Índice
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Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
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Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
todos estudaram os casos da equação de Ricatti também. Na época, Taylor usou séries
para "resolver" equações diferenciais, outros desenvolveram e usaram estas séries para
vários propósitos. Contudo, o desenvolvimento de Taylor de diferenças finitas começou
um novo ramo da matemática intimamente relacionado ao desenvolvimento das
equações diferenciais. No início do século XVIII, este e muitos outros matemáticos
tinham acumulado uma crescente variedade de técnicas para analisar e resolver muitas
variedades de equações diferenciais. Contudo, muitas equações ainda eram
desconhecidas em termos de propriedades ou métodos de resolução. Cinquenta anos de
equações diferenciais trouxeram progresso considerável, mas não uma teoria geral.
O desenvolvimento das equações diferenciais precisava de um mestre para
consolidar e generalizar os métodos existentes e criar novas e mais poderosas técnicas
para atacar grandes famílias de equações. Muitas equações pareciam amigáveis, mas
tornaram-se decepcionantemente difíceis. Em muitos casos, técnicas de soluções
iludiram perseguidores por cerca de 50 anos, quando Leonhard Euler chegou à cena das
equações diferenciais. Euler teve o benefício dos trabalhos anteriores, mas a chave para
seu entendimento era seu conhecimento e percepção de funções. Euler entendeu o
papel e a estrutura de funções, estudou suas propriedades e definições. Rapidamente
achou que funções eram a chave para entender equações diferenciais e desenvolver
métodos para suas resoluções. Usando seu conhecimento de funções, desenvolveu
procedimentos para soluções de muitos tipos de equações. Foi o primeiro a entender as
propriedades e os papéis das funções exponenciais, logarítmicas, trigonométricas e de
muitas outras funções elementares. Euler também desenvolveu várias funções novas
baseadas em soluções em séries de tipos especiais de equações diferenciais. Suas
técnicas de conjecturar e encontrar os coeficientes indeterminados foram etapas
fundamentais para desenvolver este assunto. Em 1739, desenvolveu o método de
variação de parâmetros. Seu trabalho também incluiu o uso de aproximações numéricas
e o desenvolvimento de métodos numéricos, os quais proveram "soluções" aproximadas
para quase todas as equações. Euler então continuou aplicando o trabalho em mecânica
que levou a modelos de equações diferenciais e soluções. Ele era um mestre que este
assunto necessitava para se desenvolver além de seu início primitivo, tornando-se um
assunto coeso e central ao desenvolvimento da matemática aplicada moderna.
Depois de Euler vieram muitos especialistas que refinaram ou estenderam muitas
das ideias de Euler. Em 1728, Daniel Bernoulli usou os métodos de Euler para ajudá-lo a
estudar oscilações e as equações diferenciais que produzem estes tipos de soluções. O
trabalho de D'Alembert em física matemática envolveu equações diferenciais parciais e
explorações por soluções das formas mais elementares destas equações. Lagrange
seguiu de perto os passos de Euler, desenvolvendo mais teoria e estendendo resultados
em mecânica, especialmente equações de movimento (problema dos três corpos) e
energia potencial. As maiores contribuições de Lagrange foram provavelmente na
definição de função e propriedades, o que manteve o interesse em generalizar métodos
e analisar novas famílias de equações diferenciais. Lagrange foi provavelmente o
primeiro matemático com conhecimento teórico e ferramentas suficientes para ser um
verdadeiro analista de equações diferenciais. Em 1788, ele introduziu equações gerais
de movimento para sistemas dinâmicos, hoje conhecidas como equações de Lagrange.
O trabalho de Laplace sobre a estabilidade do sistema solar levou a mais avanços,
incluindo técnicas numéricas melhores e um melhor entendimento de integração. Em
1799, introduziu as ideias de um laplaciano de uma função. Laplace claramente
reconheceu as raízes de seu trabalho quando escreveu "Leia Euler, leia Euler, ele é
nosso mestre". O trabalho de Legendre sobre equações diferenciais foi motivado pelo
movimento de projéteis, pela primeira vez levando em conta novos fatores tais como
resistência do ar e velocidades iniciais. Lacroix foi o próximo a deixar sua marca.
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Fonte:
http://cwx.prenhall.com/bookbind/pubbooks/thomas_br/chapter1/medialib/custom3/topics/diffeq.htm
em setembro de 2008.
......................................................................
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d2y dy d2y dy
m 2 m.g k ou m 2 k m.g (3)
dt dt dt dt
Definição e Notações
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Exemplos:
dy
y ' '3 y y ' y y ' 5 x ;
5 3
1. 3x 1 ; 6.
dx
dx dy
2. x.dy y.dx 0 ; 7. 2x y ;
dt dt
d2y dy 1 1
3. 2
5 6y 0 ; 8. y ' y 2 ;
dx dx x x
2
d2y dy u v
4. ey 2 1 ; 9. ;
dx 2
dx y x
3
d2s ds 2z 2z
5. 2 4.t.s 8.s 0 ;
2
10. 0 .
dt dt x 2 y 2
dy d 2 y d 3 y w 2 z
Observação: A notação de Leibniz , , , ... , , , ... , nos parece ser
dx dx 2 dx 3 x y 2
mais vantajosa sobre a notação y ' , y ' ' , y ' ' ' , ... , pois, explicita claramente as variáveis
dependentes e as independentes.
Preencha o quadro abaixo, com respeito à ordem e o grau, dos dez exemplos
apresentados anteriormente:
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z z
2) A função z x2 y2 é solução da equação diferencial y x 0 , pois,
x y
z z
2x e 2 y . Substituindo estas derivadas parciais na equação dada vem,
x y
?
2 xy 2 xy 0
0 0 (Verdade).
dy
3) Já a função y x2 não é solução da equação diferencial 2 x 3 , pois,
dx
dy
2 x e substituindo na equação diferencial dada vem, 2 x 2 x 3 . Logo, não se
dx
verificou a igualdade.
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z z
Exemplo: Dada a equação diferencial parcial x 0 , a função arbitrária
y
x y
z f ( x y ) é solução geral da equação diferencial, pois, f é uma função de
2 2
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Observação: Existem infinitas parábolas nesta família, onde cada uma delas representa
uma solução particular (uma para cada determinado valor de c ).
Exemplos:
3x 2
2) Dado y x c determine a equação diferencial de menor ordem possível
2
que não contenha nenhuma constante arbitrária.
Solução:
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dy
Exemplos de Problemas de Valor Inicial: a) ky ,
dx
y (0) 2
dy
2.x
Exemplo: Dado o problema de valor inicial dx
y (1) 1
Seja uma região D (cinza) no plano xy que contém o Fig.I
f
ponto ( x0 , y0 ) (1,1) . Como f ( x, y ) 2.x e 0 são
y
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Exemplos:
dy
1) Mostre que o problema de valor inicial ky
dx
y (1) e k
tem uma única solução no intervalo Io : x 1 h (h>0).
Solução:
Aqui, f(x,y) = ky e f ( x, y )
k.
y
Claramente, ambas as funções f e f satisfazem a hipótese do Teorema 1 em
y
todo plano xy. Em particular, podemos aplicar este teorema em qualquer domínio D
contendo o ponto (xo ,yo) = (1,ek). Assim, existe um intervalo Io : x x0 x 1 h , no qual
há uma única solução, y(x), satisfazendo a equação diferencial e sua condição inicial.
A solução geral é dada por y = c.ek.x onde c é uma constante arbitrária.
Desde que y = ek em x = 1, nós encontramos c = 1. Assim, y = ek.x é a única
solução do problema de valor inicial no intervalo Io : x 1 h .
Neste exemplo, esta única solução existe sobre o intervalo < x <
y' 4 y 2
2) Mostre que o problema de valor inicial:
y (0) 0
tem uma única solução no intervalo Io : x h .
Solução:
Aqui, f(x,y) = 4+ y2 e f ( x, y ) 2 y .
y
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f ( x, y, z )
2
Assim, f(x,y,z) = 2y + z e y
f ( x, y, z ) 1
z
Claramente, as funções f , f e f satisfazem a hipótese do Teorema 2. Em
y z
particular, podemos aplicar o teorema para qualquer domínio D contendo o ponto
(xo ,yo ,zo) = (0,0,3). Assim, existe um intervalo Io : x x0 x 0 x h , no qual há uma
única solução y(x) satisfazendo a equação diferencial e as condições iniciais dadas
acima.
Exercícios
d 2 y 1 dy 2
a) y c1 2 x c 2 x 2 0 ;
dx 2 x dx x
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d 2 s ds
b) s c1e 2t c2 e 3t 6s 0 ;
dt 2 dt
c) y c.( x c) 2 y '3 4 xyy'8 y 2 0 ;
d 2s
d) s c1 cos (2t c2 ) 4s 0 ;
dt 2
x 2
d 2 y dy dy
e) y a.e b b
y 2 0 ;
dx dx dx
1 d2y dy
f) y c1e 3 x c 2 e x e 2 x 2
2 3y e2x ;
3 dx dx
1 d 2x
g) x c1 cos 3t c 2 sen 3t t.sen 3t 9 x 3 cos 3t .
2 dt 2
x d 2 y dy
e) y c1e 2x
c2 e Resp.: 2y 0 .
dx 2 dx
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Classificação
Começaremos agora nosso estudo sobre a metodologia de resolução de
algumas classes ou tipos de equações diferenciais ordinárias de 1a Ordem e 1o Grau:
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1) y.dx x.dy 0 ;
Solução:
dy
2) 3x 1 ;
dx
Solução:
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4 x
3) x.dx dy 0 ;
y
Solução:
dy 1 y2
4) .
dx (1 x 2 ). y
Solução:
dy QT dy a 2 x2
ou
dx QP dx x
que é uma equação diferencial de variáveis
separáveis em x e y.
A Resolução:
Separando-se as variáveis, integrando
e usando o fato de que y 0 quando x a
[condição inicial y ( a ) 0 ], obtemos
a a2 x2 a a2 x2
y a.ln a2 x2 ou y a.ln a2 x2
x x
que é a equação da Tractriz.
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1) f ( x, y ) x 2 y 2
x3 y 3
2) f ( x, y)
x. y
x 5y2
3) g ( x, y )
x
4) h( x, y ) y.e x
5) f ( x, y ) x 3 .(ln x ln y 1)
b) Equação Diferencial Homogênea 1: É toda equação diferencial que pode ser escrita
da forma M ( x, y ).dx N ( x, y ).dy 0 , onde M e N são funções homogêneas e de
mesmo grau, em relação a x e y.
Assim, se a equação diferencial é homogênea ela pode ser transformada, mediante
a substituição y v.x (ou x v. y ), em uma equação diferencial de variáveis
separáveis em v e x (ou v e y), que depois de encontrada a sua solução geral faz-se
y x
a substituição v (ou v ) para se obter a solução geral da equação diferencial
x y
inicial.
Observação: Uma equação diferencial também pode ser identificada como homogênea
dy y dy x
se ela puder ser escrita da forma F ou F .
dx x dx y
Exemplos: Encontre a solução geral de cada uma das equações diferenciais dadas
abaixo:
1
O significado da palavra “homogênea”, aqui apresentado, não é o mesmo daquele quando abordarmos as Equações
Diferenciais Lineares, página 32.
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dy dy
b) y2 x2 x. y
dx dx
Solução:
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Exercícios
g) ( x 2 y ).dx (2 x 3 y ).dy 0 R: x 2 4 xy 3 y 2 c
h) (3x 5 y ).dx ( 4 x 6 y ).dy 0 R: ( x y ) 2 .( x 2 y ) c
1 x y
i) 2( x y ).dx y.dy 0 R: ln 2 x 2 2 xy y 2 arc tg c
2 x
j) (8 y 10 x ).dx (5 y 7 x ).dy 0 R: ( x y ) 2 .(2 x y ) 3 c
k) ( 2 x y ).dx ( x 3 y ).dy 0 R: 2 x 2 2 xy 3 y 2 c
l) 2 z.(3z 1).dw (1 2w).dz 0 R: ( 2 w 1).(1 3 z ) c.z
II) Achar a equação da curva que passa pelo ponto (1, 0) e cujo coeficiente angular
y 1
é, em qualquer ponto igual a 2 . R: y.(1 x ) 1 x
x x
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a1 b1
b) Se det 0 , a equação diferencial se reduzirá a uma Equação Diferencial
a 2 b2
de Variáveis Separáveis.
Para tanto, faz-se a1 x b1 y t (ou a 2 x b2 y t ), sendo t uma função de x.
Então, derivando-se em relação a x vem,
dy 1 dt
a1
dx b1 dx
Substituindo estes resultados na equação diferencial dada, obtém-se uma Equação
Diferencial de Variáveis Separáveis em t e x.
dy 2 x y 1
Exemplo: Resolva a equação diferencial .
dx 6 x 3 y 1
Solução:
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Exercícios
2 2
2 3 2 3
1) ( 2 x 3 y ).dx (3 x y 1).dy 0 R: y 6. x . y 2 x c
7 7 7 7
dy x 2y 1
4) R: ln 4 x 8 y 5 8 y 4 x c
dx 2 x 4 y 3
7
6) ( x 2 y 4).dx ( 2 x y 3).dy 0 R: ( x y 1) 3 c. x y
3
dy 1 3x 3 y
7) R: 3x y 2. ln x y 1 c
dx 1 x y
dy
x y 1
2
8) R: y x 1 tg ( x c)
dx
dy
9) tg 2 ( x y ) R: 2. y 2.x sen 2.( x y ) c
dx
................................................
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Cálculo de U(x,y)
Comparando (5) e (6) vemos que (5) é uma diferencial exata se existe uma
U U
função U(x,y) tal que, M (I) e N (II),
x y
M 2U N 2U
então, e
y yx x xy
2U 2U M N
e, pelo Teorema de Schwartz, como (Condição
yx xy y x
necessária para que a equação diferencial M ( x, y ).dx N ( x, y ).dy 0 seja uma
Equação Diferencial Exata [demonstra-se também que esta condição é suficiente]).
Para calcularmos a expressão de U(x,y) vamos integrar (I) em relação a x.
Portanto,
U ( x, y ) M .dx Q ( y ) , onde Q(y) é uma função só de y (III)
Para determinarmos Q(y), derivamos (III) em relação a y e usamos (II).
Assim,
U
y y
M .dx Q' ( y ) N Q' ( y ) N
y
M .dx) (função só de y).
P P
Fazendo M .dx P , Q' ( y ) N Q( y ) N .dy e substituindo em (III)
y y
P
vem, U ( x, y ) M .dx N .dy , onde P M .dx
y
Como U(x,y) = c, a solução geral da Equação Diferencial Exata
P
M ( x, y ).dx N ( x, y ).dy 0 será dada por M .dx N y .dy c .
Exemplos: Calcular a solução geral de cada uma das equações dadas:
1) (3 x 2 6 xy 2 ).dx (6 x 2 y 4 y 3 ).dy 0
Solução:
2) ( x 2 y 2 ).dx 2 xy.dy 0
Solução:
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Exercícios
1) ( 2 x y 1).dx ( x 3 y 2).dy 0 R: 2 x 2 2 xy 2 x 4 y 3 y 2 c
x4
3) ( x 3 y 2 ).dx (2 xy cos y ).dy 0 R: y 2 x sen y c
4
y 1
4) y. cos ( xy) .dx x. cos ( xy ) 2. x y
.dy 0 R: sen ( xy ) 2 y. x ln y c
x
dy x xy 2
5) R: x 2 .(1 y 2 ) y 2 c
dx y x2 y
6) (1 y.sen x ).dx (1 cos x ).dy 0 R: x y y. cos x c
2x y 2 3x 2 x2 1
7) dx dy 0 R: c
y3 y4 y3 y
9) (2 xy 2 3).dx (2 x 2 y 4).dy 0 R: x 2 y 2 3x 4 y c
dy
10) x 2 x.e x y 6 x 2 R: xy 2 x.e x 2e x 2 x 3 c
dx
1) 2 x. cos y e .dx x
x 2
.sen y.dy 0 , x 0 R: x 2 .cos y e x 1
dy xy 2 cos x . sen x
2) , y ( 0) 2 R: y 2 .(1 x 2 ) cos 2 x 3
dx y.(1 x 2 )
...............................................................
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Fator Integrante
Quando multiplicamos uma expressão M ( x, y ).dx N ( x, y ).dy , que não é
M N
diferencial exata, isto é, , por uma função ( x, y ) e ela se transforma em uma
y x
expressão diferencial exata, a esta função chamamos de Fator Integrante.
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e
( x ).dx
ln ( x).dx .
Analogamente, supondo que seja uma função apenas de y , 0 e (8) se
x
1 1 N M
transforma em , que só terá sentido se o 2o membro for função
y M x y
1 d d d
só de y . Desse modo, ( y) ( y ).dy ( y ).dy
dy
e
( y ). dy
ln ( y).dy .
2) ( x 2 y 2 ).dx 2 xy.dy 0
Solução:
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Exercícios
I) Verifique se cada uma das equações diferenciais dadas não é Exata. A seguir,
pesquise um fator integrante e calcule a solução geral de cada uma delas.
.........................................................
dy
São aquelas que podem ser escritas na forma P. y Q , onde P e Q são
dx
funções de x .
Se Q = 0 é denominada Equação Diferencial Linear Homogênea ou Incompleta.
Observação: Aqui o sentido de homogênea é diferente daquele descrito nas equações
diferenciais do 2o tipo (página 21). Também, ela é dita linear com respeito
dy
à função y e sua derivada , isto é, em cada termo, no primeiro
dx
membro, só aparece uma delas com expoente 1.
Encontra-se a solução geral de uma equação deste tipo, utilizando-se o Método
da Substituição (ou Método de Lagrange) ou transformando-a em uma Equação
Diferencial Exata, pela multiplicação de um fator integrante (exercício 3, página 34).
dy
Seja a equação diferencial P. y Q (11)
dx
Antes vamos examinar dois casos particulares:
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dy
1o) Se P = 0 Q dy Q.dx y Q.dx c
dx
dy dy
2o) Se Q = 0 P. y 0 P.dx ln y P.dx c
dx y
ye y e .ec y k .e .
P .dx c P .dx P.dx
Em cada um destes casos percebe-se que a equação diferencial resultante é sempre
uma Equação Diferencial de Variáveis Separáveis.
Agora, vamos nos ater para o caso geral, quando P e Q são ambas funções não
nulas.
Neste caso, pelo Método da Substituição, vamos fazer y z.t , onde z e t são
funções de x, sendo z a nova função incógnita e t a função a determinar.
dy dt dz dt dz
Assim, z. t. e substituindo em (11) vem z. t. P.z.t Q
dx dx dx dx dx
dt dz
z. P.t t Q (12)
dx dx
Se conseguirmos obter os valores de z e t, obviamente teremos a solução geral de (11)
que é uma Equação Diferencial Linear dita completa, já que y z.t . Assim,
pesquisaremos em (12) um modo de calcular estas duas funções, z e t. Isto pode ser
feito impondo-se as seguintes condições, em (12):
dt
dx P.t 0
dz
t Q
dx
dt
P.t 0 , resulta t k1 .e
P.dx
Resolvendo a equação diferencial e levando-se este
dx
dz P .dx dz dz 1 P.dx
resultado em t Q temos k1 .e Q e .Q
dx dx dx k1
1 P.dx
dz e .Qdx
k1
1
e .Q.dx k 2 .
P .dx
e integrando, z
k1
1
y e .Q.dx k 2 . k1 .e
P .dx P.dx
Como, y z.t
k1
y e . e .Q.dx c
P .dx P .dx
que é a solução geral de (11).
dy y
1) x ;
dx x
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Solução:
dy y cot g x
2) 0.
dx x x
Solução:
Exercícios
dy y
a) x2 R: y x.( x 2. ln x c)
dx x
dy sen 2 x
b) y.tg x sen x R: y sec x . c
dx 2
dy 1 1
c) (tg x ). y cos x R: y x sen 2x c .sec x
dx 2 4
4 c 1
d) y ' y x 4 R: y 4 x5
x x 9
e) y ' 5 . y 0 R: y c.e 5 x
b) y ' y sen x , y ( ) 1 R: y
2
1 x
e sen x cos x
dy
3) Pesquise um fator integrante para a Equação Diferencial Linear P. y Q .
dx
A seguir resolva o exercício (1a) por este processo.
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dy
4) A equação diferencial da forma P. y Q. y n (*)
dx
onde n e P e Q são funções de x, é chamada de Equação Diferencial de
Bernoulli. Para n = 0 e n = 1 a equação é Linear. Porém, se y 0 ela pode ser
dy
escrita da forma y n P. y 1 n Q (**)
dx
dw dy
Fazendo a substituição w y 1 n , com n 0 e n 1, então, (1 n). y n . e
dx dx
substituindo em (**) obteremos a Equação Diferencial Linear
dw
(1 n).P.w (1 n).Q (***)
dx
Resolvendo em w e x e, a seguir, substituindo w y 1 n , obteremos a solução
geral para (*).
Assim sendo, resolver as seguintes equações diferenciais:
dy 1 1
a) y x. y 2 R: y
dx x C .x x 2
dy 1
b) x y 2 R: y 3 1 C . x 3
dx y
dy 1
c) y.( x. y 3 1) R: y 3 x C .e 3. x
dx 3
x
dy
d) x y 2 x. y
2
R: e C. x
y
dx
.............................................
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síntese, qualidades estas que podem começar a ser adquiridas a partir do estudo de
alguns modelos clássicos.
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dI R E
I Fig. I
dt L L
dq 1 E
q Fig. II
dt RC R
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3) Sabe-se que certa substância radioativa diminui de massa a uma taxa proporcional
à quantidade presente. Se, inicialmente, a quantidade de material é 50 mg, e após 2
horas se observa a perda de 10% da massa original, determine:
a) a expressão para a massa de substância restante em um tempo arbitrário t;
b) a massa restante após 4 horas; R: a) N (t ) 50.e 0,053.t ; R: b) N 40,5 mg .
c) o tempo necessário para que a massa restante fique reduzida à metade. R: 13 horas.
4) Sabe-se que uma cultura de bactérias cresce a uma taxa proporcional à quantidade
presente. Após 1 hora, observaram-se 1.000 núcleos de bactérias na cultura, e após 4
horas, 3.000 núcleos. Determine:
a) uma expressão para o número de núcleos presentes na cultura no tempo arbitrário t;
b) o número de núcleos inicialmente existentes na cultura. R: a) N (t ) 694.e 0,366.t .
R: b) 694.
7) Um circuito elétrico RL tem f.e.m. (em volts) dada por 3.sen 2.t , resistência de 10
ohms, indutância de 0,5 henry e corrente inicial de 6 ampères. Determine a corrente no
609 20.t 30 3
circuito no instante t. R: I e sen 2.t cos 2.t .
101 101 101
8) Um circuito RC tem f.e.m. (em volts) dada por 400. cos 2.t , resistência de 100 ohms e
capacitância de 10-2 farad. Inicialmente, não existe carga no capacitor. Determine a
4 16 8
corrente no circuito no instante t. R: I (t ) e t cos 2.t sen 2.t .
5 5 5
41
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
42
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
18) Um circuito RL sem fonte de f.e.m. tem uma corrente inicial dada por Io. Determine
R
.t
a corrente no instante t. R: I I o .e L
.
19) Um circuito tem f.e.m. dada (em volts) por 4.sen t , resistência de 100 ohms,
indutância de 4 henries, e corrente inicial zero. Determine a corrente no instante t .
R:
626
e 25.sen t cos t .
1 25.t
20) Um indivíduo é encontrado morto em seu escritório pela secretária, que afirma ter
ligado imediatamente para a polícia.
Quando a polícia chega, 2 horas depois da chamada, examina o cadáver. Uma hora
depois o detetive prende a secretária. Por quê?
Dados: A temperatura do escritório era de 20°C. Quando a polícia chegou, mediu a
temperatura do defunto, achando 35°C; uma hora depois, mediu novamente obtendo
34,2°C. E por último suponhamos que a temperatura normal de uma pessoa viva seja
de 36,5°C.
21) Uma cidade é abastecida de água por um lago cujo manancial é de 108 litros e que
é alimentado por um rio cuja vazão é de 200 litros por minuto. Algumas fábricas
localizadas à beira desse rio o poluem (há muito tempo) na ordem de 60 gramas por
litro. A quantidade máxima de poluente admissível, por decisão das autoridades
sanitárias, é da ordem de 25g/l. O Prefeito Municipal, muito preocupado com as
constantes reclamações da população que coloca em xeque a sua reeleição, pede ao
engenheiro responsável pelo abastecimento de água da cidade, que resolva este grave
problema em um prazo máximo de 4 meses (para que não ultrapasse o dia das
eleições). O engenheiro resolve desviar o curso de outro rio (considerando-se que
condições impeçam que seja desviado o curso rio poluído) cujas águas estão com um
grau de poluição de 10 g/l, fazendo com que o mesmo alimente o lago com uma vazão
de 800 l/min.
Desprezando-se a evaporação, chuvas e outros fatores que viessem a alterar o volume
do manancial (considerando-o, portanto, constante), pergunta-se: “O Prefeito se
reelegerá?” R: 144 dias.
23) Um ator de cinema que pesa 120 Kg precisa fazer um severo regime para
emagrecer, em virtude do seu num novo filme a ser rodado. O diretor exige que ele
perca a terça parte do seu peso no máximo em três meses, segundo uma dieta racional
que o emagreça proporcionalmente ao peso de cada dia. Nestas condições, sabendo-
43
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
25) Uma conta bancária ganha juros continuadamente a uma taxa de 5% do crédito
corrente, por ano. Suponha que o depósito inicial foi de R$ 1.000,00 e que não foram
feitos outros depósitos ou retiradas.
a) Escreva a equação diferencial satisfeita pelo crédito em conta;
b) Resolva a equação diferencial e faça um gráfico da solução.
26) O ácido valpróico é uma droga usada para controlar epilepsia; sua meia-vida no
corpo humano é de cerca de 15 horas.
dQ
a) Use a meia-vida para achar a constante k na equação diferencial k .Q .
dt
b) Qual o tempo para que restem 10% da droga?
27) O birtartarato de hidrocondone é usado para suprimir a tosse. Depois que a droga
foi completamente absorvida, a quantidade da droga no corpo decresce a uma taxa
proporcional à quantidade que resta no corpo. A meia-vida do birtartarato de
hidrocondone no corpo é de 3,8 horas e a dose é 10 mg.
a) Escreva uma equação diferencial para a quantidade Q da droga no corpo no tempo t,
desde que a droga foi completamente absorvida;
b) Resolva a equação dada no item (a);
c) Use a meia-vida para achar a constante de proporcionalidade k;
d) Quando da dose de 10 mg resta no corpo após 12 horas?
28) A morfina é uma droga que alivia a dor. Use o fato de ser a meia-vida da morfina no
corpo de 2 horas para mostrar que a magnitude da constante de proporcionalidade
para a taxa à qual a morfina deixa o corpo é k 0,347 .
29) O corpo de uma vítima de assassinato é encontrado, ao meio dia, numa sala com
temperatura constante de 20°C; 2 horas depois a temperatura do corpo é de 33°C.
Quando o corpo foi encontrado, ao meio dia, a sua temperatura era de 35°C.
a) Ache a temperatura T do corpo como função de t, o tempo em horas desde que foi
encontrado;
b) Esboce um gráfico de T(t);
c) O que acontece com a temperatura do corpo ao longo do tempo? Mostre isto no
gráfico e algebricamente;
d) Suponhamos que na hora do assassinato o corpo da vítima tinha a temperatura
normal, 37°C. Quando ocorreu o crime?
30) Foi encontrado um osso fossilizado que contém um milésimo da quantidade original
de C14 (isótopo carbono 14). Faça uma estimativa para a idade deste osso.
Dado: A meia-vida do C14 é de aproximadamente 5.600 anos. R: 55.800 anos.
............................................................
44
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
d2y
a) Equação Diferencial do Tipo: f ( x)
dx 2
Para encontrar a solução geral de uma equação diferencial que pode ser escrita
dy
desta forma, faz-se a substituição p , sendo p uma função de x .
dx
dp d 2 y dp
Assim, 2 e substituindo na equação diferencial dada vem f (x )
dx dx dx
que é uma equação diferencial de 1a ordem e de variáveis separáveis em p e x.
Portanto,
dp f ( x ).dx dp f ( x).dx p F ( x ) c1 , se f (x ) for integrável.
dy dy
Substituindo p
no resultado anterior, obtém-se F ( x) c1 que
dx dx
também é uma equação diferencial de 1a ordem e de variáveis separáveis em y e x.
Resolvendo esta equação diferencial tem-se
dy F ( x ) c1 .dx dy F ( x ) c1 .dx y F(x).dx c1 x c 2 .
d2 y
Exemplo: Resolver a equação diferencial 2
e2 x cos 2 x .
dx
Solução:
45
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
d2y dy
b) Equação Diferencial do Tipo: 2
f x,
dx dx
Aqui também, para se encontrar a solução geral de uma equação diferencial que
dy
pode ser escrita desta forma, faz-se a substituição p , sendo p uma função de x .
dx
dp d 2 y dp
Assim, 2 e substituindo na equação diferencial dada vem f ( x, p )
dx dx dx
que é uma equação diferencial de 1a ordem em p e x.
Exemplo: Resolver cada uma das equações diferenciais:
2
d2y dy
a) 2
4
dx dx
Solução:
d 2 y dy
b) (1 x) 2 0
dx dx
Solução:
46
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
d2y
c) Equação Diferencial do Tipo: f ( y)
dx 2
Aqui, para se encontrar a solução geral de uma equação diferencial que pode
dy
ser escrita desta forma, faz-se também a substituição p , sendo p uma função
dx
de x .
d 2 y dp dp dy dp
Assim, 2
p e substituindo na equação diferencial dada
dx dx dy dx dy
dp
resulta p f ( y ) que é uma equação diferencial de 1a ordem e de variáveis
dy
separáveis em p e y. Resolvendo esta equação diferencial tem-se
p2
p.dp f ( y ).dy p.dp f ( y ).dy
2
F ( y ) c1 .
2
dy 1 dy
Substituindo p no resultado anterior, obtém-se F ( y ) c1
dx 2 dx
2
dy dy
2 .F ( y ) k 1 2.F ( y ) k1 que são duas equações diferenciais de
dx dx
1a ordem e de variáveis separáveis em y e x, ambas levando a mesma solução geral.
Portanto, basta resolvermos uma delas, digamos, aquela com sinal positivo.
d2y
Exemplo: Resolver a equação diferencial k 2 .y 0 .
dx 2
Solução:
47
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
d2y dy
d) Equação Diferencial do Tipo: 2
f y,
dx dx
dp
De maneira análoga ao tipo anterior, tiramos p f ( y, p) que é uma equação
dy
diferencial de 1a ordem em p e y . Resolvendo-a em relação à p e substituindo pelo
dy
seu valor , obtém-se uma outra equação de diferencial de 1a ordem e de variáveis
dx
separáveis em y e x.
2
d2y dy dy
Exemplo: Resolver a equação diferencial y 2 y2. .
dx dx dx
Solução:
Exercícios
.......................................................
48
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
Suponhamos que uma lebre começa a correr a partir da origem do sistema xy,
na direção positiva do eixo y com velocidade constante a. No mesmo instante, uma
raposa parte do ponto (c, 0) com velocidade b e está constantemente corrigindo seu
rumo, de modo que a cada instante corre diretamente em direção ao ponto em que a
lebre se encontra (Fig. I). Qual é o caminho a ser percorrido pela raposa?
Solução:
i) O Modelo Matemático
No tempo t, a partir do instante em que
ambos começam a correr, a lebre estará
no ponto R (0, a.t ) e a raposa em
P ( x, y ) (Fig. I).
Uma vez que, a reta que passa pelos
pontos P e R é tangente ao caminho
percorrido pela raposa, nós temos
dy y a.t
ou x. y '' y a.t (1)
dx x
A seguir, vamos eliminar t. Para tanto,
diferenciamos (1) em relação a x , e
dt
obtemos x. y '' y ' y ' a ou Fig. I
dx
dt
x. y '' a (2)
dx
ds 2
Desde que b (velocidade da raposa), aplicando a regra da cadeia, temos
dt
dt dt ds
(3)
dx ds dx
Mas, (ds )2 (dx) 2 (dy )2 (Fig. II)
2
(ds ) 2 (dy )2 ds dy
2
2
1 ou 1 (4)
(dx) (dx) dx dx
Assim, substituindo (4) em (3), vem
2
dt dy
b. 1 (5)
dx dx
(o sinal de menos aparece porque a curva
é decrescente, s cresce enquanto x decresce).
Fig. II
2
s = s(x) é o comprimento do arco da curva y = y(x), medido entre dois pontos dados [como na Fig. II ].
49
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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a
x. y ''
1 ( y ' )2
b
Assim, obtemos o problema de valor inicial,
2
a dy dy
y '' 1 ; y (c ) (c ) 0 (6)
b.x dx dx
ii) A Resolução
ln p 1 p 2 ln
a x
b c
ln p 1 p 2 ln
xb
c
.
ln p 1 p 2 x b
ln
c
x b
p 1 p2 .
c
(8)
dy
Mas p e, de (8) vem,
dx
2
2
a
2
a
2
a
dy dy x b dy x dy b dy x b dy
1 1 1
dx dx c dx c dx dx c dx
2a a a 2.a
2 2
dy x b x b dy dy x b dy x b
1 2. 2. 1
dx c c dx dx c dx c
50
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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2.a
a a
dy
1 1
x b
dy
1 , que é uma equação diferencial
x b c b
a
c
dx dx 2 c x
x
2.
b
c
de variáveis separáveis em x e y.
a a
1 x b c b
Separando as variáveis e integrando, obtemos, y .dx . (9)
2 c x
Para encontramos y como uma função explícita de x, devemos ter informações
adicionais sobre a e b.
a
Por exemplo, se a=b (ou 1 ), isto é, se a velocidade da lebre for igual a velocidade
b
1 x c
da raposa, (9) ficará da forma y .dx ,e integrando o 2o membro, vem
2 c x
x2 c
y ln x k2 . (10)
4.c 2
c2 c
Como y (c) 0 [condição dada (Fig. I )], de (10) temos 0 ln c k2
4.c 2
c c x2 c 1
k2 ln c , e substituindo em (10), vem y ln x ln c .
2 4 4.c 2 2
Por hipótese, c 0 e x 0 , assim, quando x 0 , y , significando, portanto,
que a raposa nunca alcançará a lebre (Fig. III ).
A curva do gráfico abaixo mostra o caminho a ser percorrido pela raposa, em
perseguição à lebre, quando ambos correm à mesma velocidade, a lebre partindo da
origem dos eixos e se deslocando na direção positiva do eixo y e a raposa partindo do
ponto (5, 0).
x2 5 1
y ln x ln 5 [curva que descreve o caminho percorrido pela raposa]
20 2 2
Fig. III
51
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2.c b
a a a b a b
1 a 1 a
1 x 1b
x b
1
x b 1 b x b
y cb k2 y c k2
a
a 2 a a
ab 2 a b
2.c b 1 1 2.c b
b b b b
ab a b
a
b x b
b x b
y c k2
b
a
a b 2 a b
2.c b
3 5 2
10
Logo, a raposa alcançará a lebre no ponto 0, .
3
52
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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.....................................................................
53
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54
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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será solução geral de (14) desde que as funções y1 , y 2 , ... , y n sejam linearmente
independentes, isto é, desde que não se tenha c1 . y1 c 2 . y 2 ... c n . y n 0 , a não ser
para todas as constantes nulas.
De fato, nesse caso a solução (15) contém n constantes arbitrárias, número
esse que não pode ser reduzido porque as funções y1 , y 2 , ... , y n são linearmente
independentes, ou seja, nenhuma delas pode ser escrita como combinação linear das
demais.
55
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d4y d2y
2) 13 36 y 0
dx 4 dx 2
Solução:
d3y d2y dy
3) 3
3 2 4 12 y 0
dx dx dx
Solução:
d2y dy
4) 2
7 12 y 0
dx dx
Solução:
56
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d4y
2) y0
dx 4
Solução:
d3y d2y dy
3) 3
4 2 5 0
dx dx dx
Solução:
d3y d2y dy
4) 3
5 2
7 0
dx dx dx
Solução:
57
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58
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dny d n 1 y d n 2 y dy
Assim, para a equação diferencial A0 n
A1 n 1
A2 n2
... An1 An . y 0 ,
dx dx dx dx
onde as raízes da Equação Característica são: r1 r2 ... rp , rp 1 , ... , rn ,
r p 1 . x
sua solução geral será y c1 .e r1 . x c 2 .x.e r1 . x ... c p .x p 1e r1 . x c p 1 .e ... c n e rn . x .
Exemplos: Resolver as seguintes equações diferenciais:
d2y dy
1) 2
4 4y 0
dx dx
Solução:
d2y dy
2) 2
6 9y 0
dx dx
Solução:
d3y d2y dy
3) 3
8 2 20 16 y 0
dx dx dx
Solução:
d4y d2y
4) 2 y0
dx 4 dx 2
Solução:
59
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f (x ) Família de f (x )
x m
{x m , x m1 , ... , x, 1}
e a. x {e a.x }
sen b.x {sen b.x, cos b.x}
cos k.x {cos k .x, sen k .x}
60
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f (x ) Família de f (x )
2
2. x
3.e 2. x
5. cos 3.x
sen x
7
A família de uma função produto de n funções dos tipos citados acima é constituída
dos produtos de n fatores obtidos associando-se cada elemento da família de um dos
fatores aos elementos das famílias de cada um dos outros fatores.
Exemplo: Determinar a família da função f ( x) 3.x 2 .sen 3.x
Solução:
Famílias de ℎ(𝑥)
yp =
61
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d 3 y dy
2) 3
2.x 1 4. cos x 2.e x
dx dx
Solução:
62
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d3 y dy
4) 3
4 3.e 2. x x 2.sen 2.x
dx dx
Solução:
63
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5)
d2y
dx 2
9 y x 2 2 .e 3 x
Solução:
d2y dy
6) 2
6 9 y e x .sen x
dx dx
Solução:
64
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65
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Exercícios
..........................................................
66
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y p ' ' u1 . y1 ' 'u1 '. y1 'u1 '. y1 'u1 ' '. y1 u 2 . y 2 ' 'u 2 '. y 2 'u 2 '. y 2 'u 2 ' '. y 2
Nos casos em que ambos os métodos podem ser aplicados, o Método dos Coeficientes a Determinar é, em geral,
o mais recomendado.
67
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u1 .[ A0 . y1 ' ' A1 . y1 ' A2 . y1 ] u 2 .[ A0 . y 2 ' ' A1 . y 2 ' A2 . y 2 ] A0 .[u1 ' '.y1 u1 '.y1 'u 2 ' '.y 2 u 2 '. y 2 ' ]
W1 y 2 .B0 W2 y1 .B0
u1 ' e u2 ' (ii)
W W W W
y1 y2 0 y2 y1 0
onde W , W1 e W2 .
y1 ' y2 ' B0 y2 ' y1 ' B0
Podemos fazer estas suposições porque A0 0 , caso contrário, a equação diferencial não seria de 2a ordem.
68
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dny d n 1 y d n2 y dy
A0 n
A1 n 1
A2 n 2
... An 1 An . y B ,
dx dx dx dx
u1 '.y1 ' 'u 2 '.y 2 ' '... u n '.y n ' ' 0
..................................................
..........................................................
...............................................................
u1 '.y1( n1) u 2 '.y 2 ( n1) ... u n '.y n ( n1) B B0
A0
W1 W2 W3 Wn
A solução deste sistema será u1 ' , u2 ' , u 3 ' , ... , un ' ,
W W W W
onde
Pela dificuldade da resolução de sistemas de equações lineares pela Regra de Cramer quando n >3.
69
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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y1 y2 ... y n 0 y2 ... y n
y1 ' y2 ' ... y n ' 0 y2 ' ... y n '
y1 ' ' y2 ' ' ... y n ' ' 0 y2 ' ' ... y n ' '
W ... ... ... ... , W1 ... ... ... ... ,
... ... ... ... ... ... ... ...
... ... ... ... ... ... ... ...
( n 1) ( n 1) ( n 1) ( n 1) ( n 1)
y1 y2 ... y n B0 y2 ... y n
y1 0 ... y n y1 y2 ... 0
y1 ' 0 ... y n ' y1 ' y2 ' ... 0
y1 ' ' 0 ... y n ' ' y1 ' ' y2 ' ' ... 0
W2 ... ... ... ... , ... Wn ... ... ... ... .
... ... ... ... ... ... ... ...
... ... ... ... ... ... ... ...
( n 1) ( n 1) ( n 1) ( n 1)
y1 B0 ... y n y1 y2 ... B0
A seguir, por integração das funções u1 ' , u 2 ' , ... , u n ' , determinam-se as funções
u1 , u 2 , ... , u n , obtendo-se assim, explicitamente, a solução particular y p e a solução
geral da equação diferencial linear de ordem n, não homogênea com coeficientes
constantes será dada por
y = yh + yp .
Exemplos: Calcular pelo Método da Variação dos Parâmetros a solução geral das
seguintes equações diferenciais.
1 3 2. x 1 2 2 . x
1) y ' '4. y '4. y ( x 1).e 2. x R: y c1 .e 2. x c 2 .x.e 2. x x .e x .e
6 2
Solução:
70
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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1 1
2) 4. y ' '36. y cos sec 3 x R: y c1 . cos 3x c 2 .sen 3x x. cos 3x ( sen 3x). ln sen 3x
12 36
Solução:
71
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Exercícios
1) y ' ' ' y ' sec x , R: y c1 c2 . cos x c3 .sen x ln sec x tg x x. cos x ( sen x). ln cos x ;
ex
2) y ' '2. y ' y , R: y c1 .e x k 2 .x.e x x.e x . ln x ;
x
1 3. x
3) y' ' y'2. y e 3. x , R: y c1 .e x c 2 .e 2. x e ;
4
4) y ' ' ' 12 , y (1) y ' (1) y ' ' (1) 0 , R: y 2 6.x 6.x 2 2.x 3 ;
ex 1 3 x
5) y ' '2. y ' y , R: y c1 .e x c 2 .x.e x x .e .
x5 12
.....................................................
72
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
Molas Vibrantes: A figura abaixo ilustra um sistema composto por uma mola, cuja
massa é desprezível, fixada por sua parte superior a uma trave, e possuindo um corpo
de massa m preso à sua extremidade inferior e que se encontra em repouso.
O sistema é então posto em movimento puxando-se a uma distância y 0 abaixo
da posição de equilíbrio e soltando-o, com uma velocidade inicial v0 , ou seja,
aplicando-se à massa do corpo uma força externa F (t ) no sentido “para baixo”.
Por conveniência, escolhemos como positivo o sentido “para baixo”, e tomamos
como origem do sistema o centro de gravidade da massa do corpo na posição de
equilíbrio (vide figura abaixo). Além disso, vamos admitir que a resistência do ar é
diretamente proporcional à velocidade do corpo.
73
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
Movimento Livre não Amortecido: Nesse caso, vamos supor que não haja forças de
retardamento sobre o sistema e que a massa do corpo vibre sem a ação de outras
forças externas, Assim, F (t ) 0 e k2 0 , e a equação diferencial (2) se escreve
k1
y '' y0 (3)
m
74
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
k1 k1
1 e 2 , ou, como tanto k1 como m são positivos,
m m
1 i. k1
m e 2 i.
k1
m . Assim, a solução geral de (3) é
k1 k1
y c1 .cos m .t c2 .sen m .t (4)
Aplicando as condições iniciais y (0) y0 , y '(0) v0 , obtém-se c1 y0 e
k1
c2 v0 . m .
Assim, a solução particular de (3) é
k1 k1
y y0 .cos m .t v0 . m
k1 .sen m .t (5)
Além disso, pode-se simplificar a solução (5), utilizando-se da identidade trigonométrica
cos( a b) cos a.cos b sen a.sen b [ou sen ( a b) sen a . cos b cos a .sen b ], para obter-
se, então, y A.cos k1
m
.t [ou y A.sen k1
m
.t ] (6)
onde A y02 v02 . km1 [note que A c12 c 22 ] e o ângulo de fase é dado
y0 v0 . km1 y0 v0 . km1
implicitamente por cos e sen [ou sen e cos ].
A A A A
Esta simplificação é importante porque quando c1 0 e c2 0 , a amplitude
real A da vibração livre não é óbvia com base no exame da equação (5).
75
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
1
Também, da Lei de Hooke, 2 k1 . implica que a constante da mola é k1 4 lb / pé .
2
4
Logo, (3) resulta em y ' ' 1 . y 0 ou y ' ' 64. y 0 , cuja solução geral é
16
Nota: O conceito de movimento harmônico livre é irreal, pois, é descrito pela equação
(3) sob a hipótese de que nenhuma força de retardamento age sobre a massa
do corpo em movimento. A não ser que este corpo esteja suspenso em um
vácuo perfeito, sempre haverá pelo menos uma força contrária ao movimento
em decorrência do meio ambiente.
76
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
Pelo fato do movimento ser livre (de forças externas), apenas F (t ) 0 e a equação (2)
k k
se escreve y ' ' 2 y ' 1 y 0 (7)
m m
As raízes da equação característica associada a são
k 2 k 22 4.k1 .m k 2 k 22 4.k1 .m
1 e 2
2.m 2.m
Aqui distinguiremos três casos possíveis, dependendo do sinal algébrico de k 22 4.k1 .m .
y e 2.m c1 c 2 .t
.t
77
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
Exercícios
1) Uma bola de aço de 128 lb (1 libra 453,54 gramas) acha-se suspensa de uma
mola, que, em consequência, sofre uma distensão de 2 pés (1 pé 30,48 cm) além de
seu comprimento natural. Põe-se a bola em movimento, sem velocidade inicial,
deslocando-se 6 polegadas (1 pol 2,54 cm) acima de sua posição de equilíbrio.
Desprezando-se a resistência do ar, determine:
1 1
a) a posição da bola no tempo t s. ; R: y . cos 4t ; y pé.
12 2 12 4
2
b) a frequência natural; R: f n ciclos/s.
c) o período. R: T s.
2
78
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
4) Uma massa de 10 Kg se acha suspensa de uma mola cuja constante é 140 N/m.
Põe-se a massa em movimento, a partir da posição de equilíbrio, com uma velocidade
inicial de 1m/s no sentido “para cima” e com uma força externa aplicada F (t ) 5.sen t .
Determine o movimento subsequente da massa se a resistência do ar é dada por
90. y ' N.
1
R: y ' '9. y '14. y .sen t
2
; y
1
500
90.e 2.t 99.e 7.t 13.sen t 9. cos t .
5) Um peso de 16 lb é atado a uma mola de 5 pés de comprimento. Na posição de
equilíbrio, o comprimento da mola é de 8,2 pés. Se o peso for puxado para cima e solto
do repouso, de um ponto 2 pés acima da posição de equilíbrio, qual será o
deslocamento y (t ) se sabe-se ainda que o meio ambiente oferece uma resistência
numericamente igual à velocidade instantânea?
2 2. 10 t
R: y ' '2. y '10. y 0 ; y (t ) e t . 2. cos 3t .sen 3t ou y (t ) .e .sen (3.t 4,391).
3 3
...................................
dI 1
Assim, pela lei de Kirchhoff, temos RI L q E (t ) 0 (1)
dt C
dq dI d 2 q
Lembrando que I (2)
dt dt dt 2
e levando esses valores em (1) obtemos
d 2 q R dq 1 1
2
q E (t ) (3)
dt L dt LC L
dq
As condições iniciais para q são: q (0 ) q 0 e I (0) I 0 .
dt t 0
Agora, para obter a equação diferencial que rege a corrente, primeiro
derivamos (1) em relação a t e, em seguida, levamos (2) diretamente na equação
resultante.
79
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
d 2 I R dI 1 1 dE (t )
A nova equação é 2
I (4)
dt L dt LC L dt
A primeira condição inicial é I (0) I 0 . A segunda condição inicial se obtém de (1)
dI dI 1 R 1
isolando e fazendo em seguida t 0. Assim, E (0) I 0 q0
dt dt t 0 L L LC
Vê-se que a corrente no circuito pode ser obtida seja resolvendo (4) diretamente, seja
resolvendo (3) em relação à carga e em seguida derivando a carga para obter a
corrente.
Exemplos:
1
1) Um circuito RCL tem R 180 ohms, C farad, L 20 henries, e uma voltagem
280
aplicada de E (t ) 10.sen t . Admitindo que não haja carga inicial no capacitor, mas uma
corrente inicial de 1 ampère em t 0 quando se aplica inicialmente a voltagem,
determine a carga subsequente no capacitor.
Solução:
1
2) Um circuito RCL tem R 10 ohms, C 10 2 farad, L henry, e uma voltagem
2
aplicada de E (t ) 12 volts. Admitindo que não haja corrente inicial nem carga inicial
quando t 0 , ao se aplicar inicialmente a voltagem, determine a corrente subsequente
no sistema.
Solução:
80
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
Exercícios
1) Um circuito RCL com R 6 ohms, C 0,02 farad, L 0,1 henry, e uma voltagem
aplicada de E (t ) 6 volts. Supondo que não haja corrente inicial nem carga inicial
quando t 0 , ao se aplicar inicialmente a voltagem, determine a carga subsequente no
, I e 10.t e 50.t .
3 50.t 15 10.t 12 3
capacitor e a corrente no circuito. R: q e e
100 100 100 2
2) Um circuito RCL com R 6 ohms, C 0,02 farad, L 0,1 henry, não tem voltagem
aplicada. Determine a corrente subsequente no circuito se a carga inicial no capacitor é
R: I e 50.t e 10.t .
1 5
coulomb e a corrente inicial é zero.
10 4
1
3) Um circuito RCL com R 5 ohms, C 10 2 farad, L henry, não tem voltagem
8
aplicada. Determine a corrente estacionária subsequente no circuito.
Observação: Condições iniciais desnecessárias. R: Zero.
1
4) Um circuito RCL com R 5 ohms, C 10 2 farad, L henry, tem uma voltagem
8
aplicada de E (t ) sen t . Determine a corrente estacionária no circuito.
1
Observação: Condições iniciais desnecessárias. R: (6.392.cos t 320.sen t ) .
640.001
...................................................................
81
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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dx dy dz
dt a.x .x. y dx z y y dx cos x sen x
a) dy , b) , c)
b. y .x. y dz y 3.z dy z cos x sen x
dt dx dx
82
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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dy d2y
em um problema de valor inicial nas variáveis y, e .
dx dx 2
Solução:
dy d2y
Fazendo z1 ( x) y , z 2 ( x ) , z 3 ( x) 2 e derivando todas em relação a x
dx dx
dz1 dy dz 2 d 2 y dz 3 d 3 y
temos , 2 , 3 (2)
dx dx dx dx dx dx
dy d2y d3y d3y
Como z 2 ( x) , z 3 ( x ) e e x
[ z 2 ( x )] 2
3. z 1 ( x ) [isolando na
dx dx 2 dx 3 dx 3
equação diferencial dada], ao substituirmos em (2) obteremos o seguinte sistema de
equações diferenciais de 1a ordem, não linear
dz1
dx z 2
dz
2
z3
dx
dz 3 e x ( z ) 2 3.z
dx 2 1
83
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
dz
y cos x sen x
dx
a)
dy z cos x sen x
dx
Solução:
84
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
Dy D 2 z sen x cos x
Dy z cos x sen x
Somando, membro a membro as equações, resulta
D 2 z z 0 ou ( D 2 1).z 0
que é uma Equação Diferencial Linear, de 2a ordem, homogênea e de coeficientes
constantes, com Equação Característica
r1 1
r 2 1 0 e cujas raízes são .
r2 1
Como as raízes são reais e distintas, z C1 .e x C2 .e x . (6)
Substituindo z C1 .e x C2 .e x , na 1a equação, temos,
y D (C1 .e x C2 .e x ) cos x sen x y C1 .e x C2 .e x cos x sen x
então, y C1 .e x C2 .e x cos x sen x (7)
85
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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Exercícios
dy dz 3 3 3 3
2 dx dx y z 0
x x
z C1 .e 3
C2 .e 3
a) Resp:
dy dz 2.z 0
3 3 3 3
x x
dx dx y (2 3).C 1 .e 3
(2 3).C 2 .e 3
(2 D 1) y ( D 1) z 0
Sugestão: Usando a notação operacional tem-se e, para
Dy ( D 2) z 0
eliminar y aplique na 1a equação o operador D e na 2a ( 2 D 1) ou para eliminar z
aplique ( D 2) na 1a equação e ( D 1) na 2a.
dy dz 5
x 3
dx dx y 4.z e
5. x
z C .e 2
.e5. x e 2. x
1
5
b) Resp:
dy dz 2. y 3.z e2. x
5
y C .e 2 x 2 .e5. x 2.e 2. x
dx dx 1
5
......................................................
86
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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87
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
dQ A QB 2.Q A
dt 50 25
dQ , Q A (0) 25 gramas , QB (0) 0 grama
2.Q A 2.QB
B
dt 25 25
Resolução:
88
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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Exercícios
a) , b)
c) , ,
d)
Note-se que em nenhum deles são dadas condições iniciais. [O leitor poderá sugerir as
condições iniciais e tentar resolvê-los ou só calcular a solução geral].
................................................
89
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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O modelo matemático para uma rede elétrica com mais de uma malha é um
Sistema de Equações Diferenciais Lineares de 1a ordem e 1o grau. A figura abaixo,
ilustra uma rede, onde a corrente i1 (t ) bifurca-se nas duas direções mostradas a partir
do nó B1 . Pela 1a lei de Kirchhoff, temos
i1 (t ) i2 (t ) i3 (t ) (8)
Esta rede elétrica possui duas malhas, a saber,
A1 B1 B2 A2 A1 e A1 B1C1C2 B2 A2 A1 , nas quais aplicaremos a
2a lei de Kirchhoff, respectivamente. Na malha
A1 B1 B2 A2 A1 somando as quedas de voltagem em cada
parte, obtemos
di
E (t ) i1 .R1 L1 2 i2 .R2 (9)
dt
Analogamente, na malha A1 B1C1C2 B2 A2 A1 , encontramos
di
E (t ) i1 .R1 L2 3 (10)
dt
Substituindo (8) para eliminarmos i1 em (9) e (10), obtemos o seguinte Sistema de
Equações Diferenciais Lineares de 1a ordem e 1o grau
di2
L1 dt ( R1 R2 ).i2 R1 .i3 E (t )
L di3 R .i R .i E (t )
2 dt 1 2 1 3
Exercícios
di1
L dt R.i2 E (t )
R.C di2 i i 0
dt
2 1
dq
[Sugestão: i3 ].
dt
2) Mostre que o Sistema de Equações Diferenciais que descreve as correntes i2 (t ) e
i3 (t ) na rede elétrica (mostrada na figura abaixo), é
90
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
di2 di3
L dt L dt R1 .i2 E (t )
R di2 R di3 1 i 0
1 dt 2
dt C
3
..................................................
91
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
Conceitos Básicos
Uma equação que envolve uma ou mais derivadas parciais de uma função
incógnita de duas ou mais variáveis independentes é chamada uma Equação
Diferencial Parcial. Assim, como nas equações diferenciais ordinárias, a ordem é dada
pela ordem da derivada de mais alta ordem presente na equação.
u u
Exemplos: 1) 3y 2 2u (1a ordem)
x y
2u 2u
2) f ( x, y ) 2 0 (2a ordem)
x 2 y
2z 2 z z
3) 3 ex (2a ordem)
x 2
xy y
Também, como no caso das equações diferenciais ordinárias, dizemos que uma
Equação Diferencial Parcial é linear se a variável dependente e suas derivadas parciais
ocorrem somente no 1o grau, não apresentando produto entre elas. Se cada termo de
tal equação contiver ou a variável dependente ou uma de suas derivadas parciais, a
equação é dita homogênea; caso contrário ela será dita não homogênea.
Exemplos:
2u 2u u u
1) f ( x , y ) 0 , 2) 3y 2 2u
x 2 y 2 x y
Equações diferenciais parciais lineares e homogêneas.
2
2 u u
3) u 2 u 2 Equação diferencial não linear.
x y
Uma solução de uma equação diferencial parcial em uma região R do espaço
das variáveis independentes é uma função que conjuntamente com todas as derivadas
parciais que figuram na equação a satisfaz em todos os pontos de R.
92
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
2u 2 u
2
1) c (equação da onda, unidimensional)
t 2 x 2
u 2u
2) c2 2 (equação do calor, unidimensional)
t x
2u 2u
3) 0 (equação de Laplace, bidimensional)
x 2 y 2
2u 2u
4) f ( x, y ) (equação de Poisson, bidimensional)
x 2 y 2
2u 2u 2u
5) 0 (equação de Laplace, tridimensional)
x 2 y 2 z 2
onde c é uma constante, t é o tempo e x,y,z são as coordenadas cartesianas
retangulares. A equação (4), com f(x,y) 0, é não homogênea, enquanto que todas as
outras são homogêneas.
Em geral, a totalidade das soluções de uma equação diferencial parcial é muito
grande. Assim, por exemplo, as funções u = x2 y2 , u = ex.cos y e u = ln(x2+ y2) são
apenas três funções que são soluções da equação de Laplace (3) [verifique!].
Exercícios
i) Mostre que as seguintes funções são soluções da equação da onda (1), para
algum valor adequado de c:
a) u = x2 + t2 , b) u =cos t .sen x , c) u = sen t .sen x
..................................................................
Sobre a Resolução
Geralmente, a resolução de equações diferenciais parciais apresenta-se como
um problema muito mais difícil do que aquele de resolver equações diferenciais
ordinárias e, a não ser para certos tipos especiais de equações diferenciais parciais
lineares, nenhum método geral de resolução é viável.
A dificuldade na resolução de uma equação diferencial parcial linear, além de
depender da ordem da equação, depende fortemente do número de variáveis
independentes envolvidas.
93
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
Exemplos:
94
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
2z 2 z
2
a . (*)
x 2 y 2
é a equação diferencial parcial de 2a ordem que foi obtida pela eliminação das duas
funções arbitrárias.
Note-se que, por e serem funções arbitrárias, também são soluções de (*)
z = (x + a.y)3+ tg (x a.y) e z = sen (x+a.y)+e x a.y . [Verifique!].
z z z z
Levando estes resultados à equação dada, temos y . . zx
x y x y
a
que é uma equação de derivadas parciais de 1 ordem e que foi obtida eliminando-se
duas constantes arbitrárias na relação z = a.x + b.y + a.b, que é a solução.
Observe-se que existem dois tipos de solução, uma que contém funções
arbitrárias e denomina-se geral, e outra que contém constantes arbitrárias e denomina-
se completa. Tal como nas equações diferenciais ordinárias, há certas equações que
admitem as soluções singulares que são aquelas que não resultam nem da solução
geral nem da solução completa.
Assim, percebemos agora uma das mais importantes diferenças entre as
soluções das equações diferenciais parciais e as soluções das equações diferenciais
ordinárias, qual seja, enquanto a solução geral de uma equação diferencial ordinária
contém constantes arbitrárias de integração, a solução geral de uma equação
diferencial parcial contém funções arbitrárias.
Outra particularidade que notamos, a partir dos exemplos apresentados, é
aquela de que nem sempre o número de funções arbitrárias ou de constantes
arbitrárias traduz a ordem da equação diferencial parcial.
y
a) z f ; b) z = ey.f(x y) ; c) z = a.x.y+b ; d) x.z = f(x+y) ;
x
e) z = f(x)+ey.g(x);
..................................................
95
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
da fronteira estará no infinito). No caso das equações diferenciais parciais em que uma
das variáveis independentes é o tempo t, os valores da variável dependente e muitas
vezes sua derivada em relação ao tempo em algum instante, digamos t = 0, podem ser
dados. Tais condições são usualmente chamadas de “condições iniciais”. As condições
iniciais, no entanto, podem ser pensadas como condições de fronteira no diagrama
espaço-tempo, onde um dos eixos representa a coordenada tempo. No caso da
equação diferencial parcial em duas variáveis independentes, por exemplo, uma
variável de espaço x e uma variável tempo t, podemos exigir uma solução dentro da
região R (conforme figura abaixo). Aqui as condições iniciais em t = 0 são condições de
fronteira ao longo da fronteira OA.
96
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
u 2u
c2. 2 , 0<x<l , t>0, (1)
t x
onde c2 é uma constante conhecida como difusibilidade térmica. O parâmetro c2
k
depende somente do material de que é feita a barra e é definido por c 2 , onde
k é a condutibilidade térmica, é a densidade (massa específica do material do corpo)
e é o calor específico do material da barra.
As unidades dimensionais de c2 são (comprimento)2/tempo.
Aqui, estudaremos o caso em que as extremidades x = 0 e x = l da barra se
encontram na temperatura zero. Assim, as condições de contorno são
u(0,t) = 0 , u(l,t) = 0 para qualquer t. (2)
Seja f(x) a temperatura inicial da barra. Então a condição inicial é
u(x,0) = f(x), 0xl (3)
onde f(x) é uma função dada. Determinaremos uma solução u(x,t) de (1) que satisfaz
a (2) e (3).
O problema descrito por (1), (2) e (3) é um problema de valor inicial para a
variável t; uma condição inicial é dada, e a equação diferencial descreve o que
acontece mais tarde. Entretanto, com relação à variável espaço x, o problema é de um
tipo diferente, conhecido como um problema de valor de contorno. A solução da
equação diferencial é desejada num certo intervalo, e condições (de contorno) são
impostas nos extremos do intervalo. Alternativamente, podemos considerar o problema
como um problema de valor de contorno no plano xt. A solução u(x,t) de (1) é
procurada na faixa semi-infinita 0 < x < l, t > 0 sujeita à condição de que u(x,t) deve
admitir um valor prescrito em cada ponto no limite desta faixa.
97
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
onde G ' indica a derivada ordinária de G em relação a t e F ' ' indica a derivada
ordinária (2a) de F em relação a x. A equação (4) é equivalente a
G' F ''
2
(5)
c .G F
Como o primeiro membro depende unicamente de t e o segundo membro somente de
x, ambas as expressões devem ser iguais a uma constante, digamos p2 (por
conveniência), e assim de (5) obtém-se,
G' F ''
2
= p2 (6)
c .G F
e daí as duas equações diferenciais
F ' ' p 2 .F 0 (7)
e G ' c 2 . p 2 .G 0 . (8)
A equação (7) é uma equação diferencial ordinária, de 2a ordem, linear e homogênea
de coeficientes constantes, cuja solução geral é
F(x)=A.cos (p.x) + B.sen (p.x) (9)
De (2) decorre que u (0, t ) F (0).G (t ) 0 e se esta equação for satisfeita escolhendo-
se G (t ) 0 para todo t, então u ( x, t ) será identicamente nula. Isto é inaceitável, já que
não satisfaz a condição inicial u ( x,0) f ( x ) . Assim, u (0, t ) F (0).G (t ) deve ser
satisfeita exigindo-se que F (0) 0 . Analogamente, a condição de contorno x = l exige
que F (l ) 0 .
Em vista de (9), F(0) = A. Então, A = 0, e portanto, F(l) = B.sen (p.l). Devemos ter
B 0, já que de outro modo F 0. Assim, a condição F(l) = 0 conduz a sen (p.l) = 0
n.
ou p , (n inteiro). Fazendo B = 1 obtemos um número infinito de soluções
l
F(x) = Fn(x),
n. .x
Fn(x) = sen , n = 1,2, ...
l
de (7) que satisfazem as condições de contorno (2). [Para n inteiro negativo, obtemos
essencialmente as mesmas soluções, a menos de um sinal negativo, isto porque
sen(y)= sen y].
n.
Para os valores p , n = 1,2, ... , a equação (8) apresenta a forma
l
c.n.
G ' 2n .G 0 , onde n [equação diferencial linear e homogênea de 1a ordem ou
l
equação diferencial de variáveis separáveis de 1a ordem] cuja solução geral é
2
Gn (t ) Bn .e n .t , n=1,2, ... , onde Bn é uma constante. Assim as funções
n. .x 2n .t
un(x,t)=Fn(x).Gn(t)=Bn.sen .e , n = 1,2, ... (10)
l
são soluções da equação do calor (1) que satisfazem (2).
Utilizando o princípio da superposição, vem
n. .x 2n .t c.n.
u(x,t)= u n ( x, t ) Bn . sen .e , onde n . (11)
n 1 n 1 l l
Para determinarmos uma solução que satisfaça também (3) devemos ter
98
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
n. .x
u(x,0)= Bn . sen f ( x) .
n 1 l
Assim para (11) satisfazer (3), os coeficientes Bn devem ser escolhidos de modo que
u(x,0) seja um desenvolvimento de meio período de f(x), a saber, a série de Fourier em
seno de f(x),
2 t n. .x
Bn= f ( x ). sen dx , n=1,2, ... .
l 0 l
..........................................
99
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Anexos
100
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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Seja uma equação diferencial escrita na forma de derivada como, = 𝑀(𝑥). 𝑁(𝑦).
𝐻 (𝑥 ) + 𝐺 (𝑦 ) × =0.
[𝐻 (𝑥) + 𝐺 (𝑦)] = 0
....................................................
Outra demonstração
Seja uma equação diferencial escrita na forma de derivada como, = 𝑀(𝑥). 𝑁(𝑦).
101
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
′
Mas, 𝑓 (𝑥). 𝑑𝑥 = 𝑑𝑦 e, portanto, ∫ 𝑃(𝑦). 𝑑𝑦 = ∫ 𝑀(𝑥). 𝑑𝑥 ou
1
∫ 𝑁(𝑦) . 𝑑𝑦 = ∫ 𝑀(𝑥). 𝑑𝑥
...........................................
(3)
Este procedimento qualitativo é utilizado quando não é possível, ou é difícil, resolvermos analiticamente a Equação
Diferencial, pois, informações importantes sobre a natureza das soluções podem ser obtidas a partir da própria Equação
Diferencial.
102
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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Campo de Direções
103
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Reta de fase
104
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Para 0 < P0 < (em R2), P(t) é crescente, e limitada inferior e superiormente, isto é,
Para < P0 < ∞ (em R3), P(t) é decrescente, limitada inferiormente e sem limitação
que P = é assíntota horizontal para a curva integral que passa por P0.
105
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
(a) Assintoticamente Estável; Atrator, (b) Instável; Repulsor, (c) e (d) Semi Estável.
.........................................
106
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
O ponto (x1,y1) sobre a reta tangente é uma aproximação do ponto (x1,y(x1)) sobre a
curva integral, isto é, y1 y(x1) e, sua precisão depende diretamente do tamanho do
incremento h, e portanto, quanto menor o passo h, melhor a precisão.
Repetindo o procedimento no novo ponto (x1,y1), f(x1,y1) é a inclinação da reta que
não é mais tangente à curva integral, mas que tem a mesma inclinação dela e, assim
teremos uma nova aproximação, y2 y(x2), correspondente a dois passos de
comprimento h, a partir de x0, isto é,
x2 = x1 + h = x0 +h + h = x0 +2.h e
y(x2) = y(x0 + 2.h) = y(x1 +h) y2 = y1 +h. f(x1,y1)
Repetindo o processo,
y(x3) = y(x0 + 3.h) = y(x2 +h) y3 = y2 +h. f(x2,y2),
..............................................................................
..............................................................................
..............................................................................
Desse modo, percebe-se que os valores de y1, y2, y3, y4, ... , yn , podem ser obtidos
pela fórmula de recorrência,
107
Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
Provenzano, Luiz Fernando
y(x) = x2+1 e, portanto, y(2) = 5. Note-se que, pelo Método de Euler, encontrou-se
após três iterações com passo h = 0,5, o valor aproximado, y(2) = 4,25, com erro de
0,75 (Observar na figura abaixo a curva integral, solução exata e a solução
“aproximada”, linha poligonal).
Não é difícil de perceber que a precisão aumentará quando menor for o passo h,
contudo, com um número maior de iterações.
No exemplo anterior, com passo h = 0,5, foram realizadas três iterações (saindo de
x = 0,5 até x = 2) . Fazendo o passo h = 0,1 serão necessárias quinze iterações e
y(2) = 4,85, com erro de 0,15 (conforme tabela seguinte).
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Provenzano, Luiz Fernando
.............................................................
(4) Existem Métodos de Runge-Kutta de várias ordens e, são obtidos por meio da expansão em Série de
Taylor com resto da função y(x). Todos estes métodos são estudados, com mais detalhes, num curso de
Cálculo Numérico.
Na prática, estes problemas são resolvidos com o auxílio de computadores, pois, existem inúmeros
softwares com todos estes procedimentos numéricos implementados.
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Introdução às Equações Diferenciais – Um roteiro para estudos
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= a.x (1)
= ─ b.y (2)
onde b é uma constante de proporcionalidade positiva que representa a taxa de
mortalidade da população de predadores na ausência de presas.
A seguir vamos analisar o efeito das duas populações, uma sobre a outra. É obvio que
o contato com os lobos é péssimo para as lebres e de (1) vem
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─ . . . ─ .( . )
= ou =
. ─ . . .( ─ . )
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Provenzano, Luiz Fernando
Métodos análogos aos usados para analisar o problema presa-predador podem ser
usados para analisar outros tipos de interação entre duas espécies:
𝑑𝑥
= 𝑎. 𝑥 ─ . 𝑥. 𝑦
𝑑𝑡
𝑑𝑦
= 𝑏. 𝑦 − . 𝑥. 𝑦
𝑑𝑡
b) Modelos simbióticos (ou mutualismo) que sem a interação cada espécie inibe o
crescimento da outra, porém, como os termos de interação positivos, cada
espécie beneficia o crescimento da outra. Por exemplo, polinização de plantas
por insetos.
𝑑𝑥
= − 𝑎. 𝑥 + . 𝑥. 𝑦
𝑑𝑡
𝑑𝑦
= − 𝑏. 𝑦 + . 𝑥. 𝑦
𝑑𝑡
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𝑑𝑥
= 𝑎. 𝑥
𝑑𝑡
𝑑𝑦
= − 𝑏. 𝑦 + . 𝑥. 𝑦
𝑑𝑡
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FÓRMULAS BÁSICAS
ÁLGEBRA
EXPOENTES E RADICAIS VALOR ABSOLUTO
1) a m a n a mn 1) x d d x d , (d > 0)
a
m
m
2) a n n am n
2) x d x d ou x d
3) a m n
a m .n 3) ab a b (desigualdade triangular)
4) n
a.b n a .n b 4) a a a
5) a.b n a n .b n DESIGUALDADES
n
a a
6) n 1) Se a b e b c , então a c
b n
b
n
a an
7) n 2) Se a b , então a c b c
b b
8) n m
a n .m a 3) Se a b e c 0 , então a.c b.c
m
a
9) n
a mn 4) Se a b e c 0 , então a.c b.c
a
1
10) a n n FÓRMULA QUADRÁTICA
a
LOGARITMOS Se a 0 , as raízes da equação a.x 2 b.x c 0
b b 2 4.a.c
1) y log a x a x y
são x
2.a
2) log a x. y log a x log a y PRODUTOS NOTÁVEIS
x
3) log a log a x log a y x y 2 x 2 2.x. y y 2
y
4) log a x k k . log a x x y . x y x 2 y 2
5) log a 1 0 x y 3 x 3 3.x 2 y 3.x. y 2 y 3
6) log a a 1 FÓRMULA BINOMIAL
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TRIGONOMETRIA
IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS
1
1) cos sec t 14) sen (u v) sen u . cos v cos u .sen v
sen t
1
2) sec t 15) cos (u v) cos u . cos v sen u .sen v
cos t
1 tg u tg v
3) cot g t 16) tg (u v)
tag t 1 tg u .tg v
sen t
4) tg t 17) sen 2.u 2.sen u .cos u
cos t
cos t
5) cot g t 18) cos 2u cos 2 u sen 2 u 1 2.sen 2 u 2. cos 2 u 1
sen t
2.tg u
6) sen 2 t cos 2 t 1 19) tg 2.u
1 tg 2 u
1
7) sec 2 t tg 2 t 1 20) sen u . cos v [ sen (u v ) sen (u v )]
2
1
8) cos sec 2 t cot g 2 t 1 21) cos u .sen v [ sen (u v) sen (u v)]
2
1 cos 2.t 1
9) sen 2 t 22) cos u . cos v [cos (u v) cos (u v )]
2 2
1 cos 2.t 1
10) cos 2 t 23) sen u .sen v [cos (u v ) cos (u v )]
2 2
11) sen (u v ) sen u . cos v cos u .sen v 24) sen ( t ) sen t
12) cos (u v) cos u . cos v sen u .sen v 25) cos (t ) cos t
tg u tg v
13) tg (u v) 26) tg (t ) tg t
1 tg u .tg v
a b c
27) (Lei dos senos)
sen Aˆ sen Bˆ sen Cˆ
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du dv
v u
d u
4) dx 2 dx 4) e
u
.du e u c
dx v v
d au
5) f g ( x) f ' g ( x).g ' ( x) 5) a .du
u
c
dx ln a
d n du
6)
dx
u n.u n 1
dx
6) sen u.du cos u c
d u du
7)
dx
e eu
dx
7) cos u sen u c
d u du
a a u . ln a sec u.du tg u c
2
8) 8)
dx dx
d 1 du
ln u cos sec u.du cot g u c
2
9) 9)
dx u dx
d 1 du
10)
dx
log a u
u. ln a dx
10) sec u .tg u.du sec u c
d du
11)
dx
sen u cos u
dx
11) cos sec u. cot g u.du cos sec u c
d du
12)
dx
cos u.du sen u
dx
12) tg u.du ln cos u c ln sec u c
d du
13)
dx
tg u sec 2 u
dx
13) cot g u.du ln sen u c
d du
14)
dx
cot g u cos sec 2 u
dx
14) sec u.du ln sec u tg u c
d du
15)
dx
sec u sec u .tg u
dx
15) cos sec u.du ln cos sec u cot g u c
d du 1 u
16)
dx
cos sec u cos sec u . cot g u
dx
16) a u 2 2
du arc sen
a
c
d 1 du 1 1 u
17) arc sen u 17) 2 du arc tg c
dx 1 u2 dx a u 2
a a
d 1 du 1 1 u
18) arc cos u 18) du arc sec c
dx 1 u2 dx u. u a
2 2 a a
d 1 du 1 1 ua
19)
dx
arc tg u
1 u 2 dx
19) a 2
u 2
du ln
2.a u a
c
d 1 du 1
20)
dx
arc sec u
u. u 1 dx
2
20) u a
2 2
du ln u u 2 a 2 c
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Sistemas de Unidades
Força da
Sistemas de Comprimento Massa Tempo Força Gravidade
unidades (g)
2
C.G.S. centímetro , cm grama, g segundo, s dina, dyn 980 cm/s
2
M.K.S. metro, m quilograma, kg segundo, s newton, N 9,8 m/s
2
Engenharia (inglês) Foot, ft slug segundo, s pound, lb 32 pés/s
1 ft = 30,480 cm = 0,3048 m
1 slug = 14.594 g = 14,594 kg
1 lb = 444.822 dyn = 4,44822 N
1 galão = 3,7854 litros.
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Bibliografia
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