao longo de
F todo o percurso, um dinamômetro ideall
acoplado à locomotiva e ao primeiro vagão
indicou uma força de módulo constante e iguall
a 120000 N.
dinamômetro 7
96
Elementos da física - Mecânica I - Forca de Atrito
posição, duas pessoas a transportam inclinada,
fio
em movimento retilíneo e uniforme na direção B
horizontal, de modo que o cordão mantém-se
vertical, agora inclinado de um ângulo 0 = 30°, superfície horizontal
constante em relação à haste do abajur, de
acordo com a figura 2. Nessa situação, o
abajur continua apoiado sobre a mesa, mas na A
iminência de escorregar em relação a ela, ou
seja, qualquer pequena inclinação a mais da
mesa provocaria o deslizamento do abajur.
Figurai Figura 2
Desenho Ilustrativo
cordão---- -I I' vertical a) 0 N b) 30 N c) 40 N
P d) 50 N e) 80 N
rt
Calcule:
E29) (EsPCEx-14) Um trabalhador da
construção civil tem massa de 70 kg e utiliza
uma polia e uma corda ideais e sem atrito para
a) o valor da relação N-i/N2, sendo N, o módulo transportar telhas do solo até a cobertura de
da força normal que a mesa exerce sobre o uma residência em obras, conforme desenho
abajur na situação da figura 1 e N2 o módulo abaixo. O coeficiente de atrito estático entre a
da mesma força na situação da figura 2. sola do sapato do trabalhador e o chão de
b) o valor do coeficiente de atrito estático entre
concreto é pe = 1,0 e a massa de cada telha é
a base do abajur e a superfície da mesa.
de 2 kg. O número máximo de telhas que
podem ser sustentadas em repouso, acima do
E27) (Unicamp-93) Um caminhão transporta
solo, sem que o trabalhador deslize,
um bloco de ferro de 3.000 kg, trafegando
permanecendo estático no solo, para um
horizontalmente e em linha reta, com
ângulo 0 entre a corda e horizontal, é:
velocidade constante. O motorista vê o sinal
Dados: g = 10 m/s2, cos 0 = 0,8 e sen 0 = 0,6
(semáforo) ficar vermelho e aciona os freios,
aplicando uma desaceleração de 3,0 m/s2. O polia n
bloco não escorrega. O coeficiente de atrito
estático entre o bloco e a carroceria é 0,40.
Adote g = 10 m/s2:
corda
a) Qual a força que a carroceria aplica sobre o
bloco durante a desaceleração?
b) Qual é a máxima desaceleração que o
telhas ->□
caminhão pode ter para o bloco não
escorregar?
a) 30 b) 25 c) 20 d) 16 e) 10
E28) (EsPCEx-10) Dois blocos A e B, de
E30) (AFA-04) Um bloco de massa m é
massas MA = 5 kg e MB = 3 kg estão dispostos
arrastado, à velocidade constante, sobre uma
conforme o desenho abaixo em um local onde
superfície horizontal aplicada a uma corda,
a aceleração da gravidade vale 10 m/s2 e a
conforme o esquema da figura abaixo. Sendo
resistência do ar é desprezível. Sabendo que o
p o coeficiente de atrito entre as superfícies, o
bloco A está descendo com uma velocidade
módulo da força abaixo é
constante e que o fio e a polia são ideais,
podemos afirmar que a intensidade da força de
atrito entre o bloco B e a superfície horizontal é
de
////////////
a) p(T - mg) b) p(mg + Tsen0)
c) Tcos0 d) Tsen0
97
Elementos da Física - Mecânica I - Força de fttrita
E31) (AFA-09) Na situação de equilíbrio abaixo, horizontais. Pressentindo um perigo iminente o
os fios e as polias são ideais e a aceleração da maquinista freia bruscamente, travando todas
gravidade é g. Considere pe o coeficiente de as rodas da composição. Assim fazendo o
atrito estático entre o bloco A, de massa mA, e trem para num intervalo de 100m. Para que
o plano horizontal em que se apóia. isso ocorra, o coeficiente de atrito dinâmico
oferecido pelos trilhos deve ser (g = 10 m.s ):
A) 1,5 B) 0,20 C)1,0 D) 0,10 E) 0,02
98
_____ Elementos da Física - Mecânica I - Força de atrito
mola, e, ainda, considerando g = 10 m/s2 e os
fios leves e flexíveis:
99
Elementos da Física - Mecânica I - Força de atrito
F8) (UESC-11) Considere uma força de
intensidade constante sendo aplicada a uma
caixa de massa m que se encontra sobre uma
superfície plana e horizontal. Sabendo-se que
6m
10 m/s a direção da força é paralela à superfície, o
coeficiente de atrito estático entre a caixa e a
superfície é igual a p, o módulo da aceleração
da gravidade local é igual age que a caixa
8m
está na iminência de movimento, é correto
afirmar que a resultante das forças de contato
F6) (UFU-01) Um garoto realizou o seguinte
que a caixa recebe da superfície tem módulo
experimento: arrumou uma balança, colocou-a
igual a
sobre um carrinho de madeira com pequenas
01) mg 02) pmg
rodas, de forma que ele deslizasse numa p2)1/2
03) (1 + p)mg 04) mg(1
rampa inclinada sem atrito, subiu na balança e
05) (mg)~1(1-p2)1/2
deslizou plano abaixo. Considerando que o
garoto "pesa" 56 kg e que a leitura da balança
F9) (UFRJ-11) Um bloco de massa 2,0 kg está
durante a descida era de 42 kg, analise as
sobre a superfície de um plano inclinado, que
afirmativas abaixo e responda de acordo com
está em movimento retilíneo para a direita,
o esquema que se segue.
com aceleração de 2,0 m/s2, também para a
I- O ângulo de inclinação da rampa é 0 = 30°.
direita, como indica a figura a seguir. A
II- A força de atrito sobre os pés do garoto é
inclinação do plano é de 30° em relação à
horizontal e para a esquerda.
horizontal.
III- A força normal sobre os pés do garoto é
igual ao seu peso.
2,0 m/s2
300
. o ~O O O O O O O o
Balan a Suponha que o bloco não deslize sobre o
plano inclinado e que a aceleração da
gravidade seja g = 10 m/s2. Usando a
aproximação V3=1,7 , calcule o módulo e
indique a direção e o sentido da força de atrito
exercida pelo plano inclinado sobre o bloco.
100
Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
F11) (UFPB-08) A superfície de uma mesa é
constituída de dois materiais distintos, A e 6.
Um bloco de metal com massa igual a 2,0kg é
lançado sobre essa mesa com velocidade
inicial de 5,0m/s. Inicialmente, o bloco desliza
sobre o material A e, a seguir, passa a
deslizar sobre o material S. Os coeficientes
de atrito cinético entre o bloco e os dois
materiais são, respectivamente, pAc = 0,35 e
pBc = 0,25 e estão, representados no gráfico a a) Faça um esquema de todas as forças que
seguir, em função da posição d. agem sobre a caixa e identifique claramente a
origem de cada uma delas. Escreva o valor,
em N, da resultante dessas forças.
i b) Qual o valor da força de atrito entre a caixa
e o plano?
c) Qual o valor mínimo do coeficiente de atrito?
5?õ 4”) F14) (Aman-84) Um móvel se desloca com
movimento retilíneo e uniforme sobre uma
Nesse contexto, a distância percorrida pelo
superfície horizontal, sob a ação de uma força
bloco até atingir o repouso é:
de intensidade 30N, paralela ao plano. Quando
a) 2,0 m c) 1,0 m e) 3,0 m
a intensidade da força é duplicada, o móvel
b) 4,0 m d) 5,0 m
adquire aceleração de intensidade igual a 2,0
m.s-2. Sendo g = 10m.s~2 e supondo que o
F12) (UFPB-09) Sobre um bloco com massa
coeficiente de atrito cinético entre o corpo e a
1,0 kg, apoiado sobre uma mesa horizontal
superfície seja constante, o seu valor é:
(figura ao lado), existe uma força dada pela
A) 0,25 B) 0,20 C) 0,28 D) 0,15 E) 0,32
equação cartesiana F = 1/ + 3£, expressa no
Sistema Internacional de Unidades (S.I.). F15) (Ciaba-90) O bloco B se apoia no bloco A
e está ligado à parede por uma corda
horizontal BC. Que força F é necessário para
tomar iminente o movimento de A?
I
777777777 - ' .' /777Zz .. 7777777/
Considerando que o coeficiente de atrito
cinético entre o bloco e a mesa é 0,2 e
admitindo que, inicialmente, foi fornecida ao
bloco uma velocidade de 4,0w/r ao longo do B
eixo x , é correto afirmar que o bloco, até E» ----------- A
parar, percorreu uma distância de:
a) 16 m 77777777777777777777/777777%
c) 32 m e) 80 m
b) 20 m d) 40m D
a) 15,0 kgf d) 5,0 kgf
F13) (Fuvest-96) Tenta-se, sem sucesso,
b) 21,7 kgf e) 12,5 kgf
deslocar uma caixa de peso P = 50 N, em
c) 11,6 kgf
repouso sobre um plano horizontal com atrito,
aplicando-lhe uma força F = 200 N, na direção F16) (AFA-06) Os blocos A e B , de massas
da haste. Despreza a massa da haste.
iguais a 2 kg e 3 kg, respectivamente, ligados
por um fio ideal, formam um sistema que
submetido a ação de uma força constante f
de intensidade 15 N, desloca-se com
aceleração de 1 m/s2, conforme a figura abaixo.
Se a tração no fio que liga os blocos durante o
101
Elementos da Física - Mecânica I - força de Atrito
deslocamento é de 9 N, pode-se afirmar que a a) 4 b) 2^2 c) 2 d) Vã
razão entre os coeficientes de atrito dos blocos
A e B com a superfície vale F19) (EN-01) Um bloco de massa igual a 6,0
Iz° J | * I [ kg sobe um plano inclinado de 30°, sob a ação
de uma força F de módulo igual a 40 N,
paralela à reta de maior declive do plano.
a)
£ c)
2
d)1 Existe atrito entre o bloco e o plano. Sabe-se
que no intervalo de tempo de 2,0 segundos, o
bloco percorre 4,0 metros no plano, em M.R.U.,
F17) (AFA-07) Três blocos, cujas massas mA =
mB = m e mc = 2m, são ligados através de fios e que, no instante t = 2,0 segundos, a força F
e polias ideais, conforme a figura. Sabendo-se é retirada. A distancia adicional, em
que C desce com uma aceleração de 1 m/s2 e centímetros, que o bloco ainda percorre plano
que 0,2 é o coeficiente de atrito entre S e a acima é de:
superfície S, pode-se afirmar que o coeficiente a) 30 b) 35 c) 38 e) 40
de atrito entre A e S vale
F20) (ITA-93) Um corpo de peso P desliza
lUUlh
__EH3
s
sobre uma superfície de comprimento t,
inclinada com relação a horizontal de um
ângulo a. O coeficiente de atrito cinético entre
o corpo e a superfície é p e a velocidade inicial
0 do corpo é igual a zero. Quanto tempo demora
o corpo para alcançar o final da superfície
inclinada?
a) 0,10 b) 0,20 c) 0,30 d) 0,40
a) V^/g
18) (AFA-14) Um bloco, de massa 2 kg, desliza b) V3€/[g(sena + pcosa)J
sobre um plano inclinado, conforme a figura
seguinte. c) ^/2//[g(sena + pcosa)]
d) >/3í/[g(sena-pcosa)]
0 0,5
Considere a existência de atrito entre o bloco e
o plano inclinado e despreze quaisquer outras
formas de resistência ao movimento. Sabendo
a) 250 b) 225 c) 200 d) 175 e) 150
que o bloco retorna ao ponto A, a velocidade
com que ele passa por esse ponto, na descida,
F22) (EN-15) Observe a figura a seguir.
em m/s, vale
102
_____ Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
F24) (ITA-95) Dois blocos de massas m, = 3,0
kg e m2 = 5,0 kg deslizam sobre um plano,
inclinado de 60° com relação à horizontal,
encostados um no outro com o bloco 1 acima
do bloco 2. Os coeficientes de atrito cinético
entre o plano inclinado e os blocos são p1c =
0,40 e p2c = 0,6 respectivamente, para os
Um caixote pesando 50 N, no instante t = 0, se blocos 1 e 2. Considerando a aceleração da
encontra em repouso sobre um plano muito gravidade g = 10 m/s2, a aceleração do
longo e inclinado de 30° em relação à bloco 1 e a força F12 que o bloco 1 exerce
horizontal. Entre o caixote e o plano inclinado, sobre o bloco 2 são respectivamente, em N:
o coeficiente de atrito estático é 0,20 e o a) 6,0 m/s2; 2,0 b)0,46m/s2; 3,2
cinético é 0,10. Sabe-se que a força F , c) 1,1 m/s2; 17 d) 8,5 m/s2; 26
paralela ao plano inclinado, conforme indica a e) 8,5 m/s2; 42
figura acima, tem intensidade igual a 36 N. No
instante t = 9 s, qual o módulo, em newtons, da F25) (IME-64) Um carrinho A, apresenta a
força de atrito entre o caixote e o plano? Nesse superfície superior plana e horizontal com
mesmo instante, o bloco estará subindo, comprimento de 4,5 m, sendo a sua massa
descendo ou permanece em repouso sobre o igual a 100 kg. Sobre essa superfície superior
plano inclinado? colocamos um bloco B, de 10 kg, em uma das
a) 14 e descendo. extremidades. O coeficiente de atrito cinético
b) 11 e permanece em repouso. entre o bloco e a superfície superior do
c) 9,0 e subindo. carrinho é de 0,1. Calcular o tempo que leva o
d) 8,5 e permanece em repouso. bloco B para atingir a outra extremidade do
e) 4,5 e subindo. carrinho A, e a distância percorrida pelo
carrinho durante esse tempo, quando se
F23) (EN-15) Observe a figura a seguir. exerce, sobre o carrinho uma força horizontal
constante de 507,8 N, que começa a atuar a
partir do repouso. Suponha g = 9,8 m/s2.
f2 V
Na figura acima, o bloco de massa m = 2,0 kg
que está encostado na parede é mantido em
repouso devido à ação de duas forças, F, e F2,
cujos módulos variam no tempo segundo as
F27) Um cubo de massa m repousa em uma
respectivas equações F, = Fo + 2,0t e F2 = Fo +
superfície horizontal cujo coeficiente de atrito é
2,0t, onde a força é dada em newtons e o
tempo, em segundos. Em t = 0, o bloco está na p. Determine o ângulo a em relação a
iminência de entrar em movimento de descida, horizontal na qual é possível aplicar a menor
sendo o coeficiente de atrito estático entre o força necessária para mover o corpo, e o valor
bloco e a parede igual a 0,6. Em t = 3,0 s, qual dessa força F, sendo g a aceleração da
o módulo, em newtons, a direção e o sentido gravidade.
da força de atrito? Dado: g = 10 m/s2.
a) 7,5 e vertical para cima. F28) Na figura o corpo de massa m2 = 10 kg
b) 7,5 e vertical para baixo. escorrega sobre uma mesa sem atrito. Os
c) 4,5 e vertical para cima. coeficientes de atrito estático e cinético entre
d) 1,5 e vertical para cima. m2 e m, = 5 kg são = 0,6 e & = 0,4. a) Qual
e) 1,5 e vertical para baixo. a aceleração máxima de m(? b) Qual é o valor
máximo de m3 quando m, desloca-se, sem
103
Elementos da física - Mecânica 1 - Força de ntrito
escorregar, com m2? c) Se m3 - 30 kg, F32) O sistema está na iminência de
determinar a aceleração de cada corpo e a deslizamento, provocado pela força
tensão no cabo. F horizontal. Os coeficientes de atrito entre os
m'| I corpos e entre o corpo e a mesa valem p =
0,25. Determine o valor do ângulo 0.
m2 ------------- z
z
z
2M
z
z
z 4M --------
F29) Determine o valor da força mínima F que //////////////'
deve-se aplicar a um corpo de massa m, que i M
se encontra sobre um plano inclinado, com i
i
ângulo de inclinação 0, para que o corpo suba i
o plano inclinado com velocidade uniforme. O
coeficiente de atrito entre o corpo e o plano
inclinado é p. F33) Um bloco de massa m, é lançado de
baixo para cima, ao longo de um plano
inclinado. O coeficiente de atrito cinético entre
F o plano e o bloco é pc = 0,5 e o ângulo de
0 í inclinação do plano, 0 = 45°, é suficiente para
permitir o deslizamento do bloco de volta ao
ponto de lançamento. Sendo ts o tempo de
F30) Duas bolas estão unidas entre si por um subida e td o tempo de descida do bloco, tem-
fio sem peso, que passa por uma polia se a seguinte relação:
também sem peso, e uma delas se submerge
em um recipiente com líquido. Com que
velocidade estacionária v se moverá as bolas
se se sabe que a velocidade estacionária de
cada uma bola independente mo mesmo
líquido é igual a v0. A força de resistência do
líquido é proporcional a velocidade. A
densidade do líquido é rf( e a do material das
bolas é d.
a) ~ b)-^ c)/-
p+1 p+1 1-p
e)^-
1-M 1+p
104
ElementosdaFísIca—Mecânica I - Força de Atrito
Considerando os fios e a polia ideais,
determine a velocidade dos blocos quando o F39) No sistema da figura, o bloco 1 tem
bloco de massa M chegar ao solo. massa de 10 kg e seu coeficiente de atrito
estático com o plano inclinado é 0,5. Entre que
F35) Um bloco de 1,0 kg está sobre outro de valores mínimo e máximo pode variar a massa
4,0 kg que repousa sobre uma mesa lisa. Os m do bloco 2 para que o sistema permaneça
coeficientes de atrito estático e cinemático em equilíbrio?
entre os blocos valem 0,60 e 0,40. A força F
aplicada ao bloco de 4,0 kg é de 25 N e a
aceleração da gravidade no local é
aproximadamente igual a 10 m/s2. A força de
atrito que atua sobre o bloco de 4,0 kg tem a
intensidade de: 2
I.Okg
F = 25N 45°
4,0kg ---------- >
A) 5,0N B)4,0N C) 3,0N D) 2,0N E)1,0N F40) Os dois blocos que se mostram na figura
se encontram originalmente em repouso. Se
F36) Na configuração abaixo, o coeficiente de são desprezadas as massas das polias e o
atrito entre os blocos A e B é p, = 0,10 e entre efeito de atrito nestas e se supõe que as
o bloco B e a superfície horizontal é p2. Sendo componentes de atrito entre o bloco A e a
PA = 20 N, PB = 80 N e Pc = 60 N, e sabendo- superfície horizontal são pe = 0,25 e pc = 0.20,
se que o sistema está na iminência de determine
deslizamento, o coeficiente de atrito p2 vale: a) a aceleração de cada bloco;
z b) a tensão no cabo.
r"
z
z
A
th B
z
I \ B
//////h/////// 30 kg | i
c
A) 0,20 B) 0,28 C) 0,30 D) 0,10 E) 0,58
I I
F37) Um bloco está numa extremidade de uma
prancha de 2 m de comprimento. Erguendo-se 1
lentamente essa extremidade, o bloco começa B
a escorregar quando ela está a 1,03 m de 25 kg
altura, e então leva 2,2 s para deslizar até a
outra extremidade, que permaneceu no chão.
Qual é o coeficiente de atrito estático entre o
bloco e a prancha? Qual é o coeficiente de
atrito cinético?
105
Elementos tia Física - Mecânica I - Força de atrito
Exercícios de Aprofundamento
A1) (FAAP) Qual a força horizontal capaz de AT
tornar iminente o deslizamento de cilindro, de I
peso 50 kgf, ao longo do apoio em V, mostrado I
na figura? O coeficiente de atrito estático entre
p B
—t
o cilindro e o apoio vale 0,25. 4,80 m
piscina
Areia Ll
M 30“
106
______Elementos da física - Mecânica I - Força de Atrito
A8) (IME-12) A figura 1 mostra dois corpos de
massas iguais a m presos por uma haste rígida
F de massa desprezível, na iminência do
movimento sobre um plano inclinado, de
ângulo 0 com a horizontal. Na figura 2, o corpo
inferior é substituído por outro com massa 2m.
a) 85,0 b) 145 c) 170 d) 190 e) 340 Para as duas situações, o coeficiente de atrito
estático é p e o coeficiente de atrito cinético é
A6) (ITA-84) A figura representa uma mesa p/2 para a massa superior, e não há atrito para
horizontal de coeficiente de atrito cinético pi, a massa inferior. A aceleração do conjunto ao
sobre a qual se apoia o bloco de massa MI2- : longo do plano inclinado, na situação da figura
Sobre ele está apoiado o objeto de massa m, 2é
sendo p o coeficiente de atrito cinético entre
eles. M2 e m estão ligados por cabos
horizontais esticados, de massa desprezível.
Desprezando-se a resistência do ar e o atrito
nas roldanas, podemos afirmar que m se
deslocará com velocidade constante em Figura 1 Figura 2
relação a um observador fixo na mesa, se Mi a) (2gsen 0)/3 b) (3gsen 0)/2
for tal que:
c) (gsen 0)/2 d) g(2sen 0 - cos 0)
e) g(2sen 0 + cos 0)
107
Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
M3 estão ligados por cabos esticados, de
massa desprezível, que passam por uma
E * m roldana de massa desprezível, assim como M2
M está ligado a massa suspensa M,. Calcular a
_________ aceleração do sistema. Dados: = 3M2, M2 =
2AÍ3, sen a = 4/5, p2 = 2/3 e p = 1/2
x moeda
gravidade local vale g. Determine a maior
aceleração a com que o sistema pode ser
acelerado horizontalmente para a direita, sem
que os blocos escorreguem em relação ao
prisma.
Dado sen a = 0,6 cos a = 0,8.
A13) A figura representa um plano inclinado de
coeficiente de atrito cinético p2 sobre a qual se
apoia o bloco de massa M2. Sobre ele está
apoiado o objeto de massa M2, sendo p o
coeficiente de atrito cinético entre eles. M2 e
108
Elementos da Física - Mecânica I - Força de Atrito
M | m
3m
a M
2m
a.
b) 2g / 3 c)g/2
mgx/37 mgVn mgV26
a)g a) b) c)
d) 3g / 4 e) 3g / 2 6 3 5
mg-i/FF mgVJó
d) e)
A16) Sobre um plano inclinado, com ângulo de 4 6
inclinação 30°, coloca-se uma prancha plana
de massa 10 kg e sobre ela um corpo de A19) O corpo A de massa m.ia em um plano
massa 5 kg. O coeficiente de atrito entre o inclinado de ângulo 0 está ligado ao corpo B
corpo e a prancha é 0,15 e entre a prancha e o de massa mb por uma corda que passa por
plano é 0,3. Determine a aceleração da uma roldana, conforme figura abaixo. O corpo
prancha. B está sobre um plano horizontal sem atrito.
Uma mola submetida a uma distensão x
A17) No teto de um vagão, presa por uma prende o corpo B a uma parede vertical. Ao ser
haste rígida, encontra-se uma polia ideal. Pela liberado a partir do repouso, o corpo A passa a
polia, passa um fio ideal. Nas extremidades do subir o plano inclinado com uma aceleração
fio, estão presos uma pequena esfera de inicial a.
massa m e um bloco de massa M = 28m. A
esfera encontra-se suspensa e o bloco
encontra-se em repouso em relação ao vagão,
em contato com o piso do vagão. Devido ao
fato de o vagão estar acelerado, com uma
aceleração de módulo a = 3g/4, a parte do fio
que passa pela polia e prende a esfera não se
encontra na vertical. Com base nessas
///////////////////
informações, faça o que se pede. Determine:
a) a expressão da aceleração a
b) a deformação x' no momento em que a
â resultante das forças sobre o corpo A for nula.
Dados:
• coeficiente de atrito entre a massa ma e o
plano inclinado: pa
M • constante elástica da mola: k
• aceleração da gravidade: g
a) Determine o ângulo de inclinação do fio que Observação: a corda e a roldana são ideais
prende a esfera, em relação à vertical.
b) Determine a força de atrito estático que age A20) Uma barra de massa M está situada num
sobre o bloco. plano horizontal liso, no qual move-se sem
c) Determine o valor mínimo do coeficiente de atrito. Sobre a barra está colocado um corpo
atrito estático entre o piso do vagão e o bloco, de massa m. O coeficiente de atrito entre o
para que o bloco permaneça em repouso em corpo e a barra é fi Para que valor de F, que
relação ao vagão. atua na barra na direção horizontal, o corpo
começa a deslizar sobre a mesma? Decorrido
A18) No sistema mostrado na figura abaixo o quanto tempo o corpo cairá da barra, se o
bloco de massa m não se move com relação comprimento da mesma é /?
ao bloco de massa 3m. O coeficiente de atrito nm
dinâmico entre o bloco de massa 3m e o solo
vale 0,25. Determine o valor da força que M F
exerce o bloco de massa m no bloco de massa -<-------------- /---------------------- ►
3m.
109
Elementos fla Física - Mecânica I - Força de atrito
A21) Um corpo de massa m é puxado plano
inclinado acima com movimento uniforme. A
inclinação do plano inclinado com relação à
horizontal é a. Determine a magnitude e a
direção da menor força necessária. O
coeficiente de atrito é p.
IX a) 2.m.g.sen a b) V3.m.g.sen a
x2
c) m.g.sen a d) V?.m.g.sen a
e) 3.m.g.sen a
60"
A26) Por um plano inclinado (a = 45°) com a
horizontal lança-se para cima um corpo
A23) Determine o menor valor da aceleração pequeno. Determine o valor do coeficiente de
do corpo A em direção horizontal, para que os atrito, se o tempo de subida do corpo é 2
corpos 1 e 2 permaneçam imóveis com vezes menor que o de descida.
respeito ao citado corpo. As massas dos
corpos 1 e 2 são iguais e o coeficiente de atrito A27) Um bloco de massa m escorrega em uma
entre as superfícies dos corpos é p. A polia e calha cujos bordos formam ângulos de 90°. Se
os fios são ideais. o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e 0'
material que constitui a calha é pc, determine a
1 aceleração do bloco.
A
2
110
_____ Elementos da física - Mecânica I - Força de Atrito
a) o sentido da aceleração do carro. Justifique.
b) o valor desta aceleração em função de p e
da aceleração da gravidade g.
m
A31) (OBF-06) Dois blocos homogêneos e em
M 0 apoio fixo
forma de paralelepípedo, de massas mA = 3,0
kg e mB = 2,0 kg estão apoiados num piso e
formam um sistema conforme a figura. Por
meio de um cordão, deseja-se puxar e imprimir
g(i+-) gV2 um movimento retilíneo uniformemente
a)------- — b)
g(i+p)
c) acelerado ao sistema, inicialmente em repouso.
1+p 1 + p. + —
M
1. + — Considerando que o coeficiente de atrito
m m
cinético entre a superfície de B e a do piso vale
gV2 g(i + p)
d) 2 e) pB/P = 0,40; que entre as superfícies de A e de
M M B vale Pa/b = 0,50; que a medida “a" vale 18cm
p+—
m m e que o operador puxa o bloco B com uma
força F = 55N, calcule:
A29) (OBF-05) Determinar o valor da força de
atrito que atua sobre o bloco de 100 kg, A
considerando que o módulo da força F que
atua sobre o corpo, como indicado pelo
desenho, seja 100 N. O coeficiente de atrito
X ------ B 3
estático é 0,20 e o dinâmico 0,17.
H----- Ê----- H
a) a intensidade da aceleraçao do bloco A;
b) depois de quanto tempo o centro do bloco A
ficará alinhado verticalmente com a lateral do
bloco B?
111
Elementos da Física - Mecânica I - Força de atrito
c) a aceleração do bloco B para P = 40 N; a) a tensão na corda;
d) a tensão na corda para P = 40 N. b) a aceleração de cada bloco.
A c
i -
I
i»
25°/
A34) Um homem que está parado dentro de A36) Na situação mostrada abaixo, o corpo de
um elevador, ao qual se move com uma dimensões desprezíveis e massa m está
aceleração constante, sustenta um bloco B de inicialmente em repouso sobre a cunha A e a
3 kg entre outros dois blocos de tal forma que uma distância d = 62,5 cm de seu topo,
o movimento de B em relação com A e C é medida ao longo do plano inclinado. A cunha A
iminente. Se os coeficientes de atrito entre está ligada através de um fio ideal
todas as superfícies são pe = 0,30 e pc = 0.25, (inextensível e de massa desprezível) de
determine comprimento D horizontal e outra cunha B de
mesma altura H que a cunha A. Em certo
instante, a cunha A, inicialmente em repouso,
a é submetida a uma aceleração constante a =
20 m/s2. Conhecemos o ângulo de inclinação e
o coeficiente de atrito entre o corpo e o plano
inclinado da cunha A, respectivamente, a = 37°
i (triângulo 3, 4, 5) e p = 0,25.
j ZnT H
a D
i. -
■
a
II I CUNHAA CfXHAB
a) Sabendo que o corpo, após projetado do
/ topo da cunha A, deve cair exatamente no topo
da cunha B, mantida a aceleração da cunha A
I
a) a aceleraçao de subida do elevador se cada
uma das forças exercidas pelo homem sobre
constante, para a esquerda, ache o
comprimento D do fio que une as cunhas, (g =
10 m/s2).
b) Para que o “pouso” do corpo no topo da
cunha B seja “suave”, isto é, não haja impacto
os blocos A e C tem uma componente com a superfície da cunha, ache o ângulo de
horizontal igual ao dobro do peso de B, inclinação p da cunha B.
b) as componentes horizontais das forças
exercidas pelo homem sobre os blocos A e C A37) No sistema da figura abaixo uma barra
se a aceleração do elevador é de 2,0 m/s2
de massa M e comprimento £ está presa à
para baixo.
extremidade de um fio que passa por uma
A35) Os coeficientes de atrito entre os blocos polia. No outro lado do fio encontra-se uma
A e C e as superfícies horizontais são pe = esfera de massa m < M, que pode deslizar ao
0,24 e pc = 0,20. Se mA = 5 kg, mB = 10 kg e longo do fio, através de um furo que
mc = 10 kg, determine: transpassa a esfera, com determinado atrito
112
Elementos da Física - Mecânica I - Força de atrito
constante. A massa da polia pode ser m.A
desprezada e considere g como a aceleração
da gravidade. No instante inicial a esfera está
localizada na mesma altura da extremidade
inferior da barra. h
1°
,6 13
B C
O bloco chega ao ponto 8 com uma velocidade
M Í3
l- g h. Podemos afirmar que o
igual a J-
B o
0,5 m
c
A -- = °.2 A
30°
g(2n-l)
a)gn b)
2g + l
A40) Um bloco de massa m desce o plano c) g(p + l) d)g(2p+1)
inclinado a partir de A, com velocidade inicial d) s(1~g)
nula, como mostrado na figura a seguir. Vetor i+p
g: aceleração da gravidade
A43) Sobre um plano inclinado de um ângulo a
(sen a = 0,6) é colocada uma prancha de
massa m2 = 4 kg e sobre ela um corpo de
massa m, = 2 kg, conforme a figura. O
113
Elementos tia Física - Mecânica I - Força de Atrito
coeficiente de atrito entre o corpo e a prancha sua vez, encontra-se inicialmente em repouso
vale 0,1 e entre a prancha e o plano vale 0,2. sobre uma superfície horizontal sem atrito.
Sabendo que g = 10 m/s2, determine a Considere que em um dado instante uma força
diferença entre a aceleração do corpo 1 e a horizontal F passa a atuar sobre a
aceleração do corpo 2, ambas medidas em extremidade livre da corda, conforme indicado
relação ao referencial inercial. na figura. Para que não haja escorregamento
entre o bloco e a plataforma, o maior valor do
m,
módulo da força F aplicada, em newtons, é
fflj
Dado: g = 10 m/s2
a) 4/9 b) 15/9 c) 10
d) 20 e) 30
A) 0,6 m/s2 B) 1,2 m/s2
C) 1,6 m/s2 D) 2,4 m/s2 A46) (EN-17) Analise a figura abaixo.
E)0
/ (pl■JSVg.-. iMKÃil.-?12 kg
•:WajlWWaWMMaf^^kg
114
FORÇAS NO MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
v. y2
e/2 e/2
0 0 0
| Av |=| v11 sen —+1 v2 | sen - = 2vsen-
0 0
Como o ângulo 0/2 é pequeno pode-se usar a aproximação sen— = —. Assim:
0 0
| Av |= 2vsen-| = 2v^ ve
Além disso, a direção do vetor Av = v2 - v, é sempre radial, ou seja, ao longo de uma reta
que passa pelo centro da circunferência, com sentido para o centro da trajetória circular, como
indicado na figura.
Av
Quando o módulo de v é constante a aceleração centrípeta é dada ãcp =—. Como At é
sempre maior que zero segue que os vetores ãcp e Av possuem mesma direção e mesmo
sentido. Deste modo, a aceleração centrípeta possui direção radial, sempre direcionada do corpo
ao centro da trajetória circular.
115
Elementos da Física - Mecânica I - Força Centripeta
- mv^ „
r-:p ~ macp => |Fcp|=m|ãcp| => |Fcp|=—ou |Fcp|=ma>2R
IX
Observe que a força centrípeta é uma força fictícia, resultado da soma vetorial de todas as
forças atuantes no corpo, não existindo nenhum agente que execute a aplicação de Fcp no corpo.
Por exemplo, suponha que um avião está fazendo uma curva perfeitamente circular com
velocidade constante. A soma dos vetores peso e força de sustentação aerodinâmica é igual ao
vetor força centrípeta, que é a força resultante no movimento.
116
_ ________________________________________________ Elementos tfa Física - Mecânica I - Força Centripeta
FORÇAS NO MOVIMENTO CIRCULAR ACELERADO
t v2 , dv
ãR =att+acpr aR = a.t + — r, onde a, = —
R ' R 1 dt
v2 _
mãR = matt +m — r Fr = Ft t + Fcpr
R
2 ( mv2 Y v4
FR=7(Ft)2+(Fcp)2 => Fr= (mat)2+ —- => FR=m.a2 + R2
V \ i' J
117
Elementos tia física - Mecânica I - Força Centripeta
Observações:
1) As expressões expostas neste item para ãR, FR e FR referem-se a valores instantâneos dessas
grandezas. Assim, na determinação de ãR, FR e FR deve-se calcular as componentes tangenciais
e radiais dessas grandezas para o mesmo instante t.
2) Perceba que toda a análise realizada na direção radial do movimento circular uniforme é válida
para a direção radial de um movimento circular acelerado. Isto ocorre pois a aceleração tangencial
é perpendicular à direção radial, não influenciando sobre as componentes radiais da aceleração e
da força resultante. Assim, pode-se afirmar que em qualquer movimento circular (uniforme ou
acelerado) a componente na direção radial da força resultante é igual à força centripeta.
v4 2 a4.t4 I a2.t4
Fr = m. a2 + R2 m. 'a, +-t—- => FR=maJV 1 + -àr-
' R2 K
a2t4
Neste caso, a aceleração resultante é dada por aR =a, J1 + .
MOVIMENTO PENDULAR
ii) posição 2: posição intermediária, quando o fio faz com a vertical um ângulo p tal que 0 < p < a.
118
Elementos da física - Mecânica I - Força Centrípeta
í(1-cosa)
t3
í(1-cosp)
—-
p
Na posição 2 a resultante radial é a força centrípeta, que neste caso não é nula:
mv2 T o
|Ft2 l=|FcP2 l=|f2|-|P|.cosp -i- = T2 - m.g. cos p
Mais uma vez, a resultante tangencial é a componente da força peso nesta direção:
mv3
|Ft3 I=|FCP3 l=|T3|-|P| T3 -m.g
A posição 3 é onde verifica-se a máxima velocidade do corpo, fazendo com que o módulo
da tração seja máxima na posição 3.
119
Elementos da Física - Mecânica I - Força Cenirípeta
FORÇAS NO MOVIMENTO NÃO RETILÍNEO
Até este momento foi apresentado como atuam as forças em um corpo que se movimenta
ao longo de uma reta ou de uma circunferência. Todavia, nem todo movimento é retilíneo ou
circular. Considere agora um corpo de massa m que está se movimentando no espaço em uma
trajetória não retilínea.
*2
Ci,
R1\
*1
C3
Rz,'
Cy Fcp3
c2: F.3
v3
Por outro lado, o sentido de Ft será oposto ao de v se a velocidade estiver diminuindo. Na figura,
perceba que o módulo de v aumenta do ponto 1 ao ponto 2, fazendo com que o sentido de Ft
seja o mesmo de v nos pontos 1 e 2. Contudo, o módulo de v diminui entre os pontos 2 e 3.
Desta maneira, o sentido de Ft é contrário ao de v no ponto 3.
A componente radial está sempre direcionada de um ponto da trajetória ao centro de
rotação instantâneo. Como a componente radial não é responsável pela alteração do módulo da
velocidade, conclui-se que a componente radial atua somente para alterar a direção do vetor
velocidade. Desta forma, a componente radial da força resultante é centrípeta e portanto
= =
F'-F»“r-
mv2
OUTRAS EXPRESSÕES
mv2 mw2R2
1) Velocidade Angular: Fcp => Fcp m<»2R
R R~~
2
2?r 4n2mR
2) Período ou frequência: Fcp mco2R = m R => Fcp = => Fcd = 47t2f2mR
T CP
120
Elementos da Física - Mecânica I - Força Centrípeta
FORÇA CENTRÍFUGA
Suponha que uma pessoa esteja no interior de um carro que está se movimentando em
uma trajetória retilínea. Em determinado momento o carro passa a fazer uma curva. Para um
referencial inercial fora do carro surge uma força centrípeta direcionada da pessoa ao centro da
curva, que é a resultante radial de todas as forças que atuam no carro. Por outro lado, adotando o
carro como referencial não inercial, a pessoa sentirá a sensação de que outra força está atuando
sobre ela, jogando-a para o sentido oposto ao da força centrípeta. Essa força é a força centrífuga
- que atua, nesse caso, do centro para fora da curva.
Para o referencial inercial fora do carro a força centrífuga não existe. Este referencial
enxerga o carro acelerando para o centro da curva em virtude da força centrípeta (provocada pelo
atrito dos pneus com a pista). Dentro do carro, a pessoa faz a curva por causa das forças de
contato desta com o carro (banco, lateral do carro, cinto, volante, ...). Por esse motivo, a força
centrífuga é denominada força fictícia. Assim, conclui-se que as forças centrípeta e centrífuga são
diferentes. A força centrífuga só tem validade em um referencial ligado ao objeto que gira. A força
centrípeta é válida em qualquer referencial inercial fora do objeto que está girando.
Considere agora um disco que está girando com velocidade angular constante no sentido
anti horário. Sobre o disco está um bloco de massa m. Devido à presença de uma força de atrito o
corpo se mantém sempre sobre o mesmo ponto do disco. Solidariamente ao centro do disco está
um referencial inercial S. Este referencial observa três forças atuantes no corpo: Normal N, Força
de Atrito FA e Peso mg. A soma vetorial destas três forças é a força centrípeta FCr.
Fcp = N + Fa + mg
s
N
■Fa^
TRAJETÓRIA
o ->
mg
SENTIDO DE
ROTAÇÃO
S*
S
N
mg
SENTIDO
DE ROTAÇÃO
121
___________________________________________ Elementos ila Física - Mecânica I - força Centrípetai
As forças N, FA e mg ainda são medidas pelo referencial S* com o mesmo módulo que foi'
medido por S. Nota agora que:
Exemplos:
1) Uma esfera de massa m = 1,0 kg está se movimentando em uma superfície retilínea horizontal.
Em determinado momento a esfera atinge uma região de forma circular de raio R = 20 m.
Sabendo que no topo da circunferência a velocidade da esfera é v = 10 m/s, determine a reação
normal neste ponto. Adote g = 10 m/s2.
Solução:
Solução:
122
________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Força Centrípeta
No diagrama ao lado estão indicadas as forças que atuam no
conjunto motociclista + motocicleta no ponto mais alto da trajetória.
\ Sabe-se que, independentemente da trajetória ser ou não circular, a
resultante radial é a força centrípeta: Fcp = N + P
N p A menor velocidade que a motocicleta deve possuir para não perder
contato com a superfície interna do globo ocorre quando a
motocicleta apenas tangencia o globo no ponto mais alto. Assim, a
|ãc normal neste ponto é nula:
FCP = P => = rfg => v2 = gR =>
K
V = VgR = y/10.2,5 = V25 = 5 m/s
3) Um rotor consiste em um cilindro de raio R que gira em torno de seu eixo de simetria vertical.
Um homem está no interior do rotor, com as costas apoiadas na superfície lateral interna do
cilindro. Sabe-se que o coeficiente de atrito entre o homem e a superfície do rotor é p. A
aceleração da gravidade local é g. Determine a mínima velocidade angular que deve girar o rotor
de modo que o homem possa levantar suas pernas do chão sem cair.
----- R— ■ ___
Solução:
-r. As forças que atuam no homem estão indicadas na figura ao lado.
Como o homem não cai quando levanta suas pernas, a força normal
com o chão é nula.
De modo a existir equilíbrio vertical tem-se que:
F,', Fat = P => N.p = mg => N=
w
7
i
4) Um avião está voando com uma velocidade v constante. Em determinado momento o piloto
observa um obstáculo à sua frente e decide fazer uma curva, em um plano horizontal, para
desviar do obstáculo. Suponha que a força de sustentação do ar nas asas do avião é igual a F e
que P é o peso total do avião. Calcule o menor valor do raio R da curva que o piloto consegue
fazer no avião.
Solução:
123
______ Elementos da Física - Mecânica I - Força Cenuifleta
O esquema ao lado mostra a decomposição das
forças que atuam no avião. Apenas duas forças
atuam no avião, a força peso P e a força de
sustentação do ar nas asas F. Assim, pode-se
R
afirmar que FR = P + F . Sabe-se que esta força
resultante FR é centrípeta, uma vez que o avião
está fazendo um movimento circular uniforme.
Como a força peso é vertical e a força centrípeta
é horizontal, as forças FR , P e F formam um
triângulo retângulo, com hipotenusa em F. Deste modo:
mv2
F2 = P2+FR2 => fr=fcp=Vf2-p2 => — = Vf2-p2 => R=
R a/f2 -P2
5) Um corpo de massa m está peso a um fio de comprimento L, com a outra extremidade do fio
fixada em um teto horizontal, em um local onde a aceleração da gravidade é g. O corpo é posto a
oscilar em uma trajetória circular de raio R, contida em um plano horizontal.
a) Determine a tração no fio.
b) Determine a velocidade angular do corpo.
Solução:
a) Perceba que o movimento do fio gera uma superfície cônica,
motivo pelo qual este experimento é denominado de pêndulo
cônico. Pelo teorema de Pitágoras pode-se determinar a altura h
I
do cone: L2 = h2 + R2 => h = a/l2 - R2
L í
1 Sv O diagrama de forças está representado na figura ao lado. Como
! o corpo executa um movimento circular uniforme a força
--+ —+- ? resultante é centrípeta. Como o peso P é paralelo à altura h, a
Z tração T é paralela à direção do fio e a força centrípeta é paralela
í L—!#—
centro x
ao raio R, pode-se afirmar que o triângulo formado pelas forças
P , T e Fcp é semelhante ao triângulo formado por h, L e R.
T P T mgL
'■yP Deste modo: => T = .,"'at-
L h a/l2 - R2
b) Pela semelhança: =
p /rico2/ _ rfg r g
=> co =
h X aARTr2 a/l2 - R2
B
e = 6o°
O módulo da velocidade da moto no ponto B é 12 m/s e o sistema moto-piloto tem massa igual a
160 kg. Determine a componente radial da resultante das forças sobre o globo em B.
Solução:
124
___________________________ Elementos fla Física - Mecânica I - Força Centrípeta
O enunciado solicita o valor da força normal no globo no ponto B. Na figura
estão representadas as forças que atuam no sistema moto-piloto. A força N
representada é a reação normal que a superfície do globo faz nos pneus da
moto. A força normal que a moto faz no globo é a reação a esta força, ou
seja, possui o mesmo módulo de N, mesma direção e sentido contrário.
A direção radial a força resultante no sistema moto-piloto é a força
mv2
centrípeta: Fcp =N + P.cos60° —= N + mgcos60° =>
160(12)2
= N + 160.10.0,5 N = 4960 N
4
a) Fazer um desenho, no seu formulário de respostas, representando todas as forças que atuam
na esfera, no plano a.
b) Calcular, em função de 0, o módulo da força que o recipiente exerce sobre a esfera.
c) Calcular o valor do ângulo 0.
Solução:
a) As forças estão indicadas na 1a figura
b) Na 2a figura está o cálculo da força
P resultante sobre a esfera. Como a esfera
está executando um MCU a resultante é a
força centrípeta:
„ P mg 1,0.10
cos 0 = — = —- N = —— N
N N N COS0
c) tg0 = ^- >/co2Rsen0
125
____________________ ____________________________ Elementos da Física - Mecânica I - força Centrípeta
8) (ITA-12) Um funil que gira com velocidade angular uniforme em torno do seu eixo vertical de
simetria apresenta uma superfície cônica que forma um ângulo 9 com a horizontal, conforme a
figura. Sobre esta superfície, uma pequena esfera gira com a mesma velocidade angular
mantendo-se a uma distância d do eixo de rotação. Nestas condições, o período de rotação do
funil é dado por
a) 2n^d/ gsenG
b) 27t7d/gcos9
c) 2n,yd/gtan0
d) 2n^2d/gsen20
e) 2n^d/gcos0/gtan20
Solução: Alternativa C
9) (EN-94) Uma bola é lançada para cima, com uma velocidade v, em uma direção que faz 60°
com a horizontal. Despreze a resistência do ar. O raio de curvatura de trajetória descrita pela bola
no ponto de altura máxima é:
v2 v2 v2 2v2 . 4v2
a)
' 4g
- b)^-
b) —
2g
c' —
c)
g
d) —
g e)v
Solução: Alternativa A
No ponto de altura máxima a velocidade possui apenas a
componente horizontal: vx = v.cos 60° = v/2
A única força atuante no ponto de altura máxima é o peso.
No ponto de altura máxima o peso é perpendicular à velocidade.
Assim, o peso é uma resultante centrípeta:
P = Fcp => mg = mvx2 /R => g = v2/4R R = yt/lg
M? mq V
I 6M 1)5m J A
Solução:
a) Se 0 é o ângulo que o fio faz com a vertical: sen 0 = 0,6 => cos 0 = 0,8 => tg 0 = 3/4
t Fcp mw2R w2(d + ZsenO) 3 w2(1,5 + 10.0,6)
w = 1 rad/s
P mg g 4 10
mg 0,8 =^-10
b) cosO 0,8 = T = 250 N
T T
126
___________________________________________ Elementos da Física - Mecânica I - Força Centrípeta
11) (IME-96) Uma mesa giratória tem velocidade angular constante co, em torno do eixo y. Sobre
esta mesa encontram-se dois blocos, de massas m e M, ligados por uma corda inelástica que
passa por uma roldana fixa à mesa, conforme a figura abaixo. Considerando que não existe atrito
entre a massa e o bloco M, determine o coeficiente de atrito mínimo entre os dois blocos para que
não haja movimento relativo entre eles. Considere d a distância dos blocos ao eixo da rotação.
Despreze as massas da roldana e da corda.
yf
i
i
i
i
i
i
F d
Solução:
N2 1 I N, Analisando as forças verticais:
Fat<-=±
T<—|
1 Ni = mg e N2 = Nt + Mg = mg + Mg = (M + m)g
Analisando agora as forças horizontais que atuam em cada bloco
▼Mg
(adotando M > m) conclui-se que:
IT + Fat = Fcp1 ÍT = Mw2d-N1p T = Mw2d-mgp
[T = Fat + Fcp2 [t = mw2d + N,g T = mw2d + mgp
2mgp
Mv/d - mg|i = mv/d + mgp d
| M - m | w2
(ITA-94) Um fio tem presa uma massa M numa das extremidades e na outra, uma polia que
suporta duas massas; rr»! = 3,00 kg e m2 = 1,00 kg unidas por um outro fio como mostra a figura.
Os fios têm massas desprezíveis e as polias são ideais. Se CD = 0,80 mea massa M gira com
velocidade angular constante a> = 5,00 rad/s numa trajetória circular em torno do eixo vertical
passando por C, observa-se que o trecho ABC do fio permanece imóvel. Considerando a
aceleração da gravitacional g = 10,0 m/s2, a massa M deverá ser:
//////////////////////
a) 3,00 Kg
b) 4,00 kg c
0)
c) 0,75 kg
d) 1,50 kg / 0 M
e) 2,50 kg
mi D
Solução: Alternativa D
//////,
////////////////////// Sabe-se que a tração em uma máquina de Atwood vale
W T = 2m1m2g
. Como a polia esquerda não possui massa a força
' 1 m, + m2
resultante é nula: T = 2T, = 4mim2g = 4 10 = 30,0 N
m, + m2 3+1
Mg Se 0 é o ângulo formado pela tração e o peso Mg:
Fcp Jtfía>2L sen 0 >eríí a>2L_serítí
tg 0 =----- =-------------------------------------------- —-----------------
P ,Mg cos0 g
q 10
cos0 = —2— => cos cos00 = —z----- = 0,5
co2R (5)20,8
Tcos 0 = Mg 15 = M.10 => M = 1,5 kg
127
_____________ _______ ______________________ Elementos da Física - Mecânica I - Força Centrípeta
13) (ITA-94) Um motociclista trafega numa estrada reta e nivelada atrás de um caminhão de 4,00
m de largura, perpendicularmente à carroceria. Ambos estão trafegando à velocidade constante
de 72 km/h quando o caminhão se detém instantaneamente, devido a uma colisão. Se o tempo de
reação do motociclista for 0,50 s, a que distância mínima ele deverá estar trafegando para evitar o
choque apenas com mudança de trajetória? Considere o coeficiente de atrito entre o pneumático
e o solo p = 0,80, aceleração gravitacional g = 10,00 m/s2 e que a trajetória original o levaria a
colidir-se no meio da carroceria.
a) 19,6 m b) 79,3 m c) 69,3 m d) 24,0 m e)14,0m
Solução: Alternativa D
Apenas com mudança de trajetória a melhor estratégia para o motociclista é
inclinar a moto e fazer uma curva de menor raio possível.
mv2 v2 400
Fcp = Fa, => ----- = mgp => R = — =--------- => R = 50 m
R---------------------- gp 10.0,8
R-L/2 R2 = (R - L/2)2 + x2 => 502 = (50 - 2)2 + x2 => x2= 196 => x = 14,0 m
d = x + v.At = 14,0 + (20)(0,50) => d = 24,0 m
14) (ITA-04) A figura representa o percurso de um ciclista, num plano horizontal, composto de dois
trechos retilíneos (AB e EF), cada um com 6,0 m de comprimento, e de um trecho sinuoso
intermediário formado por arcos de circunferências de mesmo diâmetro, igual a 4,0 m, cujos
centros se encontram numerados de 1 a 7. Considere pontual o sistema ciclista-bicicleta e que o
percurso é completado no menor tempo, com velocidade escalar constante.
I 36 m _l
Se o coeficiente de atrito estático com o solo é p = 0,80, assinale a opção correta que indica,
respectivamente, a velocidade do ciclista, o tempo despendido no percurso e a frequência de
zigue-zague no trecho BE.
a) 6,0 m/s 6,0 s 0,17 s'1
b) 4,0 m/s 12 s 0,32 s1
c) 9,4 m/s 3,0 s 0,22 s1
d) 6,0 m/s 3,1 s 0,17 s1
e) 4,0 m/s 12 s 6,0 s'1
Solução: Alternativa B
I) para completar no menor tempo, o ciclista deve desenvolver Vmáx para realizar a curva e assim:
p.N = m.vmáx2/R_=>_p.mg = rn.vmáx2/R => 0,8.10 = vmâx2/2 => vmáx = 4m/s
b) Nos trechos ab ef o tempo de é dado por:
as = V. At => At = 6/4 = 1,5s., portanto: AtAB + aaef = 3,0s
Na parte sinuosa tem-se um deslocamento escalar total equivalente a 3C, onde C = 2nR
Logo: AtBE = 3C/V => AtBE = 6ttR/V => AtBE = (6n.2)/4 => AtBE =9,Os.
^total = ^ab + Atgp + AtBE = 12s
c) Cálculo da freqüência: v = 2nRf => 4 = 2.n.2.f => f=1/7t => f=0,32hz
15) (ITA-15) Na figura, o eixo vertical giratório z acima de O dada por imprime uma velocidade
angular cu = 10 rad/s ao sistema composto por quatro barras iguais, de comprimento L = 1 m e
massa desprezível, graças a uma dupla articulação na posição fixa X. Por sua vez, as barras de
baixo são articuladas na massa M de 2kg que, através de um furo central, pode deslizar sem atrito
ao longo do eixo e esticar uma mola de constante elástica k = 100 N/m, a partir da posição Oda
extremidade superior da mola em repouso, a dois metros abaixo de X. O sistema completa-se
128
__________________________________________________Elementos da Física - Mecânica I - Força Centrípeta
com duas massas iguais de m = 1kg cada uma, articuladas às barras. Sendo desprezíveis as
dimensões das massas, então, a mola distender-se de uma altura.
x
2Z,
L
a) 0,2 m b) 0,5 m c) 0,6 m d)0,7m e) 0,9 m
Solução: Alternativa B
Como as massas executam MCUs a força resultante em cada massa é a
■ r .x \ r• força centrípeta:
'e e ._ /T T,. n t ti m<O2LcOS0
mg xe
t\.t
0X mg
Fcp = (T + T ).cos 0 => T+T = cose - => T + T’ = mco2L (1)
T-Z
syr TJO
Analisando o equilíbrio vertical de cada massa m:
T’.sen 0 = mg + T.sen 0 => T'-T = (2)
Mg sen0
Subtraindo as equações (1) e (2):
mg
2T = ma>2L - => 2T.sen 0 = ma>2l_sen 0 - mg
sen0
O comprimento 2L pode ser calculado da seguinte forma: 2L = z + 2L.sen 0 => senO = 1-V-
sen0
16) (IME-93) Considere o veículo de massa M percorrendo uma curva inclinada, de ângulo 0, com
raio R constante, a uma velocidade V. Supondo que o coeficiente de atrito dos pneus com o solo
seja |i, calcule as velocidades mínima e máxima com que este veículo pode percorrer esta curva,
sem deslizamento.
R
3''
v~
Solução:
N Na iminência de subir:
R N =--------------------------
S1' Fcp =Fat.cos0 + N.senO R(sen0 + pcos0)
Fa, P + Fat. sen 0 = N. cos 0
N =-------- -------------
cos0-jisen0
Ve
gR(pcosQ + sen0)
Vmax
cos0-psen0
Na iminência de descer basta inverter o sentido da força de atrito:
129
Elementos da Física - Mecânica I - Força Centrípeta
N =--------- --------------
Fcp + Fal. cos 0 = N. sen 0 R(sen0 + pcos0) gR(sen9-pcos0)
=> => vmin =
P = Fal. sen 0 + N. cos 0 psen0 + cos0
N =--------------------
cos 0 - p sen 0
17) (OBF-09) O coeficiente de atrito estático entre a roupa de uma pessoa e a parede cilíndrica de
uma centrífuga de parque de diversões é p. Considere que a centrífuga possui raio R, sempre gira
em torno de um eixo vertical e encontra-se em um local de gravidade g. Seja uio a velocidade
angular mínima da centrífuga para que a pessoa permaneça colada à parede acima do piso.
Imagine que a centrífuga atinge uma velocidade angular de 2lü0 quando começa a frear.
Neste momento, determine, em função de p, g e R
a) a máxima aceleração angular possível para que a pessoa não deslize lateralmente;
b) o módulo da aceleração máxima resultante sobre a pessoa, considerando-a como um pequeno
bloco.
Solução:
a) Na figura ao lado estão indicadas as forças que atuam na pessoa.
Considere a situação na velocidade angular coo, mínima para que a
I FaC pessoa fique colada na parede da centrífuga. Neste caso pode-se
considerar Fatx = 0, uma vez que não existe tendência de deslizamento
lateral, apenas tendência de deslizamento vertical. Neste caso:
FatxJ
Fat = P = mg = Np = Fcp.p => mg = mco02Rp => co.,o2-_g_
_ o
Rp
I N t
J___ íb Considere agora o período em que a velocidade angular varia de coo até
P 2coo- De acordo com a decomposição de forças pode-se afirmar que:
Faty = P N = Fcp Fatx = ma
Sabe-se que a força de atrito resultante é dada por:
Fat = ^Fatx2 + Faty2 = Np =>
= Np => m m22a
a22 +
+mm22g =m
g22 = co44R
m22a> p22 => a2R2 + g2 = w4R2p2
R22p
Como g, R e p são constantes, o maior valor de a corresponde ao maior valor de co, que vale 2<i)0:
:max2R2 + g2 = 16co04R2p2 =16-yyR2p2 =16g2 => amax2R2=15g2 => amax=^^
a, => C^max
R p R
18) (lpho-75) Uma barra gira com velocidade angular constante co em torno de um eixo vertical. 0
ângulo da barra com a horizontal é a. Na barra existe um anel que pode deslizar sobre sua
superfície. O coeficiente de atrito entre o anel e a superfície da barra é p. Determine sob que
condições o anel fica a uma distância L do ponto mais baixo da barra.
(4- R
------- 1___ -y
i /
i //
i /// L
130
Elementos da Física - Mecânica I - Força Centrípeta
Solução:
Considere um referencial que gira solidariamente ao anel
____ t-N\ a I com velocidade angular <0. Neste referencial surge uma
! Lcos a a força centrífuga de módulo F^ = mco2Lcos a, com direção
r----------
a > Fcg radial e sentido para fora da curva.
----- !— a Na figura ao lado o anel está na iminência de descer pela
i
i P barra. Para tanto a barra deve girar com um valor mínimo de
i / velocidade angular.
\// a Na direção horizontal: F^ + Fatcos a = Nsen a =>
mco2Lcosa
mca2Lcos a + Npcos a = Nsen a N=
sena-pcosa
19) Uma superfície hemisférica é posta a rotacionar, com velocidade angular constante co, em
torno de um eixo vertical que passa por uma de suas extremidades. Em seu interior existem duas
esferas de massas M = 5 kg e m = 3 kg, ligadas por uma haste de massa desprezível. Sabe-se
que o raio R do hemisfério vale 1 m e que g = 10 m/s2. Determine o valor de co de modo que a
haste que liga as esferas se mantenha na horizontal e que o ângulo do segmento que liga cada
esfera ao centro do hemisfério forme 37° com a haste. Dado: sen 37° = 0,6 e cos 37° = 0,8.
Elementos da Física - Mecânica I - Força Centripeta
Solução:
Sendo F a força que a haste exerce em cada esfera, note que
existe equilíbrio na vertical:
Ni.sen37° = Mg => N1.0,6 = 5.10 => Nt = 250/3 N
N2.sen37° = mg => N2.0,6 = 3.10 => N2 = 50 N
Em cada esfera a força resultante é a centripeta:
N, Mw2ri = N^cos 37° - F (1)
mca2r2 = F - N2.cos 37° (2)
Somando as equações (1) e (2):
F p ; F co2[M(R + Rcos 37°) + m(R - Rcos 37°)] = (N, - N2)cos 37° =>
Mgl mg' rTI co2[5(1 + 0,8) + 3(1 - 0,8)] = (250/3 - 50)0,8 =>
k -►j
w2.9,6 = 80/3 => tá2 = 25/9 => <o = 5/3 rad/s
ri
20) Um balde é preso numa corda de comprimento L e gira numa circunferência horizontal. Gotas
de água caem do balde e atingem o solo ao longo do perimetro do círculo de raio a. Determine o
raio a quando o fio faz com a vertical um ângulo 0, em função de L e 0).
“i-------------
L
e
2L
1
a
Solução:
Na 1a figura estão representadas as forças que
_ Fcp
atuam no balde. Neste caso: tge
a p
/ dl
jrív2
Lsen 0 / tg0 = ^=LsêHÕ
sen0 v2_gLsen20
cosO
COS0 jaig
/ cosO
É com esta velocidade horizontal v, tangente à
trajetória do balde, que cada gota de água é
lançada quando abandona o balde. Na 2a figura tem-se uma vista superior do experimento.
Perceba que d é o alcance horizontal do movimento de cada gota. Logo, pode-se afirmar que:
d = vt => d^vY => d2 = gLsen20t2 t2=.d2cos0
COS0 gLsen 0
=> a2 = 2L2(2-cos0)sen20+L2sen2e
Pelo teorema de Pitágoras: a2 = d2 + L2sen2 0
COS0
4 -2cos0 4-cos0
a2 = L2 sen2 0 +1 a = Lsen0.
COS0 COS0
132
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centríneta
&
r ■.
a) 3,6 b) 18 c) 1,0
d) 6,0 e) 10 D B
133
Hementos tia Física - Mecânica I -Força Centrípeta
autódromo, com velocidade escalar constante
de 180 km/h. O raio de curvatura da trajetória é
820 m. Para que esse movimento seja possível,
independentemente do atrito entre os pneus e
a pista, a estrada deverá apresentar uma 0.40m\
sobrelevação, em relação à horizontal,
correspondente a um ângulo a mínimo,
aproximadamente igual a:
... 130
2°__ 7°___ 17° 20°
sen 0,035 0,122 0,225 0,292 0,342 a) Represente graficamente, na folha de
cos 0,999 0,992 0,974 0,956 0,940 respostas, as forças que atuam sobre a esfera,
tan 0,035 0,123 0,231 0,306 0,364 nomeando-as. Determine o módulo da
resultante dessas forças.
a) 2° b) 7° c) 13° d) 17° e) 20° b) Determine o módulo da velocidade linear da
esfera e a freqüência do movimento circular
E6) (Mackenzie-12) No trecho de estrada
por ela descrito.
ilustrado, a curva pontilhada é um arco circular
e o raio da circunferência que o contém mede
E8) (UFSC-02) Um piloto executa um “looping"
500m.
com seu avião - manobra acrobática em que a
aeronave descreve um arco de circunferência
no plano vertical - que atinge, no ponto mais
baixo da trajetória, ao completar a manobra, a
velocidade máxima de 540 km/h. O raio da
trajetória é igual a 450 mea massa do piloto é
70 kg. Nessas manobras acrobáticas deve-se
considerar que a maior aceleração que o
organismo humano pode suportar é 9g (g =
aceleração da gravidade).
134
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
o a. R=IOm
1
I
p !
R n
a) lAsec a/Rg b) x^.tg a/Rg
a) A força centrípeta no carro.
c) Rg.cossec a/v2 d) v.sen,a/R2g
b) A força normal.
e) v2cos a/g (Dado: g = 10m/s2)
135
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
136
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
invertidas. A roda-gigante tem raio R = 20m e a) 9Vã. b) 90(Vã)’1. c)90Vã. d) 900Vã.
as massas de Nina e José são,
respectivamente, MN = 60kg e Mj = 70kg.
Calcule E22) (AFA-04) Um carro de 1500 kg faz uma
a) o módulo v da velocidade linear das curva sem superelevação, com um raio de 75
cadeiras da roda-gigante; m, à velocidade de 54 km/h. O coeficiente de
b) o módulo aR da aceleração radial de Nina e atrito mínimo que deve haver entre o
de José; pavimento da estrada e os pneus, a fim de
c) os módulos Nn e Nj das forças normais que impedir a derrapagem do carro, é
as cadeiras exercem, respectivamente, sobre a) 0,1 *b) 0,3 c) 0,5 d) 0,6
Nina e sobre José no instante em que Nina se
encontra no ponto mais alto do percurso e E23) (AFA-05) O pêndulo da figura abaixo gira
José, no mais baixo. apresentando um ângulo 0 de abertura em
NOTE E ADOTE relação à vertical. Afirma-se que
7t = 3
Aceleração da gravidade g = 10m/s2
0 :
E19) (Fuvest-13) Um DJ, ao preparar seu
equipamento, esquece uma caixa de fósforos
sobre o disco de vinil, em um toca-discos
desligado. A caixa se encontra a 10cm do 1.
centro do disco. Quando o toca-discos é ligado,
no instante t = 0, ele passa a girar com I - a força centrípeta é a força resultante.
aceleração angular constante a = 1,1 rad/s2, II - variando a velocidade o período
até que o disco atinja a frequência final f = 33 permanece inalterado.
rpm que permanece constante. O coeficiente III - a tensão no fio diminui com o aumento de
de atrito estático entre a caixa de fósforos e o 0.
disco é pe = 0,09. Determine Estão corretas as afirmativas
a) a velocidade angular final do disco, u)f, em a) I e II apenas. c) II e III apenas.
rad/s; b) I e III apenas. d) I, II e III.
b) o instante tf em que o disco atinge a
velocidade angular cüf; E24) (AFA-08) Em uma apresentação da
c) a velocidade angular wc do disco no instante Esquadrilha da Fumaça, uma das acrobacias é
tc em que a caixa de fósforos passa a se o "loop", representado pela trajetória circular
deslocar em relação ao mesmo; da figura. Ao passar pelo ponto mais baixo da
d) o ângulo total A0 percorrido pela caixa de trajetória, a força que o assento do avião
fósforos desde o instante t = 0 até o instante t exerce sobre o piloto é
= tc-
Note e adote:
Aceleração da gravidade local g = 10m/s2.
n=3
E20) (AFA-88) Um carro deve fazer uma curva
de 250m de raio, sem derrubar, numa
velocidade escalar máxima de 36km/h. O
coeficiente de atrito entre os pneus e a estrada
é: a) maior que o peso do piloto.
OBS: o piso da estrada é sempre horizontal; g b) igual ao peso do piloto.
= 10 m/s2. c) menor que o peso do piloto.
a) 0,04b) 0,2 c) 0,5 d) 25 d) nula.
E21) (AFA-99) Um automóvel entra em uma E25) (AFA-07) Durante um show de patinação,
curva de 30° de inclinação, com velocidade 30 o patinador, representado na figura abaixo,
m/s. O raio da curva, em metros, para que não descreve uma evolução circular, com
haja escorregamento, é velocidade escalar constante, de raio igual a
(considerar g = 10 m/s2) 10,8 m. Considerando desprezíveis quaisquer
137
Elementos fla Física - Mecânica I -Força Centripeta
resistências, a velocidade do patinador, ao
fazer a referida evolução, é igual a.
f
53a
pista do golo
haste
vertical
E28) (OBF-05) Um garoto de massa m está
sentado sobre um disco horizontal que gira
com velocidade constante em torno do eixo.
Sabendo que o garoto encontra-se a 3,0 m do
centro do disco e que o coeficiente de atrito
entre ele e o disco é 0,3, determine a maior
velocidade angular do disco capaz de manter o Considerando as informações indicadas na
garoto sentado nessa mesma posição. figura, que o módulo da força de tração na fita
Fi é igual a 120 N e desprezando o atrito e a
E29) (OBF-06) O dispositivo representado resistência do ar, é correto afirmar que o
consta de um eixo que gira com uma módulo da força de tração, em newtons, na fita
velocidade angular constante o> que tem preso, F2 é igual a
por meio de fios iguais, flexíveis e A) 120. B) 240. C) 60.
inextensíveis, duas bolas com massa de 1 kg D) 210. E) 180.
cada. Para uma determinada velocidade, o
ângulo a é igual a 37° e o raio da trajetória F2) (UFC-02) Considere uma partícula de
circular é de 0,2 m. massa m, submetida à ação de uma força
central atrativa do tipo F = k/r, onde r é a
138
Elementos da Fisica - Mecânica I -força Centrípeta
distância entre a partícula e o centro de forças força peso; a é o ângulo de inclinação das
fixo no ponto O, e k é uma constante. asas em relação ao plano horizontal; R é o raio
a) Mostre que se a partícula estiver de trajetória. São conhecidos os valores: a =
descrevendo uma órbita circular sob a ação de 45°; R = 1000 metros; massa do avião = 10000
tal força, sua velocidade independe do raio da kg.
órbita.
b) Mostre que o período de rotação da F
partícula, em torno do ponto O, é proporcional
a r.
R
F3) (UERJ-02) O cesto da máquina de lavar a J,
roupas da família mede 50 cm de diâmetro.
Durante o ciclo de centrifugação, o coeficiente X ▼ P
de atrito da roupa com a parede do cesto da
máquina é constante e igual a 0,5 e a Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S),
aceleração angular do cesto é igual a 2 rad/s2. considerando, para efeito de cálculos, apenas
Calcule, em relação a esse ciclo de as forças indicadas na figura.
centrifugação: 01. Se o avião descreve uma trajetória
a) a velocidade de rotação mínima para que a curvilínea, a resultante das forças externas que
roupa fique grudada à parede do cesto; atuam sobre ele é, necessariamente, diferente
b) o número de rotações feitas pelo cesto, a de zero.
partir do repouso até atingir a velocidade de 3 02. Se o avião realiza movimento circular
rotações por segundo. uniforme, a resultante das forças que atuam
sobre ele é nula.
F4) (UFG-06) O chapéu mexicano, 04. A força centrípeta é, em cada ponto da
representado na figura, gira com velocidade trajetória, a resultante das forças externas que
angular constante. Cada assento é preso por atuam no avião, na direção do raio da
quatro correntes, que formam com a vertical trajetória.
um ângulo de 30°. As correntes estão presas à 08. A força centrípeta sobre o avião tem
borda do circulo superior, cujo diâmetro é de intensidade igual a 100000 N.
6,24 m, enquanto o comprimento das correntes 16. A velocidade do avião tem valor igual a 360
é de 6 m. A massa de cada criança é de 34 kg, km/h.
sendo desprezíveis as massas dos assentos e 32. A força resultante que atua sobre o avião
das correntes. não depende do ângulo de inclinação das asas
em relação ao plano horizontal.
139
Elementos da Física - Mecânica I -força Centrípeta
a) deduza a velocidade angular w com que a extremidade da mola está presa a um pino em
estação deve girar para que um astronauta, O, segundo a figura abaixo.
em repouso no primeiro andar e a uma a) Determine o valor da força que a mola
distância R do eixo da estação, fique sujeito a aplica na bola para que esta realize o
uma aceleração igual a g. movimento descrito.
b) Suponha que o astronauta vá para o b) Qual era o comprimento original da mola
segundo andar, a uma distância h do piso do antes de ter sido esticada?
andar anterior. Calcule o peso do astronauta
nessa posição e compare com o seu peso
quando estava no primeiro andar. O peso
aumenta, diminui ou permanece inalterado ?
Mo
Situação de teste
NOTE E ADOTE:
Força centrípeta Fc = mv2ÍR
Adote n s3 a) Faça um diagrama indicando as forças que
a) Represente, no esquema da folha de atuam sobre uma das massas m.
respostas, a direção e o sentido das forças que b) Calcule a velocidade angular íí para a qual
agem sobre o acrobata, durante sua e = 30°.
apresentação, identificando-as, por meio de
um desenho em escala. F10) (AFA-08) Um corpo de massa m, preso à
b) Estime o tempo tA, em segundos, que o extremidade de um fio, constituindo um
acrobata leva para dar uma volta completa em pêndulo cônico, gira num círculo horizontal de
sua órbita circular. raio R, como mostra a figura.
c) Estime o valor da massa Mo, em kg, que
deve ser utilizada para realizar o teste de
segurança.
140
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
Sendo g a aceleração da gravidade local e 9 o estrada plana e horizontal. Em um
ângulo do fio com a vertical, a velocidade do determinado instante, o caminhão entra em
corpo pode ser calculada por uma curva circular de raio igual a 51,2 m,
a) VRg b) Tw c) VRgsenG d) ^RgígO mantendo a mesma velocidade escalar.
Sabendo-se que os coeficientes de atrito
cinético e estático entre a caixa e o assoalho
F11) (AFA-08) A figura abaixo representa dois
horizontal são, respectivamente, 0,4 e 0,5 e
corpos idênticos girando horizontalmente em
considerando que as dimensões do caminhão,
MCU com velocidades lineares v-, e v2 A razão
em relação ao raio da curva, são desprezíveis
4 entre as intensidades das trações nos fios
e que a caixa esteja apoiada apenas no
*2 assoalho da carroceria, pode-se afirmar que a
ideais 1 e 2 é máxima velocidade, em m/s, que o caminhão
R R poderá desenvolver, sem que a caixa
escorregue é
a) 14,3 c) 18,0
b) 16,0 d) 21,5
141
Elementos da física - Mecânica I -Força Centrípeta
u rd /s que: a máxima força de atrito estático f, e a
tangente trigonométrica do ângulo de
inclinação 0, da moto em relação à vertical,
7
serão dados respectivamente por:
f. (N) tg 0
5 a) 500 0,5
b) 600 0,5
3 c) 500 0,6
d) 600 0,6
1 e) 500 0,3
142
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
inclinadas. Esta inclinação das curvas, também
observadas em rodovias, é para aumentar a
segurança e diminuir o risco de derrapagens.
Considere que um automóvel realiza uma
curva de raio R e ângulo de inclinação 0.
Considere também que a pista está muito
escorregadia e o coeficiente de atrito estático
entre os pneus do carro e a pista é desprezível,
podendo o carro derrapar ao realizar a curva.
Determine:
a) A velocidade angular co do corpo em função
da aceleração da gravidade g, do comprimento
€ e do ângulo 0 de inclinação da corda.
b) O tempo para o corpo dar uma volta
a) Represente, num diagrama de forças, as completa no círculo.
forças que atuam no carro durante a curva,
identificando-as. F24) É dada uma mola de comprimento l0
b) Calcule o módulo da velocidade máxima (quando não submetida a forças) e constante
com a qual o carro pode realizar a curva sem elástica k, de massa desprezível. Uma das
risco de derrapar, em função do raio R e do extremidades da mola está presa a um ponto
ângulo de inclinação 0. fixo O de um plano horizontal perfeitamente
liso, à outra extremidade está preso um corpo
F22) (OBF-03) Um garoto gira três bolas de massa m e apoiado no mesmo plano.
amarradas entre si por cordas de 1 m de Imprime-se ao corpo uma velocidade
comprimento, num plano horizontal, conforme tangencial v, com a qual ele descreve
indicado na figura abaixo. Todas as bolas são movimento circular e uniforme em torno de O.
iguais e têm uma massa de 0,10 kg. Determinar o raio R da trajetória do corpo.
Exercícios de Aprofundamento
1
^-'1 m
1 m
A1) (UFG-11) Os povos da Antiguidade
usavam uma arma chamada funda, constituída
de uma corda dobrada ao meio, onde se
coloca o objeto a ser lançado. Para o
lançamento de um projétil de massa m, a
funda é girada no plano vertical, descrevendo
Plano horizontal uma circunferência de raio L, com o projétil
Responda às seguintes questões: passando rente ao solo. Após o lançamento, o
a) Quando a bola 3, da extremidade, estiver se projétil atinge o solo a uma distância D.
movendo com uma velocidade de 6,0 m/s, Considerando a corda inextensível e
quais serão as trações nas três cordas? desprezando a massa da corda e a resistência
b) Girando as bolas mais rápido, que corda do ar, calcule a força com que o lançador deve
romperá primeiro, supondo que todas as segurar a funda no instante imediatamente
cordas são iguais? Justifique sua resposta. anterior ao lançamento do projétil, quando a
corda forma um ângulo 0 com a vertical.
F23) (OBF-07) Em um pêndulo cônico temos
uma corda de comprimento £ e na sua
extremidade um corpo de massa m, que
realiza um movimento circular no plano. Como
conseqüência deste movimento, a corda
descreve a figura de um cone, razão pela qual l /
o pêndulo adquire esse nome. - D
143
flementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
A2) (UFRJ-99) A figura representa uma roda- a) O módulo da força de tensão F, que
gigante que gira com velocidade angular permanece constante ao longo de todo o fio,
constante em torno do eixo horizontal fixo que em função de M e g.
passa por seu centro C. b) A razão K = sen a/sen 0, entre os senos
dos ângulos que o fio faz com a horizontal.
c) O número N de voltas por segundo que o
conjunto realiza quando o raio Ri da trajetória
descrita pela bolinha B for igual a 0,10 m.
144
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
preciso levantar o trilho para amenizar a horizontal, executa um movimento circular
pressão que o trem exerce sobre ele ao passar uniforme. O comprimento da mola não
pela curva? distendida vale Lo e a tração na mola aumenta
na razão direta do seu elongamento, sendo k a
A7) A figura abaixo representa um regulador tensão por unidade de elongamento. Seja f a
centrífugo. Cada esfera tem massa 2m e estão frequência (número de rotações por unidade
presas às duas barras, de comprimento / e de tempo). Determine: a) o raio R do
massas desprezíveis, através de uma junção movimento circular uniforme; b) a tração T na
móvel. A bucha B, de massa m, pode deslizar mola.
sobre o eixo com atrito desprezível, entretanto
A é fixa. O sistema gira em torno do eixo A11) Numa estrada asfaltada há um trecho em
vertical com velocidade angular w e a curva defeituoso, onde o lado externo ficou
aceleração da gravidade é g. Determinar o mais baixo do que o lado interno. Para prevenir
ângulo 0 que cada barra forma com o eixo os motoristas do perigo, quer-se sinalizar o
vertical. trecho indicado em uma tabuleta a máxima
velocidade admissível. A aceleração local da
gravidade é g. O coeficiente de atrito entre os
pneus e o asfalto é p. A inclinação da pista é 0
e seu raio de curvatura é R. Determinar a
máxima velocidade admissível.
< R;
a.
>e
A8) No sistema da figura, a bolinha de massa
m está amarrada por fios de massa A12) Um cubo muito pequeno, de massa m, é
desprezível ao eixo vertical AB e gira com colocado no interior de um funil que gira em
velocidade angular co em torno desse eixo. A torno de um eixo vertical com frequência f
distância AB vale /. Calcule as tensões nos fios rev/s. A parede do funil forma um ângulo 0
superior e inferior. Para que valor de s> o fio com a horizontal. O coeficiente de atrito
inferior fica frouxo? estático entre o cubo e o funil vale /ieo centro
do cubo está situado a uma distância r do eixo
de rotação. Determine o valor a) máximo e o
X- co
60° valor b) mínimo de f para que o cubo
m1 permaneça em repouso em relação ao funil.
a
A14) A barra OA gira ao redor do eixo vertical
OB com velocidade angular w. O ângulo entre
A10) Um corpo que está preso a uma mola, o eixo e a barra é a. Pela barra desliza sem
cuja outra extremidade está presa ao solo atrito um corpo de massa m, unido ao ponto O
145
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
através de uma mola. Determinar a posição do conectada ao mesmo por uma mola idêntica á
corpo devido à rotação. A longitude da mola anterior. Determine o comprimento dv
sem deformação é l0 e sua constante elástica
é k.
Cú
EL, A
m
rrnTTK
d, H I
dj
C
1
R
h
A16) Uma barra de peso desprezível, dobrada
como mostra a figura abaixo, gira com
velocidade angular a> relativamente ao eixo
OO’. No extremo da barra fixou-se um peso de
)
massa m. Determinar a força com que a barra
atua sobre a massa m.
0
a) rJi + 2^1 b) R +
w2Rh
V g g
d) hJ2+^ . w2R I Rh
e)------,-------
g Vh + R
V g
C5co
146
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
A21) Uma conta com massa M, desliza ao
longo de um arame semicircular de raio R,
girando em torno de um eixo vertical a uma
O» taxa de duas voltas por segundo, conforme
mostrado na figura. O valor do ângulo 6 em
função das grandezas mencionadas, para o
L 6 qual a conta fica estacionária em relação ao
arame gigante é:
Dados: gravidade g
m*-
A geratriz do cone da superfície forma um
ângulo 9o com a vertical.
a) Qual a menor velocidade da massa do
pêndulo que a faz tocar a superfície?
b) Calcule a força que a superfície exerce
sobre a massa do pêndulo se a sua velocidade
for maior que aquela mínima. lOOg
© fig 2
a) Calcule, no primeiro caso, o menor valor do
raio de curvatura da pista ocupada pelo
caminhão que possibilite que ele complete a
curva sem que a sua carga deslize na 30* s
carroceria.
b) Calcule, no segundo caso, a velocidade com
que a bobina de aço colide contra a cabina do
veículo quando ele é obrigado a frear com uma A23) Em uma barra estão presos dois pesos
desaceleração constante e parar em exatos 10 de massas m e M, em um local onde a
s. aceleração da gravidade é g. A barra,
mediante uma articulação O, está unida ao
eixo OO’. O eixo OO’ gira com velocidade
147
Elementos tia Física - Mecânica I -Força Centrípeta
angular co. Suponha que a barra está em uma a) 8,1 m/s b) 6,7 m/s c) 4,8 m/s
situação de imponderabilidade, ou seja, o d) 2,7 m/s e) 1,5 m/s
torque resultante na articulação O é nulo.
A26) Um motociclista foi desafiado a entrar em
um globo da morte inclinado. Determine a
4 Z velocidade com que o motociclista deve passar
/P pelo ponto A para que seja feito o looping com
TXT segurança. Sabe-se que o raio do circulo vale
R e o coeficiente de atrito estático vale g.
Considere sen 37° = 0,6.
a
'M a1
Determinar o ângulo <p formado pela barra e a
vertical.
0,25 m
d 2m
a) 0,3 b) 0,4 c) 0,5
A d) 0,6 e) 0,7
148
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
cone é 0,5 e o sistema gira com velocidade
angular constante de 5 rad/s. Sabendo que a
massa está na iminência de descer ao longo
da geratriz do cone, determine a deformação
da mola nessa configuração. (Dados: g = 10 h
m/s2 e cos 6 = 0,8)
Definição: geratriz é qualquer segmento que
tenha uma extremidade no vértice do cone e a
outra na curva que envolve a base.
O
B;
<•> A
z
A
a) 4,43 Hz b) 26,5 Hz c) 58,1 Hz
d) 69,8 Hz e) 82,4 Hz
A30) As extremidades de dois fios de mesmo A32) Uma pessoa resolveu determinar o valor
comprimento são amarradas em dois pontos da constante elástica de uma mola de
fixos que estão alinhados verticalmente e comprimento natural 100 cm. Para tanto,
separados de uma distância h. Nas outras amarrou a ela um corpo de massa 1 kg,
extremidades dos fios existe preso um corpo conforme a figura 1, e deixou o sistema ficar
de massa m. O corpo é posto a oscilar em um em equilíbrio. A seguir, colocou a massa para
plano horizontal. Quando a velocidade angular girar num movimento circular uniforme com
velocidade angular de 5 rad/s, conforme a
do corpo vale <o = 2^^ (g é a aceleração da
figura 2. Percebeu, então, que a massa subiu
70 cm em relação à situação da figura 1.
gravidade) a tração no fio superior é T, e a Sabendo que g = 10 m/s2, determine o valor da
tração no fio inferior é T2. Determine o valor de
constante elástica.
A
L'
149
Elementos da Física - Mecânica I -Força Centrípeta
Figura 1 Figura 2
//////////////// Hll (IH motor
o
o
o
o
o
<o
o
o
~pOcm
O
o
1 rad/s
A35) (IME-18)
150
ENERGIA
A energia está presente no Universo em várias formas. Todo processo físico que ocorra no
Universo envolve energia e transferências ou transformações de energia. Apesar de sua extrema
importância, a energia não é fácil de definir. Grandezas como velocidade, aceleração e força
fazem parte da experiência cotidiana, facilitando seu entendimento. Por mais que a energia
também esteja associada a situações cotidianas, como por exemplo a eletricidade dos
equipamentos eletrônicos, a noção de energia é bem mais abstrata.
iY /•’cos ti
A?
Dentre todas as forças que atuam em corpo de massa destaquemos a força F, suposta
constante. Assuma que o deslocamento do corpo é Ar. Como o vetor F é constante tem-se que
o ângulo 0 formado por F e por Ar em cada instante do movimento do corpo se mantém
constante. Neste caso, o trabalho realizado pela força constante F é definido pelo produto escalar
da força F pelo deslocamento Ar:
WF = F.Af
WF =|F|.| Ar |.cos0
151
Mementos da Física-Mecânica!-Trabalho e Potência
Nesta definição fica claro que quanto maior o valor do módulo do deslocamento Ar tem-se
um valor maior do trabalho da força F. Além disso, analisando o ângulo 6 formado pelos vetores
F e Ar conclui-se que:
Os termos “não negativo” e “não positivo” foram usados nos lugares de positivo e negativo,
respectivamente, uma vez que o valor do trabalho da força F, independentemente do ângulo 0,
pode ser nulo caso o módulo de F ou o módulo de Ar seja igual a 0.
Na figura abaixo um bloco é empurrado sobre uma mesa lisa devido à ação de uma força
constante F que faz um ângulo 0 com o vetor deslocamento Ar. Suponha que | F | ,sen0 < m|g|,
ou seja, o bloco não perde contato com o solo durante seu movimento.
n XF
>
AF
V '"g
Na decomposição das forças atuantes no bloco pode-se identificar a força F , a força peso
mg e a força de reação normal n. O trabalho da força F é calculado por WF =|F|.| Ar|.cos9.
Como 0 < 0 < 90° segue que o trabalho da força F , neste exemplo, é positivo.
Note que tanto a força peso quanto a força normal são perpendiculares, durante todo o
movimento do bloco, ao vetor deslocamento Ar. Deste modo, segue que os trabalhos da força
peso e da força de reação normal são iguais a zero.
152
Elementos da física-Mecânica !- Trabalho e Potência
TRABALHO DE FORÇAS VARIÁVEIS
Suponha que um corpo de massa m se desloca ao longo do eixo x, desde a posição inicial
Xj até a posição xf. Seja F uma força variável que está atuando sobre o corpo. Neste caso não é
possível aplicar diretamente a expressão W = F.Ar.cos 0 para calcular o trabalho da força F uma
vez que a força F não é constante. Para calcular o trabalho realizado por F tomemos um
pequeno deslocamento Ax da trajetória do corpo. Como o tempo decorrido para o corpo percorrer
Ax é muito pequeno, pode-se considerar que F não varia neste intervalo de tempo. Seja Fx a
componente da força F sobre eixo x enquanto o corpo percorre a distância infinitesimal Ax. Deste
modo, o realizado trabalho pela força F no deslocamento infinitesimal Ax é igual W = Fx.Ax.
Perceba que a trajetória do corpo, desde Xi até xf, pode ser dividida em uma quantidade
muito grande de pequenos deslocamentos Ax. Para cada um destes pequenos deslocamentos Ax
o trabalho realizado é igual a Fx.Ax, onde o valor de Fx varia em cada intervalo. Fazendo um
gráfico da variação de Fx por x pode-se analisar como a componente de F na direção x varia com
o deslocamento do corpo. Neste gráfico o valor de Fx.Ax é numericamente igual a área AA do
retângulo destacado. Tomando valores de Ax cada vez menores e somando todos os valores
encontrados para Fx.Ax conclui-se que o trabalho total da força variável F, desde x, até x(, é
numericamente igual a área compreendida entre a linha do gráfico e o eixo x.
Xf
W = Área = ^Fx.Ax
Xf
Área = AA = 7\Ax
Fx
Fx
|T
r-
r
r- Fx
Trabalho
-1----X
► -
xf -1—x
Ax •v, V
Em um gráfico onde o comportamento da variável y (eixo vertical) em função da variável x
(eixo horizontal) é representado por uma linha contínua a área compreendida entre a linha do
gráfico e o eixo horizontal é igual à integral da variável y pelo infinitesimal da variável x:
x'
Área = J ydx
Assim, o trabalho de uma força F, quando um corpo é deslocado de uma posição inicial Xj
até uma posição final xf, é igual a:
Xf
w jFxdx
Xf
153
flementos da física-Mecânica!-Trabalhos Potência
TRABALHO TOTAL
Suponha um corpo de massa m que se desloca no espaço deste um posição inicial r; até
uma posição final rf. Suponha que n forças F,,F2t...Fn estão atuando no corpo. Desta forma, a
força resultante no corpo é igual a:
Fr = F1 + F2 + - + Fn
Multiplicando todos os termos desta expressão pelo diferencial do vetor posição dr:
Q rf rf _ 0
|FR.dr =jFvdr +jF2.dr+... + jFn.dr
ri 1 «i «i
Cada integral da equação anterior é o trabalho realizado pela respectiva força no trajeto de
i; até rf. Deste modo, pode-se afirmar que:
Desta maneira, conclui-se que o trabalho realizado pela força resultante (também
conhecido como “trabalho total”) é igual à soma dos trabalhos realizados por todas as forças
atuantes no corpo.
A figura abaixo exemplifica uma situação em que um corpo é arrastado por uma força F,
que faz um ângulo 0 com o horizontal, sobre um solo áspero.
F ^7
ti
■F
— ■Ax
WF WF+Wn+Wmg + wfTk
Porém, neste caso, tanto força normal quanto peso são perpendiculares ao vetor posição,
implicando que os trabalhos da reação normal e da força peso são iguais a zero. Além disso,
pode-se observar que o ângulo formado pelo vetor força de atrito, suposta constante, e pelo vetor
posição é igual a 180°. Assim, para a situação proposta, tem-se que o trabalho da força resultante
é igual a:
154
Elementos da física-Mecânica !-Trabalho e Potência
TRABALHO DA FORÇA PESO
A força peso, para pontos próximos à superfície da Terra, poder ser considerada uma força
constante. Para calcular o trabalho da força peso vamos separar a análise em três casos: corpo
subindo verticalmente, corpo descendo verticalmente e corpo em movimento não-vertical.
Ar Ar
F
37 y,
y. yr
1) Corpo Subindo Verticalmente: Quando o corpo está subindo na vertical, pela ação de uma
força externa F, o ângulo formado pelo vetor deslocamento Ar e pela força peso mg é igual a
180°. Suponhamos que neste deslocamento o corpo suba uma altura h. Portanto:
2) Corpo Descendo Verticalmente: Quando o corpo está descendo na vertical (não é necessário
que nenhuma força externa atua no corpo para tanto) o ângulo formado pelo vetor deslocamento
Ar e pela força peso mg é igual a 0. Suponhamos que neste deslocamento o corpo desça uma
altura h. Portanto:
Ar
h
mg, ,
£
Suponha uma situação prática, onde uma geladeira deve ser empurrada sobre uma rampa,
conforme indicado na figura acima. Suponha que a massa da geladeira seja m, o comprimento da
rampa seja L, o ângulo de inclinação da rampa com a horizontal seja 0 e a altura, em relação ao
solo, do ponto mais alto da rampa seja h. Note que o ângulo formado pelo vetor deslocamento Ar
e pela força peso mg é igual a 90° + 0. Neste caso, o trabalho da força peso vale:
Caso o corpo estivesse descendo a rampa o valor encontrado para o trabalho da força
peso seria WP = mgh.
155
___________ _ ____ _ ___________________ [tememos da Física-Mecânica !-Trabalhos Potência
Do exposto anteriormente pode-se concluir que o trabalho da força peso independe da
trajetória, dependendo apenas da massa m do corpo e da distância vertical entre o ponto final e o
ponto inicial da trajetória. Deste modo, em um movimento em um plano, se o ponto inicial da
trajetória é P0(x0, yo) e o ponto final é o ponto Pf(xf, yf) o valor do trabalho da força peso é:
Wp = mg(y0 - yf).
Existem duas situações em que o trabalho da força peso é nulo em um corpo de massa m
não desprezível. A primeira situação ocorre quando os pontos iniciais e finais da trajetória do
corpo são iguais, ou seja, quando h = 0. A segundo situação ocorre quando a aceleração
gravitacional local pode ser considerada nula, como por exemplo em um ponto do espaço sideral,
distante o suficiente de qualquer astro, de modo que a atração gravitacional neste ponto possa ser
considerada nula.
Exemplos:
1) (ITA-89) Um objeto de massa m = 1,0 kg é lançado de baixo para cima, na vertical, com
velocidade vo. Ao passar por uma posição y! ele está com velocidade vi = 4,0 m/s e numa
posição y2 sua velocidade é v2 = 2,0 m/s . Desprezada a resistência do ar, o trabalho realizado
pela força da gravidade (Wg) entre yi e y2 e o deslocamento (y2 - y-i) são respectivamente: (Adota
g = 9,8 m/s2)
Wg(J) Y2 - Y, (m)
A) 6,1 6,0
B) -6,0 5.9.10’1
C) 1,0 6.1.10’1
D) -1,0 1,0.10’1
E) -6,0 6,1.10’1
Solução:
Como a aceleração é constante:
v22 = v,2-2g(y2-yi) => 16 = 4-2.9,8.(y2-y,) => y2 - y, = 6,1.10~1 m
O trabalho realizado pela força peso vale:
Wp = mg(y1-y2) = (1,0)(9,8)(-6,1.10-1) => WP = -6,0J
2) (ITA-88) Dois baldes cilíndricos idênticos, com as suas bases apoiadas na mesma superfície
plana, contém água até as alturas h, e h2, respectivamente. A área de cada base é A. Faz-se a
conexão entre as bases dos dois baldes com o auxílio de um fina mangueira. Denotando a
aceleração da gravidade por g e a massa específica da água por p, o trabalho realizado pela
gravidade no processo de equalização dos níveis será :
Tffl
h, [||T
llllllllllllll
XxvXvsVsVsVs
156
[iementos da Física-Mecânica i-Trabalho e Potência
O trabalho da gravidade no processo de equalização do
nível da água nos dois baldes é igual ao trabalho de levar,
h,-h; lentamente, uma coluna de água de altura Ah = -1 - do
2
h,-h;
balde esquerdo para o balde direito, conforme indica a
h<-h;
2
figura ao lado. Deste modo:
2
~^2 pgA^-h-,)2
W = mgAh = pgAAh2 = pgA
2 4
5Í ' '57
3) (Olimpíada de Física ldeal-2014) Em uma superfície horizontal repousam 5 blocos de ferro, cuja
densidade é igual a p, de mesma área de seção transversal S (figura 1). As alturas destes blocos
são iguais a h, 2h, 3h, 4h e 5h, respectivamente. Se a aceleração da gravidade local é g:
5h
4h
3h
5h
4h 2h
h:: -
figura 1 figura 2
a) determine o trabalho total da operação de empilhamento que consiste em colocar os blocos uns
sobre os outros conforme a figura 2;
b) demonstre que o valor total de colocar os 5 blocos empilhados independe da sequência dos
blocos na pilha.
Solução:
a) De modo a realizar o menor trabalho possível os blocos devem ser empilhados bem
lentamente, ou seja, as forças usadas para içar cada bloco devem possuir mesmo módulo que a
força peso. O trabalho total é igual a soma dos trabalhos de empilhamento de cada bloco.
WT = W2 + W3 + W4 + W5 = m2gh + m3g(h + 2h) + m4g(h + 2h + 3h) + m5g(h + 2h + 3h + 4h) =>
WT = gh[PS(2h) + 3pS(3h) + 6pS(4h) + 10pS(5h)] = pgSh(2 + 9 + 24 + 50) = 85pgSh
b) Suponha agora uma sequência aleatória de empilhamento, com o bloco b sendo colocado
sobre o bloco a, o bloco c sendo colocado sobre b, o bloco d sendo colocado sobre ceo bloco e
sendo colocado sobre d. Neste caso, a, b, c, d, e é uma permutação de 1,2, 3, 4, 5.
WT = Wb + Wc + Wd + We = mbgha + mcg(ha + hb) + mdg(ha + hb + hc) + meg(ha + hb + hc + hd) =>
WT = pgShbha + pgShc(ha + hb) + pgShd(ha + hb + hc) + pgShe(ha + hb + hc + hd) =>
WT = pgS(hahb + hahc + hahd + hahe + hbhc + hbhd + hbhe + hchd + hche + hdhe)
Como a expressão acima é simétrica em relação às alturas, o valor de WT independe da
sequência com que os blocos são empilhados.
157
fíementos da física-Mecânica!-Trabalho e Potência
TRABALHO DA FORÇA ELÁSTICA
Um bloco está sobre uma superfície horizontal sem atrito e é conectado a uma mola. Para
uma mola classificada como “mola ideal”, se a mola está esticada ou comprimida de uma pequena
distância comparada a seu comprimento, surge na mola uma força que pode ser representada
matematicamente como
Fe = - k.x
onde x é a posição do bloco em relação a sua posição de equilíbrio (x > 0) e k é uma constante
positiva chamada constante elástica da mola.
i I
i I
-F
i
i
i
t
=wwwwwwwi/w^,,arl I
i
i I
I— I
O sinal negativo na fórmula significa que a força Fe é uma força de restauração ou
restituição, em outras palavras, uma força que sempre tem a tendência de restaurar o sistema a
posição de equilíbrio. Nas duas figuras acima a linha pontilhada indica a posição em que a mola
está relaxada, ou seja, a posição em que a força na mola é nula. Contando o valor de x a partir
desta linha pontilhada é possível verificar que o sentido da força na mola é sempre contrário ao
sentido de x. Em outras palavras, a força que é requerida para esticar ou comprimir uma mola é
proporcional ao valor do estiramento ou compressão x, sempre em sentido contrário ao usado
para medir x a partir da posição de mola relaxada. Desta forma, uma vez colocado o corpo em
uma posição diferente da posição de equilíbrio, o corpo passa a oscilar em torno desta posição de
equilíbrio. Este sistema é denominado “sistema massa-mola”.
Esta lei para molas é conhecida como lei de Hooke. O valor de k é uma medida da rigidez
da mola. As molas mais rígidas possuem grandes valores de k enquanto que as molas mais
suaves possuem pequenos valores de k. Como se pode ver da equação, a unidade de k no SI é
N/m. A forma vetorial da equação é:
Fe = Fe i = -k.x.T
Para calcular o valor do trabalho da força elástica vamos agora adotar um eixo
unidimensional x cuja origem coincide com o ponto de equilíbrio e está orientado da esquerda
para a direita. Suponha que o bloco está se deslocando desde uma posição x, até uma posição xf,
se aproximando da posição de equilíbrio por valores negativos de x. O gráfico da força Fm por x
está representado abaixo:
-kx,
- kx(
* Xf
>
X
Fe = - kx
158
________ _ ____________________________________ Elementos da Física-Mecânica!-Trabalhos Potência
Sabe-se que o trabalho de uma força é numericamente igual a área do gráfico F por x.
Assim, o trabalho da força elástica é igual a área destaca no gráfico Fe por x:
kx2 kx2
wFe = (-kXj-kXt) Wp = —
2 2 2
No gráfico pode-se observar que |X|| > |x(| fazendo com que > 0 . Este resultado já era
esperado para o exemplo dado, uma vez que foi assumido que o corpo estava se deslocando da
esquerda para a direita, mesmo sentido da força elástica, ou seja, o ângulo formado pela força
elástica Fe e por dx é igual a zero. Caso o bloco estivesse se deslocando por valores negativos
de x, porém agora se afastando do ponto de equilíbrio (ou seja, da direita para a esquerda), o
trabalho da força elástica seria negativo, pois neste caso tem-se |Xj| < |Xf|. Este resultado também
concorda com a análise do ângulo entre os vetores Fe e dx, que neste caso é igual a 180°.
Generalizando, toda vez que |X|| > |xf| o trabalho da força elástica é positivo e toda vez que |X|| <
|xf| o trabalho da força elástica é negativo.
Da equação conclui-se que o trabalho realizado pela força elástica é nulo para qualquer
movimento que termine onde começou (x, = x(). Deste modo, o trabalho da força elástica
independe da trajetória do corpo, dependendo apenas das posições iniciais e finais do de sua
trajetória.
Exemplo:
1) Uma mola está presa em um teto, conforme indica a figura, em um local onde a aceleração da
gravidade é g = 9,8 m/s2. Um objeto de massa m = 0,55 kg é unido ao seu extremo inferior. O
objeto é lentamente levado até uma posição de equilíbrio, percorrendo uma distância d = 2,0 cm
desde a posição em que é unido à mola.
A) Qual é a constante elástica da mola?
B) Qual o trabalho realizado pela força elástica?
fi
f
Solução:
a) Na posição de equilíbrio o módulo do peso é igual ao módulo da força elástica:
Fs = mg => kd = mg => k = ^p = ^y^|^- = 2,7.102N/m
159
Elementos da Física-Mecânica!-Trabalho e Potência
TRABALHO DA FORÇA DE ATRITO CINÉTICO
Suponha agora a situação de arrastar um livro de massa m sobre uma mesa áspera, com
coeficiente de atrito cinético pc, de um ponto A para o ponto B. O livro é arrastado, pela ação de
uma força F, por duas trajetórias: (1) trajetória em linha reta e (2) semicírculo de diâmetro AB.
Adote a distância AB igual a 2R, ou seja, na trajetória (2) o raio do semicírculo é R. Perceba que
nos dois casos os módulos das forças de atrito são iguais. No caso (1) o vetor Fat é constante,
porém no caso (2), apesar do módulo constante, o vetor Fat varia sua direção, se mantendo
sempre tangente à trajetória semicircular. Nos dois casos o módulo da força normal é igual ao
módulo da força peso.
®,í.
F (2)
IT
1J Fat
(D
A
< ~2R
No trajeto (1) a força de atrito cinética é constante e portanto seu trabalho vale:
Note que WFati *WF^2. Dos cálculos apresentados pode-se concluir que o trabalho da
força de atrito cinético depende da trajetória do corpo. No capítulo sobre conservação da energia
mecânica será apresentado o conceito de força conservativa e será possível identificar as forças
cujos trabalhos dependem ou não da trajetória.
Os últimos três resultados apresentados neste capítulo nos permite concluir que os
trabalhos da força peso e da força elástica independem da trajetória do corpo, dependendo
apenas dos pontos inicial e final da trajetória, no entanto, o trabalho da força de atrito depende da
trajetória do corpo.
No exemplo apresentado o corpo estava apoiado em uma mesa horizontal. Porém, nem
sempre um corpo está apoiado em uma superfície perfeitamente horizontal, podendo existir uma
inclinação na superfície de apoio do corpo. Suponha agora que um corpo de massa m é
deslocado da base até o topo de um plano inclinado cujo ângulo de inclinação é 0 e cujo
coeficiente de atrito cinético é pc. Neste caso, o trabalho da força de atrito é dado por:
160
Elementos da Física-Mecânica !-Trabalho e Poténda
-m.g.pc.cos6.—t—
Wf., = Fat.Ar =| Fat |. | Ar | ,cos180°= -N.pc.~ -m.g.pc.L
cos 6
Note que o valor encontrado para o trabalho da força de atrito cinético ao longo de um
plano inclinado é igual ao trabalho encontrado quando o corpo é deslocado em um plano
horizontal cujo comprimento da trajetória é igual à projeção horizontal da superfície do plano
inclinado. Este resultado permite generalizar o cálculo do trabalho da força de atrito para
superfícies inclinadas que não sejam retas. A única restrição é que o coeficiente de atrito cinético
se mantenha o mesmo em todos os pontos da trajetória.
—JXL<
«----------------------- L----------------------►
Na figura acima um corpo de massa m sobe uma superfície de inclinação variável, desde a
base até o seu topo, em um local onde a aceleração da gravidade é g. Suponha que o coeficiente
de atrito cinético entre o corpo e a superfície seja constante e igual a pc. Na figura está destacado
um pequeno deslocamento horizontal x do corpo, tomado ao longo de sua trajetória. Do que foi
exposto anteriormente conclui-se que o trabalho da força de atrito cinético para deslocar
horizontalmente o corpo de uma distância x vale WFat = - mg^x. Assim, o trabalho total da força
de atrito cinético para levar o corpo da base ao todo da superfície é igual a:
Assim, pode-se afirmar que o trabalho da força de atrito cinético ao longo de uma
superfície qualquer, cujo coeficiente de atrito cinético é constante, é igual ao trabalho encontrado
quando o corpo é deslocado em um plano horizontal cujo comprimento da trajetória é igual à
projeção horizontal da superfície.
161
fíementos da física-Mecânica i-Trabalho e Potência
Exemplos:
1) (ITA-78) Na situação ilustrada na figura ao lado, deseja-se levar um corpo do ponto "A" ao
ponto “B”, sob a ação da gravidade. Os caminhos a seguir serão ACB ou ADB. Sendo o
coeficiente de atrito o mesmo para os dois caminhos e WAcb e WAdb os trabalhos ao longo das
respectivas trajetórias, pode-se concluir que:
A
1 B
2) (ITA-88) Um fio de comprimento L = 1,0 m tem, fixo em uma das extremidades, um corpo de
massa m = 2,0 kg, enquanto que a outra extremidade acha-se presa no ponto O de um plano
inclinado. O plano inclinado forma um ângulo 0 = 30° com o plano horizontal. O coeficiente de
atrito entre o corpo e a superfície do plano inclinado é p. = 0,25. Inicialmente o corpo é colocado na
posição A, em que o fio está completamente esticado e paralelo ao plano horizontal. Em seguida
abandona-se o corpo com velocidade inicial nula. Calcular a energia dissipada por atrito,
correspondente ao arco AB, sendo B a posição mais baixa que o corpo pode atingir. Dado g = 10
m/s2.
162
_________________________________________ Mementos da Física-Mecânica !-Trabalho e Potência
A energia dissipada pelo atrito é igual ao módulo do trabalho da força de atrito. Perceba que
durante toda a trajetória a força de atrito possui módulo constante, apesar da direção de seu vetor
variar, sendo tangente à trajetória em cada ponto de um quarto de arco de circunferência. Como o
diferencial do vetor deslocamento df também é tangente à trajetória o ângulo formado por Fat e
df é igual a 180°, em cada ponto do trajetória do corpo. Assim:
WFal = f Fat dr = j| Fat |. | dr |.cos 180° = -1 Fat | J| dr |= -m.g.cose.pc.ÃB =
„ 2nR nm.g.COS6.pr.R
= -m.g. cos 0.pc —— =-------
4 2
Substituindo os valores numéricos:
(3,14)(2,0)(10)(0,866)(0,25)(1,0)
A energia dissipada pelo atrito é igual ao módulo do trabalho da força de atrito: Ed = 6,8 J
p m
R
a) Qual deve ser o valor de v para que o corpo pare após 2 (duas) voltas completas?
b) Qual o tempo gasto pelo corpo para percorrer a última volta antes de parar?
c) Qual o trabalho realizado pela força de atrito durante a última volta?
Solução:
a) A força resultante na direção tangencial do movimento é a força de atrito. Assim, a aceleração
tangencial pode ser calculada da seguinte forma:
Ft = Fat => mat = mgp => at = gp
Observe que, apesar do sinal positivo da aceleração, o sentido desta aceleração tangencial é
contrário ao sentido da velocidade, sempre diminuindo o valor de seu módulo.
Para o corpo parar depois de duas voltas o comprimento da trajetória é igual a d = 2.2rrR = 4nR
Pela equação de Torricelli: vf2 = v02-2ad => 0 = v2-2gp4nR => v = 272ngpR
b) Analisando o movimento de trás pra frente, tem-se uma velocidade inicial nula e uma
aceleração tangencial com sinal invertido ao calculado. Neste movimento:
Ax = vot + — => 2rrR = 0 + ^- => t = 2^
0 2 2 Vgp
c) Como foi exposto nos exemplos anteriores tem-se que o trabalho da força de atrito cinético cujo
módulo é constante é igual a - Fat.d, onde d é o comprimento da trajetória. Deste modo, o
trabalho da força de atrito na última volta vale:
WFal = - Fat.d = - mgp27tR = - 27tpgmR
163
Elementos da Física-Mecânica !-Trabalho e Potência
TRABALHO E ENERGIA CINÉTICA
Uma das possibilidades quando um sistema realiza trabalho é uma alteração da velocidade
dos corpos que compõe o sistema. Suponha um sistema formado por apenas um corpo de massa
m que se desloca de uma distância Ax sob a ação de uma força resultante FR = ^F- Neste
deslocamento, seja v, a velocidade inicial e vf a velocidade final do corpo.
A.x
v,
v2 = v2 + 2a.Ax a.Ax
2 2
mv2 mv2
WFr =| Fr || Ax |= m.a.Ax = m
2 2 ~2~ 2
dx
= J pR-dx = j mã.dx = í m—.dx = J m^.dv = jmv.dv = ^_22XL
X, Xj x, dt X| dt J 2 2
mv2 mv2
Wfr
2 2
Diz-se que o trabalho realizado pela força resultante em uma partícula de massa m é igual
mv2 mv2
à diferença entre os valores final e inicial de uma quantidade ——. A quantidade —— representa
a energia associada com a velocidade instantânea da partícula. Esta quantidade é tão importante
mv2
que recebe um nome especial “energia cinética”: ——. Energia cinética é uma grandeza escalar e
164
____ __________________________________________ flementos tia física-Mecânica!-Trabalhos Potência
tem as mesmas unidades que o trabalho, ou seja, é medido em Joules no SI. A equação
demonstrada anteriormente afirma que o trabalho realizado em uma partícula pela força resultante
nesta é igual à variação da energia cinética da partícula. Com frequência é conveniente escrever a
equação do teorema trabalho-energia na forma:
Wfr=Ec,-Ec.
Exemplos:
1) (ITA-72) Um bloco de massa m = 3,0 kg desce uma rampa, a partir do ponto P onde estava em
repouso. De P até Q o atrito é nulo, mas de Q a R a superfície oferece um coeficiente de atrito
cinético igual a 0,25. No trajeto de Q a R o bloco encontra uma mola horizontal de constante
elástica k = 1,5 x 105 N/m. Nestas condições, os trabalhos realizados sobre o bloco pelas forças
de gravidade, de atrito e da mola (Tg, Ta, TM), até que o corpo chegue ao repouso comprimindo a
mola, serão aproximadamente:
Z\ni
P
2 , Om
L_ M----------
I
!
k
R
'*--------- 4,0m *■
Tg Ta TM joules
A) 60 30 30
B) -60 28 41
C) 60 -30 26
D) 60 30 30
E) 60 -30 - 30
Solução: Alternativa E
A força peso executa trabalho não nulo no trajeto PQ, cujo valor é:
Tg = + mgh = (3,0)(10)(2,0) = 60 N
Como a força de atrito entre Q e R é constante:
Ta = - Fat.dQR = - mgpdQR = - (3,0)(10)(0,25)(4,0) = - 30 J
No trajeto PR as forças que atuam no corpo são Normal, Peso, Atrito e Força Elástica. Deste
modo, o trabalho da força resultante é igual a:
WFr = WN + WFat + WP + WFe = - 30 + 60 + WFe = 30 + WFe
Pelo princípio do trabalho-energia sabe-se que o trabalho da força resultante é igual à variação da
energia cinética. Porém em P e em R a energia cinética é nula, uma que vez o corpo está parado
nestas posições. Logo o trabalho da força resultante entre os pontos P e R é zero:
WFr=30 + WFe = 0 => WFe = - 30 J
2) Um corpo sem velocidade inicial desliza sobre paredes lisas que passam por um fundo
horizontal. A longitude do fundo é l = 3,0 m. O coeficiente de atrito do corpo com o fundo é p =
0,25. A altura das paredes é H = 5 m. A que distância do centro do sistema o corpo irá parar?
T
H
l~ ♦
165
[iementos da física-Mecânica!-Trabalho e Potência
Solução:
Durante todo o movimento do corpo atuam apenas 3 forças: Peso, Normal e Atrito. Como o ângulo
da normal com o vetor deslocamento é sempre 90° o trabalho da normal é zero. Assim, o trabalho
da força resultante vale:
WFr = WN + WP + WFal = 0 + mgH - Npx = mgH - mgpx, onde x é a distância total percorrida pelo
corpo até parar.
Pelo teorema do trabalho-energia o trabalho da força resultante é igual à variação da energia
cinética. Como o corpo inicia e termina seu movimento em repouso tem-se que a variação da
energia cinética é zero:
WFr = mgH - mgpx = 0 => mgpx = mgH => x = — => x = —— = 20m
P 0,25
Como o comprimento do fundo é t = 3,0 m e 20 = 3.6 + 2 o corpo percorrerá completamente o
fundo por seis vezes e na sétima vez percorrerá mais 2,0 metros até parar. Como o início da
sétima vez que passa fundo é pela parede esquerda o corpo, percorrendo mais dois metros, irá
parar a um metro do centro do sistema, à sua direita.
3) (ITA-83) Um bloco de massa m = 2,0 kg desliza sobre uma superfície horizontal sem atrito, com
velocidade v0 = 10 m/s, penetrando assim numa região onde existe atrito de coeficiente p = 0,50.
Pergunta-se:
a) Qual é o trabalho (W) realizado pela força de atrito após ter o bloco percorrido 5,0 m com atrito?
b) Qual a velocidade do bloco ao final desses 5,0 m? (g = 10 m/s2).
W(J) v (m/s)
(A) + 50 7,1
(B) - 50 6,9
(C) + 100 0
(D) - 50 7,1
(E) 0 10
Solução: Alternativa D
a) Como a força de atrito é constante seu trabalho vale:
WFal = - Fat.d = - mgpd = - (2,0)(10)(0,50)(5,0) = - 50 J
b) Apenas três forças atuam no bloco: Normal, Peso e Atrito.
Como as forças Peso e Normal são perpendiculares ao vetor deslocamento tem-se que seus
trabalhos são nulos. Deste modo:
WFr = WN + WP + WFat = Erf - Ec0 = mv 2/2 - mv02/2 => 0 + 0 - 50 = 2v 2/2 -2.100/2 =>
v2 = 50 => v( = 7,1m/s
vo
* V
------
:1 d--------- *
Em outro instante, o mesmo corpo desloca-se da posição A para a posição B, seguindo a
trajetória retilínea, de comprimento d, indicada na mesma figura. Essas trajetórias localizam-se
sobre uma mesa (considere a mesa plana e horizontal). O módulo da velocidade inicial em ambos
os casos é v0 e a velocidade final no trajeto semicircular é zero. O coeficiente de atrito cinético
entre o corpo e a mesa, em ambos os casos, é p. Determine o módulo da velocidade final, v, em
função de v0, quando a partícula segue a trajetória retilínea.
Solução:
166
______ ________________________________________ Uementos da Física-Mecânica !-Trabalho e Potência
Como já foi explanado anteriormente o trabalho da força de atrito cinético, quando o módulo do
Fat constante, é igual - Fat.d, onde d é o comprimento da trajetória do corpo. Nos dois trajetos as
forças que atuam no corpo são Peso, Normal e Fat. Os trabalhos do Peso e Normal são nulos
uma vez que seus vetores são perpendiculares ao vetor deslocamento. Deste modo, pelo teorema
do trabalho energia no trajeto semicircular:
WFres = WP + WN + WFat = Ecj- Ec0 => 0 + 0-mgp7t|-
O-Eco => Ec0=™^
nXÍgpd
No trajeto reto: WFres = WP + WN + WFat = ECf - Eco => 0 + 0-^rígpd = ^y--
2
v2 = ngpd-2gpd => v = 7(n-2)gpd
nmgpd mv§ nmgpd
Ec0 = ---------- => —— = => gpd
2--------- 2 2 7t
5) (ITA-92) Um bloco de massa igual a 5,0 kg é puxado para cima por uma força F = 50 N sobre o
plano inclinado da figura, partindo do repouso. Use g = 10 m/s2. O coeficiente de atrito cinético
plano-bloco é p = 0,25.
a) Calcule a energia cinética com que o bloco chega ao topo do plano.
b) Calcule a aceleração do bloco em função do tempo.
c) Escreva a velocidade do bloco em função do tempo.
6) (EN-09) Um bloco de massa igual a 2,00 kg é solto de uma altura H = 3,00 m em relação a uma
mola de constante elástica igual a 40,0 N/m. Considere a força de atrito cinético entre a superfície em
contato constante e de módulo igual a 5,00 N. Desprezando a força de atrito estático quando em
repouso, isto é, desprezando as perdas de energia nas várias situações de repouso, a distância total
percorrida pelo bloco até parar, em metros, é
■J.iFi'.?,- ?,• -y.
167
Elementos da Física-Mecânica!-Trabalho ePotência
Solução:
Como a força de atrito deve ser desconsiderada nas situações de repouso, na
posição de equilíbrio final do bloco tem-se:
r- i * * m.g 2.10 A_
Fe = mg => k.Ax = m.g => Ax = = 0,5 m
H
i
Durante todo a trajetória do corpo atuam três forças no corpo:
AX Peso, Força de Atrito e Força Elástica.
Assim: WFres = WP + WFal + WFe
Observe que o corpo inicia e termina sem movimento com velocidade nula.
Deste modo segue que WFres = ECf - Ec0 = 0:
k A-a kA 40.0,52
0 = Wp + WFat + WFe = mg(h + Ax) - Fat.d + --------- = 2.10(3 + 0,5) - 5.d - =>
2 2
0 = 70-5d-5 = 0 => 5d = 65 => d = 13m
L
I) WFal1 = Fal.L = m.g.p.L
II) WFat2 = Fat.(L7cos 0) = m.g.p.cos 0.(L/cos 0) = m.g.p.L
Como WFat1 = WFat2, para um mesmo comprimento horizontal L, não importa qual reta de
trajetória, o trabalho da força de atrito é o mesmo.
Como os desenhos propostos no enunciado são retas, então todos os trabalhos das forças de
atrito são iguais: Tj = T2 = T3
Como os o início e o final de cada trajetória estão na mesmo horizontal, a variação da energia
cinética é igual ao trabalho da força de atrito. Como os trabalhos são iguais então as energias
cinéticas finais são iguais, implicando que vb1 = vb2 = vb3.
168
Elementos da Física-Mecânica l-Trabalhoe Potência
a)0 b) 1 c)2 d) 3 e) 4
Solução: Alternativa C
Durante todo o movimento atuam sobre o corpos as forças Peso,
t
Normal, Força Elástica e Força de Atrito. Logo:
WFres = WP + WN + WFe + WFat - ECf - Eco =>
kx2 kx2
-+
mgdsen 0 + 0 *w
+ W,Fat = ECf-2^. =>
2
20.12 20.22 2.25 —P
2.10.1.0,6 + + W>Fat
ot — b-------- “
2 2
12 + 10-40 +WFat = 5-25 => WFat = -2J => |WFat| = 2 J
9) Um bloco de massa m desce o plano inclinado a partir de A, com velocidade inicial nula, como
mostrado na figura a seguir. Vetor g : aceleração da gravidade
B C
Í3
O bloco chega ao ponto B com uma velocidade igual a Podemos afirmar que o coeficiente
2p 2 tgo
* tge 2 tgo 2
10) (IME-87) Uma partícula de massa igual a 4,0 kg move-se no eixo “x” segundo a equação x =
212 - 3t, onde “x” é medido em metros e “t” em segundos. No tempo t = 3 s a partícula choca-se
contra uma mola de massa desprezível e coeficiente de mola k = 400 N/cm, conforme figura
abaixo. Determine a coordenada máxima, xmax, atingida pela partícula.
x—x k „
m
Solução:
169
Elementos lia Física-Mecânica!-Trabalho e Potência
11) (ITA-02) Um pequeno camundongo de massa M corre num plano vertical no interior de um cilindro
de massa m e eixo horizontal. Suponha-se que o ratinho alcance a posição indicada na figura
imediatamente no início de sua comida, nela permanecendo devido ao movimento giratório de reação
do cilindro, suposto ocorrer sem resistência de qualquer natureza. A energia despendida pelo ratinho
durante um intervalo de tempo T para se manter na mesma posição enquanto corre é:
.cilindro
*1
'camundcngo
2
a)E = ^g2T2 b)E = Mg2T2 c)E = ^-g2T2 d) E = Mg2T2 e) N.D.A.
2m M
Solução: Alternativa A
Suponha que as patas do camundongo façam uma força F sobre a
F superfície interna do cilindro. Como reação a superfície do cilindro faz
sobre o camundongo uma força de mesmo módulo F, mesma direção
□ e sentido contrário. Como o camundongo se mantém na mesma
posição indicada na figura, pode-se afirmar que F = Mg.
Mg .......................
Note que F é a força _ ______ ____sobre
resultante _ o cilindro, ou seja, F = mat.
Deste modo, a velocidade tangencial da superfície do cilindro vai
aumentando continuamente devido à aceleração at. Supondo que v é
a velocidade tangencial adquirida pela superfície do cilindro depois de um tempo T segue que:
r- v ,, MTg
F = mat=m—= Mg => v =—-
T m
Como cada diferencial de massa dm do cilindro possui uma velocidade tangencial v a energia
mv2
cinética do cilindro, neste instante, vale EC( = ——.
Antes do início do movimento do camundongo o cilindro encontrava-se em equilíbrio, implicando
que existe uma força (não indicada na figura) que sustenta o cilindro em seu centro. Logo, a força
F é a resultante no cilindro e assim o trabalho de F é igual à variação da energia cinética do
... , ... Ár_ mv2 m M2T2g2 M2 2t2
C =------ =--------- A = —Jr
cilindro: WF = AEC
2 2 m2 2m a
Esta energia é repassada do camundongo para o cilindro pelo movimento das patas do
camundongo. Assim, a energia despendida pelo camundongo vale — g2T2.
2m
170
________________________________________ Elementos ba Física-Mecânica!-Trabalho e Potência
12) Um tapete de massa 20 kg deve ser arrastado de uma sala para outra como mostra a figura. A
largura do corredor e do tapete é a mesma, 2 m. O coeficiente de atrito na primeira sala é 0,2 e na
segunda sala também é 0,2, enquanto que no corredor o coeficiente de atrito vale 0,1. Que
trabalho deve ser realizado para levar o tapete da primeira para a segunda sala?
corredor
Solução:
x 2 4 6 Como existem diferentes valores do coeficiente de atrito
> nas salas e no corredor a força que deve ser aplicada ao
x (m)
tapete para levá-lo lentamente de uma sala para outra é
x variável, dependendo da área do tapete que está sobre
<—►
uma sala e sobre o corredor.
Considere o eixo unidimensional x indicado na figura.
Neste eixo, seja x a posição da extremidade esquerda do
tapete. Ao longo de todo o processo x varia de 0 a 4 m.
Para a posição do tapete indicada na figura ao lado, onde a
; M1 = O,2 Mc = 0,1 M2 = 0,2 extremidade esquerda do tapete está na posição x (0 < x <
2 m), a força necessária que empurrar o tapete com
velocidade constante vale:
F'= Fati’+ Fat2’ = m^^gp1 + m-gp2 = 20^^10.0,2 + 20-10.0,1 =>
x (m)
>
2 4
171
____________ __ ___________________________ Elementos áa Física-Mecânica i-Trabalho e Potência
13) Sobre uma tábua que encontra em um plano horizontal liso, existe um bloco de massa m,
unido ao teto através de uma mola ideal, inicialmente relaxada na vertical, de comprimento natural
í0. O coeficiente de atrito entre a tábua e o bloco valeu p. A tábua é lentamente afastada para a
direita até a posição em que o bloco fica na iminência de se movimentar sobre ela, situação em
que o fio forma com a vertical um ângulo a. Determinar o trabalho realizado pela força de atrito
nesse episódio, em joules, no referencial da Terra.
O
§
O
Solução:
Se í é o comprimento final da mola tem-se í.cos 0 = í0.
e"N
F? ^0
Logo: Aí = (. - í0 ^o — ^o —---- 1^]
COS0 COS0 )
Fat
I I . Na direção vertical tem-se:
Fe.cos 0 + N = mg => N = mg- kAí.cos 0
,, mg No momento em que o bloco se encontra na iminência de deslizar
sobre a tábua:
Fe.sen 0 = Fat => k.Aí.sen 0 = N.p => k.Aí.sen 0 = (mg - kAí.cos 0).p =>
k=mgp
k.Aí.sen 0 + kAí.cos 0.p = mgp =>
Aí(sen0 + pcos0)
Como o corpo é lentamente deslocado pode-se assumir que a variação da energia cinética é zero,
ou seja, o trabalho da força resultante é nulo. As únicas forças que realizam trabalho não nulo
sobre m são a força elástica e a força de atrito. Assim:
k(Aí)2 = mgp(Aí)2
WFr = WFat + WFe = 0 => WFat = -WFe
2 2(AÍ)(sen0 + pcos0)
mgpío(1-cos0)
WFat =
2 cos 0(sen 6 + p cos 0)
14) Uma corrente de comprimento L descansa, em parte, sobre uma mesa horizontal com
coeficiente de atrito p, mantendo o máximo comprimento possível para equilíbrio suspenso a partir
da borda. É feita uma pequena perturbação e a corrente começa a deslizar devido a ação da força
de gravidade sobre a parte da corrente que ficou pendurada fora da mesa. Que velocidade terá a
corrente quando seu extremo superior atingir a borda da mesa? Considere g como a aceleração
da gravidade.
Solução:
Seja d o máximo comprimento suspenso da corrente. De modo que haja equilíbrio, na iminência
de movimento, o peso da parte suspensa da corrente deve ser igual à força de atrito sobre a parte
da corrente que está na mesa:
172
Fiementos ha Física - Mecânica i-Trabalho e Potência
d L-d
P = Fal => m—g=m——gp d = Lp-dp => d = -----
1+p
L-x Para um comprimento suspenso x da corrente maior que d a corrente
entra em movimento. Com a corrente em movimento, a força
Fat resultante na corrente vale:
x L—x = IQ9 [Lp + (i-p)x], para d < x < L
fr =p-Fat =m —g-m—j— gp
15) Um quadrado homogêneo repousa sobre um plano horizontal. Deve-se rotacionar o quadrado
em 360° em torno de um de seus vértices, como indica a figura 1. Suponha que o coeficiente de
atrito entre o chão e o quadrado é constante em toda a superfície do quadrado. Realizando o
mesmo trabalho, determine quantas rotações completas podem ser feitas no mesmo quadrado em
tomo de seu centro?
a)1 b)2 c) 4 d) 6 e) 8
Solução:
Seja W o trabalho mínimo realizado por uma força F para girar um quadrado de
massa m e lado L em torno de um de seus vértices. Quatro forças atuam sobre o
quadrado: Peso, Normal, F e Força de Atrito. Como os trabalhos do peso e da
t- normal são nulos, o trabalho da força resultante no quadrado é igual a:
WFr = WF + WFat = AEC
Como o movimento de rotação é realizado bem lentamente, a variação da
energia cinética é zero: WF = -WFal
Deste modo, o trabalho da força F é diretamente proporcional à massa do quadrado, ao
coeficiente de atrito e ao comprimento da trajetória do centro de massa do quadrado.
Para analisar a 2a experiência, divida o quadrado original em 4 quadrados menores (cada um de
massa m/4 e lado L/2), ligando os pontos médios dos lados opostos. Note que girar o quadrado
original pelo centro equivale a girar, em torno do vértice central, cada um dos quatro quadrados
menores. Como os trabalhos devem ser iguais:
W, = W2
_ LV2
Lx/2
m.g.p.27t
.fm LV2
= 4 — .g.p.n —— n =2
2
173
Fiementos da Física-Mecânica!-Trabalho e Potência
POTÊNCIA
Potência Média
Como já foi detalhado nos itens anteriores deste capítulo, para se calcular o trabalho de
uma força não é necessário conhecer o tempo decorrido na realização desse trabalho. Na vida
prática, porém, o conhecimento desse tempo pode ser importante pois, de maneira geral, existe o
interesse em que um determinado trabalho seja realizado no menor tempo possível. Entre duas
máquinas que realizem o mesmo trabalho, com a mesma perfeição, a preferência é sempre pela
mais rápida. Para se medir a taxa temporal na qual se realiza um certo trabalho, define-se uma
grandeza denominada potência. Se uma força realiza um trabalho W durante um intervalo de
tempo At, a potência média Pot, dessa força é definida como sendo:
W
P°tmédia
At
Pode-se observar, pela definição dada, que quanto menor for o tempo empregado por uma
W
máquina para realizar um certo trabalho, maior será a sua potência. A relação Pot = — nos
mostra que a unidade de potência no S.l. será 1 J/s. Esta unidade é denominada de 1 Watt, em
homenagem a James Watt, inventor da máquina a vapor. Assim, a potência de 1 Watt
corresponde ao trabalho de 1 J realizado em 1 s, isto é, 1 J/s = 1 Watt = 1 W.
Outras duas unidades utilizadas para potência são Cavalo-Vapor (CV) e Horse Power
(PH), principalmente no meio automobilístico. Um cavalo-vapor representa o equivalente a 75
kgms ~1, em que 1 kg.m corresponde ao trabalho gasto para erguer uma massa de 1 kg a uma
altura de 1 metro. Um Horse Power se define como a potência necessária para elevar
verticalmente a uma velocidade de 1 pé/min uma massa de 33.000 libras. Convertendo CV e HP
para Watts, tem-se que:
1 CV = 735,5 W
1 HP = 745,7 W
Outra unidade relacionada com potência é Watt-hora (Wh), que na verdade é uma unidade
de trabalho ou energia. O Watt-hora (Wh) é a medida de energia usualmente utilizada em eletro
técnica. Um Watt-hora é a quantidade de energia utilizada para alimentar uma carga com potência
de um Watt pelo período de uma hora. O valor de 1 Wh é equivalente a:
Potência Instantânea
A potência instantânea é o limite para onde tende a potência média quando o intervalo de
tempo considerado At tende a zero. Neste caso, a expressão da potência instantânea fica em
função da derivada do trabalho pelo tempo:
m . dW
Potinst--^-
174
Mementos da física-Mecânica !-Trabalhos Potência
n * dW F.dr e dr
Po,--dT potinst F.v Potinst = F.v. cos 0
dt dt
Quando uma força constante atua sobre um corpo que se move com velocidade constante
tem-se que a potência instantânea apresenta o mesmo valor em qualquer instante do movimento.
Neste caso as potências média e instantâneas são iguais:
dW
Da definição da potência instantânea Potjnst — segue que:
W = J Potj,instai
to
Sabe-se que toda expressão física definida por uma integral possui uma área associada.
Neste caso, fazendo o gráfico da dependência da potência instantânea pelo tempo a área
compreendida entre o gráfico e o eixo do tempo é numericamente igual ao trabalho realizado no
intervalo de tempo considerado.
'‘Pot
Area = W
>
to tr t
Rendimento
Não existe máquina ideal, ou seja, aquela cujo todo o trabalho produzido pela máquina
seja completamente aproveitado para realizar alguma atividade mecânica. Para as máquinas reais
o trabalho não aproveitado (também conhecido como trabalho dissipado) deve ser incorporado
como parcela do trabalho total; a outra parcela será trabalho útil. Para tais máquinas tem-se,
portanto:
Nessas condições, define-se como rendimento da máquina a razão entre o trabalho útil e o
trabalho total:
WÚBI
n=
Wtotal
Como na realidade Wúti| < Wtolai e ambos maiores que 0, o rendimento sempre será uma
fração da unidade. Para aumentar o rendimento das máquinas é necessário diminuir os atritos, o
que se consegue, por exemplo, por meio de lubrificantes ou rolamentos de esferas de aço.
175
ílementos da física-Mecânica!-Trabalhos Potência
Exemplos:
1) Um corpo de massa m é acelerado uniformemente, partindo do repouso até atingir a velocidade v0,
no tempo to. Obtenha a potência instantânea fornecida ao corpo em um instante t qualquer contado
desde o inicio do movimento.
Solução:
Se o corpo, partindo do repouso, atinge uma velocidade v0 em um tempo to sua aceleração vale:
Av = vo-° = Vo
a
At to-O to
A potência instantânea é dada por:
2) (ITA-85) Uma queda d’água escoa 120 m3 de água por minuto e tem 10,0 m de altura. A massa
específica da água é de 1,00 g/cm3 e a aceleração da gravidade é de 9,81 m/s2. A potência
mecânica da queda d’água é:
A) 2,00 W B) 235 x 10 5W C) 196kW D) 3,13x 103W E) 1,96x 102W
Solução:
A potência da queda d’água pode ser escrita como a razão entre a energia que pode ser retirada
de uma coluna de água de altura h pelo tempo levado para a água percorrer esta altura.
Pot = = p V g h = — p.g.h = — (103 )(9,81 )(10,0) = 196 kW
At At At 60
3) (ITA-94) Um navio navegando à velocidade constante de 10,8 km/h consumiu 2,16 toneladas
de carvão em um dia. Sendo q = 0,10 o rendimento do motor e q = 3,00.107 J/kg o poder calorífico
de combustão do carvão, a força de resistência oferecida pela água e pelo ar ao movimento do
navio foi de:
a) 2,5.10 4 N b)2,3.10sN c) 5,0 . 10 4 N d) 2,2. 10 2 N e) 7,5 .10 4 N
Solução: Alternativa A
Inicialmente note que a unidade da grandeza poder calorífico é J/kg, ou seja, sabendo a massa m
do carvão pode-se calcular a energia gerada pela queima desta massa de carvão. Dividindo esta
energia pelo tempo tem-se a potência total gerada pela queima do carvão. Multiplicando esta
potência total pelo rendimento tem-se a potência útil. Como a velocidade do navio é constante a
potência útil também pode ser calculada pelo produto da força executada para hélice do navio
para movimentá-lo pelo velocidade.
Potúti, = 7].Pottola) => F.v = n(M/At).q => F(3,00) = (0,10)[(2,16.103)/(24.3600)](3,00.107) =>
F = 2,5.104N
Como a velocidade é constante a força total de resistência é igual, em módulo, à força executada
pela hélice do navio: FreSistència - 2,5.104 N
4) (ITA-98) Um bloco maciço requer uma potência P para ser empurrado, com uma velocidade
constante, para subir uma rampa inclinada de um ângulo 0 em relação à horizontal. O mesmo
bloco requer uma potência Q quando empurrado com a mesma velocidade em uma região plana
de mesmo coeficiente de atrito. Supondo que a única fonte de dissipação seja o atrito entre o
bloco e a superfície, conclui-se que o coeficiente de atrito entre o bloco e a superfície é:
. Q , . Q . QsenO Q . QsenO
a) — b)------ c)---------- d)------------- e)-------------
P ' P-Q P-Q P-QcosO P-QcosG
176
fiementosba física-Mecânica !-Trabalho e Potência
Solução: Alternativa E
N Suponha que a velocidade com que o corpo sobe o plano inclinado é v. A força
mínima a ser aplicada ao bloco é igual a:
F = P.sen 0 + Fat = m.g.sen 0 + m.g.p.cos 0
F,
Fat Deste modo, a potência desenvolvida por F vale P = (m.g.sen 0 + m.g.p.cos 0)v
Na superfície horizontal a mínima força F’ para deslocar o corpo com velocidade
constante vale F’ = Fat = mgp
Portanto, a potência desenvolvida por F’ vale Q = F’.v => Q = m.g.p.v
p sen0 + pcos0 _ _ . „ Qsen0
Assim. —■ =---------- ---------- => pP = Q.sen 0 + Q.p.cos 0 => u. =----------------
Q p P -Qcos9
5) (ITA-00) Deixa-se cair continuamente areia de um reservatório a uma taxa de 3,0 kg/s
diretamente sobre uma esteira que se move na direção horizontal com velocidade V. Considere
que a camada de areia depositada sobre a esteira se locomove com a mesma velocidade V,
devido ao atrito. Desprezando a existência de quaisquer outros atritos. Conclui-se que a potência
em watts, requerida para manter a esteira movendo-se a 4,0 m/s, é:
Reservatório
de areia
Esteira ;j: V
\ h*:::::::::::::
O O O" CJ O U
a) 0 b) 3 c) 12 d) 24 e) 48
Solução: Alternativa E
Assim que um grão de areia colide com a esteira sua velocidade horizontal é zero. O contato com
a esteira faz o grão acelerar da velocidade nula para a velocidade v da esteira. A força F que os
roletes devem fazer sobre a esteira de modo a acelerar os grãos de areia vale:
6) (ITA-07) Projetado para subir com velocidade média constante a uma altura de 32m em 40s,
um elevador consome a potência de 8,5 kW de seu motor. Considere seja de 370kg a massa do
elevador vazio e a aceleração da gravidade g = 10 m/s2. Nessas condições, o número máximo de
passageiros, de 70kg cada um, a ser transportado pelo elevador é
a) 7 b) 8 c) 9 d) 10 e)11
Solução: Alternativa C
Como a velocidade é constante a força que o cabo deve exercer no elevador deve possuir o
mesmo módulo do peso total do elevador (elevador + peso dos passageiros): T = (M + nm)g
W
Deste modo: Pot = — => Pot.At = T.h => Pot.At = (M + nm)gh =>
177
Fiementos da Física-Mecânica i-Trabalho e Potência
Solução:
Convertendo de Wh para J:
E = 87600 GWh = 8,76.104.109.3,6.103 J = 31,536.1018J
31,536.10i16
a) l = => 0,20.170 = — => A = 2,94.10® m2 = 294 km2
A.365.24.3600
E
b) Pot= => 14000.106 = => E = 44.150.1016 J
At 31,536.10®
31.536.1016
1= = 0,7143 q = 71,43 % de sua capacidade
44,1504.1016
8) (ITA-12) Um corpo movimenta-se numa superfície horizontal sem atrito, a partir do repouso,
devido à ação contínua de um dispositivo que lhe fornece uma potência mecânica constante.
Sendo v sua velocidade após certo tempo t, pode-se afirmar que
a) a aceleração do corpo é constante.
b) a distância percorrida é proporcional a v2.
c) o quadrado da velocidade é proporcional a t.
d) a força que atua sobre o corpo é proporcional a Vt.
e) a taxa de variação temporal de energia cinética não é constante.
1a Solução: Alternativa C
Como a potência P é constante o gráfico da potência pelo tempo é dado abaixo:
■ ■ Pot Como a área do gráfico da potência pelo tempo é numericamente
igual ao trabalho: WF = Pot.t
P Supondo que F é a força resultante no corpo (informação que nâo
consta no enunciado porém necessária para resolver a questão)
segue que o trabalho de F é igual à variação da energia cinética:
Mv2 2 Px
*t P.t ------ => v =—t
2 M
Como P e M são constantes segue que v2 oc t
2a Solução: Alternativa C
dv . ^dt
F.v = k => m — .v = k v.dv jv.dv = —jdt -(t-0) =>
dt m 2 m
2 2k V2 oc t
v =—t
m
178
Mementos da física-Mecânicai-Trabalho e Potência
Exercícios de Embasamento i j P (watts)
179
Elementos da Física-Mecânica!-Trabalhoe Potência
partícula em função da sua posição. Quando a plana. Considere que as rodas do vagão estão
partícula atingir a posição x = - 8 m, a sua bem lubrificadas a ponto de poder-se desprezar o
energia cinética, em joules, será: atrito das rodas com os trilhos. Durante esse
último translado, o motor acoplado ao cabo de
Fr (N)a
aço executa um trabalho de 4.000 J. Nesse
-8 0 contexto, considerando que o vagão, no último
--- ► translado, partiu do repouso, é correto afirmar
x (m) que esse vagão chega ao final da região plana
com uma velocidade de:
a) 10 m/s b) 8 m/s c) 6 m/s
•-20 d) 4 m/s e) 2 m/s
181
Mementos da Física-Mecânica !-Trabalho e Potência
E22) (Unicamp-92) Uma hidrelétrica gera 5,0.109 a) 1200 W b) 2600 W c) 3000 W
W de potência elétrica utilizando-se de uma d)4000 W e) 6000 W
queda d’água de 100 m. Suponha que o gerador
aproveita 100% da energia da queda d’água e E26) (Unifesp-14) Em uma bancada horizontal da
que a represa coleta 20% de toda a chuva que linha de produção de uma indústria, um
cai em uma região de 400.000 km2. Considere amortecedor fixo na bancada tem a função de
que 1 ano tem 32.106 segundos, g = 10 m/s2. reduzir a zero a velocidade de uma caixa, para
a) Qual a vazão de água (m3/s) necessária para que um trabalhador possa pegá-la. Esse
fornecer os 5,0.10® W? amortecedor contém uma mola horizontal de
b) Quantos mm de chuva devem cair por ano constante elástica K = 180 N/m e um pino
nesta região para manter a hidrelétrica operando acoplado a ela, tendo esse conjunto massa
nos 5,0.10® W? desprezível. A caixa tem massa m = 3 kg e
escorrega em linha reta sobre a bancada,
E23) (Unicamp-93) Um carro recentemente quando toca o pino do amortecedor com
lançado pelo indústria brasileira tem velocidade Vo.
aproximadamente 1.500 kg e pode acelerar, do ,20cm;
IH = !
182
fiementostia física-Mecânicai-Trabalho e Potência
«A Com relação às forças que agem no bloco,
podemos afirmar que
a) a força F realiza um trabalho negativo.
__ i b) a força peso realiza um trabalho positivo.
c) a força normal não realiza trabalho.
........ Q d) a força de atrito não realiza trabalho.
e) a força resultante não realiza trabalho.
Tomando C = 200 N.s/m e v0 = 20m/s, calcule o
E32) (EsPCEx-10) Um bloco, puxado por meio
trabalho da força F necessária a ser produzida
de uma corda inextensível e de massa
pelo motor do carrinho, a fim de manter sua
desprezível, desliza sobre uma superfície
velocidade constante durante 10 s.
horizontal com atrito, descrevendo um
movimento retilíneo e uniforme. A corda faz um
E29) (Unicamp-15) Por sua baixa eficiência ângulo de 53° com a horizontal e a tração que ela
energética, as lâmpadas incandescentes transmite ao bloco é de 80 N. Se o bloco sofrer
deixarão de ser comercializadas para uso um deslocamento de 20 m ao longo da
doméstico comum no Brasil. Nessas lâmpadas, superfície, o trabalho realizado pela tração no
apenas 5% da energia elétrica consumida é bloco será de:
convertida em luz visível, sendo o restante (Dados: sen 53° = 0,8 e cos 53° = 0,6)
transformado em calor. Considerando uma a) 480 J b) 640 J c) 960 J
lâmpada incandescente que consome 60 W de d)1280J e) 1600 J
potência elétrica, qual a energia perdida em
forma de calor em uma hora de operação? E33) (EsPCEx-11) Uma força F constante de
a) 10 800 J. b) 34 200 J. intensidade 25 N atua sobre um bloco e faz com
c) 205 200 J. d) 216 000 J. que ele sofra um deslocamento horizontal. A
direção da força forma um ângulo de 60° com a
E30) (AFA-10) A figura abaixo representa três direção do deslocamento. Desprezando todos os
formas distintas para um bloco entrar em atritos, a força faz o bloco percorrer uma
movimento. distância de 20 m em 5 s. A potência
f2 desenvolvida pela força é de:
Dados: sen 60° = 0,87 e cos 60° = 0,50
wwwww \\\\\w\\\ WWWWW F /
(1) (2) (3)
Sabe-se que as forças F,, F2 e F3 são 60°
constantes e de mesma intensidade. Bloco
Desprezando-se qualquer resistência, pode-se
afirmar que, depois de percorrida uma mesma a)87W b)50W c) 37 W d)13W e)10W
distância, a energia cinética, E-,, E2 e E3,
adquirida em cada situação, é tal que E34) (ITA-76) Um partícula é deslocada de um
a) E, = E2 = E3 c) E, < E2 < E3 ponto A até outro ponto B, sob a ação de várias
b) E, > E2 = E3 d) E, = E2 > E3 forças. O trabalho realizado pela força resultante,
F, nesse deslocamento, é igual à variação da
E31) (EsPCEx-08) Um bloco B sobe a rampa de energia cinética da partícula :
um plano inclinado, descrevendo um movimento
a) somente se F for constante
retilíneo uniformemente acelerado. Sobre ele,
b) somente se F for conservativa
age uma força F constante, conforme a figura
c) seja F conservativa ou não
abaixo. Há força de atrito entre as superfícies do
d) somente se a trajetória for retilínea
bloco e da rampa.
e) em nenhum caso.
F
E35) (ITA-87) Um motor a explosão tem potência
B
de 50 kW e recebe, por hora, através da
combustão da gasolina, 2,1.10® kJ. Seu
rendimento e a potência dissipada por ele são
rampa
respectivamente.
Figura Ilustrativa
183
Mementos da Física-Mecânica 1-TrabalhoePotêncla
Exercícios de Fixação
m
F1) (UFTM-13) O funcionário de um armazém, I Fl = mg
responsável pela reposição de produtos,
empurra, a partir do repouso e em movimento
retilíneo, um carrinho com massa total de 350 kg
sobre uma superfície plana e horizontal.
9
Y a) Supondo que não haja atrito entre o bloco e o
plano inclinado, calcule o módulo da aceleração
do bloco.
b) Calcule a razão entre o trabalho WF da força F
e o trabalho WP do peso do bloco, ambos em um
—►
© deslocamento no qual o bloco percorre uma
distância d ao longo da rampa.
Em um determinado trecho de 8 m de
comprimento, ele dá três empurrões F3) (UESPI-12) As figuras A e B a seguir
consecutivos no carrinho, exercendo uma força mostram dois instantes do movimento
horizontal para a direita, cuja intensidade é descendente de um bloco de massa 1 kg sobre
representada no gráfico 1, em função da posição um plano inclinado de 0 = 37° com a horizontal. A
do carrinho. Nesse mesmo trecho, atua sobre o mola indicada é ideal, com constante elástica de
carrinho uma força de atrito de intensidade 200 N/m. Na figura A, o bloco tem velocidade de
constante, representada no gráfico 2.
4 m/s, e a mola está comprimida de 5 cm. Na
F(N)“ figura B, o bloco tem velocidade de 2 m/s, e a
mola está comprimida de 15 cm. Existe atrito
gráfico 1 entre o bloco e o plano inclinado. Considerando
500 sen(37°) = 0,6 e cos(37°) = 0,8 e a aceleração da
gravidade 10 m/s2, qual é a energia dissipada
pelo atrito entre os instantes mostrados nas
figuras A e B?
o 2 4 6 I —►
x(m)
Figura A
Fa,(N)"
gráfico 2
g
2 4 6 8
o—
x(m)
-100 —
Calcule:
a) a intensidade máxima da força resultante que
atuou no carrinho nos primeiros 2 m de Figura B g
deslocamento.
b) a velocidade atingida pelo carrinho ao final dos
8 m. íf)
F2) (UFRJ-06) Um plano está inclinado, em
_____________
A)1,3J B)2,1 J C) 3,8 J D) 4,6 J E)5,2J
relação à horizontal, de um ângulo 0 cujo seno é
igual a 0,6 (o ângulo é menor do que 45°). Um
F4) (Unicamp-87) Um bloco de massa m = 0,5
bloco de massa m sobe nesse plano inclinado
kg desloca-se sobre um plano horizontal com
sob a ação de uma força horizontal F, de módulo
atrito (p = 0,4) e comprime uma mola de
exatamente igual ao módulo de seu peso, como
constante elástica k = 1,6 x 102 N/m. Sabendo-se
indica a figura a seguir.
que a máxima compressão da mola pela ação do
bloco é x = 0,1 m, calcule:
a) o trabalho da força de atrito durante a
compressão da mola.
b) A velocidade do bloco no instante em que
tocou a mola
184
Flementos da Física-Mecânica !-Trabalho e Potência
J
água
[pEK__ J
gerador resistor
*1
i
k
m
7777777777777777, m
185
Tie/nentos Ha física-Mecânica i-Trabalho e Potência
conforme mostrado na figura. Quando a massa 80 rodas e que as forças entre cada uma delas e
Mo cai, desenrola-se um fio que movimenta o o trilho tenham a mesma intensidade.
cilindro e o eixo, fazendo com que a massa m c) A aceleração do trem quando, na velocidade
descreva um movimento circular de raio Ro. A de 288 km/h, as máquinas elétricas são
velocidade Vo é mantida constante, pela força de acionadas como geradores de 8 MW de
atrito, entre a massa mea parede A, devido ao potência, freando o movimento.
coeficiente de atrito p entre elas e à força
centrípeta que age sobre essa massa. F11) (AFA-99) A figura abaixo mostra um corpo
E . em um plano inclinado, submetido à força F e ao
peso P . O trabalho, em joules, realizado por F
para deslocar o corpo por um metro, com
c velocidade constante, ao longo do plano, é,
aproximadamente,
m
(Considerar g = 10 m/s2; massa do corpo m = 1,0
,<-U kg; e coeficiente de atrito p = 0,3)
Mc F 30°
a) 3,8.
b) 6,8.
c) 7,8.
Para tal situação, em função dos parâmetros m, d) 9,8.
Mo, Ro, Vo, p e g, determine P
a) o trabalho Tg, realizado pela força da 45°
gravidade, quando a massa Mo percorre uma
distância vertical
correspondente a uma volta completa do cilindro F12) (AFA-02) Uma partícula de massa 1 kg se
C. move ao longo do eixo Ox. O módulo da força,
b) o trabalho Ta, dissipado pela força de atrito, em newtons, que atua sobre a partícula é dado
quando a massa m realiza uma volta completa. por F(x) = 2x - 2. Se a partícula estava em
c) a velocidade Vo, em função das demais repouso na posição x = 0, a sua velocidade na
variáveis. posição x = 4 m é
a) 3,5 m/s. b) 4,0 m/s.
F10) (Fuvest-10) Trens de alta velocidade, c) 4,5 m/s. d) 5,0 m/s.
chamados trens-bala, deverão estar em
funcionamento no Brasil nos próximos anos. F13) (AFA-08) O volume de água necessário
Características típicas desses trens são: para acionar cada turbina de uma determinada
velocidade máxima de 300 km/h, massa total central hidrelétrica é cerca de 700 m3 por
(incluindo 500 passageiros) de 500 t e potência segundo, "guiado" através de um conduto
máxima dos motores elétricos igual a 8 MW. forçado de queda nominal igual a 112 m.
Nesses trens, as máquinas elétricas que atuam Considere a densidade da água igual a 1 kg/L.
como motores também podem ser usadas como Se cada turbina geradora assegura uma potência
geradores, freando o movimento (freios de 700 MW, a perda de energia nesse processo
regenerativos). Nas ferrovias, as curvas têm raio de transformação mecânica em elétrica é,
de curvatura de, no mínimo, 5 km. Considerando aproximadamente, igual a
um trem e uma ferrovia com essas a) 5% b)10% c)15% d) 20%
características, determine:
NOTE E ADOTE F14) (Ciaba-10) Na figura acima o bloco de
1 t = 1000 kg massa 30 kg, que é abandonado do ponto A com
Desconsidere o fato de que, ao partir, os motores demoram alguns velocidade zero, desliza sobre a pista AB.
segundos para atingir sua potência máxima.
Considere que ao longo do percurso a força de
a) O tempo necessário para o trem atingir a atrito entre o bloco e a pista dissipa 60 J de
velocidade de 288 km/h, a partir do repouso, energia. A velocidade do bloco no ponto B, em
supondo que os motores forneçam a potência m/s, é
máxima o tempo todo. Dado: g = 10 m/s2
b) A força máxima na direção horizontal, entre
cada roda e o trilho, numa curva horizontal
percorrida a 288 km/h, supondo que o trem tenha
186
Elementos da Física-Mecânica !-Trabalho e Potência
10 m/s
10 m
1.0
187
fíementos da física-Mecânica!-TrabalhosPotência
a) 200 N.m e 200 W b) 400 N.m e 200 W um gerador. O rendimento do sistema é de 80%
c) 400 N.m e 400 W d) 800 N.m e 400 W e a potência elétrica que o gerador oferece em
e) 800 N.m e 800 W seus terminais é de 16 kW.
(Jwulwi
188
Mementos da física-Mecânica l-Trabalhoe Potência
coeficiente de atrito cinético entre a mesa e o
bloco vale p<;.
Exercícios de Aprofundamento
£ A1) (ITA-78) Uma corda de massa “M” e
1 x comprimento “L”, acha-se pendurada em um
• i i prego, conforme figura. Devido a uma pequena
perturbação, a corda começa a deslizar.
Determine para o deslocamento C da massa M: Desprezando-se os atritos, pode-se afirmar que a
a) o trabalho realizado pela força de atrito; velocidade v da corda, no instante em que a
b) o trabalho realizado pela força de atrito; mesma abandona o prego, é dada por:
c) o trabalho realizado pelo peso do bloco;
d) o trabalho realizado pela reação normal da
mesa sobre o bloco;
e) o trabalho total realizado sobre o bloco;
f) determine a distância l em função das
r
2
/Rh
<r- Pt3'2
O ( P \3/2
c) - -
2kmJ
t1'2
a) Não há perdas;
b) o rendimento é de 65%.
Considere o peso especifico da água 1000
kgf/m3.
189
Elementos tia Física-Mecânica!-Trabalho e Potência
A6) Os pacotes mostrados na figura são A10) O motor de uma bomba hidráulica tem
lançados sobre um plano inclinado em A com potência igual a 500 W. Em quanto tempo,
uma velocidade de 1 m/s. Os pacotes deslizam aproximadamente, esta bomba enche um
ao largo da superfície ABC até uma esteira reservatório de 1000 litros colocando a uma
transportadora que se move com uma velocidade altura de 10 m de modo que a água seja injetada
de 2 m/s. Se é conhecido o coeficiente de atrito no reservatório com uma velocidade escalar de 2
cinético pc = 0.25 entre os pacotes e a superfície m/s?
ABC, determine a distância d se os pacotes
devem chegar a C com uma velocidade de 2 m/s. A11) Um cubo homogêneo com aresta 2a e
I in/s massa m apóia-se em uma superfície horizontal.
Em uma das arestas superiores aplica-se uma
força F, horizontal e normal à aresta. Determinar
o mínimo coeficiente de atrito para que o cubo
possa tombar e o trabalho que o operador
• \30°
despende até levar o cubo à posição instável,
• -3 sendo g a aceleração da gravidade.
wl.:
A12) Três caixas de 20 kg estão em repouso na
correia que passa sobre a polia e está presa ao
bloco de 40 kg. Sabendo que o coeficiente de
atrito entre a correia e a superfície horizontal a
também entre a correia e as caixas é de 0,50,
II
w p-
E \c
determine a velocidade da caixa B quando ela cai
da correia em E.
■<2 m 2 m
Bn cn Dn
2m
2 m -»|
E
rm o o
s:
a0 40 kg
Determine a potência em kW que entrega o
motor quando A13) Um helicóptero é usado para erguer do
a) o elevador se move para baixo com uma oceano um astronauta de massa igual a 70 kg
velocidade constante de 3 m/s, até uma altura de 17 m, numa direção vertical,
b) o elevador tem uma velocidade para cima de 3 por meio de um cabo. A aceleração do
m/s e uma desaceleração de 0.5 m/s2. astronauta vale g/8.
a) Calcule o trabalho realizado pelo helicóptero
A8) Que potência mínima deve ter uma bomba sobre o astronauta.
que eleva água por um tubo até uma altura h. A b) Qual é o trabalho realizado pela força
seção do tubo é S e o volume de água que gravitacional sobre o astronauta?
bombeia por unidade de tempo é Vt.
A14) O bloco de peso 10 N parte do repouso e
A9) Um esquiador, deslizando através de uma sobre a rampa indicada na figura mediante a
superfície horizontal de gelo a uma velocidade aplicação da força F de direção constante e cuja
constante v = 6,0 m/s, se dirige a uma superfície intensidade varia com a abscissa x de acordo
asfaltada. O comprimento do esqui é L = 2 m. O com o gráfico. O trabalho realizado de O até A
coeficiente de atrito entre o asfalto e o esqui é pelo atrito existente entre o bloco e a rampa é
igual a p = 1. Que espaço percorrerá o esquiador igual a 10 J, em valor absoluto. Adotar g = 10
até parar totalmente? m/s2. Nestas condições a velocidade do bloco, ao
atingir o ponto culminante A, é igual a:
190
Elementos tia Física-Mecânica !-Trabalho e Potência
F(N) figura abaixo. Durante toda a travessia a
velocidade do barco, V,, manteve-se constante e
dirigida sempre perpendicularmente à correnteza
do rio e o motor desenvolveu uma força
4 ni
constante igual a 1,47 x 103 N, na direção de V,.
Calcule a potência, P, desenvolvida pelo motor
1---- r- durante a travessia do rio.
1 2 3 4 5 x (m)
Figura 1 Figura 2
ZZZ ////I
A15) Um corpo de peso 20 N sobre um plano
inclinado sem atrito é puxado por uma força F
paralela a esse plano. O corpo parte do repouso
e após dois segundos e após dois segundos
atinge uma altura de dois metros acima do ponto
de partida. A potência desenvolvida pela força F 2 — -___ =
é dada pelo gráfico abaixo.
“ Pot(W)
50 __________
191
Elementos da física-Mecânica !-Trabalho e Potência
a) v
2Lsena
b) v
1 L . It
c) v.sena —
d) O trabalho de F é igual à variação da energia
gsena cinética do corpo.
g N9 e) O corpo descreverá uma trajetória elíptica
sobre a mesa.
d)-^- e) nda
sena A22) Uma caixa parte do repouso de desliza
sobre um plano inclinado de 37° com o a
horizontal, indo de encontro a uma mola de
A20) (ITA-87) Um homem cuja massa é 70 kg
constante elástica igual a 160 N/m,
está sentado sobre um andaime pendurado num
comprimindo-a de 25cm. O coeficiente de atrito
sistema de roldanas. Ele se eleva puxando a
cinético entre a caixa e o plano inclinado vale
corda que passa pela roldana fixa. Considerando
g = 9,8 m s'2, desprezando os atritos, resistência p = 0,5 e caixa foi inicialmente abandonada a
e a massa do andaime e supondo que o homem uma distância de 75cm da mola relaxada.
se eleva muito lentamente, calcular Determinar a massa M dessa caixa.
Dado: g = 10 m/s2, sen 37° = 0,6
cos 37° = 0,8.
I6,
37° to Brito
192
flementos da física - Mecânica /- Trabalho e Potência
A24) Um livro está localizado no limite entre
duas mesas. O comprimento do livro é l e sua
massa é m. Os coeficientes de atrito cinético
entre o livro e as superfícies das mesas são
distintos e valem p, e p2, como indicado na
figura. A aceleração local é g. Determine o
mínimo trabalho necessário para arrastar o
livro da 1a mesa para a 2a mesa.
í
B
>50 k<
F
1§______
A Horizontal
a)-30 J b)-40J c)—45 J d)-50J e)-60 J
a) Sabendo que a distância entre A e B é de 1
A26) Mediante a ação de uma força F o bloco metro, determine o trabalho realizado pela força
de massa M traslada com uma velocidade F entre A e B.
constate sobre a superfície interna de um b) Determine a velocidade com que o corpo
cilindro de raio R. O coeficiente de atrito atingirá no ponto B. Considere que o corpo parte
do repouso no ponto A.
cinético entre o bloco e o cilindro é igual a p.
Suponha que a força F é, a todo momento, A30) (OBF-05) Um sólido de massa m = 100 kg
tangente à trajetória). Calcule o trabalho desliza sobre um plano horizontal sob a ação de
realizado pela força de atrito em uma volta. uma força constante paralela ao plano. O
coeficiente de atrito entre o móvel e o plano é
0,10. O corpo passa por um ponto A com
193
Elementos da física-Mecânica !-Trabalho e Potência
velocidade 2,0 m/s e, após o intervalo de 10 s, deslocado de um ângulo 0 (0 < 0 < rr/2) ao
passa por um ponto B com a velocidade de 22,0 longo da superfície semicircular.
m/s.
a) Qual o módulo da força?
b) Qual o trabalho realizado pela força durante o
deslocamento de A para B?
194
Mementos da Física-Mecânica !-Trabalhos Potência
m? Sabe-se que o ângulo de inclinação do desempenho com a moto Honda CB 1300,
plano é 45° e a massa do corpo é 30 kg. O modelo que havia acabado de ser lançado no
coeficiente de atrito cinético entre o corpo e o Brasil. O teste indicava, entre outros dados,
plano diminui linearmente ao longo do caminho que a retomada de velocidade de 50 km/h até
desde p = 0,5 na base até p = 0,1 no cume. 100 km/h demorava exatamente 5 s. Constava
A) 900 J B) 1.200 J C) 2.400 J também na matéria a informação que o teste
D) 3.000 J E) 3.900 J foi realizado sempre na potência máxima da
moto. Assinale a alternativa que indica a
A38) Um sistema mecânico é montado para relação, em unidades do SI, entre a velocidade
estudar as dissipações de energia. Há o bloco e o tempo neste teste de retomada de
A, de massa 4m, que é abandonado da velocidade.
posição vertical 2. Há o bloco B, de massa m, a) v = Vl92,9 + 115,7.t
que guarda coeficiente de atrito cinético p com b) v = 13,9 +2,8.t
o plano inclinado e está inicialmente na c) v = 50 + 10.t
posição 1. Determine, considerando a d) v = V2500 + 15OO.t
gravidade no local igual a g, a velocidade com
e) nda
que o bloco A chega ao solo.
3 --
A39) Na figura,
m e comprime
escorregar. Apli
vertical para baixo
que a corda 1
imediatamente após
inteiramente para fora da i,
v é a velocidade adquirid;
qualquer ao cair do repouso,
de uma altura t, determine o trabalr..
I— 2(15 —I
(15
2£i
B
A
A) 18m9r 17mgí
B) C) —
25 25 25
D) 15m^ 4,5mg£
E)
25 25
195
ENERGIA POTENCIAL DE UNI SISTEMA
Considere um sistema que consiste de um livro e a Terra, que interagem através da força
gravitacional. É realizado trabalho sobre o sistema ao levantar o livro lentamente desde o repouso
através de um deslocamento vertical Ar, como ilustra a figura. Este trabalho realizado sobre o
sistema pode ser interpretado como uma maneira de transferir energia para o sistema,
aumentando sua energia.
y “
Ar
yr m
Note que o livro está em repouso no início e no final da trajetória, fazendo com que não
exista variação da energia cinética do sistema. Deste modo, a variação da energia do sistema não
ocorre na forma de energia cinética, devendo aparecer como alguma outra forma de
armazenamento de energia. Depois de levantar o livro, se o mesmo for liberado acabará voltando
à posição inicial pela ação da força da gravidade. Nesta situação, o livro agora possui energia
cinética, cuja origem está no trabalho que foi feito ao se levantar o livro. Logo, pode-se afirmar que
quando o livro está em um ponto de maior altura a energia do sistema possui potencial para
converter-se em energia cinética, porém isto só ocorre quando é permitido ao livro cair. Em
consequência, o mecanismo de armazenamento de energia antes do livro ser liberado se chama
energia potencial. Será demonstrado que a energia potencial de um sistema somente se associa
com tipos específicos de forças.
196
Elementos da física-Mecânica!-Energia Mecânica
O trabalho da força F pode agora escrito como:
Desta forma, o trabalho realizado sobre o sistema é igual à variação da energia potencial
gravitacional do sistema.
Note que no processo de subida atuam apenas duas forças: F e P . Como a variaçao da
energia cinética do corpo foi suposta igual a zero, pelo teorema do trabalho-energia:
Considere um sistema que consta de um bloco e uma mola. A força que a mola exerce
sobre o bloco é dada por Fe = - kx. O trabalho realizado pela força elástica Fe é dado por:
_kx* kxf
Wf
F«~ 2 2
■viwwwv
Suponha que uma pessoa aplique uma força F sobre o bloco de modo a comprimi-lo de x
unidades de comprimento. Considere que este processo foi feito bem lentamente, de modo que o
bloco se movimentasse com velocidade constante. Neste caso o módulo da força F é igual ao
módulo da força elástica Fe. Como estas são as duas únicas forças que realizam trabalho sobre o
bloco e como a variação da energia cinética é zero:
kx* kx§
WFe + WF = 0 => WF = -WFe WFe
2 2
Nesta situação, as coordenadas inicial e final do bloco são medidas desde sua posição de
equilíbrio, x = 0. De novo (como no caso gravitacional) determina-se que o trabalho realizado
sobre o sistema é igual à subtração entre os valores final e inicial de uma expressão relacionada
unicamente com a configuração geométrica do sistema. A função de energia potencial elástica
associada com o sistema massa-mola se define mediante
197
fíementos da física-Mecânica!-Cnergia Mecânica
_kx2
^-Pelástica —
Deste modo, o trabalho da força elástica pode ser escrito em função da variação da
energia potencial acumulada na mola:
kxg kx,2 _ _
-y- = Ep0-Epf -AEp
2
A energia potencial elástica do sistema pode ser interpretada como a energia armazenada
na mola deformada. A energia potencial elástica armazenada em una mola é zero sempre que a
mola não está deformada (x = 0). Como a energia potencial elástica é proporcional a x2, conclui-se
que Ep elástica sempre é positiva em uma mola deformada.
Na figura estão indicados três possíveis caminhos para levar o corpo do ponto A ao ponto
B. Se o trabalho realizado pela força F, for independente do trajeto utilizado para levar o corpo do
ponto A ao ponto B afirma-se que F, é uma força conservativa. Neste caso verifique que o
trabalho realizado pela força F, para levar o corpo de A para B é o negativo do trabalho de levar o
corpo de B para A, independentemente das trajetórias de ida e volta:
W'^-.
t b =jFrdrAB = jF1.(-dfBA) = -jF1.drBA - WF, B—>A WFl a-»b + WFl B_(A = 0
Logo, pode-se afirmar que uma força é conservativa se e somente se for nulo o trabalho
que ela efetua sobre um corpo que descreve uma trajetória fechada e retoma à posição inicial.
São exemplos de forças conservativas: peso, força elástica e todas as forças cujo trabalho total é
nulo (força centrípeta, força normal em um deslizamento, força de tração em um pêndulo,...).
Suponha agora que o trabalho realizado pela força F2 apresenta valores diferentes para
diferentes trajetos de levar o corpo de A para B. Neste caso afirma-se que F2 é uma força não
conservativa ou força dissipativa. Como consequência, caso alguma força dissipativa atue em
um corpo, conclui-se que, em qualquer trajeto, não foi conservada a capacidade que o sistema
tinha de realizar trabalho. Neste caso, em uma trajetória fechada, com o corpo retornando à
posição inicial, o corpo apresenta uma energia cinética final inferior a energia cinética inicial. As
forças de atrito e a resistência ao movimento, no ar ou nos líquidos, são sempre forças resistentes
e não conservativas.
198
__________________________________________ Elementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
FORÇAS CONSERVATIVAS E ENERGÍA POTENCIAL
Considere um corpo onde atuam apenas forças conservativas, ou seja, força peso, força
elástica e forças cujo trabalho seja igual a zero. Nestas condições afirma-se que a força resultante
no corpo é conservativa. Logo, o trabalho desta força resultante não depende da trajetória seguida
pelo corpo durante o movimento. O trabalho somente depende das coordenadas inicial e final. Em
consequência, pode-se definir uma função de energia potencial tal que o trabalho realizado pela
força resultante, que é conservativa, seja igual ao negativo da diminuição da energia potencial do
sistema.
Guarde bem este resultado, ele será muito importante na demonstração da conservação
da energia mecânica.
ENERGIA MECÂNICA
mv2 u k(Ax)2
^mecânica ~ +
2
Caso nenhuma força elástica esteja atuando no corpo a energia mecânica será:
tr mv2 u
Emecânica =-y~+m9h
199
fíementos da física-Mecânica i-ínergia Mecânica
n m n m ki(AXj)2
-
E mecanica
k-1 Z k=1 k=1 2
energia energia potencial
cinética do do sistema
sistema
Para um sistema em que não exista força elástica a energia mecânica é dada por:
Emeeâniea=È^+Èmighi
k=1 z k=1______ z
energia energia
cinética do potencial do
sistema sistema
^mecânica
ÊECi+ÈEPi
k=1 k=1
-ÈAEPi
k=1 k=l
Por outro lado, pelo teorema trabalho-energia o somatório do trabalho das forças
resultantes em todas as partículas é igual à variação da energia cinética total do sistema.
Éw^Jaec,
k=1 k=1
200
_________ __ _______________ ____________ Elementos da Física-Mecânica !-Energia Mecânica
Esta última expressão denomina-se "Conservação da Energia Mecânica” e é um dos mais
importantes teoremas da física. É válida apenas para sistema em que todas as forças atuantes
sejam conservativas ou cujo trabalho seja igual a zero.
WrhR, - w
* VF conservativas
4- W
1 * ¥F não conservativas
Afinal do sistema ~ ^^inicial do sistema ~ ~^Pfinal do sistema + ^Pinicial do sistema ^F não conservativas
^F não conservativas ~~ (^^final do sistema + ^Pfinal do sistema ) — (^^inicial do sistema ^Pinidal do sistema )
inidal do sistema
Wp não conservativas ~ ^mecânica final do sistema — ^mecânica inicial do sistema
'mecânica final do sistema
Wp não conservativas ~ AEmecânica do sistema
Logo, conclui-se que o trabalho das forças não conservativas é igual à variação da energia
mecânica do sistema.
N
Fat
Fe
p
Das forças que atuam no corpo, a força peso e a força elástica são forças conservativas, a
reação normal produz trabalho nulo ao longo da trajetória e a força de atrito cinético é não
conservativa. Desta forma, pode-se afirmar:
201
Fiementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
Exemplos:
Solução:
B Pela conservação da energia mecânica, quanto menor o valor de h menor será
a velocidade do carrinho ao alcançar o ponto de altura máxima B da trajetória
circular. Esta velocidade no ponto B deverá ser suficiente para a normal do
carrinho com a montanha russa seja nula em B. Neste caso o carrinho tangencia
suavemente a trajetória circular em B, retomando o contato logo depois e
completando o loop. Como a normal é nula em B a força resultante é a força
peso, que é uma resultante centrípeta (voltada para o centro da trajetória):
n r- mVR 2 r-,
P = Fcp => mg = —-=> v|=gR
IX
Note que, durante toda a trajetória, as forças que atuam no carrinho são peso, que é conservativa
e normal, cujo trabalho é nulo. Assim, existe a conservação da energia mecânica. Adotando
energia potencial nula no solo::
0 + /h=-^ + 5R
-7“ + x(ghA = + >(2R) h
2 2
2) (AFA-03) Um homem de dois metros de altura, com peso igual a 900N, preso por dos pés a
uma corda elástica, pula de uma ponte de 100 m de altura sobre um rio. Sendo a constante
elástica da corda equivalente a 300 N/m e seu comprimento igual a 72 m, pode-se afirmar que a
menor a distância entre a cabeça do homem e a superfície da água foi, em metros.
a) 0 b) 4 c) 6 d) 2
Solução: Alternativa B (MAIS PRÓXIMA)
O enunciado não deixa claro em que situação o homem pula a
ponte, se em pé ou sentado. Se o homem estiver em pé existe
1 m uma distância, de aproximadamente 1 m, entre seu centro de
massa e o ponto onde a corda está amarrada. Se o homem
pula sentado pode-se considerar desprezível a distância do
ponto onde está amarrada a corda e o centro de massa do
homem. Adotando o centro de massa do homem em um ponto
que está aproximadamente a um metro dos seus pés, temos,
L + Ax
pela conservação da energia mecânica:
,. , k.(Ax)2
m.g.(L + Ax + 2) = — => 900(74 + Ax) = 150(Ax)2 =>
(Ax)2 - 6Ax - 444 = 0 =>
1 m Ax = -18,28 (não convém) ou Ax = 24,3 m.
Portanto, a menor distância da cabeça à água é:
1 m
d = H - (L + Ax + 2) = 100 - (72 + 24,3 + 1) => d = 1,7m
d Comentário: A resposta d = 2 m seria encontrada (sem
T~ aproximações) somente se fosse considerado que o homem
estava sentado no momento do salto.
202
______ _________________________________________ Elementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
3) (ITA-90) Uma pequena esfera penetra com velocidade v em um tubo oco, recurvado, colocado
num plano vertical, como mostra a figura, num local onde a aceleração da gravidade é g. Supondo
que a esfera percorra a região interior ao tubo sem atrito e acabe saindo horizontalmente pela
extremidade, pergunta-se: que distância, x, horizontal, ela percorrerá até tocar o solo ?
3R
2
Solução: Alternativa D
Enquanto a esfera está no interior do tubo não atuam sobre ela forças dissipativas. O solo será
adotado como referencial para energia potencial nula.
Se Ví é a velocidade com que a esfera abandona o tubo:
I) Eml = Em2 => mv2^ + mg2R = mVí2/2 + mg3R/2 => v4 = -^v2 +gR
Após o abandonar o tubo a esfera sofre um lançamento horizontal:
II) x = Vít => t = X/Ví
4) (ITA-91) Uma haste rígida de peso desprezível e comprimento £, carrega uma massa 2m em
sua extremidade. Outra haste, idêntica suporta uma massa m em seu ponto médio e outra massa
m em sua extremidade. As hastes podem girar ao redor do ponto fixo A, conforme a figura. Qual a
velocidade horizontal mínima que deve ser comunicada às suas extremidades para que cada
haste deflita até atingir a horizontal ?
a) vi = s[gt e v2 = ^o.Sgí A B
tu
b) Vi = J2gí e V2 = ^O.Sgf
t
c) v, = Tgí e v2 = Is Ò m
t/2
d) v, = fegc e v2 = 72,4gí 2m è- m
V, V2
e) Nenhuma das anteriores.
Solução: Alternativa D
Em ambos os casos não atuam nos corpos forças dissipativas, ou seja, existe a conservação da
energia mecânica. O ponto mais baixo da trajetória será adotado como referencial para energia
potencial nula: EmOi = Emfi 2mv12/2 = 2mgl => v1 =
No 2o caso as velocidades angulares das duas massas são iguais: v2/í = v27(Z72) => v2’ = v2/2
Pela conservação da energia mecânica:
Pm02 ~ Emfê mv22/2 + mv2,2/2 = mgí + mg/72 5v22/4 = 3gí => v2 — ->/2,4gí
203
_________ _ ____________________________________ Elementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
5) (ITA-78) Na figura ao lado, a mola é ideal; a situação (a) é a de equilíbrio estável do sistema
massa-mola e a situação (b) é a da mola em repouso. Abandonando-se o bloco “M" como indica a
situação (b), pode-se afirmar que a máxima velocidade que o bloco "M” atingirá dada por:
a) 72gd Ml
b) Vg(h + d)
c) 72g(h + d) liãll
d) V^h
e) 7g(2h + d) II
(o) (b)
Solução: Alternativa E
A situação apresentada em (a) é a de equilíbrio estático, ou seja, o ponto onde a força elástica
possui módulo igual à força peso.
Fe = P => k.d = m.g => k=-!^
d
Na situação (b), a partir do momento em que o corpo passa ater contato com a mola a força
resultante neste vale FR = P - Fe. Assim, pode-se separar o movimento do corpo em (b) em três
momentos:
i) enquanto FR > 0 a velocidade do corpo aumenta;
ii) no instante em que FR = 0;
iii) enquanto FR < 0 a velocidade do corpo diminui.
Desta forma, a máxima velocidade do corpo ocorrerá no instante em que P = Fe, exatamente a
situação descrita na situação (a). Igualando a energia mecânica no ponto em que o corpo é
abandonado e no ponto em que P = Fe:
myjf ,, .. mv2 ^0 kd2
+mg(h + d) = — + mgií + — ^g(h + d) = ZÍYÍ + zW
’ 2 / 2
2g(h + d) = v2 + gd => v2 = g(2h + d) - v = 7g(2h + d)
204
____ _____________________________________ Elementos âa Física-Mecânica!-Energia Mecânica
7) (ITA-84) Uma mola de massa desprezível tem constante elástica k e comprimento Lo quando
não esticada. A mola é suspensa verticalmente por uma das extremidades e na outra extremidade
é preso um corpo de massa m. Inicialmente o corpo é mantido em repouso numa posição tal que
a força exercida pela mola seja nula. Em seguida, a massa m é abandonada com velocidade nula.
Desprezando as forças dissipativas, o comprimento máximo (L) da mola é dado por:
jL
B
a) L = Lo + mg/k b) L = mg/k c) L = Lo + 2mg/k
d) L = 2mg/k e) L = 0,5 + Lo + mg/k
Solução:
O experimento do enunciado será utilizado para uma
análise completa do movimento de um corpo preso a
uma mola em trajetória vertical.
As figuras ao lado mostram três momentos do
movimento do corpo. A 1a figura representa o
L momento em que o corpo é abandonado, sem
ponto onde
F. = 0 e v = 0
velocidade inicial, em uma posição em que não há
AXi força na mola. Na 2a figura o corpo está em
ponto onde Fe = movimento descendente, em uma posição em que a
P e v é máxima
AX2
força elástica possui módulo igual ao da força peso.
ponto onde Fe é Sabe-se que a força resultante no corpo, em qualquer
máxima e v = 0
instante, é dada por FR = P + Fe. No movimento
descendente do corpo a força peso e a força elástica possuem sentidos contrários. Enquanto o
módulo da força elástica for menor que o módulo do peso a força resultante estará no sentido de
cima para baixo. Por outro lado, enquanto o módulo da força elástica for maior que o módulo do
peso a força resultante estará no sentido de baixo para cima.
Assim, desde a posição do corpo na 1a figura até a posição na 2a figura a velocidade do corpo
somente aumenta. Logo, na 2a figura temos a situação de máxima velocidade do corpo. Desde a
situação da 2a figura até a situação da 3a figura a velocidade do corpo diminui. Na 3a figura está
ilustrada a situação em que o corpo instantaneamente fica em repouso, para em seguida iniciar
seu movimento de subida. Neste ponto, a força elástica é máxima.
Como na 2a figura a força elástica possui módulo igual ao da força peso:
P = Fe => mg = kAx-i => Ax., = —
k
Devido à não existência de forças dissipativas, desde a situação da 1a figura até a situação da 3a
figura ocorre conservação da energia mecânica:
k(Ax1 + Ax2)/
mgjAíCr-HzHfT) = KlAXl + ZXX2^ => 2mg = kAx, + kAx2 => 2mg = mg + kAx2 => Ax, =
2 k
Deste modo, conclui-se que Ax! = Ax2, ou seja, o movimento do corpo é simétrico com relação ao
instante mostrado na 2a figura.
Assim, o comprimento máximo da mola é L = Lo + Axi + Ax2 = Lo + 2mg/k
205
_______ ___________________________________ fíementos tia física-Mecânica i-fnergia Mecânica
8) (ITA-83) Um pêndulo de comprimento t é abandonado na posição indicada na figura e quando
passa pelo ponto mais baixo de sua trajetória tangencia a superfície de um líquido, perdendo em
cada uma dessas passagens 30% da energia cinética que possui. Após uma oscilação completa,
qual será, aproximadamente, o ângulo que o fio do pêndulo fará com a vertical?
I—z---- 1
r—r
I /
I /
I ..x
Solução:
Como não atuam forças dissipativas em M então existe a conservação da energia mecânica
(adote o ponto mais baixo da trajetória para energia potencial nula):
MgL = M.g.2(L - x) + ^— => 2gL= 4g(L - x) + v2 => v2= 2gL - 4gL+4gx v2 = 4gx - 2g L
II) Condição para o fio não afrouxar:
v2 - Mv2min
T + Mg= 0 + Mg = V 2 = (L-x)g
vmin
(L-x) • L-x
III) Condição do problema:
vmin2 => 4gx - 2gL > Lg - gx => 5gx S 3gL => x > 0,6L
V > Vmin => v2 S Vmin
206
____ _____________________________________Elementos da física-Mecânica !-Energia Mecânica
10) (ITA-13) No interior de uma caixa de massa M, apoiada num piso horizontal, encontra-se
fixada uma mola de constante elástica k presa a um corpo de massa m, em equilíbrio na vertical.
Conforme a figura, este corpo também se encontra preso a um fio tracionado, de massa
desprezível, fixado à caixa, de modo que resulte uma deformação b da mola. Considere que a
mola e o fio se encontram no eixo vertical de simetria da caixa. Após o rompimento do fio, a caixa
vai perder contato com o piso se
M
a) b > (M + m) g/k.
b) b > (M + 2m) g/k. A-
c) b > (M - m) g/k.
d) b > (2M - m) g/k. I m |
e) b > (M - 2m) g/k.
Solução: Alternativa B
Mg
Para a caixa perder contato é necessária uma força elástica tal que: kAx = Mg => Ax
k
Pela conservação da energia mecânica:
mgâx +
= mgAx —2rng(bmin + Ax) = k(bmin + Ax)(bmin - Ax) =>
11) (ITA-10) Um pequeno bloco desliza sobre uma rampa e logo em seguida por um “loop” circular
de raio R, onde há um rasgo de comprimento de arco 2R<p como ilustrado na figura. Sendo g a
aceleração da gravidade e desconsiderando qualquer atrito, obtenha a expressão para a altura
inicial em que o bloco deve ser solto de forma a vencer o rasgo e continuar em contato com o
restante da pista.
Solução:
207
_______ _______________________________ Mementos da física-Mecânica i-fnergia Mecânica
12) (ITA-07) Um corpo de massa m e velocidade v0 a uma altura h desliza sem atrito sobre uma
pista que termina em forma de semi-circunferência de raio r, conforme indicado na figura.
Determine a razão entre as coordenadas x e y do ponto P na semi-circunferência, onde o corpo
perde o contato com a pista. Considere a aceleração da gravidade g.
m H
v0
h p
y
O r X
Solução:
Conservação da energia mecânica:
mgh + mv02/2 = mgy + mvp2/2 => vp:2 = 2g(h - y) + v02
mv2 2gh + Vp
Em P a normal é zero: Fcp = Pcos 0 => —- = mg y => 2gh - 2gy + v02 = gy => y=
3g
2
X 3rg
Por Pitágoras: x2 = r2 - y2 -1
y 2gh + v^
13) (ITA-10) No plano inclinado, o corpo de massa m é preso a uma mola de constante elástica k,
sendo barrado à frente por um anteparo. Com a mola no seu comprimento natural, o anteparo, de
alguma forma, inicia seu movimento de descida com uma aceleração constante a. Durante parte
dessa descida, o anteparo mantém contato com o corpo, dele se separando somente após um
certo, tempo.Desconsiderando quaisquer atritos, podemos afirmar que a variação máxima do
comprimento da mola é dada por
k
'rne anteparo
___
a) [ m g sen a + m >/a(2gsena + a)] / k b) [ m g sen a + m ^a (2g cos a + a)] / k
c) [ m g sen a + m ^a(2gsena-a)] / k d) m (g sen a - a ) / k
e) mg sen a / k
Solução: Alternativa C
208
Elementos tia física-Mecânica!-Energia Mecânica
k2Ax2 - (2mgksena)Ax2 + m2(gsena - a)2 =0
mgsena ± m^/aPgsena - a)
Ax2
k
Uma vez que Ax2 > 0, o único sinal admissível é +: Ax2 = m9sena + mVa(29sena a)
k
14) (IME-82) A esfera de um pêndulo tem uma massa de 0,2 kg e é liberada do repouso na
posição mostrada. Sabe-se que o cabo se rompe com uma tração de 5,0 N. Determine o valor de
h para o ponto onde ocorrerá a ruptura. Dados: r = 0,75 m e g = 9,81 m/s2.
-«-------- r----------►
o
h
r/___ L
Solução:
Seja 9 o ângulo formado pelo fio com a horizontal no momento da ruptura,
mv^
Pela conservação da energia mecânica: mgh =—— => v2 = 2gh
mv2 _T h m2gh _T h
No momento da ruptura: Fcp =T-mgsen8 => -mg— -mg—
r r r r
T 3mgh 3.0,2.9,81.h
i =-------- =>
=> = ---------------------
o5 = => h = 0,637 m
r 0,75
15) (IME-84) Um cursor de dimensões desprezíveis e de massa m = 0,250 kg está livre ligado a
uma mola cuja constante é k = 150 N/m e cujo comprimento livre vale 100 mm. Se o cursor é
liberado a partir do repouso em A e se desloca ao longo da guia, sem atrito, determinar a
velocidade com a qual ele atinge o ponto B. Considere a figura contida no plano vertical.
i;
i:
I
I GOOmm
I
I
I
I
,1
B
400mm
209
Elementos da física-Mecânica!-Energia Mecânica
Solução:
kAx^ mvs , kAx| x2
Pela conservação da energia mecânica: A +mghA - .
2
150(0,5)2 +2.0,25.10.0,6 = 0,25vB2+150(0,3)2 => 37,5 + 3 = 0,25vB2 + 13,5 =>
0,25vb2 = 27 => vB = 10,39 m/s2
16) (IME-06) Uma partícula parte do repouso no ponto A e percorre toda a extensão da rampa
ABC, mostrada na figura abaixo. A equação que descreve a rampa entre os pontos A, de
coordenadas (0,h) e B, de coordenadas (h,0),é
y =----- 2x + h
h
enquanto entre os pontos B e C, de coordenadas (h,2r), a rampa é descrita por uma circunferência
de raio r com centro no ponto de coordenadas (h,r). Sabe -se que a altura h é a mínima
necessária para que a partícula abandone a rampa no ponto C e venha a colidir com ela em um
ponto entre A e B.
y
A
c
h
b2 r
I
i
i
0 *----------- h x
Determine o ponto de colisão da partícula com a rampa no sistema de coordenadas da figura
como função apenas do comprimento r. Dado: aceleração da gravidade = g.
OBS: despreze as forças de atrito e a resistência do ar.
Solução:
Para que a partícula abandone a rampa no ponto C, no mínimo, a normal deve ser igual a zero,
como a resultante das forças é a centrípeta, então:
2
P + N = fcp => m.g + 0 = => vc = gr
Conservando a energia nos pontos A e C:
2 5.r
Ema ^Mc => m.g.hA = m.g.hc + —y- => g.h = g.2r + => h = —
2 2
2x2 5r
5r
Assim, a equação da parábola fica igual a y =------- 2x + — .
5r 22 ’
As equações horárias da partícula valem x = ^ - e y = 2r - -^-.
2
2
5r-2x 2r 25r2 - 20rx + 4x2
Eliminando t nestas equações: y = 2r - g_____ r 8r
2L 2,/gr _
Igualando com a equação da parábola:
2x2 o 5r „ 25r2-20rx + 4x2 15±4j5
36x2- 180x+ 145^ = 0 => x= r, onde o
5r 2 8r 6
210
Mementos da física-Mecânica i-ínergia Mecânica
17) (IME-15)
k
,1
-1
h
Uma mola comprimida por uma deformação x está em contato com um corpo de massa m, que se
encontra inicialmente em repouso no Ponto A da rampa circular. O corpo é liberado e inicia um
movimento sem atrito na rampa. Ao atingir o ponto B sob um ângulo 9 indicado na figura, o corpo
abandona a superfície da rampa. No ponto mais alto da trajetória, entra em contato com uma
superfície plana horizontal com coeficiente de atrito cinético p. Após deslocar-se por uma distância
d nesta superfície horizontal, o corpo atinge o repouso. Determine, em função dos parâmetros
mencionados:
a) a altura final do corpo Hf em relação ao solo;
b) a distância d percorrida ao longo da superfície plana horizontal.
Dados:
• aceleração da gravidade: g;
• constante elástica da mola: k;
• raio da rampa circular: h;
Solução:
a) Pelo princípio da conservação da energia mecânica entre os pontos A e B e usando o nível de
kx2 mv2
referência o ponto A: EmA = EmB => EPg + EPe = Ecb => m.g.L cos0 + 2 ~~2
kx^
2mgh cos0 + kx2 = mv2 => v2 = 2gh cos0 +----- (Eq. I)
m
Aplicando-se a equação da altura máxima para o lançamento oblíquo, temos
v2.sen2 0
HF = (h - h cos0) + AH => HF = h (1 - cos0) +
2g
r kx^ sen2 0
Usando v2 da eq. I, temos: HF = h (1 - cos0) + 2ghcos 0 +----- .
I m I 2-g
1 í kx2 hcos30 +
d =---- . 2ghcos0 +----- .cos20 => d = ———. cos20
2pg m 2mp.g
18) (IME-81) Uma esfera de massa M e raio r, desliza sem atrito, a partir do repouso sobre uma
superfície esférica de raio R. A esfera está inicialmente no topo da superfície esférica. Determine
o ângulo 0 que o vetor posição do centro da esfera em relação ao centro da superfície esférica,
forma com a vertical, no momento em que esfera abandona a superfície de deslizamento.
Solução:
mv2 . , „ n
N = 0 => Fcp = m.g.cos 0 => —— = m.g.cos0 => \r = g.R.cos 0
mv2 _
Em0 = Emf => m.g.R —— + m.g.R. cos 0
2
2,g.R = g.R.cos 0 + 2.g.R.cos 0 => 3.cos 0 = 2 => cos0 = —
211
_______________ Elementos da física - Mecânica /- Energia Mecânica
19) (ITA-15) Uma massa puntiforme é abandonada com impulso inicial desprezível do topo de um
hemisfério maciço em repouso sobre uma superfície horizontal. Ao deslocar-se da superfície do
hemisfério, a massa terá percorrido um ângulo 0 em relação à vertical. Este experimento é
realizado nas três condições seguintes, I, II e III, quando medidos os respectivos ângulos 0|, 0u e
©ui-
I. O hemisfério é mantido preso à superfície horizontal e não há atrito entre a massa e 0
hemisfério.
II. O hemisfério é mantido preso à superfície horizontal, mas há atrito entre a massa e o
hemisfério.
III. O hemisfério e a massa podem deslisar livremente pelas respectivas superfícies.
Nesta condições, pode-se afirmar que.
a) 0n < 0i e 0111 < 01-
b) 0ii < 0| e 0111 > 01.
c) 0|| > 0|. e 0111 < 01.
d) 0ii > 0|. e 0IU > 0|.
e) 0i = 0ni.
Solução: Alternativa C
mv, Q
I. N = 0 => Fcp = m.g.cos 0| —= m.g.cos 0| V|2 = g.R.cos 0|
2
2.g.R = g.R.cos 0| + 2.g.R.cos 0| => 3.cos 0, = 2 => cos0,
3
mvU A 2
I II. N = 0 => Fcp = m.g.cos 0N => —1L = m.g. cos 0N => v,i = g.R.cos Ou
R
p' mv^
WFat = Em( - Em0 WFat = —+ m.g.R. cos 0N - m.g.R =>
20) (ITA-02) Um pequeno camundongo de massa M corre num plano vertical no interior de um
cilindro de massa m e eixo horizontal. Suponha-se que o ratinho alcance a posição indicada na
figura imediatamente no início de sua corrida, nela permanecendo devido ao movimento giratório
de reação do cilindro, suposto ocorrer sem resistência de qualquer natureza. A energia
despendida pelo ratinho durante um intervalo de tempo T para se manter na mesma posição
enquanto corre é:
212
Elementos da física-Mecânica !-Energia Mecânica
.cilindro
J camundonga
*a)E = ^g2T2 2
b) E = M g2 T2 C) F
2m
Solução:
Para que
que o cil
módulo ig
Pelo princ
e sentidos
cilindro, acl
Como não há forças dissipativas, toda eJ
cilindro. Como cada Am de massa do cilinu
M2g2
m—
mv2 ma2T2 m
Como v = aT => E
2 2 2
mÇ
M
t
a!
Solução:
A velocidade do cubo é igual à componente horizontal da velocidade da esfera e a aceleração do
cubo é igual à componente horizontal da velocidade da esfera. Seja ã a aceleração da esfera.
Podemos escrever que ã = ãt + ãcp, onde ãt é a componente tangencial da aceleração e ãcp é a
componente centrípeta da aceleração. Assim, a componente horizontal da aceleração da esfera é:
v2
ah =at.sena~ —cosa.
Como o cubo possui este mesmo de aceleração, a força normal de contato com a esfera vale:
y2
N = M.ah = M.at.sena-M. —cosa
v2
No momento de separação dos corpos N = 0: at. sen a = — cos a
213
___________ ____ ___________________________ Mementos da Física-Mecânica 1-Fnergia Mecânica
Portanto, a velocidade da esfera no momento de separação vale v = -JgZ sen a e a velocidade do
cubo neste momento é igual a u = v.sena = sena^/gísena .
m v2 M.v2.sen2g
De acordo com a conservação da energia mecânica: m.g.í = m.g.í.sena + —— +
2
„ . t., . . . , M 2-3.sena
Substituindo obtemos: — = 4.
m sen3 a
22) Dado o pêndulo abaixo, de comprimento 3d, sabe-se que A, B e C são estacas rígidas,
perpendiculares ao plano do papel. Quando soltamos o pêndulo, a partir do repouso, o fio irá se
chocar com a estaca B, retendo um seu pedaço e continuando a oscilar em torno do ponto B. 0
mesmo raciocínio repete-se com o ponto C. Determinar a velocidade do pêndulo quando o fio se
afrouxar.
A?___
/ \
3d
O
/ \
à/ \d
c
___3v d B
Solução:
A? 3d
O
\d
......
d B\
\ 2d
A figura ilustra o movimento do corpo preso ao fio, desde o momento em que é abandonado até o
instante em que o fio afrouxa. A condição para o fio afrouxar é que a tração seja igual a zero:
mv2 7 o
Fcp=P.cos0 => ------ = mgcos0 => \r = gdcos 0 => \r = gh
d
O nível de energia potencial nula será a reta BC. Pela conservação da energia mecânica entre o
instante inicial e o instante em que o fio afrouxa:
3^gd^p- = ^y- + XÍgh (x2) => /dV3 =/h + 2^h 3v2
dV3 = 3h => dV3
g
gdj3
V=
3
214
_______ ________________________________________ Elementos da física-Mecânica!-Energia Mecânica
23) A figura representa um trilho sem atrito, cuja parte em forma de circunferência possui raio R.
Qual a altura H necessária para se abandonar um corpo de modo que, não possuindo velocidade
suficiente para percorrer toda a circunferência, se desprenda do trilho e passe pelo centro da
circunferência.
'i
-R-
H
Solução:
215
fíementos da física-Mecânica i-ínergia Mecânica
Exercícios de Embasamento E3) (UEL-13) Considere a figura a seguir.
Despreze qualquer tipo de atrito.
E1) (UEM-14) Do terraço de um prédio, uma I
M L c
pessoa arremessa uma bola verticalmente •s 30’
V.v. rt B
I I
H1 C
r-'
Antes Depois
A) Identifique, em um diagrama, as forças que
h
atuam no corpo, quando a deformação da
mola é máxima.
Figura 2 B) Determine a velocidade do bloco
Sabe-se, no entanto, que ocorreu um encontro imediatamente antes de se chocar com a mola.
entre ambos, no ponto C e que os dois C) Determine o trabalho realizado sobre o
percorreram suas respectivas trajetórias em bloco pela força gravitacional entre os pontos
um mesmo plano vertical, conforme ilustra a Ae B.
figura 2. Todas as forças de resistência ao D) Determine a deformação máxima sofrida
movimento são desprezíveis. Sabendo-se que pela mola.
a altura h mede 3,60 m e considerando-se g =
10 m/s2, a velocidade relativa de um garoto, E5) (Unesp-10) O Skycoaster é uma atração
em relação ao outro, no instante do encontro, existente em grandes parques de diversão,
tem módulo representado nas figuras a seguir. Considere
a) 12,0 km/h b) 21,6 km/h c) 24,0 km/h que em um desses brinquedos, três
d) 43,2 km/h e) 48,0 km/h aventureiros são presos a cabos de aço e
içados a grande altura. Os jovens, que se
216
Elementos da física - Mecânlcal- Energia Mecânica
movem juntos no brinquedo, têm massas movimento horizontal do atleta (corrida) em
iguais a 50 kg cada um. Depois de solto um movimento vertical, sem perdas ou acréscimos
dos cabos, passam a oscilar tal como um de energia. Na análise de um desses saltos, foi
pêndulo simples, atingindo uma altura máxima obtida a seqüência de imagens reproduzida ao
de 60 metros e chegando a uma altura mínima lado. Nesse caso, é possível estimar que a
do chão de apenas 2 metros. Nessas velocidade máxima atingida pelo atleta, antes
condições e desprezando a ação de forças de do salto, foi de, aproximadamente,
resistências, qual é, aproximadamente, a Altura máxima —•.
máxima velocidade, em m/s, dos participantes do centro de massa
durante essa oscilação e qual o valor da maior
3.2 m
energia cinética, em kJ, a que eles ficam centro de massa
submetidos? do atleta
0,8 m
/ Desconsiderar:
— Efeitos dissipativos.
|»Q-_______ . carrinho
— Movimentos do esqueitista em relação ao esqueite.
217
fíementos da física-Mecânicai-ínergia Mecânica
Exercícios de Embasamento E3) (UEL-13) Considere a figura a seguir.
Despreze qualquer tipo de atrito.
E1) (UEM-14) Do terraço de um prédio, uma l
r m c
pessoa arremessa uma boia verticalmente _30’
* *Á
para baixo. No instante em que a bola deixa a
mão da pessoa, a energia cinética da bola é de
a) O móvel de massa M = 1200 kg é
10 J e, em relação ao solo, a energia potencial
uniformemente acelerado (com aceleração a) a
gravitacional da bola é de 16 J. No instante em
partir do repouso em t = 0 segundos, atingindo
que a bola toca o solo, sua energia cinética é
B, em t = 10 segundos, com a velocidade de
de 20 J. Com base nessas informações,
108 km/h. Calcule a força resultante que atua
assinale o que for correto.
no móvel de A até B.
01) A energia mecânica total da bola no
b) No ponto B, a aceleração a do móvel deixa
instante em que ela toca o solo é de 30 J.
de existir. Calcule a distância BC percorrida
02) A variação da energia potencial
pelo móvel, sabendo-se que ele alcança C no
gravitacional varia linearmente com a altura.
instante t = 15 segundos. Considerando g = 10
04) A quantidade de energia mecânica
m/s2, determine a energia mecânica total do
convertida em outras formas de energia,
móvel em C. Apresente os cálculos realizados
durante o movimento de queda da bola, é de 6
na resolução deste item.
J.
08) No movimento de queda da bola, só atuam
E4) (UFES-12) Um bloco de massa 0,10 kg é
forças conservativas.
abandonado, a partir do repouso, de uma
16) Durante a queda da bola, o trabalho
altura h de 1,2 m em relação a uma mola ideal
realizado pela força peso sobre a bola é
de constante elástica 0,10 N/cm. Como é
positivo.
mostrado na figura rotulada como “Depois”, ao
lado, o bloco adere à mola após o choque. No
E2) (Mackenzie-14) Dois garotos brincam em
desenho, A é o ponto de abandono do bloco, B
uma rampa de “skate”, conforme ilustra a
é o ponto de equilíbrio da mola, e C é o ponto
figura 1. Um desses garotos sai do repouso, do
onde há maior compressão da mola. Despreze
ponto A, em um certo instante, e o outro, do
perdas de energia por atrito.
ponto B, também do repouso, após um
determinado intervalo de tempo. . JZZL
h
Figura 1 i
B Depois
Anrcs
C A) Identifique, em um diagrama, as forças que
h
h/2 atuam no corpo, quando a deformação da
mola é máxima.
Figura 2 B) Determine a velocidade do bloco
Sabe-se, no entanto, que ocorreu um encontro imediatamente antes de se chocar com a mola.
entre ambos, no ponto C e que os dois C) Determine o trabalho realizado sobre o
percorreram suas respectivas trajetórias em bloco pela força gravitacional entre os pontos
um mesmo plano vertical, conforme ilustra a Ae B.
figura 2. Todas as forças de resistência ao D) Determine a deformação máxima sofrida
movimento são desprezíveis. Sabendo-se que pela mola.
a altura h mede 3,60 m e considerando-se g =
10 m/s2, a velocidade relativa de um garoto, E5) (Unesp-10) O Skycoaster é uma atração
em relação ao outro, no instante do encontro, existente em grandes parques de diversão,
tem módulo representado nas figuras a seguir. Considere
a) 12,0 km/h b) 21,6 km/h c) 24,0 km/h que em um desses brinquedos, três
d) 43,2 km/h e) 48,0 km/h aventureiros são presos a cabos de aço e
içados a grande altura. Os jovens, que se
216
Elementos âa Física-Mecânica !-Energia Mecânica
movem juntos no brinquedo, têm massas movimento horizontal do atleta (corrida) em
iguais a 50 kg cada um. Depois de solto um movimento vertical, sem perdas ou acréscimos
dos cabos, passam a oscilar tal como um de energia. Na análise de um desses saltos, foi
pêndulo simples, atingindo uma altura máxima obtida a sequência de imagens reproduzida ao
de 60 metros e chegando a uma altura mínima lado. Nesse caso, é possível estimar que a
do chão de apenas 2 metros. Nessas velocidade máxima atingida pelo atleta, antes
condições e desprezando a ação de forças de do salto, foi de, aproximadamente,
resistências, qual é, aproximadamente, a Altura máxima —•.
máxima velocidade, em m/s, dos participantes do centro de massa
durante essa oscilação e qual o valor da maior li
3,2 m
energia cinética, em kJ, a que eles ficam centro de massa
submetidos? do atleta
0,8 m
217
Elementos da Física-Mecânica i-Energia Mecânica
desse valor na forma de energia cinética.
Imediatamente após se separar do chão, o E12) (UFPE-99) Um bloco de 5,0 kg desliza
módulo da velocidade do atleta é mais próximo num plano horizontal sem atrito com
de velocidade v = 5,0 m/s e choca-se
a) 10,0 m/s b) 10,5 m/s c) 12,2 m/s elasticamente contra uma mola de constante
d) 13,2 m/s e) 13,8 m/s elástica k = 500 N/m, como indicado na figura.
Calcule a compressão máxima sofrida pela
E10) (Fuvest-14) No desenvolvimento do mola, em cm.
sistema amortecedor de queda de um elevador
de massa m, o engenheiro projetista impõe
que a mola deve se contrair de um valor
máximo d, quando o elevador cai, a partir do
repouso, de uma altura h, como ilustrado na
figura ao lado. Para que a exigência do
projetista seja satisfeita, a mola a ser
empregada deve ter constante elástica dada
por ______ E13) (AFA-09) Uma partícula é abandonada de
uma determinada altura e percorre o trilho
m esquematizado na figura abaixo, sem perder
contato com ele.
v
\
h I
2r) 3R ;
i /
•rr
começa a deslizar e percorre todo o do ar. A razão H/h é igual a
escorregador. Determine
a) a energia cinética E e o módulo Q da
quantidade de movimento da criança, na
metade do percurso;
b) o módulo F da força de contato entre a
criança e o escorregador;
■ 1 '□i
c) o módulo a da aceleração da criança.
Note e adote:
Forças dissipativas devem ser ignoradas.
A aceleração local da gravidade é 10 m/s2.
sen30° = cos60° = 0,5
sen60° = cos30° = 0,9 a) 4/3 b) 3/2 c) 2 d) 3 e) 4
218
Elementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
o aro numa posição P em uma barra horizontal
E15) (ITA-75) A variação da energia cinética fixa ao longo da qual o aro pode deslizar sem
de uma partícula em movimento, num dado atrito. Soltando o aro do ponto P, qual deve ser
referencial inercial, entre dois pontos distintos sua velocidade, em m/s, ao alcançar o ponto T,
P e Q é sempre igual a 2m de distância?
I. à variação da energia potencial entre esses T 2m P
dois pontos, a menos de sinal, quando a força
resultante aplicada à partícula por
conservativa. 2m
II. ao trabalho da resultante das forças
aplicadas à partícula para deslocá-la entre O
esses dois pontos.
III. à variação de energia potencial entre esses a) 7w b) c) ,/23,4
219
Elementos Ha Física-Mecânica!-Energia Mecânica
E21) (IME-14) Um bloco, que se movia à
velocidade constante v em uma superfície
horizontal sem atrito, sobe em um plano
inclinado até atingir uma altura h,
permanecendo em seguida em equilíbrio 3
estável. Se a aceleração da gravidade local é
g, pode-se afirmar que
a) v2 = 2gh. b) v2 > 2gh. c) v2 < 2gh.
d) v2 = gh/2 e) v2 = 4gh.
220
[tememos da física-Mecânica i-fnergia Mecânica
Exercícios de Fixação d) 0,4m e) 0,5m
'p
r ■ „ 4
30'
2,40 m
0,350 m
I ■75
& '■ s; •% tí. I•
A 7- ’
& £•
221
Mementos da Física-Mecânica i-fnergia Mecânica
b) Suponha que o Homem-aranha, em queda
livre, lance verticalmente um cabo de fios de
teia de aranha para interromper a sua queda.
Como ilustra a figura (2a), no momento em que
o cabo se prende, a velocidade de queda do
fora de escala
hA
Homem-aranha tem módulo Vo. No ponto de
30 m
altura mínima mostrado em (2b), o cabo de
teia atinge uma deformação máxima de AL =
Os esquiadores partem do repouso no ponto A 2,0m e o Homem-aranha tem, nesse instante,
e percorrem a pista sem receber nenhum velocidade V = 0. Sendo a constante elástica
empurrão, nem usam os bastões para alterar do cabo de teia de aranha, neste caso, k =
sua velocidade. Adote g = 10 m/s2 e despreze 7700N/m, calcule Vo.
o atrito e a resistência do ar.
a) Se um esquiador passar pelo ponto B da F7) (Unicamp-13) Em agosto de 2012, a NASA
pista com velocidade 10%/2 m/s, com que anunciou o pouso da sonda Curiosity na
superfície de Marte. A sonda, de massa m =
velocidade ele passará pelo ponto C?
1000kg, entrou na atmosfera marciana a uma
b) Qual a maior altura hA do ponto A, indicada
velocidade v0 = 6000m/s .
na figura, para que um esquiador não perca
a) A sonda atingiu o repouso, na superfície de
contato com a pista em nenhum ponto de seu
Marte, 7 minutos após a sua entrada na
percurso?
atmosfera. Calcule o módulo da força
resultante média de desaceleração da sonda
F6) (Unicamp-08) Nas cenas dos filmes e nas
durante sua descida.
ilustrações gráficas do Homem-aranha, a
b) Considere que, após a entrada na atmosfera
espessura do cabo de teia de aranha que seria
a uma altitude h0 = 125 km, a força de atrito
necessário para sustentá-lo é normalmente
reduziu a velocidade da sonda para v = 4000
exagerada. De fato, os fios de seda da teia de
m/s quando a altitude atingiu h = 100 km. A
aranha são materiais extremamente
partir da variação da energia mecânica, calcule
resistentes e elásticos. Para deformações AL
o trabalho realizado pela força de atrito neste
relativamente pequenas, um cabo feito de teia
trecho. Considere a aceleração da gravidade
de aranha pode ser aproximado por uma mola
de Marte, neste trecho, constante e igual a
de constante elástica k dada pela fórmula g Marte = 4 m/s2.
k=^1010^N/m,
onde L é o comprimento
F8) (Fuvest-06) Uma pista de skate, para
inicial e A a área da seção transversal do cabo. esporte radical, é montada a partir de duas
Para os cálculos abaixo, considere a massa do rampas Ri e R2, separadas entre A e B por
Homem aranha M = 70kg. uma distância D, com as alturas e ângulos
indicados na figura. A pista foi projetada de tal
forma que um skatista, ao descer a rampa Ri,
salta no ar, atingindo sua altura máxima no
ponto médio entre A e B, antes de alcançar a
rampa R2.
91 < \ R2 B A
|T
Rl/iqj ÍH0 = 8.0m
i?h y Mi
o0 = qn°
30° 1 □ 10 = 30°
'j
a) Determine o módulo da velocidade VA, em
m/s, com que o skatista atinge a extremidade
A da rampa Ri.
X''; v = o b) Determine a altura máxima H, em metros, a
(D partir do solo, que o skatista atinge, no ar,
(2a) (2b) entre os pontos A e B.
a) Calcule a área A da seçao transversal do c) Calcule qual deve ser a distância D, em
cabo de teia de aranha que suportaria o peso metros, entre os pontos A e B, para que o
do Homem-aranha com uma deformação de skatista atinja a rampa R2 em B, com
1,0 % do comprimento inicial do cabo. segurança.
222
Elementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
b
F9) (UFPE-00) A figura mostra um bloco de
0,10kg inicialmente forçado contra uma mola
de constante elástica k=480N/m,
comprimindo-a de 10cm. Ao se soltar, o bloco k r\
desliza sobre uma superfície horizontal lisa, •xAOOÕOO-z*' /\ —
exceto no trecho AB, de 50cm, onde o B
coeficiente de atrito cinético é igual a 0,25. Em
seguida o bloco sobe uma rampa sem atrito,
retornando posteriormente à superfície
horizontal podendo atingir a mola. Quantas k k k
a) d. b) d c) 2d
vezes o bloco passará pelo ponto A antes de M + tn M-m M+m
parar completamente? 2k . d I Mmk
d) d. e) —
I7 M-m M llM + m
223
Mementos da Física-Mecânica i-Fnergia Mecânica
atrito desprezível e o trecho CD, de
comprimento igual a 1,0 m, possui atrito cujo F16) (EN-14) Um pêndulo, composto de um fio
coeficiente cinético é 0,20.73. Despreze a ideal de comprimento L = 2,00 m e uma massa
resistência doar e considere a energia M = 20,0 kg, executa um movimento vertical de
potencial gravitacional zero no nível BC. Após tal forma que a massa M atinge uma altura
passar pela posição D, a máxima energia máxima de 0,400 m em relação ao seu nível
potencial gravitacional (em joules) atingida mais baixo. A força máxima, em newtons, que
pelo bloco é agirá no fio durante o movimento será
Dado: |g| = 10,0 m/s2 Dado: |g| = 10,0 m / sz
A v - a) 280 b) 140 c) 120 d) 80,0 e) 60,0
Fr
0.80 m
D
F17) (ITA-72) Um bloco de massa m = 3,0 kg
desce uma rampa, a partir do ponto P onde
L B X X C
30°
estava em repouso. De P até Q o atrito é nulo,
mas de Q a R a superfície oferece um
a) 14,0 b) 13,0 c)12,0 d) 11,0 e) 10,0 coeficiente de atrito cinético igual a 0,25. No
trajeto de Q a R o bloco encontra uma mola
F15) (EN-11) Um bloco é solto de certa altura horizontal de constante elástica k = 1,5 x 10 5
sobre uma mola ideal vertical que possui N/m. Nestas condições, os trabalhos
constante elástica K, como mostra a figura 1. realizados sobre o bloco pelas forças de
O bloco passa a ficar preso à mola (despreze gravidade, de atrito e da mola (T g, T,, T M),
as perdas nesta colisão) comprimindo-a a te até que o corpo chegue ao repouso
parar momentaneamente. A figura 2 mostra o comprimindo a mola, serão aproximadamente:
gráfico da Energia Cinética (Ec) do sistema /\m
mola - bloco em função da deformação da P
u
mola (y). Sabe-se que Ec é medida em joules e
y em metros. Analisando o gráfico, conclui-se 2, Om
que o valor da constante elástica K, em N/m, é
1 I
I-
! R
---- 4, Om
T. Ta T M joules
A) 60 30 30
§ B) -60 28 41
i
K C) 60 -30 26
D) 60 30 30
E) 60 - 30 -30
//////////
Figura 1 F18) (ITA-72) Na questão anterior a mola sofre
800 uma compressão de aproximadamente :
oL
i.. 7 f presa a uma mola de constante elástica k,
girando um círculo horizontal de raio R, com
o 0.6 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 velocidade angular constante. Para diferentes
Figura 2 Y(m> velocidades angulares da partícula (em
movimento sempre angular) a energia cinética
a) 200 b) 300 c) 400 d) 450 e) 500 desta (Ec) pode ser expressa, em função do
224
Elementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
raio do círculo, pelo gráfico (Ro é o F24) (ITA-82) Sobre um plano inclinado de um
comprimento da mola não deformada): ângulo a sobre o horizonte fixa-se um trilho
ABCDE composto das porções: AB = DE = L
(na direção do declive do plano inclinado) e da
semi-circunferência BCD de raio R, à qual AB
e ED são tangentes. A partir de A lança-se
uma bolinha ao longo de AB, por dentro do
trilho. Desprezando todos os atritos e
resistências, podemos afirmar que a mínima
Ie velocidade inicial que permite que a bolinha
descreva toda a semi-circunferência BCD é:
o o
■« 'c
225
fiementos da física-Mecânica i-fnergia Mecânica
a) 4 R/3. a) 3,0 x 103 N/m b) 4,5 x 103 N/m
c)7,5x103N/m d) 1,2 x 104 N/m
b) 5 R/4. A e) 3,0x104 N/m
226
Elementos tia Física - Mecânica /- Energia Mecânica
qualquer atrito.
1“
A B
wd
cabo elástico.
b) Se a máxima aceleração desejada pelos
responsáveis pelo brinquedo é igual a 30m/s2
(3g) verifique se este valor é ultrapassado
calculando o valor da máxima aceleração a
que o jovem fica submetido.
227
Elementos Ha Fisica-Mecânica!-Energia Mecânica
m
-G
a a h
b -G
Z1
a) Qual é a força que a superfície exerce sobre
o bloco na base (ponto A)? E no ponto B, onde
A B acaba a superfície?
a) a medida “b” em metros; b) A que distância do ponto A o bloco atinge a
b) a máxima velocidade alcançada pelo corpo superfície horizontal?
cilíndrico G durante a queda (deixe indicada a
raiz quadrada). F40) (QBF-08) Um bloco de massa m é
liberado do repouso sobre um plano inclinado
F38) (OBF-07) Um anel de massa m = 40 g de uma altura H. O bloco desliza sobre o plano
está preso a uma mola e desliza sem atrito ao com atrito desprezível até sua base, quando
longo de um fio circular de raio R = 10 cm, então desliza sobre uma superfície rugosa com
situado num plano vertical. A outra coeficiente de atrito cinético p, chocando-se
extremidade da mola é presa ao ponto P que com uma mola de constante elástica k,
se encontra a 2 cm do centro O da comprimindo-a de x e parando
circunferência. Calcule a constante elástica da momentaneamente; a mola em seguida se
mola para que a velocidade do anel seja a distende, arremessando o corpo de volta ao
mesma nos pontos B e D, sabendo que ela plano inclinado e esse sobe a uma altura h. A
não está deformada quando o anel estiver na distância percorrida pelo corpo sobre a
posição B. superfície rugosa até o momento do repouso
momentâneo é igual a d. Qual a expressão
que determina a altura h que o corpo sobe?
m
H
k
A B
228
Elementos da Física-Mecânica i-Fnergia Mecânica
F42) Um bloco de massa m = 5 kg, deslizando vertical de raio r. Mostre que a diferença entre
sobre uma mesa horizontal, com coeficiente de o valor máximo da tensão Tmáx na corda e seu
atrito cinético e estático 0,5 e 0,6, valor mínimo Tmm é independente da
respectivamente, colide com uma mola de velocidade v0 da bola quando medido no ponto
massa desprezível, de constante de mola k = mais baixo da circunferência e determine Tmâx
250 N/m, inicialmente na posição relaxada. O Tmin.
bloco atinge a mola com velocidade de 1 m/s.
a) Qual a deformação máxima da mola? b) F47) Um corpo de massa m avança pela
Que acontece depois que a mola atinge sua superfície de uma cúpula hemisférica de raio
deformação máxima? c) Que fração da energia R. Considerando que a velocidade inicial do
inicial é dissipada pelo atrito nesse processo? corpo é v0 e este se encontrava à altura h0 da
base da cúpula no instante inicial, determinar a
F43) Um corpo de massa m = 300 g, enfiado força normal exercida pelo corpo sobre a
num aro circular de raio R = 1 m situado num cúpula quando este se encontra a uma altura h
a.
plano vertical, está preso por uma mola de da base da mesma.
constante elástica k = 200 N/m ao ponto C, no
topo do aro. Na posição relaxada da mola, o
corpo está em B, no ponto mais baixo do aro.
Iê
Se soltarmos o corpo em repouso a partir do
ponto A indicado na figura, com que F \l h
velocidade ele chegará a B?
Õ\
T~
b z"
I -'C
JI T
Exercícios de Aprofundamento
A1) (UESPI-12) As figuras A e B a seguir
mostram dois instantes do movimento
descendente de um bloco de massa 1 kg sobre
•<------------- c----------------- ►
um plano inclinado de 0 = 37° com a
horizontal. A mola indicada é ideal, com
F45) Com relação ao problema anterior,
constante elástica de 200 N/m. Na figura A, o
supondo que seja dada uma altura h, mostre
bloco tem velocidade de 4 m/s, e a mola está
que a velocidade em C é independente da comprimida de 5 cm. Na figura B, o bloco tem
altura b e determine a altura b para que a
velocidade de 2 m/s, e a mola está comprimida
distância c seja máxima (calcule também o
de 15 cm. Existe atrito entre o bloco e o plano
correspondente valor de c.)
inclinado. Considerando sen(37°) = 0,6 e
cos(37°) = 0,8 e a aceleração da gravidade 10
F46) Uma bola de massa m, presa a uma m/s*, qual é a energia dissipada pelo atrito
corda inextensível, gira numa circunferência
229
fíementos da física-Mecânica i-ínergia Mecânica
entre os instantes mostrados nas figuras A e vertical. Nesse ponto determine: (Considere g
B? = 10m/s2).
Figura A a) a velocidade da esfera;
b) a componente do peso da esfera na direção
g do fio (direção radial);
c) a força centrípeta sobre a esfera; e
d) a tração no fio.
1
L/2i n*Í60° L = 80 cm
X
Figura B
g
< I
60°'1 % A
C
X
D) 4,6 J E) 5,2 J
A4) (UFRJ-04) Uma bolinha de gude de
A2) (UFG-07) Uma bolinha de massa m é dimensões desprezíveis é abandonada, a
lançada, por uma mola horizontal de constante partir do repouso, na borda de um hemisfério
elástica k , em uma rampa lisa de ângulo de oco e passa a deslizar, sem atrito, em seu
inclinação 0 com a horizontal que possui no interior.
topo uma curva de raio R, conforme figura
abaixo. posição onde foi
abandonada a
bolinha
/ ••'r
<Z D
230
Mementos da Física-Mecânica l-ínergla Mecânica
4.d' = L2-^!.
\ V2 .m
2,0 m
2ghd2 E
5. d' 'd2 -
V2
6. d' = d
7. d' = d - YÍ a) o módulo da velocidade ao passar pelo
ponto C;
2g b) a distância vertical, correspondente ao
desnível h;
A6) (AFA-12) Uma pequena esfera de massa c) a distância DE, sabendo-se que o bloco
m é mantida comprimindo uma mola ideal de atinge o final da rampa com velocidade nula no
constante elástica k de tal forma que a sua ponto E.
deformação vale x. Ao ser disparada, essa
esfera percorre a superfície horizontal até A8) (EN-12) O bloco uniforme de massa m =
passar pelo ponto A subindo por um plano 0,20 kg e altura H = 20 cm oscila comprimindo,
inclinado de 45° e, ao final dele, no ponto B, é alternadamente, duas molas dispostas
lançada, atingindo uma altura máxima H e verticalmente (ver a figura abaixo). Despreze
caindo no ponto C distante 3h do ponto A, os atritos. As molas, de constantes ki = 1,0.103
conforme figura abaixo. N/m e k2 = 2,0.103 N/m, possuem massas
desprezíveis e, quando não deformadas, tem
suas extremidades separadas pela distância d.
/B H Sabe-se que as molas sofrem a mesma
h compressão máxima h = 10 cm. No instante
(ijWMJ! A45° D em que o centro de massa C do bloco estiver
I----- 3/7—------------H
HCC eqüidistante das molas, a sua energia cinética,
Considerando a aceleração da gravidade igual em joules.é
age desprezando quaisquer formas de atrito,
pode-se afirmar que a deformação x é dada
por
a) |3m9h | b) 2^ h5
lõ k J mg
í5 mgHf2
dl
d
12 k J d) 3-----
l mg J
h
A7) (EN-04) Num plano inclinado com atrito
desprezível e inclinação de 60°, encontramos
um bloco de massa 2,0 kg apoiado sobre uma
mola ideal cuja constante elástica é igual a k =
200 N/m, comprimida de 40 cm a partir de sua Dado: |g| = 10m / s2
posição de relaxamento, e a seguir liberada. O a) 4,8 b) 5,0 c) 5,2 d) 7,3 e)7,5
bloco sobe o trecho da rampa inclinada BC
cuja extensão é de 60 cm atingindo a rampa A9) (ITA-56) Num plano vertical está colocado
DE, chegando ao ponto D com vetor um trilho com a forma da figura, sendo que, de
velocidade tangente à rampa. Sabendo-se que A até B tem-se uma semi-circunferência de
a distância horizontal CD vale 2,0 m, o raio r = 1,0 m. A partir da altura h = 1,2 m
coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a abandona-se um pequeno corpo que desliza
rampa DE é igual a 0,8 e que g = 10,0 m/s2. sem atrito sobre o trilho, devido à ação da
Calcule: gravidade.
a) Quais as coordenadas do ponto P no qual a
massa abandona o trilho caindo depois
livremente?
b) Nesta queda livre, em que posição a massa
corta o eixo dos y?
231
Elementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
* y A12) (ITA-05) Um objeto pontual de massa m
Bi desliza com velocidade inicial v , horizontal, do
topo de uma esfera em repouso, de raio R. Ao
h \p escorregar pela superfície, o objeto sofre uma
força de atrito de módulo constante dado por f
J. = 7 mg / 4n. Para que o objeto se desprenda
O.\ x da superfície esférica após percorrer um arco
de 60° (veja figura), sua velocidade inicial deve
iA^ ter o módulo de
a) 72gR/3 m V
b) 73gR/2
R 60”
A10) (ITA-99) Um pêndulo é constituído por c) /egR/2
uma partícula de massa m suspensa por um d) 37gR/2
fio de massa desprezível, flexível e
inextensível, de comprimento L. O pêndulo é e) 3^R
solto a partir do repouso, na posição A, e
desliza sem atrito ao longo de um plano de
inclinação a, como mostra a figura. Considere A13) (IME-10)
que o corpo abandona suavemente o plano no Siniacào n
ponto B, após percorrer uma distância d sobre
ele. A tração no fio, no instante em que o corpo h
deixa o plano, é:
m /
Qa
L
h/2
h/3 ~ ■
B
0
Na Situação I da figura, em equilíbrio estático,
a) mg (~) cos a b) mg cos a a Massa M, presa a molas idênticas, está a
uma altura h/3. Na Situação II, a mola inferior é
c) 3 mg (^) sen a d) mg (£) sen a subitamente retirada. As molas, em repouso,
têm comprimento h/2. O módulo da velocidade
e) 3 mg. da Massa M na iminência de tocar o solo na
Situação II é:
A11) (ITA-02) Uma massa é liberal a partir do Observação: g: Aceleração da Gravidade
repouso de uma altura h acima do nível do a) 4gh/[2x/2] b)3gh/[2>/2]
solo e desliza sem atrito em uma pista que
termina em um “loop” de raio r, conforme c) 2gh/[2>/2] d) gh / [2^2]
indicado na figura. Determine o ângulo 0 e)0
relativo à vertical e ao ponto em que a massa
perde o contato com a pista. Expresse sua A14) (IME-13)
resposta como função da altura h, do raio r e
da aceleração da gravidade g.
i
R
h>r
232
Elementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
da força resultante sobre o objeto é Jl7rng, suspensão do pêndulo. Abandona-se do
repouso o corpo na posição horizontal.
sendo g a aceleração da gravidade. A altura
Determine o maior valor de d para que o corpo
máxima hmax que o objeto atinge na rampa é:
descreva um círculo completo tendo o prego
a)3R b) (a/17 -1)R c)(VT7+1)R
como centro.
d) (VÍ7 + 2)R e) 18R
CO h—/—*i
colocadas, como ilustrado, na correia
transportadora que está desacoplada de seu
motor. A caixa 1 está mais à direita da parte
horizontal da correia. Se o sistema é liberado
do repouso, determine a velocidade da caixa 1
A16) Uma mola, de rigidez k e longitude /, está quando cai da correia no ponto A. Suponha
em posição vertical sobre uma mesa. Desde que os pesos da correia e dos cilindros são
uma altura H em relação ao nível da mesa pequenos em comparação com os pesos das
deixa-se cair uma bola de massa M. Qual a caixas.
velocidade máxima que terá a bola durante
seu movimento descendente. Despreza-se o
atrito.
.1,95 m.
4
.1,95 m.
n3 n2
.1.95 m ----------.1,95 m.
1 B
1
O "T
1.50 m
t/ A
l
VZZZZZZZZZZ; A20) Dois pontos materiais de massas M e m
estão unidos entre si por meio de um fio que
A17) Um arame é dobrado em forma de arco passa em A por uma polia fixa. A massa m
com raio R. No arame foi colocada uma conta, pende verticalmente; a maior M descansa
que pode movimentar-se ao longo do arame sobre um plano inclinado liso que forma um
sem atrito. No momento inicial a conta ângulo a com a vertical. M inicia seu
encontrava-se no ponto O. Qual velocidade movimento, deslizando ao longo do plano, sem
horizontal é necessário transmitir à conta, a fim velocidade inicial, partindo do ponto Bo situado
de que a mesma, percorrendo parte do trajeto na vertical de A. Demonstrar que o ponto M
no ar, caísse novamente no ponto B no efetua oscilações de amplitude
arame? 2m(M - m)h cos a
x = B0B , sendo h = B0A e
m2 - M2 cos2 a
cumprindo-se a condição: M.cos a< m < M.
h 2>
A18) O fio indicado na figura abaixo possui
comprimento / tem preso em uma extremidade a ;
um corpo de massa m. Um prego está
colocado a uma distância d abaixo do ponto de
233
Elementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
R • m
234
Elementos da Física-Mecânica!-Energia Mecânica
A.
mecânica da esfera, medida em relação ao
ponto mais baixo do aro, vale 1,5mgR, onde g
é o módulo da aceleração da gravidade.
r
Despreze a resistência do ar.
a)_r_ b) C)-^_
' M+m 5M 2M + 3m
m
d)' —
M+m
e)'
2M + m
a) Calcule o módulo da aceleração tangencial
da esfera quando ela atinge o ponto mais alto
de sua trajetória. A29) Um pequeno corpo está localizado na
b) Calcule a força normal exercida pelo aro parte superior de uma esfera lisa, que está fixa
sobre a esfera quando ela atinge o ponto mais no solo. Devido a uma pequena perturbação, o
alto de sua trajetória (indique claramente o corpo desliza pela superfície da esfera até
módulo, a direção e o sentido). determinado ponto, para depois percorrer uma
trajetória parabólica no ar até colidir com o
A27) (OBF-04) Considere um trilho sem atrito solo.
na forma do arco 2tc - 28 de uma
circunferência de raio R, como representado
na figura.
235
Elementos üa Física - Mecânica i-Energia Mecânica
relação ao elevador e obtemos o valor de
A31) Um corpo de massa m está ligado a uma 0,6 m/s2.
barra de massa desprezível e comprimento R, II. Colocamos o plano inclinado fora do
fixa no ponto O. O sistema é solto a partir do elevador (sobre uma mesa fixa) e deixamos
repouso como na figura. Determine a os corpos partirem do repouso e se
velocidade do corpo quando sua aceleração moverem durante 1 s.
tiver direção horizontal. Determine a variação de energia mecânica do
sistema na experiência II.
Dados: g = 10 m/s2 e cos 0 = 0,6.
0
O)<
d) 2,/Rg e) V2Ri
a) 7 cm b)11cm c)15cm d) 19 cm
e) impossível determinar H
A J
d
A33) Na figura, temos um plano inclinado de 0
em relação à horizontal. Os fios e polias são Considerando que o bloco pare no ponto B e
ideais e as massas de A e B são iguais a m. O que h = 0,15H e d = 3H, calcule a porcentagem
coeficiente de atrito entre os corpos e o plano da energia total dissipada pela força de atrito.
é o mesmo para A e B. Com o plano inclinado
são feitas duas experiências: A36) Na figura, um corpo de massa m, preso a
I. O plano é colocado em um elevador que tem um fio de comprimento L, é solto a partir do
aceleração para cima de 5 m/s2 em relação
repouso, da posição A, em um plano vertical.
à Terra. É medida a aceleração de B em
Há um prego P situado a uma distância 0,8 L
236
Elementos da Física - Mecânica !- Energia Mecânica
abaixo do ponto onde o fio é preso. O módulo 15 m/s. O cabo atinge o dobro de seu
da aceleração resultante sobre o corpo é o comprimento normal quando a pessoa atinge o
mesmo no ponto A e na posição mais baixa, ponto mais baixo de sua trajetória. Determine a
imediatamente antes do fio encostar no prego. constante elástica do cabo. Despreze a
resistência do ar e adote g = 10 m/s2.
A)256 N/m B)288 N/m
C)64 N/m D)72 N/m
E)128 N/m
0,8L
A39) Um bloco de massa m está se
deslocando sobre um plano horizontal com
velocidade Vo (ver figura). O trecho ABDC tem
J_ Pi raio de curvatura constante e centro de
curvatura em O. Desprezando dissipações de
0 corpo continua seu movimento circular para
energia, podemos afirmar que a força que o
a esquerda após o fio encostar no prego.
bloco aplica sobre o apoio, em D, vale:
Determine o valor de cos a, em que a é o (g é a gravidade local)
ângulo formado entre o fio e a vertical, na c
subida, no instante em que a direção da
aceleração do corpo é horizontal.
d ok^-i B
i )
A37) Um bloco muito fino, de massa m e de i /
comprimento igual a L, é colocado sobre um i m i---- >vo i
ZZZ/////Z A
plano inclinado de a com a horizontal,
conforme a figura. A superfície do plano é A)^+| ’v02 3
perfeitamente lisa entre os pontos Q e P. A B) m —+—-g
d 2 a
partir daí, a superfície é rugosa. O bloco é
homogêneo, de seção constante, mas o
polimento na parte AB é diferente do polimento D)
na parte BC, de modo que o coeficiente de
atrito entre o plano e a parte AB vale pi-i e entre
o plano e a parte BC vale p2. Após passar pelo
ponto P, o corpo percorre uma distância d até
MS-ll
encostar na mola, de constante elástica k. A40) (ITA-18) Na figura, presa a um fio de
Determine a velocidade máxima atingida pelo comprimento de 1,0 m, uma massa de 1,0 kg
bloco. gira com uma certa velocidade angular num
Dados: plano vertical sob a ação da gravidade, com
AB = BC = L/2, L = 1 m, d = 2 m, f = 2 m, pi = eixo de rotação a h = 6,0m do piso. Determine
0,6, ji2 = 0,4, sen a = 0,6, m = 10 kg, g = 10 a velocidade angular mínima dessa massa
m/s2 e k = 100 N/m. para a ruptura do fio que suporta no máximo a
tração de 46N, bem como a distância ao ponto
P do ponto em que, nesse caso, a massa
tocará o solo.
h
A38) Bungee jumping é um esporte radical,
muito conhecido hoje em dia, em que uma IHIIIIlíTllllllIlrtllllilllllllilHIilI
pessoa salta de uma grande altura, presa a um
cabo elástico. Considere o salto de uma
pessoa de 72 kg. A velocidade máxima
atingida pela pessoa durante a queda é de
237
IMPULSO
Considere uma partícula de massa m sobre a qual atua uma força resultante F. A 2a Lei de
— dp
Newton pode ser expressa da seguinte forma F= , onde p = mv. Desenvolvendo esta
dt '
expressão tem-se:
«2 *2 _
p= dp jFdt = m j dv j Fdt = mv2 -mv,
Fdt = d(mv) =>
dt
‘1 v.
*2 _
Sabe-se que mv é a quantidade de movimento da partícula. A integral jFdt é
ti
conhecida como o impulso da força F, calculada no intervalo de tempo que vai de t, até t2, sendo
•2 _
representada por T = j Fdt. Caso a força F seja constante pode-se escrever esta integral na
<1
forma T = F.At. Nas unidades do SI, a magnitude do impulso de uma força é expressa em N.s.
Pela definição de Newton, tem-se que N.s = (kg.m/s2).s = kg.m/s
Perceba que o impulso é uma grandeza vetorial, que possui mesma direção e sentido da
força F. Decompondo F em coordenadas retangulares:
*2 *2 l2 l2
T= j(Fxi+Fyj+Fzk)dt => T = TjFxdt+ j J Fy dt + k J Fzdt => T = lxT + ly j + lzk
*1 t, t, t.
Sabe-se que toda definição física representada por um integral possui uma interpretação
gráfica. Deste modo, em um gráfico F x t, o módulo do impulso, entre os instantes t, e t2 em cada
uma das direções x, y e z, é igual a área compreendida entre a linha do gráfico e o eixo do tempo.
A figura abaixo mostra a variação temporal das componentes Fx, Fy e Fz de uma força F. Do
exposto anteriormente segue que A1 = |lx|, A2 = |ly| e A3 = |lz|.
‘■'J P-.
A,
A2
O 'l l2 t O '1 l2 t o 'l '2 t
A equação mv1 +T = mv2 demonstra que quando sobre uma partícula atua uma força F
durante um intervalo dado, a quantidade de movimento final mv2 da partícula pode ser calculada
pela soma vetorial de sua quantidade de movimento inicial mv1 e o impulso da força F durante 0
intervalo de tempo considerado. Como a quantidade de movimento e o impulso são grandezas
vetoriais, determinam-se três equações, cada uma em um eixo:
238
________ _________________________ Mementos da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
Os valores de lx, ly ou l2 podem ser negativos. Para tanto basta que a respectiva
componente da força esteja no sentido dos valores negativos do eixo. Por exemplo, suponha uma
força constante F de módulo 20 N está atuando que um corpo de massa m = 10 kg, que se move
para a esquerda em uma superfície horizontal.
F
10 kg
+ —►
X
-20
FORÇA MÉDIA
Suponha que o módulo de uma força F, que atua sobre um corpo de massa m, varia com
o tempo de acordo com o gráfico da figura 1 abaixo.
F“ F4
Fm
Ai
A2
> *
t t
Figura 1 Figura 2
239
fiementos da física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
CENTRO DE MASSA
Sejam m-i e m2 duas partículas separadas por uma distância d, conforme ilustrado na figura
seguinte. Adota-se um sistema unidimensional x com origem coincidindo com m, e que passa por
m2. Seja Xj a posição da partícula i, para i = 1 e 2. Neste sistema tem-se Xt = 0 e x2 = d.
XCM
-►
CM ^m2 x
d ----- >
Suponha agora que n partículas m,, m2, ..., mn estão distribuídas no espaço. Estas
partículas são consideradas pontos materiais, implicando que suas dimensões são desprezíveis
em comparação com outras distâncias relativas ao experimento como, por exemplo, as distâncias
entre as partículas. Um sistema de referência tridimensional inercial Oxyz é adotado para medir a
posição das n partículas. Deste modo, o vetor posição r, mede a posição da partícula de massa
mi, para 1 < i < n, neste sistema.
rri2
f2
y
-►
O vetor posição que define o centro de massa (CM) do sistema formado pelas n partículas
é dado por rCM = —m2[2 + ■ ■ ■ + mnrn Assjmi as coordenadas do centro de massa, no sistema
m, +m2 + ... + mn
Oxyz, são dadas por:
Utilizando a linguagem de vetores pode-se escrever que rCM = xCMi + yCM] + zCMk .
240
_______ _____________________ Elementos da física - Mecânica /- Impulso e Quantidade de Movimento
Como 0 vetor velocidade é obtido derivando no tempo o vetor posição, a velocidade do
centro de massa é dada por vCM = . Deste modo, segue que:
dt
m1v1+m2v2+... + mnvn
Vcm
m, +m2 + ... + mn
mi ITI2 X
—►
0 L
Perceba que se m-, = m2 o CM coincide com o ponto médio do segmento que liga os dois
corpos, resultado já esperado.
Suponha agora que os corpos A, B, C e D estão localizados em um plano conforme
indicado na figura. As massas de cada um também estão indicadas na figura. Determine o centro
de massa do sistema.
. k y (cm)
4
, 2m ]
3 •--?*>m
1
1
| 2m
A,
—►
3m 1 2 3 4 x (cm)
241
F/ementos da Física-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
CORPO RÍGIDO
Todo corpo rígido pode ser interpretado como um conjunto muito grande de partículas que
+ m2r2 + ... + mnf„
estão extremamente próximas. Assim, teoricamente, a expressão fCM =
m, +m2 + ... + mn
ainda é válida para o cálculo do vetor posição do centro de massa de um corpo rígido, porém,
devido ao número muito grande partículas, sua aplicação é muito complicada. Como as partículas
estão muito próximas, pode-se admitir uma distribuição contínua de massa. As partículas tornam-
se infinitesimais de massa dm e as somas que resultam nas coordenadas do CM se tornam
integrais, a saber:
Caso o corpo seja homogêneo, a massa é distribuída de forma uniforme ao longo de todo
o volume. Assim, pode-se afirmar que a densidade p do corpo é dada por p = —= —. Assim, as
V dv
expressões das coordenadas do CM de um corpo rígido ficam da forma:
Quando o corpo possuir uma das dimensões muito menor que as outras duas e for plano,
ou seja, possuir formato de uma chapa, as expressões do centro de massa ficam da forma:
=-r
b
a 2 L 2 ay2 ay3
ay--y dy
* abJo b ) ab o ~2 3b~
X a X
242
_____________________________ Elementos da Física - Mecânica !-impulso e Quantidade de Movimento
Em determinados corpos rígidos não é necessário fazer contas para identificar o centro de
massa. Se um corpo rígido apresenta um eixo de simetria, o CM desse corpo está contido sobre
esse eixo de simetria. Além disso, se um corpo apresenta dois eixos de simetria, o centro de
massa do mesmo encontra-se na interseção desses eixos. Desta forma, caso o corpo possua uma
geometria simétrica, seu centro de massa coincide com seu centro geométrico. Por exemplo, o
centro de massa de uma chapa retangular está localizado sobre o encontro das diagonais. Do
mesmo modo, o centro de massa de uma tetraedro regular coincide com o centróide da pirâmide.
Nas figuras abaixo estão indicados os centros de massas de alguns corpos simétricos.
» /
• CM
* / '
""íAcm.......
ÁLy
0 a b c x
Os vértices e as coordenadas dos centros de massa de cada parte em que ficou dividido o
trapézio original são:
0 + a + a 2a 0+0+h h
Vértices do triângulo 1: (0, 0), (a, 0) e (a, h) => xCM1 - o e y cmi -
3 o 3 3
_ Q a+b h
Vértices do retângulo R: (a, 0), (b, 0), (b, h) e (a, h) => xCMR = a + —— 6 VcMR ~ 2
2
b + c + b 2b+ c 0+0+h h
Vértices do triângulo 2: (b, 0), (c, 0), (b, h) => xCM2 = e VcM2
3 3 3
243
_____________________________ Flementos da Física-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
Como a massa de cada região é proporcional à sua área:
gX2a+(b_a)XÍʱÈ) + (^-b)X (2b±c_)
$1XCM1 + SqXçm r + ^2XCM2 . X 3 M X / 3
XCM ~
S, + Sr + S2 (-a + b + c)^
X *
2a2 + 3b2 - 3a2 + c2 - 2b2 + bc -a2 + b2 + c2 + bc
3(-a + b + c) 3(-a + b + c)
ah X .. x
,, (c-b)hX
yy + (b-a)h^ +
_ SlYcMI + SqYcm r + S2ycM2 ' X X 3 h(a + 3b-3a + c-b)
ycM= Si + Sr+S2 (-a + b + c)X 3(-a + b + c)
X
(-2a + 2b + c)h
3(-a + b + c)
Dito de outro modo: É como se o orifício fosse feito de um material que tem uma massa
negativa, que é subtraída da massa do objeto. Vamos considerar, a título de exemplo, uma chapa
triangular, homogênea, que possui um orifício circular de diâmetro d.
y
■‘cmA
IcmO
v ^cmO X
rnorCMQ
*CM
mA-m0
onde, mA representa a massa da chapa completa (ou seja, sem se considerar o orifício), m0 é a
massa correspondente ao orifício se ele fosse constituído pelo mesmo material homogêneo que o
resto da chapa, rCMi é o vetor posição do centro de massa de mA (ponto de encontro das
medianas) e rCM0 é o vetor posição do centro de massa de m0 (corresponde ao centro da
circunferência). A massa real da chapa (m = mA - m0) é fácil de determinar, o problema está em
determinar as massas mAe m0 separadamente.
244
fiementosda física-Mecânica i-Impulso e Quantidade de Movimento
SISTEMA DE PARTÍCULAS
Sabe-se que a força resultante em um sistema de partículas é igual à soma vetorial das
forças que atuam em todas as partículas. Se F; é a força resultante na partícula i, 1 < i < n, pode-
se afirmar que FR = F, + F2 +... + Fn. Pode-se dividir as forças que atuam em uma partícula em
duas categorias: forças internas e forças externas. Seja a força interna sobre a partícula i
devida a sua interação com a partícula j. Suponha que Fiext a resultante das forças externas que
atuam sobre a partícula j.
miã1=Rn2,+Rn3t- -+f;?+Fr
m2ã2=F£+F£ --+^+Fr
mnãn +...+F^.l+Fr
miãt + m2ã2 +... + mnãn = (F'n2‘ + F**) + (F™ + F*') +... + (F™-1 + Ri-,tn) + F1eX,+F2eXt ...+Fr
Pelo princípio da Ação e Reação (3a Lei de Newton) sabe-se que F- + Fí"* = 0, onde i, j =
1,2, , n, i * j. Assim:
d Psist
MãCM APsist jÈF-dt
dt i=1
Desta última expressão, conclui-se que apenas as forças externas fazem com que exista
variação da quantidade de movimento de um sistema. As forças internas não provocam variação
da quantidade de movimento de um sistema.
245
________________________ _______ fiementos da física-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
O MOVIMENTO DO CENTRO DE MASSA
Suponha que n partículas, de massas m,, m2, ...mn, estão se movimentando no espaço,
com velocidades iguais a vv v2, .... vn, respectivamente. Do item anterior, sabe-se que
„ - n n
Fr = MãCM, onde M = m, + m2 + ... + mn, e FR = ^Fiext , ou seja, ^F®** = MãCM. Deste modo,
i=i i=i
pode-se enunciar que quando forças externas atuam sobre um corpo ou um conjunto de
partículas, o centro de massa se move como se toda a massa estivesse concentrada neste ponto
e sobre ele atuasse uma força igual à soma das forças externas que atuam sobre o sistema. Note
que não é necessário que exista alguma massa na posição definida por rCM, apenas do ponto de
vista teórico, para análise do movimento do sistema, é como se toda a massa do sistema
estivesse concentrada neste ponto.
Este raciocínio ocorre tanto para um sistema de partículas quanto para um corpo rígido.
Por exemplo, quando um martelo é arremessado obliquamente, tem-se a impressão que seu
movimento é irregular, principalmente quando se observa a trajetória da extremidade do cabo do
martelo. Porém, o centro de massa do martelo, que está próximo à parte metálica do martelo,
executa uma trajetória parabólica, como ilustrado na figura abaixo.
Isso ocorre pois, quando lançado, a única força atuante no martelo é seu peso, que é uma
força externa. Assim, o centro de massa do martelo executa a mesma trajetória de uma partícula
em lançamento oblíquo no campo gravitacional terrestre, ou seja, uma trajetória parabólica.
246
Fiementos da Física-Mecânica i-Impulso e Quantidade de Movimento
trajetória do CM
dos fragmentos
da granada
Pelo fato de quantidade de movimento ser uma grandeza vetorial, é possível que o
movimento do CM se comporte de uma maneira em um eixo e de maneira diferente em outro eixo.
Por exemplo, considere o experimento de colocar uma barra na posição vertical sobre um plano
horizontal liso. Devido a qualquer pequena perturbação, a barra inicia seu movimento de queda.
CM
CM
CM
Perceba que as duas forças atuantes sobre a barra, normal e peso, possuem direção
vertical. Desta maneira, o somatório das forças externas que atuam na barra possui componente
horizontal nula. Como FR = MãCM, então a componente horizontal da aceleração do centro de
massa é nula. Como o centro de massa inicia seu movimento parado, em um referencial preso ao
solo, e aCMx = 0, segue que a coordenada x do centro de massa da barra não muda de posição
neste referencial. Assim, a barra cai sobre o chão mantendo sempre o centro de massa sobre
uma mesma reta vertical.
Neste capítulo analisaremos apenas a situação em que a soma das forças externas é nula.
No capitulo sobre colisões mecânicas será analisada a situação em que o tempo de interação dos
corpos do sistema tende a zero.
247
___________________________________ Flemenlos da Física-Mecânica i-Impulso e Quantidade de Movimento
Do que foi exposto anteriormente, conclui-se que quando a soma das forças externas em
um sistema é nula ocorre a conservação da quantidade de movimento:
n
pext
=0 Ap = 0 Po=Pf
i=1
miV10 + m2v20 + ... + m„vn0 irqv-K +m2v’2f
: +... + mnvnf
Quando a soma das forças externas em um sistema é nula afirma-se que o sistema é
mecanicamente isolado. Como força é uma grandeza vetorial, é possível que um sistema seja
mecanicamente isolado em uma direção e não em outra. Neste caso, pode-se afirmar que o
sistema é mecanicamente isolado apenas na direção x ou y ou z. Acompanhe os exemplos
seguintes para entender melhor a aplicação deste princípio.
n2|
N,
4 —
-Fat
Far>* F2
Pi
Considere que um homem, de massa m,, anda ao longo de uma prancha, de massa m2, de
sua extremidade esquerda para a direita. A prancha está sobre a água e o atrito entre eles pode
ser considerado desprezível. O sistema é formado apenas pelo homem e pela prancha, cujas
decomposições de forças estão indicadas nas figuras acima. Perceba que a única força interna ao
sistema é a força de atrito trocada entre o homem e a prancha. Note que esta força é de atrito
estática, uma vez que não existe movimento de arrasto entre os pés do homem e a prancha.
Como não existe deslocamento vertical nos corpos, pode-se afirmar que P, + N, = 0 e P2 + N2 = 0.
Desta maneira, a soma das forças externas ao sistema vale:
^Fext = P, + N, + P2 + N2 0+0=0
 v2
Note que, para um referencial solidário à água, a quantidade de movimento inicial é igual a
zero, uma vez que tanto o homem quanto a prancha estão parados no início neste referencial.
Admita que, em determinado momento após entrar em movimento, a velocidade do homem é v,.
enquanto que a velocidade da prancha é v2. Logo, pela conservação da quantidade de
movimento:
248
_________ ________________________ Elementos da Física-Mecânica i-Impulso e Quantidade de Movimento
Analisando o centro de massa, pode-se chegar ao mesmo resultado. Como a soma das
forças externas é nula, a velocidade do centro de massa não é alterada pelo deslocamento do
homem ao longo da prancha. Como no início tanto o homem quanto a prancha estão parados, em
relação a um referencial solidário a água, tem-se que vCm = 0. Após o homem entrar em
movimento a velocidade do centro de massa continua nula:
m1v1 + m2v2
Vcm - =0 m^, + m2v2 0 => 0 = m1v1 +m2(-v2) 01,71 = m2v2
m., + m2
£ Fext = P, + N, + P2 + N2 = 0 + 0 0
^m^+m^ p
^CM m,!/, + m2v2 = 0 => 0 = m1v1+m2(-v2) => rmv, = m2v2
m, + m2
Neste experimento ocorre algo bem interessante. O centro de massa do sistema formado
pelos blocos encontra-se sobre a mola (supondo que a mola foi fixada aos corpos simetricamente
aos mesmos). Durante todo o movimento oscilatório, a mola e os corpos se movimentam. Porém,
independentemente se a mola está comprimida ou esticada, o único ponto da mola que está
parado em relação ao solo, é o centro de massa do sistema formado pelos blocos.
249
________ ___________________ Fiementos da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
3. Corpo descendo um plano inclinado
Um pequeno bloco, de massa m,, é
colocado sobre a superfície lisa de um plano
inclinado de massa m2, que pode se deslocar
sobre um plano horizontal sem atrito.
A decomposição das forças atuantes em
cada corpo está representada ao lado. Perceba
que a força N,, devido ao contato dos corpos, é
\a uma força interna ao sistema. Além disso, o plano
inclinado não possui movimento vertical:
-N1y + N2 + P2 = 0 n2 + P2 = N1y
XFex,=Pl+P2+N2=Pl+N1y
n2
Note que P, + N1y é a resultante vertical no
bloco de massa m^ que é não nulo, uma vez que
o bloco desce aceleradamente. Assim, pode-se
afirmar que o sistema não é mecanicamente
;v2
isolado. Entretanto, quantidade de movimento é
uma grandeza vetorial, sendo possível que ocorra
sua conservação para uma determinada direção e
não para as outras direções. É esta exatamente a
situação do experimento em questão.
Perceba que o somatório das forças externas possui componente horizontal nula, uma vez
que R, e Nly são forças verticais. Assim, pode-se afirmar que ocorre a conservação da quantidade
de movimento apenas para a direção horizontal, para o sistema formado pelo bloco e pelo plano
inclinado:
Pox Pt, => 0 = m^- v1x) + m2v2 => noviços <p = m2v2
Observações:
1) Mesmo que houvesse atrito entre o bloco e o plano inclinado, haveria conservação da
quantidade de movimento na direção horizontal, uma vez que esta força de atrito seria uma força
interna ao sistema. Contudo, caso existisse atrito entre o plano inclinado e o plano horizontal, não
existiría mais a conservação da quantidade de movimento na direção horizontal, já que esta força
de atrito seria uma força externa ao sistema formado pelo bloco mais plano inclinado.
2) O bloco desce aceleradamente nas direções horizontal e vertical, percorrendo uma trajetória
retilínea, que faz um ângulo <p a horizontal. O ângulo <p é maior que o ângulo a do plano inclinado.
250
flementos da física-Mecânica l-Impulso e Quantidade de Movimento
SISTEMAS DE MASSA VARIÁVEL
dM M + dM
v + dv
------------- ►
X
—►
O termo dm.dv é muito pequeno comparado com os demais da expressão e pode ser
desprezado. Assim, a expressão fica da forma:
(U - v)dm = M.dv
É possível simplificar esta expressão, trabalhando com a velocidade u' dos gases relativa à
velocidade do foguete. Experimentalmente verifica-se que, enquanto o propelente sólido é
queimado, u’ se mantém constante. Devido à orientação do eixo x e impondo que u’ seja positivo:
u’ = |U - (v + dv)|
Entretanto, como os gases são expelidos para trás em relação ao foguete e a orientação
do eixo x é da esquerda para a direita, segue que v + dv > U, ou seja:
Portanto:
(U-v)dm = M.dv => (dv - u')dm = M.dv => dm.dv - u’.dm = M.dv
Mais uma vez o termo dm.dv pode ser desprezado frente aos demais da equaçao:
- u’.dm = M.dv
251
Mementos da Física-Mecânica I-Impulso e Quantidade de Movimento
. dm ,, dv
-u .— = M.—
dt dt
R.u’ = M.a
Esta última expressão é conhecida como primeira equação do foguete, que relaciona o
consumo de combustível R, a velocidade dos gases em relação do foguete u’, a massa do foguete
e a aceleração do foguete a. Perceba que, pela segunda lei de Newton, o termo M.a é a força
resultante sobre o foguete. Voltando a equação diferencial original, pode-se determinar uma
relação entre a velocidade do foguete e a variação de sua massa (lembre-se que u’ é constante):
U' fVf , fl
-u’.dm = M.dv => dv -----dm => dv = -u "M< —dm
M Jvo 'Mo M
Mn
v( — v0 = — u’(ln M( — In Mo) => vf-v0=u’.ln —
Vf-VQ
Mo
e u'
Mf
Assim, para obter um incremento de velocidade igual à velocidade de escape dos gases,
Vf- v0 = u’, a relação de massas deve ser igual a e1 = 2,72, ou seja, Mf deve ser aproximadamente
um terço de Mo. Para vf - v0 = 2u’, a relação Mo/Mf vale e2 = 7,4 e para vf - v0 = 3u’ vale e3 s 20, ou
seja, neste último caso apenas 1/20 da massa original do foguete representa carga útil. Na
prática, o sistema é projetado para maximizar, em conjunto, a velocidade atingida e a carga útil do
projeto. Isso justifica a utilização de foguetes de vários estágios, onde a massa total é reduzida
ejetando os estágios quando o combustível de cada um se esgota. Note que a carcaça de um
estágio é um peso morto considerável, composto de partes metálicas de tanques de combustível e
motores.
Por exemplo, para atingir a Lua com um foguete de apenas um estágio é necessário lançar
o foguete com uma velocidade próxima à velocidade de escape, valor impossível de alcançar
utilizando os combustíveis atuais.
252
Elementos da Física-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
Exemplos:
1) (ITA-15) Uma chapa metálica homogênea quadrada de 100 cm2 de área, situada no plano xy
de um sistema de referência, com um dos lados no eixo x tem o vértice inferior esquerdo na
origem. Dela, retira-se uma porção circular de 5,00 cm de diâmetro com o centro posicionado em
x = 2,50 cm e y = 5,00 cm. Determine as coordenadas do centro de massa da chapa restante.
a) (Xc,yc) = (6,51, 5,00) cm b) (xc, yc) = (5,61,5,00) cm
c)(Xc, yc) = (5,00, 5,61) cm d) (xc, yc) = (5,00, 6,51) cm
e) (xc, yc) = (5,00, 5,00) cm
Solução: Alternativa B
,.y
2) Calcule o centro de massa de um corpo homogêneo em forma de tronco de cone, com raio de
base maior r,, raio de base menor r2 e altura h.
Solução:
oy Seja H a altura do cilindro original que gerou o tronco
de cone. Por semelhança de triângulos segue que:
/ \ H H-h H-y
/ \ r, ” r2 " r
/ \
/ \
/ \ h l =-*
/ \ i) Hr2 = Hr, - hr.
/ \ r,-r2
H / \
____ \ (H-y)r,
TTTrs ii) r
H
h-y Por simetria, percebe-se que XcM = 0
dy|
h Para um diferencial de altura dy, tem-se dV = nr^dy
r2h
____________ e 8(r, - r2) 3(r, - r2 )2 h(6r2 - 8r2 + 8r,r2 + 3r2 - 6r,r2 + 3r22) h(r2 + 2r,r2 + 3r2)
4(r,2 + r,r2 + r2) [_ ri r' 4(r2 + r,r2 + r2) ” 4(r,2 + r,r2 + r2)
Note que fazendo r2 = 0 tem-se o yCM de um cone, que vale h/4.
3) (Escola Naval-01) Uma partícula de massa m, inicialmente em repouso, está sob a ação de
força resultante F cujo módulo varia com o tempo, de acordo com o gráfico abaixo. No instante
tj, a velocidade da partícula vale:
253
Elementos da física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
Fl
■>
f2.....
x (F\ F)tl + F2t2 (^1 + ■F'; )/[
d)
m 2m 2m
e) nda
' 2m
Solução:
Sabe-se que, no gráfico Fxt, a área compreendida entre a linha do gráfico e o eixo do tempo é
numericamente igual ao impulso da força. Além disso, as partes do gráfico abaixo do eixo x são
contadas como impulso negativo. Note que, por estar abaixo da origem no eixo y, F2 assume valor
negativo. Assim: , = ~ U . ^t, + F2t2 - F2t, = (F, + F2 )t, - F2t2
2 2 2 2
Como o impulso é igual à variação da quantidade de movimento:
■ . n (F + F2 )t. - F2t2 (F, + F2 )t, - F2t2
I = Ap = mv - 0 => —----- —----- — = mv => v = —----- —----- —
2 2m
4) (1TA-00) Uma lâmina de material muito leve de massa m está em repouso sobre uma
superfície sem atrito. A extremidade esquerda da lâmina está a 1 cm de uma parede. Uma formiga
extremidade, como mostra a figura. A seguir, a formiga caminha para frente muito lentamente,
sobre a lâmina. A que distância d da parede estará a formiga no momento em que a lâmina tocar
a parede?
n
1cm
parede parede
lâmina
titnn /////// tuuu uum
(K) 2 cm (B) 3 cm (C) 4 cm (D) 5 cm (E) 6 cm
Solução: Alternativa E
Como o movimento da formiga sobre a lâmina envolve apenas forças internas, existe a
conservação da quantidade de movimento:
Csv.,
Po = Pf => 0 = rrifVf + m,(- v() => m,
mf —j- => (m/5)(d - 1) = m(1) => 5 = d-1 =>
& m'7
d = 6 cm
5) (Escola Naval-13) Uma granada, que estava inicialmente com velocidade nula, explode,
partindo-se em três pedaços. O primeiro pedaço, de massa M-, = 0,20 kg, é projetado com uma
velocidade de módulo igual a 10 m/s. O segundo pedaço, de massa M2 = 0,10 kg, é projetado em
uma direção perpendicular à direção do primeiro pedaço, com uma velocidade de módulo igual a
15 m/s. Sabendo-se que o módulo da velocidade do terceiro pedaço é igual a 5,0 m/s, massa da
granada, em kg, vale
a) 0,30 b) 0,60 c) 0,80 d) 1,0 e) 1,2
Solução: Alternativa C
254
____________ Elementos da Física-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
Como uma explosão envolve apenas forças internas, ocorre a
M conservação da quantidade de movimento:
Po=Pf => P,+P2+P3=0 => p,+p2=-p3
Como p, e p2 são perpendiculares, é possível formar um triângulo
P2
retângulo de equilíbrio com os vetores apresentados, sendo que p3 ocupa
a posição da hipotenusa. Assim:
Pa Q
PÍ + P2 = Pa => + m2v2 = m3Va => 4 + — = 25m3 m3 = 0,50 kg
4 3
mT = m1 + m2 + m3 = 0,20 + 0,10 + 0,50 = 0,80 kg
B
z//Zz z///?/////////////////////
Quando as esferas perdem contato com as rampas, estas se movimentam conforme os gráficos
de suas posições x, em metros, em função do tempo t, em segundos, abaixo representados.
x(m)x
10
* (S)
0
3
2
Desprezando qualquer tipo de atrito, a razão mi/m2 das massas m3 e m2 das esferas 1 e 2,
respectivamente, é
a) 1/2 b) 1 c)2 d) 3/2
Solução: Alternativa A
Pelo gráfico:
. I Ax. I 10 , .... . I AxB I 10 ,
|VaI= At = -y=m/s;
V3m/S' ii) | vbB l=
H) |V |= At V3 m/S
-N,
Como as rampas não possuem movimento vertical:
-N1y+NA+PA=0 => NA+PA=N1y
Na |Pa O somatório das forças externas, que atuam no sistema formado
por uma das rampas mais sua esfera , vale:
XFex,=Pl+PA+NA=Pl+N1y
Assim, F':extx = 0, implicando na conservação da quantidade de movimento na direção horizontal:
Qox = Qfx => 0 = mAvA-m1v1 => v.
m,
Além disso, devido à ausência de forças dissipativas, ocorre também a conservação da energia
mecânica:
m, m3 v3 , mAVl _ mAVA mA d
Em0 = Em( => m,gR jn,v? mAA VAl => m,gR “T —~+1
—
2 2 T m3 2 2
255
Elementos da Física-Mecânica/-Impulso e Quantidade de Movimento
>0tím, =-^^í—+ 1 => 6m,2 = 1 + m, => 6mi2-m,-1=0 =>
2 3
(Sm, + 1)(2m, -1) = 0 m, — kg
2 a
mBVB mR
Analogamente, pode-se demonstrar que m2gR = —5- + 1
m2
/ >ec> f 2 11
>0tím2= j— m2 => 3m22 = 2 + m2 => 3m22 - m2 - 2 = 0 =>
7) (ITA-00) Uma sonda espacial de 1000 kg, vista de um sistema de referência inercial, encontra-
se em repouso no espaço. Num determinado instante, seu propulsor é ligado e, durante o
intervalo de tempo de 5 segundos, os gases são ejetados a uma velocidade constante, em relação
à sonda, de 5000 m/s. No final desse processo, com a sonda movendo-se a 20 m/s, a massa
aproximada de gases ejetados é:
1000 kg
9) (ITA-91) Um pêndulo simples de comprimento r e massa m é posto a oscilar. Cada vez que o
pêndulo passa pela posição de equilíbrio atua sobre ele, durante um pequeno intervalo de tempo
t, uma força F. Esta força é constantemente ajustada para, a cada passagem, ter mesma direção
e sentido que a velocidade de m. Quantas oscilações completas são necessárias para que o
pêndulo forme um ângulo reto com a direção vertical de equilíbrio ?
a)n=ni^£; h) n = ; c) n = ;
2Ft 2Ft 2Ft
d) n = ÍSÍ + 1; e) Nenhuma das anteriores.
256
Momentos da físico - MoçAnlca / - Impulsa o Quantidade de Movimento
Solução: Alternativa C
Em cada atuação da força F tem-se:
I) I = Ap => F.At = m.Av => Av = F.t/m
II) Evidentemente, após o último impulso, tem-se a conservação da energia mecânica:
mv2/2 = mgí => v =j2gt, onde v é velocidade da massa ímediatamente depois do último
impulso da força F
III) Como em cada oscilação ocorrem duas passagens pela posição de equilíbrio, então:
2n.Av =72gí => 2nFt/m=72gC => n = m^gí/2Ft
Q = 400M — =100J/kg
4M
11) (ITA-10) Uma massa m, com velocidade inicial Vo colide com um sistema massa-mola m2 e
constante elástica K, inicialmente em repouso sobre uma superfície sem atrito, conforme ilustra a
figura. Determine o máximo comprimento de compressão da mola, considerando desprezível a
sua massa.
Z7?2
Solução Ideal:
Observe que durante todo o intervalo de tempo que a massa m, estiver em contato com a mola
sua velocidade diminui, enquanto que a velocidade de m2 aumenta. Desta forma, Ax vai ser
máximo no instante em que as velocidades dos dois corpos forem iguais. Desde que o sistema é
mecanicamente isolado, vale a conservação da quantidade de movimento:
, x m.Vn
m^o = (rrh + m2)v => v =---- z—sí—
m, +m2
Pela conservação da energia mecânica:
m,Vo (m1+m2)v2 kAx2 __ 2 lim-+'rríí)m?vr
mivo + kAx2 kAx2 mivo ~ jéyL
~T~=— /“'T"
"T miV°= (ml+m2)Z m, +m2
AX2=^ 1 m, 01^2
Ax v0
k m1 +m2 kím-j +m2)
257
_______________________________ Fiementos da Física-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
12) (ITA-88) Nas extremidades de uma haste homogênea, de massa desprezível e comprimento
L, acham-se presas as massas m, e m2. Num dado instante, as velocidade dessas massas são,
respectivamente, v, e v2, ortogonais à haste (ver figura). Seja vCM a velocidade do centro da
massa, em relação ao laboratório e seja co o módulo da velocidade angular com que a haste se
acha girando em torno de um eixo que passa pelo centro de massa. Pode-se mostrar que:
f X
m.
L
/wa
Vcm CO
m,ym2v2 |v,-v21
a)
m, +m2 L
b) m2v2-m1v1 I V2 ~ V1 I
m, +m2 L
m,v, +m2v2 I v,-v21
c)
m, +m2 L
m.v, + m,v, (v2 +v,)
d) ——!----- —-
m, +m2 L
m,v, -m2v2 (V2+Vi)
e)
m, +m2 L
Solução: Alternativa D
m,v, +m2v2
Por definição, sabe-se que vCM . Considere agora que v, =| v11 e v2 =| v21.
m, +m2
Trabalhando com um eixo vertical, parado em relação ao local onde está sendo realizado o
it^v, - m2v2
experimento, orientado de baixo para cima, tem-se, para esse eixo, que vCM
m, +m2
VcmA Para facilitar o cálculo da velocidade angular com que cada
f V1 - Vcm corpo gira em trono do CM, é necessário fazer com que o CM
esteja parado. Para tanto, será adotado um outro eixo vertical y'
d, d2
O V’cM = 0
■Q que se movimenta com vCM. Este eixo mede velocidade v-, - vCm
para o corpo 1, velocidade v2 + vCM para o corpo 2 e velocidade 0
para o CM. Pela definição de centro de massa: d, = m-2-—
V2 + Vcm, , rn1 + m2
m,v, -m2v2
v,-
m, +m2 = JPí< + m.v, - + m2v2 _ p<(v, +v2) v.+v2
Assim: co = ——-----
d. m2L m2L L
m, +m2
13) (ITA-16) Dois garotos com patins de rodinhas idênticos encontram-se numa superfície
horizontal com atrito e, graças a uma interação, conseguem obter a razão entre seus respectivos
pesos valendo-se apenas de uma fita métrica. Como é resolvida essa questão e quais os
conceitos físicos envolvidos?
Solução:
Aplicando-se conservação do momento linear para os instantes antes e depois da interação,
m v
temos: panl=p d„ => 0 = pa-pb => pa = pb => ma.va = mb.vb => —t = -í- (I)
Pdep
mb va
Usando-se o teorema de energia:
258
Mementos da física - Mecânica /- Impulso e Quantidade de Movimento
mvo . vo
W = AEC => W(at = -Eco => -m.g.p.d => M-gd = -^
p.g.d -7?-
v2
Pro patinador A: pa.g.da = -£ (II)
v2
Pro patinador B: pb.g.db =-y (III)
14) (ITA-78) Considera-se um bloco de massa m sobre outro de massa M. Inicialmente m desliza
sobre M sem atrito, com uma velocidade v0. A partir do ponto p o coeficiente de atrito entre as
duas superfícies em contato é não-nulo (jj * 0). Se o bloco M puder deslizar sobre o plano
horizontal sem qualquer atrito, pode-se afirmar que a distância x percorrida por m sobre M,
contada a partir do ponto p, será dada por:
p*0
v0 I H*0
m x
| P I
MVp mvp MVp
A) X = B) X = C) X =
2p(m + M)2g ’ 2p(m + M)g' 2p(m + M)g ’
D) x = 0 (distância nula); E) x = Nenhum dos valores acima;
Solução: Alternativa C
A decomposição de forças abaixo é feita em algum ponto a partir do ponto p. Antes do ponto p
não existe interação horizontal entre os corpos, com m se deslocando e M parado. A partir do
ponto p, devido ao atrito, m passa a desacelerar e M passa a se deslocar para a direita. No
momento em que m parar em relação a M, os dois corpos passam e de deslocar com a mesma
velocidade, em relação a um referencial solidário ao piso.
n Inicialmente perceba que os corpos não se movimentam na
direção vertical: i)Nl+P1=0; ii) N2+P2-N, = 0;
Deste modo, a soma das forças externas vale (Fat e N, são
F.,
-N, internas): £ Fext = Pt + (P2 + N2 ) = -N, + N, = 0
PJ N2f -F.,
—►
Como a soma das forças externas é igual a zero, então ocorre a
conservação da quantidade de movimento.
p,|
, +. M)v =>
mvo,
mv0 = (m
v =------
m+M
onde v é a velocidade que os dois corpos possuem, em relação a piso, no instante em que m para
em relação a M. Pelo teorema do trabalho energia:
(m + M)v2 mvj (m + M) m2v2 mvp
W- Ecf -Ec0 -mggx -mgpx =
2 Y 2 (m + M)2 2
Mv2
—-—1 x =---------- 2------
m+M 2p(m + M)g
259
___________________________________ [/ementes da Física-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
15) (ITA-16) Um bloco de massa m encontra-se inicialmente em repouso sobre uma plataforma
apoiada por uma moda, como visto na figura. Em seguida, uma pessoa de massa M sobe na
plataforma e ergue o bloco até um altura h da plataforma, sendo que esta se desloca para baixo
até uma distância d. Quando o bloco é solto das mãos o sistema (plataforma+pessoa+mola)
começa a oscilar e, ao fim da primeira oscilação completa, o bloco colide com a superfície da
plataforma num choque totalmente inelástico. A razão entre a amplitude da primeira oscilação e a
da que se segue após o choque é igual a
□ O
a) ^(m + M) / x/2tiM.
J__ d h
iiiiiiimiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
b) 7(M-m)h/V2dM
C) ^(M + m)h/V2dM d) ,/(M-m)d/V2hM
e) ^(M + m)d/VhM
Colo o choque do bloco com a plataforma se dá após uma oscilação completa da plataforma, a
posição deste choque é igual à posição da plataforma no instante em que o bloco é solto, ou seja,
até a colisão o bloco percorreu uma altura h.
Pela conservação da quantidade de movimento:
s2
m '
m72gh = (M + m)v => v2 = 2gh
M+m
a • kA2 (M + m)v2 2gh
Assim: —- = A2 m
2 2 (M + m)k
Logo: -yL = J-(M + m)d
a2 v 2Mh
260
__________________________________ Mementos da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
17) (IME-86) Um automóvel de massa igual a 800 kg desloca-se com uma velocidade de 10 m/s.
Em um dado momento, dá-se uma explosão interna e o carro parte-se em dois pedaços de 400 kg
cada um. Devido à explosão, uma energia de translação de 1600 Joules é comunicada ao sistema
constituído pelas duas partes do carro. Ambos os pedaços continuaram a se mover na mesma
linha do movimento inicial. Determine o módulo e o sentido das velocidades de cada um dos
fragmentos após a explosão.
Solução:
Como não agem forças externas no automóvel (a explosão envolve apenas forças internas) pode-
se aplicar a conservação da quantidade de movimento:
i) po = Pf => mv0 = (m/2)v, + (m/2)v2 => Vt + v2 = 20
mv^ x4 _> 2.800(10)2 + 4.1600 = 800.V,2 + 800.v22 =>
ü) (DYo+E=!2XÍ. + niY2
2 4 4
v,2 + v22 = 208 => v,2 + (20 - v,)2 = 208 => v,2 + 400 - 40v, + v,2 = 208 =>
v,2 - 20v, + 96 = 0 => (v, - 8)(v, - 12) = 0 => v, - 8 m/s ou v, = 12 m/s =>
v2 = 12 m/s ou v2 = 8 m/s => as velocidades finais são 8 m/s e 12 m/s
18) (IME-95) Em uma fábrica de bombons, tabletes de balas caem continuamente sobre o prato
de uma balança, que originariamente indicava leitura nula. Eles caem de uma altura de 1,8 m à
razão de 6 por segundo. Determine a leitura da escala da balança, ao fim de 10s, sabendo que
cada tablete tem massa de 10g e as colisões são completamente inelásticas.
NOTA: Despreze a resistência do ar.
Considere g = 10 m/s2
Solução:
Se as balas caem à razão de 6 por segundo conclui-se que a cada At = 1/6 s uma bala é
abandonada. Este é o mesmo intervalo de tempo entre dois choques consecutivos na balança. Se
Fo é a força provocada pelo choque de uma bala na balança, pelo teorema do impulso pode
4
afirmar que: I = Ap => F0.At = mAv = m^2gh => Fo.—= 0,010.72.10.1,8 => Fo = 0,36 N
6
T 10
Ao final de 10 s o número de balas em cima da balança é: n = — 60 balas
Deste modo, a indicação da balança no instante 10 s é devido à massa das 60 balas que estão
sobre a balança mais a força do choque da 60a bala:
N = Fo+ n.mg = 0,36 + 60.0,010.10 = 6,36 N
N
Como a balança indica massa e não força a indicação correta é — 0,636 kg = 636 g
9
19) (IME-06) Um corpo de 500g de massa está inicialmente ligado a uma mola. O seu movimento
é registrado pelo gráfico abaixo, que mostra a aceleração em função da posição, a partir do ponto
em que a mola se encontra com a compressão máxima. A abscissa x = 0 corresponde á posição
em que a deformação da mola é nula. Nesta posição, o corpo foi completamente liberado da mola
e ficou submetido à aceleração registrada no gráfico. Determine:
a) a variação da quantidade de movimento no 2s após o corpo ser liberado da mola;
b) o trabalho total realizado desde o começo do registro em x = - 0,5m até x = 3m.
a(in/s2) .,
Solução:
Se multiplicarmos os valores de aceleração pela massa do corpo (em kg) obteremos o gráfico da
força resultante no corpo em função da posição. Assim, podemos calcular a velocidade do corpo
quando perde contato com a mola:
261
__________ Elementos da Física-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
=> (°..5)(50)(0.5)_(0^ = VQ.50m/s
Assim, o tempo decorrido para o corpo percorrer as posições de 0 a 2,0 m pode ser calculado por:
at2 I—4tt2
Ax = vot,+^- => 2,0 = (5,0)1,
(5,0)t,++ ^|^- => 2t2-5t,+2 = 0 => (t, - 2)(2t, - 1) = 0 =>
t, = 0,5 s
Observe que 2 s corresponde ao segundo instante em que o corpo passaria pela posição 2,0 m,
em seu retorno, se continuasse com uma aceleração de -4 m/s2..
A velocidade na posição x = 2,0 m é: v3 = v§+2.a.Ax => v2 =25 + 2(-4)(2) => v2 = 3,0 m/s
Como após a posição x = 2,0 m o corpo mantém a velocidade constante igual a 3,0 m/s, então se
passarão exatamente 1,5 s no movimento do corpo desde x = 2,0 m e x = 8,0 m. Assim, podemos
concluir que após 2 s do corpo perder contato com a mola ele está em x = 8,0 m e com uma
velocidade de 3,0 m/s. Portanto, a variação da quantidade de movimento nos 2 segundo de
movimento após x = 0 é dada por:
Ap = p8- Po = m(v8 - Vo) = (0,5)(3,0 - 5,0) => Ap = - 1,0 kg.m/s
b) A partir do gráfico da força resultante pela posição temos:
Ww6 a 3) = A(-0.5 0) - A(0a 3) = (°'5)(52°)(0.5) _ (0 5)(4)(2) = 2 25 j
(-o,s aa 0)
20) (IME-12)
bola
mola
///////////
A figura apresenta um carrinho que se desloca a uma velocidade constante de 5 m/s para a direita
em relação a um observador que está no solo. Sobre o carrinho encontra-se um conjunto formado
por um plano inclinado de 300, uma mola comprimida inicialmente de 10 cm e uma pequena bola
apoiada em sua extremidade. A bola é liberada e se desprende do conjunto na posição em que a
mola deixa de ser comprimida. Considerando que a mola permaneça não comprimida após a
liberação da bola, devido a um dispositivo mecânico, determine:
a) o vetor momento linear da bola em relação ao solo no momento em que se desprende do
conjunto;
b) a distância entre a bola e a extremidade da mola quando a bola atinge a altura máxima.
Dados:
• Constante elástica da mola: k= 100 N.m'1
• Massa da bola: m = 200 g
• Aceleração da gravidade: g - 10 m.s’2
Observação:
A massa do carrinho é muito maior que a massa da bola.
Solução:
262
Mementos da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
5-73 í
Assim, o vetor momento linear vale: p = (mvx,mvy) p= kg.m/s
5 ’5
b) vy = gt => 1 = 10t => t = 0,1 s
Axc = vct = 5(0,1) = 0,5 m
Axb = vxt = 0,5 - 0,1 Vã m
lvÉ.»í.0,5.
7Í3
Logo: d = ^(Axc -Axb)2 +Ay2 = 7(0,1.73 )2 + (0,05)2 = 70,0325 =----- m
20
21)(IME-13)
y
Sentido de rotação
do corpo
força
/ .30 ; ]
/ força
solo
Um corpo de 4 kg está preso a um fio e descreve um movimento circular solo. Na posição
indicada na figura, ele sofre a ação de uma força, no plano xy, perpendicular ao seu movimento
que o libera do fio, sendo o impulso nesta direção igual a 4oVã kg m/s. Determine:
a) a variação do vetor momento linear entre o instante em que o corpo é liberado do fio e o
instante que atinge o solo;
b) a coordenada x do ponto onde o corpo atinge o solo.
Dados:
• raio do movimento circular: 6,4 m
• velocidade do corpo preso no fio no ponto mais alto
• aceleração da gravidade: 10 m/s2.
Solução:
a) Aplicando-se a conservação da energia mecânica do ponto mais alto da trajetória (A) até o
instante em que o corpo se desprende (B) do fio, temos:
D
Eca = Eca + EpgA => Vb2 = Va2 + 2.g.h => Vb2 = Va2 + 2.g. — => Vb=10m/s
Logo o módulo do momento linear neste instante é: Q = 40 kg.m/s
Aplicando o teorema do impulso temos: T=p'B-pB => p'B=T + pB
Da decomposição temos: T = 60i + 20.73 j N.s => pB=20i-20Vãj kg.m/s p'B= 80i kg.m/s
Após se desprender do fio o corpo descreve um lançamento horizontal com seu momento linear
variado.
I O D
p=Pxi + pyj => p= 80i - (M.vy)j => p= 80i - (4.72.g.h )j => p=80i-(4.^2.g^)j =>
p = 80i - 32 73 j kg.m/s
Ap = p-p'B => Ap = 80i - 32 73 j - 80i => Ap = -3273 j kg.m/s
Módulo: 3273 kg.m/s Direção: Vertical Sentido: Para baixo.
b) Aplicando a equação do alcance do lançamento horizontal, temos:
Í2.H . P'B 2 3R 80 3.2,6 => Ax = 16 73 m
Ax = Vox.J---- => AX = —2- Ax = —
V g m 9 2 4 V 10
x- R.cos 30° =16.73 x-3,2^3 =16.^3 x = 19,2 73 m
263
_______________________________[tementes tia física-Mecânica !-Impulso eQuantitiatietie Movimento
22) (ITA-08) Na figura, um gato de massa m encontra-se parado próximo a uma das extremidades
de uma prancha de massa M que se flutua em repouso na superfície de um lago. A seguir, o gato
salta e alcança uma nova posição na prancha, à distância L. Desprezando o atrito entre a água e
a prancha, sendo e o ângulo entre a velocidade inicial do gato e a horizontal, e g a aceleração da
gravidade, indique qual deve ser a velocidade u de deslocamento da prancha logo após o salto.
23) (ITA-OO) Um corpo de massa m desliza sem atrito sobre uma superfície plana (e inclinada de
um ângulo a em relação a horizontal) de um bloco de massa M sob à ação da mola, mostrada na
figura. Esta mola, de constante elástica k e comprimento natural C, tem suas extremidades
respectivamente fixadas ao corpo de massa m e ao bloco. Por sua vez, o bloco pode deslizar
sem atrito sobre a superfície plana e horizontal em que se apóia. O corpo é puxado até uma
posição em que a mola seja distendida elasticamente a um comprimento L (L>C), tal que, ao
ser liberado, o corpo passa pela posição em que a força elástica é nula. Nessa posição o módulo
da velocidade do bloco é:
M
a(
Superfície de apoio
264
FlementosdaFísIca-Mecânlcal-Impulsoe Quantidade de Movimento
V,
Perceba que as únicas forças que possuem componente horizontal, forças elástica e a normal
trocada entre os corpos, são forças internas. Assim, a componente horizontal da resultante das
forças externas é nula, fazendo com que ocorra a conservação da quantidade de movimento na
direção horizontal:
, Mv ; ii) v’y = (v’x + v)tg a = í— + v]tga (M + m)v tg a .
—
i) mv'x = Mv => v X —
~
m 1 m ) m
iii) Como a linha pontilhada representa a mola: h = (L - C)sena
iv) Pela conservação da energia mecânica:
k(Ax)~2 mv'2 Mv2
k(Ax)
Epe0= ECf, + ECf2 +Epg( => — 2 - = + ^- + mgh =>
2 2
k(L-C)2 m(v 1 x 2+ v
v 1y 2 ) Mv2
- + —— + mg(L -C)sena
2 2
M2v2 (M + m)2v2 tg2 a
k(L-C)2 m + Mv2 + 2mg(L - C) sen a
m2
M2 (M + m)2 tg2 a ! M
v2 —+ k(L-C)2-2mg(L-C)sena =>
m m ) '
v2(M + m)[(M + m)tg2 a + M] = R(L _ c)2 _ 2mg(L _ c)sena
m
r1
2m ^k(L-C)2-mg(L-C)sena
(M + m)[(M + m)tg2 a + M]
265
Fiementos da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
Exercícios de Embasamento d) a meia distância entre o centro Oi e o ponto
de fixação.
E1) (UFPE-13) A figura a seguir mostra um e) a meia distância entre o centro O2 e o ponto
conjunto de objetos pontuais com massas de fixação.
iguais, dispostos ao longo de uma reta. A
distância entre os objetos 1 e 2 é 4L, enquanto E5) (Cesgranrio) Seis peças de um jogo de
que a distância entre os objetos 2 e 3 é igual a dominó estão dispostas como na figura. Dos
16L. Calcule a posição do centro de massa do pontos indicados (F, G, H, I, J) o que melhor
conjunto, medida a partir do objeto , em localiza o centro de massa desse conjunto é:
unidades de L.
1 2 3
r
r-
41 16L
•c
----
E2) (UFC) Um conjunto de três partículas, •/
todas de igual massa m, está situado na
origem de um sistema de coordenadas
cartesianas xy. Em dado instante, uma delas é •/
I
atirada na direção x, com velocidade constante
de módulo Vx = 9,0 m/s e outra é atirada na a)F b) G c) H d)l e) J
direção y, com velocidade constante de
módulo Vy = 12,0 m/s, ficando a terceira em E6) (UFC-99) Quatro discos, 1, 2, 3 e 4, todos
repouso na origem. Determine o módulo da de mesmo raio R = 20 cm, e de massas m, = 1
velocidade do centro de massa do conjunto. kg, m2 = 2 kg, m3 = 3 kg, e m4 = 4 kg estão
arrumados no plano horizontal, xy, conforme
E3) (UFPE) Duas partículas, de massa M, = M mostra a figura a seguir.
e M2 = M/2, estão presas por uma haste de • •)' icmj
0 20 40 60 80 x(cm)
A distribuição de massa em cada disco é
homogênea. As coordenadas (x, y) do centro
O. O2 de massa desse conjunto de discos são dadas,
\^2 em centímetros, pelo par ordenado:
m2 \ a) (40, 40) b) (20, 32) c) (20, 60)
m} d) (40, 32) e) (40, 20)
266
Elementos da Física-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
-~i-- homenagem ao Brasil. Durante os fogos,
suponha que um rojão com defeito, lançado
obliquamente, tenha explodido no ponto mais
alto de sua trajetória, partindo-se em apenas
dois pedaços que, imediatamente após a
explosão, possuíam quantidades de
movimento p, ep2.
Considerando-se que todos os movimentos
ocorrem em um mesmo plano vertical, assinale
I a(s) proposição(ões) que apresenta(m) o(s)
V
par(es) de vetores p, e p2 fisicamente
possível(eis).
E8) (UFSC-07) Na situação apresentada na 01. 08.
figura a seguir desconsidere o efeito do atrito.
Estando todas as partes em repouso no início,
P2 oo-^
=0
Pl
uma pessoa puxa com sua mão uma corda
que está amarrada ao outro barco. Considere 02. 16.
que o barco vazio (B) tenha a metade da
massa do barco mais a pessoa que formam o
conjunto (A).
04.
1 P2
267
___________________________________ Mementos da Fís/ca-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
corda, trazendo o skate e a irmãzinha em sua fc(J)
direção, de forma que ambos se encontram a
10 m da posição inicial do skatista. 9
Sabendo-se que cada skate possui massa de
1 kg e, desprezando o peso da corda e o atrito
das rodas dos skates com o chão, após alguns
cálculos o skatista conclui que a massa de sua
irmãzinha é de
a) 11,25 kg. b) 5,1 kg. 4
c) 15,0 kg. d) 14,3 kg.
268
ílementos tia física - Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
F(N) Considere que:
- a resistência ao movimento causada pelo ar e
o atrito entre as garrafas com os fios sejam
1 desprezíveis;
- o tempo que o bólido necessita para
deslocar-se de um extremo ao outro do
brinquedo seja igual ou superior a 0,60 s.
Dessa forma, iniciando a brincadeira com o
bólido em um dos extremos do brinquedo, com
_____ _ velocidade nula, a velocidade de chegada do
0 bólido ao outro extremo, em m/s, é de
10'J 2/10'3 t(s)
A) 10 cm/s B) 20 cm/s C) 30 cm/s a) 16. b) 20. c) 24. d) 28. e) 32.
D) 40 cm/s E) 50 cm/s
E20) (UFPE-13) Uma partícula de massa 0,2
E18) (Puc/SP-05) O gráfico representa a força kg move-se ao longo do eixo x. No instante t =
resultante sobre um carrinho de supermercado 0, a sua velocidade tem módulo 10 m/s ao
de massa total 40 kg, inicialmente em repouso. longo do sentido positivo do eixo. A figura a
seguir ilustra o impulso da força resultante na
♦ F(N)
direção x agindo sobre a partícula. Qual o
30 módulo da quantidade de movimento da
partícula (em kg.m/s) no instante t = 15s?
I(kg.m/s)'' j
t(s)
10
0
í—
—0,20 -I—
0,40 0,60 t(s)
269
Elementos da física - Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
R(N) resgatado chegou à nave com uma velocidade
4,0-- de 6 m/s na vertical. Considere que a massa
da nave é de 650kg, a do personagem
resgatado de 80kg
' Ie a do piloto de 70kg.
I I
a) Quais as componentes horizontal e vertical
da velocidade da nave imediatamente após o
I_____________________________ I______________
B E25) (Fuvest-12)
Vc = 400 m/s v
horizontal O
T VA = 100 m/s
i
I
I
Maria Luisa
]
270
_ ________________________________ Elementos da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
E26) (Fuvest-15) Um trabalhador de massa m
está em pé, em repouso, sobre uma E30) (AFA-11) Analise as afirmativas abaixo
plataforma de massa M. O conjunto se move, sobre impulso e quantidade de movimento.
sem atrito, sobre trilhos horizontais e retilíneos, I - Considere dois corpos A e B deslocando-se
com velocidade de módulo constante v. Num com quantidades de movimento constantes e
certo instante, o trabalhador começa a iguais. Se a massa de A for o dobro de B,
caminhar sobre a plataforma e permanece com então, o módulo da velocidade de A será
velocidade de módulo v, em relação a ela, e metade do de B.
com sentido oposto ao do movimento dela em II - A força de atrito sempre exerce impulso
relação aos trilhos. Nessa situação, o módulo sobre os corpos em que atua.
da velocidade da plataforma em relação aos III - A quantidade de movimento de uma
trilhos é luminária fixa no teto de um trem é nula para
(2rri4-M)v (2m 4- M)v (2m 4- M)v um passageiro, que permanece em seu lugar
a) b) c) durante todo o trajeto, mas não o é para uma
miM M m
(M-m)v (m 4- M)v pessoa na plataforma que vê o trem passar.
d) e) IV - Se um jovem que está afundando na areia
M M-m movediça de um pântano puxar seus cabelos
para cima, ele se salvará.
E27) (UFPE-99) Um canhão dispara uma bala
São corretas
cuja velocidade imediatamente após o disparo c) apenas III e IV.
a) apenas I e III.
é igual a 84 m/s. Devido à conservação da
b) apenas I, II e III. d) todas as afirmativas.
quantidade de movimento, o canhão recua
com a velocidade de 1,0 m/s. Calcule a razão E31) (ITA) Dadas 3 partículas e suas
entre a energia cinética da bala e a energia respectivas posições, m (x; y), em que m é a
cinética do canhão imediatamente após o massa em quilogramas, x e y as posições em
disparo.
metros, tais que 2 (3; 6), 4 (4; 4), 2 (1; 2).
- y (cm)
E28) (PUC/SP-05) O rojão representado na
figura tem, inicialmente, ao cair, velocidade
vertical de módulo 20m/s. Ao explodir, divide-
se em 2 fragmentos de massas iguais cujas 6
velocidades têm módulos iguais e direções que
formam entre si um ângulo de 120°. S
Dados: 4
sen30° = cos60° = 0,50; eD
o 2 4 6 x icm)
Indique qual dos pontos do gráfico representa
o centro de massa do sistema.
a) A b) B c) C d) D e) E
271
___________________________________ fíementos da física-Mecânica!-Impulso e Quantidade de Movimento
massa M e 3M, respectivamente. Num ™1 ,
determinado instante t, após a explosão, a '”2
parte B está a 6,00 m do local da explosão.
Designando-se por x a distância entre A e B,
no instante y, e desprezando-se a influência de
outros corpos, pode-se afirmar que :
A) x = 18, 0 m
B) x = 8,0 m ^<30° 607\
/Z/Z/Z/////////////////////////
C) x = 24,0 m
Determine, em m/s, o módulo da componente
D) não é possível calcular x , pois t não foi
horizontal da velocidade do centro de massa,
dado
no instante t = 12^3 s. Considere os planos
E) N. D. R. A.
sem atrito e suficientemente longos de modo a
E34) (ITA-88) Um plano inclinado de ângulo a garantir que os blocos ainda estarão sobre
e massa M encontra-se em repouso numa eles no instante considerado. Considere g = 10
mesa horizontal perfeitamente lisa. Uma m/s2.
joaninha de massa m inicia a subida deste
plano inclinado a partir da mesa. Ela mantém F3) (UFC) Dois homens A e B, ambos de
em relação ao plano sua velocidade u massa M, estão nas extremidades de uma
constante. Determinar a velocidade do plano plataforma homogênea, de comprimento L =
inclinado. 2,16 m e massa 5M, que pode se deslocar
sobre uma superfície horizontal plana sem
atrito. O homem A joga uma bola de massa
M/5 para o homem B, que a segura
Exercícios de Fixação firmemente. Determine, em centímetros, 0
deslocamento da plataforma com relação à
F1) (UFC) A figura ao lado mostra uma peça posição inicial.
metálica plana, de espessura e densidade
uniformes. A parte horizontal tem comprimento F4) (UFPR-13) Recentemente, foi publicada
L e largura D e os ramos verticais têm em um jornal a seguinte ocorrência: um
comprimento C e largura D, cada um deles. Se homem pegou uma sacola plástica de
L = 98 cm e D = 16 cm, determine o valor do supermercado, encheu com um litro de água e
comprimento C, em centímetros, sabendo que abandonou-a do oitavo andar de um prédio. A
o centro de massa da peça está sobre a linha sacola caiu sobre um automóvel que estava
MN. Veja a figura. estacionado no nível da rua. Admitindo que
i, D D cada andar do prédio tenha uma altura de 2,5
I __________ I” “ m e que a sacola de água tenha sido freada
pelo capô do carro em aproximadamente 0,01
s, calcule o módulo da força normal média de
C c frenagem exercida pelo capô sobre a sacola.
Despreze a resistência do ar, o peso da sacola
vazia e correções referentes ao tamanho do
M N carro e ao fato de a sacola não se comportar
D exatamente como um corpo rígido.
272
_________________________________ Hementos da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
III. Uma vez livre do rolete e com a alavanca F7) (UFBA-13) Ao saltar-se de um lugar alto, é
que libera o gás completamente pressionada, comum dobrar os joelhos enquanto se encosta
a força é mantida constante durante o tempo no solo. Isso é feito de modo instintivo, a fim
que for necessário se ter a chama acesa. de minimizar a força de interação entre o chão
0 gráfico mostra, hipoteticamente, a e o corpo, diminuindo o impacto sobre a
intensidade da força exercida por uma pessoa articulação do joelho. Desprezando a
no ato de acender um isqueiro, para cada ação resistência do ar e considerando uma pessoa
descrita. de massa igual a 60,0kg caindo de uma altura
:0t
a diferença, em módulo, da força de impacto
entre o chão e o corpo, com e sem dobrar os
joelhos, sabendo que o tempo do impacto sem
dobrar os joelhos é de 0,25s e que, dobrando-
■
0 -I---- H 4---- I— os, é de 1,0 segundo.
0,5 1,0 tfcO
ações: I II iiT F8) (UFTM-12) Em um recente acidente de
Nessas condições, o impulso da força exercida trânsito, uma caminhonete de 1,6 tonelada, a
pelo dedão sobre o rolete do isqueiro e sobre a 144 km/h, atingiu outro veículo, em uma grave
alavanca que libera o gás até seu completo colisão frontal, e conseguiu parar somente a
abaixamento, tem intensidade, em N.s, de 25 metros de distância do abalroamento. A
a) 0,05. b)0,10. c)0,15. intensidade média da força resultante que agiu
d) 0,20. e) 0,25. sobre a caminhonete, do ponto do impacto ao
de paragem, foi, em newtons, igual a
F6) (Unesp-04) Um corpo de 6,0 kg, a) 51 200. b) 52 100. c) 65 000.
deslocando-se com velocidade v na direção e d) 72 400. e) 75 000.
sentido de um eixo x e livre de forças externas,
explode, separando-se em dois pedaços, A e F9) (UFG-08) Partindo da data de hoje,
B, de massas mA e mB, respectivamente. Após considere que, daqui a mil anos, um avião,
a explosão, A e B passam a se deslocar no voando a uma altura H com uma velocidade
plano xOy, afastando-se do ponto O com horizontal vh, sofra uma pane que o faz perder
velocidades v sua propulsão e, por isso, comece a cair com
vA
A e vB, respectivamente,
aceleração constante g. Um dos dispositivos
segundo as direções representadas
de segurança com que o avião será dotado
esquematicamente por linhas pontilhadas na
permitirá que, após perder 80% de sua altura,
figura.
seja ejetado verticalmente para baixo o
contêiner de bagagens e combustível, cuja
massa é 2/3 da massa total do avião. A
velocidade da parte ejetada é igual a 3/2 da
velocidade vertical deste, imediatamente antes
da ejeção. Considere que todas as velocidades
citadas são dadas em relação a um referencial
*x inercial fixo na Terra. Desprezando a
6,0 kg 0
resistência do ar e a ação de forças externas
na ejeção, calcule:
a) a redução percentual da velocidade vertical
do avião;
b) a razão entre a distância horizontal
a) Sendo v o módulo de v e sabendo que os percorrida pelo avião com o mecanismo de
módulos das componentes vetoriais de vA e segurança ativado e a distância que ele
vB na direção de x valem, respectivamente, percorrería sem ativar este dispositivo.
v/2 e 2v, determine as massas mA e mB.
F10) (Unifesp-14) Uma empresa de demolição
b) Sendo vAy e vBy, respectivamente, os
utiliza um guindaste, extremamente massivo,
módulos das componentes de vA e vB, na
que se mantém em repouso e em equilíbrio
direção de y, determine a razão vAy/vBy. estável no solo durante todo o processo. Ao
braço superior fixo da treliça do guindaste,
273
___ _______________________________ Elementos da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
ponto O, prende-se um cabo, de massa Antes de o gatilho ser acionado, os carrinhos e
desprezível e inextensível, de 10 m de a mola moviam-se juntos, sobre uma superfície
comprimento. A outra extremidade do cabo é plana horizontal sem atrito, com energia
presa a uma bola de 300 kg que parte do mecânica de 3,75J e velocidade de 1m/s, em
repouso, com o cabo esticado, do ponto A. relação à superfície. Após o disparo do gatilho,
e no instante em que a mola está totalmente
distendida, o carrinho B perde contato com ela
e sua velocidade passa a ser de 1,5m/s,
também em relação a essa mesma superfície.
Nas condições descritas, calcule a energia
potencial elástica inicialmente armazenada na
"---O--" mola antes de o gatilho ser disparado e a
^Çbooooo II ___ Ll—.^ velocidade do carrinho A, em relação à
Sabe-se que a trajetória da bola, contida em superfície, assim que B perde contato com a
um plano vertical, do ponto A até o ponto B, é mola, depois de o gatilho ser disparado.
um arco de circunferência com centro no ponto
O; que o módulo da velocidade da bola no F12) (Unicamp-13) As nuvens são formadas
ponto B, imediatamente antes de atingir a por gotículas de água que são facilmente
estrutura do prédio, é de 2 m/s; que o choque arrastadas pelo vento. Em determinadas
frontal da bola com o prédio dura 0,02s; e que situações, várias gotículas se juntam para
depois desse intervalo de tempo a bola para formar uma gota maior, que cai, produzindo a
instantaneamente. Desprezando a resistência chuva. De forma simplificada, a queda da gota
do ar e adotando g = 10 m/s2, calcule, em ocorre quando a força gravitacional que age
newtons: sobre ela fica maior que a força do vento
a) o módulo da força resultante média que atua ascendente. A densidade da água é págua =
na bola no intervalo de tempo de duração do 1,0.103 kg/m3.
choque. a) O módulo da força, que é vertical e para
b) o módulo da força de tração no cabo no cima, que certo vento aplica sobre uma gota
instante em que a bola é abandonada do esférica de raio r pode ser aproximado por
repouso no ponto A. vento FVento = b x r, com b = 1,6 * 10-3 N/m.
Calcule o raio mínimo da gota para que ela
F11) (Unesp-13) Um brinquedo é constituído comece a cair.
por dois carrinhos idênticos, A e B, de massas b) O volume de chuva e a velocidade com que
iguais a 3kg e por uma mola de massa as gotas atingem O o solo são fatores
desprezível, comprimida entre eles e presa importantes na erosão.
erosão, O volume é
apenas ao carrinho A. Um pequeno dispositivo, usualmente expresso pelo índice
também de massa desprezível, controla um pluviométrico, que corresponde à altura do
gatilho que, quando acionado, permite que a nível da água da chuva acumulada em um
mola se distenda. recipiente aberto e disposto horizontalmente.
Calcule o impulso transferido pelas gotas da
chuva para cada metro quadrado de solo
horizontal, se a velocidade média das gotas ao
chegar ao solo é de 2,5 m/s e o índice
pluviométrico é igual a 20 mm. Considere a
colisão como perfeitamente inelástica.
274
__________________________________ Mementos da Física - Mecânica /- Impulso e Quantidade zfe Movimento
a) Quais as componentes horizontal e vertical
da velocidade da nave imediatamente após o
resgate?
b) Qual foi a variação da energia cinética total .. Vi
nesse resgate?
275
Mementos da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
NOTE E ADOTE: F19) (UEL-03) ____________
A massa do explosivo pode ser considerada Como o sistema Arrow protege Israel dos mísseis Scud do i
desprezível.
a) Determine o intervalo de tempo To, em
segundos, transcorrido entre o lançamento do
rojão e a explosão no ponto P.
b) Determine a velocidade horizontal VB, do t
276
_ ________________________________ Elementos da física - Mecânica /- Impulso e Quantidade de Movimento
F(a> = 8,0.i(N)e o veículo B (detrás), de massa b) nenhum dos blocos escapa da região (1);
c) os dois blocos acabam de atingir a região
mB = 30 kg, está sob a ação da força resultante
(3) com energias cinéticas iguais;
F(b> = 9,0.T(N). No instante t = 0, temos: o d) o bloco B vai de (1) para (3), chegando ao
módulo da velocidade do veículo A é duas patamar da região (3) com cerca de 50 joules
vezes maior do que o módulo da velocidade do de energia cinética, enquanto que o bloco A
veículo B e a velocidade de A em relação a B é vai para a esquerda, voltando em seguida para
2,0 T ( m / s ). No instante t = 5,0 s, o módulo a direita indo atingir também a região (3) com
da velocidade (em m/s) do centro de massa do cerca de 50 joules de energia cinética;
sistema (A + B) é e) ao final, os dois blocos ficarão parados na
a) 4,5 b)4,0 c) 3,6 d) 3,2 e) 3,0 região (3).
F21) (ITA-61) Uma granada é lançada de um F23) (ITA-78) Um corpo de massa igual a 2,0
ponto 0, formando um ângulo A com a Kg acha-se em movimento retilíneo. Num certo
horizontal, como mostra a figura. No ponto de trecho de sua trajetória faz-se agir sobre ele
altura máxima da trajetória, ao explodir, as uma força que tem a mesma direção do
direções e sentidos (indicados pelas setas) movimento e que varia com o tempo, conforme
que seus fragmentos podem tomar, são: a figura abaixo. Neste trecho e nestas
condições, pode-se afirmar que a variação da
velocidade “Av” do coroo será dada oor:
F(n)
40
20
O
3"
-20
I) quando ela explode em duas partes.
II) quando ela explode em três partes/ A) Av = 2,5 m/s; B) Av = 5,0 m/s;
III) quando ela não explode. C) Av = 8,0 m/s; D) Av = 2,0 m/s;
A) a, 5 B) e, (j, S C) e E) Av = 4,0 m/s.
D)p, E)p, S F)a, S.E,
G) Nenhuma das direções acima. F24) (ITA-81) No barco da figura há um
homem de massa 60 kg subindo uma escada
F22) (ITA-66) A superfície cujo perfil está solidária ao barco e inclinada de 60° sobre o
esquematizado na figura mostra três regiões plano horizontal. Sabe-se que os degraus da
planas, horizontais. A região (2) está 2,00m escada estão distanciados de 20 cm um do
acima de (1); e a (3), 1,00m acima de (1). Os outro e que o homem galga um degrau por
blocos A e B, cada um dos quais tem massa segundo. A massa total do sistema barco
de 5,0 kg , estão inicialmente na região (1), mais escada é 300 kg. Sabendo que
separados, mas não ligados, por uma mola inicialmente o barco e o homem estavam em
comprida que armazena 120 joules de energia repouso em relação à água, podemos concluir
potencial elástica. Supondo que esses blocos que o barco passará a mover-se com
podem se mover sem atrito sobre a superfície velocidade de:
e que a aceleração da gravidade vale 10,0
m/seg2, pode-se afirmar que, depois que a
mola se expandir:
(2}
2»
(3)
( ) A. 10 cm/s ; ( ) B. 2,0 cm/s ;
( ) C. 2,5 cm/s ; ( ) D. 10 cm/s ;
(1)
( ) E. 1,66 cm/s;
a) o bloco A fica oscilando na região (1),
enquanto que o bloco B atinge a região (3) F25) (ITA-88) As massas m, = 3,0 kg e m2 =
com cerca de 50 joules de energia cinética; 1,0 kg, foram fixadas nas extremidades de
277
__________________________________ Fiementos da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
uma haste homogênea, de massa desprezível de 25 m acima do chão. No mesmo instante,
e 40 cm de comprimento. Este sistema foi uma segunda bola, com massa de 0,25 kg, é
colocado verticalmente sobre uma superfície lançada verticalmente para cima, a partir do
plana, perfeitamente lisa, conforme mostra a chão, com uma velocidade inicial de 15 m/s.
figura, e abandonado. A massa m, colidirá As duas bolas movem-se ao longo de linhas
com a superfície a uma distância x do ponto muito próximas, mas que não se tocam. Após
P dada por: 2,0 segundos, a velocidade do centro de
massa do sistema constituído pelas duas bolas
m,
é de:
0,5Kg
( ) A. x = 0
_____ Q
(no ponto P)
40 c-m
^//Z/zZ/ZÓ
rq
I í
25 m
( ) B. x = 10 cm
i iv
(
(
(
)
)
)
C.
D.
E.
x
x
x
=
=
=
20
30
40
cm
cm
cm
—Lm 0,25 Kg
(A) 11 m/s, para baixo. (B) 11 m/s, para cima.
F26) (ITA-95) A figura mostra o gráfico da (C) 15 m/s, para baixo. (D) 15 m/s, para cima.
força resultante agindo numa partícula de (E) 20 m/s, para baixo.
massa m, inicialmente em repouso.
F29) (ITA-05) Dois corpos esféricos de massa
F, M e 5M e raios R e 2R, respectivamente, são
liberados no espaço livre. Considerando que a
ti b única força interveniente seja a da atração
o t gravitacional mútua, e que seja de 12R a
f2 distância de separação inicial entre os centros
dos corpos, então, o espaço percorrido pelo
No instante t2 a velocidade da partícula, V2 corpo menor até a colisão será de
será: a) 1,5 R.
a) v2 = [(Fi + F2) t, - F212] / m b) 2,5 R.
b) V2 = [( F, - F2) t, - F212] / m c) 4,5 R.
c) V2 = [( F-i - F2) t, + F212] / m d) 7,5 R.
d) V2 = ( F, t, - F2 t2)/ m e) 10,0 R.
e) V2 = [(t2-t1)(F1-F2)]/2m
12R
F27) (ITA-98) Uma massa m em repouso
divide-se em duas partes, uma com massa F30) (OBF-06) Uma bola de chumbo de massa
2m/3 e outra com massa m/3. Após a divisão, mB igual a 5kg é lançada com uma velocidade
a parte com massa m/3 move-se para a direita vB que faz com que ela caia e fique imobilizada
com uma velocidade de módulo v,. Se a dentro de um carrinho, conforme mostrado no
massa m estivesse se movendo para a desenho. O carrinho tem massa mc igual a
esquerda com velocidade de módulo v antes 10kg e se move com velocidade constante vc =
da divisão, a velocidade da parte m/3 depois 5 m/s.
da divisão seria: 10m
4--------
a) Para a esquerda _ VB
O------
b) (v, - v) para a esquerda.
c) (vt - v) para a direita.
vc
d) Para a direita.
278
Mementos da física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
a) calcule o valor da velocidade vB com que a A2) (UFTM-12) Num trecho plano e horizontal
bola colide com o carrinho; de uma estrada, um carro faz uma curva
b) calcule a velocidade v com que o carrinho mantendo constante o módulo da sua
se movimentará após ter recebido a bola de velocidade em 25 m/s. A figura mostra o carro
chumbo. em duas posições, movendo-se em direções
que fazem, entre si, um ângulo de 120°.
F31) Um projétil disparado por um canhão, no Considerando a massa do carro igual a 1000
ponto mais alto de sua trajetória (a uma kg, pode-se afirmar que, entre as duas
distância A do canhão medida posições indicadas, o módulo da variação da
horizontalmente), explode dividindo-se em dois quantidade de movimento do veículo, em (kg.
fragmentos iguais. Um dos fragmentos é m)/s, é igual a
arremessado para trás com a mesma
velocidade que tinha o projétil antes de
explodir. A que distância do canhão cairá o
segundo fragmento?
11 ........
30- ♦H wi
B) Sabendo que o bloco de massa M, ao
279
Flementos da Física-Mecânica i-Impulso e Quantidade de Movimento
massa M e de massa 3M imediatamente após eixo x), ficando com velocidade de 30 m/s. A
a separação. O bloco de massa 3M, após a energia potencial inicialmente armazenada na
separação, continua movendo-se no mesmo mola, em joules, era de
sentido até chegar a uma região da superfície
y
não lisa AB, muito extensa.
M 3M
mm
k
a A B
O () t > ()
280
__________________________________ ílementos da física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
atingir a altura máxima lança horizontalmente A) a joaninha não irá se deslocar. Somente o
para trás o corpo com velocidade 2,00 m/s em anel adquirirá um movimento de rotação em
relação ao centro-de-massa do sistema torno de seu centro de simetria.
formado por ele próprio mais o corpo. B) a joaninha descreverá órbitas circulares em
Adotando para a aceleração da gravidade o torno do centro do anel, enquanto que o anel
valor g = 10,0 m/s2, podemos afirmar que o girará em sentido contrário em torno do seu
atleta ganhará em alcance horizontal a centro.
distância: C) a joaninha e o centro de massa (C.M.) do
A) 0,8773 m B) - 0,2573 m C) 0,2573 m sistema descreverão respectivamente órbitas
D) 1,2573 m E) zero. circulares de raios r = R e R Cm = mR/(m + M).
D) o centro de massa (C.M.) do sistema
A10) (ITA-72) Uma bola de tênis, de massa permanecerá em repouso, enquanto que a
igual a 100 g, é atirada contra uma parede, joaninha descreverá órbitas circulares de raio r
onde chega horizontalmente com a velocidade = MR/(m + M).
de 20 m/s. Refletindo na parede ela volta com E) nenhuma das afirmações acima está
a mesma velocidade horizontal. Sabendo-se correta.
que a força média devida à parede que atua
sobre a bola durante o impacto é de 40 N, qual A13) (ITA-02) Uma rampa rolante pesa 120 N
é, aproximadamente, a variação da quantidade e se encontra inicialmente em repouso, como
de movimento que a bola sofre na vertical mostra a figura. Um bloco que pesa 80N,
devido a ação da gravidade, no intervalo de também em repouso, é abandonado no ponto
tempo do impacto ? 1, deslizando a seguir sobre a rampa. O centro
A) 4, 0 kg . m.s ~1 D) 0. 04 kg . m.s de massa G da rampa tem coordenadas:
B) 0, 4 kg . m.s -1 E) 10 kg . m.s "1 2b c
C) 0, 1 kg . m.s ’1 Xr =— e y
’■ G =
—— . São dados ainda: a =
G 3 '^3
15,0m e sen a = 0,6. Desprezando os
A11) (ITA-91) Segundo um observador possíveis atritos e as dimensões do bloco,
acoplado a um referencial inercial, duas pode-se afirmar que a distância percorrida pela
partículas de massa mA e mB possuem rampa no solo, até o instante em que o bloco
velocidades vA e vB, respectivamente. Qual a atinge o ponto 2, é:
quantidade de movimento pA que um
observador preso ao centro de massa do
sistema mede para a partícula A ?
a) Pa= mA vA
b) Pa= mA (vA-vB)
2
C)pa = ma.m O
Ma+M,
281
[/ementas da Física-Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
M p
m=T
W-- a
A
o '
283
ílementos tia física - Mecânica /- Impulso e Quantidade de Movimento
horizontal e está encostado em uma parede
A vertical. Um pequeno corpo de massa m2
desliza sem atrito desde sua posição inicial,
h como mostra a figura. Determine a velocidade
máxima adquirida pelo bloco de massa nh,
C ______ devido à interação com o corpo de massa m2.
I
L—
A28) Duas superfícies inclinadas móveis w2
possuem a mesma massa M e são
suavemente conjugadas com o solo horizontal.
Um bloco de massa m é largado de uma altura
h sobre a superfície inclinada móvel da
esquerda. Qual a máxima altura alcançada mi
pelo bloco na superfície inclinada da direita? O
atrito deve ser desprezado.
A31) Os corpos, de massas M, e M2, ligados
por um fio inextensível, que passa pela roldana
A, deslizam sobre as superfícies laterais de
h uma cunha retangular, cuja base BC se apoia
num plano horizontal liso. Calcular o
M M deslocamento da cunha pelo plano horizontal
durante a descida da carga M-, de uma altura h
= 10 cm. A massa da cunha é M = 4Mt = 16M2.
Menosprezar as massas do fio e da roldana.
muv ) M |2Z?
a) o valor da força horizontal que o jardineiro A33) Um bloco de massa M, onde foi cavada
exerce para equilibrar a força associada à em sua superfície superior uma semiesfera de
mudança de velocidade da água no bico da raio R, está repousando sobre uma superfície
"mangueira"; horizontal sem atrito, em um local onde a
b) o valor da força de reação exercida pela gravidade vale g. Um ponto material, de massa
parede contra o jato de água. m, é abandonado, sem velocidade inicial, em
um ponto P, ponto mais alto do bloco e
A30) Um bloco simétrico de massa m,, com tangenciando a superfície semiesférica.
um furo hemisférico de raio r na superfície
superior, repousa sobre uma superfície
284
Elementos da física - Mecânica /- Impulso e Quantidade de Movimento
p na mesma direção que a parede dianteira do
carrinho. Determine o valor de D para que este
experimento seja realizado com sucesso.
n. Considere que ao perder contato com o
carrinho o corpo possui somente velocidade
M horizontal. Despreze as dimensões do corpo m
e das rodinhas do carrinho.
a) Determine a velocidade do bloco em função
— i—</ m
do ângulo <p.
b) Determine a força normal que o bloco M h
exerce sobre o ponto material em função do M
ângulo <p.
I li
I
M A
A36) Um garoto deseja construir um carrinho A38) Um corpo de massa 400 g está preso a
de madeira para testar um dispositivo um fio de comprimento 1,5 m, girando num
mecânico. Para tanto, ele possui todas as plano horizontal em MCU com <o = ™ rad/s,
madeiras que serão usadas para montar as
paredes do carrinho, faltando apenas ajustar o constituindo um pêndulo cônico. Uma força
valor da altura D da parede lateral dianteira. tangente à trajetória passa então a ser
Os demais comprimentos estão indicados na aplicada sobre o corpo até que ele adquira a
figura abaixo. O garoto deseja colocar um n /o A
velocidade angular de —~ rad/s, atingindo
corpo de massa m sobre o carrinho (cuja
massa total é M) de modo que depois que o um novo MCU. Determine o trabalho desta
corpo se desprenda do carrinho acabe caindo força neste intervalo de tempo, sabendo que g
dentro de um buraco que inicialmente estava = 10m/s2.
285
Mementos da física-Mecânica i-Impulso e Quantidade de Movimento
a) 0,6 J b) 0,9 J c)1,3J a) 2 m/s b) 4,/Õj3 m/s c) 7Í1 m/s
d)1,5J e)1,9J d) 273 m/s e) 4 m/s
1 4m
A43) O vagão da figura tem massa M e os
atritos nas rodas podem ser desprezados. O
pêndulo preso ao teto do vagão tem massa m
e comprimento L. Inicialmente, na posição
mostrada na figura, pêndulo e vagão estão em
repouso. Largando o pêndulo pede-se
determinar:
a) a velocidade máxima atingida pelo vagão;
A41) Um carro de massa M pode se mover b) o trabalho da tração do fio sobre o pêndulo
sem atrito em trilhos horizontais. Sobre o carro desde o instante em que foi largado até o carro
fixou-se um pêndulo simples (uma bola de assumir sua velocidade máxima.
massa m, pendurada em uma corda de
comprimento igual a 2,4 m). No momento V <?
inicial, o carro e o pêndulo estavam em
repouso e a corda foi inclinada num ângulo de
60° em relação à vertical. Determine a
velocidade do carro no instante em que a
corda fizer um ângulo igual a 0o com a linha
vertical, sabendo que M = 2m e que g = 10
O _C>
W/7>//////////////////7////y/7.
m/s2.
A44) Um grande cubo de isopor, de massa M
e aresta L = 30,0 metros, repousa sobre uma
M superfície horizontal perfeitamente lisa. Um
projétil de massa m = (1/5)M é disparado
y-------- ‘TY
horizontalmente contra o cubo atingindo-o com
7/7/77/777/M7//////////á///////////////7 velocidade v = 300 m/s, perpendicularmente a
uma de suas faces. O projétil atravessa o cubo
286
Mementos da Física - Mecânica !-Impulso e Quantidade de Movimento
e sai perpendicular à face oposta, com posição mais baixa, o corpo terá uma
velocidade u = 200 m/s. Suponha que a força velocidade relativa ao tubo, em cm/s, igual a
de resistência (atrito) que atua sobre o projétil,
enquanto ele atravessa o cubo, é constante.
M V.= 0 Aí 11
m
antes depois_______
Calcule a distância D que o cubo percorre
enquanto dura a travessia. __________________________ X
a) 1,00 m b) 1,25 m c) 1,50 m 777 l i l i ! I i i i ! ! 1 i ! t ! Y
d) 1,75 m e) 2,00 m A)-11,3. B)-206. C)11,3.
D) 206. E) 194.
A45) Um caixote tendo uma massa de 50 kg
repousa apoiado contra um bloco fixo que A48) (IME-18) Um veículo de combate tem,
impede o caixote de se mover plano abaixo. como armamento principal, um canhão
Se o coeficiente de atrito entre o plano e o automático eletromagnético, o qual está
caixote é p = 0,3, determine o tempo municiado com 50 projéteis. Esse veículo se
necessário para a força F conferir ao caixote desloca em linha reta, inicialmente, em
uma velocidade de 2 m/s plano acima. F velocidade constante sobre um plano
sempre age paralelamente ao plano e tem um horizontal. Como o veículo está sem freio e
módulo F = (300t) N, onde t é medido em descontrolado, um engenheiro sugeriu
segundos. executar disparos a fim de reduzir a velocidade
F do veículo. Após realizar 10 disparos na
mesma direção e no mesmo sentido da
velocidade inicial do veículo, este passou a se
5
deslocar com metade da velocidade inicial.
Diante do exposto, a massa do veículo, em kg,
30°
é:
Dados:
a) 5,72 s b) 18,91 s c) 0,05 s • velocidade inicial do veículo: 20 m/s;
d) 1,2 s e) 2,06 s • velocidade do projétil ao sair do canhão: 800
m/s; e
A46) Sobre um pequeno bloco de massa m • massa do projétil: 2 kg.
que se encontra em repouso passa a atuar Observação:
uma força cujo módulo depende do tempo • não há atrito entre o plano horizontal e o
segunda a expressão F = kt, onde k é uma veiculo.
constante e t é o tempo. Suponha que a força (A) 1.420 (B) 1.480 (C) 1.500
F sempre mantém o ângulo 0 com relação à (D) 1.580 (E) 1.680
horizontal. Calcule o trabalho realizado pela
força F desde o inicio de sua aplicação até o
instante em que o bloco perde contato com o
piso liso.
P m
7ZZZZZZZZZZZZZZZZZZ/
287
Elementos da física - Mecânica /- Colisão Mecânica
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Um choque entre dois corpos que ocorre em um intervalo de tempo relativamente muito
pequeno e durante o qual os dois corpos exerçam forças relativamente grandes entre si recebe a
denominação de colisão mecânica ou impacto mecânico ou choque mecânico. A reta normal às
duas superfícies de contato é denominada de linha de choque. Esta reta contém as forças
trocadas pelos corpos devido à colisão, uma força em cada corpo. Se a linha de choque coincide
com reta que une os centros dos corpos a colisão é classificada como central. Uma colisão central
será direta quando os vetores velocidades dos corpos antes do impacto pertençam à linha de
choque. Por outro lado, uma colisão central será oblíqua quando pelo menos um dos vetores
velocidades iniciais dos corpos não pertençam à linha de choque. Uma colisão será classificada
como excêntrica quando a linha de choque não coincidir com a reta que une os centros dos
corpos. Note que a colisão entre dois corpos perfeitamente esféricos será sempre central.
— Vi
linha de linha de V2
choque choque linha de
choque
linha que' ■
une os
colisão central colisão central colisão centros
direta obliqua excêntrica
Suponha que dois corpos estejam se movimentando sobre uma mesma reta em sentidos
opostos. Imediatamente antes do impacto a velocidade do corpo de massa m, é v,, enquanto que
a velocidade do corpo de massa m2 é v2. Toda colisão pode ser dividida em duas fases. A fase
de deformação ocorre desde o instante em que os corpo iniciam o contato da colisão até o
instante t* em que a força trocada pelos corpos devido ao impacto é máxima. Neste instante t* a
velocidade dos corpos é igual e será denominada de ü. Se os corpos não forem extremamente
rígidos, por exemplo duas bolas de futebol, os corpos apresentam uma máxima deformação no
instante t* na região de contato. A partir do instante t* até o instante em que os corpos perdem
contato ocorre a fase de restituição.
Em uma colisão cada corpo exerce no outro uma força de contato. Estas forças atuam ao
longo da linha de choque, formando um par de forças ação e reação, ou seja, possuem mesmo
módulo, mesma direção e sentidos opostos. Na figura abaixo F12 é a força que o corpo 1 exerce
no corpo 2 e F21 é a força que o corpo 2 exerce no corpo 1. Assim: F12 - -F21.
288
__ _______ _______________________________ FlementostiaFísica-Mecãnlcal-Colisão Mecânica
Estas forças atuam durante um intervalo de tempo muito pequeno, normalmente menos de
1 décimo de segundo, porém atingem uma intensidade máxima relativamente grande. O gráfico
abaixo mostra como varia o módulo da força de contato que atua em um dos corpos em função do
tempo. Como são iguais os módulos das forças de contato que cada corpo exerce no outro, o
gráfico abaixo pode representar a variação temporal do módulo de F12 ou de F21.
F“
Fmax -
*t
A área compreendida entre o gráfico e o eixo do tempo, desde o instante inicial até o
instante t* (em que a força é máxima), ou seja, durante a fase de deformação, é o módulo do
impulso de deformação | Td |. A área compreendida entre o gráfico e o eixo do tempo, desde o
instante t* até o instante final t(, ou seja, durante a fase de restituição, é o módulo do impulso de
restituição | Tr |.
Como F12 = -F21 segue que os impulsos de deformação e de restituição são iguais, em
módulo, para cada um dos corpos participantes da colisão: | Td11=| Td21 e | Tr11=| |. Vetorialmente
falando tem-se que Td1 = -Td2 e Tr1 = -T^. Deste modo, os módulos do impulso de deformação e
do impulso de restituição da força de contato, calculados sobre todo o sistema, sempre são iguais
a zero. Logo, toda vez que forem citados os impulsos de deformação e restituição entende-se que
fazem referência a apenas um dos corpos que colidem.
Caso não haja conversão de energia interna em energia cinética durante o processo de
colisão (como em uma explosão, por exemplo), tem-se que | Td | > | Tr |.
Sabe-se que em uma colisão central direta os vetores velocidades dos corpo
imediatamente antes do choque pertencem à linha de choque. Como a força que atua em cada
corpo devido ao impacto também pertence à linha de choque, tem-se que as velocidades dos
corpos imediatamente depois do choque também pertencem à linha de choque.
Considere a situação apresentada abaixo, onde duas esferas de massas m, e m2 estão se
movendo sobre um solo horizontal liso. Imediatamente antes do choque a velocidade da esfera de
massa m, é v,, enquanto que a velocidade da esfera de massa m2 é v2.
X Yí
Durante o choque entre as esferas atuam sobre cada uma das esferas três forças: peso,
normal com o solo e força de contato com a outra esfera, como indicado na figura abaixo.
289
Elementos tia física-Mecânica!-Colisão Mecânica
Analisando o sistema formado pelos dois corpos tem-se que a força resultante neste
sistema = P1 + N, + F21 + P2 + N2 + F21. Como existe equilíbrio vertical em ambos os
sistema vale FR sistema
corpos segue que P, + N, = 0 e P2 +N2 = 0. Sabe-se também que as forças de contato formam um
par de forças ação e reação: F21 + F12 = 0. Deste modo conclui-se que FR sistema = 0, ou seja, o
sistema formado por estes dois corpos é mecanicamente isolado e, consequentemente, tem-se a
conservação da quantidade de movimento nos instantes imediatamente antes do choque e
imediatamente depois do choque:
m-iV, + m2v2 = m1 vd'+ m2v2', onde Vt > 0, v2 < 0, v/ < 0 e v2' > 0
Esta última opção é mais vantajosa quando não é conhecido o sentido de todos os vetores
velocidade depois do choque. Assim, quando uma velocidade assumir valor positivo significa que
seu vetor está no mesmo sentido do eixo adotado e quando uma velocidade assumir valor
negativo tem-se que seu vetor está em sentido contrário ao do eixo adotado. Nesta obra será
adotado este último método, com os sinais embutidos nas variáveis velocidades.
Todo que foi exposto é válido para a situação proposta do choque entre dois corpos que se
movem sobre uma superfície lisa. Entretanto, existe uma infinidade de situações em que dois
corpos colidem de forma central e direta, não sendo possível descrever todas as situações desta
categoria de choque. Perceba que outras forças externas poderiam estar atuando sobre os
corpos, além do peso e da normal. Um dos corpos, por exemplo, poderia estar preso a uma mola.
Outro corpo poderia estar oscilando preso a um fio. O importante é saber quando ocorre, em uma
colisão, a conservação da quantidade de movimento. As condições são as mesmas apresentadas
no capítulo anterior, agora adaptadas para a situação da colisão entre dois corpos. Logo, para que
ocorra conservação da quantidade de movimento durante o choque entre dois corpos basta que
ocorra uma das condições seguintes:
T = jFRdt = internas
+ ^externas. dt => í-ÍCf.ixtemas ) ^t
Claramente, se X^extemas = 0 segue que T = 0.
É importante ressaltar que o sistema deve ser formado apenas pelos corpos que colidem.
Qualquer outro elemento, como o chão, uma mola, um fio,... deve ser descartado do sistema.
290
Elementos da física - Mecânica /- Colisão Mecânica
2) Tempo de interação nulo:
Quanto mais rígidos foram os corpos que colidem menor é o tempo de interação devido ao
choque. Pode-se admitir, por exemplo, que o impacto entre duas esféricas metálicas possui um
tempo interação que tende a zero. Neste caso, o impulso total durante o choque é nulo e assim
ocorre a conservação da quantidade de movimento. Observe que a suposição que o tempo de
interação é nulo possui apenas sentido teórico. Na prática, por mais que os corpos sejam
extremamente rígidos, sempre existirá um tempo de interação entre os corpos que estão
colidindo, por menor que seja este tempo. Como as forças trocadas devido ao choque são
relativamente grandes, mesmo com um tempo pequeno de choque o impulso devido ao choque
acaba assumindo um valor que não pode ser desconsiderado.
y
As esferas colidem no ar, em um ponto onde a velocidade do corpo 1 é v, com sentido
descendente e a velocidade do corpo 2 é v2 com sentido ascendente. As forças F12 e F21 formam
um par de forças ação e reação, ou seja, F12 + F21 = 0 . Suponha que os corpos fiquem em contato
durante o choque, contando as fases de deformação e restituição, um tempo At. O impulso total
sobre o sistema formado pelos dois corpos é dado por:
Perceba que P, e P2 são vetores não nulos com mesma direção e sentido, ou seja,
P, + P2 * 0. Assim, o impulso sobre o sistema será nulo apenas se supormos que At = 0. Como já
comentado anteriormente, na prática, sempre tem-se At * 0. Porém, em modelo teóricos pode-se
admitir que se os corpos são extremamente rígidos o tempo de interação no choque é desprezível
e pode-se assumir At = 0, fazendo com que exista a conservação da quantidade de movimento,
mesmo com o sistema não sendo mecanicamente isolado.
291
Fiementos da Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO
Considere uma colisão central direta entre dois corpos de massas rm e m2, que formam
um sistema mecanicamente isolado. Define-se coeficiente de restituição de um choque como
sendo a razão entre os módulos dos impulsos de restituição e deformação atuantes sobre um dos
I S restituição I
corpos: e
I i deformação I
É importante destacar que estes impulsos devem ser calculados sobre apenas um dos
corpos participantes do impacto, uma vez que tanto o impulso de deformação quanto o impulso de
restituição do sistema possuem módulo igual a zero. Esta expressão do coeficiente de restituição
pode ser desenvolvida de modo a ficar em função apenas das velocidades inicial e final dos
corpos no choque. Para tanto, suponha a situação da colisão central direta dos corpos de massas
m, e m2 apresentada no início do capitulo, onde as velocidades dos corpos imediatamente antes
do choque, no instante de máxima força de contato e imediatamente depois do choque estão
indicadas na figura seguinte.
ld = ldi = - Id2 => ld = AQi = - AQ2 => ld = miu - rmv! = m2v2 - m2u
+m2v2
rmu + m2u = nw + m2v2 u
m1 + m2
O impulso de restituição sobre cada um dos corpos pode ser escrito da seguinte maneira:
Ir = l<-i = —!« => lr = AQi'= - AQ2’ => lr = m,Vi’- mru = m2u - m2v2’ =>
, , '+ m,v,'
m,u + m2u = m,Vi + m2v2 => u =——1------ A-
m1 +m2
292
flementos da física-Mecânica !-Colisão Mecânica
+ " m2v2''
m,v,'+ m2v2' _m,m2(v,v2')
Ir= rrhv/ - 171,11 = m, v, = mi
m, + m2 m1 + m-2 m, + m2
Deste modo, o coeficiente de restituição também pode ser expresso da seguinte forma:
(v,'-v2')
I ! restituição I | lr I «í + m2
e= e IV1' I
I ’ deformação i Hd I I v2 ~ v, I
(v2-v,)
Como estudou-se até o momento apenas a colisão central direta, todas as velocidades
envolvidas no cálculo do coeficiente de restituição são medidas em um eixo unidimensional
paralelo à linha de movimento dos corpos. No item referente ao estudo da colisão central obliqua
será apresentado como é realizado o cálculo do coeficiente de restituição para um choque em que
os vetores velocidades não sejam paralelos à linha de choque.
TIPOS DE COLISÃO
Os choques centrais diretos podem ser classificados com relação ao valor do impulso de
restituição.
imediatamente imediatamente
antes do choque depois do choque
293
Elementos da Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
n^v, + m2v2 m-jV,'+ m2v2'
Como os corpos se movimentam sobre uma mesma reta pode-se adotar um eixo
unidimensional x, paralelo à reta de movimento dos corpos. Assim, todas as velocidades são
paralelas ao eixo x, fazendo com que a expressão da conservação da quantidade de movimento
possa ser reescrita da seguinte maneira:
onde os sinais estão embutidos nas variáveis velocidades, ou seja, se v, possui o mesmo sentido
de x então Vt > 0 e se v2 possui sentido contrário de x então v2 < 0.
Como a colisão é perfeitamente elástica o coeficiente de restituição é igual a 1:
I Vjv2 ’ I 1 _ V2 Vi '
e= => V2’- V/ = V, - V2 (2)
IV2-VJ vi-v2
Perceba que, dados m1y m2, Vi e v2, de posse das equações (1) e (2) sempre é possível
calcular os valores de v/ e v2’, uma vez que as equações (1) e (2) formam um sistema de
equações lineares 2x2 possível e determinado nas variáveis v/ e v2’. Desta forma, se a colisão
central direta for classificada como perfeitamente elástica e se forem fornecidos os valores das
massas dos corpos e das velocidades iniciais, sempre é possível determinar as velocidades dos
corpos imediatamente depois do choque, bastando escrever as equações de conservação da
quantidade de movimento e do coeficiente de restituição, que vale 1.
mi(Ví - v/Xvt + v,’) = m2(v2’ - v2)(v2 + v2’) => m^,2 - tr^v, 12 = m2v2,2-m2v22
mivi2 . —
m2v22* m2'■
m.v/2 ! - v2 12
m^2 + m2v22 = m^, ,2+ m2v2 <2
2 2 2 F
o 1o membro desta última equação representa a energia cinética do sistema no instante
imediatamente anterior ao choque e o 2o membro representa a energia cinética do sistema
imediatamente depois do choque. Assim, pode-se afirmar que em um choque central
perfeitamente elástico existe a conservação da energia cinética do sistema. Como em uma colisão
o tempo de interação dos corpos é muito pequeno, pode-se desprezar a variação da energia
potencial gravitacional entre os instantes anterior e posterior ao choque. Deste modo, pode-se
assumir que a energia mecânica é composta apenas da modalidade energia cinética. Portanto,
pode-se enunciar que em um choque central perfeitamente elástico ocorre a conservação da
energia mecânica do sistema.
De tudo que foi exposto, pode-se afirmar que em um choque central perfeitamente elástico
de dois corpos de massas ni! e m2, com velocidades iniciais v, e v2 e finais v/ e v2’,
respectivamente, pode-se escrever as seguintes expressões relacionando estas grandezas:
294
F/ementos tia Física-Mecânica !-Colisão Mecânica
n^v-i + m2v2 = n^v, '+ m2v2'
v2’ - v/ = v, - v2
2 m2v22 mivi '2
m1v1 , m2v22
+ 2~
2 ~~~ 2~
Perceba que, dados os valores de m,, m2, v, e v2, a determinação de v,' e v2’ é dada pela
resolução de um sistema formado por apenas duas das três equações. Isto ocorre uma vez que
qualquer uma das três equações pode ser determinada pela manipulação algébrica das outras
duas. Por simplicidade, deve dar preferência pelas equações da conservação da quantidade de
movimento e do coeficiente de restituição, que são as únicas lineares com relação às velocidades.
Colisão Inelástica
Uma colisão central direta é denominada de inelástica quando o impulso de restituição é
I ' restituição I
nul0: 'restituição = 0 • Como e então o coeficiente de restituição do choque também é
I ' deformação I
nulo. Desde que também pode-se expressar o coeficiente de restituição do choque em função das
velocidades imediatamente anterior e imediatamente posterior ao choque, a saber e = ,
Ivz-vj
então e = 0 se e somente se v,’ = v2’ = v’. Desta forma, em uma colisão central inelástica as
velocidades finais dos corpos são iguais. A figura abaixo ilustra esta situação:
imediatamente imediatamente
antes do choque depois do choque
m,v, + m2v2
m1v1 + m2 v2 = rr^v'+ m2 v' n^v, + m2v2 = (m, + m2 )v' => v‘
m, +m2
>2
_miv m2v'2 m^2 m2v22 (m1 + m2)v’2-m1v12 -m2v22
Q = ECf - Ec0 —+ 2 —
2 2 2
\2
n^v, +m2v2 2 2 (m^+m^)2 2 2
(m, + m2)| - rr^vf - m2v2 - n^vf - m2v2
m, + m2 m, +m2
Q =-------------- T” 2
295
____________ Elementos tia Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
,2.
jpfof + + 2m1m2v1v2 - npfof - m1m2v2 - m^v2 - jpjvf
2
_ -mim2 (v,2 + v22 - 2v,v2)
Q
2(01., + m2) 2(m1+m2)
n_ m1m2(v1-v2)2
2(m1+m2)
Inicialmente deve-se observar que v-, * v2, uma vez que se Vf = v2 os corpos não colidiríam.
Além disso, como (Vt - v2)2 > 0 e as massas são sempre positivas, segue que Q < 0. Assim,
conclui-se que em um choque central inelástico a energia mecânica do sistema não se conserva,
sempre diminuindo: Emt < Em0.
Uma colisão central direta é classificada como parcialmente elástica quando o módulo do
impulso de restituição assume um valor não nulo menor que o módulo do impulso de deformação:
'restituição l<l 'deformação I *
v^-_
mi JT12
imediatamente imediatamente
antes do choque depois do choque
onde os sinais estão embutidos nas variáveis velocidades, ou seja, se v, possui o mesmo sentido
de x então v, > 0 e se v2 possui sentido contrário de x então v2 < 0.
IJ reatituição I entã0 segue qUe o < e < 1. Assim,
Como 0 <| Trestituiçâ0 l<'l ^deformação I ® ®
I ' deformação I
adotando os sentidos das velocidades apresentados na figura anterior, pode-se afirmar que:
O sistema formado pelas expressões (1) e (2) permite determinar os valores de v/ e v2’,
que são as velocidades de m, e m2, respectivamente, imediatamente depois do choque. Deve-se
ressaltar que, dados Vt, v2, e, mi e m2, o sistema formado pelas equações (1) e (2) é sempre
linear 2x2 nas variáveis v/ e v2’, sendo sempre possível e determinado, ou seja, sempre
admitindo uma solução.
296
__ ___________ __________________________________ Mementos tia Física - Mecânica /- Colisão Mecânica
Dissipação de energia em uma colisão parcialmente elástica
Como em uma colisão central parcialmente elástica tem-se 0 < e < 1:
V2 Vl'
0< <1 => v2 vi' Vi-V2 v, + v,’ > v2* + v2 (3)
Vi-V2
rn-iív! - v/jívi + vV) > m2(v2’ - v2)(v2’ + v2) => n^v,2 - it^v,12 >m2v2,2-m2v22
2 2 mivi'2 ' m2v2'2
™ivi , m2v2
m^,2 + m2v22 > m^ 12+ m2v212
2 2 2 2
“Y
x
■»-------------------------------
linha de linha de
choque choque
Todos os elementos descritos acima são suficientes para classificar esta colisão como
central oblíqua. Para simplificar o estudo desta colisão deve-se adotar um sistema de eixos xy de
modo que o eixo x coincida com a linha de choque e o eixo y seja perpendicular à esta direção,
com a origem do sistema exatamente no ponto onde ocorre a colisão. Perceba que as direções e
sentidos das velocidades indicados na figura não particularizam a analise que será efetuada, uma
vez que os sinais das componentes das velocidades nos eixos x e y estarão embutidos nos
valores de cada componente. Analisando o sistema em cada um dos eixos:
297
Elementos tia física - Mecânica /- Colisão Mecânica
Eixo x
Como a força trocada pelos corpos durante o choque é um vetor paralelo ao eixo x, todas
as componentes das velocidades, antes e depois do choque, no eixo x se comportam como em
um choque central direto neste eixo. Deste modo, pode-se escrever tanto a conservação da
quantidade de movimento e quanto a expressão do coeficiente de restituição do choque, utilizando
apenas as componentes das velocidades no eixo x:
c v2x'~Vlx'
v1x-v2x
Eixo y
Observe que no eixo y os corpos não trocam força durante o choque. Como não há força,
não há aceleração no eixo y. Sem aceleração não existe alteração das componentes da
velocidades de cada corpo no eixo y, analisando as velocidades imediatamente antes e
imediatamente depois da colisão. Logo, pode-se escrever que:
m!V1y = n^v-i/ e m2v2y = m2v2y’ => miV1y + m2v2y = n^v-j/ + m2v2y’ => QOy = Qfy
298
Elementos da Física - Mecânica /- Colisão Mecânica
Exemplos
M
m v h
m -= • 2
'777777777777777777777777777777777777777/
Solução: Alternativa A
I) Qo = Qf => mv = mv/2 + Mv’ => v’ = mv/2M
2M pr-r
IQ Em1 “ Em2 Mv’2/2 = Mgh => mV/4M2 = 2gh v2 = 8M2gh/m2 v =— J2gh
m
2) (ITA-98) Uma bala de massa 10 g é atirada horizontalmente contra um bloco de madeira de 100
g que está fixo, penetrando nele 10 cm até parar. Depois, o bloco é suspenso de tal forma que se
possa mover livremente e uma bala idêntica à primeira é atirada contra ele. Considerando a força
de atrito entre a bala e a madeira em ambos os casos como sendo a mesma, conclui-se que a
segunda bala penetra no bloco a uma profundidade de aproximadamente:
a) 8,0 cm. b) 8,2 cm. c) 8,8 cm. d) 9,2 cm. e) 9,6 cm.
Solução: Alternativa D
Sabe-se que o trabalho da força de atrito é igual à variação da energia mecânica:
mv2 mv2
AE,m => -Fat.d = 0—— => Fat.d = -y- (1)
1a experiência: WFai = AE
3) (ITA-09) Considere uma bola de basquete de 600g a 5m de altura e, logo acima dela, uma de
tênis de 60g. A seguir, num dado instante, ambas as bolas são deixadas cair. Supondo choques
perfeitamente elásticos e ausência de eventuais resistências, e considerando g = 10m/s2, assinale
o valor que mais se aproxima da altura máxima alcançada pela bola de tênis em sua ascensão
após o choque.
a) 5m. b) 10m. c) 15m. d) 25m. e) 35m.
Solução: Alternativa E
Velocidade de cada bola imediatamente antes do choque com o solo:
vt2 = - 2gh => V-| = - 10 m/s
299
______________________________________ _____ Elementos tia física-Mecânica!-Colisão Mecânica
Como o choque da bola de basquete com o solo é elástico, então sua velocidade imediatamente
depois do choque com o solo será 10 m/s. Assim, a velocidade da bola de basquete antes do
choque com a bola de tênis é 10 m/s, enquanto que a velocidade da bola de tênis antes do
choque é - 10 m/s.
Q0 = Qf => mbv, - mtv, = mbvb + mtvt => 10vb + vt = 90 (1)
Como o choque é elástico o coeficiente de restituição vale 1: e = V‘^ V- = 1 => v, - vb = 20 (2)
290 ,
Resolvendo o sistema formado pelas equações (1) e (2) obtém-se vt = ----- m/s.
11
Assim: v2 = 2gH => H = 34,75 m
4) (ITA-06) Animado com velocidade inicial v0, o objeto X, de massa m, desliza sobre um piso
horizontal ao longo de uma distância d, ao fim da qual colide com o objeto Y, de mesma massa,
que se encontra inicialmente parado na beira de uma escada de altura h. Com o choque, o objeto
Y atinge o solo no ponto P. Chamando pk o coeficiente de atrito cinético entre o objeto X e o piso,
g a aceleração da gravidade e desprezando a resistência do ar, assinale a expressão que dá a
distância d.
s +* d
h
Y
P
s2g -1 (
a)d = —1- vg-
2íxkkgg(< 2h J
c)d = ^ tÍvo-s®
2nkg^ V2hJ
2Pkgl 2h 2g
1 Í2vg-^S
d) d = — e)d = S^.fvo_s
2pk
2ukgg 0 2h Hkg ( V 2h J
Solução: Alternativa: A
5) (ITA-15) Nêutrons podem atravessar uma fina camada de chumbo, mas tem sua energia
cinética absorvida com alta eficiência na água ou em materiais com elevada concentração de
hidrogênio. Explique este efeito considerando um nêutron de massa m e velocidade v0 que efetua
uma colisão elástica e central com um átomo qualquer de massa M inicialmente em repouso.
Solução
I - Através da conservação do momento linear e pela condição imposta na questão, podemos
supor que
(eq.l) mv0 = mv’o + Mv’, onde v’o e v’ representam a velocidade do nêutron e do átomo logo após
o choque entre os mesmos.
300
__ _____________ ________ _____________ _________ Mementos da física-Mecânica!-Colisão Mecânica
II - Como a colisão é elástica, temos que pela definição do coeficiente de restituição:
vV 'n
1 =-------- - => v = v0 + Vo que substituindo na eq. I:
vo
mv0 mv'o + M(v0 + v’o) => (m M).v'o = (m - M)v0 _ (m - M) £tomo
v’o
(m + M) 0
apresentar massa igual a do nêutron tem-se v’o = 0, que implica em total transferência de energia
para o átomo, que é exatamente o que ocorre quando se tem uma elevada concentração de
hidrogênio, já que mH = mN
6) (ITA-08) A figura mostra uma bola de massa m que cai com velocidade v1 sobre a superfície
de um suporte rígido, inclinada de um ângulo e em relação ao plano horizontal. Sendo e o
coeficiente de restituição para esse impacto, calcule o módulo da velocidade v2 com que a bola é
ricocheteada, em função de v^ 0 e e. Calcule também o ângulo a.
mO
Solução:
No cálculo do coeficiente de restituição leva-se em consideração apenas as componentes das
velocidades na direção da linha de choque, ou seja, a direção perpendicular ao plano inclinado:
v2 sena v1 sen a
v^osO v2 e.cos0
Vi cosa
Como na direção paralela ao suporte não há aceleração: v^en 0 = v2cos a
V2 sen0
Assim: -sena tga = e.cot0 => a = arc tg (e.cot 0)
e.cos0 sen0
Por outro lado: sena =—e.cos0 e cosa = — sen0
v2 v2
Uma vez que sen2a + cos2a = 1 => -ye2.cos2 G + ^sen2 0 = 1 => v2 = v.Ve2 cos2 0 + sen2 0
v2 v2
7) (ITA-03) Quando solto na posição angular de 45° (mostrada na figura), um pêndulo simples de
massa m e comprimento L colide com um bloco de massa M. Após a colisão, o bloco desliza
sobre uma superfície rugosa, cujo coeficiente de atrito dinâmico é igual a 0,3. Considere que após
a colisão, ao retornar, o pêndulo alcança uma posição angular máxima de 30°. Determine a
distância pelo bloco em função dem, Me L.
m M
301
Fiementos da Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
Solução:
As velocidades antes (v0) e depois (v,) do choque do corpo de massa m podem ser calculadas
pela conservação da energia mecânica:
90°
□t
Solução:
Conservação da quantidade de movimento:
I Qo |=|Qf I => V(mcvc)2 +(mfvf)2 =(mc + mf)v' => 7(5000.30)2 +(15000.10)2 =20000.v' =>
302
Mementos da Física - Mecânica!- Colisão Mecânica
Solução:
w
10) (IME-96) A figura mostra um hemisfério oco e liso, cujo plano equatorial é mantido fixo na
horizontal.
mi m2
A B
7777777/r77/i7777777.
Duas partículas de massas m-, e m2 são largadas no mesmo instante, de dois pontos
diametralmente opostos, A e B, situados na borda do hemisfério. As partículas chocam-se e, após
0 choque rrh sobe até uma altura th e m2 sobe até uma altura h2. Determine o coeficiente de
restituição do choque. Sabe-se que th = R/2 e h2 = R/3, onde R é o raio do hemisfério.
Solução:
Pela conservação da energia mecânica tem-se que a velocidade v de cada partícula em função da
altura h que alcança depois do choque é dada por v = -J2gh .
{2gR 2gR
Assim’ e = ^afastamenl° — v 1+ v 2 _ y 2________
3 V3+V2
^aproximação ^1 + ^2 ^2gR+j2gR 2V6
11) (IME-80) Um bloco com 10 kg de massa está apoiado sobre o plano horizontal e ligado à
parede através da mola de constante elástica de 10 N/m e massa desprezível. Um projétil de 20 g
de massa e com velocidade de 750 m/s choca-se com o bloco, ficando no interior do mesmo. O
coeficiente de atrito entre o bloco e o plano é 0,2. Determine a amplitude do movimento final do
sistema.
4
A7
Solução:
Conservação da quantidade de movimento:
m.v = (M + m).v’ => 0,02.750 = (10 + 0,02).^ => v’ = 1,5 m/s
Pelo princípio do trabalho - energia:
303
__________________________________________________ Mementos da física-Mecânica!-Colisão Mecânica
... ... r- r- kx2 ... . _ (M + m)v12
Wfei + Wfa, = ECf- Ec0 => —— -(M + m)gpx = 0------- — =>
12) (IME-90) Um bloco C desliza com velocidade constante sobre o trecho horizontal da pista e
choca-se com o bloco D, de mesma massa, inicialmente em repouso. Em conseqüência, o bloco
D desloca-se e ao passar no ponto mais alto B não exerce qualquer esforço sobre a pista. O bloco
C continua em movimento e chega a subir na parte curva da pista até uma altura de 0,2 m em
relação ao trecho horizontal. Desprezando a resistência do ar e o atrito entre as superfícies,
determine a velocidade do bloco C antes do choque.
Dados: g = 10 m/s2; r = 2,88m
Solução:
Velocidade de C imediatamente depois do choque: v'c ^/2.g.hc : 72.10.0,2 =2,0 m/s
mD.v"p
No ponto B a normal em D é zero: PD = Fcpb => mD.g = => v"2 = gr = 28,8
r
Conservação da energia mecânica no movimento do corpo D:
EmB = EmA
mD.g.2r + ]H^l = 22ÇÍ => 57,6+14,4=^- => v’D = 12 m/s
Conservação da quantidade de movimento no choque entre os corpos C e D:
Qo = Q, => mvc = mv’c + mv’D => vc = 2,0 + 12 => vc=14m/s
13) (IME-91) A figura mostra um bloco P de massa 10 kg que parte do repouso em A e desce o
plano inclinado com atrito cujo coeficiente cinético é p = 0,2. Em B, o bloco P choca-se com o
bloco Q de massa 2 kg, inicialmente em repouso. Com o choque, Q desloca-se na pista horizontal,
desliza sobre sua parte semicircular e vai cair sobre o ponto B. Sabendo que as partes horizontal
e semicircular da pista não têm atrito e que o coeficiente de restituição entre P e Q é 0,8,
determine a altura h. D
Dados:
g = 10 m/s2
' I h
r = 2,5 m
x = 2VTl m Q e
6 = 45° c X B
<
Obs: Despreze a resistência do ar e as dimensões dos blocos.
Solução:
Após o lançamento as equações de movimento do corpo Q em um sistema de eixos com origem
em D são:
..i)x . gt2 x2 x íg 2VT1 [7Õ
i) x = vDtte ~- => 2y = 4r = g-j- => vD=-^=-^-^
e y = ^-
304
[lementos da física-Mecânica!-Colisão Mecânica
Coeficiente de restituição:
v' — v' 12 — v'
iv) e = -3------3. => 0,8 = ——^ => 0,8vp + v’p=12 (2)
vp vp
Resolvendo o sistema formado pelas equações (1) e (2) obtém-se: vp = 8 m/s
Movimento de P ao longo do plano inclinado:
, h
v) v2 = 2aAe = 2g(sen45°-iicos45°)----------- 64 = 20(1 -0,2)h => h = 4,0m
p sen 45°
14) (IME-04) Um tanque de guerra de massa M se desloca com velocidade constante v0. Um
atirador dispara um foguete frontalmente contra o veiculo quando a distância entre eles é D. O
foguete de massa m e velocidade constante v, colide com o tanque, alojando-se em seu interior.
Neste instante o motorista freia com uma aceleração de módulo a. Determine:
1 - o tempo t transcorrido entre o instante em que o motorista pisa no freio e o instante em que o
veículo pára;
2 - a distância a que, ao parar, o veículo estará do local de onde o foguete foi disparado.
Solução:
1. Da conservação no momento linear, temos que: p0 = p, Mv0 - mv, = (M + m)v’
, Mvn - mv, . , . , . , . , . .
v = —--------- - , onde v representa a velocidade do tanque apos a colisão.
M+m
O motorista ao pisar no freio retarda o movimento do tanque, gastando um tempo até parar de:
Av 0-v' v' t, 1 f Mv0 -mvf
-a -a a a M+m
D
2. Cálculo do tempo até o instante da colisão: Asreiativo = vveiativa t => D = (v0 + vf)t => t=
v0+v,
D
3. O deslocamento do tanque para o referido tempo é dado por: AsT = v0.t AsT vo
V0+Vf
Após a colisão, o deslocamento do tanque será:
.2
v,2 = v02 + 2.a.As’T => 0 = v'2 - 2.a.As’T => As'T=— —22X1
2a M+m
Como não sabemos se o tanque ultrapassa ou não a posição do atirador:
2
1 fMv0-mv,
d = |D — (AsT + As’t)| => d D- D- V° -
v0+vf 2a M+m
2
D.v, 1 ( Mv0 - mv,
d=
v0 + v, 2a M+m
15) (ITA-11) Um objeto de massa m é projetado no ar a 45° do chão horizontal com uma
velocidade v. No ápice de sua trajetória, este objeto é interceptado por um segundo objeto, de
massa M e velocidade V, que havia sido projetado verticalmente do chão. Considere que os dois
objetos “se colocam” e desprezando qualquer tipo de resistência aos movimentos, determine a
distância d do ponto de queda dos objetos em relação ao ponto de lançamento do segundo objeto
Solução:
v2 sen2 45° v2
Cinemática: Hmáx=
2g 4g
Conservação da quantidade de movimento: Q, = Qf => (Qi)x = (Q<)x e (Qi)y=(Q,)y
Sendo u = velocidade após a colisão:
mv mv
(Qi)x = (Qf)x => -yj=(m + M)ux ux = V2(M + m)
305
Elementos da Física - Mecânica /- Colisão Mecânica
M
(Q|)y - (Qf)y => MV = (m + M)uy uv = --------.V
m+M
16) (IME-07) Um pêndulo com comprimento L = 1m, inicialmente em repouso, sustenta uma
partícula com massa m = 1kg. Uma segunda partícula com massa M = 1kg movimenta-se na
direção horizontal com velocidade constante v0 até realizar um choque perfeitamente inelástico
com a primeira. Em função do choque, o pêndulo entra em movimento e atinge um obstáculo,
conforme ilustrado na figura. Observa-se que a maior altura alcançada pela partícula sustentada
pelo pêndulo é a mesma do ponto inferior do obstáculo. O fio pendular possui massa desprezível
e permanece sempre esticado. Considerando a aceleração da gravidade g = 10 m/s2 e a
resistência do ar desprezível, determine:
a) a velocidade v0 da partícula com massa M antes do choque;
b) a força que o fio exerce sobre a partícula de massa m imediatamente após o fio bater no
obstáculo.
ni
0,2 L
e=60°
L obstáculo
Solução:
2mV2
a) Pela conservação da energia mecânica: = 2mg.h' => V2 = 2,g . 0,8 L => V = 4m/s
2
Aplicando a conservação da quantidade de movimento:
Mv0 = (m+m).V => Vo = 2.V => Vo = 8m/s
2mV'2
b) Após o choque tem-se: T - 2mg cos60° = ---Ã*— ( Eq. I )
R
Após o choque ocorre a conservação da energia mecânica:
306
fiementos da física-Mecânica 1-Colisão Mecânica
.2
2mV2 2mV
—+ 2mgh' => V’2 = V2-2.g.h’ => V’2 = 16 - 2. 10.0,5 V’2 = 6 m2/s2
2 2
Substituindo na Eq. I, temos: T -210^ = y^
=> T = 20 + 10 => T = 30 N
17) (ITA-13) Uma pequena bola de massa m é lançada de um ponto P contra uma parede vertical
lisa com uma certa velocidade v0, numa direção de ângulo a em relação à horizontal. Considere
que após a colisão a bola retorna ao seu ponto de lançamento, a uma distância d da parede,
como mostra a figura. Nestas condições, o coeficiente de restituição deve ser
m
a) ( ) e = gd / (Vq sen 2a - gd)
b) ( ) e = 2gd / (Vq cos2a-2gd)
c) ( ) e = 3gd / (2v(j sen 2a - 2gd)
d) ( ) e = 4gd / (v§ cos2a - gd)
Ol
e) ( ) e = 2gd / (v§ tan 2a - gd)
h 4
d
Solução: Alternativa A
d
No ponto de impacto tem-se que:: vx = v0.cos a, d = vx.t = v0.cos a.t => t
v0.cosa
Como a força devido ao choque é normal à parede, então o módulo de vy não altera, apenas c
módulo de vx é alterado: e = ^- => Vxf =evxo => vxf = e.v0.cos a
vx0
d
Como a componente horizontal da velocidade é constante: d = vx(.t’ => t' =
e.v0.cosa
As componentes verticais das velocidades em P (na ida e na volta) são iguais, uma vez que não
age sobre o corpo nenhuma outra aceleração vertical além da gravidade: vy0 = vy( = v0.sen a
—= vu
^--v
De P até a parede: h = v0.sena.t-^ 0.sena.t'-^|-
.sena.t => |(t'+t)(t'-t) = v0.sena(t'-t) =>
e = ___ g.rf
Vq sen2a-gd
18) (ITA-13) Num plano horizontal x x y, um projétil de massa m é lançado com velocidade v, na
direção 0 com eixo x, contra o centro de massa de uma barra rígida, homogênea, de comprimento
L e massa M, que se encontra inicialmente em repouso a uma distância D de uma parede,
conforme a figura. Após uma primeira colisão elástica com a barra, o projétil retrocede e colide
elasticamente com a parede. Desprezando qualquer atrito, determine o intervalo de valores 0 para
que ocorra uma segunda colisão com a barra, e também o tempo decorrido entre esta e a anterior
na parede.
M
m v
'o' 'r - L/2
------- *- X
D L/2
Solução:
307
Elementos da Física-Mecânica !-Colisão Mecânica
19) (IME-81) Uma bola de bilhar atinge a tabela S da mesa no ponto B, com velocidade v e
coeficiente de restituição igual a 0,5. Considerando a bola com uma partícula, determine o ângulo
a e a velocidade que seguirá a bola, após o seu segundo contato com a tabela.
Solução:
O cálculo do coeficiente de restituição é válido somente para as
componentes das velocidades perpendiculares às superfícies das
respectivas tabelas S. Na direção paralela à S não existe alteração
da componente da velocidade.
Assim, no 1o choque pode-se afirmar que:
i) v.cos 15° = v’.cos p (1)
v'.senp
ü) e = -V ' Sf”fB- => v.sen 15° = 2.v’.sen p (2)
v.sen 15°
No 2o choque:
308
Flementos da Física-Mecânica !-Colisão Mecânica
i) e = 90° - p
ii) v’.cos 0 = v”.cos a => v’.sen p = v”.cos a (3)
... „ v ”.sena v".sena
v".sena
ii) e =------------- =-------------- => v’.cos p = 2.v”.sen a (4)
... —o
v'.sen0 v'.cosp
De(1)e(2): =-ccos
os1515°° = seP1^ 1
=> tgp = —tg15°
v cosp 2.senp
v"_senp_ cosp
De (3) e (4): => cota = 2tgp = tg15° => a = 90°-15° = 75°
v' cosa 2. sen a
20) (IME-08) A figura abaixo ilustra um pequeno bloco e uma mola sobre uma mesa retangular de
argura d, vista de cima. A mesa é constituída por dois materiais diferentes, um sem atrito e outro
com coeficiente de atrito cinético p igual a 0,5. A mola tem uma de suas extremidades fixada no
oonto A e a outra no bloco. A mola está inicialmente comprida de 4cm, sendo liberada para que o
bloco oscile na região sem atrito na direção y. Depois de várias oscilações, ao passar pela
posição na qual tem máxima velocidade, o bloco é atingindo por uma bolinha que se move com
relocidade de 2 m/s na direção x e se aloja nele.O sistema é imediatamente liberado da mola e se
desloca na parte áspera da mesa. Determine:
a) o vetor quantidade de movimento do sistema bloco + bolinha no instante em que ele é liberado
da mola;
b) a menor largura e o menor comprimento da mesa para que o sistema pare antes de cair.
d/2 t i
Dados: comprimento da mola = 25 cm;
Constante elástica da mola = 10 N/cm; A
Massa da bolinha = 0,2 kg; . n = 0,5 H=0
Massa do bloco = 0,4kg;
Aceleração da gravidade = 10 m/s2;
y
mesa vista de cima
Solução:
a) a) Uma vez que os valores medidos da direção y aumentam para baixo e diminuem para cima,
então a situação de máxima velocidade ocorre quando a mola não está deformada e o bloco está
descendo (afastando-se do ponto A).
Conservação de energia: = -m^1 => (1000)(0,04)2 = (0,4^/ => v1 = 2 m/s
b) Depois que o sistema entra na região com atrito o módulo da aceleração pode ser calculado
por:
F,« = Fat => m.a = m.g.p => a = 5,0 m/s2
Conservação da quantidade de movimento em x: Qox = (mboünha + mbioco)Vfx =>
2
0,4 = 0,6.Vfx => vfx = — m/s
3
Conservação da quantidade de movimento em y: QOy = (mboünha + mbioco)vty =>
0,8 = 0,6.Vfy => Vfy = m/s
309
Elementos da Física - Mecânica /- Colisão Mecânica
cosO = —
tg0 = —= 2 => sen0 =------ e cos0
vfx 5 5
Desta forma, as componentes das acelerações são:
i) ax = a.cos 0 => ax = 5/5 m/s2
ii) ay = a.sen 0 => ay = 2^5 m/s2
21) (IME-85) Duas bolas de bilhar, de mesmo tamanho e massa colidem, no plano horizontal, com
as velocidades de aproximação e os sentidos mostrados na figura. Sabendo-se que o coeficiente
de restituição é igual a 0,80, determinar:
a) as velocidades de separação das duas bolas;
b) a percentagem de energia mecânica dissipada no choque.
Ay
X
----------------- ►
V1 = 5 m/s / 45°
V2 = 10 m/s
Solução:
a) Como a força devido ao choque é paralela ao eixo x conclui-se que:
i) v'iy = °
ii) v’2y = v2y = v2.sen 45° = 5x/2 m/s
Qox = Qfx => mv, - mv2x = mv’1x + mv’2x => v'1x+v'2x =5-5x/2 (1)
O cálculo do coeficiente de restituição envolve apenas as componentes das velocidades na
mesma direção da força trocada pelo choque, ou seja, as componentes das velocidades ao longo
do eixo x:
c _ v'2x~V'lx V'2x~ V'lx
=> 0,8 V2x -v'ix 4 + 45/2 (2)
Vl+V2x 5 + 5V2
9-5/2
Somando as equações (1) e (2): 2v ’2x = 9-5/2 V'2x = m/s => v’2x = 3,79 m/s
2
Subtraindo as equações (1) e (2): 2v'1x =1-9x/2 => v'
v'.1x=-— m/s => v’1x 2 - 5,86 m/s
Os sinais nulo de v’1y e negativo de v’1x indicam que o corpo 1, após o choque, se desloca ao
longo do eixo x da direita para a esquerda, enquanto que os sinais positivos de v’2y e v’2x indicam
que o corpo 2, após o choque, se desloca no 1o quadrante do sistema de eixo xy adotado.
mv? mv? m.25 m.100
b) Ec0 = ----- L +---- í- =------- +---------- = I 62,5.m
’ 2 2 2 2
mv'2 mv'? mv mv’2 m(v,2x + v 2y) m(5,86)2 + m[(3.79)^(5^yi_4935ni
Ec( = -------- L 4-
+----- £. — li. 4
2----- 2---------
2 2-------------- 2 2
310
flementos da física-Mecânica!-Colisão Mecânica
%Ed Ec0 - Ecf 62,5m-49,35m
100% 100% s 21%
Ec0 62,5m
22) (ITA-92) Um objeto de massa M é deixado cair de uma altura h. Ao final do 1° segundo de
lueda o objeto é atingido horizontalmente por um projétil de massa m e velocidade v, que nele se
aloja. Calcule o desvio x que objeto sofre ao atingir o solo, em relação ao alvo pretendido.
3) V^h/g (M + m)v d) (A/2h/g v
m
m
3) #vg -------- v e) (1 - 72h/g)(M + m)v
M+m
m
') (72h7g-l) -------- v
M+m
Solução:
:sta questão foi propositadamente colocada como última do capítulo pois não possui alternativa
lorreta.
No 1 s de queda o objeto cai uma altura y dada por:
: m •
gt2 g
y=— => y=-
2 7 2
Vi y
A velocidade Vi do objeto imediatamente antes do choque é
Vx
V m
dada por: v, = gt => v, = g
. vy
Uma vez que existe conservação da quantidade de
movimento na direção horizontal:
h-y ... mv
mv = (M + m)vx => v =--------
M+m
O ponto chave desta questão é quanto à variação da
D quantidade de movimento na direção vertical. Observe que o
enunciado afirma que o projétil possui apenas velocidade
horizontal ao colidir com o objeto. Desta forma, caso não
X *1 colidisse com o objeto, o projétil continuaria com velocidade
lorizontal. Assim, após o choque e o projétil se alojando no objeto, este é responsável por
icelerar verticalmente o projétil para baixo. Assim, o objeto exerce no projétil uma força vertical
:om sentido para baixo. Pela 3a Lei de Newton o projétil exerce no objeto uma força vertical com
sentido para cima, diminuindo sua velocidade vertical imediatamente antes do choque. Assim,
sxiste a variação da quantidade de movimento vertical do objeto devido ao choque. Considerando
]ue o At do choque tende a zero segue que ocorre a conservação da quantidade de movimento
ambém na direção y: Mv, = (M + m)vy => v
Vy =
311
Elementos Ca Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
Exercícios de Embasamento exercida por 6 s sobre o objeto, na mesma
direção de seu movimento. Em seguida, o
E1) (ENEM-14) O pêndulo de Newton pode ser objeto colide frontalmente com um obstáculo e
constituído por cinco pêndulos idênticos tem seu movimento invertido, afastando-se
suspensos em um mesmo suporte. Em um com velocidade de 3 m/s. O módulo do
dado instante, as esferas de três pêndulos são impulso exercido pelo obstáculo e a variação
deslocadas para a esquerda e liberadas, da energia cinética do objeto, durante a
deslocando-se para a direita e colidindo colisão, foram, respectivamente,
elasticamente com as outras duas esferas, que a) 26 Ns e -91 J. b) 14 Ns e-91 J.
inicialmente estavam paradas. c) 26 Ns e -7 J. d) 14 Ns e-7 J.
[ e) 7 Ns e -7 J.
a)
b)
z--jh
Após a colisão, X e Y passam a mover-se
juntos, formando um único pêndulo de massa
200 g. Se v é a velocidade do pêndulo X no
instante da colisão, o módulo da velocidade do
c) pêndulo de massa 200 g, imediatamente após
a colisão, é
a) 2v . b) V2v. c) v.
d) v/>/2. e) v/2 .
2,0
e)
312
Elementos da física-Mecânica !-Colisão Mecânica
Sabendo que a massa da esfera A é de 100 g, colisão, a velocidade horizontal final da
o módulo da força média que ela exerce sobre partícula 1 é v1( = 4,5 m/s.
a esfera B durante essa colisão, em newtons, Utilizando a aceleração da gravidade g = 10
é igual a m/s2, calcule
a) 2,5. b) 1,5. c) 3,5. a) a velocidade horizontal da partícula 1 antes
d) 0,5. e)4,5. da colisão.
b) a velocidade horizontal da partícula 2 após a
E5) (FMTM-13) Duas crianças brincam com colisão e a altura máxima que ela atinge.
massas de modelar sobre uma mesa Apresente os cálculos.
horizontal e fazem duas esferas, A e B, de
massas iguais. Em seguida, lançam as esferas E7) (UESPI-11) Uma pequena esfera está
que passam a rolar sobre a mesa, em direções presa na extremidade de uma haste rígida de
perpendiculares entre si, conforme comprimento 45 cm, articulada no ponto O (ver
representado na figura. Após a colisão no figura). Ao ser liberada do repouso, com a
ponto P, as esferas permanecem grudadas haste horizontal, a esfera descreve o
uma na outra, movendo-se juntas após o movimento mostrado na figura, colidindo,
choque. quando a haste se encontra na vertical, com
um bloco inicialmente parado sobre uma
aO superfície horizontal. Considere a aceleração
da gravidade 10 m/s2. Se a esfera, de massa
B 100 g, entra em repouso com a colisão, qual a
velocidade do bloco de massa 200 g após o
Sabendo que imediatamente antes da colisão choque?
as esferas têm velocidades VA = VB = 2 m/s, o (Despreze as forças dissipativas e a massa da
módulo da velocidade do conjunto formado haste, e considere a bola e o bloco como
pelas duas esferas juntas, em m/s, partículas materiais.)
imediatamente depois da colisão é igual a O
a) -jl .b) VÕ . c) 8.
d) 2. e)4.
313
Elementos tia Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
calcule a intensidade da força média exercida em que uma partícula de massa m, = 0,2 kg
pela parede sobre esse veículo. colide com um alvo que inicialmente estava em
repouso, conforme a figura.
E9) (Unesp-01) Uma esfera de aço de massa
0,20 kg é abandonada de uma altura de 5,0 m,
yt
atinge o solo e volta, alcançando a altura
máxima de 1,8 m. Despreze a resistência do ar
e suponha que o choque da esfera com o solo
ocorra durante um intervalo de tempo de 0,050
vly Vi
s. Levando em conta esse intervalo de tempo,
determine: mL
a) a perda de energia mecânica e o módulo da V0 X
variação da quantidade de movimento da
esfera; v2y V2
2
b) a força média exercida pelo solo sobre a
esfera. Kj'
Adote g = 10 m/2 . Após a colisão, obteve-se como resultado que
as componentes y das velocidades são
E10) (UFBA-11) Uma esfera rígida de massa respectivamente Viy = 5 m/s e v2y = - 2 m/s.
m, = 0,5kg, presa por um fio de comprimento L Neste caso, a massa do alvo em kg é:
= 45,0cm e massa desprezível, é suspensa em a) 0,08 b) 0,2 c) 0,5
uma posição tal que, como mostra a figura, o d) 0,8 e) 1,25
fio suporte faz um ângulo de 90° com a direção
vertical. Em um dado momento, a esfera é E12) (UFES-09) Um bloco A é lançado em um
solta, indo se chocar com outra esfera de plano horizontal com velocidade de módulo vA
massa m2 = 0,5kg, posicionada em repouso no = 4,0 m/s. O bloco A tem massa mA = 2,0 kg e
solo. colide frontalmente com uma esfera B de
m, massa mB = 5,0 kg. Inicialmente, a esfera
o- L íãT
' I
I
encontra-se em repouso e suspensa por um fio
ideal de comprimento L, fixo em O, como
I mostra a figura abaixo. Após a colisão, a
I
I esfera atinge uma altura máxima de hB = 0,20
I
I m. Os atritos do bloco A e da esfera B com a
I
I superfície são desprezíveis.
I [
I
I
314
Elementos da Eislca-Mecânica!-Colisão Mecânica
a) a velocidade do pêndulo com a pedra
engastada, imediatamente após a colisão.
b) a altura máxima atingida pelo pêndulo com
a pedra engastada e a tensão T na corda
neste instante.
1,0 m T
fora de escala 0
t (s)
-18
315
Elementos da Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
esfera, em m, desde o instante t = 0 até o O tempo de interação da bola de vôlei com o
instante T. tórax da pessoa é o dobro do tempo de
interação da bola de golfe.
E17) (Unicamp-06) Em uma auto-estrada, por A área média de contato da bola de vôlei com
causa da quebra de uma ponta de eixo, a roda o tórax é 10 vezes maior que a área média de
de um caminhão desprende-se e vai em contato da bola de golfe.
direção à outra pista, atingindo um carro que a) Antes das colisões, a quantidade de
vem em sentido oposto. A roda é lançada com movimento da bola de golfe é maior que a da
uma velocidade de 72km/h, formando um bola de vôlei.
ângulo de 30° com a pista, como indicado na b) Antes das colisões, a energia cinética da
figura abaixo. A velocidade do carro antes da bola de golfe é maior que a da bola de vôlei.
colisão é de 90km/h; a massa do carro é igual c) Após as colisões, a velocidade da bola de
a 900kg e a massa da roda do caminhão é golfe é maior que a da bola de vôlei.
igual a 100kg. A roda fica presa ao carro após d) Durante as colisões, a força média exercida
a colisão. pela bola de golfe sobre o tórax da pessoa é
Pista maior que a exercida pela bola de vôlei.
e) Durante as colisões, a pressão média
exercida pela bola de golfe sobre o tórax da
ímB—* pessoa é maior que a exercida pela bola de
Gramado vôlei.
30°
a) 0,86.
b) 1,23.
Pista c) 2,50.
d) 3,20.
DEPOIS
a) Imediatamente após a colisão, qual é a
componente da velocidade do carro na direção
transversal à pista? E20) (AFA-00) Uma série de n projéteis, de 10
b) Qual é a energia cinética do conjunto carro- gramas cada um, é disparada com velocidade
roda imediatamente após a colisão? v = 503 m/s sobre um bloco amortecedor, de
Se for necessário, use: sen30° = 0,5, cos30° = massa M = 15 kg, que os absorve
0,87. integralmente. Imediatamente após, o bloco
desliza sobre um plano horizontal com
E18) (Fuvest-13) Compare as colisões de uma velocidade V = 3 m/s. Qual o valor de n?
bola de vôlei e de uma bola de golfe com o a) 4 b) 6 c) 7 d) 9
tórax de uma pessoa, parada e em pé. A bola
de vôlei, com massa de 270g, tem velocidade E21) (EN-13) Um bloco A, de massa mA = 1,0
de 30m/s quando atinge a pessoa, e a de kg, colide frontalmente com outro bloco, B, de
golfe, com 45g, tem velocidade de 60m/s ao massa mB = 3,0 kg, que se encontrava
atingir a mesma pessoa, nas mesmas inicialmente repouso. Para que os blocos
condições. Considere ambas as colisões sigam grudados com velocidade 2,0 m/s, a
totalmente inelásticas. É correto apenas o que energia total dissipada durante a colisão, em
se afirma em: joules, deve ser
Note e adote: a) 24 b) 32 c) 36 d) 48 e) 64
A massa da pessoa é muito maior que a
massa das bolas. E22) (AFA-12) De acordo com a figura abaixo,
As colisões são frontais. a partícula A, ao ser abandonada de uma
316
Elementos Ha física - Mecânica /- Colisão Mecânica
altura H, desce a rampa sem atritos ou ( ) B - depois do choque a velocidade do
resistência do ar até sofrer uma colisão,
perfeitamente elástica, com a partícula B que centro de massa independe de — e é
m2
possui o dobro da massa de A e que se
constante.
encontra inicialmente em repouso. Após essa
( ) C - como as partículas se movimentam
colisão, B entra em movimento e A retorna,
juntas após o choque, o centro massa passa a
subindo a rampa e atingindo uma altura igual a
ter, depois do choque, uma velocidade em
A- módulo não nula e maior do que | v, |.
( ) D - como uma das partículas está parada
antes do choque, o centro de massa terá
sempre uma velocidade | V | < | v, |.
( ) E - como uma das partículas está parada
antes do choaue, o centro de massa terá uma
a) H b) H/2 c) H/3 d) H/9 velocidade | V | = I v, |.
317
Elementos tia Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
Exercícios de Fixação 16) O deslocamento horizontal do conjunto
bloco-projétil é de V2LH-H2 .
F1) (UEM-14) Em um experimento, uma das
extremidades de uma mola ideal de constante F3) (UESPI-12) Em um acidente de trânsito, os
elástica k0 e de comprimento Lo está presa a carros A e B colidem no cruzamento mostrado
uma parede vertical. Um bloco de massa m0, nas figuras 1 e 2 a seguir. Logo após a colisão
que se desloca com velocidade constante em perfeitamente inelástica, os carros movem-se
linha reta sobre uma superfície plana e sem ao longo da direção que faz um ângulo de 0 =
atrito, choca-se contra a outra extremidade 37° com a direção inicial do carro A (figura 2).
livre da mola, comprimindo-a por uma distância Sabe-se que a massa do carro A é o dobro da
Lq/2, até parar completamente. O bloco é massa do carro B, e que o módulo da
então projetado novamente em sua trajetória velocidade dos carros logo após a colisão é de
original, devido à ação da mola. Com base 20 km/h. Desprezando o efeito das forças de
nessas informações, analise as alternativas atrito entre o solo e os pneus e considerando
abaixo e assinale o que for correto. sen(37°) = 0,6 e cos(37°) = 0,8, qual é a
01) A energia potencial elástica acumulada na velocidade do carro A imediatamente antes da
mola, enquanto ela está totalmente colisão?
L2
comprimida, é de k0 —. vista de cima Figura 1
do cruzamento
02) Enquanto a mola está sendo comprimida
pelo bloco, sua força elástica realiza um
trabalho negativo sobre o bloco. carro A
= ------------ -q
04) O bloco é projetado pela mola a uma
velocidade de v0 = Lo
V2m0 ' À
08) A mola realiza um trabalho positivo de
08) O módulo do trabalho realizado pela força O gráfico mostra aproximadamente a força, em
peso do conjunto bloco-projétil é de (mp + função do tempo, que uma parede vertical
MB)gH. exerce sobre uma bola de borracha de massa
318
Elementos da Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
30g que se movimenta horizontalmente, desde
o instante em que a bola toca na parede até o
instante em que se separam. Considerando a F.,
colisão perfeitamente elástica, calcule, a partir 1
da análise do gráfico, o impulso que a parede
transmite à bola e, com esse valor, determine
a velocidade inicial da bola.
H2 = 1,8 m
1
I 1,6m r8
A D=?
319
Elementos tia física-Mecânica!-Colisão Mecânica
Nos choques, a velocidade horizontal da bola Imediatamente após a caça, o vetor velocidade
não é alterada. Desconsidere a resistência do u do gavião, que voa segurando o melro, forma
ar, o atrito e os efeitos de rotação da bola. um ângulo a com o plano horizontal tal que tg
a) Estime o tempo T, em s, que a bola leva até a é aproximadamente igual a
atingir o chão, no ponto A. a) 20. d) 0,3.
b) Calcule a distância D, em metros, entre os b) 10. e)0,1.
pontos A e B. c) 3.
c) Determine o módulo da velocidade vertical
da bola VA, em m/s, logo após seu impacto F10) (Fuvest-13) Uma das hipóteses para
com o chão no ponto A. explicar a extinção dos dinossauros, ocorrida
há cerca de 60 milhões de anos, foi a colisão
F8) (Fuvest-09) Para testar a elasticidade de de um grande meteoro com a Terra.
uma bola de basquete, ela é solta, a partir de Estimativas indicam que o meteoro tinha
uma altura Ho, em um equipamento no qual massa igual a 1016kg e velocidade de 30km/s,
seu movimento é monitorado por um sensor. imediatamente antes da colisão. Supondo que
Esse equipamento registra a altura do centro esse meteoro estivesse se aproximando da
de massa da bola, a cada instante, Terra, numa direção radial em relação à órbita
acompanhando seus sucessivos choques com desse planeta em torno do Sol, para uma
o chão. A partir da análise dos registros, é colisão frontal, determine
possível, então, estimar a elasticidade da bola, a) a quantidade de movimento Pj do meteoro
caracterizada pelo coeficiente de restituição imediatamente antes da colisão;
CR. O gráfico apresenta os registros de alturas, b) a energia cinética Ec do meteoro
em função do tempo, para uma bola de massa imediatamente antes da colisão;
M = 0,60 kg, quando ela é solta e inicia o c) a componente radial da velocidade da Terra,
movimento com seu centro de massa a uma Vr, pouco depois da colisão;
altura Ho = 1,6 m, chocando-se sucessivas d) a energia Ed, em megatons, dissipada na
vezes com o chão. O coeficiente de restituição, colisão.
CR = VR/V|, é a razão entre a velocidade com Note e adote:
que a bola é rebatida pelo chão (VR) e a A órbita da Terra é circular.
velocidade com que atinge o chão (V,), em Massa da Terra: 6.1024 kg.
cada choque. Esse coeficiente é 1 megaton = 4.1015 J é a energia liberada pela
aproximadamente constante nas várias explosão de um milhão de toneladas de
colisões. A partir dessas informações estime o trinitrotolueno.
coeficiente de restituição CR dessa bola,
utilizando a definição apresentada abaixo. F11) (EN-11) Dois pêndulos constituídos por
fios de massas desprezíveis e de comprimento
F9) (Fuvest-11) Um gavião avista, abaixo dele, L = 2,0 m estão pendurados em um teto em
um melro e, para apanhá-lo, passa a voar dois pontos próximos de tal modo que as
verticalmente, conseguindo agarrá-lo. esferas A e B , de raios desprezíveis , estejam
Imediatamente antes do instante em que o muito próximas, sem se tocarem. As massas
gavião, de massa MG = 300 g, agarra o melro, das esferas valem mA = 0,10 Kg e mB = 0,15
de massa Mm = 100 g, as velocidades do Kg. Abandona-se a esfera A quando um o fio
gavião e do melro são, respectivamente, VG = forma um ângulo de 60° com a vertical,
80 km/h na direção vertical, para baixo, e VM = estando a esfera B do outro pêndulo na
24 km/h na direção horizontal, para a direita, posição de equilíbrio. Sabendo que, após a
como ilustra a figura abaixo. colisão frontal, a altura máxima alcançada pelo
VG centro de massa do sistema , em relação à
posição de equilíbrio, é de 0,40m , o
coeficiente de restituição da colisão é
Dado : |g| = 10,0m/s2
VM
a
u
320
flementos da Física - Mecânica /- Colisão Mecânica
//////////// 0,40 s, atinge um ponto, no chão, a uma
distância D8 =2,0 m, ao longo da direção
horizontal, a partir da extremidade da mesa.
Supondo que nesse choque não tenha havido
conservação de energia cinética e que os
L L blocos tenham iniciado a queda no mesmo
instante:
B
05
7“aP Õ-3
c) Construa, no sistema de coordenadas da folha
de respostas, o gráfico dos módulos das
velocidades em função do tempo para A, B e AB, '4
6
considerando que V0B = 30 m/s. Identifique, i
■
respectivamente, com as letras A, B e AB, os 5
gráficos correspondentes. a) 3 b) 5 c)6 d) 7 e) 8
F14) (Fuvest-02) Em um jogo, um pequeno F16) (UFC-02) A figura ao lado mostra uma
bloco A, de massa M, é lançado com calha circular, de raio R, completamente lisa,
velocidade Vo = 6,0 m/s sobre a superfície de em posição horizontal. Dentro dela há duas
uma mesa horizontal, sendo o atrito bolas, 1 e 2, idênticas e em repouso no ponto
desprezível. Ele atinge, no instante to =0, o A. Ambas as bolas são disparadas,
bloco B, de massa M/2, que estava parado simultaneamente, desse ponto: a bola 1, para
sobre a borda da mesma mesa, ambos indo ao a direita, com velocidade v-t = 6n m/s e a bola
chão. Devido ao choque, o bloco B, decorridos
321
Mementos tia Física - Mecânica!- Colisão Mecânica
2, para a esquerda, com velocidade v2 = 2n em repouso sobre ela, conforme mostra a
m/s. As colisões entre as bolas são figura (a). Após o choque da bola de basquete
perfeitamente elásticas. Indique onde ocorrerá com o solo, e em seguida com a bola de
a quarta colisão entre as bolas, após o disparo pingue-pongue, esta última atinge uma altura
delas. muito maior do que sua altura inicial.
Ibl
lll B
A v
O
figura 1 figura 2 ■ 1,6m I.Sm *
322
Mementos da Física - Mecânica /- Colisão Mecânica
Os choques são elásticos. Tanto o atrito entre sua vez,a esfera de massa m encontra-se
as esferas e o chão inicialmente em repouso na posição A,
quanto os efeitos de rotação devem ser suspensa por um fio inextensivel e de massa
desconsiderados. desprezível. Após a colisão, percorre a
a) Determine o instante tA, em s, no qual trajetória circular ABCD de raio igual ao
ocorre a primeira colisão entre A e B. comprimento L do fio, Despreze o atrito no pivô
b) Determine o período T, em s, de um ciclo do O e a resistência do ar. Para que a esfera de
movimento das esferas. massa m percorra a trajetória circular, o valor
mínimo do módulo da velocidade Vo, antes da
F20) (AFA-01) Duas esferas A e B, de massas colisão, antes da colisão é
respectivamente iguais a 4 kg e 2 kg, Dado g é a aceleração da gravidade.
percorrem a mesma trajetória retilínea,
C
apoiadas num plano horizontal, com .....
velocidades de 10 m/s e 8 m/s, Y ’■••••
respectívamente, conforme a figura. Após a ;
ocorrência de um choque frontal entre elas, as l:
esferas movem-se separadamente e a energia
dissipada na colisão vale 162 J. Os módulos D; L
r
0 L j B
das velocidades de A e de B, após a colisão,
em m/s, valem, respectivamente,
L
Va Vb m0 v„ m
& B,
A
a) 8 e 6 b) 2 e7 c) 1 e8 d) 1 e 10
a) VgT b) 75g.L
F21) (EN-00) Uma bola de massa m, = M e
d) 2v'5gT e) 2^/lOg.L
velocidade v0 = 10 m/s choca-se com uma
outra bola de massa m2 = 1,5M que se
encontra em repouso na extremidade do topo F23) (ITA-60) A massa do bloco na figura
abaixo é 2,0 kg; a massa da bala é 2,0.10 3 kg.
do prédio do Corpo de Aspirantes da Escola
Naval, de altura h = 20m. Sabendo-se que A porcentagem da energia cinética da bala que
após o choque a bola de massa m2 é lançada é transformada em energia cinética do
horizontalmente e atinge o solo num ponto a conjunto é aproximadamente a:
dezesseis metros do prédio, conforme indica a ( ) A. 10%
figura abaixo, determine a velocidade da bola ( ) B. 0%
de massa m, (modulo, direção e sentido) logo ( )C. 0,1%
após a colisão. ( ) D. 100%
(Despreze os atritos e a resistência do ar e ( ) E. Nenhum dos valores a - -
considere g = 10 m/s2)
m, v« = 10 m/s
O enunciado que se segue refere-se às duas
□ questões abaixo.
Um bloco de massa m = 4,00 kg desliza sobre
um plano horizontal sem atrito e choca-se com
uma mola horizontal de massa desprezível, e
I I 20 J I constante elástica K = 1,00 n/m, presa a uma
16 m
----- *
JzZzzzZz/z/zz/zzzzz
F22) (EN-12) A esfera de massa m0 tem o
módulo da sua velocidade reduzida a zero na
colisão frontal e inelástica (ou parcialmente F24) (ITA-69)
elástica) com a esfera de massa m = 2m0. Por
323
Mementos tia Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
( ) A. a velocidade com que o bloco se afasta
IOmp
da mola, uma vez cessada a interação, é 1,00 V B
x 10'2 m/s; - ►—om»
* tn v
I
(a) a velocidade v da bala antes de atingir o
bloco.
324
ílementos da Física - Mecânlcal-Colisão Mecânica
(b) a máxima velocidade que o sistema rígida de comprimento L, inextensível e de
atingirá após o choque. massa desprezível. A seguir, a partícula I
(c ) a quantidade de calor gerada no choque, desloca-se na direção de II com velocidade
supondo que toda a energia dissipada se uniforme VB, que forma um ângulo 0 com a
transforme em calor. haste. Desprezando qualquer tipo de
Sâo dados: M, K, A, m. resistência ou atrito, pode-se afirmar que,
imediatamente após a colisão (elástica) das
F31) (ITA-88) Uma bola de massa m é
partículas.
lançada, com velocidade inicial v0 , para o
interior de um canhão de massa M, que se Q
acha inicialmente em repouso sobre uma ^90°
superfície lisa e sem atrito, conforme mostra a
figura. O canhão é dotado de uma mola, que
estava distendida, fica comprimida ao máximo e L X
e a bola fica aderida ao sistema, mantendo a
mola na posição de compressão máxima. II
Supondo que a energia mecânica do sistema
permaneça constante, a fração da energia
cinética inicial da bola que ficará armazenada
em forma de energia potencial elástica será a) a partícula II se movimenta na direção
igual a:
definida pelo vetor VB.
M b) o componente y do momento linear do
m sistema é conservado.
v. c) o componente x do momento linear do
O- sistema é conservado.
I
d) a energia cinética do sistema é diferente do
'////////////////////z seu valor inicial.
a) m/M b) M/m c) M/(m + M) e) N.D.A.
d) m/(m + M) e) 1,0
F34) (ITA-05) Um vagão-caçamba de massa M
F32) (ITA-88) A figura a seguir esquematiza o se desprende da locomotiva e corre sobre
estudo das colisões unidimensionais trilhos horizontais com velocidade constante v
= 72,0 km/h (portanto, sem resistência de
®—*---- ®
®--------© qualquer espécie ao movimento). Em dado
m m m/2 instante, a caçamba é preenchida com uma
A partícula (A) de massa m com uma carga de grãos de massa igual a 4M,
velocidade inicial v0 colide com a partícula (B) despejada verticalmente a partir do repouso de
também de massa m que se acha em repouso. uma altura de 6,00 m (veja figura). Supondo
A colisão é perfeitamente elástica. Após a que toda a energia liberada no processo seja
primeira colisão, a partícula (B) colide com a integralmente convertida em calor para o
partícula (C) de massa m/2. Que se acha em aquecimento exclusivo dos grãos, então, a
repouso. No processo anteriormente descrito, quantidade de calor por unidade de massa
calcular: recebido pelos grãos é
a) a velocidade vCM do centro de massa deste a) 15 J/ kg.
grãos 4M
sistema de partículas. b) 80 J / kg.
b) a velocidade vB da partícula B após a c) 100 J/kg. l l l l lV
colisão perfeitamente elástica com a partícula d) 463 J / kg. M
C. e) 578 J / kg. o
F33) (ITA-03) Sobre um plano liso e horizontal
repousa um sistema constituído de duas F35) (ITA-07) Uma bala de massa m e
partículas, I e II, de massas M e m, velocidade v0 é disparada contra um bloco de
respectivamente. A partícula II é conectada a massa M, que inicialmente se encontra em
uma articulação O sobre o plano por meio de repouso na borda de um poste de altura h,
uma haste que inicialmente é disposta na conforme mostra a figura. A bala aloja-se no
posição indicada na figura. Considere a haste bloco que, devido ao impacto, cai no solo.
325
Elementos da Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
Sendo g a aceleração da gravidade, e não k
havendo atrito e nem resistência de qualquer
outra natureza, o módulo da velocidade com X VíO
que o conjunto atinge o solo vale
B
__ ^2 I d
mv0 + 2gh
a)
m+M
vo m, + m2
'lli.
in
a) b) x = m,
b)
y (m + m)2 m, + m2
c) x = d) m,
c) Jvg
V
+»
M e) x = __ SL__ d
(m, + m,)
d) 7vo +2gh
I 2 F38) (ITA-82) Um martelo bate-estacas
e) J^ + 2gh funciona levantando um corpo de pequenas
Im + M
dimensões e de massa 70,0 kg acima do topo
de uma estaca de massa 30,0 kg. Quando a
F36) (ITA-88) Uma haste rígida e de massa
altura do corpo acima do topo da estaca é de
desprezível possui presas em suas
1,00 m, ela afunda de 0,500 m do solo.
extremidades duas massas idênticas m. Este
Supondo uma aceleração da gravidade de
conjunto acha-se sobre uma superfície
10,0 m.s-2 e considerando o choque inelástico,
horizontal perfeitamente lisa (sem atrito). Uma
podemos concluir que a força média de
terceira partícula também de massa m e
velocidade $ desliza sobre esta superfície resistência à penetração da estaca é de:
A) 1,96 x 103N
numa direção perpendicular à haste e colide B) 2,96 x 103N
inelasticamente com uma das massas da C) Não é possível determiná-la se não
haste, ficando colocada à mesma após a forem dadas as dimensões da estaca
colisão. Podemos afirmar que a velocidade do D) 29,0 x 103N
centro de massas VCM (antes e após a E) 29,7 x 103N
colisão), bem como o movimento do sistema
após a colisão serão : F39) (ITA-04) Atualmente, vários laboratórios,
Çm utilizando vários feixes de laser, são capazes
de resfriar gases a temperaturas muito
próximas do zero absoluto, obtendo moléculas
e átomos ultrafrios. Considere três átomos
ultrafrios de massa M, que se aproximam com
velocidades desprezíveis. Da colisão tripla
resultante, observada de um referencial
VCM (antes) Vcw(após) MOV, subsequente situado no centro de massa do sistema, forma-
do sistema se uma molécula diatômica com liberação de
a) 0 0 Circular e uniforme certa quantidade de energia B. Obtenha a
b) 0 v/3 Translacional e rotacional velocidade final do átomo remanescente em
c) 0 v/3 Só translacional função de BeM.
d) v/3 v/3 Translacional e Rotacional
e) v/3 0 Só rotacional F40) (IME-73) Uma bola de 0,1 kg de massa é
deixada cair de uma altura de 10 m. ao se
F37) (ITA-83) Um corpo A de massa igual a chocar com o chão (horizontal) ela sofre uma
mi é abandonado no ponto 0 e escorrega variação de quantidade de movimento de 2,52
por uma rampa. No plano horizontal, choca-se m.kg/s. Determine o coeficiente de restituição
com outro corpo B de massa igual a m2 que entre a bola e o chão. Use g = 9,8 m/s2.
estava em repouso. Os dois ficam grudados e
continuam o movimento na mesma direção até F41) (IME-75) Três corpos de massas iguais a
atingir uma outra rampa na qual o conjunto 0,02 utm, cada um, movendo-se a 400 m/s,
pode subir. Considere o esquema da figura e atingem simultaneamente um bloco de
despreze o atrito. Qual a altura x que os madeira, em repouso, de massa igual a 1 utm.
corpos atingirão na rampa? As trajetórias individuais dos três corpos estão
num mesmo plano vertical, conforme a figura.
326
Mementos da Física - Mecânica !- Colisão Mecânica
Calcular a velocidade do sistema bloco e três representada na figura acima, sem atrito,
corpos logo após a colisão. colide com outro corpo puntiforme de massa
mB, que se encontrava inicialmente em
repouso no ponto B. Sabendo que este choque
a = 30° é perfeitamente inelástico e que o corpo
resultante deste choque atinge o ponto C,
ponto mais alto da rampa, com a menor
velocidade possível mantendo o contato com a
Bloco
rampa, a velocidade inicial do corpo no ponto
A, em m/s, é
F42) (IME-76) O choque entre 2 esferas A e B, Dados:
levou ao traçado do gráfico abaixo. Sendo • raio da rampa circular: 2 m;
dados: mA = 0,15 kg, mB = 0,2 kg e t2 - ti = • aceleração da gravidade g: 10m/s2;
0,001 s, determinar • massa mA: 1kg;
1) o coeficiente de restituição • massa mB: 1kg.
2) a natureza da choque a) 10 b) 20 c)4VÍ5 d) 10>/5 e) 8^5
3) a força de impulsão
••A»
d) adquire uma velocidade para a esquerda
I I I I I 1
proporcional à altura h.
e) permanece imóvel o tempo todo.
327
flementos da fisica-Mecânica!-Colisão Mecânica
F51) Considere n pêndulos idênticos feitos de
F47) (OBF-04) Uma bola, de massa igual a massa de moldar, destas que mantêm as
100 g, é abandonada de uma altura de 1,25 m, deformações a que são submetidas. Elevando-
bate no chão e torna a subir até a altura de se um dos pêndulos da extremidade e a uma
0,80 m. Desprezando a resistência do ar, altura h acima do nível mais baixo e
determine: abandonando-se, este colide com as outras.
a) o coeficiente de restituição; Calcule a altura atingida pelo centro de massa
b) o impulso do chão sobre a bola; do conjunto após a colisão.
c) a força máxima exercida pelo chão sobre a
bola, considerando que a colisão dure 20 ms e F52) Uma bala de 5 g incide sobre um pêndulo
que a variação da força com o tempo seja balístico de massa igual a 2 kg com uma
como no gráfico abaixo. velocidade de 400 m/s, atravessa-o e emerge
do outro lado com uma velocidade de 100 m/s.
Calcule a altura de elevação do pêndulo,
desprezando a elevação durante o tempo que
z a bala leva para atravessá-lo.
—
ÍW A) a velocidade com que o corpo de massa m
é lançado pela mola;
B) a velocidade dos corpos logo após a
colisão;
328
Elementos ãa Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
y
C) a tração na haste enquanto os corpos
giram.
X
Determine
A) a velocidade do bloco de massa M,
imediatamente antes de se chocar com o bloco
em repouso;
B) a velocidade do conjunto de blocos,
imediatamente após o choque;
C) a altura máxima atingida pelo conjunto de
blocos ao subir a rampa da esquerda; A5) (UFC-04) Um grande cubo de isopor, de
D) o intervalo de tempo gasto pelo conjunto na massa M e aresta L = 30,0 metros, repousa
subida da rampa da esquerda. sobre uma superfície horizontal perfeitamente
lisa. Um projétil de massa m = (1/5)A4 é
A3) (EN-12) Uma pista é composta por um disparado horizontalmente contra o cubo
trecho retilíneo longo horizontal seguido do atingindo-o com velocidade v = 300 m/s,
trecho circular vertical de raio R (conforme a perpendicularmente a uma de suas faces. O
figura abaixo). O carrinho (1) (partícula), de projétil atravessa o cubo e sai perpendicular à
massa mi = 1,0 kg e velocidade Vi= 5,0.f face oposta, com velocidade u = 200 m/s.
(m/s), colide com o carrinho (2) (partícula), de Suponha que a força de resistência (atrito) que
massa m2 = 2,0 kg, em repouso no trecho atua sobre o projétil, enquanto ele atravessa o
retilíneo. Despreze os atritos. O coeficiente da cubo, é constante.
restituição do choque vale 0,80. Após a
colisão, o carrinho (2) sobe o trecho circular \l u
vertical e, num certo instante, passa pela vez m
na posição A, de altura hA = R, com velocidade depois |
tal que o módulo da força normal da pista a) Qual a velocidade V do cubo após ser
sobre o carrinho é igual ao módulo do seu atravessado pelo projétil?
peso. Nesse instante, o módulo da velocidade b) Quanto tempo durou a travessia?
(em m / s) do carrinho (2) em relação ao c) Calcule a distância D que o cubo percorre
carrinho (1) é enquanto dura a travessia.
329
Elementos da Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
módulo da quantidade de movimento do anti-
A6) (Unicamp-97) Jogadores de sinuca e bilhar neutrino.
sabem que, após uma colisão não frontal de b) Qual é a velocidade do núcleo de hélio após a
duas bolas A e B de mesma massa, estando a desintegração? A massa do núcleo de hélio é 5,0
bola B inicialmente parada, as duas bolas saem x W27 kg.
em direções que formam um ângulo de 90° .
Considere a colisão de duas bolas de 200g, A8) (UFSC-02) Em uma partida de sinuca,
representada na figura a seguir. A se dirige em resta apenas a bola oito a ser colocada na
direção a B com velocidade V = 2,0 m/s caçapa. O jogador da vez percebe que, com a
formando um ângulo a com a direção y tal que disposição em que estão as bolas na mesa,
sen a = 0,80. Após a colisão, B sai na direção y. para ganhar a partida ele deve desviar a bola
a) Calcule as componentes x e y das velocidades oito de 30 graus, e a bola branca de pelo
de A e B logo após a colisão. menos 60 graus, para que a mesma não entre
b) Calcule a variação da energia (cinética de na caçapa oposta, invalidando sua jogada.
translação) na colisão. Então, ele impulsiona a bola branca, que colide
NOTA: Despreze a rotação e o rolamento das elasticamente com a bola oito, com uma
bolas. velocidade de 5 m/s, conseguindo realizar a
jogada com sucesso, como previra, vencendo
a partida. A situação está esquematizada na
figura abaixo. Considere as massas das bolas
como sendo iguais e despreze qualquer atrito.
330
fiementas da física - Mecânica /- Colisão Mecânica
A9) (ITA-81) O bloco 1 de massa igual a 1,0 kg atrito. Após a colisão, o movimento é mantido
e velocidade de 8,0 m/s colide com um bloco pela mesma força F, tal que o bloco de massa
idêntico 2, inicialmente em repouso. Após a m permanece unido ao de massa M em
colisão ambos os blocos ficam grudados e equilíbrio vertical, devido ao coeficiente de
sobem a rampa até comprimir a mola M de atrito estático pe existente entre os dois blocos.
0,10 m. Desprezando os atritos e considerando
g = 10 m/s2; h = 0,50 m e 6 = 30°, pergunta-se
qual o valor da constante da mola?
_ M M
T
I m I
0,10 m
V i = 8,0 m/s
h Considerando g a aceleração da gravidade e
B, B, 32. a velocidade instantânea do primeiro bloco
a) 1,2 x 103 N.m'1 ; b) 1,0 x 103 N.m’1 ; logo antes da colisão, a potência requerida
c)6,4x 103 N.m’1 ; d)3,2x103 N.m'1 ; para mover o conjunto, logo após a colisão, tal
e) 1,1 x 102 N.m’1 ; que o bloco de massa m não deslize sobre o
outro, é dada pela relação:
A10) (ITA-85) Dois blocos de massas m, e m2 g(M - m)V0 gmV0 gMV0
b) c)
estão ligados por um fio inextensível que Me Me pe(M + m)
passa por uma polia, com atrito desprezível, gmVp gMV0
d) e)
sendo m1 > m2. O corpo mf repousa pe(M + m) Me
inicialmente sobre um apoio fixo. A partir de
altura h deixa-se cair sobre m2 um corpo de A12) (ITA-72) Três bolas rígidas idênticas, de
massa m3, que gruda nele. Sabendo-se que massa igual a 0, 20 kg estão sobre uma mesa;
m-i > m2 + m3, pode-se afirmar que a altura duas delas estão paradas e a terceira dirige-se
máxima atingida por m1 será: com velocidade v0 = 2,0 m /s para uma colisão
com as outras duas, conforme a figura. A mesa
não oferece atrito ao deslocamento as bolas
(não há rotação das mesmas). Da
m3 configuração de velocidade abaixo, qual delas
deve representar o que ocorre com as bolas
m, “t após o choque ? Os vetores estão em escala.
h
m2
2 ■ T,
m3 | m.] + m2 +m3 h
a)
^m2 +m3 I m1 m2 — m3
m2(mi+m2+m3)h
b)
(m1-m2 -m3)3
C) ------------------- ----------------------- h
(m1 + m2 + m3 )(m1 - m2 - m3)
d)h
e) --------- ------------ 7»
(rrq +m2 +m3)
331
Elementos tia Física - Mecânica /- Colisão Mecânica
v, (m/s) v2 (m/s) v3 (m/s) c) Verdadeira, sua velocidade era 75 km/h.
A) 0,66 0,66 0,66 d) Verdadeira, sua velocidade era de 60 km/h.
B) 2,0 1,0 1,0 e) Não é possível calcular sua velocidade com
C) 0,40 1,38 1,38 os dados fornecidos.
D) 1,38 0,40 0,40
E) 1,0 2,0 1,0 A16) (IME-90) Um bloco C desliza com
velocidade constante sobre o trecho horizontal
A14) (ITA-08) Numa brincadeira de aventura, o da pista e choca-se com o bloco D, de mesma
garoto (de massa M) lança-se por uma corda massa, inicialmente em repouso. Em
amarrada num galho de árvore num ponto de consequência, o bloco D desloca-se e ao
altura L acima do gatinho (de massa m) da passar no ponto mais alto B não exerce
figura, que pretende resgatar. Sendo g a qualquer esforço sobre a pista. O bloco C
aceleração da gravidade e H a altura da continua em movimento e chega a subir na
plataforma de onde se lança, indique o valor parte curva da pista até uma altura de 0,2 m
da tensão na corda, imediatamente após o em relação ao trecho horizontal. Desprezando
garoto apanhar o gato para aterrisá-lo na outra a resistência do ar e o atrito entre as
margem do lago. superfícies, determine a velocidade do bloco C
antes do choque.
Dados: g = 10 m/s2; r = 2,88 m
n0r
a) Falsa, sua velocidade era de 90 km/h.
b) Falsa, sua velocidade era de 108 km/h.
A19) (IME-09) Dois corpos A e B encontram-se
sobre um plano horizontal sem atrito. Um
observador inercial O está na origem do eixo x.
Os corpos A e B sofrem colisão frontal
perfeitamente elástica, sendo que,
332
Elementos da Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
inicialmente, o corpo A tem velocidade vA = t&A) (IME-79) Um bloco com 10 kg de massa
2m/s (na direção x com sentido positivo) e o está apoiado sobre o plano horizontal e ligado
corpo B está parado na posição x = 2m. à parede através da mola de constante elástica
Considere um outro observador inercial O’, que de 10 N/m e massa desprezível. Um projétil de
no instante da colisão tem a sua posição 20 g de massa e com velocidade de 750 m/s
coincidente com a do observador O. Se a choca-se com o bloco, ficando no interior do
velocidade relativa de O’ em relação a Oé v0' mesmo. O coeficiente de atrito entre o bloco e
= 2 m/s (na direção x com sentido positivo), o plano é 0,2. Determine a amplitude do
determine em relação a O’: movimento final do sistema.
a) as velocidades dos corpos A e B após a
colisão;
b) a posição do coro A dois segundos após a
colisão.
Dados:
massa de A = 100g; massa de B = 200g. A25) (IME-09)
Px(kgms)' t
A20) (IME-72) Dois corpos de massas m, = 20 A
kg e m2 = 10 kg, deslocam-se sobre um plano 4
B
horizontal sem atrito, como mostra a figura. 3
Sabe-se que | u, | = 5 m/s ; | ü2 |= 20 m/s e 2
que após o choque os corpos invertem os 1
sentidos das respectivas velocidades e A
0
deslocam-se com | v, |= 10 m/s e | v2 l= 10 B T(10’s)
m/s. Admitindo, que outro choque, os mesmo Py(kgm s) j k
corpos deslocam-se com as velocidades
| ü, | = 10 m/s e | ti, | = 5 m/s, com os sentidos A
2
da figura, as velocidades v1 e v2 após o
1
choque serão: A, B
0
T(10-’s)
.. rn,n-£'...... -1
B
-2
333
___ Mementos da Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
A28) Demonstre que, no caso de um choque
'/////////, elástico entre uma partícula material de massa
m, com outra de massa m2 que está
inicialmente em repouso:
Vlf
mi
V|l m2 z^0,
Cilindro oco v.l -►
m2
m\
] [ mi v2f
334
Fiementos da Física - Mecânica /- Colisão Mecânica
A A33) Uma partícula de massa m2, desloca-se
valor da razão —-, que corresponde à razão
A2 com velocidade escalar e colide
entre os dois primeiros alcances do movimento frontalmente com uma partícula estacionária
da bola ao longo do plano inclinado. Considere de massa m2. Depois da colisão, as
que os choques da bola com o plano são velocidades das partículas são v1f e v2f. Provar
perfeitamente elásticos. que a condição para v1f ser positiva, isto é,
para que a primeira partícula continuar a
9i deslocar-se na mesma direção inicial, é mt/m2
> e, onde e é o coeficiente de restituição.
hl.z
A34) Duas partículas, cujas massas são m e
2m, possuem quantidades de movimentos
iguais a Q e Q/2 e se movem em direções
perpendiculares entre si. Estas partículas se
chocam e invertem seus valores de quantidade
de movimento. Determinar a perda de energia
mecânica devido ao choque.
A31) Um disco com massa de 5kg, movendo- A35) Três esferas de raios iguais, porém de
massa diferentes, estão suspendidas por fios
se a 2m/s, aproxima-se de outro disco idêntico
cujas longitudes são iguais, de maneira que se
estacionário sobre uma superfície de gelo, sem
atrito. Após a colisão, o primeiro disco passa a encontram em contato e formam uma linha
reta. A esfera de massa m( é desviada de tal
se mover com uma velocidade Vi a 30° com a
modo que se eleva até uma altura H e se solta.
direção original de seu movimento; o segundo
Que massas m2 e m3 devem ter as outras
disco passa a se mover com velocidade v2 a
esferas, para que depois das colisões da
60°, conforme mostra na figura.
primeira com a segunda e da segunda com a
terceira, as quantidades de movimentos das
três esferas sejam iguais? A que altura se
elevarão? Considerar que todos os choques
v = 2m/s \ 30°
5kg são perfeitamente elásticos.
60°
H
f
O tipo de colisão e os valores de v3 e v2 estão A36) Uma bola é solta de uma altura h acima
indicados no item: do patamar de uma escada e salta para baixo,
a) 1,73 m/s - 1 m/s - inelástica. sobre os degraus do lande de escada.
b) 1,73 m/s - 1 m/s - elástica. Designando por e o coeficiente de restituição,
c) 1 m/s - 1,73 m/s - elástica. determine o valor de h para que a bola salte
d) 1 m/s - 1,73 m/s - inelástica. sempre à mesma altura acima de cada degrau.
e) 2 m/s - 1,73 m/s - inelástica.
335
Elementos Ha Física-Mecânica!-Colisão Mecânica
A37) Uma bola de aço é largada em A, bate na A42) Duas esferas de massas mi e m2
placa de aço rígida e salta para o ponto C. movem-se em direções perpendiculares com
Sabendo que o coeficiente de restituição é velocidades v, e v2 respectivamente. As duas
0,80, determine a distância d. esferas colidem e como resultado passam a se
______________ A
mover grudadas. Determine a quantidade Q de
calor liberada pela colisão.
""O----- v
i-
1,2 m
336
Elementos da física-Mecânica!-Colisão Mecânica
a) A velocidade aproximada com que a perfeitamente inelástica? Compare essa
esferinha se separa da bola na subida. velocidade com aquela obtida no item (a).
b) A distância vertical percorrida pela esferinha Explique o resultado.
na subida em função da distância percorrida
pela mesma, na descida. A49) (OBF-07) Em uma mesa de bilhar estão
dispostas três bolas idênticas de massa m =
A46) (OBF-12) Uma bola com coeficiente de 200g, em repouso. Um jogador toca a bola 1
restituição e é atirada com uma velocidade com um taco, exercendo sobre ela uma força
horizontal v0. Determine a que distância, d, a de módulo F = 5N, paralela à superfície da
bola atinge o ponto P. Despreze a resistência mesa. Após 0,2s da aplicação da força, a bola
do ar. 1 atinge a bola 2. Observa-se que, após o
choque, as bolas 1 e 2 passam a mover-se em
direções que formam 60° e 30°,
respectivamente, com a direção original da
H bola 1. Após certo tempo a bola 2 colide com a
bola 3 e fica em repouso, enquanto a bola 3
P segue em direção à caçapa, atingindo-a em
0,3s. Considerando os choques elásticos e
<- d
desprezando o atrito entre as bolas e a
superfície, pergunta-se:
A47) (OBF-13) Com base na figura, as duas a) A velocidade da bola 3 ao atingir a caçapa;
esferas à direita estão inicialmente em repouso b) A distância percorrida pela bola 3 até atingir
e a esfera da esquerda incide sobre a do a caçapa.
centro com velocidade v0.
Vo A50) (OBF-06) A figura representa um vagão
-------------- ►
A, em repouso, que contém em seu interior um
automóvel B, também em repouso. As massas
de ambos são iguais, os freios do automóvel
1111 1111 ui? estão soltos e pode-se considerar que para
Supondo que as colisões sejam frontais e esta situação não há atritos apreciáveis entre
elásticas, mostre que se mu > m2 há duas B e A. Num instante qualquer o vagão A é
posto em movimento retilíneo com velocidade
colisões m, < m2 há três colisões.
igual a 1,00m/s e, após alguns instantes,
A48) (OBF-07) Dois carrinhos A e B idênticos ocorre uma colisão entre a parede do vagão
estão ligados rigidamente por uma barra e contra o para-choque do automóvel.
juntos (carrinho A + carrinho B + barra) têm a Considerando que o coeficiente de restituição
massa de 4 kg. Dois carrinhos C e D, de ao choque devido às propriedades das
massas Mc = 2 kg e Mo = 2 kg, são colocados paredes do vagão e as dos para-choques do
em repouso entre os carrinhos A e B , a iguais automóvel é igual a 0,50,
distâncias.
barra rígida
d d d
Sabendo que a velocidade de A e B é de 3 m/s
para a direita, e considerando que o atrito
entre as rodas dos carrinhos e o solo é
desprezível, responda:
a) Se a colisão entre A e C for perfeitamente
inelástica (C fica “grudado” em A) e, entre C e
D for perfeitamente elástica, qual será a
velocidade final do sistema sabendo que a
a) calcule a velocidade do automóvel
colisão entre D e B também será perfeitamente
relativamente ao vagão imediatamente após a
inelástica (D fica “grudado” em B)?
primeira colisão entre eles.
b) Qual a velocidade final do sistema
b) Choques do automóvel B contra as paredes
considerando a colisão entre A e C
do vagão A se sucederão, ora de um lado, ora
perfeitamente inelástica, e entre C e D também
de outro. Após um número muito elevado de
337
[lementos da Física - Mecânica /- Colisão Mecânica
colisões, calcule, relativamente ao solo, para poste ao local onde a bala atinge o solo. Que
quanto tenderá a velocidade do automóvel B. parte da energia cinética inicial da bala é
perdida como forma de calor? Utilizar g = 9,8
A51) (OBF-04) Uma partícula de massa m, m/s2.
localizada sobre uma plataforma horizontal de
altura H = 50 cm é lançada com uma
velocidade ü0 e atinge, a uma altura h = 5 cm, t
uma cunha de massa M = 5m, que pode 5 m
deslizar sem atrito numa superfície horizontal.
A colisão é perfeitamente elástica e a partícula
é rebatida da cunha com uma velocidade 20m >
horizontal, enquanto que a cunha adquire -------- — x *
velocidade V = 6 m/s para a direita. Determine
o módulo de ü0 e a distância d, a partir da
A55) (IPhO-91) Na figura, uma esfera de raio
base da plataforma, que a partícula atinge o R está girando com velocidade angular
solo. constante sobre um eixo horizontal. A esfera é
m Ua abandonada de uma altura h, medida desde
seu ponto mais baixo até a superfície
horizontal. Depois de chocar-se com o solo, a
M
esfera acaba subindo uma altura ah, também
medida desde seu ponto mais baixo até a
H
V superfície horizontal. Considere que a esfera
ficou um breve intervalo de tempo em contato
com o solo antes de subir devido ao choque. O
coeficiente de atrito entre a esfera e o solo é p.
d^
Considere g como sendo a aceleração da
gravidade.
A52) (OBF-04) Uma bola de massa m com a) Calcule a tangente do ângulo de reflexão 0;
velocidade v sofre uma colisão elástica frontal b) Calcule o alcance horizontal x do movimento
com outra de mesmo tamanho, mas de massa entre o primeiro e o segundo choque da esfera
M, inicialmente parada. A bola de massa M, com o solo.
tendo adquirido momento, choca-se em
seguida, frontal e elasticamente, com outra
bola idêntica àquela que a atingiu, também
inicialmente parada. Qual deve ser o valor de
M para que ao final dos dois choques a última
bola tenha velocidade igual a 8/9 da
velocidade que a primeira bola tinha antes dos /vV------- “,h
choques? Considere a superfície em que se
encontram as três bolas, plana e de atrito
desprezível.
JD...O x >
338
fíementos da física - Mecânica /- Colisão Mecânica
a) 8,4 m/s b) 2,8 m/s c) 5,6 m/s A59) Uma partícula de massa m, que se move
d) 11,2 m/s e) 16,8 m/s com velocidade v = V3 m/s, choca-se
elasticamente com outra partícula em repouso,
A57) Uma pista de skate possui o perfil
cuja massa é m/2, passando a ter um
mostrado na figura. O skatista A, de massa 60
movimento que forma com a direção inicial um
kg, parte do repouso do ponto 1 para fazer a
ângulo de 30°. Determine o ângulo p com a
sua apresentação. A altura do ponto 1 é 1,8 m
horizontal.
e a aceleração da gravidade vale 10 m/s2. A
manobra de A, no entanto, tem uma falha, e o
skatista acaba por colidir com um fiscal B, de
massa 60 kg, que está no nível do solo. O
,x^30°
fiscal B observa A chegando, tenta fugir a 1
m/s para a direita, mas é atingido e ambos,
O m/2
skatista e fiscal, caem no chão, deslizando até
parar. Sabendo-se que o coeficiente de atrito
cinético médio entre as roupas de A e o chão é
0,4 e entre as roupas de B e o chão é 0,5 e
que após o repouso A distava 200 cm, a) p = 60°. b) p = arctg—. c) p = 45°.
aproximadamente, de B, podemos afirmar que 6
o coeficiente de restituição associado à colisão
d) p = arc tg — . e) p = 30°.
de A e B vale: 4
A
1
v0a=o A60) No dispositivo abaixo temos, sobre um
plano horizontal, dois discos, de dimensões
desprezíveis, que podem movimentar-se sem
1,8 m atrito sobre o plano. Os discos estão presos,
, 200 cm
B >4----------------------
por fios inextensíveis, a pontos fixos do plano.
: a : B
O disco 1 possui massa m e o fio que o
2 3 4 mantém preso ao plano possui comprimento
a) 0,2 b) 0,4 c) 0,6 d) 0,8 e) 1,0 L,, enquanto que e o disco 2 possui massa 2m
e seu fio comprimento L2, onde 3L2 = 2Lv
A58) A figura mostra um bloco apoiado em Aplica-se um pequeno impulso sobre o disco 1
uma extremidade de uma barra de de modo que ele assume velocidade v,
comprimento L. O sistema se dirige em direção percorrendo uma semi-circunferência até
a uma parede perpendicular ao solo. atingir o disco 2, que inicialmente estava
Considere que mbarra = 3mb|0C0 e que a parado. Considerando que o choque é central
aceleração da gravidade local é g. O e que o coeficiente de restituição é e = 0,8,
coeficiente de atrito entre o bloco e a barra é p, determine quantas voltas dará o disco 2 antes
enquanto que não existe atrito entre a barra e de chocar-se com o disco 1 pela segunda vez.
o solo. Qual é o menor valor de v de tal forma
que depois do choque elástico da barra contra
a parede o pequeno bloco caia da barra?
Despreze o tempo de duração do choque da X ___ X
barra. L) l2
8l a)4 b) 1 c) 9 d) 6 e) 3
p _____ r
WS//SSS//SSSSSS/SS/7///%'.
V
A61) Uma haste rígida, de comprimento L e de
massa desprezível, possui presas em suas
extremidades duas massas, 2m e 3m,
conforme a figura. Este conjunto acha-se sobre
uma superfície horizontal perfeitamente lisa.
a)2J¥ b)
HgL
3
pgf
C)
2ngL
3
Uma terceira partícula de massa m e
velocidade v desliza sobre esta superfície
numa direção perpendicular à haste e colide
3ggL
d) e)
2 2 inelasticamente com a massa 3m, ficando
colada à mesma após a colisão. Sabendo que
339
Elementos tia física - Mecânica 1- Colisão Mecânica
a massa 2m tem velocidade nula em relação
superfície, imediatamente após a colisão,
determine a velocidade angular da haste após
a colisão.
Q2m
m Q\
v
O —► -K)3m
A)— B) — C) —
' 4L 2L 8L
D) — E) —
6L 4L
A62) Uma esfera B está presa a um fio A64) Os discos A e B, cujas massas são mA e
inextensível. Uma outra esfera idêntica A é mB, respectivamente, podem deslizar
abandonada desde o repouso, quando apenas livremente sobre uma superfície horizontal sem
tangencia o fio, e atinge a esfera com atrito. O disco B está me repouso quando é
velocidade v0. Supondo que a colisão entre as golpeado por um disco A que move com
esferas é perfeita elástica e que inexiste atrito, velocidade v0 em uma direção que forma um
determine a velocidade de cada esfera ângulo 0 com a linha de impacto. Se e é o
imediatamente após a colisão. coeficiente de restituição entre os discos,
demonstre que a componente n da velocidade
de A depois do impacto é:
ÕU a) positiva se mA < emB;
b) negativa se mA > emB;
c) zero se mA = emB.
A
í A
340
ENERGIA CINÉTICA DE ROTAÇÃO
No capítulo sobre energia mecânica, foi enunciado que a modalidade da energia associada
a movimento é a energia cinética, enquanto que a modalidade associada a posição é a energia
potencial. Quando uma partícula de massa m apresenta, em um determinado referencial, módulo
y2
de velocidade v, sabe-se que a energia cinética da partícula é ——. Suponha agora que um
ventilador de teto está girando com velocidade angular co. Como calcular a energia cinética deste
ventilador? O centro de massa do ventilador está parado em relação ao teto, porém a energia
cinética do ventilador não é zero, uma vez que as pás do ventilador possuem massa e velocidade
tangencial. Observe a figura abaixo, onde estão destacados três diferenciais de massas, m,, m2 e
m3, e suas respectivas velocidades tangenciais.
“ v3
------
v2 ss
Assim, a energia cinética de um corpo em rotação é dada por:
onde Vi é a velocidade tangencial da partícula de massa m,. Entretanto, esta soma não é simples
de ser executada, pois V| não é igual para todas as partículas, dependendo de sua posição. Como
a velocidade angular de cada partícula é <o, pode-se escrever que V| = cop, onde r é a distância da
partícula de massa mj ao eixo de rotação do corpo. Logo, a energia cinética de rotação vale:
c -èí 2 & 2 2^ J
O termo entre parênteses depende de como a massa está distribuída em relação ao eixo
de rotação do corpo. Denomina-se esta grandeza de momento de inércia do corpo, sendo
representada pela letra I. O momento de inércia depende da geometria do corpo e do eixo em
torno do qual o corpo está rotacionando. Assim, pode-se afirmar que:
i=£miii2 c Ico2
e rot 2
1=1
341
Elementos da Física-Mecânica!-Apêndice-. Dinâmica da Rotação
Ri
Longa Haste fina com Placa retangular Esfera sólida Esfera oca
eixo de rotação que
passa pelo centro. Icm = 1L.V/(rz2+Z>2 I CM = j.\ÍR2 1 CM = 1MR2
1CM = 1^’
O teorema dos eixos paralelos afirmar que o momento de inércia I em relação ao eixo AA’,
paralelo a um eixo que passa pelo centro de massa BB’ vale:
I = lCM + Md2,
Por exemplo, pode-se aplicar o teorema dos eixos paralelos para calcular o momento de
inércia de um disco de raio R em relação a um eixo perpendicular a seu plano, passando por sua
342
_______________________________________ Mementos da Física-Mecânica!-Apêndice: Dinâmica da Rotação
borda. É conhecido que o momento de inércia de um disco de massa M e raio, em relação a um
3MR2
I = lCM + MR2= MR2 =
2
torque
Suponha que uma partícula de massa m está girando, em uma trajetória circular, em torno
de um eixo perpendicular ao plano de rotação. Adote que o raio da trajetória circular é r. A
componente tangencial da força resultante é dada por:
F, = m.at = m.a.r,
t = Ia
Esta expressão pode ser estendida para um corpo rígido girando em torno de um eixo fixo,
uma vez que um corpo pode ser entendido como um conjunto de partículas.
Vamos agora aplicar o que já foi estudado neste capítulo para resolver uma das situações
mais clássicas da Física, que é a Máquina de Atwood, considerando agora que a roldana possui
massa e apresenta movimento de rotação.
mi[_|
m2
Suponha que a roldana seja um disco de massa M e raio R. O momento de inércia relativo
ao eixo que passa por seu centro é ——. O movimento das massas mi e m2 é apenas de
translação e o da roldana é apenas de rotação. Para que a roldana se mova é necessário que
exista uma força de atrito fa entre a corda e ela. Como a corda não desliza na roldana, esta força
é de atrito estático. Na situação clássica, em que a roldana não possui massa, as trações em cada
lado da corda são iguais, porém, considerando a massa da roldana e sua rotação, isto não ocorre
mais. As forças nas extremidades da corda não são mais iguais porque a roldana reage
exercendo uma força de atrito sobre a corda, de sentido oposto ao movimento dela relativo à
corda. Observe a figura a seguir para entender melhor a decomposição das forças que atuam nos
corpos.
343
Elementos da Física-Mecânica l-Apéntlice: Dinâmica tia Rotação
fa -fa
t2
,N Tx
P
Ti
T2
roldana corda Pi P2
As forças aplicadas à roldana são o seu peso P, a reação normal ao peso N exercida pelo
seu suporte, a força de atrito fa que a corda exerce sobre ela e a reação R à força de atrito
exercida pelo suporte da roldana. Como a roldana não possui movimento de translação:
N-Mg = 0 e fa - R = 0
Aplicando a segunda lei de Newton às massas (considere um eixo vertical com sentido
positivo para cima):
T2-T,-fa =mca = 0
faR = la = l^ , a
r = faRsen(n/2) = Ia => T2-T, =1.—
m2 -m,
a=
m, +m2 +(M/2) 9
Se compararmos esta aceleração com o valor da situação clássica (roldana sem massa e
sem rotação), que é a = IHulTi L verifica-se que a aceleração para o caso de considerar a
m, +m2)
massa e a rotação da roldana é menor que a do caso clássico. A razão disso é que a inércia do
sistema aumenta considerando a massa e a rotação da roldana e a presença da massa dela no
denominador indica isso claramente.
344
_______________________________________ Elementos da Física-Mecânica!-apêndice: Dinâmica da notação
TRABALHO, ENERGIA CINÉTICA E POTÊNCIA
mv2
Sabe-se que a energia cinética associada ao movimento de translação é ECBan, =——,
onde m é a massa do corpo e v sua velocidade, e que a energia cinética associada ao movimento
I 2
de rotação é Ecrot = —, onde I é o momento de inércia do corpo e co sua velocidade angular.
Desta forma, um corpo que possui simultaneamente movimento de translação e de rotação
apresenta energia cinética total igual a
mv2 Ico2
*-c total ~
Para o caso de um corpo que está apenas em rotação, o trabalho de uma determinada
força F pode ser calculada como (lembre-se que apenas a componente tangencial da força realiza
trabalho sobre um corpo que está em rotação pura):
W = |Fdr + |Td0
W = Ecrot( Ec rot 0
W = Ecf-Ec0
A energia mecânica também pode ser para o caso de um corpo rígido em movimento de
rotação e translação:
345
Mementos tia física-Mecânica i-âpéntiice: Dinâmica tia Rotação
_ mv2 Ico2 ,__ l,
Em “ Ec + Ep — Ec trans 4" Ep rol + EP= —+ —+mgh
_ dW d0
P =------- = T----- = TCO
dt dt
mR2
Sabendo-se que I = —— e v = coR:
346
Exercícios de Embasamento
E1) D E2) B E3) E
E4) E E5) B E6) C
E7) C E8) E E9) 40.103N
E10) C E11) C E12) E
E13) B E14) E E15) 1,5 N
E16) A E17) c) 2,5 m/s2 E18) A
E19) B E20) C E21) C
E22) D E23) E E24) D
E25) A E26) E E27) C
Exercícios de Fixação
F1) B F2) A F3) D
F4) a) (Ma + MB)a; b) ^M^g2 +M|a2 ; c) tg 0 = a/g F5) D
F6) FVFW F7) D F8) D
F9) C F10) A F11) D
F12) C F13) A F14) E
F15) 4 m/s2
F16) a)a = p = 0;b)a = 0ep = 5 m/s2; c) a = 5,0 m/s2 e p = 15 m/s2
F17) 5,0 m/s2 e 30N F18) E F19) 1,2 cm,3
F20) D F21) B
F22) a) a = 2 m/s2; b) T = 15 N; c) T = 24 N F23) A
F24) D F25) B F26) E
F27) B F28) A F29) D
F30) 3,2 s F31) A F32) D
F33) 2^2 kgf F34) are sen 2/3 e 20 N F35) 9N
F36) a) 720 N/m; b) aA = 0, aB = 5,0 m/s2 e ap = 2,5 m/s2; c) 40 N F37) E
F38) C F39) 480 N F40) 5N
-2x
F41) —g
Exercícios de Aprofundamento
A1) D A2) D A3) 15,7 s
A4) T = - •v=//2
24(//g)
a( = (m2 - m3)2g/(m22 + m2 + 6m2m3), a2 = (m2 - 4m3}gl(m2 4m2m3) e
A5) a3 = (m2 - 4m2)gl(m2 + 4m2m3)
'2(H-h)(2M + m) , h I 2M + m A7) (m, - m2)2g/(m, + m2)
A6) t =
mg 2mg(H-h)
A8) 15° A9) A A10) D
aíov a (m1m2 + m2m3 - 4m1m3 )g
A11) E A12) a2 ------------------------1---------
' ' m,m2 + m2m3 + 4m1m3
A13) a) aA + aB = 2ac; b) aA = 4 m/s2, aB = 6 m/s2, ac = 5 m/s2; c) 60 N
A14) aA = 1,51 m/s2, aB = 6,04 m/s2, TA = 90,6 N e TB = 22,6 N
A15) a) aA = 12,11 m/s5 e aB = 0,831 m/s2; b) 74,8 N
.. 6r|h
A16) — A17) a, = a2 = g
r] + 4
8g
T=
A18) a) aA = 4aB; b) aA = 8 m/s2 e aB = 2 m/s2; c) 6 N A19) 1 _i_ + 1
m, m2 m8
M+m ,
A20) g/33 A21) mB ---------- kx
mg-kx
347
Mementos da Física-Mecânica!-Gabaritos
. 2M
A22) a) f = ; b) fmax = 1 +------------
2 M2 -M,
A23) 8 = 0 ou e = 90° e T = 150 N A24) 800 N
A25) 2s A26) a) aA = 240/41 m/s2 e aB = 192/41 m/s2
2x/3
A27) a) abx = —— g, ab) = 9 e ap = Ai;b)VHãE;c) füT
íb) A28) t =
12472 d
9 ,y 3 9 3 V g V 195 g
a. cos a mgsenOcosO
A29) 1/6 A30) tg6 = A31)
g + a.sena mcos2 0 + Msen2 0
m,sena + m2 senp
A32) 2a sen A33) A34) A
m, cosa + m2 cosp ’’
A35) E A36) 55 N
_ m,(m,+m2+M)g _ m,m2g
e a2 =
' m^m, +m2 +M) + m2(m1 +M) m^m, +m2 +M) + m2(m, +M)
A38) E A39) E A40) D
A41) A A42) A A43) C
A44) 4 m/s2 A45) C A46) 22,5m/s2
+[m2(m3 -mj-mf]
A47) C A48) g
(m, + m2 )(m, + m3) + n^m.,
mg sen 0 cos 0
A49) g/2 A50)
M + msen2 0
Exercícios de Embasamento
E1) B E2) E E3) WFFF
E4) C E5) D E6) C
E7) A E8) D E9) A
E10) C E11) D E12) B
E13) E E14) E E15) A
E16) 0,75 E17) WFV E18) 42 N
E19) 9,0 N E20) b) peFM/g - m0 E21) 02
E22) E23) a) 2,5 N; b) >/3/6 E24) B
—. ■ 2^3 . ^3
E25) 720 me 15000 kg E26) a) ; b) E27) a) 1.2.104 N;b) 4,0 m/s2
' ' 3 ’ 3
E28) D E29) B E30) C
E31) C E32) A E33) C
E34) B E35) B E36) a) 10/3 m/s2; b) 894 m
Exercícios de Fixação
F1) C F2) a) 0,5 m/s2; b) 4,0 m/s2
F3) Tac = 60 N, Tbde = 30 N e Fat = 10 N F4) WFFF
F5) 2,5 m F6) D F7) 01
F8) 04 F9) 6,6 N para cima do plano inclinado
F10) A F11) B F12) B
F13) a)100N; b) 0,448 F14) B F15) B
F16) D F17) C F18) B
F19) A F20) E F21) A
F22) E F23) E F24) A
F25) a)1,5s; b) 5,6 m F26) (V3-V2)/(V2+1)
F27) tg a = n, F = (m.g.p) / 7l + p7
:
F28) a) 0,6g; b) 22,5 kg; c) 0,7g para m2 e m3, 0,4g para mít 88,2 N
F29) F = mg(tg 6 + p)/(1 - p.tgO) F30) v= vod1l(d-di)
F31) A F32) 60° F33) C
348
Elementos da Física-Mecânica !-Gabaritos
F34) I2gh M~m(sene + ílCosB)
/2gh F35) A F36) B
V M+m
F37) pe = 0,6 e pc = 0,5 F38) a) 1,39 m; b) 0,56 s; c) 0,76 s; d) 3,69 m/s
F39) 3,54 kg < m2 < 10,6 kg F40) a) aA = 0,698 m/s2 e aB = 0,233 m/s2; b) 79,8 N.
Exercícios de Aprofundamento
A1) 25 kgf A2) 4075 kg A3) E
A4) B A5) D A6) B
A7) E A8) A
A9) a) 2,26 m/s2; b) 2,3 N; c) T = 0, com os corpos se movimentando em contato um com o outro.
A10) Fat = [M/(M + m)]Fcos a - mg sen a A11) / = 2/,/2/(/,+ /2)
A12) (R + r)gp/r A13) g/3 A14) D
A15) A 15-73
A16) 5- m/s2
8
A17) a) arc tg 3/4; b) 21 mg; c) 84/107 A18) A
. kx - mag(sen9 + pcos9) . . mag(sen9 + gcos9)
lyi __ ) uy
ma + mb k
A20) t = -J21M/[F- p.g(M + m)] F> /j(M + m)g
sena + p. cosa
A21) P = arc tg p F = mg A22) 9N
7W
A23) empurrando para a direita a menor aceleração é 9(1-M)
1+p
A24) F = 2mg(1 + p.cos 9 + sen 9)cos (rt/4 - 9/2) A25) B
Exercícios de Embasamento
E1) C E2) E E3) E
E4) b) 6,0 m/s E5) D E6) C
E7) b) 0,80 Hz E8) C C C E C E E E9) A
E10) 56,4 m/s E11) 04 E12) 01
E13) a) 8000 N; b) 2000 N E14) CC E15) 96 m
E16) a) 8 m/s; b) 128 N E17) B
E18) a) 4 m/s; b) 0,8 m/s2; c) 551 N e 756 N
E19) a) 3,3 rad/s; b) 3 s; c) 3 rad/s; d) 4,1 rad E20) A
E21) C E22) B E23) A
E24) A E25) D E26) v2/gR
E27) 240/n rpm E28) 1 rad/s E29) a) 12,5 N; b) 7,5 N
349
Elementos tia Física-Mecânica!-Gabaritos
Exercícios de Fixação
F1) E F3) a) 10 rad/s; b) 7,2 s F4) a) 6 m/s; b) 100 N
Exercícios de Aprofundamento
___________ D2___________
A1) mg cos 9 + A2) 9,9 m/s'.2
2£cos:9| L(l-cos9) + Z>tg9]
A3) a) 2,5 Mg; b) 2; c) 2,5 voltas/s A4) B
A5) D A6) 7,1 cm A7) cos 0 = 3g/2w2/
- —, -»•
A8) T5up = —^g+—w2lj
m( 3 2, , _ VÕmC w2 l~ gtga
inf 2 ' -g A9) w =
4 VLsena + d
jR cos 9-sen 9
A10) a)/? = U(/()t-4^2m/2)b) T= ArrmkLofVfk - A^mf2) A11)
cos9 + p.sen9
- 1 g(sen9 + p.cosO) g(sen9-p.cos9)
A12) a) — b)—
' 2rt \ R(cos0-p.senS) 2rt \ R(cos0 + p.senO)
A13) /J = (cos á)(g - >v2/?sen a)/(g.
_.sen a+ w2Rcos2 a)
A14) / = (kl0 — mgcos ci)i(k - nmirsen2 á)
(p.sena + cosajg
A15) l = A16) F = m-^g2 + <o4í2 sen2 a
sena(sena + gcosa)w2
r0(k2 -2kma>2)
A17) A18) A
k2 + (ma2 )2 - 3kmra2
A34) B
1
A35) -1 V3mg
R\3j3
R\3V3 3
350
Flementos da Física-Mecânica !-Gabaritos
Exercícios de Embasamento
E1) C E2) B E3) B
E4) 70 J E5) A E6) C
E7) D E8) A E9) B
E10) E E11) E E12) C
E13) E E14) 30 m3/s E15) 7J
E16) 18 J E17) a) 2t + 3; b) 800 J E18) C
E19) E E20) 4.104W
E21) a) 20 m/s2; b) 33000 N; c) 1.32.106 W
E22) a) 5.0.103 m3/s; b) 2000 mm
E23) a)6,75.106J; b) 0,9 CV
E24) a)pe = 0,15 pic = 0,1; b)100J; c) 0 E25) E
E26) a)-2,4 J; b) 2 m/s E27) A E28) 8.105J
E29) C E30) B E31) C
E32) C E33) B E34) C
E35) 8,6% e 5,3.102kW
Exercícios de Fixação
F1) a) 400 N; b) 2 m/s F2) a) g/5; b) - 4/3 F3) D
F4) a) - 0,2 J; b) 2 m/s F5) 0,8 g/cm3; b) 243,9 J F6) a) 1000 W; b) 225 g
F7) 1,5 m F8) a) V3 ; b) 3; c) 3
lMogRo
F9) a) 27tMogRo; b) - 2npxmv02; c)
V Mm
F10) a) 200 s; b) 8000 N; c) 0,2 m/s2 F11) C
F12) B F13) B F14) A
F15) D F16) B F17) A
F18) C F19) C F20) pi = (P'2 - P2)1/2/P
F21) E F22) 0,4 m/s
F23) a) T = 4,5.10“ N; b) P = 7.5.105 W F24) B
F25) P, = P(sen a/pi + cos a - 1) F26) 3,96
F27) a) 8,575 kW b) 2573 J c) Sim. 257 W
F28) a) - picMgí; b) - kí2/2; c) 0; d) 0; e) - (picMgí + kí2/2); f) (1/pi2M2g2 + VqIcM -picMg)/k
F29) E F30) A F31) E
Exercícios de Aprofundamento
A1) VgL/2 A2) IVP = p.g.A[h2 - (h,2 + h22 + /j32)]/2
A3) a) P = 188,7 CV; b) P = 290,3 CV A4) - n(n - 1 )mgt/2
A5) W = (2m + 5pV/3)gH/2 = 2,9 kJ A6) 6,71 m
A7) a) 58,9 kW; b) 52,9 kW A8) pV
pV,(gh V,2/2S2)
t(gh + V/72S A9) 2,84 m
A10) 204 s A11) pi = 1/2e W = (V2-l)mga
A12) 1,981 m/s A13) a) 2.67.103 J; b) 1.19.103 J
A14) 10 m/s A15) 75 J e 5,9 m/s A16) mg(h/2-3a)
A17) 14,7 kW A18) b) mgh + mgípi A19) B
A20) a) 2.3.102 n; b) 3.4.102 J; c) 1 m, W,peso = -3,4.102J, W,tração = 2,3.102 J eW, = 1.1-102J
A21) D A22) B A23) E
A24) C A25) C A26) A
A27) mk4t2/8 A28) 32 W A29) a) 500 J; b) 10 m/s
A30) a) 300 N; 36000 J A31) B A32) -56J
A33) E A34) E A35) C
Í2
A36) E A37) E A38) - ■ gh • (4 - senO - pi • cos 0)
V5
A39) A A40) A A41) B
m1m2co2R2
A42)
2(m, +m2)
351
Elementos da Física-Mecânica!-Gabaritos
Exercícios de Embasamento
E1) FWFV E2) D
E3) a) 3,6.103 N; b) 87,5 me5,4.10sJ
E4) b) - 4,9 m/s; c) 1,2 J; d) 0,6 m E5) 34 m/s e 29 kJ
E6) a) 4 m/s; b) 0,6 m E7) D E8) E
E9) B E10) A
.2
E11) a) 375 J e 150 kg.m/s; b) 270 N; c) 5 m/s' E12) 0,5 m
E13) D E14) E E15) B
E16) E E17) C 2a(d-L)m
E18) Ax =
k
E19) E E20) C E21) B
E22) a) 10 m/s; b) 8 m/s; c) 40 cm E23) 4,1 m
E24) a) 3 J; b) 1 cm e 4 cm E25) 20 m/s
E26) a) - 1,2 m/s e 1,8 m; b) 20 m/s
Exercícios de Fixação
F1) B F2) B F3) D
F4) a) 3600 N; b) 1785,72 N F5) a) 2v10 m/s; b) 35 m F6) a) 7.10 6 m2; b) 20 m/s
F7) a) 1/7.105 N; b)-1,01.101°J
F8) a) 10 m/s; b) 4,25 m; c) 8,7 m F9) 19
F10) a) 5 m; b) 6 m; c) Não. F11) A F12) D
F13) D F14) A F15) C
F16) A F17) E F18) D
F19) A F20) B F21) B
F22) D F23) B F24) A
F25) E F26) C F27) B
F28) D F29) C F30) C
F31) B F32) 77gí/2 F33) C
R__ 'l
F34) a) ^SgR • b) hA = — F35) 0,25 m
2^1-p.cotO J
Exercícios de Aprofundamento
2
2mgH D .. ( D2
1+ : b) mg ——senO
A1) D A2) a) —k 2H l Zrlrx
352
Elementos da física-Mecânica!-Gabaritos
A17) v = ^gR(2 + 2cosa + ^l-|
A16) [2g(H-/) mg2/k]1'2
Exercícios de Embasamento
E1) 4L E2) 5,0 m/s E3) 16 cm
E4) C E5) D E6)
E7) 60 cm E8) FVFVF E9) E
E10) VFFVF E11) E E12) D
E13) 3800 N E14) A E15) 10
E16) 2,4 m/s E17) B E18) E
E19) C E20) 18 kg.m/s E21) 1,6 m/s e 12 N
E22) B E23) a) 0,6 m/s; b) - 361296 J
E24) a) 7,5 m/s; b) - 7,5 J E25) D E26) A
E27) 0,0119 E28) D E29) C
E30) B E31) B E32) A
m.U.cosa
E33) E E34)
M+m
Exercícios de Fixação
F1) 28 cm F2) 30 m/s F3) 6 cm
F4) 2010 N F5) E
F6) a) 4,0 e 2,0 kg; b) 1/2 F7) 720 N F8) A
F9) a) 100%; b) 0,675 F10) a) 30000 N; 1440 N F11) 0,75 Je 0,5 m/s
F12) r>2 10"%; b) 50 N.s F13) a) vx = 90 m/s, vy = 0,6 m/s; b) - 361296 J
F14) a) 0,2 m/s; b) 20 N. F15) a) 600 J; b) 20 m/s
F16) a) 3,0 s; b) 40m/s; c) 100J F17) a) (M2gp2)/(2.m,k2)
F18) 16 m/s F19) A F20) A
F21) G F22) C F23) E
F24) E F25) B F26) C
F27) 0 F28) C F29) D
F30) a) 14,1 m/s; b) 6,67 m/s F31) d 4A F32) L/5
F33) Não atracará
Exercícios de Aprofundamento
A1) (100, 50) cm A2) E
3xo . 9kx§
A3) A4) - 1,67 m/se 53,3 J
4 VM ’ 32pMg
A5) 54 J A6) C A7) D
A8) D A9) C A10) A
A11) D A12) D A13) C
353
Elementos da física - Mecânica!- Gabaritos
vg 1-
A22) -5-
_mj
A23) 9,4 m/s (de trás), 10,4 m/s (da frente)
2g m + M)
' g-L
A24) 167 g A25) A26)
(m/M + 1).sen2a 8mg 4 8k
A27) h = (m + M).a.tg G/M A28) hm„ = h[MI(M + m)]2 A29) a) 1,75 N; b) 2,0 N
2m2>/2gr
A30) Vimax — A31) A cunha se deslocará à direita de 3,77 cm
rn-f + m2
[(5M + 4m)
A32) M y
1 m3g4 cot2 0
A45) E A46) - A47) D
8 k2 sen20
A48) B
Exercícios de Embasamento
E1) C E2) A E3) E
E4) A E5) A E6) a) 5 m/s; b) 4,5225 m
E7) A E8) 4.105N
E9) a) 6,4 J e 3,2 kg.m/s; b) 66 N E10) v’, = 0 e v’2 = 3,0 m/s
E11) C E12) a) 2 m/s; b) 1 m/s, para a esquerda; c) - 5 J; d) não
E13) a) 0,2 J; b) 20^2 m/s E14) a) 1 m/s; b) 57,1 N E15) a) 1 m/s; b) 1,5 N
E16) 19% e 36,2 m E17) a) 1 m/s; b)215988,8J E18) E
E19) B E20) D E21) B
E22) D E23) C E24) C
E25) D E26) E E27) C
Exercícios de Fixação
F1) FVFFF F2) FWW F3) A
F4) 23 m/s F5) a) 6.10"’2J;b) 0,03 m F6) a) 72 km/s; b) 0
F7) a) 0,8 s; b) 2,4 m; c) 6,0 m/s F8) 0,5
F9) b
F10) a) 3.1O20 kg.m/s; b) 4,5.1024 J; c) 5.10 -5 m/s; d)1,125.1O0 Mton
F11) E F12) C F13) a) 1600 J; b) 2000 J
F14) a)1,4m F15) B F16) B
354
Elementos da Física-Mecânica !-Gabaritos
F17) a) 72gL ; b) arc cos 3/4 F18) a) 4 m/s; b) se m = 2,5 g então M = 600 g
F19) a) 0,8 s; b) 4,0 s F20) D
F21) Iv/I = 2 m/s, direção horiz, da direita para a esquerda F22) D
F23) C F24) A F25) A
F26) D F27) B F28) 9,1 m/s
F29) E F30) a) A,/3k(M + m) / m; b) 2A^k / (M + m); c) 3MkA2/2m
F31) C F32) a) 2vo/5; b) Vq/3 F33) C
F34) C F35) A F36) D
Exercícios de Aprofundamento
mk
A1) a) x & b) xJ-___________ . m kx2
• Q)_____________
! c)
Vm i + M),22 ’
y (m m+M t
M.) a) 8,0 m/s; b) 6,0 m/s; c) 1,8 m; d) 1,2 s A3) D
A4) a) (gR/2)1'2; b) R[(M, + M2)/M,]2/4
A5) a) 20 m/s; b) 1/8 s; c) 1,25 m
A6) vAx =1,6 m/s vBy =1,2 m/s
A7) a) 6V3.10’24 kg.m/s; b) 2,4.103 m/s A8) ECECCEC
A9) B A10) C A11) E
A12) D A13) C A14) D
A15) B A16) 14 m/s A17) a) 0,8; b) 2,048 m
A18) 636 g A19) a) v’a( = - 8/3 m/s e v’M = - 2/3 m/s; b) - 10/3 m
355
Marcelo Rufíno de Oliveira nasceu em
1976 em Manáus-AM. Apesar de sua
família ser radicada em Belém, já residir
em 9 cidades, devido às transferências
de trabalho de seus pais. Ingressou err
1994 no Instituto Tecnológico dt
Aeronáutica (ITA), onde graduou-se em
Eng. Mecânica-Aeronáutica em 1999
Desde então trabalha, comc
coordenador e professor de matemática
e física, com turmas preparatórios para
concursos militares e olimpíadas
científicas em Belém. Em 2000 assumir
a coordenação regional da Olimpíada
Brasileira de Matemática no estado d(
Pará, sendo também responsável pela
organização da Olimpíada Paraense d<
Matemática. Em 2002 participou da
banca corretora da Olimpíada d<
Matemática do Cone Sul, realizada en
Fortaleza-CE.
A partir de 2007 se dedicou a escrevei
livros, de matemática e física, voltado:
para concursos militares e olimpíada:
científicas, lançando mais de um:
dezena de títulos, que têm fortalecido <
estudo de muitas gerações de alunos.
Aproveita suas poucas horas vaga:
para cultivar seus hobbies, como ouvi:
um bom rock n’ roll e viajar di
motocicleta com seus amigos do Par:
Moto Clube.
llllllllllll
788591 936724