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A alta miopia pode levar à perda de visão quando a deformação do olho provoca
estragos na retina ou o seu descolamento. A miopia pode aparecer associada a
cataratas e ao glaucoma.
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Hipermetropia: É a alteração na qual as imagens são formadas depois da retina,
o que faz com que os seus portadores tenham dificuldade principalmente na visão
de perto mas também para longe.
Astigmatismo: É um tipo de erro refrativo que o olho não consegue focar a luz
na retina de forma uniforme. Isto faz com que a pessoa veja de forma distorcida
ou desfocada a qualquer distância. Há mudança frequente entre imagem nítida e
distorcida.
Teorias da percepção
Bruner e Gregory -Teoria Construtivista ou Indirecta
• Fenómeno complexo
• Processamento de diferentes tipos de informação, transformam o mosaico de
intensidades luminosas numa percepção precisa e detalhada
• Está dependente de:
• Indirecta – depende de processos internos
• Guiada por processos ascendentes e descendentes
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• Percepção e a acção estão intimamente interligadas: – percepção fornece
informação para a organização da acção – movimento e acção facilitam a
percepção
TEORIAS DO MODELO
• Armazenamos na nossa mente inúmeros modelos.
• Reconhecemos um padrão por meio da sua comparação com o conjunto de
modelos que possuímos
• Consequentemente, devido à complicação e rigidez das teorias do modelo
apareceu uma explicação para a percepção de padrões
• A teoria da comparação com o protótipo
A comparação com as características de um padrão e as características
armazenadas na memória é denominada com teoria da característica
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Funções Mentais Superiores:
• Percepção • Atenção • Memória • Linguagem • Pensamento • Emoção
Fatores do estímulo
Fatores de situação (tempo, local de trabalho, situação social)
Fatores no alvo (novidade/movimento, som, tamanho, fundo proximidade)
Fatores de quem percebe (atitudes/ motivações, interesses/ experiências,
expetativas)
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Afasia receptiva ou agnosia verbal, cujo portador deixa de compreender a fala
emitida por seus interlocutores
Assomatognosia ou Síndrome da indiferença- incapacidade de reconhecer partes
do seu corpo
Acinetópsia -perda da percepção de movimento
Acromatópsia- incapacidade de perceber cores
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• Coerência: nas acções da pessoa
Entrevista de seleção:
• O elemento principal para definir quem entra e quem é rejeitado numa
organização é a entrevista de seleção de candidatos.
• As evidências indicam que os entrevistadores fazem julgamentos de percepção
frequentemente erróneos.
• Além disso quase não há concordância entre os entrevistadores, ou seja,
entrevistadores diferentes vêem coisas diferentes no mesmo candidato, chegando
a conclusões diversas sobre ele.
• Os entrevistadores costumam criar impressões antecipadas, que se tornam
rapidamente resistentes;
• Se a entrevista for um aspecto importante para a contratação e geralmente é,
será preciso reconhecer que os fatores de perceção influenciam esse processo e,
no final, a qualidade da força de trabalho de uma organização.
Atalhos da percepção
• Percepção Seletiva: qualquer característica que faz uma pessoa (ou objeto ou
evento) sobressair aumentará a probabilidade de que ela seja percebida.
• Efeito de Halo: quando temos a impressão geral de um indivíduo com base
numa única característica, como inteligência, sociabilidade ou aparência.
• Efeitos de Contraste: não avaliamos uma pessoa isoladamente
• Projecção: tendência a atribuir nos outros as características próprias
• Estereótipo: julgamento de uma pessoa com base na percepção do grupo do
qual ele faz parte.
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• Os conceitos não existem isoladamente; estão interligados através de uma rede
de relações.
• Os que utilizamos para compreender uma situação e as relações entre os
próprios conceitos, constituem o sistema conceptual.
As coisas que vemos não são reflexos perfeitos do mundo real. A nossa
percepção de coisas básicas como cores dos objectos é imprecisa.
Ex.: Qual é a cor “real” de uma parede de tijolo? A parte ao Sol ou à sombra?
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A Percepção é um produto de processos “Top-Down” e “Bottom-Up”.
Os termos Top-down e Bottom-up referem-se a métodos utilizados para
organizar as informações, ordenando fatos para serem utilizados em diversos
campos que necessitem de uma forma de pensamento que facilite a administração
de conhecimentos para um maior proveito destes, com maior facilidade de
processamento e garantindo um sistema de prioridades e hierarquia.
A suas utilidades são muito amplas e podem ser utilizadas de formas diversas
sempre que haja a necessidade de lidar com informações, tornando processos
criativos muito mais fáceis de serem realizados e com uma produtividade muito
maior por meio de planeamento que pode resultar em ações e medidas a serem
tomadas por uma empresa, por exemplo.
Bottom-up
O termo Bottom-up traz o significado de uma abordagem realizada de baixo
para cima. Ela consiste em um processo de análise e comportamento de
informações que utiliza a compreensão de subdivisões dos assuntos para uma
percepção mais completa e com uma nova interpretação das partes que formam o
todo, ou seja, analisa e descreve os elementos mais básicos para formar um
resultado maior.
Um exemplo desta forma de lidar com as informações é como o cérebro recebe
somente detalhes de uma história, fragmentos e conforme vai recebendo mais e
mais factos, os junta de forma a obter uma história completa que faça sentido.
Seguindo esta linha de pensamento, as informações começam apenas como
detalhes distintos e separados e conforme crescem se combinam para formar algo
completo.
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Processo “Bottom-Up” Processo “Top-Down”
Ilusões ópticas
Demonstram como a percepção pode inferir propriedades que não existem na
imagem, dependendo do contexto em que a mesma se insere.
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“Ilusão da Luminosidade”
Apesar das diferenças de tonalidade, nós acreditamos que eles são da mesma cor,
apenas apresentam alteração no tom devido às diferenças de luminosidade.
“Ilusão de Tamanho”
Nós percebemos que os objectos ou os corpos mantém o seu tamanho real apesar
das alterações que possam ocorrer na distância entre o observador e os objectos
ou corpos observados.
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Agrupamentos:
O agrupamento de várias imagens dificulta a visualização de cada item
individualmente, mas permite-nos ver atributos comuns aos vários itens, duma
vez só.
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O que “vemos” está relacionado com a nossa experiência prévia.
Ex.: se já vimos muitas bananas no passado e poucas “abóboras amarelas”, é
razoável que associemos, automaticamente, as características referidas a uma
banana. E vice-versa.
À medida que sabemos mais sobre quais as probabilidades do que nos poderá
aparecer, tende a melhorar a precisão da nossa percepção.
Cinestesia:
Propriocepção, também denominada como cinestesia, é o termo utilizado para
nomear a capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição
e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo
em relação às demais, sem utilizar a visão. Este tipo específico de percepção
permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades
práticas. Resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o
corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular,
localizado no ouvido interno.
Capacidade para reconhecer a localização espacial do corpo
A posição e orientação
A força exercida pelos músculos
E a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão
Permite a manutenção do equilibrio postural
PERCEPÇÃO HAPTICA
É também descrito como a sensibilidade individual relativa ao mundo
adjacente para ser usado pelo seu corpo.
Refere-se à exploração sensorial.
A exploração manual para obter informação e manipular o meio envolvente
através do toque
Está relacionada com o sentido do tato
Teorias da percepção
Sensação versus Percepção
• Distinção pouco clara e introduzida pela primeira vez por Thomas Reid (1785).
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Sensação:
• Processo primário de recolha de informação ambiental.
• A energia do ambiente é codificada em sinais eléctricos (transdução) e vai
activar as áreas sensoriais do córtex, gerando sensações
Percepção:
• Processo pelo qual o cérebro dá sentido à informação recebida pelos órgãos dos
sentidos.
• Selecção, organização e interpretação das sensações.
Cognição:
• Processo que envolve a manipulação das percepções.
Os outros sentidos:
a) Sob o mesmo nome esconde-se mais de um sentido especializado. Por
exemplo, no tacto podem distinguir-se sentidos relativos à pressão, à
temperatura, à dor...
b) Existem outros sentidos para além dos cinco tradicionais: propriocepção
(cinestesia), equilíbrio, detecção do campo magnético da terra, de campos
eléctricos, etc...
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Atenção:
A atenção define-se pelo direcionamento da consciência e estado de concentração
mental sobre determinado objeto. Caracteriza-se por selecionar, organizar e
filtrar as informações. É um processo de extrema importância em determinadas
áreas, como na aprendizagem, já que se exige, por exemplo, a um aluno que
preste atenção às matérias lecionadas pelo professor, ignorando estímulos
visuais, sonoros ou outros, como o que se está a passar fora da sala de aula.
Além da atenção concentrada, em que se selecciona e processa apenas um
estímulo, também pode existir atenção dividida, em que são seleccionados e
processados diversos estímulos simultaneamente - como quando se conduz um
automóvel e se ouvem as notícias do rádio simultaneamente.
Consciência:
Soma total das experiências conscientes de um indivíduo num determinado
momento
É a dimensão subjectiva da actividade psíquica do sujeito que o coloca em
contacto com a realidade e o faz perceber e conhecer os objectos
Quais são as funções da consciência? Tem havido muita controvérsia sobre esse
tema. Entretanto, existe uma concordância razoável sobre algumas de suas
funções:
• Ela está associada à percepção do ambiente.
• Desempenha um papel crucial na comunicação social e na compreensão do que
outras pessoas estão pensando.
• Desempenha um papel no controle de nossas ações.
• Permite-nos pensar sobre eventos e temas distantes do aqui-agora. Essa é uma
ocorrência comum – Kane e colaboradores (2007) demonstraram que em média
30% dos pensamentos conscientes das pessoas se afastam de sua atividade atual.
• Tononi e Koch (2008, p. 253) defenderam que “a propriedade mais importante
da consciência é que ela é extremamente informativa. Isso ocorre porque, sempre
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que você vivencia um estado de consciência específico, ele descarta um número
enorme de experiências alternativas”. Em outras palavras, a consciência envolve
integração e combinação de vários tipos de informação.
Atenção e Consciência:
Geralmente dispomos de uma vasta informação sensorial, por exemplo a nossa
visão periférica
Neste preciso momento prestamos atenção apenas a uma quantidade limitada de
uma determinada informação disponível
Benefícios da atenção:
Monitorizar as nossas interacções com o ambiente
Ligar o nosso passado com o nosso presente, de modo a dar-nos um sentido
de continuidade da experiência
Planear e controlar as nossas acções futuras, com base na informação
proveniente das nossas memórias passadas e nas nossas sensações presentes.
Funções da atenção:
Detecção de informações relevantes
Selectividade de estímulos
Orientação para estímulos sensoriais importantes
Manutenção do estado de alerta e vigília
Economia de recursos de processamento
Maximização do tempo de resposta (Heijden, 1992)
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2. O Gargalo dificulta ou impossibilita que duas decisões apropriadas para dois
estímulos diferentes sejam executadas simultaneamente.
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Processamento da Atenção:
Processamento Pré- Consciente:
A informação pré-consciente inclui memórias guardadas que não estamos a
usar num determinado momento, mas podemos evocar, sempre que
necessário
As sensações também podem ser atraídas pelo conhecimento pré-consciente.
Por exemplo, antes de ler esta frase, estava consciente das sensações na
minha orelha esquerda?
Uma forma desse processamento é o fenómeno da percepção subliminar
Uma pessoa processa mentalmente estímulos específicos sem estar
consciente disso
Percepção subliminar ocorre sempre que um estímulo apresentado abaixo dos
limites da percepção consciente é reconhecido como influenciando nossos
pensamentos, sentimentos ou ações
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(Bargh e Chartrand, 2000). Resumidamente, uma informação apresentada a você
primeiro, implica na maneira como você assimila, reage e se comporta depois
(mesmo que você deixe claro que aquela informação é falsa, por exemplo).
Os estímulos de manifestação de memória implícita são palavras com mais de um
significado.
Às vezes não é fácil atrair a informação pré consciente para o conhecimento
consciente. Por exemplo, a maioria de nós já vivenciou o fenómeno “ponta da
língua”. Ocorre quando tentamos lembrar-nos de algo que já sabemos, mas não
nos lembramos.
Tipos de Atenção:
Voluntária - A atenção voluntária envolve a selecção activa e deliberada do
indivíduo numa determinada actividade. Está directamente ligada às motivações,
interesses e expectativas. Deste modo, se damos relevo a uma modalidade
(exemplo: leitura), outras modalidades podem ficar inibidas (exemplo:
insensíveis aos sons).
Involuntária - A atenção involuntária é suscitada pelas características dos
estímulos. Ocorre em eventos inesperados no ambiente e o indivíduo não é
agente de escolha da sua atenção. Diz-se, por isso, que é de processamento
automático.
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Atenção Selectiva - é definida como a capacidade do indivíduo privilegiar
determinados estímulos em detrimento de outros.
Atenção Sustentada – é a capacidade de o indivíduo manter o foco de atenção
num determinado estímulo ou sequência de estímulos durante um período de
tempo para o desempenho de uma tarefa.
Atenção Alternada - é a capacidade do indivíduo em alternar o foco de atenção,
ou seja concentrar o foco da atenção alternadamente entre dois estímulos
distintos
Quem tem Atenção Seletiva consegue escolher qual será o foco da mente. São
pessoas que têm a habilidade de manter a atenção em locais com barulho, por
exemplo. Um indivíduo com Atenção Seletiva não se distrai quando determina
para onde sua atenção será direcionada e, por isso, não se incomodam com
barulhos e outros fatores que possam distrair ou desviar sua atenção.
Geralmente, este processo de selecionar o foco da atenção acontece de forma
inconsciente, sendo que quando ele ocorre, as informações e os fatos
selecionados se tornam muito mais nítidos e intensos do que as demais ao redor.
A principal razão disso é que o nosso cérebro recebe constantemente estímulos
sensoriais de todos os tipos, ou seja, olfativos, táteis, visuais, gustativos e
sonoros. Quando este processo ocorre de forma mais intensa, ele passa a não ser
capaz de assimilar mais esta quantidade grande de informações, passando, assim,
a selecionar qual será o foco de sua atenção, como estratégia para filtrar e reter os
dados que considera mais importantes.
Outro ponto que faz com que a atenção seletiva seja acionada pelo cérebro, é a
necessidade que temos no momento atual. Por exemplo: se uma pessoa pensa em
alugar um imóvel, ela, sem perceber, passará a observar mais anúncios de
imóveis, bem como todas as informações relacionadas a este assunto.
Um dos grandes e principais benefícios da atenção seletiva é que ela contribui
para todo e qualquer tipo de processo de aprendizagem. Isso porque ela faz com
que mantenhamos o foco naquilo que verdadeiramente importa, deixando de lado
as distrações comuns de nosso dia a dia, algo que ajuda no aumento de nossa
performance pessoal e profissional.
Como desenvolver?
Isolando sons: escolha um som ao seu redor e faça o exercício de se concentrar
apenas nele. Conforme você vai realizando este processo, você vai percebendo
que até ouve os outros sons ao redor, mas o que fica mais forte em seus ouvidos é
apenas aquele para o qual você escolheu direcionar a sua atenção.
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Exercite sua mente: assim como isolar sons é uma forma de exercitar a sua
mente para desenvolver e aprimorar a sua atenção seletiva, encontrar outros tipos
de exercícios também vai te ajudar neste processo, como tentar ouvir um podcast
com a tv ligada. No início pode até parecer torturante, mas no final, com certeza,
será recompensador.
Mantenha suas ideias organizadas: elabore uma lista de ideias nas quais você
precisa manter o foco. Faça este processo todos os dias e você verá que, por mais
que algo surja para te interromper, você não se desconcentrará daquilo que é mais
importante e precisa da sua atenção naquele momento.
Leia em locais públicos: outra forma extraordinária de treinar a sua atenção
seletiva é tentar ler em locais públicos. Além de ser bom para a sua atenção, será
ótimo para a sua aquisição de conhecimentos.
Atenção Sustentada
Este é o tipo de atenção ideal para quem precisa manter o foco durante um longo
tempo, pois esta é a habilidade de se manter focado durante um período longo em
uma atividade ininterrupta e constante. Pessoas com Atenção Sustentada
conseguem, por exemplo, permanecer atentas em palestras, cursos, treinamentos,
workshops, durante as aulas na escola e em seus momentos de estudo, deixando
de lado quaisquer tipos de distrações que tentem lhes atrapalhar.
Em diversos casos, a atenção sustentada se relaciona bastante com a atenção
seletiva, visto que, diversas situações exigem de nós, não só a atenção em si, mas
que nos mantenhamos concentrados em uma atividade específica por um longo
período de tempo, sem deixar que outros fatores nos tirem deste foco.
Como desenvolver?
Se você deseja manter a sua atenção cada vez mais sustentada no trabalho, a
minha dica é que você faça, todos os dias, uma lista de prioridades e volte o seu
foco para a execução de uma atividade por vez. Escolhida a primeira atividade a
ser desenvolvida, divida-a em pequenos passos e vá cumprindo cada um deles
por vez, desconsiderando quaisquer outros estímulos ou solicitações que surjam
para, porventura, te atrapalhar. Se precisar, durante o processo, desative a internet
do celular, para que você não seja incomodado ou para que a sua atenção não seja
desviada por notificações de redes sociais, e-mails e assim por diante.
Atenção Alternada
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Pessoas com Atenção Alternada têm a habilidade de alternar o foco da atenção.
Perceba que falo de alternar e não de perder o foco. A Atenção Alternada facilita
a execução de tarefas que exigem mais de um nível de entendimento. Quer um
exemplo? Você precisa montar um móvel e para isso, é preciso ler com atenção o
manual para começar a sua montagem, certo? Quem tem atenção alternada,
conseguirá ler o manual e a cada etapa lida, tentará montar o móvel.
Este é o tipo de atenção utilizada principalmente quando estamos no trânsito, por
exemplo, momento este em que devemos estar atentos à direção do veículo que
estamos conduzindo e também de todos os outros estímulos ao redor, como o
semáforo, os outros automóveis, aos pedestres e assim por diante.
A atenção alternada pode ser interessante para pessoas que precisam realizar
mais de uma atividade durante o dia, ou seja, se o profissional precisa entregar
um relatório e ao mesmo tempo falar com um cliente ao telefone, através deste
tipo de atenção, ele consegue atender às duas demandas de maneira satisfatória.
Como desenvolver?
Para investir no desenvolvimento da atenção alternada o que você pode fazer é
escolher, diariamente, duas atividades nas quais você se concentrará ao longo de
todo o seu dia de trabalho. No início, concentre-se apenas nas duas atividades
escolhidas e depois, quando estiver com a atenção alternada melhor
desenvolvida, você vai inserindo, gradativamente, outras atividades em sua
rotina.
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Atenção concentrada auditiva: Como podemos seguir apenas uma conversa
quando várias pessoas estão a falar em simultâneo?
Noutra experiência, pedia-se às pessoas para irem repetindo o que era dito a um
dos ouvidos (tarefa de sombreamento). No outro ouvido falava-se uma língua
estrangeira, falava-se de trás para a frente. As pessoas quase nunca se
apercebiam disso. No entanto se emitíssemos um som tipo apito (mudança
física do tipo de estímulo), as pessoas apercebiam-se.
Processos automáticos:
No geral estes processos ocorrem fora do conhecimento consciente
Exigem pouco ou nenhum esforço ou mesmo intenção
São realizados como processos paralelos
São relativamente rápidos e involuntários
Consomem poucos recursos de atenção
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Processos controlados:
Não somente são acessíveis ao controlo consciente, mas também o exigem
São realizados em série e consomem um tempo relativamente longo para a sua
execução
Sugere um “continuum” de processos entre os processos inteiramente
automáticos e os completamente controlados.
Automatização:
Processo pelo qual um procedimento muda do estado de altamente
consciente para o estado relativamente automático
A automatização ocorre em consequência da prática
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Como codificamos a informação para armazenar na memória?
Processos de Memória:
Codificação está relacionada com a forma de cada um processar a informação.
surge através da percepção dos estímulos físicos e sensoriais.
Armazenamento é o modo como se mantém a informação guardada
Recuperação é a forma que se tem para aceder à informação armazenada quando
é solicitada
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A informação é codificada na memória de curto prazo sobre forma visual e
acústica e em menor quantidade em signos semânticos.
A capacidade de armazenamento da memória de curto prazo é limitada
A duração temporal da informação de curto prazo é breve (entre 18 a 20s).
Memória declarativa também pode ser designada por explícita ou memoria com
registo, (implica a consciência do passado, levando a reportarmo-nos a
acontecimentos, factos e pessoas que conhecemos/aconteceram no passado). É
devido a este tipo de memória que conseguimos descrever as funções das áreas
pré-frontais: os heterónimos de Fernando Pessoa, o nome dos amigos, o
aniversário da mãe. Este tipo de memória reúne tudo o que podemos
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evocar/declarar por meio de palavras (daí o termo declarativa). Distinguem-se,
neste tipo de memória, dois subsistemas: a memória episódica e a memória
semântica;
Episódica- quando envolve eventos datados, recordações (rosto de amigos
pessoas famosas, músicas, factos e experiências pessoais) ou seja relacionados
com o tempo. Usamos a memória episódica, por exemplo, quando lembramos do
ataque terrorista em 11 de Setembro ou o primeiro dia de escola. é, portanto, uma
memória pessoal na qual que se manifesta uma relação íntima ente quem recorda
e o que se recorda.
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Normalmente, associa-se o esquecimento a uma falha mental ou ate uma
patologia, mas sem o esquecimento ser-nos-ia impossível continuar a memorizar
informação. Portanto, neste caso, o esquecimento serve como que um filtro
daquilo que ainda nos é importante, a este processo designa-se por função
seletiva e adaptativa. A própria memória também tem um carater adaptativo pois
ela não memoriza tudo a que estamos expostos no dia-a-dia (a informação é
transformada). Habitualmente falamos de esquecimento ligado apenas à memória
de longo prazo pois como já disse a memória a curto prazo apaga-se para dar
lugar a novas informações ou então passa à memória de longo prazo.
Mas o esquecimento pode ser também mau quando é um esquecimento
regressivo ou seja quando surgem dificuldades em reter novos materiais e em
recordar conhecimento, nomes ou factos aprendidos recentemente. Este tipo de
esquecimento pode ser devido à degenerescência dos tecidos cerebrais e ataca
sobretudo pessoas de certa idade. E existe tres tipos de esquecimento: por
interferencia de aprendizagem (como que uma reciclagem de informação),
regressivo, e motivado utilizado quando se quer esquecer algo negativo na nossa
vida.
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Tipos de codificação para armazenamento a longo prazo:
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Desenvolvimento da Linguagem e do Pensamento em Pessoas Bilíngues:
Teorias sobre o elo entre Linguagem e Pensamento:
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A metacognição foi definida por John Flavell (Stanford University) nos anos
1970 como o conhecimento que as pessoas têm sobre seus próprios processos
cognitivos (como a memória, a atenção e a compreensão) e a habilidade de
controlar esses processos, monitorando, organizando, e modificando-os para
realizar objetivos concretos. Em outras palavras a metacognição se refere à
habilidade de refletir sobre uma determinada tarefa (ler, calcular, pensar, tomar
uma decisão) e sozinho selecionar e usar o melhor método para resolver essa
tarefa.
Você decora por pares de número, trios, faz alguma associação com outros
números e datas? E se eu te pedisse para decorar o número 345624678912, como
você faria? A análise, planeamento e escolha da melhor forma de memorizar o
número é o que denomina-se de metacognição.
1– Descreva as linhas gerais das teorias que a psicologia cognitiva usa para
explicar os processos de atenção.
A teoria da Descrição Estrutural proposta por Irving Biederman, formula a
hipótese de que podemos compreender, ou, configurar representações mentais de
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objetos tridimensionais, considerando apenas algumas formas geométricas
simples. Ou seja, Biederman propõe que todos os objetos podem ser reduzidos,
na sua estrutura mais básica, a uma composição de formas primitivas, como
cubos, cilindros, cones, esferas, entre outros. A compreensão desta composição
de formas geométricas permitirá reconhecer o objecto perante o qual estamos. No
entanto, Gibson contrapôs um realismo direto, uma percepção sem mediatização.
E procede a uma crítica sistemática ao dualismo entre experiência perceptiva e o
mundo objetivo, entre percepção e ação, propondo uma reavaliação da natureza
do estímulo, e a sua relação com o ser vivo. Para Gibson os objectos
tridimensionais, e o meio no qual eles estão inseridos, são constituídos por
superfícies com texturas próprias, e não por conjuntos de pontos e planos,
impondo-se, por isso, a construção de uma geometria das superfícies, de uma
geometria ecológica, distinta da geometria abstracta. Para Gibson, as variações
na densidade de textura das superfícies, constituem uma fonte de informação
sobre as distâncias, posições relativas e características dos objetos e as
transformações provocadas pelos movimentos do sujeito veiculam também
informações sobre o mundo e sobre o observador. Numa perspectiva ecológica,
percepção e acção são indissociáveis (cada tipo de movimento tem um padrão
específico de fluxo; por exemplo, expansão ou contração dos elementos de
textura com a aproximação ou afastamento, movimento a velocidade variável
quando o sujeito se desloca paralelamente ao meio observado. Por outro lado, os
movimentos dos objetos produzem variações ou distúrbios locais. Para os
construtivistas, os estímulos visuais são mutáveis e não estruturados, sem uma
significação própria, e as sensações, as imagens retinianas, são, por si só,
insuficientes para aceder a uma percepção. A actividade perceptiva tem que
basear-se, por isso, num processo probabilístico de inferência, dependente de
associações e da experiência prévia do sujeito. Em suma, trata-se de um processo
de natureza indirecta e construtiva. A adequação dos resultados da atividade
perceptiva, dos perceptos, ao mundo exterior, dependeria, por sua vez, de um
teste, realizado pelo sujeito, de hipóteses alternativas (Bruner e Gregory).
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4 – A nossa percepção é influenciada pelas características do estímulo
percepcionado. Explique essa influencia.
Existem várias características do estimulo percecionado que vão influenciar a
nossa perceção e que de um modo geral se podem agrupar em duas categorias: a
dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos
(próprios do nosso organismo).
Os fatores externos mais importantes são a intensidade (pois a nossa atenção é
particularmente despertada por estímulos que se apresentam com grande
intensidade e, é por isso, que os alarmes, por exemplo, possuem um som
insistente e alto); o contraste (a atenção será muito mais despertada quanto mais
contraste existir entre os estímulos, tal como acontece com os sinais de trânsito
pintados em cores vivas e contrastantes); o movimento (por exemplo, as crianças
reagem mais facilmente a brinquedos que se movem do que aos que estão
parados); e a incongruência, ou seja, prestamos muito mais atenção às coisas
absurdas e bizarras do que ao que é normal.
Os fatores internos que mais influenciam a nossa perceção são a motivação
(prestamos muito mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às
coisas que não nos interessam); a experiência anterior ou, por outras palavras, a
força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já conhecemos e
entendemos; e o fenómeno social (pessoas de contextos sociais diferentes não
prestem igual atenção aos mesmos objetos (por exemplo, um livro que se
valoriza no ocidente podem não suscitar interesse a um asiático).
A percepção visual é muito importante na nossa vida diária, permite que nos
movimentemos livremente, ver as pessoas com quem interagimos, ler, admirar a
natureza, ver filmes e tudo ao nosso redor. Mas é também extremamente
importante para ajudar a assegurar a nossa sobrevivência. Por exemplo, se
percebemos mal o quanto os carros estão próximos de nós quando atravessamos a
rua, as consequências podem ser fatais. Assim, a percepção consiste em receber
estimulos e interpretar através dos sentidos, das imagens, dos sons, das
impressões ou das sensações externas. Trata-se de uma função psíquica que
permite ao organismo captar, elaborar e interpretar a informação que chega do
meio. Para além disso, atribui significado a estímulos sensoriais, a partir do
histórico de vivências passadas (as nossas memórias). A Percepção pode ser
entendida pelos processos “Top-Down” e “Bottom-Up”. Top-down (de cima para
baixo) implica dividir os processos de alguma coisa como a fabricação de um
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produto ou a criação de uma ideia para, desse modo, utilizar essa fragmentação
para tornar a compreensão de cada parte que compõem um todo muito mais fácil
de ser realizada. Cada parte dessa subdivisão, do maior ao menor (ou do mais
alto para o mais baixo) é profundamente estudado e detalhado da forma mais
completa possível para que se obtenha um entendimento amplo. Bottom-up (de
baixo para cima) consiste num processo de análise e comportamento de
informações que utiliza a compreensão de subdivisões dos assuntos para uma
percepção mais completa e com uma nova interpretação das partes que formam o
todo, ou seja, analisa e descreve os elementos mais básicos para formar um
resultado maior. Um exemplo desta forma de lidar com as informações é como o
cérebro recebe somente detalhes de uma história, fragmentos e conforme vai
recebendo mais e mais, os junta de forma a obter uma história completa que faça
sentido. Seguindo esta linha de pensamento, as informações começam apenas
como detalhes distintos e separados, e conforme crescem combinam-se para
formar algo completo.
As pessoas reagem de forma diferente ao mesmo estímulo. Assim, a realidade
percebida provoca percepções diferentes conforme muda o observador. Existem
dois fenómenos básicos de percepção: a percepção seletiva e a perceção
sensitiva. Na percepção seletiva, face à grande variedade de estímulos que o
ambiente oferece, apenas uma pequena parte prende a atenção do observador.
Portanto, o processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do
que um processo de observação seletiva, ou seja, das observações por nós
efetuadas. Este processo faz com que nós percebamos alguns elementos em
desfavor de outros. Por exemplo, no caso da pintura em análise, a perceção
seletiva leva a que se vejam apenas as casas, a rapariga com um chapeu na
cabeça, a seara, o rapaz sentado e os três cedros. No entanto, o quadro pode ter
leituras diferentes permitindo ver o todo, e não apenas as partes, o que revelará o
rosto do pintor Van Gogh. Numa imagem mutável como esta, não é o estímulo
visual que muda, mas apenas a interpretação que se faz desse estímulo. Os
fatores que influenciam as diferenças na percepção são o observador – atitudes,
motivações, interesses, experiências e expectativas, o estímulo – intensidade,
frequência, tamanho e outras características, e a situação – o ambiente.
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