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Conceitualização e Análise Cr'itica dos Dinamômetros Isocinéticos

Article · January 2013

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4 authors, including:

Daniel Ponce Daniel Martins


Federal University of Santa Catarina- Campus Blumenau Federal University of Santa Catarina
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CONCEITUALIZAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS DINAMÔMETROS
ISOCINÉTICOS
1 2 1 3
Daniel Ponce Saldias , Carlos Alberto Martin , Daniel Martins , Mário César de Andrade
1
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica,
Laboratório de Robótica,
2
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica,
Laboratório de Hardware LHW,
3
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC,
Centro de Ciências da Saúde e do Esporte CEFID

Resumo

Os dinamômetros isocinéticos têm uma grande importância na área esportiva e da fisioterapia. Estes
equipamentos permitem a avaliação, reabilitação e treinamento muscular mediante o monitoramento
contínuo do esforço realizado pelo paciente ou esportista para vários tipos de contrações musculares. O
exercício e avaliação isocinética se destaca pela qualidade e quantidade de informações que fornece. Estas
informações permitem ao fisioterapeuta diagnosticar com exatidão lesões musculares e determinar o plano
de recuperação do paciente. Mediante uma pesquisa bibliográfica e consulta com especialistas, este
trabalho se preocupa em demonstrar as utilidades e funções do dinamômetro isocinético, apresentando em
forma comparativa as características dinâmicas de cada exercício e avaliação fornecida. Apresentam-se
também quais destes exercícios e avaliações podem ser obtidos alternativamente por outros meios ou
equipamentos. Realiza-se um resumo da evolução no tempo dos dinamômetros isocinéticos, apresentando
alguns dos modelos comercializados. Levantam-se então críticas aos atuais dinamômetros isocinéticos,
com a finalidade de propor alterações projetivas que poderiam melhorar o desempenho atual.

Palavras chave: Dinamômetro isocinético, Fisioterapia, Treinamento de força, Avaliação da força.

Abstract

Robotic dynamometers have a great importance in the physical therapy field, and sports. These
equipment allow for the evaluation, rehabilitation, and training of the muscles of the body through the
continuous monitoring of the efforts done by patients for a variety of muscular contractions. Isokinetic
exercise is the most advanced in this matter due to the quality and the quantity of information provided. This
information permits Physiotherapists to accurately diagnose muscular injuries and determine a plan of
recuperation for the patient. Through bibliographic researches and consultations with specialists, this work
concerns the demonstration of the utilities and functions of the Robotic Dynamometers, presenting in a
comparative way the dynamics characteristics of each exercise and evaluation. Also presents which of these
exercise and evaluations can alternatively be gotten by other way or equipment. A summary of the evolution
in the time of the robotics dynamometers is made, presenting some of the commercialized models. Thus
criticisms are made on the available robotics dynamometers with the purpose to consider design alterations
are which could improve the performance of the equipment.

Key words: Robotic dynamometer, Physiotherapy, Strength training, Strength evaluation.

Introdução da área de esportes e reabilitação (AQUINO et al,


2007). Com isto tornou-se possível aplicar novas
Nas últimas décadas avançaram muito os arquiteturas de sistemas mecânicos de maior
conhecimentos na área de treinamento de força e complexidade para equipamentos especiais para
fisioterapia, resultando em melhorias significativas exercícios físicos. Um grupo de máquinas,
no desempenho físico e na rapidez de capazes de monitorar e realizar o exercício físico
recuperação de lesões musculares. se destaca pela sua maior versatilidade e
Paralelamente foi sendo desenvolvida e aplicada multifuncionalidade: os dinamômetros
a tecnologia robótica e de automação de isocinéticos. Estes são ainda pouco difundidos
máquinas, devido principalmente, aos rápidos devido ao alto custo, limitando-se seu uso a
avanços da microeletrônica e à crescente avançados centros médicos, esportivos e de
importância que têm ganhado os aspectos estudos de fisioterapia, nos quais os
relativos à qualidade dos testes e instrumentos de dinamômetros isocinéticos já vêm tendo grande
medição utilizados na pesquisa de profissionais participação, o que é evidenciado pelo grande
Conceitualização e Análise dos Dinamômetros Isocinéticos

número de referências na literatura (AQUINO et modelos mais representativos. Na sequência é


al, 2007; KEATING e MATYAS, 1996; OSKAR et apresentada a descrição do funcionamento dos
al, 2005; TUNSTALL, MULLINEAUX e VERNON, dinamômetros isocinéticos utilizando um
2005). Normalmente, ali o dinamômetro diagrama de blocos. A seguir são desenvolvidas
isocinético é utilizado para avaliação clínica e as funções dos dinamômetros isocinéticos, onde
esportiva, mas raramente para fins de são mostradas as características dinâmicas de
treinamento de força. Estes equipamentos cada exercício e avaliação. Apresenta-se aqui
permitem operar em duas funções principais: também um quadro-resumo dos diversos testes
função Avaliação e função Exercício. A avaliação de capacidades medidas por cada tipo de
é de grande importância para fins de avaliação de força, permitindo também verificar
diagnósticos, para tratar preventivamente que equipamentos ou meios alternativos são os
deficiências específicas (TUNSTALL, que possibilitam realizar tais avaliações.
MULLINEAUX e VERNON, 2005). A avaliação Apresentam-se as utilidades das curvas
tem como objetivo proporcionar informações isocinéticas características, que facilitam a
continuadas sobre os efeitos do exercício avaliação do desempenho esportivo, diagnóstico
realizado e do estado físico/técnico do esportista de lesões e monitoramento da recuperação em
ou do paciente. Por seu intermédio racionaliza-se um tratamento de fisioterapia. Finalmente realiza-
o processo de treinamento já que, graças à se uma analise crítica apresentando alguns
informação, pode-se proporcionar o estímulo mais problemas associados aos dinamômetros
ajustado e obter os melhores resultados. As duas isocinéticos cuja consideração é primordial para
Funções (Avaliação e Exercício) são aplicadas um posterior aperfeiçoamento destes
tanto em esportistas de alto rendimento como em equipamentos.
pacientes lesionados.
Este trabalho origina-se da necessidade Evolução histórica dos dinamômetros
de divulgar o funcionamento e utilidades dos isocinéticos
dinamômetros isocinéticos, pois estes são ainda
pouco difundidos. Também existe a necessidade Os conceitos de exercício isocinético e
de um futuro aperfeiçoamento dos dinamômetros mecanismo isocinético foram desenvolvidos por
isocinéticos, sendo primordial a consideração de James Perrine e introduzidos na literatura
certos problemas associados a estes científica por Hislop e Perrine em 1967
equipamentos. O presente trabalho tem como (SHINZATO et al, 1996; TERRERI et al, 2001;
objetivo propor uma análise crítica introdutória HISLOP e PERRINE, 1967). Seu uso se difundiu
para dinamômetros isocinéticos, mediante a para avaliação muscular na década de 80
previa explicação do seu funcionamento e (WIMPENNY, 2011; SAPEGA, 1990). Os
utilidades; e em função disso propor novas mecanismos isocinéticos não tinham sistema de
soluções no desenvolvimento de máquinas de realimentação eletrônico nem monitoramento, o
treinamento e terapia. que permitia apenas o uso como exercício e não
como avaliação, um exemplo é o Bilateral
Material e Métodos Isokinetic Exerciser (FLAVEL, 1978) apresentado
na Figura 1, que permite aplicar um exercício de
Para realizar a análise crítica introdutória resistência para um ou dois membros do corpo
dos dinamômetros isocinéticos, o estudo foi em forma independente ou sincronizada; ou o
acompanhado por especialistas no uso e Isokinetic Exercise Aparatus and Method
desempenho destes equipamentos. Foram (SAGEDAHL, GERMAN E WOLFER, 1986)
pesquisados artigos, patentes de equipamentos apresentado na Figura 2, invenção baseada num
para exercícios e fisioterapia, como também mecanismo isocinético sem monitoramento que
literatura relacionada com dinamômetros permite exercitar movimentos esportivos
isocinéticos, fisioterapia, treinamento e avaliação específicos, como o lançamento da bola no
da força. A pesquisa de artigos foi realizada em baseball (lado esquerdo da Figura 2), e o chute
forma computadorizada selecionando os artigos de bola no futebol (lado direito da Figura 2), entre
completos publicados nos últimos anos, revisando outros.
periódicos reconhecidos e conceituados nas Inicialmente, quando as avaliações
áreas de: biomecânica, medicina esportiva, isocinéticas se tornaram viáveis (inícios da
ciência e esporte, bioengenharia, fisioterapia, década de 70), foram desenvolvidos os
ortopedia e ciências do movimento. Para mecanismos isocinéticos denominados
encontrar os estudos foram utilizadas as dinamômetros passivos (WIMPENNY, 2011) e
palavras-chave em inglês e português: isokinetic, utilizados principalmente em pesquisas de
isokinetic evaluation, isokinetic dynamometry, desenvolvimento esportivo, mas somente
robotic dynamometers, strength evaluation,mucle mediante o movimento concêntrico e também não
performance e reabilitation. estavam disponíveis as avaliações com sistemas
O presente trabalho começa relatando a eletromecânicos mediante exercícios isotônicos,
evolução histórica dos dinamômetros isocinéticos isométricos, passivos (CPM), etc.
baseando-se nas primeiras patentes e alguns dos
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Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2011, vol 12, n.23
D. P. Saldías, C. A. Martin, D. Martins, M. C. de Andrade

malha fechada. Um diagrama de blocos do


dinamômetro isocinético está representado na
Figura 3 (PONCE, 2009), e se compõe de duas
interfaces (Fisioterapeuta-Máquina e Paciente-
Máquina) e quatro subsistemas:
Comando/Controle, Acionamentos, Mecanismos
com carga (paciente ou esportista), e Sistemas de
Medição. Na sequência se explicam estes
subsistemas:
Figura 1: Bilateral Isokinetic Exerciser Nº de Patente US 4082267.
 Subsistema de Comando/Controle:
executa a interface fisioterapeuta-
máquina. O fisioterapeuta pode inserir
instruções mediante um software
gerenciador para definir cada modo de
exercício para ser executado pelo
paciente ou esportista. O sistema de
comando/controle permite ter a
informação simultânea dos sistemas de
medição e as processa para a
manutenção das características dinâmicas
Figura 2. Isokinetic Exercise Aparatus and Method Nº de Patente e de segurança do exercício. Aqui
US 4592545. também é monitorado o exercício do
paciente ou esportista e se obtém
Posteriormente foram desenvolvidas relatórios impressos das avaliações.
metodologias de terapia com mecanismos rígidos  Subsistema de Acionamento: consta de
específicos para cada articulação ou para grupos um servomotor e seu driver. O servomotor
reduzidos de articulações. No começo dos anos (hidráulico ou eletromecânico) fornece a
80, os mecanismos isocinéticos passaram por resistência em função da força do
uma grande evolução. A aplicação de paciente ou esportista permitindo que o
servomotores e microprocessadores movimento homem-máquina seja
transformaram rapidamente os primitivos harmonioso. O servomotor está ligado ao
mecanismos isocinéticos em equipamentos de Subsistema de Mecanismos mediante um
alta dinâmica que já forneciam dados de análises redutor. O driver ou amplificador de
em tempo real e com boa reprodutibilidade. Neste potência é o componente para gerenciar e
estágio de evolução tornou-se realizável o fornecer ao servomotor a tensão e
exercício e a avaliação isocinética excêntrica e corrente necessária, seguindo a
concêntrica (WIMPENNY, 2011). Daí estas referência proveniente do
novas máquinas foram introduzidas no mercado, comando/controle.
e que hoje em dia são denominadas, por alguns  Subsistema de Mecanismos: executa a
1
autores, de dinamômetros ativos, dinamômetros interface paciente-máquina e se compõe
isocinéticos ou também de dinamômetros dos elementos mecânicos e ergonômicos
robóticos. O nome dinamômetro robótico vem do que permitem que o paciente ou
termo inglês: robotic dynamometer. Alguns esportista realize o exercício e avaliação
autores preferem utilizar o termo dinamômetro em uma postura confortável,
isocinético, já que o termo “robótico” implica possibilitando o trabalho isolado de um só
vários graus de liberdade associados ao grupo muscular de interesse.
movimento, o que não existe neste caso. Outro  Sistemas de medição, que são
motivo que justifica a preferência do termo basicamente três:
dinamômetro isocinético, é a grande vantagem da a) Sistema de medição de torque:
avaliação isocinética, pois como apresentado na geralmente são usados extensômetros
Tabela 2, fornece mais informações em resistivos no efetuador. No percurso
comparação com os outros modos de avaliação desta pesquisa se identificou que, em
executados no mesmo equipamento (isotônico, modelos mais modernos a informação
isométrico e passivo). de torque se obtém através da medição
da corrente no motor;
Descrição do funcionamento dos b) Sensor de velocidade: geralmente é
dinamômetros isocinéticos usado um tacogerador. Em modelos
modernos é utilizado um encoder;
Um dinamômetro isocinético responde de
forma muito rápida e precisa aos movimentos e
variações de velocidade e torque do paciente ou 1
O nome genérico paciente-máquina faz referência à interface que pode
esportista utilizando um sistema de controle em também ser usada por um esportista.
59
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2011, vol 12, n.23
Conceitualização e Análise dos Dinamômetros Isocinéticos

c) Sensor de posição: geralmente é usado reduzidas que evita as cargas excessivas nas
um sensor resistivo, mas em modelos articulações quando o paciente ou esportista é
modernos é utilizado um encoder. posicionado em posturas desfavoráveis. Além
disso, o Ballistic mode permite que o paciente ou
Interface Fisioterapeuta-Máquina Interface Paciente-Máquina esportista possa desenvolver velocidades 30%
maiores do que com sistemas isocinéticos
Fisioterapeuta
Carga convencionais (CON-TREX, 2009) como
Subsistema Comando-Controle Paciente/
Esportista comparado na parte direita da Figura 5.
Computador Saída Relatório
Subsistema
Informação de referência o
/s Velocidades angulares
de
Componentes
Controlador Acionamento 130
mecânicos. Isocinético
120
Acoplamento com clássico
Controle de Controle de Controle de 110
Torque Driver Servo- Paciente/
Posição Velocidade motor 100
Isocinético
Esportista
90
balistic
Subsistema de 80
mode
Sensor de 70
Mecanismos
Torque 60
Flexão Extensão
Sensor de
Velocidade
Figura 5. Dinamômetro isocinético Con-Trex com perfil de
Sensor de
Posição
velocidades maiores do que os equipamentos tradicionais,
(Contrex, 2009).
Subsistema de Medição

Figura 3. Diagrama de blocos do sistema dinamômetro isocinético. A gama de velocidades angulares


desenvolvidas pelos dinamômetros isocinéticos
As principais marcas de atuais
dinamômetros isocinéticos são apresentadas na comuns, de até 600 / s (com exceção do Com-
Figura 4: na parte superior esquerda está o Trex), permitem uma avaliação mais funcional,
modelo da marca Biodex (BIODEX SYSTEM porém ainda não se aproxima da velocidade
PRO, 2009) e na parte superior direita da figura angular real observada nas atividades
está o modelo da marca Norm (CSMI MEDICAL corriqueiras de 700 / s para a articulação do
SOLUTIONS, 2006). Estes dois modelos são joelho durante a corrida; nem da velocidade das
equipamentos modernos. atividades esportivas específicas como 5.000 / s
Na parte inferior esquerda da Figura 4
na articulação glenoumeral durante o arremesso
está o modelo Kin-Com 500 da Chatanooga
Group (KIN-COM, 2005), que apresenta dois do beisebol, (SHINZATO et al, 1996) ou 1.500 / s
bancos inclináveis para avaliar e exercitar os no saque de um tenista (TERRERI et al, 2001).
membros do lado esquerdo e direito do paciente
ou esportista. Na parte inferior direita da figura Funções dos dinamômetros isocinéticos
está um dinamômetro isocinético da marca Cybex
(CSMI MEDICAL SOLUTIONS, 2006), que junto Como parte de seu funcionamento, os
com o Kin-Com 500 são modelos dos anos dinamômetros isocinéticos aplicam uma
oitenta que possuem sistemas de medição de resistência mecânica ao movimento articular ao
arquitetura mais antiga. longo de uma determinada amplitude (AQUINO et
al, 2007). Esta resistência mecânica é oferecida
em função da força exercida pela pessoa
mediante a aplicação de um acionamento
controlado. Os dinamômetros isocinéticos
permitem operar em duas funções principais:
Função Avaliação e função Exercício
(CHATANOOGA GROUP INCORPORATED,
1995; PONCE, 2009). As duas funções são
aplicadas tanto em esportistas saudáveis como
em pacientes com lesões. A função Avaliação
serve como um indicador do estado físico do
esportista, e em um paciente monitora a evolução
dos tecidos lesionados ajudando a identificar a
presença de patologias diversas (BLACKBURN,
1982; HOKE, 1983; WILK, KEIRNS e ANDREWS,
Figura 4: Modelos de dinamômetros isocinéticos (WIMPENNY, 1991). A função Exercício significa treinamento
2011)
para o esportista e fisioterapia para o paciente.
O modelo mais sofisticado é o Con-Trex Na atualidade há evidências de ganho de
(CONTREX, 2009) da Shenzhen Hanix United, fortalecimento muscular em diferentes
Inc. Este modelo (Figura 5) apresenta avanços populações após o treinamento isocinético
relativos aos outros equipamentos. Seu sistema é (CONNELLY e VANDERVOOT, 2000; ALACA et
denominado Ballistic mode com inércias al, 2002; HEITKAMP et al, 2001). Vários tipos de
exercícios e de avaliação física podem ser
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Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2011, vol 12, n.23
D. P. Saldías, C. A. Martin, D. Martins, M. C. de Andrade

executados por estes equipamentos como se características dinâmicas dos modos básicos,
apresenta na Figura 6. A função Avaliação utiliza
apresentadas na Figura 6:
os modos básicos; e a função Exercício utiliza os
modos básicos e avançados. Uma vantagem
clínica da função Exercício é o fato de oferecer Tabela 1. Modos básicos com suas características dinâmicas.
múltiplas estratégias de treinamento ou exercícios Modos básicos
a serem escolhidas. A função Exercício não se Passivo
Isométrico Isotônico Isocinético
(reabilitação)
limita ao modo isocinético, já que podem ser
Posição  constante variável variável variável
utilizados ainda os modos de exercício passivo,
isométrico e isotônico. Velocidade  nula variável constante constante
Aceleração  nula variável nula1 nula2
(1) Modo isocinético
Torque  variável constante 3
variável 4
variável 5
Modos (2) Modo isotônico
Função básicos
Avaliação (3) Modo isométrico A função Avaliação apresenta somente os
(4) Modo passivo modos básicos (isocinético, isotônico, isométrico
e passivo), na qual os resultados de cada
avaliação são guardados para serem
apresentados ou impressos em uma variedade de
(1) Modo isocinético
formatos adequados para permitir reconhecer
Modos (2) Modo isotônico
básicos cada necessidade e apoiar na orientação do
(3) Modo isométrico treinamento ou terapia.
Função (4) Modo passivo
O tipo de avaliação permite obter vários
Exercício tipos de relatórios que informam com detalhes
Modos (5) Protocolos
avançados das capacidades físicas do atleta o paciente. A
(6) Sequencial Tabela 2, baseada em González e Gorostiaga
(1997), apresenta quais relatórios de capacidades
Figura 6. Duas principais funções dos dinamômetros isocinéticos, medidas podem ser obtidos por cada modo de
com os respectivos modos. avaliação física, além disso, pode-se verificar
quais são os melhores modos de avaliação, pela
Estes quatro principais exemplos de qualidade e quantidade de informação fornecida.
exercícios são classificados como modos básicos
Tabela 2. Resumo dos métodos de avaliação da força e relatórios
e são utilizados pela maior parte dos pacientes. de capacidades medidas.
Modo de
Caso não seja adequado para algum paciente avaliação

Isocinétic
Isométric

Isotônico
Passivo
executar um dos quatro exercícios básicos,
o
o
Relatório de capacidades medidas6
dispõem-se ainda dos modos “protocolo” e
“sequencial”, classificados como modos Força isométrica máxima X X X
Força dinâmica máxima X
avançados. O modo avançado “protocolo” Força dinâmica máxima relativa X
corresponde a uma configuração individual Força explosiva/IMF X X
Curva força-tempo X X
organizada pelo fisioterapeuta ou treinador, Curva força-velocidade X
envolvendo os modos básicos, programando-se Índice relaxamento (resistência e recuperação) X X
Potência máxima X
variações nas faixas de movimentação, Déficit de força X
velocidade e força mediante o software Curva de fadiga X
Força excêntrica máxima X
gerenciador. Vários “protocolos” podem ficar Torque X
armazenados na memória e pesquisados (por Trabalho X
Amplitude do movimento A.D.M. X X
nome, data, etc.) para serem repetidos ou
alterados. Vários exercícios do tipo “protocolo” 1
Na faixa de velocidade constante (efeitivamente isocinética).
2
Na faixa de velocidade constante (efeitivamente isocinética).
poderão ser encadeados sequencialmente para 3
Do ponto de vista da biomecânica o termo isotônico não é adequado
para designar um movimento de contração muscular, pois isotônico
desenvolver uma série customizada de significa “tensão ou torque constante” e durante a contração as múltiplas
fibras musculares não realizam um torque constante, ainda que se levante
exercícios, mediante o modo avançado um peso constante. Mas o termo isotônico é utilizado para denominar o
modo de avaliação que fornece o dinamômetro isocinético, pois este
“sequencial”. A seguir se apresenta a Tabela 1 modo oferece uma carga externa efetivamente de torque constante.
4
Em magnitudes limitadas para reabilitação.
(PONCE, 2009), onde se resume as 5
Em magnitudes geralmente maiores do que no modo passivo.
6
Definições das capacidades medidas em González e Gorostiaga (1997).
61
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2011, vol 12, n.23
Conceitualização e Análise dos Dinamômetros Isocinéticos

Variância X realizar um maior número de modos de avaliação


Relação de equilíbrio muscular X e de relatórios de capacidades medidas.
Agonista/Antagonista
Relação de equilíbrio muscular de comparação X O grande valor da avaliação isocinética
bilateral
Queda de resistência passiva muscular X não baseia-se, somente, nas vantagens
Procepção X apresentadas nas Tabela 2 e 3, senão também
no fato de permitir o direcionamento do exercício
O tipo de avaliação ou exercício pode ser terapêutico ao longo do processo de reabilitação
realizado por complexos equipamentos fornecendo as curvas isocinéticas as quais são
eletromecânicos ou por simples elementos como repassadas em relatórios (reports). Estas curvas
barras ou halteres com pesos livres. permitem diagnosticar lesões ou evoluções nos
tratamentos (BLACKBURN, 1982; HOKE, 1983;
Tabela 3. Resumo dos métodos de avaliação da força e WILK, KEIRNS e ANDREWS, 1991), e
equipamentos ou meios com que se podem obter estas
informações. desempenho esportivo (CONNELLY e
Dinamômetro Mecanismo CPM Pesos
VANDERVOOT, 2000; HEITKAMP et al, 2001).
Equipamento Os dados obtidos com a utilização dos
Isocinético Isocinético2 3
Livres
dinamômetros isocinéticos tem tido impacto
Isocinético
Isométrico

Isotônico

Isocinético

Isométrico importante na tomada de decisões clínicas


Passivo

Isotônico
Passivo

Modo de (SAPEGA, 1990; AQUINO et al, 2007). Na Figura


Avaliação
7, baseada em Wimpenny (2011), tem-se um
exemplo ilustrativo de uma curva isocinética que
pode se interpretar como uma lesão chamada de
A tabela 3 permite verificar quais deficiência do ligamento anterior cruzado (ACL),
equipamentos possibilitam realizar um maior onde geralmente há uma concavidade na curva
número de modos de avaliação; e em conjunto de torque, que acontece na porção média da
com a tabela 2 podem se determinar quais extensão do joelho (entre o pico 1 e o pico 2 da
equipamentos oferecem uma maior quantidade curva da Figura 7). Assim que o membro atinge a
de capacidades físicas medidas. velocidade angular predeterminada, a resistência
Em relação aos modos: na Tabela 2 pode- do dinamômetro iguala-se automaticamente à
se observar que o modo isométrico não fornece força exercida pelo indivíduo e impede que a
nenhuma informação relativa a forças dinâmicas, velocidade do movimento exceda o valor de
nem potência, nem fadiga, pelo fato de ser uma velocidade predeterminado fazendo com que
avaliação de uma força muscular agindo contra essa se mantenha constante (SHINZATO et al,
outra invencível e estática [GONZÁLEZ e 1996; OMAN, 1999). Se o paciente nao consegue
GOROSTIAGA, 1997]. O modo isotônico, pela manter o torque mínimo para sustentar a
sua forma simplista, só fornece dados em relação velocidade predeterminada, o dinamômetro
à força dinâmica máxima, e de força isométrica diminui o torque e consequentemente a
máxima. O modo de avaliação passivo permite velocidade. Deste modo a lesão fica em
obter algumas medições de capacidades físicas evidência, porque o ligamento anterior cruzado
especificas como ADM, queda de resistência controla uma parte do deslizamento e rotação
passiva muscular e procepção, mas a quantidade durante a faixa média da extensão do joelho. Ali,
das capacidades medidas ainda é muito menor a tração do quadríceps corta o avanço da tíbia e o
em relação ás fornecidas pelo modo de avaliação ligamento anterior cruzado não pode controlar o
isocinético. Em função da Tabela 2 pode-se movimento e o reflexo desliga o quadríceps
afirmar que o modo de avaliação que fornece um temporariamente; assim o torque produzido pelo
maior número de informações de capacidades é o quadríceps não pode atingir o valor mínimo
modo isocinético. necessário para sustentar a velocidade
Em relação aos equipamentos: pode-se isocinética de referência predeterminada. Desta
ver na Tabela 2 tabela 3, que o único equipamento maneira se vê a queda de torque em forma de
que oferece todos os modos de avaliação é o concavidade na Figura 7.
dinamômetro isocinético. Além disso, o
dinamômetro isocinético pode medir as mesmas DEFICIÊNCIA DO LIGAMENTO ANTERIOR CRUZADO

capacidades que são medidas pelo equipamento Torque do


joelho
de CPM, como ADM (SHINZATO et al, 1996),
queda de resistência passiva muscular
(FIROOZBAKHSH et al, 1993) e inclusive a de
procepção (AQUINO, 2007; FONSECA, 2005).
Deste modo o dinamômetro isocinético Pico 1 Pico 2
apresenta-se como um equipamento capaz de Deslocamento
angular do joelho

Figura 7: Curva isocinética característica de uma deficiência do


ligamento anterior cruzado, baseado em WIMPENNY, 2011.
2,3
Para avaliação precisa ser acompanhado por instrumentos de medição.

62
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2011, vol 12, n.23
D. P. Saldías, C. A. Martin, D. Martins, M. C. de Andrade

Problemas dos dinamômetros isocinéticos máquina para manter uma velocidade constante
ao longo da duração do teste,
Hoje se identificam certos problemas independentemente das capacidades funcionais
associados aos dinamômetros isocinéticos, cuja do esportista. Presume-se que o fato de ter um
consideração é primordial para um futuro movimento cíclico a 360 graus poderia ser uma
aperfeiçoamento destes equipamentos. limitante a mais para a liberdade (ou variedade)
Uma primeira desvantagem é o alto preço dos movimentos e do sentido deles durante a
(TERRERI et al, 2001), motivo pelo qual estes duração do teste, impossibilitando também
equipamentos são pouco difundidos ou realizar algum gesto esportivo mais complexo. O
inexistentes em academias, centros esportivos e ”Ergômetro isodinâmico polifuncional” conhece-se
de reabilitação, além de não estar ao alcance da somente pela referência bibliográfica, portanto
crescente demanda na terceira idade, tendo em não se pode analisar mais detalhadamente.
conta que recentemente estão sendo propostos Uma outra desvantagem é que os
programas de reforço muscular em idosos dinamômetros isocinéticos normalmente não
(ERNESTO et al, 2009; LUSTOSA et al, 2010). imitam o movimento realizado em um treinamento
Deste modo, o uso do dinamômetro isocinético de algum esporte real, sendo que, durante a
limita-se a centros médicos e de estudos. avaliação no dinamômetro isocinético, o atleta
Também devido ao custo, é que normalmente a mantém uma postura diferente da postura de
avaliação é feita com máquinas e/ou treinamento. Não existem curvas de testes
equipamentos disponíveis em locais distantes dos isocinéticos para exercícios que copiem os
de treinamento. Com isto fica prejudicado um movimentos de esportes específicos (de cadeia
continuado acompanhamento. cinética fechada, envolvendo diferentes grupos
Na avaliação isocinética se apresenta musculares), nem métodos de interpretação
também o problema do “choque isocinético” destas curvas.
(GONZÁLEZ e GOROSTIAGA, 1997). Quando
existe uma alta aceleração antes de atingir a Velocidade angular
Maior percurso isocinético
etapa de velocidade constante do exercício
(Figura 8), acontece um “choque” (ou degrau de Velocidade
isocinética
desaceleração) no momento de atingir a desejada
velocidade isocinética, por que o mecanismo Choque Menor percurso
“freia” no intento de desacelerar e assim manter a isocinético isocinético
condição de velocidade constante. O ”choque
isocinético” produz uma oscilação na leitura de
torque que pode confundir o avaliador no 0
ângulo
momento de ler a curva do relatório da máquina. t, tempo

A Figura 8 apresenta duas curvas de exercício Figura 8. Curvas isocinéticas ilustrativas. Em vermelho a curva de
maior aceleração, apresenta choque isocinético. Em azul uma
isocinético. A curva vermelha representa um curva de menor aceleração, sem choque.
exercício que possui uma maior aceleração para
atingir a velocidade isocinética desejada, pelo que Terreri et al (2001) indicam este problema
ocorre em breve tempo e curto percurso angular. nos dinamômetros isocinéticos: "As desvantagens
Esta curva vermelha apresenta o “choque estão ainda no preço elevado. Outro aspecto está
isocinético” no final da faixa de aceleração inicial no fato de que o aparelho isocinético não realiza
do exercício. A curva azul da Figura 8 é um o gesto ou o movimento específico de uma
exercício que apresenta uma menor aceleração determinada modalidade esportiva. Portanto, o
para atingir a velocidade isocinética desejada, esforço realizado não envolve a energia cinética
pelo que utiliza mais tempo e maior percurso nas várias articulações, e sim de uma única
angular para chegar até dita velocidade. A curva articulação, estando o restante do corpo sem
azul descreve um choque isocinético menor ou deslocamento. O indivíduo realiza um teste ou
imperceptível, mas mostra um menor percurso fisioterapia monoarticular. Os movimentos são
angular onde o exercício é efetivamente realizados normalmente sob a forma de exercício
isocinético, o que dificulta a obtenção de dados de cadeia cinética aberta.”. (ver Figura 9).
do exercício do paciente ou esportista.
Com a pretensão de superar esta
limitação dos dinamômetros isocinéticos, Lupo et
al (1992), apresentaram um equipamento
especifico que denominaram ”Ergômetro
isodinâmico polifuncional” o qual possui um motor
que permite realizar o movimento cíclico a 360
graus das articulações superiores e inferiores. No
”Ergômetro isodinâmico polifuncional” a fase de
aceleração precedente e posterior à execução do
teste é determinada pelo acionamento da Figura 9: Diferentes posturas de avaliação e de treinamento.

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Conceitualização e Análise dos Dinamômetros Isocinéticos

Um grande problema é a dificuldade para Em função das pesquisas aqui


posicionar e alinhar o centro de rotação apresentadas, pode-se considerar o dinamômetro
anatômico com o centro de rotação do isocinético como o equipamento que fornece
dinamômetro. Autores como Wimpenny (2011) maior número de modos de avaliação em relação
indicam protocolos com instruções específicas a outros equipamentos (tabela 2), sendo também
para evitar este tipo de problema. Segundo a dinamometría isocinética o modo de avaliação
Aquino (2007), estudos que utilizam a que fornece um maior número de capacidades
dinamometría isocinética com diversos propósitos físicas medidas.
apresentam muitas vezes resultados conflitantes, O grande valor da avaliação isocinética
por diferenças no posicionamento do sujeito em fundamenta-se tanto no fornecimento de uma
relação ao pocicionamento das articulações grande quantidade de relatórios de capacidades
avaliadas. Muitas vezes são utilizadas medidas, quanto no fato de fornecer as curvas
ferramentas (como ponteiros LASER) que ajudam isocinéticas que permitem diagnosticar lesões e
na identificação dos centros de rotação monitorar a evolução em tratamentos e
anatômicos e para manter estes centros desempenho esportivo.
sinalizados durante o exercício, pois no percurso Tendo presente a problemática aqui
da avaliação podem acontecer também levantada em relação aos dinamômetros
desalinhamentos, ainda que estejam inicialmente isocinéticos, são sugeridos na sequência, alguns
alinhados. O processo de alinhamento deve ser trabalhos e pesquisas futuras.
rigoroso, já que erros no alinhamento podem se Poder-se-ia elaborar um algoritmo de
transformar em leituras de dados com baixa controle que permita diminuir o choque
repetibilidade e confiabilidade (HOUWELING e isocinético, com a finalidade que a fase de
HAMZEH, 2010; SCORAMUZZA, AXTELL e aceleração e desaceleração seja determinada
THIEL, 1990) para um mesmo paciente ou pelo motor da máquina dependendo da variação
esportista. Na Figura 10 baseada em Wimpenny da carga que exerce o paciente ou esportista. A
(2011), é apresentado um típico problema de determinação da aceleração do motor deve fazer-
alinhamento entre o centro de rotação anatômico se considerando a velocidade de referência
do joelho em relação ao centro de rotação do ajustada e a aceleração inicial e instantânea do
dinamômetro. O centro de rotação do joelho está paciente ou esportista. Com isto é possível
localizado no epicôndilo lateral do fêmur (circulo predizer a magnitude do choque isocinético e
vermelho) e o centro de rotação do dinamômetro aplicar ações desde o controlador do sistema
está sinalizado com um círculo azul. para diminuí-la, evitando a aplicação de um
movimento cíclico como o usado no “Ergômetro
isodinâmico polifuncional” (LUPO et al, 1992).
Centro de rotação
Tendo em vista que os dinamômetros
anatômico do joelho isocinéticos atuais não realizam o gesto ou
movimento esportivo em cadeia cinética fechada,
nem realizam este nos vários graus de liberdade
associados às articulações anatômicas, se propõe
a possibilidade de implementar um sistema
Centro de rotação do inspirado no Isokinetic Exercise Aparatus and
dinamômetro Method (SAGEDAHL, GERMAN e WOLFER,
1986) apresentado na Figura 2, acrescentando o
monitoramento do exercício, adequando sistemas
Figura 10: Desalinhamentos entre o centro de rotação anatômico de medição para cada junta do aparelho, e assim
do joelho (círculo vermelho) e centro de rotação do dinamômetro poder adquirir os sinais de torque, posição e
(círculoazul). Baseada em Wimpenny (2011).
velocidades relativas a cada articulação
anatômica. Também se prevê a instalação de
Outros problemas que ficaram manifestos
acionamentos em todas as juntas e um
em entrevistas com especialistas na área durante
computador que assista a adequada visualização
a execução deste trabalho foram: Aparecimento
e monitoração do exercício. O sistema proposto
de folgas em mancais com pouco tempo de uso,
para projetar, podería elaborar as curvas
o que se traduz em falsos picos de força nos
isociéticas associadas à energia cinética e
relatórios de resultados. Também foi manifestada
potencial nas várias articulações, onde ditas
a existência de baixa robustez da estrutura,
curvas poderiam ser interpretadas para avaliação
dificuldades na acomodação do paciente ou
fisica do paciente o esportista.
esportista no banco do equipamento, problemas
Frente à baixa difusão dos dinamômetros
eletrônicos por umidade ambiental e problemas
isocinéticos, sugere se um outro caminho; um
de ergonomia no ombro e quadril para posturas
sistema mais simples e de custo fixo menor que
complexas.
os sistemas atuais, direcionado a um mercado
mais amplo. Isto permitiria uma maior
Conclusões
acessibilidade às academias, centros esportivos e
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D. P. Saldías, C. A. Martin, D. Martins, M. C. de Andrade

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