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Relógios de rede óptica podem ajudar os cientistas a detectar ondas gravitacionais, caçar matéria escura e muito
mais.
Os relógios de rede óptica podem ajudar os pesquisadores a detectar as ondulações no espaço-tempo conhecidas como ondas gravitacionais, entre muitas aplicações potenciais. (Crédito da imagem: C.
Henze / NASA Ames Research Center)
Dois físicos acabaram de roubar US $ 3 milhões para ajudar a desenvolver um relógio superpreciso que permitiria aos cientistas estudar e
explorar o universo como nunca antes.
Hidetoshi Yatori e Jun Ye ganharam o Prêmio Revelação de Física Fundamental de 2022 "por contribuições notáveis para a invenção e
desenvolvimento do relógio de rede óptica, que permite testes de precisão das leis fundamentais da natureza ", anunciaram
representantes do Prêmio Revelação hoje (9 de setembro) .
Yatori é baseado na Universidade de Tóquio e no instituto de pesquisa Riken do Japão, e Ye chama a Universidade do Colorado em
Boulder e o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia de seus lares. A dupla trabalhou de forma independente e dividirá o prêmio de US
$ 3 milhões.
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A pesquisa de Yatori e Ye foi a chave para a criação do relógio de rede óptica, que os representantes do Prêmio Breakthrough dizem que
melhora a precisão do cronômetro por um fator de 1.000. O novo relógio perderia menos de 1 segundo se operasse por 30 bilhões de
anos - mais do que o dobro da idade do universo .
Os relógios de rede óptica são um passo evolutivo além dos relógios atômicos tradicionais , que são baseados nos saltos quânticos feitos
pelos elétrons em átomos energizados. Na verdade, "um segundo" é oficialmente definido como 9.192.631.770 ciclos da radiação que
obtém elétrons em um átomo de césio para dar um salto quântico.
Os relógios atômicos inicialmente usavam radiação de frequência de microondas para induzir esses saltos. Um avanço veio com a
substituição da luz óptica, que apresenta frequências cerca de 100.000 vezes superiores às das microondas. Essas frequências mais altas
permitiram maior precisão de cronometragem, assim como fazem em relógios antigos com pêndulos de oscilação mais rápida, disseram
os representantes da Breakthrough.
Medir as frequências mais altas era muito mais difícil, mas esse problema foi mais ou menos
resolvido pelo "pente de frequência óptica", tecnologia desenvolvida por John Hall e Theodor
Hänsch que lhes rendeu o Prêmio Nobel de Física de 2005. (Hall era o orientador de Ph.D. de
Ye na University of Colorado Boulder, e Ye assumiu o laboratório de seu mentor quando o
homem mais velho se aposentou.)
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Os relógios atômicos de frequência óptica usam átomos de estrôncio em vez de átomos de césio. Tanto Yatori quanto Ye descobriram
como domar átomos de estrôncio, mantendo-os imóveis para que pudessem ser medidos. Os pesquisadores usam uma "rede óptica",
uma onda estacionária de um feixe de laser que cria uma espécie de caixa de ovo cujos poços prendem os átomos.
"É quase como um raio trator de ficção científica", disse Ye ao Space.com. "Você coloca um feixe trator no meio da câmara de vácuo e
pode conter átomos no meio da câmara de vácuo com luz."
Manipular átomos dessa maneira poderia perturbá-los o suficiente para afetar as medições
cruciais para uma cronometragem precisa. Como Ye disse: "Você está comprimindo esses
átomos. Como pode ter certeza de que eles vão lhe dizer a verdade?" Mas Yatori e Ye
descobriram que escolher o comprimento de onda certo para o "feixe trator" resolve esse
problema potencial.
"Nós o projetamos de tal forma que essa ação de segurar esses átomos acaba não causando
perturbações na medição do espaçamento de energia entre esses dois estados quânticos que
realmente importam para a medição do relógio", disse Ye. "Então, isso foi quase como o
almoço grátis."
Jun Ye, co-vencedor do
Esse avanço ajudou a tornar o relógio de rede óptica uma realidade e rendeu a Yatori e Ye o Prêmio Revelação de Física
Prêmio Revelação em Física Fundamental. As aplicações potenciais da tecnologia são Fundamental de 2022.
(Crédito da imagem: Jun Ye
numerosas e diversas, disseram os representantes da Breakthrough. Por exemplo, os relógios / Breakthrough Prize
Foundation)
de rede óptica podem melhorar muito a precisão do Sistema de Posicionamento Global e
outras redes de navegação por satélite e permitir que as sondas espaciais sejam guiadas com
mais precisão.
A tecnologia também pode permitir novos testes da teoria da relatividade de Einstein - por exemplo, ao permitir que os pesquisadores
estudem a dilatação do tempo gravitacional e outros efeitos com mais precisão. Os relógios de rede ótica também podem ajudar a
detectar ondas gravitacionais , alertando os pesquisadores para pequenas variações de tempo induzidas por essas ondulações de espaço-
tempo.
A ligação entre gravidade e tempo significa que a tecnologia também pode ajudar os pesquisadores a rastrear eventos vulcânicos e
sísmicos aqui na Terra e caçar oceanos enterrados em mundos alienígenas. Relógios de rede ótica podem até ajudar na busca por matéria
escura indescritível , Ye disse.
"A matéria escura de alguma forma deve interagir com a matéria comum, além da física gravitacional", disse Ye. "Queremos ser capazes de
ver assinaturas muito fracas de um possível componente de matéria escura da matéria comum que conhecemos na Terra nas assinaturas
de um relógio que está sendo desacelerado ou acelerado quando a matéria escura chega. Portanto, estamos nos preparando
experimentos como esse. "
A detecção de matéria escura está um passo mais perto com a rede de relógio atômico
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O Prêmio Revelação reconhece a pesquisa pioneira nas ciências da vida, matemática e física fundamental. Os prêmios têm como objetivo
aumentar a reserva cultural da ciência e tecnologia e inspirar as crianças a seguirem carreiras nessas áreas, disseram representantes do
Prêmio Revelação.
Três prêmios Breakthrough de $ 3 milhões foram concedidos este ano nas ciências da vida, um dos quais reconheceu os pesquisadores
pelo trabalho de engenharia de RNA que ajudou a possibilitar o rápido desenvolvimento de vacinas COVID-19 eficazes . Um Prêmio
Revelação em matemática foi concedido, e Yatori e Ye dividiram o prêmio solitário de física fundamental.
A Breakthrough Prize Foundation também concedeu um punhado de prêmios "Novos Horizontes" de US $ 100.000 para pesquisadores em
início de carreira este ano. Um deles foi para quatro cientistas "pela liderança no lançamento das bases para observações
eletromagnéticas de fontes de ondas gravitacionais e liderança na extração de informações valiosas da primeira colisão observada de
duas estrelas de nêutrons ", de acordo com o anúncio do prêmio de hoje.
No total, a Breakthrough Prize Foundation está concedendo US $ 15,75 milhões em prêmios este ano. Você pode aprender mais sobre
todos os vencedores recém-anunciados aqui .
Mike Wall é o autor de " Out There " (Grand Central Publishing, 2018; ilustrado por Karl Tate), um livro sobre a busca por vida alienígena.
Siga-o no Twitter @michaeldwall. Siga-nos no Twitter @Spacedotcom ou Facebook.
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Mike Wall
SPACE.COM SENIOR SPACE WRITER - Michael escreve para a Space.com desde 2010. Seu livro sobre a busca por vida alienígena, "Out
There", foi publicado em 13 de novembro de 2018. Antes de se tornar um escritor de ciências, Michael trabalhou como um
herpetologista e biólogo de vida selvagem. Ele tem um Ph.D. em biologia evolutiva pela University of Sydney, Austrália, um
bacharelado pela University of Arizona e um certificado de pós-graduação em redação científica pela University of California, Santa
Cruz. Para saber qual é o seu último projeto, você pode seguir Michael no Twitter.
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