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ROTEIRO DE ESTUDO
O roteiro a seguir mostra claramente o que vo-
cê deve aprender em cada capítulo. Siga-o e terá um
grande aprendizado.
1ª ETAPA
Citologia – bioquímica
- Distinguir e caracterizar substâncias orgâni-
cas e inorgânicas.
- Compreender os diferentes níveis de organi-
zação das proteínas e suas atividades.
- Reconhecer as estruturas dos ácidos nucléi-
cos: DNA e RNA, assim como compreender os me-
canismos que os envolvem.
Organização Celular
- Diferenciar célula eucariótica e procariótica.
- Reconhecer as organelas citoplasmáticas e
suas funções na célula.
Citologia – núcleo e divisão celular
- Compreender a estrutura do núcleo celular.
- Definir e explicar o ciclo celular: o preparo
da célula que o antecede e os mecanismos em se-
qüência.
- Distinguir mitose e meiose.
Ecologia I – conceitos gerais
- Compreender conceitos como população,
comunidade, ecossistema, biosfera, habitat e nicho
ecológico.
- Compreender a dinâmica da cadeia alimentar
e aplicar em diferentes situações.
- Reconhecer fluxo de matéria e fluxo de ener-
gia, mecanismos integrantes da cadeia alimentar.
- Utilizar pirâmides ecológicas para representar
cadeias alimentares.
Ecologia II
- Definir e caracterizar as diferentes relações
ecológicas estabelecidas entre os indivíduos, sejam
eles da mesma espécie ou de espécies diferentes.
- Compreender a dinâmica de populações, as-
sim como os fatores que nela influenciam.
- Caracterizar uma população por meio da aná-
lise de seu crescimento populacional.
- Reconhecer os fatores que influenciam no
crescimento populacional.
Ecologia III
- Reconhecer e explicar os ciclos da água, do
carbono, do oxigênio e do nitrogênio, assim como os
fatores que os influenciam.
- Compreender os desequilíbrios ambientais
ocorrentes na vida moderna.
- Definir e explicar sucessão ecológica, seus
estágios e sua classificação.
Editora Exato
BIOLOGIA
Editora Exato
BIOLOGIA
CITOLOGIA
Água (H2O)
BIOQUÍMICA Substância mais abundante no organismo, a
água equivale a cerca de 60-70% (quantidade relati-
1. INTRODUÇÃO va) do peso do corpo humano. As quantidades podem
variar em função de inúmeros fatores, entre eles: ati-
Os seres vivos apresentam uma grande diver- vidade metabólica do tecido, idade do organismo e
sidade e é possível distingui-los da matéria bruta de- tipo de organismo.
vido a algumas características básicas: metabolismo,
Sais minerais
material genético, reprodução, excitabilidade e cres-
cimento. Há três maneiras básicas de apresentação dos
Metabolismo: conjunto de reações quími- íons nos seres vivos. Encontraremos estes na forma
cas que ocorrem no organismo. As reações iônica (ex.: Mg+) imobilizados no esqueleto (ex:
que envolvem síntese de substâncias consti- CaCO3 - Tecido ósseo) ou combinados com molécu-
tuem o anabolismo e as reações que envol- las orgânicas (ex.: Cobalto, na vitamina B12).
vem a degradação de substâncias 3. SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
constituem o catabolismo.
Material genético: a maioria dos organis- Carboidratos
mos possui a molécula de DNA como de- São substâncias formadas por carbono(C), hi-
tentora da informação genética. O fato de drogênio(H) e oxigênio(O). Também são chamadas
os seres vivos terem a informação codifica- de hidratos de carbono, ou glúcides, ou glicídos.
da em uma molécula capaz de autoduplica- Classificação dos Carboidratos
ção é fundamental à ocorrência de Monossacarídeos: moléculas de carboidra-
reprodução. O material genético possui tos simples (não sofrem hidrólise), forma-
também a vantagem de não ser estático; su- das segundo a fórmula geral Cn(H2O)n, onde
as transformações, as mutações, constituem n representa o número de átomos de carbo-
fator essencial à ocorrência da evolução no, que varia entre 3 e 7. Podem ser cha-
dos seres vivos, devido à possibilidade de mados de trioses, tetroses, pentoses,
surgimento aleatório de novos genes. hexoses e heptoses, de acordo com o núme-
Reprodução: na reprodução sexuada, a ro de átomos de carbono.
troca de material genético entre organismos Exemplos de monossacarídeos:
leva à produção de prole variada, o que é Glicose: monossacarídeo do tipo hexose, é um
vantajoso para a evolução dos organismos. carboidrato com função energética, produzido pelos
Já, na reprodução assexuada, não há troca vegetais através da fotossíntese.
de material genético e, conseqüentemente,
os organismos produzidos são geralmente Frutose: monossacarídeo do tipo hexose, é um
idênticos àqueles que os produziram. carboidrato com função energética, encontrado em
Crescimento: os seres vivos crescem por frutas.
transformações da matéria absorvida, o que Dissacarídeos:
leva ao crescimento por aumento do volu- Os dissacarídeos são formados por 2 moléculas
me celular ou aumento do número de célu- de monossacarídeos (monossacarídeo + monossaca-
las. rídeo). Ao sofrerem hidrólise, geram monossacarí-
Os seres vivos apresentam uma composição deos.
química muito complexa. Na sua organização celular, Principais dissacarídeos:
consideraremos dois grandes grupos de substâncias: Maltose (glicose + glicose): encontrada em ce-
as orgânicas e as inorgânicas. Estas variam em quali- reais.
dade e quantidade em função do metabolismo a que Lactose (glicose + galactose): encontrada no
cada tipo se destina. leite.
Sacarose (glicose+frutose): encontrada na ca-
2. SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS na-de-açúcar.
Compreende o grupo de substâncias que não Polissacarídeos:
apresentam o carbono como elemento principal da São cadeias formadas pela união de vários mo-
molécula. nossacarídeos (polímeros de oses).
Principais polissacarídeos:
Editora Exato 1
BIOLOGIA
Amido: reserva energética dos vegetais. Nos vegetais, as gorduras ficam armazenadas
Celulose: presente no tecido vegetal, apresenta em sementes ou em frutos, o que representa uma ca-
função estrutural. racterística adaptativa interessante, pois essas estrutu-
Glicogênio: reserva energética animal. ras compactas contêm grande quantidade de energia,
Lipídios empregada pelo embrião durante seu desenvolvimen-
São ésteres (ácido graxo + álcool) insolúveis to ou por muitos animais que se alimentam de frutos
em água, mas que degradam-se em meio a solventes e de sementes. Sendo estruturas relativamente peque-
orgânicos como álcool, clorofórmio, benzina etc. A- nas, as sementes e os frutos podem ser levados para
tuam como eficiente reserva energética, pois rendem locais distantes da planta mãe – o que se chama dis-
mais do que duas vezes a energia por grama do que persão - facilitando a ocupação de territórios. Os a-
os carboidratos. Também atuam como importantes nimais colaboram para esse transporte quando
componentes estruturais das células, especialmente comem os frutos e esparramam as sementes.
da membrana celular. Proteínas
Classificação dos Lipídios: São macromoléculas orgânicas formadas por
Lipídios Simples: unidades (monômeros) denominadas aminoácidos.
a) Glicerídeos (óleos e gorduras). Composição Cada aminoácido é formado por um grupo carboxila,
básica: álcool de cadeia curta (glicerol + ácido gra- um grupo amina e uma porção variável da molécula
xo). São conhecidos como “triglicerídeos”. denominada radical.
b) Cerídeos (ceras). Composição básica: álcool
de cadeia longa.
Rn Radical
Lipídios Compostos (Conjugados):
Encontram-se associados a outras substâncias.
Exemplo: fosfolipídios (lecitina, esfingomieli-
na, cefalina). H2N C COOH
Esteróides:
Composição básica: álcoois de cadeia fechada
(ex.: colesterol + ácido graxo). São esteróides: hor- Amina Carboxila
mônios sexuais masculinos e femininos, hormônios H
corticais supra-renais (ex.: corticoesteróides), vitami- Estrutura de um aminoácido
N O H N O H C C H +HOH
Na fotossíntese, as plantas produzem molécu- H C C +H C C C N
las de glicose e a produção do amido, a partir delas, H OH H OH H O
exige um equipamento enzimático relativamente H C C C
simples. Como o gasto energético das plantas não é H H OH
tão elevado quanto o dos animais, já que são relati- Ligação peptídica
vamente imóveis, o fato de haver menos trabalho me-
tabólico favoreceu a armazenagem de amido no Um total de somente 20 aminoácidos compõe
processo evolutivo dos vegetais. todas as proteínas de todos os seres vivos. Um dos
Os animais, por sua vez, gastam muita energia principais fatores que caracterizam esses polipeptí-
na locomoção e devem carregar consigo seu estoque deos é o arranjo (ordem, tipo e número) dos aminoá-
de energia. Armazenar gorduras representa diminui- cidos que os constituem. Esse arranjo é determinado
ção da massa a ser transportada, com menor gasto pela ação dos ácidos nucléicos.
energético. Existem dois tipos básicos de aminoácidos, os
A capacidade de estocagem de carboidratos naturais e os essenciais. Os primeiros são sintetiza-
pelos animais é pequena, restringindo-se aos múscu- dos pelo organismo e os últimos, por não serem sinte-
los e ao fígado, na forma de glicogênio. tizados no organismo, devem estar incluídos na dieta.
A classificação de aminoácido essencial e natural é
Editora Exato 2
BIOLOGIA
variável entre os organismos, o que significa dizer Estrutura terciária e quaternária: as ca-
que se um aminoácido é essencial para o homem, po- deias protéicas podem dobrar-se, formando
de ser natural para um cão, por exemplo. a estrutura terciária de natureza globular. A
As proteínas são classificadas da seguinte for- maioria das proteínas com atividade bioló-
ma: gica possui forma globular. Muitas proteí-
Simples⇒ moléculas formadas exclusiva- nas são formadas por mais de uma cadeia
mente por aminoácidos. polipeptídica, sendo esse nível de organiza-
Conjugadas⇒ apresentam um grupamento ção denominado estrutura quaternária. São
prostético, que é uma porção não protéica exemplos de proteínas globulares:
da molécula. Exemplos: nucleoproteínas Hemoglobina;
(grupo prostético é um ácido nucléico), gli- Mioglobina;
coproteínas (grupo prostético contém polis- Hemocianina;
sacarídeos), lipoproteínas (grupo prostético Enzimas;
contém lipídios), metaloproteínas (grupo Proteínas da membrana.
prostético é um metal) .
Níveis de Organização das Proteínas
Estrutura primária: refere-se à seqüência
linear de aminoácidos em uma cadeia poli-
peptídica. Cada tipo de proteína (cadeia po-
lipeptídica) possui uma seqüência particular
de aminoácidos.
para que seja exercida a ação catalítica. Es- Observe os gráficos a seguir :
sa relação entre a enzima e seu substrato é
chamada de efeito chave-fechadura. Pelo
Velocidade máxima
que foi exposto, é fácil concluir que a ativi-
dade enzimática depende fundamentalmen-
te da forma espacial da molécula da Velocidade da
enzima. Modificações na forma dessa mo- reação
lécula, como as que ocorrem na desnatura- Temperatura
ção, inativam as enzimas. ótima
E1 Temperatura
A B A E2 produtos
A B
Velocidade máxima
E3
Especificidade enzimática: efeito chave-fechadura. (A)=enzima (B) substrato
Velocidade da
reação
A estrutura terciária da cadeia protéica de uma
enzima é mantida por pontes de hidrogênio entre os pH
grupos R dos aminoácidos em voltas adjacentes da ótimo
cadeia e por interações entre os vários grupos R dos
aminoácidos. Na desnaturação protéica, há o rom- pH
pimento dessas ligações, o que resulta em perda da
forma e, conseqüentemente, da atividade biológica da
proteína. A desnaturação pode ocorrer por alterações Velocidade máxima
no meio, tais como aumento da acidez ou aumento da Velocidade da
temperatura. A coagulação da clara do ovo é um bom reação
exemplo de desnaturação protéica. Em geral, os or-
ganismos não vivem em ambientes com temperaturas
muito altas, pois a desnaturação de suas enzimas in-
viabiliza o metabolismo celular. Concentração do substrato
Algumas enzimas necessitam, para exercerem
sua atividade biológica, de co-fatores, que podem ser
um íon ou uma molécula (coenzima). O complexo Inibidores Enzimáticos
formado pela enzima (apoenzima) e seu co-fator é
Existem substâncias capazes de impedir a ação
chamado de holoenzima.
de uma enzima. São chamados inibidores enzimáti-
O nome das enzimas é formado geralmente pe-
cos. Uma enzima “reconhece” seu substrato porque
la adição do sufixo ase à raiz de nome do substrato.
se liga ao seu centro ativo. Se outra molécula, com
Exemplos:
estrutura espacial semelhante à de seu substrato, li-
Amilase⇒ catalisa a hidrólise do amido. gar-se a ela, a enzima poderá ser desativada temporá-
Sacarase⇒ catalisa a hidrólise da sacarose. ria ou definitivamente.
Fatores que Interferem na Atividade Muitos dos inibidores enzimáticos competem
Enzimática com o verdadeiro substrato pela ligação com o centro
Temperatura: a atividade enzimática é ativo. Há venenos que exercem sua ação tóxica dessa
inativada pelo calor, sendo que temperatu- maneira. Por exemplo: algumas plantas em decompo-
ras de 50 a 60 ºC inativam a maioria das sição geram dicumarol, cuja molécula é semelhante à
enzimas. Essa inativação é irreversível. Ge- da vitamina K.
ralmente as enzimas não são inativadas a- Olhando a molécula inteira, é possível saber de
pós o congelamento, mas sua atividade qual molécula se trata, mas, embora sejam um pouco
reduz-se bastante a baixas temperaturas. diferentes, ambas podem ligar-se a certas enzimas.
pH: as enzimas são sensíveis às alterações As enzimas são “enganadas” pela semelhança.
no pH: alterações de acidez ou alcalinidade Se um animal ingerir esta substância, ela irá
no meio em que a reação está ocorrendo. competir com a vitamina K pela ligação com as en-
Concentração do substrato. zimas que participam da produção da protrombina,
proteína indispensável para a coagulação do sangue.
Editora Exato 4
BIOLOGIA
Sulfa
PABA
Fosfato Cadeia
D D D D
polinucleotídea
C C
A A
Base
Carboidrato Nitrogenada Pontes de
Bases
(pentose) nitrogenadas Hidrogênio
Nuleotídeo: unidade de ácido nucléico G G
T T
Editora Exato 5
BIOLOGIA
T A
Os três tipos de RNA existentes, o mensageiro,
o ribossômico e o transportador, são indispensáveis à rompimento das
ocorrência da produção intracelular de proteínas.
G
C
fontes de hidrogênio C
G
RNAm: molécula em que o número de nu- A
T
cleotídeos é diretamente proporcional ao T
A
tamanho da proteína que codifica. Na ver- T
A
dade, há uma relação entre o número de a- C
G
minoácidos e o número de trincas de G
C
nucleotídeos (ou bases). A seqüência de A
T
códons de RNAm é determinada pela se-
qüência de códons de um segmento de
DNA (gene). G
C
RNAr: é a maior molécula de RNA e tam- G T
C
A
bém a mais abundante, responde por 80% T A
A
T
do total do RNA celular. Quando associada A T
T A
a moléculas de proteínas, constitui os ribos- A T
Inserção de
somos que, quando presos a filamentos de G C novos nucleotídeos
RNAm, formam os polirribossomos, onde C G G
ocorre a síntese protéica. T A
RNAt: é a menor molécula de RNA. Tem
como função ligar-se a um aminoácido es-
pecífico e conduzi-lo ao local de síntese
protéica. Apresenta uma seqüência especí-
fica de três bases, o anticódon, que se liga G C G C
ao códon do RNAm. Existe pelo menos um T A T A Formação de
RNAt para cada aminoácido. duas novas
A T A T
moléculas, cada
Atividade dos ácidos nucléicos A T A T uma com uma
O esquema a seguir resume a atividade dos á- G C G C fita da original:
cidos nucléicos: C G C G
duplicação
semiconservativa.
T A T A
Editora Exato 6
BIOLOGIA
Filamento
de DNA Código Genético: dos 64, 61 codificam amino-
ácidos.
1ª base 2 base 3ª base
U C A G
UUU UCU UAU Tirosina (Tir) UGU Cisteína (Cis) U
Fenilalanina (Fen) UGC
UUC UCC Serina (Ser) UAC C
U UUA Leucina (Leu)
UCA UAA Códons de UGA Códons de finalização A
UUG UCG UAG finalização UGG triptofano (Trp) G
Editora Exato 8
BIOLOGIA
7 Durante o ciclo de vida celular ocorrem os se- 4 O DNA é a molécula responsável por conter a in-
guintes fenômenos: formação genética. Essa molécula é formada por
dois filamentos dispostos em forma de hélice no
1 2 espaço (modelo de Watson e Crick).
DNA RNA PROTEÍNA
5 É uma molécula bem menor que o DNA e que
3 está relacionada diretamente com a síntese pro-
DNA téica. É uma molécula formada por uma cadeia
simples de nucleotídeos.
Transcrição e tradução estão representadas,
respectivamente, pelos números:
a) 1 e 2.
Editora Exato 9
BIOLOGIA
Exercícios
1 B
2 C
3 B
4 A
5 E
6 B
7 A
8 C
9 A
Editora Exato 10
BIOLOGIA
ORGANIZAÇÃO CELULAR
1. INTRODUÇÃO As células eucarióticas animais apresentam os
centríolos como estruturas típicas, e estes se incum-
A célula é a unidade básica formadora dos se- bem do processo de divisão celular.
res vivos.
De acordo com a estrutura celular, os seres vi- complexo
vos classificam-se em procariontes e eucariontes. Os de golgi centríolo
primeiros caracterizam-se por não apresentarem ca- núcleo vacúolo
rioteca (membrana nuclear) e não possuem organe- lisossomos
las citoplasmáticas membranosas. Os eucariontes mitocôndrias
têm carioteca, que individualiza o material genético ribossomo nucléolo
(ácidos nucléicos), além de organelas revestidas de membrana
membranas.
Observe, nos esquemas a seguir, os elementos
haloplasma
(estruturais e funcionais) que evidenciam os modelos
retículo endoplasmático
citados. Esquema de célula animal
2. CÉLULA PROCARIÓTICA
Célula eucariótica animal
As células procarióticas são as primeiras for-
A célula animal é como um pequenino saco
mas de vida, provavelmente surgiram há 3,5 bilhões
cheio de material gelatinoso. Ela é envolvida por uma
de anos atrás e atualmente são representadas por bac-
membrana plasmática flexível, que não lhe dá a for-
térias e algas cianofíceas (algas azuis). Perceba, para
ma rígida da célula vegetal. A célula animal precisa
a distribuição interna de suas estruturas, que são ca-
receber alimento, do qual obtém energia para sobre-
rentes de membranas.
viver. Muitas células animais são microscópicas, mas
algumas como, por exemplo, a gema do ovo, podem
Ribossomos Membrana medir dez centímetros. As células nervosas, por e-
xemplo, chegam a ter cerca de um metro.
Citoplasma 4. ENVOLTÓRIOS CELULARES
DNA
Existem três envoltórios celulares:
2µm
1. Parede celular: envoltório semi-rígido, inerte,
de composição química variada, que circunda
Parede a célula externamente à membrana celular. A
bacteriana parede celular dos vegetais, ou parede celuló-
sica, é composta principalmente de uma subs-
Célula bacteriana tância que lhe confere resistência, a celulose.
2. Membrana Plasmática (Plasmalema): envol-
3. CÉLULA EUCARIÓTICA tório delgado(75Aº), elástico, lipoprotéico. A
membrana plasmática possui a função de con-
Célula eucariótica vegetal
trolar a entrada e saída de substâncias, de a-
As células eucarióticas vegetais apresentam
cordo com as necessidades celulares
como estrutura típica a parede celular, composta ba-
(permeabilidade seletiva).
sicamente de celulose, e também os plastos, cujo
O modelo aceito para a organização da mem-
principal tipo é o cloroplasto, que se incumbe do pro-
brana é o de Singer e Nicholson. Segundo estes, exis-
cesso de fotossíntese.
te uma película bimolecular de fosfolípidios e
Retículo moléculas dispersas de proteínas globulares. Esse
Mitocôndria endoplasmático modelo, que explica a disposição de lipídios e proteí-
Parede nas na molécula, é denominado modelo do mosaico
Citoplasma
celular
Membrana
fluido.
Cloroplasto
celular
Complexo
Ribossomos de Golgi
Editora Exato 11
BIOLOGIA
Polirribossomo
Centrossomas
Microtúbulos
Lisossomas
Célula Animal
Cavidade
O citoplasma é a região celular compreendida do retículo
entre a membrana plasmática e o material nuclear. O Retículo endoplasmático endoplasmático
citoplasma é preenchido por um fluido gelatinoso, o
hialoplasma, no interior da célula, na qual se encon- Complexo de Golgi: é uma estrutura cito-
tram as organelas. plasmática formada por um conjunto de
A célula, como unidade básica morfo- membranas que reúne e empacota diferen-
fisiológica dos seres vivos, apresenta diversas estru- tes substâncias, como as enzimas e os hor-
turas citoplasmáticas que desempenham funções im- mônios. Sua principal função é, portanto, a
portantes para a manutenção da vitalidade da célula. secreção celular. Além disso, ainda sinteti-
A seguir, estão listadas as principais organelas com za mucopolissacarídeos e atua na formação
suas respectivas funções: do acrossomo do espermatozóide. O acros-
Ribossomos: estruturas granulares sinteti- somo é uma bolsa cheia de enzimas capazes
zadas no núcleo, formadas por RNAr asso- de dissolver as camadas externas do gameta
ciado às proteínas. Os ribossomos podem feminino, permitindo a fecundação.
ser encontrados livres no hialoplasma ou
associados ao retículo endoplasmático ru- Vesículas
goso. Os ribossomos relacionam-se com a
síntese protéica.
Complexo de Golgi
Editora Exato 12
BIOLOGIA
Quadro comparativo dos componentes da célula bacteriana, célula animal e célula vegetal
Editora Exato 13
BIOLOGIA
3 O que é mitocôndria?
4
4 Qual a estrutura do vírus?
( ) centríolo a) 2, 1, 3, 5, 6, 4
( ) retículo endoplasmático b) 2, 1, 3, 5, 4 6
EXERCÍCIOS ( ) complexo de Golgi c) 1, 6, 5, 3, 2, 4
( ) vacúolo d) 6, 4, 3, 5, 1, 2
1 (FMU/Fiam-SP) Observe os desenhos das célu- ( ) carioteca e) 1, 2, 3, 4, 5, 6
las A e B e assinale a alternativa correta. ( ) mitocôndria
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BIOLOGIA
GABARITO
Estudo Dirigido
1 Envoltório delgado(75Aº), elástico, lipoprotéico.
A membrana plasmática possui a função de con-
trolar a entrada e saída de substâncias, de acordo
com as necessidades celulares (permeabilidade
seletiva).
2 Estruturas granulares sintetizadas no núcleo,
formadas por RNAr, associado às proteínas.
3 Organela cilíndrica de extremidades arredonda-
das, com uma membrana externa lisa e outra in-
terna com dobras (cristas mitocondriais).
Editora Exato 15
BIOLOGIA
CITOLOGIA
Cromatina e Cromossomos
NÚCLEO E DIVISÃO O material genético é formado por proteínas
básicas (histonas) associadas à molécula de DNA. O
CELULAR termo cromatina refere-se ao material genético des-
condensado, encontrado no núcleo interfásico. Os fi-
1. NÚCLEO CELULAR-ESTRUTURA lamentos de cromatina são os cromonemas e
apresentam regiões que, durante a intérfase, podem
A remoção do núcleo de uma ameba, utilizan- apresentar-se espiraladas e não-espiraladas, denomi-
do-se uma microagulha, faz com que essa célula nadas, respectivamente, heterocromatina e eucroma-
permaneça viva e se movimentando. No entanto, ces- tina. Cada cromonema, durante a divisão celular,
sam as atividades anabólicas e ela morre em poucos sofre condensação e se transforma em cromossomo.
dias. Esse experimento faz concluir que o núcleo ce-
Número Cromossômico
lular é a estrutura responsável pelo controle das ativi-
dades celulares essenciais para os processos Cada tipo de organismo apresenta um número
metabólicos, especialmente os que envolvem a sínte- cromossômico comum a cada uma das células consti-
se de ácidos nucléicos e proteínas, que mantêm o tuintes. Uma célula que apresenta duas séries com-
crescimento e a reprodução celulares. pletas de cromossomos é chamada diplóide (2n).
Espermatozóides e óvulos, que têm somente uma sé-
Estrutura do Núcleo Interfásico de Cé- rie de cromossomos, são ditos haplóides (n). O núme-
lulas Eucariontes ro cromossômico haplóide presente nos gametas é
Componentes: fundamental para o restabelecimento da diploidia que
Carioteca. ocorre na fecundação.
Nucleoplasma. Observe a tabela abaixo:
Nucléolos.
Cromatina. Organismo Células somáticas(2N) Gametas (N)
Mosca da ba- 8 4
Poros da carioteca nana
Homem 46 23
Feijão 22 11
Nucléolo Pato 80 40
Editora Exato 16
BIOLOGIA
Quantidade de n n 2n 2n
2C DNA por núcleo
C Etapas da mitose
G1 S G2 Prófase → Metáfase → Anáfase → Telófase.
Tempo Descrição e visualização das etapas:
Intérfase Mitose Intérfase
Variação da quantidade DNA ao longo do ciclo celular
Na Intérfase temos:
- Material genético (DNA) na forma de cromati-
na.
- Intensa atividade metabólica em nível celular
(ex.: síntese do RNA-r).
- Duplicação do DNA.
Prófase
- Duplicação dos centríolos.
- Síntese de RNA e Proteínas.
4. DIVISÃO CELULAR
As células de um organismo podem-se dividir
por dois processos, a mitose e a meiose. Na mitose,
uma célula-mãe produz duas células-filhas com o
mesmo número cromossômico e as mesmas caracte-
rísticas genéticas, enquanto que, na meiose, são for- É, de modo geral, a fase mais longa da mitose.
madas quatro células com a metade do número Durante a prófase, ocorrem mudanças no núcleo e no
cromossômico. Processos como cicatrização, regene- citoplasma.
Editora Exato 17
BIOLOGIA
O núcleo é sede de grandes transformações. dentes. As fibrilas ligadas a eles encurtam-se e estes
No seu interior, os filamentos da cromatina enrolam- cromossomos começam a afastar-se, migrando para
se, tornando-se cada vez mais grossos, curtos, espes- pólos opostos. A anáfase é caracterizada pela migra-
sos e coráveis, sendo possível observar que cada ção dos cromossomos-filhos. No final da anáfase, os
cromossomo é constituído por duas cromátides. As dois pólos da célula têm coleções completas e equi-
cromátides de um cromossomo estão unidas pelo valentes de cromossomos e, portanto, de DNA.
centrômero. Telófase
Os dois pares de centríolos começam a afas-
tar-se em sentidos opostos, formando-se entre eles o
fuso acromático ou mitótico, constituído por um sis-
tema de microtúbulos protéicos, que se agregam para
formar fibrilas. Estas podem ter uma disposição radi-
cal ao nível dos pólos da célula e vão constituir o ás-
ter.
No fim da prófase, de um e de outro lado de
cada centrômero, formam-se duas zonas específicas
sobre as quais se fixam as fibras protéicas. Na telófase, a membrana nuclear reorganiza-se
Quando os centríolos atingem os pólos, a à volta dos cromossomos de cada célula-filha. Os nu-
membrana nuclear fragmenta-se e os nucléolos desa- cléolos reaparecem, dissolve-se o fuso mitótico, e os
parecem, terminando assim esta fase. cromossomos, devido à sua descondensação, alon-
gam-se, tornando-se menos visíveis. A célula fica
Metáfase
constituída por dois núcleos, terminando assim a mi-
tose.
Mitose e Câncer
O câncer é uma doença relacionada com a mu-
tação de genes celulares que controlam o crescimento
e a mitose das células. Essas mutações podem ser
causadas por diversos fatores como:
Exposição à radiação ionizante, como raios
Os cromossomos atingem o seu máximo en- x, raios gama e luz ultravioleta.
curtamento devido a uma forte condensação dos Exposição a certas substâncias químicas
cromátides. Os pares de centríolos estão agora nos denominadas carcinógenos. Os carcinóge-
pólos da célula. O fuso acromático completa o seu nos encontrados no cigarro são responsá-
desenvolvimento, notando-se que algumas das suas veis por 25% de todas as mortes causadas
fibrilas se ligam aos cromossomos, fibrilas cromos- por câncer.
sômicas, enquanto outras vão de pólo a pólo. Tendência hereditária familiar.
Os cromossomos dispõem-se com os centrô- As células cancerosas não respeitam os limites
meros no plano equatorial (plano eqüidistante entre habituais de crescimento e tendem a se espalhar pela
os dois pólos), voltados para o centro desse plano e corrente sangüínea, ou linfa, formando novos focos
os braços para fora. Os cromossomos assim imobili- de câncer, denominados metástases. Os aglomerados
zados originam uma figura tradicionalmente chamada de células cancerosas são denominados tumores. O
placa equatorial e estão prontos para serem divididos. câncer, se não diagnosticado e tratado precocemente,
Anáfase pode ser uma doença letal, isso se deve ao fato de os
tecidos cancerosos competirem com os tecidos nor-
mais por nutrientes.
Os tumores benignos não apresentam as carac-
terísticas invasivas e nem emitem metástases como
os tumores malignos. A gravidade desses tumores es-
tá mais relacionada com sua localização no organis-
mo.
6. MEIOSE
No início da anáfase, dá-se a clivagem de cada
Divisão Reducional
um dos centrômeros, separando-os dos cromátides
que passam a constituir dois cromossomos indepen- Ocorrência: células gaméticas (germinativas),
produção de esporos.
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A meiose mantém constante o número de cro- ZIGÓTENO - (do gr. Zigos, “par”). Os
mossomos das espécies de reprodução sexuada; ocor- cromossomos homólogos se juntam, for-
rem duas divisões nucleares com redução de 2n mando pares. Esse fenômeno é conhecido
cromossomos para n cromossomos. como pareamento, ou sinapse cromossômi-
ca.
Célula mãe PAQUÍTENO - (do gr. Pakhis, “grosso”).
1ª divisão 2n Cada cromossomo torna-se mais espesso,
(reducional) pois as suas cromátides se dispõem parale-
n n
las, presas apenas pelo centrômero. Os
Meiose
cromossomos homólogos entrelaçam as su-
2ª divisão as cromátides em pontos bem definidos, po-
n n n n
(equacional) rém totalmente aleatórios. E esse
4 células haplóides - filhas
entrelaçamento, que é chamado crossing-
over (sobrecruzamento), só ocorre entre
uma cromátide de um cromossomo homó-
Meiose é o processo pelo qual células diplói- logo. Nunca se faz entre as duas cromátides
des formam células haplóides, com recombinação do mesmo cromossomo. Por isso, dizemos
gênica, o que ocorre, na maior parte das vezes, na que o crossing ocorre entre cromátides ho-
formação de gametas, e, em casos menos comuns, na mólogas, porém, não irmãs.
formação de esporos, e que consiste em duas divisões DIPLÓTENO - (do gr. Diplos, “duplos”).
celulares sucessivas: primeiramente, uma divisão re- Os centrômeros dos cromossomos vão se
ducional, e, logo a seguir, uma divisão comum, ou afastando reciprocamente. E, então, os pon-
equacional. tos de entrelaçamento das cromátides se
Etapas: na meiose, temos duas divi- tornam mais visíveis. Esses pontos consti-
sões tuem os quiasmas. Os quiasmas vão desli-
Divisão I (R!) zando para as extremidades dos
leptóteno
cromossomos à proporção que eles se afas-
zigóteno tam. Mas a essa altura, as cromátides já tro-
caram segmentos com genes. Houve uma
PrófaseI paquíteno permuta gênica entre elas.
diplóteno DIACINESE - (do gr. Dia, “através de”;
diacinese kinesis, “movimento”) Nessa fase, os cro-
mossomos homólogos se separam comple-
Metáfase I
tamente. Suas cromátides já contêm genes
Anáfase I
permutados. A cariomembrana desaparece.
Telófase I
O material nuclear se mistura com o mate-
Intercinese: período entre as divisões I rial citoplasmático e os cromossomos se
e II dispõem desordenadamente entre as fibrilas
Divisão II (E!) do fuso mitótico.
Prófase II
Metáfase II
Anáfase II
Telófase II
Divisão I da Meiose
Prófase I
A prófase I da meiose é relativamente longa e
bem mais complexa que a prófase da mitose. Ela
compreende diversas subfases, a saber:
LEPTÓTENO - (do gr. Leptos, “finos”;
Leptóteno
tainos, “fita”). É o início do processo e,
portanto, é aqui que ocorre o aparecimento
Os fenômenos que ocorrem na prófase I tor-
dos cromossomos, em função da espiraliza-
nam-se longos, podendo, em alguns casos, durar se-
ção dos cromossomos (já duplicados duran-
manas, meses ou anos.
te a intérfase).
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Diacinese
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4 Caracterize meiose.
EXERCÍCIOS
Os cromossomos, cada um com dois cromáti- 1 (UFV-MG) Todos os nomes relacionados a se-
des, dispõem-se na zona equatorial de cada fuso a- guir correspondem a estruturas ou a constituintes
cromático, com os centrômeros nos respectivos nucleares, exceto:
planos equatoriais. a) envolório nuclear.
Anáfase II b) cromatina.
c) centríolo.
d) nucléolo.
e) cromossomos.
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