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INTRODUÇÃO
Neste ciclo, você compreenderá, em geral, o conceito de política pública e, em especial, de política
educacional. Terá a oportunidade de entender a forma de organização da educação brasileira. Além
disso, veremos os tipos de gestão da educação e suas principais características. Estudaremos,
ainda, a importância da formação inicial e continuada do docente, para sua melhor
profissionalização.
Política pública, por sua vez, consiste na totalidade de ações, metas e planos que os governos,
sejam eles nacionais, estaduais ou municipais, traçam tendo em vista o bem-estar da sociedade e o
interesse público. De acordo com a cientista política Celina Souza (2006), a política pública, como
área de conhecimento, pode ser definida, ao mesmo tempo, como aquela que coloca o governo em
ação e aquela que indica mudanças necessárias no curso dessas ações. Souza (2006) aponta,
ainda, que a elaboração de políticas públicas se estabelece como a etapa em que os governos
democráticos demonstram suas finalidades e seus projetos eleitorais em programas e ações que
promoverão resultados ou transformações na realidade.
Entretanto, é fundamental esclarecer que a política educacional também está inserida no âmbito da
política social. Toda política social é uma política pública e, como tal, busca atender ao interesse
público. A política pública em geral e a política social em particular são campos cujas atuações
acarretam grandes consequências na sociedade. E é a partir desse entendimento que devemos
pensar a política educacional no Brasil.
Assim, conceber a política educacional no Brasil implica refletir sobre o aporte que a educação pode
e deve oferecer no esforço pela superação das profundas desigualdades socioeconômicas; na
promoção da disposição competitiva do nosso país; na capacidade produtiva das pessoas e na
concretização de uma democracia mais sólida e constante.
">Como política educacional o Plano Nacional de Educação – PNE define diretrizes e metas, nos
diferentes níveis da administração educacional: nacional, estadual e municipal. O PNE se concretiza
na forma de um documento decenal, estabelecido por lei específica.
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Uma reflexão atenta sobre a política educacional e para o PNE permite verificar que muitas das
questões que envolvem as diretrizes e metas do Plano ultrapassam o campo da educação. Nesse
sentido, é importante entender também que as políticas sociais precisam caminhar juntas, ou seja,
as políticas de educação, de renda, de habitação, de saúde devem estar em sintonia, para que
sejam bem-sucedidas. No Brasil, apesar dos esforços das últimas décadas, a educação ainda
apresenta índices preocupantes de permanência e qualidade, e uma das causas apontadas de
forma recorrente pelos pesquisadores do tema é a profunda desigualdade socioeconômica, que se
traduz na grande assimetria entre brancos e negros e que coloca nosso país entre os mais
desiguais em renda do mundo.
Desde 1988, com a instituição da Constituição Federal, ficou estabelecido que o investimento em
cada ente federado brasileiro seria no âmbito das políticas educacionais. Desse modo, estabeleceu-
se que a União tem de aplicar, pelo menos, 18% da receita anual de impostos na educação; e os
Estados, Municípios e Distrito Federal, não menos que 25%. Essa determinação foi um avanço em
termos do investimento público em educação, pois, antes disso, os investimentos dependiam, quase
que exclusivamente, da boa vontade dos políticos, e muitos desvios eram cometidos em nome da
educação. Com o estabelecido pela Constituição, delimitou-se e exigiu-se uma aplicação mínima no
setor, com as especificações do que seria considerado aplicação em educação, e isso conteve boa
parte dos desvios.
Um problema para o financiamento da educação que prevaleceu em nosso país apesar da definição
dos aportes que cada ente federado deveria fazer foi a desigualdade regional das receitas dos
diferentes estados e municípios, implicando investimentos assimétricos. Essa questão foi
enfrentada pelos governos que se seguiram, mais especificamente, nos governos de Fernando
Henrique Cardoso (1995 a 2003, dois mandatos consecutivos) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003 a
2010, dois mandatos consecutivos), respectivamente, por meio da criação do Fundo de Manutenção
de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – Fundef (em 1996) e
do Fundo de Manutenção de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação – Fundeb (em 2006).
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O Fundef, embora não tenha promovido uma ampliação efetiva dos recursos destinados à
educação no país, trouxe alguns diferenciais que merecem destaque:
focalização do Fundo no Ensino Fundamental, pois ficam descobertas as outras duas etapas
da Educação Básica, Educação Infantil e Ensino Médio e, ainda, a Educação de Jovens e
Adultos;
manutenção do quantitativo do investimento em educação, uma vez que o Fundo não altera
a determinação de aporte mínimo de 18% das receitas de impostos da União e 25% das
receitas de Estados, Municípios e Distrito Federal em educação, valor considerado
insuficiente para atender à demanda por educação escolar em nosso país.
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O grande diferencial que o Fundeb trouxe em relação ao Fundef foi compor a alocação desses
recursos com toda a Educação Básica, incluindo na distribuição dos recursos a Educação Infantil,
Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos. Desse modo, o Fundeb passou a focalizar as
diferentes etapas e modalidades da Educação Básica.
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refere à qualidade, pouco se tem normatizado a obrigação do poder público em garantir uma maior
equidade na qualidade administrativa, pedagógica, técnica e social da educação oferecida. Outro
ponto que merece atenção está destacado no inciso II do Art. 208 e se refere ao acesso aos níveis
mais avançados de ensino, e coloca a responsabilidade na “capacidade de cada um”. Vale destacar
que a educação superior está subentendida como parte desse inciso.
PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO
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Dedique este momento para refletir sobre o seu aprendizado e responda às questões a seguir.
A política pública em geral e a política social em particular são campos cujas atuações
acarretam grandes consequências na sociedade. Contudo, esse entendimento pouco
contribui para pensarmos a política educacional no Brasil.
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A gestão educacional pode ser definida como o processo pelo qual se conduz uma instituição de
ensino em particular ou todo um sistema de ensino. Uma gestão pode, conforme suas
características, se constituir, de um lado, como um processo de burocratização do serviço,
inflexibilidade do sistema, submissão do pedagógico ao administrativo; ou, ainda, voltado para a
eficiência vinculada ao conceito de mercado menor custo/maior produtividade, responsabilização
dos executores pelos resultados; de outro lado, pode se estabelecer como um processo de
hierarquia horizontal, de decisão coletiva, de flexibilidade nos procedimentos, que coloca o
administrativo a serviço do pedagógico. Libâneo et al. (2012) apresentam quatro tipos principais de
gestão da educação: técnico-científica, autogestionária, interpretativa e democrático-participativa.
Para um melhor entendimento sobre o conceito de "gestão educacional", assista ao vídeo a seguir.
https://mdm.claretiano.edu.br/docconpraengpro-GS0002-2021-02-grad-ead/2019/12/10/ciclo-3-politica-educacional-e-formacao-do-professor-no… 7/15
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TÍTULO I E II
Os Títulos I e II da LDBEN 9.394/96 definem, respectivamente, que o tipo de educação para o qual
a Lei se destina é a escolar e, nos Art. 2º e 3º, que os princípios e fins da educação são, em linhas
gerais: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1996). Observe,
a seguir, alguns princípios a que devemos dar destaque:
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
XII – consideração com a diversidade étnico-racial (Incluído pela Lei nº 12.796, de
2013)
XIII – garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei
nº 13.632, de 2018) (BRASIL, 1996).
Verifique que o princípio da Lei define a autonomia, a liberdade e a qualidade, em defesa de uma
educação política e socialmente democrática. Observe, a seguir, o que determina o Título IV.
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TÍTULO IV
Este título estabelece a distribuição das competências das diferentes esferas administrativas, quais
sejam: a Federal, a Estadual e a Municipal, as quais estão encarregadas, respectivamente, por:
TÍTULO V
No Título V, são definidos os níveis e modalidades da educação. São dois os níveis da educação
escolar: Educação Básica, composta pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; e
a Educação Superior.
Quanto às modalidades, são elas: Educação Profissional Técnica de Nível Médio; Educação de
Jovens e Adultos; Educação Profissional e Tecnológica; e Educação Especial.
TÍTULO VI
Este título é dedicado à definição de normas que dizem respeito aos profissionais da educação.
Vale destacar o fato de a Lei dedicar um Título somente para essa temática, o que demonstra o
reconhecimento da importância desses profissionais. É claro que, muitas vezes, a Lei não se traduz
em ações concretas, uma vez que estas dependem dos homens e mulheres à frente das políticas
propostas para o setor.
TÍTULO VII
O Título VII trata dos recursos financeiros, dos quais já apontamos alguns aspectos anteriormente,
quando falamos do Fundef e do Fundeb. Cabe acrescentar, neste momento, que a Lei estabelece
como recursos públicos destinados à educação:
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Finalmente, a LDBEN 9.394/96 traz, ainda, os Títulos VIII e IX, os quais definem, respectivamente,
as Disposições Gerais e as Disposições Transitórias.
Para aprofundar seus conhecimentos, faça a leitura dos títulos VIII e IX da Lei n. 9.394/96.
Estudos reforçados? Então é hora de testar seus conhecimentos realizando a questão a seguir.
Vimos, neste ciclo, que Libâneo et al. (2012) definem quatro tipos principais de gestão da
educação. A gestão de tendência democrático-participativa apresenta todas as características a
seguir, EXCETUANDO-SE:
Como você pôde observar, as discussões sobre a política educacional, a organização da educação
e a importância do planejamento educacional deixam clara a complexidade do trabalho docente e
desse modo a necessidade de uma formação que contemple toda essa gama de conhecimentos
que compõem a profissão.
No próximo tópico, vamos estudar sobre a formação inicial e continuada dos professores e o
compromisso com a educação. Vamos lá?!
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A formação inicial de professores é tema do Art. 62 da LDBEN 9.394/96, em seus parágrafos 3º, 4º
e 5º. Veja como ficou a letra da Lei:
A preferência pelo ensino presencial na formação inicial do docente, apesar de apontada pelo 3º
parágrafo do Art. 62, não vem se concretizando. No sentido oposto, o que se tem verificado é a
prevalência de cursos superiores a distância quando se trata das licenciaturas. Esses cursos são,
em sua maioria, oferecidos pela iniciativa privada.
A despeito de estar estabelecido que haverá incentivo à formação superior para atuação na
Educação Básica, o que se tem observado é a baixa procura pela maioria dos cursos de licenciatura
e atuação de muitos dos licenciados em outras profissões. Em suma, o magistério não tem sido
considerado pelos jovens uma profissão atraente.
A necessidade de atrair os jovens para as licenciaturas, bem como melhorar a qualidade desses
cursos para melhor formar o professor, não é uma discussão nova. Vários pesquisadores do tema já
assinalaram o problema. Nessa direção, Bernadete Gatti afirma que seria fundamental, entre outras
ações, “criar condições concretas para um novo tipo de formação inicial, no ensino superior, para a
docência na educação básica” e [...] “melhor estruturar, qualificar e avaliar o trabalho desenvolvido
nas licenciaturas” (GATTI, 2014, p. 42).
Há uma relação estreita entre o debate sobre a qualidade da formação de professores e as políticas
para a educação básica, em especial as políticas relacionadas ao currículo. No Brasil, foi depois da
Constituição de 1988 que as discussões sobre a idealização de um currículo nacional se
intensificaram.
Na trajetória dessas discussões, tivemos, no final da década de 1990 e início dos anos 2000, a
instituição dos Parâmetros Curriculares Nacionais, dos Parâmetros em Ação e das Diretrizes
Curriculares Nacionais. Na primeira metade da década de 2010, tivemos o debate sobre o Plano
Nacional de Educação, em vigência atualmente, 2014 – 2024. Finalmente, em dezembro de 2017
foi publicada a Resolução CNE/CP nº 2, que instituiu a Base Nacional Comum Curricular – BNCC,
para a educação infantil e o ensino fundamental e, um ano depois, em dezembro de 2018, foi
estabelecida a BNCC para o ensino médio, por meio da Resolução CNE/CP nº 4.
Nessa relação estreita entre formação de professores e currículo, as atuais reflexões referentes à
formação de professores passam, inevitavelmente, por uma reflexão sobre a BNCC. Podemos
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começar dizendo que a construção da BNCC como ação política foi marcada por muitos conflitos,
negociações e, como não poderia deixar de ser, por avanços e permanências no campo da
educação básica.
Um dos principais empecilhos para o sucesso da implementação de uma base curricular nacional é
a extensão do nosso país. Implementar um currículo nacional em um país de contornos continentais
não é tarefa fácil, dada a grande diversidade de realidades e necessidades apresentadas. As
disputas e ideologias, que promovem muitos conflitos no processo, são outro problema. Ainda
assim, a definição de competências mínimas na formação das crianças e adolescentes das
diferentes etapas de ensino é uma conquista.
A garantia da aprendizagem desse mínimo estabelecido pela BNCC se traduz em maior equidade
na educação. É nesse sentido que a formação inicial do professor deve estar articulada e em
consonância com as competências definidas na BNCC. Aqui não detalharemos as questões
específicas da construção do currículo nas diferentes áreas do conhecimento, pois esse é um tema
para ser tratado em disciplinas específicas, nas quais você terá a oportunidade de conhecer a
BNCC na sua respectiva área de formação.
É fundamental que você compreenda que o conhecimento das questões sociais abrangidas pela
história, sociologia e filosofia da educação, como vimos nos ciclos anteriores, muito contribuem para
nossas reflexões acerca da formação de professores. É com esses elementos que você deve contar
ao refletir sobre a BNCC da educação básica, nas suas respectivas disciplinas de formação e para
entender a importância da BNC-Formação.
A instituição e a implementação da BNC-Formação deve ser capaz de fazer avançar o preparo das
professoras e professores recém-formados nos assuntos específicos do exercício de sua profissão.
Esse preparo deve ser traduzido em uma efetiva formação de base sobre os fundamentos
científicos e sociais de suas competências de trabalho e na capacidade de associar teoria e prática
pedagógica, em benefício do processo de ensino-aprendizagem.
Ainda é muito cedo para avaliar os caminhos da implementação da BNC-Formação. Para além
dessas incipientes ações políticas, vale lembrar que a formação inicial dos professores da educação
básica tem sido considerada um gargalo na qualidade da educação, porque o professor é
considerado essencial à melhoria da qualidade. As políticas públicas voltadas para o assunto não
têm dado conta de atender a esse problema. Muito se tem apontado sobre a necessidade de os
governos promoverem políticas que de fato transformem a formação inicial de professores para a
Educação Básica e incentivem a opção pela profissão.
É importante que você compreenda melhor algumas das questões que estão colocadas para a
formação inicial de professores para a Educação Básica.
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Para compreender melhor algumas questões relacionadas à formação inicial dos professores,
sugerimos que leia o artigo de Bernadete Gatti (2013-2014) A formação inicial de professores para a
educação básica: as licenciaturas.
Após realizar a leitura, é fundamental que você compreenda que, quando se fala de ocupação,
sabemos que um tema recorrente é a necessidade de formação permanente dos profissionais. Na
área de educação, a formação permanente torna-se vital, porque a própria natureza da profissão
implica um movimento muito dinâmico e o constante aperfeiçoamento para o trabalho. A formação
continuada dos professores no Brasil está bastante relacionada à preocupação em atualizar o
professor a suas ações aos tempos atuais.
A partir da segunda metade da década de 1990, é especialmente profícua a atenção dos governos
dos diferentes entes federados, União, Estados e Municípios, em promover uma formação
continuada para os profissionais da educação. Essa atenção tem relação com o Fundef e,
posteriormente, com o Fundeb, que, como vimos, determina maior investimento nos profissionais da
educação, uma vez que estabelece um percentual de recursos para esse fim.
A dinâmica estabelecida pelo ambiente escolar faz com que, na atualidade, consideremos
impensável não se ter um plano de formação continuada para os educadores. Contudo, na maioria
das vezes, essa formação permanece com características que já deveriam ter sido superadas, em
especial, a padronização, o tecnicismo. A formação continuada, nessa lógica, se configura como
sinônimo de treinamento. Algo mecânico, uniforme, objetivo e puramente técnico. As experiências
que se diferem dessas características são escassas e dependem da boa vontade de alguns poucos,
ou seja, não se configuram como políticas de Estado.
O que devemos entender é que não basta termos políticas de formação de professores nos
sistemas de ensino público brasileiros, pois a preocupação em atender numericamente à formação
continuada já está inclusive na legislação. A questão que se coloca para as políticas de formação é
a da qualidade dessa oferta aos profissionais da educação. Os resultados obtidos na educação por
meio da formação continuada são imperativos.
Para Imbernón (2010), um dos pontos cruciais para pensar a formação continuada do professor é
compreender que a educação é um processo coletivo. Uma escola não pode ter uma equipe
fragmentada de professores que atuam individualmente, sem se preocupar com o trabalho
articulado. Educar é um trabalho que precisa ser pensado e executado em grupo.
Nesse sentido, Imbernón (2010, p. 63) assevera que uma formação continuada de qualidade
precisa ter como meta primeira promover a boa comunicação entre os professores, refutar o
individualismo e desenvolver processos de formação colaborativa. Outro ponto fundamental para
a qualidade da formação continuada do docente é a reflexão sobre a sua prática. Esses dois
pontos aliados tornam a escola o lugar privilegiado desse processo de formação.
Neste ponto, é necessário destacar como imprescindível o compromisso do professor com a sua
formação, não apenas continuada, mas permanente. É nesse entendimento de constância que o
docente da Educação Básica precisa conceber a sua formação, assumindo como sua a
responsabilidade de ser proativo nesse processo. A educação é um compromisso social, assumido
na coletividade, mas cada um, individualmente, deve se comprometer em tornar esse compromisso
exequível e com qualidade.
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A sugestão é que você leia pelo menos os Capítulos 3 e 4, intitulados, respectivamente: “É preciso
nos adequarmos às novas ideias, políticas e práticas para realizar uma melhor formação continuada
de professores” e “Formação continuada deve agir sobre as situações problemáticas dos
professores”.
A obra está disponível na Minha Biblioteca. Lembre-se de que, para acessá-la, você deve acessar a
Sala de Aula Virtual, aba Biblioteca, Minha Biblioteca.
CONSIDERAÇÕES
Este ciclo de aprendizagem trouxe a compreensão da política educacional como política social.
Além disso, vimos as normas que definem a organização da educação no Brasil, e você teve a
possibilidade de aprender as características que compõem os principais tipos de gestão da
educação. Veja que estamos avançando a cada ciclo em direção à complexidade do conhecimento
exigido e da sua compreensão sobre a importância do engajamento na profissão docente. E, como
você já deve ter notado, esse é mais um daqueles temas que exigem aprofundamento dos estudos,
por meio da leitura das referências bibliográficas citadas.
ATIVIDADE NO PORTFÓLIO
OBJETIVOS
Refletir sobre a formação continuada de professores como parte
integrante da carreira docente.
Pensar um projeto de formação continuada possível de ser aplicado na escola da
Educação Básica, tendo como referência a prática docente ou o engajamento
profissional.
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
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Contextualização do tema
Justificativa
Objetivo
Público-alvo
Metodologia
Etapas da formação
Duração
Cronograma de Atividades
Bibliografia
O Projeto deverá ter de 2 a 5 páginas e é importante que seja pensado a partir das
intenções indicadas: prática docente ou engajamento profissional.
PONTUAÇÃO
A atividade vale de 0 a 1.0 ponto.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Na avaliação desta tarefa, serão utilizados os seguintes critérios:
Acesse o Portfólio
QUESTÕES ON-LINE
Responda às Questões On-line, disponibilizadas na Sala de Aula Virtual.
PONTUAÇÃO
De 0 a 0,5 ponto.
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