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SEM NOME
Direção geral: Rafael Cobianchi
Capa: Diego Rodrigues
Diagramação: Diego Rodrigues
Preparação: Patricia Bernardo de Almeida
Revisão: Rochelle Lassarot
UMA DOR
SEM NOME
Sumário
Dedicatória ............................................7
Prefácio...................................................9
Introdução Nova Edição..........................13
Introdução..............................................21
Entendendo o luto..................................31
Luto e depressão......................................75
Sejamos verdadeiros cristãos nos momentos
de dor......................................................79
O sofrimento das Marias de Nazareth......87
Dedicatória
A Deus, Todo-poderoso, Criador. Peço-Te,
Pai, que continue nos dando a força necessária
para enfrentar os momentos de sofrimento e
de dor que a vida nos impõe.
À minha querida esposa, Gisela, fiel com-
panheira de todos os momentos da minha
vida, que pelas mãos de Maria me levou ao
encontro de Jesus.
Aos meus filhos, Marcela, Roque e Caroli-
ne, e ao meu neto, Matheus.
Aos meus queridos amigos da Comunida-
de Canção Nova, onde o Senhor revela o Seu
Espírito.
Ao meu querido amigo e irmão em Cristo,
diácono Nelsinho Corrêa, sempre presente e à
disposição para servir ao próximo.
Aos queridos monsenhor Jonas Abib, Lu-
zia Santiago e Eto, fundadores da Comunida-
de Canção Nova.
E a você…
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Prefácio
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continuou a confiar nas promessas de Deus e
permaneceu firme com os apóstolos, porque
compreendeu que de tudo Deus tira um bem
maior.
Mesmo sabendo que estamos neste mundo
de passagem e que somos cidadãos do Céu, para
onde voltaremos, o sofrimento nos momentos
de perda é grande e profundo, não somos capa-
zes de nomeá-lo. Eu mesma já passei por gran-
des perdas em minha vida e só encontrei forças
em Deus. Nele fui aos poucos me recuperando,
e, nos momentos de dor, a única coisa que, entre
lágrimas, eu conseguia dizer era: “Senhor, eis-me
aqui! Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra
como no Céu!” É preciso superar cada dia e co-
meçar de novo a cada hora!
Aos 23 anos, após quarenta dias de casada,
fiquei viúva. Meu marido, aviador da Força Aé-
rea Brasileira (FAB), morreu na queda de um
avião. Isso me levou a um grande caos interior,
pois fiquei imersa em “uma dor sem nome”,
perdida entre as dúvidas e os questionamentos
sobre o sentido da vida. Mas foi por meio desses
questionamentos, em meio às revoltas e buscas,
que eu encontrei Jesus, durante um encontro
de jovens que mudou minha existência. Deus
usou de um momento dramático para me levar
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a uma verdadeira experiência com o essencial,
como expressou Santa Teresa D’Ávila em uma
oração: “Nada te perturbe, nada te espante, tudo
passa, Deus não muda. A paciência tudo alcan-
ça, quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus
basta!”
Com o passar do tempo, vamos aprenden-
do, em cada perda, a dar novas respostas. Va-
mos acolhendo a verdade de Deus, o fato de
que Ele está no controle de tudo, mesmo que
não O compreendamos.
O livro Uma dor sem nome é uma ferramenta
que vem em tempo oportuno, pois todos nós,
de alguma forma, enfrentamos provas difíceis na
vida. E quando o amor de Deus vem, com toda
sua força, nos ajuda a levantar, curando o nosso
coração.
“Vem, Senhor Jesus!”
Luzia Santiago
Cofundadora da Comunidade Canção Nova
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Introdução Nova Edição
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A resposta vem do livro do Gênesis, quan-
do, após a desobediência de Adão e Eva ao
cometerem o pecado original, nos deixou a
morte, invalidando toda a imunidade divina
que concedeu aos nossos primeiros pais. Além
disso, Ele nos deu o livre-arbítrio, ou seja, nós
somos os responsáveis pelo nosso destino, ou
seja, Ele não interfere diretamente nas nossas
escolhas, embora sempre nos mande “anjos”,
por meio dos quais nos manda sinais para uma
vida melhor.
Muitos questionam essa aparente indife-
rença de Deus perante nossas dificuldades e
sofrimentos, querendo ou mesmo determi-
nando que Ele nos socorra imediatamente
após pedirmos ajuda, como se fosse um gênio
da lâmpada, que surge após a fricção dela e fica
submisso a nossos desejos. Não, não podemos
determinar a Deus o que nós queremos que
Ele faça, pois tenho certeza de que, embora
não tenha sido o causador do sofrimento, pela
Sua Divina pedagogia, aproveita o momen-
to para que possamos redimensionar a nossa
vida, nossos desejos, nossas ambições e até
mesmo usar o sofrimento como forma de nos
aproximarmos Dele.
E é assim mesmo que Ele nos ama, não
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como se fôssemos bonecos sem vida própria.
Ele não é um Deus que dirige os nossos desti-
nos, um Deus que nos ama e sofre quando nos
vê sofrer nesses momentos de pandemia.
É claro que pela sua Divina Onipotência
poderia e pode, a qualquer momento, intervir
na nossa vida, contrariando o nosso livre-ar-
bítrio, fazendo um milagre, ou seja, mudando
radicalmente, por exemplo, a evolução de um
paciente com covid-19. Isso não é comum,
visto que a quantidade de milagres reconheci-
dos pela Igreja é muitíssimo menor do que as
curas declaradas pelos fiéis.
Deus sempre age por meio de algo ou de
alguém. Por meio dos profissionais de saúde,
que atualmente se dedicam com muito amor
aos pacientes internados, como temos visto a
todo momento nas mídias sociais e mesmo
por testemunhos dos próprios pacientes e fa-
miliares, por meio de uma palavra consolado-
ra de uma amiga ou amigo, por meio de uma
palavra ouvida durante uma pregação ou uma
homilia.
Por intermédio da doença, quando, diante
da finitude, podemos nos reconciliar com nós
mesmos, com familiares, com amigos e princi-
palmente com Ele.
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O que vivi durante os momentos de sofri-
mento pelos quais passei durante minha inter-
nação, por conta de uma pneumonia causada
pelo coronavírus, é o meu exemplo da pedago-
gia de Deus para esses momentos.
Após uma oração que o Monsenhor Jonas
Abib fez naquele abençoado domingo, resolvi
realmente entregar a Deus toda a minha do-
ença, comecei a fazer um retrospecto de toda
a minha vida, lembrei-me dos meus pecados
já confessados e perdoados, lembrei-me de
minhas atitudes soberbas e egoístas, ou seja,
me preparei para um eventual encontro pes-
soal com o Senhor, que graças a Ele, por ora,
não aconteceu, pois no dia seguinte comecei a
melhorar, a melhorar tanto que meu médico,
amigo e homem de Deus, Dr. David Uip, an-
tecipou a minha alta.
Depois de tudo entendi por que Ele não
me respondia no início da minha doença,
quando via a cada momento a minha condição
respiratória não melhorar, esperando até o mo-
mento em que precisasse ser intubado. Passei
por dias de espera, cheguei a ficar “bravo”com
Deus por não me ouvir, pois acreditava que
minha fé era suficiente para que Ele me aten-
desse, mas depois percebi que a minha fé não
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era verdadeira, tinha uma fé de trocas, em que,
pela minha suposta vida cristã, tentando ser
um homem justo, eu seria um salvo conduto
para um milagre. Nada disso era verdade, eu
tinha que entregar realmente a minha vida ao
Senhor e aproveitar os momentos de espera, as
demoras de Deus, para que efetivamente fosse
um homem de fé.
Foi o que fiz, ou seja, preparei-me para o
encontro com Deus, que poderia ser a qual-
quer momento, pois estava com grande parte
dos meus pulmões comprometida com o co-
ronavírus.
Louvo por Ele ter me ouvido, por ter ou-
vido a oração de tantos e tantos que por mim
intercederam, por ter ouvido os pedidos de
Nossa Senhora Aparecida, do santo padre Pio
e do meu querido amigo servo de Deus padre
Léo.
Mas você pode continuar me perguntan-
do: por que Deus levou meu marido, minha
esposa, minha mãe, meu pai ou meus filhos?
Por que comigo, se sempre cumpri minhas
obrigações com a Igreja? Por que com minha
mãe, que sempre proclamou Jesus como Salva-
dor? Esses porquês são muito difíceis de serem
respondidos, pois realmente o plano de Deus
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é um mistério para todos nós. Não sabemos
quem e quando nem o porquê de Deus nos
querer de volta, por isso é que sempre devemos
estar prontos, pois como diz a Palavra:
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siástico:
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virou de cabeça para baixo, aproveite, entregue o
seu sofrimento ao Senhor com a ajuda de Nossa
Senhora Aparecida, do santo padre Pio e do ser-
vo de Deus padre Léo, e se deixe levar pelas mãos
misericordiosas do Senhor.
Abril de 2021
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