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O papel das fibras na química como um dos elementos estratégicos para a melhoria da
competitividade da indústria têxtil brasileira no mercado nacional e mundial é analisado neste
trabalho. Uma descrição técnica sucinta das fibras químicas mais utilizadas na indústria têxtil
no mercado internacional e brasileiro é realizada. O confronto fibras químicas globalização da
economia e transferência de tecnologia. Demonstra-se que o mercado de fibras químicas é
extremamente interessante para a investigação dos efeitos de globalização da economia.
Conclui-se que uma considerável redução da produção brasileira de fibras químicas como
consequência direta da ação da concorrência asiática pode tornar a indústria têxtil brasileira
refém de oscilações de preço no mercado internacional de fibras químicas, e na prática
constituir mais um entrave à sua competitividade internacional.
Conceito
Fibras naturais são aquelas encontradas na natureza produzidas por plantas e animais,
passiveis de serem transformadas em filamentos, fios cordas através de processos físicos que
posteriormente são transformados em tecidos planos, malhas e não tecidos essenciais a
sociedade atual.
As fibras naturais são hidrofílicas como elas são derivadas a partir de lignocelulósicas, que
contêm grupos hidroxilos fortemente polarizadas. Estas fibras, por conseguinte, são
inerentemente incompatíveis com termoplásticos hidrofóbicos. Uma possível solução para
melhorar a interação entre o polímero e a fibra é empregando compatibilizadores e
promotores de adesão que reduzem a absorção de umidade. Tratamento de superfície da fibra
com silano proporciona em geral confere hidrofobicidade às fibras naturais
Classificação das Fibras Naturais
Fibras naturais são materiais de origem animal, mineral ou vegetal.
Propriedades Gerais
Propriedades Físicas das Fibras Naturais
De acordo com [39] as principais características físicas das fibras são:
Comprimento: É a Dimensão da fibra em seu estado natural é um paramento que
determina a viabilidade da transformação em fio. Influencia diretamente. os limites de
fiabilidade do fio; resistência; uniformidade, o toque; o brilho; a pilosidade e a
produtividade do fio. O comprimento das fibras pode variar de alguns milímetros
(fibras curtas), a milhares de metros (fibras contínuas).
Uniformidade: Diz respeito ao comprimento médio das fibras que permite ajustar as
máquinas de fiação de acordo com o seu valor. Consequência da não uniformidade do
comprimento faz com que as fibras mais longas se enrolam e/ou se quebram e as mais
curtas não são aproveitadas e se desperdiçam.
Resistência: É capacidade de a fibra suportar os esforços, durante processos de
manufatura, até romper se. Influencia em: Fios mais resistentes e consequentemente
tecidos mais resistentes; Maior produtividade; Maior durabilidade.
Tenacidade ou resistência específica: É a resistência expressa como a força por
densidade linear (Gf/Denier). Utilizado para comparar fibras diferentes, é o valor da
tensão específica no rompimento na comparação de resistências com base na área da
seção transversal,
Elasticidade: é a capacidade que a fibra possui de recuperar, total ou parcialmente a
sua comprimento inicial, após a cessação da força que a deforma.
Alongamento (E%): É a deformação longitudinal máxima que a fibra suporta antes
de romper-se, permitindo assim verificar a elasticidade á tração do material.
As fibras naturais são células muito longas de paredes grossas e afiladas nos extremos.
Segundo Meyer a maioria tem a seguinte composição:
Lã (WO)
Dá-se o nome de lã ao revestimento piloso natural dos ovinos vulgarmente chamados
carneiros, ovelhas, borregos ou cordeiros. Esta designação pode também ser utilizada em
conjunto com o nome de outro animal, em substituição da palavra "pelo", como por exemplo,
lã de alpaca, lã de camelo, lã de vicunha, lã de moer, etc.
A classificação qualitativa da lã e feita pela finura, medida esta de caráter empírico que e o
resultado da apreciação global quanto ao "toque", diâmetro, elasticidade, ondulação, etc.
Estas características são, no entanto medidas uma a uma nos laboratórios têxtil em aparelhos
especiais e podem ser determinadas em relação a lãs de qualquer proveniência. O
comprimento das fibras para lã cardada varia de 50 a 150 mm.
As fibras de lã apresentam "crimp" (ondulação) natural, o que se constitui uma vantagem para
a confecção de fios e tecidos. O elevado "crimp" , o alongamento e a elasticidade (além da
resiliência) da fibra, contribuem para a manufatura do fio.
Propriedades da lã
A lã é tanto isolante do frio como do calor, principalmente, devido sua capacidade
higroscópica, qual faz com que as mudanças no conteúdo de água da fibra de lã liberem ou
absorvam calor como em nenhuma outra fibra. Assim quando absorve umidade, a lã libera
calor e, ao perder, absorve calor. Portanto, ela absorve vapor de água do corpo ou do ar,
formando uma interfase de ar seco, atuando como isolante térmico (Vieira, 1967; Gea, 2007;
Osório et al., 2014). Essa característica lhe permite absorver até 30 % (Sul, 1987; Iwto, 2013),
40 % (Vieira, 1967) ou 50 % (Minola e Goyenechea, 1975) da umidade do ar sem apresentar-
se molhada, com isso considera-se ela também com uma característica saudável, porém em
condições normais, o índice de higroscopicidade é de 16 a 18 %, devido à afinidade da
queratina com a água (Vieira, 1967; McGregor, 2012; Osório et al., 2014).
VANTAGENS:
a) Óptimo para climas frios
b) Ela recupera sua forma original apos a retirada da carga ou forca que a deforma
c) (compressão, dobra ou amarrotamento), em condições secas;
d) E muito flexível, tem um bom toque e possui uma boa retenção de agua.
e) Bastante confortável;
f) Durabilidade;
g) Caimento;
h) Não amarrota com facilidade;
Aplicações das Fibras Naturais
a) Utilização de fibras naturais em tapetes e carpetes
O uso de fibras naturais em revestimentos é muito antigo, porém aqueles materiais primitivos
não oferecem mais a beleza e a elegância dos produtos fabricados atualmente. A introdução
de modernas tecnologias, aliadas ao talento humano, fez com que as fibras naturais
ganhassem uma nova dimensão de mercado.
O emprego de fibras naturais como sisal, coco, algodão e juta em revestimentos de parede,
tapetes e carpetes tem se tornado bastante diversificado no mundo inteiro. Não existem mais
aqueles produtos tradicionais colocados nos show rooms, e sim materiais de decoração com
fino acabamento e produzidos de forma muito especial. Além disso, apresentam uma
variedade de tamanhos, modelos, padrões e estilos que são verdadeiras obras de arte, capazes
de satisfazer os consumidores mais exigentes.
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